1. Simulado de História Geral
(Idade Média – Ano 2016
– COM GABARITO -
Pré-vestibular Comunitário Ganga Zumba
Prof: Ricardo Jorge
Exercício 1. (ENEM) Se a mania de fechar,
verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido
talvez de um profundo sentimento de insegurança,
estava difundida no mundo rural, estava do mesmo
modo no meio urbano, pois que uma das
características da cidade era de ser limitada por
portas e por uma muralha. Duby, G. et al. Séculos
XIV-XV. In: Ariès, P.; Duby, G. História da vida
privada da Europa Feudal à Renascença. São Paulo:
Cia. das Letras, 1990. (Adaptado.)
As práticas e os usos das muralhas sofreram
importantes mudanças no final da Idade Média,
quando elas assumiram a função de pontos de
passagem ou pórticos. Este processo está
diretamente relacionado com:
A) o crescimento das atividades comerciais e
urbanas.
B) a migração de camponeses e artesãos.
C) a expansão dos parques industriais e fabris.
D) o aumento do número de castelos e feudos.
E) a contenção das epidemias e doenças.
Resposta: “A”. Comentário: As cidades medievais
eram geralmente cercadas por muralhas. Nos
últimos séculos da Idade Média, porém, a expansão
das atividades comerciais, a circulação mais rápida
das riquezas e as feiras provocaram mudanças no
espaço urbano, que já não podia continuar tão
fechado quanto antes. Dessa forma, as muralhas se
tornaram pontos de passagem com seus pórticos
abertos para viajantes e mercadores. Sobre as
demais alternativas: embora a migração de
camponeses fosse importante, por si só não teria
exigido a abertura dos pórticos, pois eles não eram
tão bem-vindos às cidades quanto os mercadores,
que faziam circular as riquezas (b); a expansão dos
parques industriais e fabris só ocorreria a partir de
meados do século XVIII na Inglaterra, com a
Revolução Industrial (c); o aumento do número de
castelos e feudos, caso houvesse, não levaria à
abertura das muralhas urbanas, pois eles
constituíam propriedades fechadas e
autossuficientes; os senhores feudais, portanto, não
estavam tão interessados no comércio quanto os
burgueses das cidades (d); ao contrário, com a
abertura das muralhas aumentava o risco de
propagação das epidemias, devido ao aumento do
contato entre as pessoas (e).
Exercício 2. (Concurso público para professor de
História Caxias – 2002) O modo de produção feudal
era definido por uma economia natural, na qual nem
o trabalho nem o produto do trabalho eram bens. O
produtor imediato estava unido ao meio de
produção – o solo – por uma específica relação
social. Os servos juridicamente tinham mobilidade
restrita, eram ligados à terra: gleba adscripti.
Assinale a alternativa que, de acordo com o exposto
no texto, define a relação servil.
A) A coerção sobre o camponês medieval não
era econômica, porque era disfarçada tanto
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2. pela obrigação religiosa de servir como pela
jurisdição do senhor sobre a pessoa do
servo, equivalente à relação do senhor com
o escravo.
B) Na servidão não ocorria a coerção
econômica, porque o servo possuía os
meios de produção – terra e instrumentos –
e a ideologia da submissão anulava, na
prática e juridicamente, o caráter coercitivo
da relação.
C) A coerção era basicamente econômica na
sua origem, pois era a posse da terra que
garantia a reprodução da força de trabalho,
garantindo a produção da sua subsistência e
da moradia familiar.
D) A adscrição do camponês à gleba, em troca
de proteção, resultou na restrição jurídica
da sua mobilidade, uma coerção extra-
econômica que o obrigou ao pagamento do
excedente e à prestação de serviço.
E) A longa estabilidade do modo de produção
feudal, que lhe permitiu sobreviver séculos
sob invasões diversas, deveu-se ao fato de
os conflitos de classe serem raros, pois a
relação social do servo era com a terra e
não com o senhor feudal.
Reposta: “D”
Exercício 3. Leia o texto e observe o mapa.
Os muçulmanos mantiveram as noções de justiça
social, igualdade, tolerância e de uma compaixão
prática na frente da consciência muçulmana há
séculos. Os muçulmanos nem sempre
corresponderam a esses ideais e frequentemente têm
dificuldade de incorporá-los a suas instituições
sociais e políticas. Mas a luta para chegar a isso foi,
durante séculos, a mola mestra da espiritualidade
islâmica. Os ocidentais devem ter consciência de
que também é do seu interesse que o Islã permaneça
saudável e forte. O Ocidente não tem sido
inteiramente responsável pelas formas extremadas
de islamismo, que cultivam uma violência que viola
os cânones mais sagrados da religião. Mas o
Ocidente, por certo, contribuiu para esse processo e,
para diminuir o medo e o desespero que se
encontram na raiz de toda visão fundamentalista,
deveria cultivar uma avaliação mais acurada do Islã
no terceiro milênio.
Armstrong, Karen. O islã. Rio de Janeiro: Objetiva,
2001. p. 245.
Analise os itens abaixo:
I. Apesar de ser a religião que mais cresce no
mundo, o islamismo ainda se concentra
especialmente no Oriente Médio e no norte
do continente africano.
II. Todos os islâmicos são árabes, destacando-
se o fato de que aqueles que aderem à
religião mudam também de etnia.
III. Atualmente, os seguidores do islamismo
chegam a 80%, ou mais, dos habitantes de
países como Arábia Saudita, Irã, Líbia e
Egito.
IV. Após os atentados de 11 de setembro de
2001 nos Estados Unidos, o convívio entre
islâmicos e cristãos se intensificou,
especialmente porque o governo
estadunidense, por meio da imprensa,
procurou criar uma visão positiva e não
preconceituosa em relação à fé muçulmana.
V. Apesar de o islamismo cultivar valores e
ideais de justiça social, igualdade,
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3. tolerância e compaixão, há movimentos
muçulmanos que pregam e praticam a
violência, estimulados pela incompreensão
e intolerância do Ocidente.
Estão corretos somente os itens:
A) II, III e IV.
B) II, IV e V.
C) I, IV e V.
D) I, II e III.
E) I, III e V.
Resposta: “C”. Comentário: O islamismo não
prega a violência. Entretanto, certas circunstâncias
históricas estimularam o surgimento de grupos
islâmicos que pregam e praticam a violência. Entre
essas circunstâncias, ocupa um lugar importante a
incompreensão e a intolerância com que os
muçulmanos são tratados por amplos setores e
mesmo governos dos países ocidentais. Também
contribuem para isso a história das Cruzadas e a
opressão do povo palestino pelo Estado de Israel,
sempre apoiado pelos Estados Unidos. Sobre as
demais afirmativas: nem todos os islâmicos são
árabes e não há mudança de etnia por adesão à
religião (II); após os atentados de 11 de setembro de
2001, as relações entre o Ocidente e o mundo
islâmico pioraram muito, o que fortaleceu as visões
preconceituosas em relação aos praticantes da fé
muçulmana (IV).
Exercício 4. (UPE) O Islamismo – religião pregada
por Maomé e seus seguidores – tem hoje mais de 1
bilhão de fiéis espalhados pelo mundo, sendo ainda
predominante no Oriente Médio, região onde
surgiu. Um dos principais fundamentos da expansão
muçulmana é a Guerra Santa. A respeito dos
muçulmanos, é correto afirmar que:
A) a expansão árabe-muçulmana acabou por
islamizar uma série de povos,
exclusivamente árabes.
B) o povo árabe palestino, atuando na
revolução armada palestina, rejeita qualquer
solução que não a libertação total do Estado
de Israel.
C) em Medina, a religião criada por Maomé,
embora tenha crescido rapidamente e tenha
criado a Guerra Santa – Gihad –, não teve
caráter expansionista.
D) a história do Líbano contemporâneo esteve
sempre ligada à busca de um certo
equilíbrio entre várias comunidades que
compõem o país, especialmente as duas
mais importantes: xiitas e cristãos.
E) a facção dos fundamentalistas islâmicos
pertence à corrente xiita, sendo que os mais
radicais repudiam os valores do mundo
ocidental moderno.
Resposta: “D”. Comentário: O Líbano é um país
do Oriente Médio cuja população está dividida entre
diversas facções religiosas: muçulmanos xiitas
(maioria), muçulmanos sunitas, cristãos maronitas,
drusos (comunidade religiosa que se identifica com
o islamismo), cristãos ortodoxos gregos e cristãos
católicos. A busca de um certo equilíbrio entre essas
comunidades nem sempre é pacífica.
Exercício 5. Leia o texto abaixo.
Entre meados do século XII e meados do século
XIII, a recrudescência das condenações da usura é
explicada pelo temor da Igreja ao ver a sociedade
abalada pela proliferação das práticas usurárias. O
terceiro Concílio de Latrão (1179) declara que
muitos homens abandonam sua condição social, sua
profissão para tornarem-se usurários. No século
XIII, o papa Inocêncio IV e o grande canonista
Hostiensis temem a deserção dos campos, devido ao
fato de os camponeses terem se tornado usurários
ou estarem privados de gado e de instrumentos de
trabalho pelos possuidores de terras, eles próprios
atraídos pelos ganhos da usura. A atração pela usura
faz aparecer a ameaça de um recuo da ocupação dos
solos e da agricultura, e com ela o espectro da fome.
Le Goff, Jacques. A bolsa e a vida: a usura na Idade
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4. Média. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2004. p. 25.
Considerando as informações do texto, a prática da
usura, na Baixa Idade Média:
A) foi um fenômeno isolado, que não podia
abalar as estruturas da sociedade feudal,
mas que a Igreja reprimiu por superstições e
preconceito.
B) era expressão de uma nova forma de
acumular riqueza que se chocava com a
visão de mundo pregada pela Igreja católica
e abalava as tradicionais formas de
organização da sociedade medieval.
C) enfraqueceu sobremaneira o poder da
Igreja, que reagiu condenando-a e
destruindo o avanço da urbanização e do
comércio medievais.
D) favoreceu o surgimento e o enriquecimento
de uma nova classe social, a burguesia, que,
com a Igreja, apoiou a melhoria da
produção agrícola e a fixação do camponês
na terra.
E) impediu o pleno desenvolvimento
econômico da Europa Ocidental, que
continuou presa aos velhos paradigmas
tecnológicos do período feudal.
Resposta: “B”. Comentário: O texto do enunciado
discute a reação da Igreja ao aumento da prática da
usura e as razões alegadas pela instituição para
condená- la. A Igreja considerava que a usura
representava um perigo para a estabilidade da
ordem feudal. Essa forma de acumular riqueza era
algo imoral, que se chocava com a visão de mundo
pregada por ela. Sobre as demais alternativas: não
foi um fenômeno isolado, pois refletia profundas
mudanças em curso na sociedade feudal, como a
expansão do comércio e da urbanização e o novo
valor atribuído ao dinheiro (a); a Igreja condenava a
usura, mas não conseguiu conter o avanço da
urbanização e do comércio durante a Idade Média
(c); a usura favoreceu sem dúvida o enriquecimento
da burguesia, mas esta não apoiou a fixação dos
camponeses na terra (d); as novas práticas
econômicas, entre elas a usura, permitiram o avanço
do comércio, da urbanização, das finanças e,
portanto, a superação do feudalismo na Europa (e).
Exercício 6. (Fatec-SP) Considere a ilustração a
seguir.
In: Barbosa, Elaine Senise; Nazaro Junior, Newton;
Pera, Silvio Adegas. Panorama da História.
Curitiba: Positivo, 2005. v. 1. p. 121.
A partir dos conhecimentos da história do
feudalismo europeu, pode-se inferir que, na
ilustração:
A) as classes sociais relacionavam-se de forma
harmoniosa por incorporarem em suas
mentes os princípios elementares do
cristianismo.
B) as castas sociais poderiam modificar-se ao
longo do tempo, pois isso dependia
fundamentalmente da vontade do poder
divino do papa.
C) as terras dos feudos eram divididas
igualmente entre os vários segmentos
sociais, priorizando-se os que dependiam
dela para sobrevivência.
D) a organização social possibilitava a
mobilidade, permitindo a ascensão dos
indivíduos que trabalhassem e acumulassem
riqueza material.
E) a estrutura da sociedade era marcada pela
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5. ausência de mobilidade, sendo
caracterizada por uma hierarquia social
dominada por uma instituição cristã.
Resposta "E". Comentário: Diz-se que há
mobilidade social quando pessoas de um
determinado grupo da sociedade podem passar para
outro grupo, superior ou inferior. Nas sociedades
fortemente estratificadas, essa possibilidade é
mínica. A ilustração do enunciado da questão
mostra um camponês na base da sociedade feudal e
um integrante da alta hierarquia católica no topo,
como representação do baixo índice de mobilidade
nessa sociedade.
Exercício 7. (UFPE) Analise as afirmativas abaixo,
relacionadas com a existência das Cruzadas.
1. As Cruzadas eram expedições organizadas
pelos senhores feudais, com a finalidade de
reativar a vida nos feudos.
2. As Cruzadas, expedições marcadas por
interesses religiosos e econômicos,
contavam com a participação da Igreja
Católica.
3. As Cruzadas não trouxeram contribuições
para a economia no Ocidente, pois criaram
conflitos inexpressivos e exacerbaram o
fanatismo religioso.
4. A participação da população pobre nas
Cruzadas foi significativa e aponta para um
dos momentos de crise do sistema feudal.
5. Os lucros dos nobres nas Cruzadas
contribuíram para revitalizar a economia
feudal, com a adoção do trabalho
assalariado.
Está(ão) correta(s):
A) 5 apenas.
B) 2 e 3 apenas.
C) 1 apenas.
D) 1, 2, 3, 4 e 5.
E) 2 e 4 apenas.
Resposta: “E”. Comentário: A Igreja católica foi a
principal força instigadora das Cruzadas, pois partiu
do papa Urbano II, em 1095, o chamado para que os
cristãos libertassem a Terra Santa do que chamou de
“bárbaros” e “raça malvada”, numa referência aos
muçulmanos. Igualmente importante foi a
participação das camadas pobres da população, que
procuravam, assim, escapar da crise do feudalismo.
Em abril de 1096, por exemplo, formou-se a
Cruzada Popular, ou Cruzada dos Mendigos, que
marchou em direção a Jerusalém sob a liderança de
Pedro, o Eremita, mas que nunca chegou à Terra
Santa.
Exercício 8. (Mackenzie) Em outubro de 1347,
navios mercantes genoveses chegaram ao porto de
Messina. Os marinheiros doentes tinham estranhas
inchações escuras, do tamanho de um ovo ou uma
maçã, nas axilas e virilhas, que purgavam pus e
sangue e eram acompanhadas de bolhas e manchas
negras por todo o corpo. Sentiam muitas dores e
morriam rapidamente cinco dias depois dos
primeiros sintomas. TUCHMAN, Barbara W. Um
Espelho Distante. O terrível século XIV. Rio de
Janeiro: José Olympio Editora, 1990.
Cerca de 25 milhões de pessoas morreram entre os
anos de 1347 e 1350. Dentre os fatores que
contribuíram para esse acontecimento destacamos:
A) a formação do modo de Produção Feudal.
B) a decadência e posterior desaparecimento
da dinastia Carolíngia na Europa medieval.
C) o aumento do intercâmbio comercial entre
Europa e Oriente após as Cruzadas.
D) o fim da Guerra dos Cem Anos entre a
França e a Inglaterra devido à peste negra.
E) a expansão Marítima e Comercial Europeia
e a descoberta do novo mundo.
Resposta: “C”
Exercício 9. (ENEM 2011). O café tem origem na
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6. região onde hoje se encontra a Etiópia, mas seu
cultivo e consumo se disseminaram a partir da
Península Árabe. Aportou à Europa por
Constantinopla e, finalmente, em 1615, ganhou a
cidade de Veneza. Quando o café chegou à região
europeia, alguns clérigos sugeriram que o produto
deveria ser excomungado, por ser obra do diabo. O
papa Clemente VIII (1592-1605), contudo, resolveu
provar a bebida. Tendo gostado do sabor, decidiu
que ela deveria ser batizada para que se tornasse
uma “bebida verdadeiramente cristã”. THORN, J.
Guia do café. Lisboa: Livros e livros, 1998
(adaptado).
A postura dos clérigos e do papa Clemente VIII
diante da introdução do café na Europa Ocidental
pode ser explicada pela associação dessa bebida ao
A) ateísmo.
B) Judaísmo.
C) Hinduísmo.
D) Islamismo
E) protestantismo.
Resposta: “D”. Comentário: O surgimento do islã
no século VII d.c. e sua expansão pelo norte da
África, se espalhando pela Pérsia e chegando a
Europa através da Península Ibérica, fez com que
representassem a principal ameaça a Igreja Católica
na Europa durante quase toda Idade Média. Os
muçulmanos só foram expulsos definitivamente da
Europa no final do século XV com o fim do
processo que ficou conhecido como Reconquista.
Dessa maneira, a associação pejorativa ao café está
relacionada à sua procedência árabe.
Fonte: http://educacao.globo.com/provas/enem-
2011/questoes/40.html
Exercício 10. (UEM-PR) Desde fins do Império
Romano, as cidades vinham sendo abandonadas.
Sendo assim, entre os séculos V e X, na alta Idade
Média, uma ruralização da vida foi se impondo e
tornou-se uma característica da Europa medieval. A
respeito desse período, assinale a(s) alternativa(s)
correta(s).
A) □ No século VIII, Carlos Magno assumiu o
trono do Império Carolíngio e, em troca de
lealdade, doou as terras obtidas nas guerras
de conquista ao clero e à nobreza e dividiu
o território sob o seu controle em condados
e marcas.
B) □ Em razão da ruralização, as cidades
foram todas abandonadas e deixaram de
existir completamente na Europa até o
início do século XV. Esse fato explica a
sobrevivência do império romano do
Oriente até o início da modernidade.
C) □ O chamado renascimento carolíngio, ao
impor o primado da razão sobre a fé e
resgatar os valores artísticos e filosóficos da
Antiguidade, antecipou em cinco séculos o
notável processo de transformações
culturais e racionalização que ocorreu no
renascimento italiano do século XV.
D) □ A ruralização propiciou o
desenvolvimento de uma economia de
subsistência e uma grande diminuição das
trocas mercantis.
E) □ Durante a alta Idade Média, o nobre
cavaleiro El Cid liderou os cristãos na luta
contra os cristãos ortodoxos, invasores da
Península Itálica.
Repostas: “A” e “D”. Comentário: A ruralização
da vida na Europa ocidental teve início no período
final do Império Romano do Ocidente e prosseguiu
durante a transição para a sociedade feudal e a Alta
Idade Média. O Império Carolíngio, que teve
vigência entre 800 e 840, refletiu as contradições
dessa época. Do ponto de vista político, manteve a
centralização do poder, mas as doações de terras à
nobreza e à Igreja, além da divisão do território em
condados e marcas, contribuíram não só para a
ruralização da sociedade, mas também para o
declínio da centralização política, com a
consequente fragmentação do poder.
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7. Exercício 11. (Unesp) “Com a ruralização, a
tendência à autossuficiência de cada latifúndio e as
crescentes dificuldades nas comunicações, os
representantes do poder imperial foram perdendo
capacidade de ação sobre vastos territórios. Mais do
que isso, os próprios latifundiários foram ganhando
atribuições anteriormente da alçada do Estado.”
Franco Jr., Hilário. O feudalismo. São Paulo:
Brasiliense, 1986. Adaptado.
A característica do feudalismo mencionada no
fragmento é:
A) o desaparecimento do poder militar,
provocado pelas invasões bárbaras.
B) a fragmentação do poder político central.
C) o aumento da influência política e
financeira da Igreja Católica.
D) a constituição das relações de escravidão.
E) o estabelecimento de laços de servidão e
vassalagem.
Resposta: “B”. Comentário: O processo de
ruralização, verificado na transição da sociedade
romana para a sociedade feudal na Europa
ocidental, implicou no deslocamento de uma parte
da elite patrícia para o campo. Afastados de Roma,
esses patrícios se sobrepuseram aos representantes
do poder imperial e passaram a exercer um poder
localizado, mas forte, com funções anteriormente
atribuídas ao Estado. O resultado desse processo foi
a fragmentação do poder político central.
Exercício 12. (Fuvest) A "Querela [questões] das
Investiduras" foi um conflito instaurado entre
A) os Papas e os Imperadores do Sacro
Império Romano-Germânico.
B) os senhores feudais e os cavaleiros.
C) as ordens religiosas e os Patriarcas de
Constantinopla.
D) os monges de Cluny e o Papa Gregório VII.
E) os gibelinos e o Imperador Henrique IV.
Resposta: “A”
Exercício 13. (UPE) Na Idade Média, Bizâncio era
um importante centro comercial e político.
Merecem destaques seus feitos culturais, mostrando
senso estético apurado e uso das riquezas existentes
no Império. Na sua arquitetura, a igreja de Santa
Sofia destacou-se pela:
A) sua afinação com o estilo gótico, com
exploração dos vitrais e o uso de metais na
construção dos altares.
B) simplicidade das suas linhas geométricas,
negando a grandiosidade como nas outras
obras existentes em Bizâncio.
C) grande riqueza da sua construção, com uso
de mosaicos coloridos e colunas de
mármore suntuosas.
D) imitação que fazia dos templos gregos, com
altares dedicados aos mitos mais
conhecidos, revelando paganismo.
E) consagração dos valores católicos
medievais, em que a riqueza interior era
importante em toda cultura existente.
Resposta: “C”. Comentário: A igreja de Santa
Sofia é a obra arquitetônica mais expressiva e
emblemática do Império Bizantino (vale lembrar
que a antiga colônia grega de Bizâncio passara a se
chamar Constantinopla desde os anos 330 da era
cristã). Encimada por uma enorme cúpula de 32
metros de diâmetro e erguida a 50 metros de altura,
seu interior exibia colunas de mármore, mosaicos
coloridos e detalhes em ouro.
Exercício 14. (PUC-SP) A sociedade feudal era
estamental e fragmentada politicamente. O
cerimonial a seguir transcrito, representativo do
relacionamento estabelecido entre nobres,
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8. determinava as condições para a doação dos feudos,
colocando até mesmo o rei dentro desse sistema de
reciprocidade:
"Aos 7 dos idos de Abril, quinta-feira, foram
prestadas as homenagens ao conde; o que foi
cumprido segundo as formas determinadas para
prestação de fé e de fidelidade, segundo a ordem
seguinte. Em primeiro lugar, eles fizeram
homenagem assim: o conde perguntou ao futuro
vassalo se queria tornar-se seu homem sem reserva,
e este respondeu:
- 'quero-o ',- depois, com as mãos apertadas entre
as do conde, aliaram-se por um beijo. Em segundo
lugar, aquele que tinha feito homenagem empenhou
a sua fé (...) e, em terceiro lugar, ele jurou isto
sobre as relíquias dos santos.
Em seguida, com a vara que tinha na mão, o conde
deu-lhes investidura (a posse simbólica do feudo), a
todos que acabavam de prestar-lhe homenagem, de
prometer-lhe fidelidade e de prestar-lhe juramento."
(Gilberto de Bruges, "História da morte de Carlos o
Bom, conde de Flandres", in FREITAS, Gustavo de.
900 TEXTOS E DOCUMENTOS DE HISTÓRIA,
vol. 4521 I, Lisboa, Plátano.)
O cerimonial descrito
A) estabelecia uma rede de lealdades entre os
diferentes estratos da sociedade medieval,
contribuindo para a centralização
monárquica.
B) delimitava direitos e obrigações entre
nobreza, clero e povo.
C) estabelecia as condições para o ingresso na
categoria de nobres, possibilitando ascensão
social.
D) prescrevia as condições de doação dos
feudos, estabelecendo uma hierarquização
do ponto de vista econômico, contribuindo
para o fortalecimento do poder real.
E) estabelecia uma hierarquização do ponto de
vista militar, no interior de um sistema de
reciprocidade, incluindo obrigações de
fidelidade e proteção, no qual constituía a
recompensa.
Reposta: “E”
Exercício 15. (Fuvest) A proliferação das
universidades medievais, no século XIII,
responsável por importantes transformações
culturais, está relacionada:
A) ao Renascimento cultural promovido por
Carlos Magno e pelos homens cultos que
trouxe para sua corte.
B) à invenção da imprensa que possibilitou a
reprodução dos livros a serem consultados
por mestres e alunos.
C) à importância de se difundir o ensino do
latim, língua utilizada pela Igreja para
escrever tratados teológicos, cartas e livros.
D) ao crescimento do comércio, ao
desenvolvimento das cidades e às
aspirações de conhecimentos da burguesia.
E) à determinação de eliminar a ignorância e o
analfabetismo da chamada Idade das
Trevas.
Resposta: “D”
Exercício 16. (PUC-PR) A História do Império
Bizantino abrangeu um período equivalente ao da
Idade Média, apesar da instabilidade social,
decorrente, entre outros fatores:
A) dos frequentes conflitos internos originados
por controvérsias políticas e religiosas.
B) da excessiva descentralização política que
enfraquecia os imperadores.
C) da posição geográfica de sua capital,
Constantinopla, vulnerável aos bárbaros,
que com facilidade a invadiam
frequentemente.
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9. D) da constante intromissão dos imperadores
de Roma em sua política.
E) da falta de um ordenamento jurídico para
controle da vida social.
Reposta: “A”. Comentário: O Império Bizantino
atingiu seu período de maior esplendor sob o
governo de Justiniano, entre 527 e 565. Esse
período, contudo, não foi marcado por total
estabilidade, pois em 532 eclodiu uma rebelião de
grandes proporções em Constantinopla, a Revolta
Nika, reprimida com violência pelo general
Belisário. Após a morte de Justiniano, o império
entrou em um lento processo de declínio, com crises
internas, perda de territórios para os árabes
muçulmanos, revoltas e conflitos religiosos.
Exercício 17. (Faap) As cruzadas no Oriente Médio
(séculos XI-XIII) tiveram profunda repercussão
sobre o feudalismo porque, entre outros motivos,
A) diminuíram o prestígio da Santa Sé, em
virtude da separação das Igrejas cristãs de
Roma e de Bizâncio.
B) impediram os contatos culturais com
civilizações refinadas como a bizantina e a
árabe.
C) aceleraram o comércio e o desenvolvimento
de manufaturas, promovendo o crescimento
de uma nova camada social.
D) desintegraram o sistema de comércio com o
Oriente, gerando a decadência dos portos de
Veneza, Gênova e Marselha.
E) estimularam a expansão da economia
agrária, que minou a economia monetária
dos centros urbanos.
Resposta: “C”
Exercício 18. (UFPR) A presença islâmica na
Península Ibérica estende-se desde 711, data da
Batalha de Guadalete, quando os visigodos são
vencidos pelos invasores árabes, até o século XV,
quando, em 1492, os reis católicos da Espanha
conquistam o reino de Granada, último núcleo
muçulmano na Península.
Tal convivência entre as culturas ocidental e árabe
num mesmo espaço geográfico, durante cerca de
sete séculos, teve como consequência principal:
A) a realização de uma síntese cultural que
gera, nos séculos medievais, uma cultura
peninsular mais pobre do que em qualquer
outra parte da cristandade ocidental.
B) a interpretação e atualização da cultura
clássica na cristandade ocidental através das
contribuições dos árabes.
C) uma simpatia permanente entre cristãos e
árabes que limitou o movimento das
Cruzadas na Terra Santa.
D) o atraso da Península Ibérica nas ciências
ditas experimentais – medicina, astronomia,
matemática, cartografia e geografia.
E) o desenvolvimento de um estilo artístico
nas mesquitas que privilegia as
representações de figuras humanas.
Resposta: “B”. Comentário: Em suas conquistas
territoriais, os árabes muçulmanos adotaram uma
atitude de tolerância em relação à cultura dos povos
dominados. Ao conquistar a península Ibérica,
transmitiram aos europeus conhecimentos
científicos como os algarismos arábicos
(importados da Índia), a álgebra e estudos de
química. Ao mesmo tempo, traduziram obras de
autores gregos e romanos, contribuindo para a
difusão da cultura clássica entre os europeus.
Exercício 19. (Fuvest) As comunas medievais
caracterizaram-se por:
A) radicalismo político que tendia ao anti-
clericalismo.
B) autonomia das cidades em relação aos
senhores feudais, com governo, direito e
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10. símbolos próprios.
C) aumento do clericalismo, resultando no
reforço da autoridade papal.
D) fortalecimento da submissão à autoridade
dos senhores feudais.
E) aglomeração de marginalizados que
exerciam o banditismo.
Resposta: “B”
Exercício 20. (UFPel-RS) Este mapa se refere à:
A) centralização política, na fase inicial da
Idade Moderna.
B) divisão do Império Romano, no final da
Idade Antiga.
C) formação dos Estados Nacionais, no século
XV.
D) Europa Ocidental, na Idade Antiga.
E) organização dos reinos francos, na Idade
Média Ocidental.
Resposta: “E”. Comentário: O mapa representa a
divisão em três reinos do antigo Império Carolíngio.
Carlos Magno já era rei dos francos quando, no ano
800, foi coroado pelo papa imperador do Novo
Império Romano do Ocidente. Esse império, que
reunia territórios hoje pertencentes à França, à
Alemanha e à Itália, teve existência até 840, quando
morreu Luís, o Piedoso, filho e sucessor de Carlos
Magno. Em 840, os três filhos de Luís entraram em
disputa pelo controle do império. Após uma guerra
civil, a paz foi selada em 843, quando o Tratado de
Verdum estabeleceu a divisão do Império em três
reinos: França Ocidental, França Central e França
Oriental.
Fontes:
EDIÇÕES SM (ED.). Ser protagonista – Competências –
História – ENEM. 1ª. ed. [s.l.] Edições SM Ltda., 2014a.
EDIÇÕES SM (ED.). Ser protagonista - revisão - História -
Ensino Médio. 1ª. ed. São Paulo, SP: Edições SM Ltda.,
2014b.
Baixa Idade Média (Renascimento Comercial e Urbano/
Cruzadas/ Peste Negra) - Gabarito. Disponível em:
<http://historiacsd.blogspot.com.br/2012/10/baixa-idade-
media-renascimento.html> Acesso em: 28 maio 2016.
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