SlideShare uma empresa Scribd logo
Introdução
• Qual o momento ideal para realizar o cateterismo em um paciente com
IAMSST ?
• intervenção em uma placa instável x novo IAM enquanto aguarda
• Análises agrupadas de ensaios clínicos
• Ocorrência de morte e IAM semelhante
• Menor isquemia recorrente no grupo precoce
• Níveis maiores de MNM no grupo precoce
• Não uniformidade dos estudos
• A maioria dos estudos são com SCASST e não IAMSST propriamente
Objetivo
• Comparar os efeitos (morte ou reinfarto em 30 dias) da intervenção
invasiva imediata x tardia em pacientes com IAMSST inicialmente
estabilizados.
Métodos
• Estudo unicêntrico, randomizado, aberto
• Pacientes alocados em grupos paralelos
• Hipótese: a angiografia coronária imediata (< 2h de internação) é
superior a estratégia invasiva tardia (até 72h da admissão)
Métodos
• Critério de inclusão: paciente com todos os seguintes
• Dor torácica < 24h da admissão
• Elevação de troponina
• Novo infradesnivelamento do segmento ST > 1mm e/ou inversão de onda T >= 2
derivações contíguas
• Critérios de exclusão
• Supradesnivelamento persistente do segmento ST
• Infarto posterior
• Instabilidade hemodinâmica
• Choque cardiogênico
• Arritmias ventriculares
• Angina refratária
• Sangramento ativo
• Qualquer contraindicação a terapia antiplaquetária dupla
• Comorbidades com expectativa de vida < 6 meses
Intervenção
• Randomização 1:1
• Intervenção imediata: o mais rápido possível, não mais que 2h.
• Intervenção tardia: dentro de 72h, exceto se instabilidade clínica no período
em que aguardavam a intervenção.
• Nos pacientes elegíveis a ICP foi realizada no mesmo cenário
• Nos pacientes com indicação a CRVM foi realizada o mais precoce
possível, independente do grupo de tratamento.
Intervenção
• Intervenção precoce
• AAS 300mg + Clopidogrel 600mg  AAS 100mg/dia + clopidogrel 75mg/dia
• Intervenção tardia
• AAS 300mg + Clopidogrel 300mg  AAS 100mg/dia + clopidogrel 75mg/dia
• HBPM, nitratos, BB, IECA.
• Inibidores IIB/IIIa a critério do operador.
Desfecho primário
• Morte por qualquer causa ou novo IAM em 30 dias.
• Novo infarto precoce: < 24h após randomização.
• Sintomas de isquemia persistente > 20min e novo ou recorrente supra de ST ou infra > 0,1mV em >= 2
derivações contínguas.
• Novo infarto tardio: 24h a 7 dias da randomização.
• Sintomas de isquemia persistente > 20min e aumento da troponina > 20% e/ou nova ou recorrente supra de ST
ou infra de ST > 1mV ou onda Q em >= 2 derivações contíguas diferentes do evento índice.
• Novo infarto após ICP
• Elevação do segmento ST ou ondas Q em >= 2 derivações contíguas e/ou aumento de troponina > 20%.
• Novo infarto em pacientes que normalizaram os níveis de troponina:
• Aumento de troponina + sintomas isquêmicos, alterações isquêmicas no ECG, alteração da contratilidade
segmentar e/ou confirmação angiográfica / autopsia.
Desfechos secundários
• Morte, novo IAM e/ou isquemia recorrente em 30 dias e 1 ano.
• Morte ou novo IAM em 1 ano.
• Sangramento maior em 30 dias e 1 ano
• Isquemia recorrente – episódios repetidos de sintomas isquêmicos com
duração > 5min em pacientes com todos os seguintes:
• Terapia médica otimizada
• Alterações no ECG indicativas de isquemia em curso
• Necessidade de intervenção invasiva
Resultados
Resultados
• O tempo de início da dor até a randomização
• Intervenção precoce: 5h (IQR 3-10h)
• Intervenção tardia: 6,5h (IQR 3,5-10h)
• Mediana de tempo da randomização à angiografia
• Intervenção precoce: 1,4h
• Intervenção tardia: 61h
• Características angiográficas semelhantes.
• Uso mais frequente de inibidores Gp
IIb/IIIa no grupo intervenção imediata
(11,1% vs. 2,5%; p = 0,002).
• ICP foi mais frequente no grupo
intervenção imediata.
• CRVM foi mais frequente no grupo de
intervenção tardia.
Resultados
Resultados
• Desfecho primário
• Intervenção imediata: 4,3% (5 óbitos e 2
infartos não fatais)
• Intervenção tardia: 13% (5 óbitos, 16
infartos não fatais)
• A maior diferença nas taxas de morte ou
novo IAM entre os grupos foi
documentada no período de pré-
cateterismo
0 mortes - 0 IAM no grupo de intervenção imediata vs.
1 morte - 10 IAM no grupo de intervenção tardia
Resultados
• Morte ou IAM em 1 ano
• Intervenção imediata 6,8%
• Intervenção tardia 18,8%
• Não houve diferença significativa
na período de tempo de 31 dias a 1
ano
• O desfecho secundário em 1 ano
também foi menor no grupo
intervenção imediata 15,4% x
33,1%
Resultados
• Sangramento
• A ocorrência de sangramento maior foi baixa e não diferiu entre os grupos
aos 30 dias e até 1 ano.
• 1 paciente do grupo imediato e 2 do grupo intervenção recebeu
hemotransfusão.
• Hemorragia intracraniana ocorreu em um paciente do grupo de intervenção
imediata.
• Sangramento gastrintestinal ocorreu em quatro pacientes do grupo
intervenção tardia.
Discussão
• Em pacientes com IAMSST inicialmente estabilizados a intervenção
precoce foi associada a menor taxa de morte e IAM em comparação
com a estratégia tardia.
• Pacientes submetidos a estratégia precoce tiveram menores taxas de
IAM e isquemia recorrente.
• No período de seguimento após intervenção as taxas de morte, novo
IAM e isquemia recorrente foram semelhantes nos dois grupos, tanto
as 30 dias, quanto após 1 ano.
Discussão
• População do estudo
• IAMSST
• 79% dos pacientes apresentavam infra de ST na admissão
• 89% foram submetidos a revascularização percutânea ou cirúrgica
Taxas mais elevadas em comparação com estudos anteriores.
• Primeiro estudo randomizado a incluir apenas pacientes com IAMSST
com um desfecho primário clínico.
Discussão
• Resultados semelhantes ao estudo ISAR-COOL
• Redução da mortalidade de 11,6% para 5,9% em 30 dias (intervenção precoce
x tardia).
• Menores taxas de IAM no grupo intervenção precoce no período pré-
cateterismo.
• Alguns estudos sobre o momento ideal da intervenção mostram taxas
semelhantes ou até maiores de IAM na intervenção precoce.
• Inconsistência na definição de novo IAM nos diferentes estudos.
• Em pacientes com elevação MNM submetidos a intervenção precoce é difícil
diferenciar aumento dos MNM pelo evento índice, dano miocárdico
periprocedimento ou novo IAM.
Discussão
• Estudo TIMACS
• Maior ensaio randomizado sobre o momento ótimo de intervenção invasiva
em pacientes com SCASST não mostrou diferença significativa.
• Estratégia precoce: 3,5%
• Estratégia tardia: 4,1%
• Maior intervalo entre a estratégia precoce e invasiva
• TIMACS: 14h – 50h
• RIDDLE: 1,4h - 60h
• O estudo RIDDLE incluiu apenas pacientes com IAMSST
Limitações do estudo
• Tamanho relativamente pequeno da amostra  pequeno número de
eventos.
• O tempo de ICP no grupo intervenção tardia (mediana de 61h) pode
ter potencializado o resultado a favor da intervenção precoce <2h)
Conclusão
• Em pacientes com IAMSST inicialmente estabilizados a intervenção invasiva
imediata reduz a taxa combinada de mortalidade e novo infarto no
segmento de 30 dias, e persistindo por 1 ano.
• Intervenção imediata reduziu taxa de novo IAM no período pré-
cateterismo.
• São necessários estudos com uma definição clinicamente orientada de
infarto do miocárdio periprocedimento, maior tamanho da amostra e
acompanhamento a longo prazo para avaliar o verdadeiro efeito da
intervenção imediata em pacientes com IAMSSST.
Referência
Milosevic A, Vasiljevic-Pokrajcic Z, Milasinovic D, et al. Immediate
versus delayed invasive intervention for non-STEMI patients: the
RIDDLE-NSTEMI study. J Am Coll Cardiol Intv 2016;9:541–9.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aim isc1 apresent. caso
Aim isc1   apresent. casoAim isc1   apresent. caso
Aim isc1 apresent. casoRenato sg
 
Fast hug para hupd
Fast hug para hupdFast hug para hupd
Fast hug para hupd
Yuri Assis
 
Apresentação.ppt
 Apresentação.ppt  Apresentação.ppt
Apresentação.ppt
janinemagalhaes
 
PLATO trial: subanálise trombose stent na SCA
PLATO trial: subanálise trombose stent na SCAPLATO trial: subanálise trombose stent na SCA
PLATO trial: subanálise trombose stent na SCA
Mário Barbosa
 
Abordagem da cefaléia no ps
Abordagem da cefaléia no psAbordagem da cefaléia no ps
Abordagem da cefaléia no ps
Daniel Valente
 
Apresentação de caso clínico 2
Apresentação de caso clínico 2Apresentação de caso clínico 2
Apresentação de caso clínico 2
lacuit
 
Sedation and delirium in the intensive
Sedation and delirium in the intensiveSedation and delirium in the intensive
Sedation and delirium in the intensive
Janine Magalhaes
 
Caso clinico simpósio fa
Caso clinico simpósio faCaso clinico simpósio fa
Caso clinico simpósio fa
Felipe Motta
 
DAPT trial
DAPT trialDAPT trial
DAPT trial
Mário Barbosa
 
Protocolo Atendimento do AVC
Protocolo Atendimento do AVCProtocolo Atendimento do AVC
Protocolo Atendimento do AVC
galegoo
 
Síndrome Coronariana Aguda
Síndrome Coronariana AgudaSíndrome Coronariana Aguda
Síndrome Coronariana Aguda
Anderson Armstrong
 
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
Daniel Valente
 
Pós teste
Pós testePós teste
Pós teste
Inaiara Bragante
 
Avc
AvcAvc
Pré teste
Pré testePré teste
Pré teste
Inaiara Bragante
 
Resumo anticoagulação
Resumo anticoagulaçãoResumo anticoagulação
Resumo anticoagulação
Flávia Salame
 
SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS
SINDROMES CORONARIANAS AGUDASSINDROMES CORONARIANAS AGUDAS
SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS
Maycon Silva
 
Trombose de seio
Trombose de seioTrombose de seio
Trombose de seio
Janine Magalhaes
 

Mais procurados (18)

Aim isc1 apresent. caso
Aim isc1   apresent. casoAim isc1   apresent. caso
Aim isc1 apresent. caso
 
Fast hug para hupd
Fast hug para hupdFast hug para hupd
Fast hug para hupd
 
Apresentação.ppt
 Apresentação.ppt  Apresentação.ppt
Apresentação.ppt
 
PLATO trial: subanálise trombose stent na SCA
PLATO trial: subanálise trombose stent na SCAPLATO trial: subanálise trombose stent na SCA
PLATO trial: subanálise trombose stent na SCA
 
Abordagem da cefaléia no ps
Abordagem da cefaléia no psAbordagem da cefaléia no ps
Abordagem da cefaléia no ps
 
Apresentação de caso clínico 2
Apresentação de caso clínico 2Apresentação de caso clínico 2
Apresentação de caso clínico 2
 
Sedation and delirium in the intensive
Sedation and delirium in the intensiveSedation and delirium in the intensive
Sedation and delirium in the intensive
 
Caso clinico simpósio fa
Caso clinico simpósio faCaso clinico simpósio fa
Caso clinico simpósio fa
 
DAPT trial
DAPT trialDAPT trial
DAPT trial
 
Protocolo Atendimento do AVC
Protocolo Atendimento do AVCProtocolo Atendimento do AVC
Protocolo Atendimento do AVC
 
Síndrome Coronariana Aguda
Síndrome Coronariana AgudaSíndrome Coronariana Aguda
Síndrome Coronariana Aguda
 
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
Índice Tornozelo-Braquial (ITB)
 
Pós teste
Pós testePós teste
Pós teste
 
Avc
AvcAvc
Avc
 
Pré teste
Pré testePré teste
Pré teste
 
Resumo anticoagulação
Resumo anticoagulaçãoResumo anticoagulação
Resumo anticoagulação
 
SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS
SINDROMES CORONARIANAS AGUDASSINDROMES CORONARIANAS AGUDAS
SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS
 
Trombose de seio
Trombose de seioTrombose de seio
Trombose de seio
 

Semelhante a RIDDLE NSTEMI

Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...
Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...
Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...
Joao Bruno Oliveira
 
Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque sépticoArtigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Erick Bragato
 
Initial evaluation critical_illness
Initial evaluation critical_illnessInitial evaluation critical_illness
Initial evaluation critical_illness
fabianonagel
 
SLIDE- A Randomized Trial of Intensive versus Standard Blood-Pressure Control...
SLIDE- A Randomized Trial of Intensive versus Standard Blood-Pressure Control...SLIDE- A Randomized Trial of Intensive versus Standard Blood-Pressure Control...
SLIDE- A Randomized Trial of Intensive versus Standard Blood-Pressure Control...
YasminBittar
 
Preveno e cuidados de enfermagem ao paciente cardiovascular
Preveno e cuidados de enfermagem ao paciente cardiovascularPreveno e cuidados de enfermagem ao paciente cardiovascular
Preveno e cuidados de enfermagem ao paciente cardiovascular
neenahshare
 
Síndrome coronariana aguda sem supra de ST
Síndrome coronariana aguda sem supra de STSíndrome coronariana aguda sem supra de ST
Síndrome coronariana aguda sem supra de ST
Eduardo Lapa
 
Acidente Vascular Encefálico Isquêmico Agudo
Acidente Vascular Encefálico Isquêmico AgudoAcidente Vascular Encefálico Isquêmico Agudo
Acidente Vascular Encefálico Isquêmico Agudo
Leandro Carvalho
 
Protocolo sca-com-supra
Protocolo sca-com-supraProtocolo sca-com-supra
Protocolo sca-com-supra
Fernando Teixeira
 
Transplante Cardíaco
Transplante CardíacoTransplante Cardíaco
Transplante Cardíaco
resenfe2013
 
Acidente vascular encefálico
Acidente vascular encefálicoAcidente vascular encefálico
Acidente vascular encefálico
Carlos Frederico Almeida Rodrigues
 
Aula quimioterapia nao curativa hrvp internato 2011
Aula quimioterapia nao curativa hrvp internato 2011Aula quimioterapia nao curativa hrvp internato 2011
Aula quimioterapia nao curativa hrvp internato 2011
Carlos Frederico Pinto
 
DOR TORÁCICA
DOR TORÁCICADOR TORÁCICA
DOR TORÁCICA
MatheusPacola1
 
Detecção de câncer de próstata em homens com diagnóstico inicial de prolifer...
Detecção de câncer de  próstata em homens com diagnóstico inicial de prolifer...Detecção de câncer de  próstata em homens com diagnóstico inicial de prolifer...
Detecção de câncer de próstata em homens com diagnóstico inicial de prolifer...
Urovideo.org
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Hug
galegoo
 
Sindromes coronarianas-agudas-acls
Sindromes coronarianas-agudas-aclsSindromes coronarianas-agudas-acls
Sindromes coronarianas-agudas-acls
Lhana Lorena Melo Atanasio
 
O politraumatizado em UCI boas praticas
O politraumatizado em UCI   boas praticas O politraumatizado em UCI   boas praticas
O politraumatizado em UCI boas praticas
António José Lopes de Almeida
 
UTI coronariana - clinica
UTI coronariana - clinicaUTI coronariana - clinica
UTI coronariana - clinica
Marcela Mihessen
 
IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...
IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...
IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...
jacquesveronica5d
 
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptxCASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
LuisDaviDiniz2
 
Hemorragia subaracnoidea
Hemorragia subaracnoidea Hemorragia subaracnoidea
Hemorragia subaracnoidea
Digão Pereira
 

Semelhante a RIDDLE NSTEMI (20)

Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...
Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...
Papel da CPM (cintilografia de perfusão do miocárdio) na síndrome coronariana...
 
Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque sépticoArtigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
 
Initial evaluation critical_illness
Initial evaluation critical_illnessInitial evaluation critical_illness
Initial evaluation critical_illness
 
SLIDE- A Randomized Trial of Intensive versus Standard Blood-Pressure Control...
SLIDE- A Randomized Trial of Intensive versus Standard Blood-Pressure Control...SLIDE- A Randomized Trial of Intensive versus Standard Blood-Pressure Control...
SLIDE- A Randomized Trial of Intensive versus Standard Blood-Pressure Control...
 
Preveno e cuidados de enfermagem ao paciente cardiovascular
Preveno e cuidados de enfermagem ao paciente cardiovascularPreveno e cuidados de enfermagem ao paciente cardiovascular
Preveno e cuidados de enfermagem ao paciente cardiovascular
 
Síndrome coronariana aguda sem supra de ST
Síndrome coronariana aguda sem supra de STSíndrome coronariana aguda sem supra de ST
Síndrome coronariana aguda sem supra de ST
 
Acidente Vascular Encefálico Isquêmico Agudo
Acidente Vascular Encefálico Isquêmico AgudoAcidente Vascular Encefálico Isquêmico Agudo
Acidente Vascular Encefálico Isquêmico Agudo
 
Protocolo sca-com-supra
Protocolo sca-com-supraProtocolo sca-com-supra
Protocolo sca-com-supra
 
Transplante Cardíaco
Transplante CardíacoTransplante Cardíaco
Transplante Cardíaco
 
Acidente vascular encefálico
Acidente vascular encefálicoAcidente vascular encefálico
Acidente vascular encefálico
 
Aula quimioterapia nao curativa hrvp internato 2011
Aula quimioterapia nao curativa hrvp internato 2011Aula quimioterapia nao curativa hrvp internato 2011
Aula quimioterapia nao curativa hrvp internato 2011
 
DOR TORÁCICA
DOR TORÁCICADOR TORÁCICA
DOR TORÁCICA
 
Detecção de câncer de próstata em homens com diagnóstico inicial de prolifer...
Detecção de câncer de  próstata em homens com diagnóstico inicial de prolifer...Detecção de câncer de  próstata em homens com diagnóstico inicial de prolifer...
Detecção de câncer de próstata em homens com diagnóstico inicial de prolifer...
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Hug
 
Sindromes coronarianas-agudas-acls
Sindromes coronarianas-agudas-aclsSindromes coronarianas-agudas-acls
Sindromes coronarianas-agudas-acls
 
O politraumatizado em UCI boas praticas
O politraumatizado em UCI   boas praticas O politraumatizado em UCI   boas praticas
O politraumatizado em UCI boas praticas
 
UTI coronariana - clinica
UTI coronariana - clinicaUTI coronariana - clinica
UTI coronariana - clinica
 
IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...
IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...
IMPACTO DE UM PROTOCOLO DE DIAGNOSTICO GUIADO POR ULTRASSOM NO INCIO DA INTER...
 
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptxCASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
 
Hemorragia subaracnoidea
Hemorragia subaracnoidea Hemorragia subaracnoidea
Hemorragia subaracnoidea
 

Último

Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido (SDR).pptx
Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido (SDR).pptxSíndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido (SDR).pptx
Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido (SDR).pptx
marjoguedes1
 
4.Tecidos Excitáveis - Tecido Nervoso.pptx
4.Tecidos Excitáveis - Tecido Nervoso.pptx4.Tecidos Excitáveis - Tecido Nervoso.pptx
4.Tecidos Excitáveis - Tecido Nervoso.pptx
AmaroAlmeidaChimbala
 
Apostila Gerência de Riscos PDF voltado para Segurança do Trabalho
Apostila Gerência de Riscos PDF   voltado para Segurança do TrabalhoApostila Gerência de Riscos PDF   voltado para Segurança do Trabalho
Apostila Gerência de Riscos PDF voltado para Segurança do Trabalho
CatieleAlmeida1
 
Programa de Saúde do Adolescente( PROSAD)
Programa de Saúde do Adolescente( PROSAD)Programa de Saúde do Adolescente( PROSAD)
Programa de Saúde do Adolescente( PROSAD)
sula31
 
Livro do Instituto da Saúde: amplia visões e direitos no ciclo gravídico-puer...
Livro do Instituto da Saúde: amplia visões e direitos no ciclo gravídico-puer...Livro do Instituto da Saúde: amplia visões e direitos no ciclo gravídico-puer...
Livro do Instituto da Saúde: amplia visões e direitos no ciclo gravídico-puer...
Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
História da Enfermagem-Enfermagem 2024.pdf
História da Enfermagem-Enfermagem 2024.pdfHistória da Enfermagem-Enfermagem 2024.pdf
História da Enfermagem-Enfermagem 2024.pdf
JandersonGeorgeGuima
 
A DISSOLUÇÃO DO COMPLEXO DE ÉDIPO (1924)
A DISSOLUÇÃO DO COMPLEXO DE ÉDIPO (1924)A DISSOLUÇÃO DO COMPLEXO DE ÉDIPO (1924)
A DISSOLUÇÃO DO COMPLEXO DE ÉDIPO (1924)
Luiz Henrique Pimentel Novais Silva
 
DESVIOS POSTURAIS DA COLUNA VERTEBRAL 0001.pptx
DESVIOS POSTURAIS DA COLUNA VERTEBRAL 0001.pptxDESVIOS POSTURAIS DA COLUNA VERTEBRAL 0001.pptx
DESVIOS POSTURAIS DA COLUNA VERTEBRAL 0001.pptx
Klaisn
 

Último (8)

Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido (SDR).pptx
Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido (SDR).pptxSíndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido (SDR).pptx
Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido (SDR).pptx
 
4.Tecidos Excitáveis - Tecido Nervoso.pptx
4.Tecidos Excitáveis - Tecido Nervoso.pptx4.Tecidos Excitáveis - Tecido Nervoso.pptx
4.Tecidos Excitáveis - Tecido Nervoso.pptx
 
Apostila Gerência de Riscos PDF voltado para Segurança do Trabalho
Apostila Gerência de Riscos PDF   voltado para Segurança do TrabalhoApostila Gerência de Riscos PDF   voltado para Segurança do Trabalho
Apostila Gerência de Riscos PDF voltado para Segurança do Trabalho
 
Programa de Saúde do Adolescente( PROSAD)
Programa de Saúde do Adolescente( PROSAD)Programa de Saúde do Adolescente( PROSAD)
Programa de Saúde do Adolescente( PROSAD)
 
Livro do Instituto da Saúde: amplia visões e direitos no ciclo gravídico-puer...
Livro do Instituto da Saúde: amplia visões e direitos no ciclo gravídico-puer...Livro do Instituto da Saúde: amplia visões e direitos no ciclo gravídico-puer...
Livro do Instituto da Saúde: amplia visões e direitos no ciclo gravídico-puer...
 
História da Enfermagem-Enfermagem 2024.pdf
História da Enfermagem-Enfermagem 2024.pdfHistória da Enfermagem-Enfermagem 2024.pdf
História da Enfermagem-Enfermagem 2024.pdf
 
A DISSOLUÇÃO DO COMPLEXO DE ÉDIPO (1924)
A DISSOLUÇÃO DO COMPLEXO DE ÉDIPO (1924)A DISSOLUÇÃO DO COMPLEXO DE ÉDIPO (1924)
A DISSOLUÇÃO DO COMPLEXO DE ÉDIPO (1924)
 
DESVIOS POSTURAIS DA COLUNA VERTEBRAL 0001.pptx
DESVIOS POSTURAIS DA COLUNA VERTEBRAL 0001.pptxDESVIOS POSTURAIS DA COLUNA VERTEBRAL 0001.pptx
DESVIOS POSTURAIS DA COLUNA VERTEBRAL 0001.pptx
 

RIDDLE NSTEMI

  • 1.
  • 2. Introdução • Qual o momento ideal para realizar o cateterismo em um paciente com IAMSST ? • intervenção em uma placa instável x novo IAM enquanto aguarda • Análises agrupadas de ensaios clínicos • Ocorrência de morte e IAM semelhante • Menor isquemia recorrente no grupo precoce • Níveis maiores de MNM no grupo precoce • Não uniformidade dos estudos • A maioria dos estudos são com SCASST e não IAMSST propriamente
  • 3. Objetivo • Comparar os efeitos (morte ou reinfarto em 30 dias) da intervenção invasiva imediata x tardia em pacientes com IAMSST inicialmente estabilizados.
  • 4. Métodos • Estudo unicêntrico, randomizado, aberto • Pacientes alocados em grupos paralelos • Hipótese: a angiografia coronária imediata (< 2h de internação) é superior a estratégia invasiva tardia (até 72h da admissão)
  • 5. Métodos • Critério de inclusão: paciente com todos os seguintes • Dor torácica < 24h da admissão • Elevação de troponina • Novo infradesnivelamento do segmento ST > 1mm e/ou inversão de onda T >= 2 derivações contíguas • Critérios de exclusão • Supradesnivelamento persistente do segmento ST • Infarto posterior • Instabilidade hemodinâmica • Choque cardiogênico • Arritmias ventriculares • Angina refratária • Sangramento ativo • Qualquer contraindicação a terapia antiplaquetária dupla • Comorbidades com expectativa de vida < 6 meses
  • 6. Intervenção • Randomização 1:1 • Intervenção imediata: o mais rápido possível, não mais que 2h. • Intervenção tardia: dentro de 72h, exceto se instabilidade clínica no período em que aguardavam a intervenção. • Nos pacientes elegíveis a ICP foi realizada no mesmo cenário • Nos pacientes com indicação a CRVM foi realizada o mais precoce possível, independente do grupo de tratamento.
  • 7. Intervenção • Intervenção precoce • AAS 300mg + Clopidogrel 600mg  AAS 100mg/dia + clopidogrel 75mg/dia • Intervenção tardia • AAS 300mg + Clopidogrel 300mg  AAS 100mg/dia + clopidogrel 75mg/dia • HBPM, nitratos, BB, IECA. • Inibidores IIB/IIIa a critério do operador.
  • 8. Desfecho primário • Morte por qualquer causa ou novo IAM em 30 dias. • Novo infarto precoce: < 24h após randomização. • Sintomas de isquemia persistente > 20min e novo ou recorrente supra de ST ou infra > 0,1mV em >= 2 derivações contínguas. • Novo infarto tardio: 24h a 7 dias da randomização. • Sintomas de isquemia persistente > 20min e aumento da troponina > 20% e/ou nova ou recorrente supra de ST ou infra de ST > 1mV ou onda Q em >= 2 derivações contíguas diferentes do evento índice. • Novo infarto após ICP • Elevação do segmento ST ou ondas Q em >= 2 derivações contíguas e/ou aumento de troponina > 20%. • Novo infarto em pacientes que normalizaram os níveis de troponina: • Aumento de troponina + sintomas isquêmicos, alterações isquêmicas no ECG, alteração da contratilidade segmentar e/ou confirmação angiográfica / autopsia.
  • 9. Desfechos secundários • Morte, novo IAM e/ou isquemia recorrente em 30 dias e 1 ano. • Morte ou novo IAM em 1 ano. • Sangramento maior em 30 dias e 1 ano • Isquemia recorrente – episódios repetidos de sintomas isquêmicos com duração > 5min em pacientes com todos os seguintes: • Terapia médica otimizada • Alterações no ECG indicativas de isquemia em curso • Necessidade de intervenção invasiva
  • 11.
  • 12. Resultados • O tempo de início da dor até a randomização • Intervenção precoce: 5h (IQR 3-10h) • Intervenção tardia: 6,5h (IQR 3,5-10h) • Mediana de tempo da randomização à angiografia • Intervenção precoce: 1,4h • Intervenção tardia: 61h
  • 13. • Características angiográficas semelhantes. • Uso mais frequente de inibidores Gp IIb/IIIa no grupo intervenção imediata (11,1% vs. 2,5%; p = 0,002). • ICP foi mais frequente no grupo intervenção imediata. • CRVM foi mais frequente no grupo de intervenção tardia. Resultados
  • 14. Resultados • Desfecho primário • Intervenção imediata: 4,3% (5 óbitos e 2 infartos não fatais) • Intervenção tardia: 13% (5 óbitos, 16 infartos não fatais) • A maior diferença nas taxas de morte ou novo IAM entre os grupos foi documentada no período de pré- cateterismo 0 mortes - 0 IAM no grupo de intervenção imediata vs. 1 morte - 10 IAM no grupo de intervenção tardia
  • 15. Resultados • Morte ou IAM em 1 ano • Intervenção imediata 6,8% • Intervenção tardia 18,8% • Não houve diferença significativa na período de tempo de 31 dias a 1 ano • O desfecho secundário em 1 ano também foi menor no grupo intervenção imediata 15,4% x 33,1%
  • 16. Resultados • Sangramento • A ocorrência de sangramento maior foi baixa e não diferiu entre os grupos aos 30 dias e até 1 ano. • 1 paciente do grupo imediato e 2 do grupo intervenção recebeu hemotransfusão. • Hemorragia intracraniana ocorreu em um paciente do grupo de intervenção imediata. • Sangramento gastrintestinal ocorreu em quatro pacientes do grupo intervenção tardia.
  • 17. Discussão • Em pacientes com IAMSST inicialmente estabilizados a intervenção precoce foi associada a menor taxa de morte e IAM em comparação com a estratégia tardia. • Pacientes submetidos a estratégia precoce tiveram menores taxas de IAM e isquemia recorrente. • No período de seguimento após intervenção as taxas de morte, novo IAM e isquemia recorrente foram semelhantes nos dois grupos, tanto as 30 dias, quanto após 1 ano.
  • 18. Discussão • População do estudo • IAMSST • 79% dos pacientes apresentavam infra de ST na admissão • 89% foram submetidos a revascularização percutânea ou cirúrgica Taxas mais elevadas em comparação com estudos anteriores. • Primeiro estudo randomizado a incluir apenas pacientes com IAMSST com um desfecho primário clínico.
  • 19. Discussão • Resultados semelhantes ao estudo ISAR-COOL • Redução da mortalidade de 11,6% para 5,9% em 30 dias (intervenção precoce x tardia). • Menores taxas de IAM no grupo intervenção precoce no período pré- cateterismo. • Alguns estudos sobre o momento ideal da intervenção mostram taxas semelhantes ou até maiores de IAM na intervenção precoce. • Inconsistência na definição de novo IAM nos diferentes estudos. • Em pacientes com elevação MNM submetidos a intervenção precoce é difícil diferenciar aumento dos MNM pelo evento índice, dano miocárdico periprocedimento ou novo IAM.
  • 20. Discussão • Estudo TIMACS • Maior ensaio randomizado sobre o momento ótimo de intervenção invasiva em pacientes com SCASST não mostrou diferença significativa. • Estratégia precoce: 3,5% • Estratégia tardia: 4,1% • Maior intervalo entre a estratégia precoce e invasiva • TIMACS: 14h – 50h • RIDDLE: 1,4h - 60h • O estudo RIDDLE incluiu apenas pacientes com IAMSST
  • 21. Limitações do estudo • Tamanho relativamente pequeno da amostra  pequeno número de eventos. • O tempo de ICP no grupo intervenção tardia (mediana de 61h) pode ter potencializado o resultado a favor da intervenção precoce <2h)
  • 22. Conclusão • Em pacientes com IAMSST inicialmente estabilizados a intervenção invasiva imediata reduz a taxa combinada de mortalidade e novo infarto no segmento de 30 dias, e persistindo por 1 ano. • Intervenção imediata reduziu taxa de novo IAM no período pré- cateterismo. • São necessários estudos com uma definição clinicamente orientada de infarto do miocárdio periprocedimento, maior tamanho da amostra e acompanhamento a longo prazo para avaliar o verdadeiro efeito da intervenção imediata em pacientes com IAMSSST.
  • 23. Referência Milosevic A, Vasiljevic-Pokrajcic Z, Milasinovic D, et al. Immediate versus delayed invasive intervention for non-STEMI patients: the RIDDLE-NSTEMI study. J Am Coll Cardiol Intv 2016;9:541–9.

Notas do Editor

  1. OBJETIVOS O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto clínico da intervenção invasiva imediata versus tardia em pacientes com infarto do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST). ANTECEDENTES Estudos anteriores encontraram resultados conflitantes sobre os efeitos da intervenção invasiva precoce em uma população heterogênea de síndromes coronarianas agudas sem supradesnivelamento do segmento ST. MÉTODOS Foram randomizados 323 pacientes com INSSM para um grupo de intervenção imediata (<2 h após a randomização, n = 162) e um grupo de intervenção tardia (2 a 72 h, n = 161). O desfecho primário foi a ocorrência de morte ou novo infarto do miocárdio (IM) no seguimento de 30 dias. RESULTADOS O tempo médio de randomização para angiografia foi de 1,4 he 61,0 h no grupo intervenção imediata e no grupo intervenção tardia, respectivamente (p <0,001). Aos 30 dias, o desfecho primário foi alcançado com menor freqüência em pacientes submetidos a intervenção imediata (4,3% vs. 13%, hazard ratio: 0,32, intervalo de confiança de 95%: 0,13 a 0,74; p = 0,008). Em 1 ano, esta diferença persistiu (6,8% no grupo de intervenção imediata vs. 18,8% no grupo de intervenção tardia; razão de risco: 0,34, intervalo de confiança de 95%: 0,17 a 0,67; p = 0,002). Os resultados observados foram principalmente atribuíveis à ocorrência de novo IM no período pré-cateterismo (0 mortes - 0 MI no grupo de intervenção imediata vs. 1 morte - 10 MI no grupo de intervenção tardia). A taxa de mortes, novo IM, ou isquemia recorrente foi menor no grupo de intervenção imediata em ambos os 30 dias (6,8% vs 26,7%; p <0,001) e 1 ano (15,4% vs. 33,1%; p <0,001) . CONCLUSÕES A estratégia invasiva imediata em pacientes com IAMSSST está associada a taxas mais baixas de morte ou novo IM em comparação com a estratégia invasiva tardia no acompanhamento precoce e médio, principalmente devido a uma diminuição no risco de novo IM no período pré-cateterismo. (Imediato versus Intervenção Invasiva Adiada para Pacientes Não-STEMI.
  2. Análises agrupadas de ensaios clínicos randomizados e controlados indicam que a ocorrência de morte e infarto do miocárdio (IM) foi semelhante, enquanto isquemia recorrente foi menos frequente em pacientes submetidos a intervenção invasiva precoce versus tardia (8–15). No entanto, embora alguns estudos tenham associado a intervenção precoce com taxas reduzidas de eventos isquêmicos (16,17), outros relataram níveis mais altos de biomarcadores de lesão cardíaca em pacientes submetidos a tratamento invasivo precoce (18,19). Somando-se à não uniformidade dos estudos anteriores, a maioria incluiu um grupo heterogêneo de pacientes com SCASEST com apenas 2 pacientes com IAM sem elevação do segmento ST (NSTEMI), embora ambos com desfecho primário não-clínico (9,20).
  3. Aberto: não há mascaramento do tratamento Randomizado: os participantes são distribuídos aleatoriamente entre os grupos Grupo paralelo: cada sujeito recebe apenas um tratamento
  4. Aberto: não há mascaramento do tratamento Randomizado: os participantes são distribuídos aleatoriamente entre os grupos Grupo paralelo: cada sujeito recebe apenas um tratamento
  5. Em pacientes cujos níveis de troponina haviam retornado ao normal, o novo IM foi definido como pelo menos 1 valor de troponina maior que o LSN na presença de sintomas isquêmicos, alterações eletrocardiográficas (ECG) sugestivas de isquemia, evidência de imagem de anormalidade motilidade regional e / ou confirmação angiográfica / autópsia de trombo intracoronariano.
  6. IQR = intervalo interquartílico
  7. As características basais angiográficas foram semelhantes, com distribuição uniforme de doença única e multiarterial entre os dois grupos. As características dos procedimentos foram semelhantes, exceto pelo uso mais frequente de inibidores da glicoproteína IIb / IIIa no grupo intervenção imediata (11,1% vs. 2,5%; p = 0,002). A trombectomia manual foi utilizada em 3,9% e 1,0% nos grupos de intervenção imediata e tardia, respectivamente (p = 0,16). A taxa de ICP foi maior no grupo de pacientes randomizados para intervenção imediata em comparação com a intervenção tardia (78,4% vs. 65,0%), enquanto a CRM foi mais comum no grupo de intervenção tardia (23,8% vs. 12,3%)