Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Lesão de tendões flexores.pptx
1. Lesão de tendões flexores
Felipe Basilato Mazega
Cirurgia da mão
HUCM
2. Nutrição do tendão
• Fluido sinovial produzido na
bainha sinovial
• Vasos longitudinais no
paratendão, vasos
intraósseos na inserção do
tendão e circulação através
do sistema de vínculas
• Abaixo da polia A2
na falange proximal.
Flexor
superficial
dos dedos
• Abaixo da polia A2
• Abaixo da polia A4
Flexor
profundo
dos dedos
Áreas isquêmicas
3. Cicatrização
• Atividade de fibroblastos periféricos
• Parece ser o mecanismo dominante que contribui
para a formação de cicatriz e adesões
Mecanismo
extrínseco
• Atividade dos fibroblastos derivada do tendão
Mecanismo
intrínseco
Três fases
Inflamatória
( 48 a 72 horas)
Fibroblástica
(5 d a 4 sem)
Remodelagem
(4 sem a 3,5 m)
Tensão cíclica estimula a resposta
de cicatrização intrínseca
Desenvolvimento de técnicas de
mobilização pós-operatória para
diminuir a formação de adesões e
melhorar o resultado final.
4. Exame
Condição geral do paciente e a possibilidade de outras lesões
• Radiografias para excluir as fraturas
• Estado neurovascular da mão precede a avaliação da função do tendão
Postura da mão muitas vezes fornece dicas para quais tendões flexores estão lesionados
• Ambos os tendões flexores rotos: Posição anormal de hiperextensão
Manobras passivas
• Extensão passiva do punho não produz o efeito de "tenodese" com a normal flexão dos dedos
• Compressão suave da massa muscular do antebraço: flexão dedos não envolvidos, enquanto o dedo lesionado não
mostra essa flexão
• Pressionar suavemente a ponta de cada dedo: perda da tensão normal no dedo lesionado.
5. Função tendínea
• Movimentos ativos voluntários
• Demonstrar as manobras solicitadas utilizando a mão do
examinador ou a mão não lesionada do paciente antes de
avaliar a mão lesionada
Articulação interfalângica proximal
estabilizada, o flexor profundo dos
dedos é presumido como estando
rompido se a articulação
interfalângica distal não puder ser
flexionada ativamente
Manter os dedos adjacentes em
extensão completa, fixando o tendão
profundo na posição estendida e
removendo a sua influência da
articulação interfalângica proximal
6. Função tendínea
Dificuldades de avaliação
A exceção para avaliação função de flexor superficial: Indicador
• Função independente do dedo indicador do flexor profundo dos dedos
• Técnica de Lister: lesão isolada para esse tendão
• Solicita-se ao paciente que pressione e puxe uma folha de papel com cada mão, utilizando
os dedos indicadores e polegares.
• Dedo intacto, essa função é acompanhada pelo flexor superficial com o flexor profundo
dos dedos relaxado, permitindo a hiperextensão da articulação interfalangeana distal de
modo que o máximo contato com a polpa ocorre com o papel.
• Flexor superficial lesionado: articulação interfalangeana distal fica hiperflexionada e a
articulação interfalangeana proximal assume uma posição estendida.
Teste falseado para lesões no punho
• Intercomunicação dos tendões flexores profundos no punho, particularmente nos dedos
mínimo e anular.
Tendão parcialmente dividido
• geralmente é funcional
• movimento do dedo pode ser limitado por dor
• exame indica a lesão do tendão sem permitir um diagnóstico definitivo de transecção
7. Exames complementares
• Ultrassom e a ressonância magnética podem
ser úteis, mas nem sempre necessários.
• Quando um diagnóstico definitivo de lesão do
tendão não pode ser feito, a exploração
cirúrgica geralmente é indicada.
8. Sutura
Reparo ideal, segundo Strickland
(1) fácil colocação de suturas no tendão,
(2) nós seguros na sutura,
(3) conexão suave e lisa dos cotos do tendão,
(4) mínima separação entre os cotos do tendão reparados,
(5) interferência mínima com a vascularização do tendão
(6) resistência suficiente durante a cicatrização para permitir a aplicação de tensão
resultante do movimento precoce para o tendão
Sutura passando quatro filamentos no núcleo do tendão, com reparo
epitendíneo, é a que melhor atinge esses objetivos
9. Material
• Suturas absorvíveis, incluindo catgut e o grupo de ácido
poliglicólico (Dexon®, Vicryl®), torna-se fraca muito pouco
tempo depois da cirurgia, não sendo eficazes no reparo do
tendão
• As suturas sintéticas da família caprolactama (Supramid®) e
nylon mantêm a sua resistência contra ruptura por mais
tempo do que a sutura de polipropileno (Prolene®)
• Uma sutura 4-0 é estimada sendo 66% mais forte que uma
sutura 5-0, e uma sutura 3-0, 52% mais forte do que uma
sutura 4-0
– Sutura 3-0: antebraço, palma e dedos maiores
– Sutura 4-0: dedos menores.
– Sutura 5-0 ou 6-0: Reparo do epitendíneo
10. Configuração de sutura
• Tração da sutura paralela aos
feixes de colágeno
• Sutura simples
Grupo
1
• Tensão é transmitida diretamente
em toda a junção pelo material
da sutura e depende da
resistência da sutura em si
• Sutura de Bunnell
Grupo
2
• Suturas perpendicularmente aos
feixes de colágeno
• Pulvertaft (entrelaçamento da
boca de peixe)
Grupo
3
11. Modificação de Tajima do ponto de Kessler
com nós duplos no local do reparo.
Ponto convencional de Bunnell Ponto cruzado
Ponto de Mason-Allen (Chicago) Ponto do tipo Kessler
Ponto do tipo Kessler modificado
As técnicas de sutura cruzada
intratendínea (Bunnell, modificação
Kleinert de Bunnell) tendem a
comprometer a circulação
intratendínea
17. Sutura epitendínea
• As suturas epitendíneas
contínuas,
– diminuem seu volume,
minimizando o risco de
engatilhamento do tendão
– Melhora a resistência do reparo da
sutura do núcleo
– Suporta 50% da carga de falha
• Técnica iniciando pelo
epitendíneo
– Mostrou ser 22% mais forte do
que a técnica de Kessler
modificada
19. Sutura terminoterminal de boca de
peixe (pulvertaft)
• Menor tendão é trazido ,através do maior
tendão e ancorado com uma ou duas suturas
depois que a tensão é ajustada
21. Tempo de reparo
• Até 12h (alguns casos até 24h)
Reparo primário
• 24 horas em aproximadamente 10 dias
Reparo primário
retardado
• Após 10 a 14 dias
Reparo
secundário
• Após 4 semanas
Reparo
secundário tardio
Alguns tendões podem ser reparados no momento do fechamento primário da ferida
- Objeto afiado e razoavelmente limpa
22. Lacerações parciais
• Complicações: ruptura, dedo em gatilho e
aprisionamento do tendão
• Laceração de 60% pode reter 50% ou mais de sua
resistência, enquanto um tendão com uma
laceração de 90% pode reter apenas um pouco
mais de 25% de sua resistência
• Se um tendão é lacerado 60% ou mais, ele é
tratado da mesma forma que uma transecção
completa
• Se a laceração for menor que 60%, a lesão é
avaliada para o risco de gatilho do dedo
23. Zonas de Verdan
Zona I
•Inserção do tendão superficial flexor superficial até
o local da inserção do tendão profundo.
Zona II
•Área crítica de polias ("terra de ninguém" de
Bunnell) entre a prega palmar distal e a inserção do
tendão flexor superficial.
Zona III
•Origem do lumbrical entre a margem distal do
ligamento transverso do carpo e o início da área
crítica das polias ou da primeira polia.
Zona IV
•Zona coberta pelo ligamento transverso do carpo.
Zona V
•Proximal ao ligamento transverso do carpo e inclui
o antebraço.
24. Bainhas tendíneas e túnel oseofibroso
• Pelo menos as áreas de polia anular A2 e A4 da
bainha do flexor possam ser preservadas
• Caso contrário, corda de arco do tendão e
deformidade em flexão do dedo podem se
desenvolver e a excursão do tendão torna-se
prejudicada
25. Zona I
• Sutura direta com o seu coto distal ou por avanço e
inserção direta na falange distal quando a distância é
de 1 cm ou menos
• O corte excessivo e avanço do tendão podem resultar
em um dedo que é mantido em uma posição
flexionada em comparação com outros dedos (o dedo
em "cascata")
• Pode levar a flexão limitada dos tendões profundos
restantes (o "efeito de quadriga" descrito por Verdan)
• Lesões antigas e não tratadas
– Enxerto do tendão, tenodese ou artrodese da IFD
30. Leddy Packer
• No tipo 1, o
• tendão é encontrado retraído na palma. Se ele estiver com 7 a 10
• dias da lesão, o tendão deve ser recolocado de volta no dedo e
• inserido na falange distal pelo método pull out. Nas rupturas do
• tipo 2, o tendão se retraiu no nível da articulação interfalangeana
• proximal. Às vezes, apesar da passagem de alguns meses, esses
• tendões podem ser reparados também. No tipo 3, o tendão se
• retraiu apenas no nível da articulação interfalangeana distal e
• geralmente tem um fragmento ósseo anexado a ele. Esses também
• geralmente podem ser tratados pela reinserção.
31. Zona II
• Se o reparo for feito em condições satisfatórias por um cirurgião
experiente, função satisfatória pode ser esperada em 80% ou mais
dos pacientes
– Melhor para <40a
• Os reparos primários neste nível frequentemente falham por causa
das adesões na área das polias
• A maioria do componente da polia da bainha fibro-óssea,
especialmente as polias A2 e A4, deve ser preservada
• A tenólise pode ser necessária em um número estimado de 18% a
25% dos pacientes após o reparo do tendão flexor
– Requer 5 a 6 meses após o reparo do tendão
– Procedimento tecnicamente exigente e deve ser realizado por alguém
que tem treinamento e experiência neste tipo de cirurgia. A função no
dedo pode ser melhorada em 50% por tenólise
33. Zona III
• Reparo primário de nervos é fundamental
– Atraso resulta em espaços significativos entre
extremidades do nervo
• Os ventres musculares lumbricais não são
suturados
– Pode aumentar a tensão destes músculos e
resultar em um dedo lumbrical plus (extensão
interfalangeana proximal paradóxica na flexão
ativa do dedo).
34. Zona IV
• Para exposição pode ser necessário liberar
parcialmente ou completamente o ligamento
do carpo transversal
• Os tendões flexores profundos dos dedos
neste nível não podem ser distintamente
separados e frequentes interdigitalizações
podem estar presentes.
35. Zona V
• Deslizamento do tendão após o reparo geralmente é
melhor aqui do que nas zonas mais distais
• Devem ser reparados principalmente quando as
condições da ferida são satisfatórias
• Os coágulos de sangue na tenossinovite geralmente
servem como pistas para localizar os tendões cortados
• Os tendões flexores superficiais geralmente são
distintamente separados, os seus ventres musculares
estendidos mais di stalmente, e as extremidades
seccionadas geralmente são mais facilmente
combinadas
38. Pós-operatório
• Técnicas de mobilização pós-operatória.
• Kleinert
• Extensão ativa do dedo é utilizada com flexão passiva
alcançada, utilizando uma faixa de borracha fixada à unha e
no punho
• Duran envolve uma
• técnica de movimento passivo controlado com bloqueio
• dorsal dos dedos (Fig. 66-41 ). A margem de segurança
• com reabilitação precoce do movimento passivo é
aumentada
• se os reparos do tendão foram feitos com as técnicas
• de vários filamentos mais fortes (quatro ou mais).
40. Duran e Houser
Punho em 20 a 45 graus de flexão
Articulações MF em 50 a 70° de flexão
Articulações IFs na posição neutra
Pelo menos 3 a 4 semanas
41. Ruptura espontânea de tendão flexor
• O tendão mais comum a ser avulso nos atletas é o
flexor profundo dos dedos na sua inserção no dedo
anular
• Queixa inicial do paciente é a de uma massa na palma
sem consciência de qualquer perda da função do dedo
• Homens nos seus 20 e 30 anos, e cerca de 20% podem
ser associados a sinovite
• Classificação: Leddy Packer
• Reparo direto, enxerto do tendão ou transferência do
tendão foram recomendados para o tratamento destas
lesões
43. Zonas de lesão
• zona I inclui a área na articulação
interfalangeana e a
• inserção do flexor longo do polegar.
A zona II inclui a bainha fibro
• -óssea que se estende
imediatamente proximal à cabeça
do metacarpo
• e a articulação
metacarpofalangeana. A zona III
inclui a área
• do metacarpo abaixo dos músculos
tenares. A zona IV corresponde
• ao túnel do carpo e a zona V
corresponde ao antebraço distal
imediatamente
• proximal ao punho
44. Urbaniak
• Sistema organizado para selecionar os
métodos de reparo para o flexor longo do
polegar dependendo da localização da lesão e
do tempo de reparo
45. • Zona I
– Dentro de 1 cm de sua inserção, ele pode ser suturado principalmente
ao coto distal ou avançado e suturado diretamente no osso
• Zona II
– Área crítica da polia na artic ulação metacarpofalangeana do polegar,
uma porção da polia pode ser seccionada para diminuir a possibilidade
de aderência
• Zona III
– Extremidade proximal frequentemente retrai perto do nível do punho
• Zona IV
– Raramente cortado porque ele é protegido em parte por uma
prateleira dos ossos do rádio carpo
• Zona V
– Geralmente, a localização das extremidades do tendão e reparo
término-terminal não é difícil.
46. Reparo secundário e reconstrução
• Após 1 mês, a passagem do tendão flexor através
da bainha fibro-óssea e as polias é extremamente
difícil
• Ausência de cicatrização extensiva e destruição
da bainha do tendão: enxerto do tendão flexor de
um estágio
• Reconstrução das polias flexoras, especialmente
as polias críticas A2 e A4
– Prótese temporária de borracha silicone (Hunter e
Salisbury) para manter o lúmen da bainha do tendão
47. Reconstrução
• Zona I: avanço do tendão FP (Wagner)
– Tendão avulsionado ou rompido pode ser avançado
não mais do que 1 cm
• Zona II
– Tendão superficial sozinho foi dividido na área crítica
de polias, o reparo secundário é desnecessário
• Zonas III, IV e V
48. Lesão de tendões extensores
Felipe Basilato Mazega
Cirurgia da mão
HUCM