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Saúde na mídia                                                                     Brasília, 15 de junho de 2011
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                                                                        Ministério da Saúde | Alexandre Padilha



   Saúde não tem preço: investir no setor é promover
                  desenvolvimento
                              POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL
                                                          do desenvolvimento. Com o trabalho de cerca de 10
                                                          milhões de profissionais, a saúde responde por 8% do
                                                          Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, ou 30% do
                                                          PIB industrial, e movimenta anualmente R$ 160 bi-
                                                          lhões.

                                                          Por isso, temos de ampliar os investimentos em pes-
                                                          quisa e desenvolvimento e fortalecer a política in-
                                                          dustrial para a área, o que estimula a criação de
                                                          tecnologia de ponta e representa grande opor-
                                                          tunidade no comércio exterior. Ganhos econômicos
                                                          que se traduzem em melhora para a qualidade de vida
                                                          de milhões de brasileiros, na medida em que reduzem
                                                          os preços de medicamentos e procedimentos.

                                                          As opções que gestores, trabalhadores e uni-
                                                          versidades assumem em relação ao Sistema Único
                                                          de Saúde (SUS )influenciam diretamente a cadeia
                                                          produtiva da saúde, que desde 2003, já recebeu in-
Alexandre Padilha - Ministro da Saúde                     vestimentos de R$6 bilhões em pesquisa e in-
                                                          fraestrutura.
Saúde não tem preço: investir no setor é promover o
desenvolvimento                                           Ao oferecer desde atenção primária até pro-
                                                          cedimentos de alta complexidade, muitas vezes in-
"No momento em que o Governo Federal, sob a li-           disponíveis na rede privada, o SUS não encontra
derança da presidenta Dilma Rousseff tem como             equivalente nos demais países emergentes. Por outro
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                                                          executor público de transplantes no mundo. O SUS
"Ao lançar, logo no início do segundo mês de seu go-      custeia ainda 80% dos atendimentos oncológicos e
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assumido em seu discurso de posse: a saúde ocupará        Todas as pesquisas a respeito do funcionamento do
papel central em seu governo, contribuindo para a         SUS comprovam que os usuários de fato têm ava-
meta de erradicar a miséria e conduzir o Brasil ao pos-   liação mais positiva do que aqueles que não recorrem
to de quinta maior economia do planeta ainda nesta        à rede pública. Estudo do Instituto de Pesquisa Eco-
década.                                                   nômica Aplicada (Ipea) revelou que enquanto 72,4%
                                                          das pessoas que recorrem ao SUS julgaram .o aten-
Do ponto de vista econômico, o setor produtivo da         dimento como regular, bom ou muito bom, índice que
saúde tem contribuições importantes como indutor

Saúde na mídia                                                                                             pg.2
Saúde na mídia                                                                               Brasília, 15 de junho de 2011
                                                                                                      Valor Econômico/BR
                                                                                  Ministério da Saúde | Alexandre Padilha

                                                          Continuação: Saúde não tem preço: investir no setor é promover desenvolvimento


fica em 65,7% entre quem não faz uso da rede pú-               virá se demonstrarmos para a sociedade os re-
blica. Esta percepção foi referendada pela última              sultados do nosso esforço para aprimorar a gestão e
Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios                 qual será a destinação dada aos recursos disponíveis.
(PNAD), que mostrou que 86% dos usuários da rede               Este é um debate que cabe à sociedade e ao Congresso
pública avaliam o serviço ofertado como satisfat6rio.          Nacional.
Por outro lado, o levantamento apontou que a prin-
cipal queixa da população se refere ao tempo de es-            Criar condições de trabalho para os profissionais em
pera para ingressar no sistema e ser atendida, desafio         todo o país é, certamente, uma questão central na con-
comum aos sistemas nacionais de outros países.                 dução deste processo. Com nossa dimensão con-
                                                               tinental e nossa diversidade, não teremos uma
É por termos eleito o acesso como objeto central do            alternativa única, rígida. É a partir do diálogo que va-
planejamento edapactuação detodasas políticas ere-             mos definir quais são viáveis, para que contextos.
passes para os estados e os municípios que queremos            Mas não abriremos mão de termos profissionais ca-
criar um indicador nacional de garantia do.acesso              pacitados para atender a população brasileira, seja na
com qualidade. Este índice será de dimensão na-                floresta amazônica, seja na periferia das grandes ci-
cional, mas levará em conta as peculiaridades re-              dades brasileiras.
gionais, para mensurar o andamento das políticas de
saúde e de seu impacto sobre a vida das pessoas.               Nós precisamos discutir com a sociedade, com as uni-
                                                               versidades e com as entidades da saúde a questão da
O SUS já tem maturidade para montarmos um gran-                formação profissional, tendo em vista a uni-
de e desenvolvimento e fortalecer a politica industrial        versalização do atendimento e a redefinição das de-
para mapa nacional que estabeleça claramente quais             mandas dos usuários. O Brasil tem de construir um
os equipamentos e serviços ofertados. A partir deste           plano estratégico para os próximos 20 anos, pre-
diagnóstico, que será traduzido em um grande mapa              vendo as demandas por especialistas e as localidades
sanitário brasileiro, poderemos conduzir o debate so-          mais sensíveis para que direcionemos as políticas de
bre um padrão de integralidade para este sistema sa-           formação profissional e consigamos avançar no uso
nitário, otimizando os investimentos e identificando           de tecnologias como a telemedicina e o ensino a dis-
quais as reais necessidades de cada localidade.                tância.

Na saúde, o fato de termos uma execução des-                   Todas estas estratégias têm como espinha dorsal nos-
centralizada provoca o esforço contínuo para apri-             so esforço e nosso compromisso pelo fortalecimento
morar os mecanismos de definição de compromissos               do SUS, cuja rede de atendimento está disponível a
entre a União, os estados e os municípios. Defendo a           todos os brasileiros e que protege a saúde pública
ideia de um contrato inter-federativo que preveja me-          com serviço de vigilância eficaz, que inclui as cam-
tas claras para cada ação e garanta total transparência        panhas de vacinação e imunização, o combate à
na sua execução.                                               dengue e a contenção de riscos à saúde pública como
                                                               a influenza H1N1. "No momento em que o Governo
Com a clareza sobre o uso dos recursos do SUS, po-             Federal, sob a liderança da presidenta Dilma Rous-
deremos estabelecer regras de financiamento sus-               seff, tem como prioridade acabar com a pobreza no
tentável para a saúde, deixando claro o que é de fato          Brasil, o SUS é, indiscutivelmente, instrumento cen-
investimento em saúde e qual o papel de cada ente fe-          tral de justiça e inclusão social.
derado. A conquista do financiamento sustentável só




Saúde na mídia                                                                                                                    pg.3

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Investimentos em saúde promovem desenvolvimento

  • 1. Saúde na mídia Brasília, 15 de junho de 2011 Valor Econômico/BR Ministério da Saúde | Alexandre Padilha Saúde não tem preço: investir no setor é promover desenvolvimento POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL do desenvolvimento. Com o trabalho de cerca de 10 milhões de profissionais, a saúde responde por 8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, ou 30% do PIB industrial, e movimenta anualmente R$ 160 bi- lhões. Por isso, temos de ampliar os investimentos em pes- quisa e desenvolvimento e fortalecer a política in- dustrial para a área, o que estimula a criação de tecnologia de ponta e representa grande opor- tunidade no comércio exterior. Ganhos econômicos que se traduzem em melhora para a qualidade de vida de milhões de brasileiros, na medida em que reduzem os preços de medicamentos e procedimentos. As opções que gestores, trabalhadores e uni- versidades assumem em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS )influenciam diretamente a cadeia produtiva da saúde, que desde 2003, já recebeu in- Alexandre Padilha - Ministro da Saúde vestimentos de R$6 bilhões em pesquisa e in- fraestrutura. Saúde não tem preço: investir no setor é promover o desenvolvimento Ao oferecer desde atenção primária até pro- cedimentos de alta complexidade, muitas vezes in- "No momento em que o Governo Federal, sob a li- disponíveis na rede privada, o SUS não encontra derança da presidenta Dilma Rousseff tem como equivalente nos demais países emergentes. Por outro prioridade acabar com a pobreza no Brasil, o SUS é, lado, alcança um alto nível de cobertura com um pa- indiscutivelmente, instrumento central de justiça e in- tamar de financiamento bem inferior ao disponível clusão social", diz o ministro Padilha nas nações desenvolvidas. Afinal, trata-se do maior executor público de transplantes no mundo. O SUS "Ao lançar, logo no início do segundo mês de seu go- custeia ainda 80% dos atendimentos oncológicos e verno, o programa Saúde Não Tem Preço, a pre- 87% da diálise no Brasil. sidenta Dilma Rousseff reiterou o compromisso assumido em seu discurso de posse: a saúde ocupará Todas as pesquisas a respeito do funcionamento do papel central em seu governo, contribuindo para a SUS comprovam que os usuários de fato têm ava- meta de erradicar a miséria e conduzir o Brasil ao pos- liação mais positiva do que aqueles que não recorrem to de quinta maior economia do planeta ainda nesta à rede pública. Estudo do Instituto de Pesquisa Eco- década. nômica Aplicada (Ipea) revelou que enquanto 72,4% das pessoas que recorrem ao SUS julgaram .o aten- Do ponto de vista econômico, o setor produtivo da dimento como regular, bom ou muito bom, índice que saúde tem contribuições importantes como indutor Saúde na mídia pg.2
  • 2. Saúde na mídia Brasília, 15 de junho de 2011 Valor Econômico/BR Ministério da Saúde | Alexandre Padilha Continuação: Saúde não tem preço: investir no setor é promover desenvolvimento fica em 65,7% entre quem não faz uso da rede pú- virá se demonstrarmos para a sociedade os re- blica. Esta percepção foi referendada pela última sultados do nosso esforço para aprimorar a gestão e Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios qual será a destinação dada aos recursos disponíveis. (PNAD), que mostrou que 86% dos usuários da rede Este é um debate que cabe à sociedade e ao Congresso pública avaliam o serviço ofertado como satisfat6rio. Nacional. Por outro lado, o levantamento apontou que a prin- cipal queixa da população se refere ao tempo de es- Criar condições de trabalho para os profissionais em pera para ingressar no sistema e ser atendida, desafio todo o país é, certamente, uma questão central na con- comum aos sistemas nacionais de outros países. dução deste processo. Com nossa dimensão con- tinental e nossa diversidade, não teremos uma É por termos eleito o acesso como objeto central do alternativa única, rígida. É a partir do diálogo que va- planejamento edapactuação detodasas políticas ere- mos definir quais são viáveis, para que contextos. passes para os estados e os municípios que queremos Mas não abriremos mão de termos profissionais ca- criar um indicador nacional de garantia do.acesso pacitados para atender a população brasileira, seja na com qualidade. Este índice será de dimensão na- floresta amazônica, seja na periferia das grandes ci- cional, mas levará em conta as peculiaridades re- dades brasileiras. gionais, para mensurar o andamento das políticas de saúde e de seu impacto sobre a vida das pessoas. Nós precisamos discutir com a sociedade, com as uni- versidades e com as entidades da saúde a questão da O SUS já tem maturidade para montarmos um gran- formação profissional, tendo em vista a uni- de e desenvolvimento e fortalecer a politica industrial versalização do atendimento e a redefinição das de- para mapa nacional que estabeleça claramente quais mandas dos usuários. O Brasil tem de construir um os equipamentos e serviços ofertados. A partir deste plano estratégico para os próximos 20 anos, pre- diagnóstico, que será traduzido em um grande mapa vendo as demandas por especialistas e as localidades sanitário brasileiro, poderemos conduzir o debate so- mais sensíveis para que direcionemos as políticas de bre um padrão de integralidade para este sistema sa- formação profissional e consigamos avançar no uso nitário, otimizando os investimentos e identificando de tecnologias como a telemedicina e o ensino a dis- quais as reais necessidades de cada localidade. tância. Na saúde, o fato de termos uma execução des- Todas estas estratégias têm como espinha dorsal nos- centralizada provoca o esforço contínuo para apri- so esforço e nosso compromisso pelo fortalecimento morar os mecanismos de definição de compromissos do SUS, cuja rede de atendimento está disponível a entre a União, os estados e os municípios. Defendo a todos os brasileiros e que protege a saúde pública ideia de um contrato inter-federativo que preveja me- com serviço de vigilância eficaz, que inclui as cam- tas claras para cada ação e garanta total transparência panhas de vacinação e imunização, o combate à na sua execução. dengue e a contenção de riscos à saúde pública como a influenza H1N1. "No momento em que o Governo Com a clareza sobre o uso dos recursos do SUS, po- Federal, sob a liderança da presidenta Dilma Rous- deremos estabelecer regras de financiamento sus- seff, tem como prioridade acabar com a pobreza no tentável para a saúde, deixando claro o que é de fato Brasil, o SUS é, indiscutivelmente, instrumento cen- investimento em saúde e qual o papel de cada ente fe- tral de justiça e inclusão social. derado. A conquista do financiamento sustentável só Saúde na mídia pg.3