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TESES DE
LU TER O
REVISTA DA
ESCOLA DOMINICAL
Lições Bíblicas para culto doméstico, devocíonai e pequenos grupos
PROFESSOR
reforma protestante
ENCARTE
BÔNUS
t o d o s p o d e m p r e g a r
r r -
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTINUADA
m a t r i z C u r r i c u l a r
B Á S I C O DE T E O L O G I A
AREAS DE
ESTUDO
•
□ 1 t
M B A
■
PRÁTICA ESTUDOS DESENVOLVIMENTO EVANGELIZAÇÃO
M INISTERIAL BÍBLIC OS ESPIRITUAL EMISSÕES
IoANO
ACONSELHAMENTO
E ÉTICA CRISTÃ
VENCENDO AS CRJSE5
HA VIDA
NOVO
TESTAMENTO
REINO, TÜDER
E GLORIA
O ESPIRITO
SANTO
AÇÀO. FRUTO.
BATISMO í DONS
LIDERANÇA
INSPÍRADORA
2oANOS P 1’ESSOAS TAREFAS EALVOS
AN TIGO
TESTAMENTO
A BIBLIA QJJL IESUS LIA
CRESCIM EN TO
SERVIÇO DO
CRISTÃO
MATURIDADE E
MORDOMIA
MISSÕES
NACIONAIS E
ESTRANG EIRAS
H IST Ó R JA DA
ASSEMBLEIA
DE DEUS
ESCALO LOG IA
BÍBLICA
REVELAÇÃO DO FUTURO
FAMÍLIA
f o r t a l e c e n d o a f a m íl ia
C i d a d a n i a e
RESPONSABILIDADE
SOCIAL DA IGREJA
5oANO
É Je s u s R O M A N O S SANTI F1C AÇÃO
CRESCIMENTO E
ORGANIZAÇÃO DA
IGREJA
Central de Atendimento: (91) 3110-2400. www.educacaocristacontinuada.com.br
R E V I S T A D A
ESCOLA DOMINICALESTUDOS BÍBLICOS TAMBÉM PARA CULTO DOMÉSTICO, DEVOCIONAL E PEQUENOS GRUPOS
DATA
.../.__/_____ LIÇÃO 1 500 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE....................... 5
__ /____/.____ LIÇÃO 2 TODOS PODEM PREGAR..................................................... 11
__ __________ LIÇÃO 3 AGORAÉAMINHAVEZ..........................................................17
__ /____/.____ LIÇÃO 4 HOMILÉTICA, AARTE DE PREGAR E ENSINAR.............23
__ __________ LIÇÃO 5 REFORMAPROTESTANTE: ENSINO E LEGADO.................29
__ /____ /____ LIÇÃO 6 ORGANIZANDO AS IDEIAS................................................. 35
/____/,____LIÇÃO 7 TIPOS DE SERMÃO...............................................................41
/____/____LIÇÃO 8 PODER DE DEUS NA MENSAGEM.....................................47
__ /_/._____ LIÇÃO 9 PREGAÇÃO E SEUS DESAFIOS ATUAIS............................53
__ /...._______ LIÇÃO 10 SINAL VERMELHO NO PÚLPITO......................................59
__ /____/.____ LIÇÃO 11 ENSINO EDISCIPULADO QUE FUNCIONAM................. 65
__/.— /....... LIÇÃO 12 OALUNO, O PROFESSOR EA AULA..................................71
— ------- LIÇÃO 13 0 PREGADOR PENTECOSTAL........................................... 77
Philips Câmara é Bacharel em Teologia e Ministério Pastoraf e Bacharel em Administração. É Pastor da Assembleia de
Deus em São José dos Campos-SP. Casado com Luana, tem dois filhos: Sarah e Samuel Neto.
^ 500 ANOS DA REFORMA^
Ao celebrarmos os 500 anos da
Reforma Protestante, incluímos duas
lições comemorativas nesta revista e
percebemos que um dos grandes lega­
dos da Reforma é a afirmação de que
a Igreja como uma comunidade, per­
tence a todos os membros, e não só a
uma classe exclusiva de sacerdotes. O
sacerdócio é de todos.
A Reforma Protestante foi um gran­
de avivamento orquestrado pelo Espírito
de Deus trazendo refrigério para a igreja
com um novo modelo de culto, no idio­
ma comum do povo, com a Bíblia na mão
do povo e hinos cantados peio povo. Foi
uma reforma essencialmente herme­
nêutica e homilética; isto é, uma reforma
quanto à interpretação da Bíblia e à for­
ma de proclamação da mensagem divina
por todos os cristãos para todo o mundo.
Tudo a ver com estas lições de homilética
que estudaremos.
Lutero ensinou que a pregação
deve alcançar o homem atual, ser
apresentada de maneira simples para
o povo comum assimilar, sem exibicio­
nismos ou arrogância teológica.
Festejando os 500 anos da Retor-
ma, mãos à obra, o sacerdócio é de to­
dos, você pode sim, pregar.
EXPEDIENTE
Conselho Editorial
Samuel Câmara. Oton Alencar, Jonatas Câmara,
Rui Raiol, Celso Brasil, Philipe Câmara.
Benjamin de Souza.
Editor
Samuel Câmara
Editor Assistente
Benjamin de Souza
Coordenador Editorial
Eliéri Bogo
Equipe Editorial
Antonio de Pádua Rodrigues, Gerson Araújo.
João Pedro Gonçalves, Marcos Jorge Novaes.
Marcos José de Oliveira, Marcos Ribeiro Pires,
Rodolfo Nascimento Silva. Tiago Sampaio
Espíndola. Valdez José de Souza Barbosa
Supervisão Pedagógica
Faculdade Boas Novas (FBN) e Seminário
Teológico da Assembleia de Deus (SETAD)
Repertório Musical
Rebekah Câmara
Revisores
Jailson Melo e Auristela Brasileiro
Distribuição e Comercial
Jadiel Gomes
Editoração e Projeto Gráfico
Neí Neves, Maely Freire e Tank Ferreira
Conteúdo Digital e Imagens
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Versão bíblica: Almeida Revista e Atualizada,
salvo quando indicada outra versão.
©2017. Direitos reservados. É proibida a
reprodução parcial ou total desta obra, por
qualquer meio, sem autorização por escrito
da Assembleia de Deus em Belém do Pará e
do autor oos comentários e adaptações.
Programa de Educação Cristã Continuada.
Avenida Governador José Malcher, 1571, Nazaré.
) CEP: 66060-230. Belém - Pará - Brasil. Fone: (91)
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[LÉTICA & REFORMA PROTESTANTE
LIVROS PARA LEITURA COMPLEMENTAR
Esta revista usa com o base os livros "H om ilética: M inistrando a Pa­
lavra d e Deus", d e Ernest Pettry, p u b lic a d o peio Instituto Cristão
Internacional (ICIJ. C am pinas (SP), 2008 e Reforma Protestante:
História, ensino e le g a d o , d e G ilm ar Vieira Chaves, p u b lica d o
p e la editora C entral Gospel, Rio de Janeiro, 2017,
Pedidos: (91)3110*2400
4
LIÇAO 1
1 500 ANOS DA REFORMA
PROTESTANTE
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
ORIENTAÇAO
PEDAGÓGICA
Amado Professor, chegamos
a mais uma série de iições tendo
a oportunidade única de ceiebrar
com nossos alunos os 500 Anos da
Reforma Protestante, ao mesmo
tempo em que será um momento
propício para o Espírito Santo fa­
zer arder a chama da Pregação no
coração deles.
Aproveite para se especiali­
zar um pouco mais sobre a Idade
Média e a história da Igreja nesse
período, a fim de contextualizar a
Reforma Protestante.
Destaque a importância da Re­
forma Protestante que, além de
trazer uma nova forma de inter­
pretar a Bíblia, nos deu uma nova
forma de proclamação da mensa­
gem divina.
Enfatize que a partir desse
momento a Bíblia passou a ser
considerada como a única fonte
legítima de norteamento da fé e da
prática cristãs. Ela que é a nossa
espada em meio às lutas da vida.
OBJETIVOS
•Assimilar os fatos que favore­
ceram a Reforma Protestante.
•Compreender o nosso tempo
e as necessidades da Igreja atual.
•Entender como a Reforma al­
terou a história.
PARACOMEÇAR A AULA
Traga para a sala de aula al­
gumas cópias das 95 Teses, dis­
tribua entre os alunos ou fixe-as
em um quadro para que possam
ter contato com o documento.
Dê cinco minutos para que
possam escolher uma das te­
ses, e ao final da aula peça que
alguns deles comentem comple­
mentando com o que aprende­
ram na lição.
PALAVRAS-CHAVE
Reforma * Contexto Histórico
Precursores
RESPOSTAS DA PAGINA 10
1) Fragmentação política e enfraquecimento do
autoritarismo da Igreja Católica.
2) John Wycliffe, John Huss e Girolamo Savonarola.
3) A Bíblia como sua intérprete e única fonte de revelação.
I
Liçõo 1 - 500Anos da Reforma Protestante
LEITURA COMPLEMENTAR
A Reforma Protestante foi um dos eventos mais marcantes na história
recente da humanidade. Não é exagero afirmar que, para compreender
o tempo presente, faz-se necessário conhecer o Movimento Reformador.
Seus desdobramentos alcançaram a massa populacional europeia
(onde o fenômeno teve início) e abalaram os pilares de todo mundo me­
dieval. O Movimento não foi apenas religioso, mas envolveu aspectos po­
líticos, econômicos, sociais, culturais e filosóficos da Europa.
A Reforma também gerou as igrejas chamadas evangélicas aqui no
Brasil. Logo, para construir sua identidade de fé e saber de onde veio e
para onde vai, o cristão protestante precisa estudar sua história, refletir
sobre seus tratados doutrinários e aplicar seus princípios à vida(,„).
Desde a Antiguidade até o século 16, a Igreja sofreu grandes e drás­
ticas transformações no campo doutrinário. No processo histórico, além
de se adaptarem aos paradigmas religiosos dos povos circunvizinhos, os
cristãos — na ânsia de encher os templos — acabaram renunciando aos
princípios bíblicos, para incorporar práticas pagãs em seus cultos(...).
Digno de nota foi o famigerado pagamento de indulgências. Lute-
ro combateu veementemente este ensino, que foi um dos motivos para
redação de suas 95 Teses. Naquela época, o clero romano estava empe­
nhado na reconstrução da Basílica de São Pedro em Roma. Os fiéis foram
induzidos a fazer suas doações, e, quando suas ofertas eram colocadas
no gazofilácio, o ofertante, automaticamente, era declarado perdoado dos
seus pecados. Os valores doados eram proporcionais à gravidade da falta
cometida(...).
Para piorar a questão, a missa deixou de ser conduzida na linguagem
do povo. 0 latim, antigo idioma romano, cristalizou-se como linguagem
cúltica e sagrada — havia, inclusive, aqueles que diziam ser o latim a lín­
gua dos anjos, falada nos céus. A Bíblia e os tratados teológicos produzi­
dos à época, ainda que raros, eram escritos nessa língua. Logo, quase a to­
talidade da população europeia, que já não sabia ler ou escrever, também
não tinha acesso à Bíblia em seu idioma — e muito menos entendia o que
se passava durante o culto.
Livro: “Reforma Protestante: História, ensino e legado“ (Central Gospel, Rio de Janeiro,
2017, pgs. 15,18,19)
v _____________________________________________________________________________________
[[
Estudada em ___ /___ /
500 ANOS DA
REFORMA
PROTESTANTE
Texto á u reo
'Visto que a justiça de Deus se revela
no evangelho, de fé em fé, como está
escrito: Ojusto viverá por fé."
Rm 1.17
-JÎïiiU'
VERDADE PRÁTICA
Conhecer a história da Reforma
nos ajuda a compreender melhor
a igreja no presente.
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda - lTm 2.5
Jesus é o nosso único mediador
Terça-At 4.11
Cristo é a pedra fundamental da Igreja
Quarta -1 Jo 1.9
Deus é fiel ejusto paraperdoar pecados
Quinta - Mt 10.8
Agraça de Deus não tem preço
Sexta - Hb 4.15#16
Acesso àgraça por meio de Cristo
Sábado - At 15.8-11
Salvos pela graça de Jesus
LEITURA BÍBLICA
Romanos 1.16-20
16 Pois não me envergonho do evan­
gelho, porque é o poder de Deus para
a salvação de todo aquele que crê, pri­
meiro do judeu e também do grego;
17 visto que a justiça de Deus se revela
no evangelho, de fé em fé, como está
escrito: Ojusto viverá por fé.
18 Aira de Deus se revela do céu contra
toda impiedadee perversãodos homens
que detêm averdade pela injustiça;
19 porquanto o que de Deus se pode
conhecer é manifesto entre eles, por­
que Deus lhes manifestou.
20 Porque os atributos invisíveis de
Deus, assim o seu eterno poder, como
também a sua própria divindade, cla­
ramente se reconhecem, desde o prin­
cípio do mundo, sendo percebidos por
meio das coisas que foram criadas. Tais
homens são, por isso, indesculpáveis;
Hinos da Harpa: 581 - 330 - 15
5
Lição 1 - 500Anos da Reforma Protestante
( >
5 0 0 ANOS DA REFORMA
PROTESTANTE
INTRODUÇÃO
L ANTECEDENTES DA REFORMA
1. Antecedente Político
2. Antecedente Geográfico
3. Antecedente Religioso
II. PRECURSORES DA REFORMA
1John Wycliffe (1324-1384)
2. John Huss (1369-1415)
3. Girolamo Savonarola (1452-1498)
III. A REFORMA
1, Romanos 1,17
2, As 95 Teses
INTRODUÇÃO
No início do Século XVI, o mundo
estava no limiar de grandes mudan­
ças, especialmente as concernentes
à vida religiosa, as quais alterariam
para sempre a forma de vermos a
vida e o mundo ao nosso redor. A
Reforma Protestante foi uma das
principais, sendo ela mesma o re­
sultado de uma série de fatores.
Adata histórica da Reforma Pro­
testante, protagonizada por Mar-
tinho Lutero é 31 de outubro de
1517, portanto, em 2017, grandes
eventos ocorrem em todo o mundo
celebrando os 500 anos da Reforma.
Nós também fazemos nossa home­
nagem incluindo nesta revista duas
lições especiais sobre o terna.
I. ANTECEDENTES DA
REFORMA
3. Efeito das Teses
APLICAÇÃO PESSOAL
A Idade Média, chamada de
Idade das Trevas, na realidade, foi
o período de gestação e amadure­
cimento da grande civilização cris­
tã que surgiu a partir da Reforma.
1. Antecedente Político, As
mudanças ocorrem com o surgi­
mento das nações-estados, quando
a Europa começa a se fragmentar
em países politicamente indepen­
dentes uns dos outros (por exem­
plo: Inglaterra, França, Espanha,
Portugal etc.), livres e soberanos,
não mais subordinados a um poder
central e dominador, anteriormen­
te representado pelo papado.
6
Lição 1 - 500Anos da Reforma Protestante
A despeito disso, o poder dos
soberanos precisava da legitimação
da Igreja, que conferia um caráter
de "ordenação divina" às monar­
quias europeias. Isso tudo ocorria
em meio a grande corrupção.
2. Antecedente Geográfico.
As grandes navegações realizadas
por Portugal e Espanha, que logo
se tornaram duas superpotências,
desencadearam as grandes des­
cobertas de novas terras, fazendo
com que o mundo não se limitasse
mais à Europa.
0 "novo mundo" trouxe no­
vos horizontes de conquista e ex­
pansão, com seus desafios e pro­
blemas, mas também com suas
enormes riquezas, e com isso, o
favorecimento da troca de ideias
que desencadearam novos proces­
sos de entendimento da vida nos
aspectos sócio-políticos, econômi­
cos e religiosos.
3, Antecedente Religioso. As
mudanças políticas e geográficas
forneceram as bases para a mu­
dança religiosa, em contraposição
ao autoritarismo da Igreja Católica
Romana, que se tornou insusten­
tável. De certa forma, ficou paten­
te que o Catolicismo Romano não
mais preenchia os anseios espiri­
tuais do povo - que se sentia opri­
mido e buscava uma religião mais
prática e satisfatória tampouco
respondia às suas indagações e
expectativas quanto ao futuro e a
eternidade.
Nesse ambiente vicejou uma
indefectível reforma religiosa,
cujo escopo tinha a finalidade de
levar as pessoas a se aproximarem
de Deus "sem outros intermediá­
rios" e tão somente através de um
relacionamento íntimo com Ele
através da fé em Jesus Cristo: esse
foi o âmago da Reforma!
II. PRECURSORES DA
REFORMA
O Papa se considerava o único
intérprete legal da revelação divina,
A população era mantida na igno­
rância e alimentada com todo tipo
de crendices, superstições, medo do
inferno, e também na "compra” de
um lugar no céu através das Indul­
gências. Nesse cenário surgem mui­
tos personagens combatendo estes
erros, dentre os quais:
1, John Wydiffe (1324-1384).
John Wydiffe nasceu na Inglaterra
em 1324. Ele foi aluno e profes­
sor da Universidade de Oxford e é
considerado um dos precursores
da Reforma Protestante. Wydiffe
deixou dezenas de obras escritas,
além da primeira tradução da Bí­
blia para o inglês. Seu intuito era
oferecer ao povo uma Bíblia isenta
da manipulação católica, que in­
cluía os livros apócrifos.
Ensinou de forma enfática o sa­
cerdócio universal dos crentes, que
preconizava que qualquer pessoa
pode comunicar-se com Deus, sem
a mediação da Igreja (lTm 2.5).
7
Lição 1 - 500Anos da Reforma Protestante
Combateu as distorções do catoli­
cismo, condenando o pagamento
de indulgências e a corrupção geral
do Clero. Ele pregava a moralização
da igreja e o afastamento das lide­
ranças comprometidas com práti­
cas sabidamente pecaminosas.
Era um teólogo extraordinário
que pregava a autoridade supre­
ma das escrituras na vida cristã,
contestando a posição tradicional
da Igreja Católica.
Combatia terminantemente a
condição do Papa como substitu­
to de Pedro e cabeça da igreja (Mt
16.18}, reafirmando que o cabeça
da igreja é Cristo (Ef 1.22,23).
2. John Huss (1369-1415).
Huss nasceu na cidade de Husinec,
a 75Km de Praga, na República
Tcheca. Estudou na Universidade
de Praga, onde foi também pro­
fessor e reitor; foi um grande pen­
sador cristão, além de importante
precursor da Reforma.
Os escritos de )ohn Wycliffe cau­
saram profunda impressão em John
Huss, que combateu o pagamento de
indulgências — prática que conside­
rava sem valor algum para o perdão
divino — e a corrupção do clero ca­
tólico. Em 6 de julho de 1415, na ci­
dade de Constança, foi condenado e
queimado vivo em praça pública,
Enquanto chamas consumiam
seu corpo, ele entoava hinos de
adoração ao Senhor. Dizem que, an­
tes de morrer, Huss vaticinou que
aqueles homens estavam queiman­
do um ganso (hus, na língua boê-
mia, significa ganso), mas cem anos
depois apareceria um cisne, e esse,
ninguém poderia segurar. Muitos
referem essa profecia à figura do
Reformador Martinho Lutero.
3. Girolamo Savonarola
(1452-1498). Savonarola nasceu
em Ferrara, Itália, em setembro de
1452. Desistiu da Medicina para
dedicar-se à vida religiosa, basean­
do suas ações em Florença. Savo­
narola atacou o mau-caráter e os
desmandos do Papa Alexandre VI.
Ficou conhecido por conside­
rar-se um profeta e por ter queima­
do um grande volume de obras de
artee íívros, por entender serem de
natureza imoral. Ele não se opunha
a todas as criações artísticas, mas
reprovava aquelas que promoviam
imoralidade ou retratasse de modo
impróprio as figuras bíblicas.
0 Vaticano passou a conside­
rá-lo um inimigo, excomungou-o
e em 23 de maio de 1498, Savo­
narola foi condenado à morte por
enforcamento em praça pública
na cidade de Florença, tendo o seu
corpo queimado posteriormente.
III. A REFORMA
A Reforma Protestante atingiu
o âmago do poder da Igreja, motivo
pelo qual foi tão ferozmente perse­
guida. O ponto central da Reforma
de Lutero foi não mais reconhecer
a Igreja Católica como a intérprete
exclusiva das Escrituras, propondo
a Bíblia como a única fonte de Re-
8
Lição 1 - 500Anos da Reforma Protestante
velação e a melhor intérprete de si
mesma. Este é, sem dúvida, o ponto
mais importante para a história da
civilização ocidental.
1. Romanos 1.17. 0 entendi­
mento de Romanos 1.17, por Lute-
ro, foi decisivo para a Reforma. A
expressão "justiça de Deus" trazia
grande tormenta à sua alma, pois
o fazia pensar que ninguém pode­
ria justificar-se diante de Deus, ou
seja, ele estava condenado ao in­
ferno, como se ensinava na época.
Foi então que, meditando sobre
o texto, entendeu que a justiça de
Deus não se referia ao castigo divi­
no, mas sim ao fato de a justiça do
justo não ser obra dele próprio, mas
sim de Deus. A fé e a justificação do
pecador são dons gratuitos de Deus.
Em decorrência dessa conclusão,
Lutero disse: "Senti que havia nascido
de novo e que as portas do Paraíso me
haviam sido abertas, Todas as Escri­
turas tinham novo sentido. Apartir de
então, a frase "a justiça de Deus" não
me encheu mais de medo e ódio, mas
se tomou indizivelmente doce em vir­
tude de um grande amor"
Por mais de mil anos a igreja
Católica disseminou o ensino de
que a salvação era alcançada por
fé e obras, bem como por meio
da participação de 7 sacramentos
administrados pelos sacerdotes.
Dessa forma, a nova descoberta de
Lutero era algo absolutamente dis­
tante da consciência das pessoas,
que em sua grande maioria, nem
sabiam ler e apenas aceitavam por
fideísmo no que a igreja lhes impu­
nha, a qual era também dedentora
da Bíblia unicamente no Latim.
2. As 95 Teses. Umobscuro mon­
ge chamado Martinho Lutero, em 31
de outubro de 1517, afixou um do­
cumento composto de 95 Teses na
porta da Catedral de Wittemberg,
na Alemanha, no qual conclamava a
Igreja a voltar à obediência da Pala­
vra de Deus e às práticas evangélicas
da Igreja Primitiva, conforme cons­
tam nas Sagradas Escrituras.
Esse evento simples, normal­
mente utilizado por aqueles que
queriam discutir pubiicamente al­
guma proposta acadêmica de cunho
bíblico ou teológico, tomou um vo­
lume descomunal, até que desenca­
deou o que conhecemos historica­
mente como a Reforma Protestante.
O documento com as 95 Teses
afixado por Lutero na porta da Ca­
tedral de Wittemberg trazia o se­
guinte enunciado:
"Por amor à verdade e movido
pelo zelo de elucidá-la, será dis­
cutido em Wittemberg, sob a pre­
sidência do Rev. Padre Martinho
Lutero, mestre das Artes Livres e
professor catedrático da santa Teo­
logia ali mesmo, o que se segue. Pe­
de-se, que aqueles que não pude­
rem estar presentes para tratarem
do assunto verbalmente conosco,
o façam por escrito. Em nome do
nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.”
3. Efeito das Teses. O efeito
destas teses (a serem estudas na
9
Lição 5) foi tão inesperado, que não
ficou só entre os letrados, em pou­
cas semanas as mesmas se espa­
lharam por toda a Alemanha e para
outras partes da Europa, chegando
ao conhecimento do povo em geral.
Foi então que o povo passou a
sentir que nestas teses se anunciava
uma libertação do jugo de um siste­
ma clerical que, em vez de servir, do­
minava as almas de todos os fieis. Isso
desencadeou a Reforma Protestante.
já faz 500 anos. As teses de Lu-
tero eram curtas mas profundas,.Os
efeitos da Reforma revolucionaram
a Igreja, principalmente por ter com­
batido a ideia de que só o Papa e seus
sacerdotes podiam terem mãos a Bí­
Lição 1 - 500Anos do Reforma Protestante
blia e interpretá-la. Osacerdócio é de
todos os cristãos, Todos devem ter
em suas mãos a Bíblia, todos podem
conhecer e pregar a Palavra.
Na lição 5 voltaremos aos 500
anos da Reforma, com mais detalhes.
r : a
APLICAÇAO PESSOAL
Entender os antecedentes da
Reforma pode nos ajudar a com­
preender o nosso tempo e as gran­
des necessidades da Igreja atual,
para que a nossa geração também
possa avançar na Reforma ou fa­
zer uma nova, se necessário.
v _________________________________
---------------------------------------------------------------------------------------- ---- 
RESPONDA
1) Q uais fatores deram base à Reform a Protestante na Europa?
2) Cite o nome dos principais precursores da Reforma Protestante.
3) Qual foi o ponto central da Reforma de Lutero7
VOCABULÁRIO:
*Indefectível: que não se pode destruir, que sempre existirá; eterno, imutável, indestrutível, imperecível,
• V icejar: ter viço ou dar viço a; desenvolver oom força; manifestar-se com força e copiosamente.
AS 95 TESES DE LUTERO
Confira a íntegra do docum ento no encarte desta revista.
10
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, que bom encon­
trá-lo em mais um trimestre da
Escola Dominical, tendo a opor­
tunidade de ensinar sobre a Ho-
miiética de uma forma mais aces­
sível aos seus alunos. Este é um
assunto relevante para a Igreja.
Iniciar o estudo das 13 lições
com o tema Reforma Protestan­
te 500 Anos; Todos Podem Pregar
facilitará a aproximação com o
tema geral desta revista, ajudan­
do na compreensão de seus alu­
nos sobre a pertinência do assun­
to para a prática crista, mesmo
que alguns digam não serem cha­
mados para pregar.
Faça com que entendam que
não precisam subir no púlpito
da igreja, mas que haverá situa­
ções em que terão que "manu­
sear bem a PalavraJJ, pois todos
fomos comissionados a pregar o
Evangelho.
PALAVRAS-CHAVE
Pregação • Vocação • Mensagem
OBJETIVOS
•Entender que todos podem e
devem pregar.
•Compreender o ouvinte
como destinatário da mensagem.
•Saber da importância da
mensagem pregada.
PARACOMEÇARA AULA
inicie a aula dando as boas-vin­
das aos seus alunos, em seguida
leia com eles o Sumário, apresen­
tando cada üção.
Antes de começar a exposição
pergunte quais deles se sentem voca­
cionados para pregar a Palavra para
um público maior. E para uma pessoa
ou pequeno grupo. Depois, pergun­
te quantos desses têm se preparado
para isso e, por último, quantos têm
exercido na prática o seu chamado.
Note que o levantar das mãos
vai diminuindo conforme vão se
dando as perguntas. Conscíentize-
-os sobre a importância do chama­
do que receberam e que a todos foi
dada a Grande Comissão.
RESPOSTAS DA PAGINA 16
1) A pregação da Palavra
2) Preparar-se e colocar em prática o seu chamado.
3J Ser alcançado e transform ado.
I
Lição 2 - Todos Podem Pregar
LEITURA COMPLEMENTAR
De todos os temas da pregação bíblica, nenhum é mais importante do
*
que comunicar as boas novas da salvação. E básico, porque sem a mensa­
gem da salvação, não há razão de ser para outras mensagens. Jesus orde­
nou Seus seguidores: "Portanto ide, ensinai todas as nações", proclaman­
do a mensagem de salvação como testemunho a toda a humanidade (Mt
28.19; 24.14). Além disto, Jesus tornou clara a questão em jogo: "Quem
crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado" (Mc
16.16; Jo 3.15-21, 36). Nada menos do que a vida eterna versus a morte
eterna está em jogo quando a mensagem da salvação é pregada.
Ao apresentar a mensagem da salvação, duas coisas devem ser enfa­
tizadas:
1) que todas as pessoas são pecadoras, e
2) que Cristo é o Seu Salvador
Muitas pessoas, no entanto, não compreendem seu problema nem
aquilo que pode transformar a sua situação. Devemos mostrar-lhes que o
problema é que todos pecaram.
0 pecado de Adão atingiu a todas as pessoas, porque Adão foi a cabe­
ça que representou a totalidade da raça humana. Quando ele caiu, a raça
caiu, e todas as pessoas herdaram uma natureza pecaminosa. A natureza
pecaminosa é a causa da teimosia das pessoas, da sua rebeldia, e da sua
desobediência para com a lei de Deus (G1 5.19-21). A natureza pecamino­
sa, pois, leva as pessoas a cometerem atos pecaminosos.
0 resultado do pecado das pessoas é a separação de Deus e entre si
mutuamente. Por causa da sua natureza pecaminosa, as pessoas são cor­
ruptas. Cada parte da sua natureza humana - as emoções, o intelecto e a
vontade - tem sido afetada. São totalmente indefesas e incapazes de sal­
var a si mesmas. Suas mentes ficaram tão corrompidas pelo pecado que
não podem compreender nem apreciar as coisas espirituais (ICo 2.14).
Para elas, as coisas espirituais são estultas, não são razoáveis. Sem o en­
tendimento espiritual, não podem captar as coisas de Deus.
Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus” (ICl, São Paulo, 2007, págs. 107,108).
___________________________________________________________________ :_______/
li
LIÇÃO 2
TODOS PODEM
PREGAR
T exto á u r e o
''Vós sois testemunhas destas
coisas" Lc 24.48
Estudada em ___ /___ /____
( ^
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda - Mc 16.15
Pregação, uma ordem divina
Terça - Jo 15.16
Pregador, uma escolha divina
Quarta - 2Tm 1.9
Pregar, uma vocação divina
Quinta - ls 52.7
Pregando as boas novas
Sexta - ICo 2.4
Pregando com poder
Sábado - Rm 10.14
Pregar, uma necessidade
LEITURA BÍBLICA
Lucas 24.45-49
45 Então, lhes abriu o entendi­
mento para compreenderem as
Escrituras;
46 e lhes disse: Assim está escri­
to que o Cristo havia de padecere
ressuscitar dentre os mortos no
terceiro dia
47 que em seu nome se pregasse
arrependimento para remissão
de pecados a todas as nações, co­
meçando de Jerusalém.
48 Vós sois testemunhas destas
coisas.
49 Eis que envio sobre vós a pro­
messa de meu Pai; permanecei,
pois, na cidade, até que do alto
sejais revestidos de poder.
Hinos da Harpa: 93 - 115 - 167
v_________________________________j
i i
Lição 2 - Todos Podem Pregar
r " " ^
TODOS PODEM PREGAR
INTRODUÇÃO
L O PREGADOR
1. Chamada gera! e específica Mc16.15
2. Preparo 2Tm2.i5
3. Prática 2Tm22
IL A PREGAÇÃO
1. Pregação e exemplo 2Tm2lS
2. Importante missào Mt28.20
3. Mensagem inspirada 1Co2A
INTRODUÇÃO
Queremos, através destas li­
ções, mostrar que você, homem
ou mulher, pode e deve pregar o
Evangelho. Pregar a Palavra de
Deus, além de um privilégio, é
uma ordem do maior pregador
da História, Jesus Cristo: 'Ide por
todo 0 mundo e pregai 0 Evange­
lho a toda criatura"' (Mc 16.15).
A pregação é 0 instrumento
que Deus mais usou, continua
usando e sempre usará para tra­
zer homens à Salvação.
Esta missão não é exclusivi­
dade de pastores e mestres. Todo
filho de Deus recebeu poder para
esse intento, daí a importância de
estudar a Homiiética,
IIL OOUVINTE
1. Precisando de Deus Lc24.47
2. Alcançado pela Palavra Rm1.16
3. Transformado pela Palavra At2.37-41
APLICAÇÃOPESSOAL
L O PREGADOR
O pregador precisa tomar a
verdade de Deus e torná-la parte
de sua experiência própria a fim
de, quando falar, seja Deus quem
fale através dele.
1. Chamada geral e especí­
fica. Embora reconheçamos que
haja um chamamento especial de
Deus para determinadas pessoas
se tornarem pregadores, também
sabemos que esta tarefa não é
uma exclusividade de pastores e
mestres. Todo filho de Deus re­
cebeu 0 sagrado privilégio de mi­
nistrar a Paiavra de Salvação aos
pecadores. Pregar não é simples­
mente uma escolha; é uma voca­
12
ção divina e#portanto, irrevogável
(ICo 9.16). Nâo é para trazer fama
ou ganhar dinheiro; é para trazer
vidas ao genuíno conhecimento
das verdades de Deus.
Aquele que ministra deve ter
consciência que sua vida nesta
terra tem um propósito. Quando
essa chama arde em seu coração,
ele sabe que se não cumprir seu
chamado haverá um vazio em seu
coração. É notório que quando
alguém é vocacionado, sua men­
te, suas emoções, seus sonhos e
seus desejos são o de alcançar vi­
das para o reino de Deus. Oramos
para que isto aconteça com você
(Mc 16.15; Jo 15.16).
2. Preparo. Deus vocaciona
e chama, porém cabe ao homem
preparar-se. Paulo foi chamado
por Jesus para anunciar o Evange­
lho, porém passou quatorze anos
preparando-se para isso (G1 2.1).
Aquele que é chamado para anun­
ciar a Palavra deve ter consciência
que milhares de pessoas precisam
ouvir o que virá de seus lábios, por­
tanto, não é de qualquer jeito. Deve
ter toda uma preparação física,
emocional e espiritual (2Tm 2.15).
0 chamado pode ser feito do
dia para a noite, em um momen­
to específico, porém a preparação
não; é algo constante, para ser fei­
to no dia a dia. Sem uma prepara­
ção adequada ninguém irá muito
longe. A preparação é muito mais
que embasamento teórico. Eia é
prática, como um dia declarou o
Lição 2 - Todos Podem Pregar
Nada deveria ser o
alvo do pregador a não
ser a glória de Deus
através da pregação
do Evangelho da
salvação"
(C. H. Spurgeon)
grande cientista Albert Einstein:
"Minhas grandes descobertas pos­
suem um segredo: 10% são inspi­
ração, e 90% transpiração". Tra­
balho, e trabalho árduo, é a razão
das grandes conquistas. Deus faz
o chamado e espera que o homem
corresponda a esse chamado, e as­
sim prepare-se para o mesmo.
3. Prática. Uma vez que Deus
chama, e o homem se prepara, o
que vem a seguir? Chegou a hora
de colocar em prática. A prática
nada mais é do que agir e transmi­
tir aos ouvintes (2Tm 2.2). A prega­
ção visa alcançar todas as pessoas.
O pregador não é um mero
transmissor de ideias, mas um
exemplo vivo do poder de Deus
para a salvação. Aquele que vai
transmitir a mensagem deve sa-
ber que é o canal de Deus para
trazer pessoas ao conhecimento
das verdades sagradas (Tg 1.22).
Sua boca falará do que o coração
está cheio, e as experiências vivi­
das serão realidade para quem as
ouvir, tendo o anseio de cumprir
o que foi ministrado.
13
II. A PREGAÇÃO
É um sublime privilégio saber
que Deus escolheu você para a
maior responsabilidade do Univer­
so: trazer a mensagem do próprio
Deus para a humanidade: "Não fos­
tes vós que me escolhestes a mim;
pelo contrário, eu vos escolhi a vós
outros e vos designei para que va­
des e deis fruto, e o vosso fruto per­
maneça" (Jo 15.16)-
1. Pregação e exemplo. 0
viver cristão é prática indispen-
sável para a boa pregação. Nosso
Senhor Jesus Cristo, ao convocar
homens simples e humildes para
serem Seus discípulos, e instruí-
-los através de ensinamentos prá­
ticos a como procederem como
pregadores do Evangelho, deu-nos
um exemplo da importância de se
aliar a exposição da Palavra às
práticas de uma vida cristã genuí­
na. 0 pregador do Evangelho é um
arauto das boas novas.
0 Apóstolo Paulo, comentando
acerca da importância dessa pro­
clamação, afirma: "aprouve a Deus
salvar os que creem pela loucura
da pregação” (ICo 1.21). E tam­
bém recomenda que aquele que se
dispõe a pregar o Evangelho deve
portar-se de forma irrepreensível:
"...que não tem de que se envergo­
nhar..." (2Tm 2.15).
Assim, a Bíblia nos revela que,
desde os primórdios, o amor de
Deus sempre foi exposto por ser­
vos comprometidos com a verda-
Lição 2 - Todos Podem Pregar
Quando você prega
a Palavra, Deus dá
os resultados. Ele os
garante."
de e com o testemunho cristão,
correspondente.
2. im portante missão. 0
mais elevado de todos os cha­
mados é o chamado para pregar
o Evangelho de )esus Cristo (Mc
16.15), A Bíblia diz que Jesus pas­
sou a noite em oração no monte, e
depois escolheu os Seus discípu­
los (Lc 6.12-13).
A maior vocação do homem é
ser chamado por Deus para realizar
a Sua obra; e a maior missão do ho­
mem de Deus é levar a mensagem
de salvação aos outros homens,
coisa que anjos não puderam fazer.
Inclusive quando Cornélio estava
há vários dias orando e jejuando,
apareceu um anjo e mandou cha­
mar a Pedro para anunciar-lhe o
Evangelho (At 10).
Os discípulos, após terem sido
chamados por Cristo, foram capa­
citados pelo Espírito Santo para
anunciar com ousadia a Palavra
de Deus (At 4.31).
3. Mensagem inspirada. 0
que é mais admirável acerca do
ministério é Deus usar um pobre
homem e lhe confiar o tesouro
precioso da Sua mensagem (ICo
14
Lição 2 - Todos Podem Pregar
2.4). Quando Deus chamou os
profetas do Antigo Testamento, os
reis, sábios, pescadores, doutores,
publicanos, os capacitou com Seu
Espírito, concedendo a eles a ins­
piração da Sua palavra: "porque
nunca jamais qualquer profecia foi
dada por vontade humana; entre­
tanto, homens [santos] falaram da
parte de Deus, movidos pelo Espí­
rito Santo.” (2Pe 1.21).
Quando o Senhor se revelou a
Ananias para ir até à Rua chama­
da Direita, perguntando na casa
de Judas por um homem cha­
mado Saulo de Tarso, ele não foi
sem uma mensagem. Deus deu
a ele a mensagem inspirada (At
9.10-18). A Bíblia é a maior men­
sagem revelada por Deus aos ho­
mens, mostrando a fonte da ver­
dade que o povo de Deus precisa
conhecer e anunciar.
III. O OUVINTE
Somente uma genuína pala­
vra vinda da parte de Deus pode
mudar o curso da história hu­
mana. A mensagem é como uma
flecha, que é lançada rumo a um
alvo. O principal alvo da mensa­
gem é o coração daqueles que a
receberão. Isto deve estar bem
definido na mente do pregador e
bem claro aos ouvintes no fim da
mensagem. Uma das formas pela
qual podemos saber se alcança­
mos o alvo é observando como
aqueles que ouviram a Palavra
responderam ao apelo final.
1. Precisando de Deus. ln-
felizmente, vivemos em tempos
de afastamento da Palavra de
Deus e, consequentemente, es­
friamento da fé (Mt 24.12). To­
das as vezes em que a Palavra
de Deus é negligenciada, a Igre­
ja e o mundo sofrem consequên­
cias danosas em todas as áreas
e, principalmente, no âmbito
moral. Há uma natural aquies­
cência do pecador ao desvio da
Palavra, pois ele sempre quer
adiar o confronto inevitável com
a retidão de Deus.
Talvez isso explique a facili­
dade e, até mesmo, o fascínio que
muitos têm por pregações superfi­
ciais e com um alto teor apelativo
emocional. Há uma necessidade
urgente da pregação da Palavra de
Deus, pois só ela pode trazer um
avivamento genuíno e verdadeiro
à Igreja (Lc 24.47).
2. Alcançado pela Palavra.
Tudo foi criado por Deus com um
objetivo, um propósito, desde
a menor célula ao maior ser do
Universo. A mensagem que Deus
deu ao homem possui o propó­
sito maior de revelar a vontade
de Deus ao homem (Ef 1.9-11).
Toda a Bíblia possui uma só men­
sagem central: a salvação do ho­
mem através de Jesus Cristo (Rm
1.16). A mensagem deve tocar os
corações e as mentes de quem a
ouve. Uma mensagem com pro­
pósito alcançado é aquela que
muda as vidas.
15
Lição 2 - TodosPodem Pregar
Quando vidas são impactadas
peta mensagem ministrada po­
demos afirmar que alcançamos o
que havia sido proposto,
3. Transform ado pela Pa­
lavra. Uma mensagem eficaz é
aquela que alcança os seus obje­
tivos. Um belo sermão que recebe
aplausos e elogios, mas não leva
ao convencimento, não alcançou
seu principal objetivo. Levar o
ouvinte a uma decisão é tarefa
séria e cuidadosa, que deve ser
trabalhada durante toda a prega­
ção (Js 24.15; Mt 11.28).
Quando o objetivo da mensa­
gem é alcançado, vidas são trans­
formadas. Pedro pregou uma men­
sagem simples e objetiva e cerca
de três mil pessoas entregaram
suas vidas a Jesus (At 2.38-41).
( I a
APLICAÇÃO PESSOAL
Ao longo dos séculos, milha­
res de pessoas têm sido transfor­
madas por pregações inspiradas
pelo Espírito Santo. 0 pregador
é apenas um canal que Deus usa
para mostrar Sua vontade por
meio da mensagem ministrada.
V ____ J

RESPONDA
1} Qual é o instrum ento que Deus m ais tem usado para trazer os hom ens à salvação?
2) Deus vocaciona o pregador mas o que cabe ao homem fazer?
3) O que deve acontecer com a pessoa que ouve a m ensagem ?
L J
16
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LIÇÃO3
AGORAÉ A MIN HA VEZ
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, esteja preparado
para falar de uma das principais
dificuldades que quase todo cris­
tão enfrenta: a falta de coragem, ou
timidez para anunciar o Evangelho.
Talvez seja por isso que mui­
tos crentes "de banco" prefiram
deixar para o Pastor, para o Evan­
gelista e Missionários a missão de
levar a Palavra a todos.
Pesquise sobre medo, timidez,
coragem e fé. Isso lhe dará supor­
te para falar desses assuntos na
sala de aula.
Procure exemplos de pessoas
da atualidade que superaram o
medo e a timidez, sendo vitoriosas
ao enfrentar as adversidades.
Ao final da aula seus alunos de­
verão sair motivados a cumprir o
IDE. Ore com eles para que o Espí­
rito Santo lhes dê unção e ousadia
(2Tm 1,7).
PALAVRAS-CHAVE
Timidez • Coragem • Oportunidades
1
OBJETIVOS
•Estar preparado para falar
sobre Jesus nas oportunidades
que surgirem.
•Entender que a timidez é
uma barreira para a pregação do
Evangelho.
•Compreender que Jesus não
nos teria dado a Grande Comissão
se ela não fosse possível.
PARACOMEÇAR A AULA
Pergunte aos seus alunos o que
os impediria de pregar o Evange­
lho. Peça que escrevam a resposta
em um pedaço de papel.
Peça que leiam e escrevam no
quadro uma palavra que sinteti­
ze cada resposta. Conte quantas
vezes a palavra timidez/medo foi
mencionada. Pronto. Inicie a aula
a partir daqui.
Ao findar a lição pergunte se
algum deles mudaria a resposta
dada no início da aula. Aproveite
para orar com eles.
RESPOSTAS DA PÁGINA 22
1) Saudação, Testemunho, Palavra e Sermão.
2) O medo.
3) 2 Timóteo 1.7.
Lição 3 - Agora é a Minha Vez
A
LEITURA COMPLEMENTAR
"Ainda sinto a vergonha e o fracasso. Eu fiz o melhor que pude, mas
ninguém ficou comovido pela minha pregação. Quando os crentes vieram
para orar, ajoelhei-me num canto e chorei incontrolavelmente: o sermão...
a pregação... foi um fracasso total... e o pior de tudo é que ninguém veio
para frente para receber a salvação! Deus Se enganara? Não, eu comete­
ra o engano. Era isto... Deus não me chamara. Eu não fora chamado para
pregar... Nunca mais pregaria... Enquanto estava encolhido ali na minha
miséria, uma mão tocou o meu ombro. "Irmão, quer ajudar-nos a orar
com aqueles que vieram à frente?". Não podia crer no que viam os meus
olhos! Onze pessoas tinham chegado à frente para receber a salvação"
0 escritor destas palavras veio a ser um pastor bem-sucedido e um
pregador de destaque, mas escreveu aquelas palavras quando estava
apenas começando a pregar. Sua experiência demonstra que uma pes­
soa que ama as almas dos homens pode pregar o Evangelho e ganhá-los
para o Senhor.
Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus” (ICI, São Paulo, 2007, pág. 15).
V - _______________________________________________________________________
Educação
Teológica
Formação em
Diversas Áreas
Reconhecimento
Venha estudarem um dos Seminários Teológicos
mais tradicionais do Brasil, venha para o SETAD.
n
SEMlMÁRIO TEOLÓGICO
DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM BELÉM-PA
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EI
Estudada em ___ /___./
r 
DEVOCIONAL DIÁRIO
Verdade Prática
A timidez pode impedir a
concretização dos propósitos de
Deus em nossa vida e de outros.
Hinos da Harpa: 46 - 132 - 220
Á______________________________- J
LEITURA BÍBLICA
Êxodo 4.10-13
10 Então, disse Moisés ao SE­
NHOR: Ah! Senhor! Eu nunca fui
eloquente, nem outrora, nem de­
pois que falaste a teu servo; pois
sou pesado de boca e pesado de
língua.
11 Respondeu-lhe o SENHOR:
Quem fez a boca do homem? Ou
quem faz o mudo, ou o surdo, ou
o que vê, ou o cego? Não sou eu, o
SENHOR?
12 Vai, pois, agora, e eu serei com
a tua boca e te ensinarei o que hás
de falar.
13 Ele, porém, respondeu: Ah! Se­
nhor! Envia aquele que hás de en­
viar, menos a mim.
1f:)
C]i "■
Segunda - Êx 4.12
Deus usa a boca do profeta
Terça - Jr 1.4-6
O poder se manifesta na fraqueza
Quarta - Js 1.9
Deus chama à coragem
Quinta - 2Tm 1.7
Poder, amor e moderação vêm de Deus
Sexta - Rm 10.14
O Evangelho deve ser anunciado
Sábado - Lc 5.29
Aproveitando as oportunidades
T exto a u r e o
"Vai, pois, agora, e eu serei com a
tua boca e te ensinarei o que hás
de falar." Êx 4.12
*ViV•:■■'WS.Sf-
11
Lição 3 -Agora ê a Minha Vez
INTRODUÇÃO
Nesta lição observaremos a im­
portância de obter ousadia da par­
te do Senhor para anunciarmos o
Evangelho, vencendo a timidez
que nos impede de concretizar
os propósitos de Deus em nossas
vidas e na de outros. Trataremos,
inicialmente, sobre a diferença
entre Saudação, Testemunho, Pa­
lavra, Mensagem ou Pregação, en­
sejando que cada uma representa
uma oportunidade.
I. APROVEITE AS
OPORTUNIDADES
Convém aproveitar as oportu­
nidades, principalmente quando
temos algo a dizer da parte de
Deus,
1. Saudação (3 minutos). A
saudação é algo extremamente
comum na maioria das igrejas.
Acontece quando você é convida­
do a trazer uma saudação como
ato de distinção e gratidão pela
sua presença. Saudação quer di­
zer cumprimentar com cortesia
(Rm 16.22). Normalmente acon­
tece na primeira metade do cul­
to, intercalado com hinos e até
outras saudações.
Recomenda-se que a saudação
dure até 3 minutos. Embora 3 mi­
nutos pareça pouco tempo, quando
se limita ao escopo do que se deve
falar numa saudação, você vai des­
cobrir que 3 minutos é mais que
18
suficiente. Na saudação cabe até
a citação de um versículo bíblico,
desde que seja extremamente bre­
ve, se possível, memorizado, tudo
de forma leve sucinta e direta.
2. Testemunho (5 minutos).
Testemunho é anunciar o que
aconteceu com você, o que você
viu, ouviu. Uma experiência de vida
que Deus lhe proporcionou. 0 ato
de testemunhar pode ser uma das
melhores maneiras de comparti­
lhar, pelo exemplo, o poder de Deus
através da nossa história de vida.
0 objetivo é apresentar algo ge­
nuíno e real, oferecendo ao ouvinte
a chance de se identificar com a sua
história e constatar, em uma reali­
dade próxima e pessoal, o que Deus
também pode fazer por ele.
Quando o testemunho é dado
como um dos elementos do culto
deve-se respeitar o limite máximo
de tempo de 5 minutos. É impor­
tante lembrar que o melhor am­
biente para se compartilhar seu
testemunho não é apenas o culto
na igreja, e sim, pessoalmente com
outras pessoas de seu círculo de
influência (ljo 1.3).
3. Palavra (Até 10 minutos).
A palavra pode ser comparada a
uma "pequena pregação". Trata-
-se de uma breve reflexão bíblica
para a edificação dos presentes,
se possível, seguindo a temáti­
ca do culto em questão. A pala­
vra pode trazer, embora não seja
obrigatório, todos os elementos
Lição 3 -Agora é a Minha Vez
O que me preocupa
não é o grito dos
maus, mas o silêncio
dos bons"
(Martin Luther King)
de uma pregação ou mensagem,
como leitura bíblica, introdução,
desenvolvimento e conclusão,
mas sem o apelo e oração ao final.
É como se fosse um intermediário
entre a saudação e a mensagem.
Recomenda-se que a palavra te­
nha até 10 minutos.
Devemos nos lembrar que Je­
sus, em muitas ocasiões, se utili­
zou do expediente de pregar men­
sagens curtas, geralmente com
parábolas curtas, a fim de conse­
guir um melhor entendimento dos
seus ouvintes (Mc 4.33).
4. Mensagem (Até 45 minutos).
Tudo que se faz num culto de louvor
e adoração é extremamente impor­
tante, mas a mensagem é essencial
a um culto de celebração. Ela amarra
e dá equilíbrio a todos os elementos
do culto porque conta com o maior
engajamento de atenção dos presen­
tes, pois todos focam sua atenção em
um ponto, a mensagem.
Agora, para que a mensagem
seja transmitida de maneira rele­
vante é importante lembrar de al­
guns pontos. De tudo o que ouvi­
mos em uma hora, guardamos no
19
Lição 3 - Agora é a Minha Vez
máximo 15 minutos, e isso quan­
do se é atencioso e de boa memó­
ria. Quem não acompanhar com
atenção a mensagem irá lembrar-
-se apenas de pequenos trechos.
Com isto em mente, é aconse­
lhável que a mensagem dure em
torno de 30 a 45 minutos. Em
alguns casos, poderá se estender
por mais tempo, mas estes casos
são exceções. 0 sermão pode ser
classificado de várias formas. Em
lição futura, olharemos com mais
detalhes as classificações: temáti­
ca, textual e expositiva.
II- O VALOR DOS TÍMIDOS
Muitos se sentem intimidados
em compartilhar as boas novas do
Evangelho, ensinar na escola do­
minical e evangelizar por várias
razões:
1. Timidez, medo de falar em
público; receio de não fazer da
maneira certa e não alcançar seu
objetivo; medo do que o próximo
vai pensar. Fique tranquilo, em­
bora possa parecer difícil, com al­
guns conselhos práticos, a missão
fica muito mais simples.
Tímido é alguém assustado, me­
droso, receoso, sem coragem. Atimi­
dez está enraizada no medo, neste
caso se refletindo em receio de fa­
lar em público. 0 tímido faz de tudo
para não ser percebido (Êx 4.10).
2. Timidez é normal. A maio­
ria das pessoas tem medo de falar
em público. É algo extremamente
normal. Falar em público, é uma
habilidade que se desenvolve ao
longo da vida. As pessoas que con­
seguem se expressar bem em pú­
blico, tiveram que trabalhar, polir
esta habilidade ao longo dos anos.
E um processo interminável, pois
sempre há espaço para aprimorar
a forma de se comunicar com o
próximo, até porque os públicos,
culturas, lugares e ideais variam
de lugar para lugar.
3. Exemplos da Bíblia. A pró­
pria Bíblia ilustra as histórias de
grandes líderes que tiveram de
vencer a inibição e a timidez;
a) Moisés (Êx 4.10).
b) Jeremias (Jr 1.4-6).
c) Gideão (Jz 6.15).
d) Saul (ISm 10.20-24).
e) Josué (Js 1.9).
Estes são apenas alguns exem­
plos reais de homens que marca­
ram seus nomes na história e na
Bíblia e que tiveram de enfrentar
a sua própria timidez.
III- VENCENDO A TIMIDEZ
1. Como vencer. Para vencer
a inibição e a timidez de falar em
público, seja no púlpito da igreja,
ensinando a classe de Escola Do­
minical, e até no evangelismo pes­
soal, é imprescindível considerar
o seguinte:
a) Deus nos vê corajosos. Em
muitas ocasiões, nossa opinião a
respeito de nós mesmos é muito
20
Lição 3 - Agora é a Minha Vez
diferente da opinião que Deus
tem. Assim aconteceu na vida dc
todos os personagens bíblicos
citados ao longo desta lição. Fica
nítido na vida de Moisés, quan­
do se declara incapaz de aceitar
o desafio colocado perante ele,
A
e Deus lhe responde em Exodo
4.11-12: "Vai, pois, agora, e eu
serei com a tua boca e te ensina­
rei o que hás de falar".
b) Evitar comparações. Quando
alguém acredita que pode ser usa­
do por Deus e percebe como é vis­
to por Ele, então tudo muda. Você
descobre e descansa no fato de que
cada pessoa é única, singular, “suí
generis", e que veio à Terra para
cumprir um chamado que é exclu­
sivo, unicamente dele; que se Deus
quisesse escolher outra pessoa Ele
faria, mas se Ele está chamando
você, é porque sabe que, mesmo
com suas particularidades, você
será capaz de cumprir a missão.
Geralmente nos achamos in­
capazes, comparando-nos com
outras pessoas e esquecemos que
Deus criou cada ser humano dife­
rente e com aptidões específicas.
c) Olhe para Deus. A timidez
quase sempre é fruto de nosso
olhar fixo em nossas limitações,
fracassos e frustrações, apesar
das garantias e provas incontestá­
veis do poder de Deus em nossas
vidas. Cada um pode testificar de
momentos nos quais, pelo agir de
Deus, foi capaz de realizar coisas
muito além da sua capacidade, pois
Deus completou o que era neces­
sário, e o resultado foi alcançado.
Mantenha o foco em Jesus e avan­
ce! Jesus jamais nos daria a Grande
Comissão se ela fosse impossível.
2. Razões para vencer. Temos
as razões certas para vencer:
a) Deus nos garante um espírito
de coragem. Em 2 Timóteo 1.7, o
Apóstolo Paulo nos ensina: "Pois
Deus não nos deu um espírito de
timidez, mas de fortaleza, de amor
e de sabedoria”. Logo, a Bíblia nos
garante um espírito de coragem
para anunciar a salvação.
b ; É necessário ouvir para crer.
Anunciar o Evangelho verbalmen­
te, ainda continua sendo a forma
mais eficaz de compartilhar a nos­
sa fé. Em Marcos 16.15, Jesus dis­
se: "Ide por todo o mundo e pre­
gai o Evangelho a toda criatura”
0 Apóstolo Paulo corrobora com
este princípio quando nos ensina:
"Como, porém, invocarão aque­
le em quem não creram? E como
crerão naquele de quem nada ou­
viram? E como ouvirão, se não há
quem pregue?” (Rm 10.14). Para
ser salva basta crer em Jesus, mas
para que isto aconteça alguém tem
que lhe apresentar Jesus.
c) Afé cristã é social. O Evange­
lho é comunicado em nosso meio
social, entre nossos amigos e pa­
rentes, quando nos reunimos em
comunidade. Jesus nunca abriu
mão do contato social, antes Ele
estava sempre cercado de pes­
soas e buscando oportunidades
de compartilhar Sua missão, como
21
Lição 3 -Agora éa Minha Vez
nestes exemplos:
• Mulher Samaritana (Jo 4.7].
• Casamento em Caná da Gali-
leia (Jo 2.1-11).
• Banquete na casa de Levi (Lc
5.29).
• Visita à casa de Simão Mc
1.29-30).
Jesus aproveitava qualquer
oportunidade possível para alcan­
çar alguém.
3. Aproveite toda oportuni­
dade. Devemos nos esforçar em
crescer nagraça e no conhecimen­
to do Senhor Jesus Cristo (2Pe
3.18). E quanto mais crescimento
espiritual o crente experimentar,
tão mais conhecerá a segurança
pessoal de que está servindo na
causa certa, pregando a mensa­
gem certa, para as pessoas certas
que o Senhor coloca em seu cami­
nho (Jo 6.44). E então, seguindo
a verdade em amor, não somente
vencerá a timidez, mas também
conhecerá em sua própria vida a
certeza de que tudo pode naquele
que o fortalece (Fp 4.13).

APLICAÇÃO PESSOAL
Creia no propósito de Deus para
sua vida, fale de Jesus com ousadia
e seja sábio quanto aos diferentes
tipos de oportunidades e ao tempo
a ser usado. Lembre que o Espírito
Santo pode realizar através de você
o mesmo que fez com os exemplos
bíblicos que estudamos.
V______________________ J
f
RESPONDA
A
1) Cite as quatro oportunidades no culto que devem os aproveitar.
2) Qual a principal causa da tim idez?
3) Qual texto bíblico nos incentiva à coragem ?
V _________ J
22
LIÇÃO 4
HOMILÉTICA, A ARTE DE
PREGAR E ENSINAR
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Caro professor, Homilética é
uma disciplina que assusta a mui­
tos cristãos. Imaginar-se assumin­
do o púlpito diante de uma igreja,
tornar-se a 'Voz de Deus”, aiém
da óbvia comparação com outros
pregadores, tudo isso contribui
para a intimidação.
Mas a intenção desta revista é
justamente acalmar os corações,
e demonstrar que o ministério da
Palavra não se restringe apenas
aos pregadores, mas vai do mais
experiente à criança que já se
expressa oralmente; vai do mais
douto teólogo ao mais simples ir­
mão em Cristo.
Ganhe seus alunos para a pro­
pagação da Palavra de Deus; seja
através de um sermão, estudo,
aula ou testemunho.
Todos são aptos a testemunhar
as coisas de Deus devido ao seu
Santo Espírito que habita em nós.
Não despreze esse dom.
PALAVRAS-CHAVE
Homilética • Capacitação • Disposição
• Pregação
OBJETIVOS
•Apresentara Homilética como
disciplina da exposição bíblica.
•Esclarecer que a observação
e a interpretação se completam na
transmissão.
•Demonstrar que todo cristão
deve estar pronto para dar razão
da sua esperança (IPe 3.15).
PARACOMEÇAR A AULA
Escolha um aluno e lhe passe
uma história qualquer por escrito.
Peça que a leia em silêncio, e depois,
conte para os demais, mas sem usar
palavras. A intenção é demonstrar
que, por mais que alguém conheça
alguma história em seus detalhes,
se não se expressar pela palavra, a
transmissão não será satisfatória.
0 testemunho comportamental
é importante, mas não substitui a
pregação. Não adianta apenas agir
de forma honesta e cristã para a
propagação do Evangelho; devo fa­
lar e pregar em palavras a respeito
da minha fé. Leia Romanos 10.17.
RESPOSTAS DA PÁGINA 28
1) Todo cristão, com a autoridade da Palavra.
2) Não. Devo proclamá-lo também com palavras.
3) Resposta pessoal.
1
Lição 4 - Homilética, a Arte de Pregar e Ensinar
O Que é a Pregação?
0 dicionário diz que pregar é "proclamar publicamente, conclamar à
aceitação ou rejeição de uma ideia ou tipo de ação; entregar um sermão"
(que é uma expressão extensiva de pensamento sobre um assunto). Esta
definição envolveu-se do conceito neotestamentário da pregação, que
consideraremos mais tarde. Na base desta definição, veremos que a pre­
gação é a entrega pública e formal de um sermão pelo ministro à congre­
gação. Normalmente, não há interrupções no decurso de um sermão. A
mensagem da pregação para evangelizar os perdidos é ao arrependimen­
to, à fé e à consagração. A pregação é também o meio pelo qual os cristãos
recebem nutrição na fé e são capacitados a amadurecer na fé. 0 manda­
mento para pregar foi dado pelo Senhor quando disse: "ide por todo o
mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura" (Mc 16.15).
Paulo em duas ocasiões conclamou Timóteo a pregar: "Que pregues
a palavra, instes a tempo e fora de tempo..." (2Tm 4.2). Noutro lugar dis­
se: "Faze a obra dum evangelista, cumpre o teu ministério" (2Tm 4.5). A
pregação é um dos métodos importantes que Deus escolheu para levar o
Evangelho a toda a humanidade.
O Ministério do Ensino
0 Senhor deu o mandamento para ensinar quando disse: "Portanto
ide, ensinai todas as nações... Ensinando-as a guardar todas as coisas que
eu vos tenho mandado" (Mt 28.19-20). Paulo disse a Timóteo: "... redar­
guas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina" (2Tm
4.2). Na descrição que Paulo faz de um bom servo de Jesus Cristo (lTm
4.4-16) dá a seguinte instrução: "Manda estas coisas e ensina-as" (v. 11).
O ensino é outro método principal que Deus tem escolhido para levar o
Evangelho a todos os povos em todos os lugares.
Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus”- (JCI, São Paulo, 2007, págs.
^ 33,34)
J
II
LIÇÃO 4
HOMILÉTICA A
ARTE DE PREGAR
E ENSINAR
T exto Á u r eo
“E, assim, a fé vem pela
pregação, e a pregação, pela
palavra de Cristo.”Rm 10.17
Estudada em ___/___ /____
- 'i
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda - Rm 10.9-13
Salvação para quem confessa
Terça - Rm 10.14-17
Só confessa quem conhece a Palavra
Quarta - 2Tm 3.14-17
Habilitado através da Palavra
Quinta - 2Tm 4.1-5
Pregar em todo tempo
Sexta - IPe 3.13-17
Praticar o bem através da Palavra
Sábado-At 18.24-28
Apoio, exemplo de pregador
LEITURA BÍBLICA
Romanos 10.14-17
14 Como, porém, invocarão aquele
em quem não creram? E como cre­
rão naquele de quem nada ouviram?
E como ouvirão, se não há quem
pregue?
15 E como pregarão, se não forem
enviados? Como está escrito: Quão
formosos são os pés dos que anun­
ciam coisas boas!
16 Mas nem todos obedeceram ao
Evangelho; pois Isaías diz: Senhor,
quem acreditou na nossa pregação?
17 E, assim, a fé vem pela pregação,
e a pregação, pela palavra de Cristo.
Hinos da Harpa: 259 - 355 - 505
_________________________ J
23
Lição 4 - Homilética, a Arte de Pregar e Ensinar
í - >
HOMILÉTICA, A ARTE DE
PREGAR E ENSINAR
INTRODUÇÃO
I. O QUE É HOMILÉTICA
1. Definição
2. Alvo
3. Pregação
II. HOMILÉTICA É IMPORTANTE
1. Exemplo e Palavra Rm10.17
2. O poder da Palavra is55.11
3* Proclame o Evangelho Êx4.i2
III. HOMILÉTICA PARA TODOS
1. Exemplos atuais
2. Exemplos Bíblicos êx4.10
3. Jesus, o exemplo Mt4.16-18
APLICAÇÃO PESSOAL
L________________________ J
INTRODUÇÃO
Embora reconheçamos que
haja um chamamento especial de
Deus para determinadas pessoas
se tornarem pregadores, também
sabemos que esta tarefa não é
uma exclusividade de pastores e
mestres. Todo filho de Deus rece­
beu o sagrado privilégio de minis­
trar a Palavra de Salvação aos pe­
cadores. E a Homilética, em ambos
os casos, pode ser uma ferramente
extremamente útil para ajudar a
todos nesse mister.
I. O QUE É HOMILÉTICA
Não se assuste com a palavra
Homilética.
1. Definição. Homilética é a
ciência da preparação e exposição
de sermões. É a disciplina teológi­
ca que estuda a técnica de estru­
turar e entregar a mensagem do
evangelho, via pregação, sermão.
De forma simplificada é a arte de
pregar homilética é técnica de co­
municar o evangelho através da
pregação.
2. Alvo. Qual o alvo de tanto es­
forço na preparação, estruturação,
meditação e, finalmente, pregação
do sermão? 0 alvo da homilética é
auxiliar na elaboração e pregação
de mensagens da Palavra de Deus,
com tal eficiência que os ouvintes
compreendam a mensagem e to­
mem a decisão praticá-la.
24
0 primeiro alvo de toda men­
sagem bíblica é a salvação de pe­
cadores perdidos (Rm 1.16). "Em
toda pregação, Deus procura pri­
mariamente, mediante Seu men­
sageiro, trazer o homem para a
comunhão Consigo”.
0 Segundo alvo da pregação
evangélica é que o cristão envol­
va-se no serviço de Deus. Nas di­
versas possibilidades ministeriais,
sociais e diaconais (At 20.28; IPe
5.2; 4.10; Rm 12.4-8).
jamais deixar de anunciar "todo
o desígnio de Deus” (At 20.27).
3. Pregação. Em qualquer
circunstância mas principalmen-
te no culto comunitário, com pu­
blico maior, a pregação é o ápice
da Revelação Especial. Não só
por ser a exposição da Bíblia,
mas pelo momento em que se
consegue que a congregação fi­
que atenta para ouvir a Palavra
de Deus através do pregador.
Não há outro momento na vida
eclesiástica no qual se consiga
tamanha atenção para a mensa­
gem da Bíblia.
A Homiiética prepara o mensa­
geiro para este momento especial.
II. HOMILÉTICA É
IMPORTANTE
1. Exemplo e Palavra. Nin­
guém se engane: o exemplo não
substitui a Palavra. Muitos en­
tendem que basta ser uma pes­
soa boa, honesta, com um bom
Lição 4 - Homiiética, a Arte de Pregar e Ensinar
Um sermão é uma ponte
que ajuda a levar as
pessoas de onde estão
para onde precisam
estar. Um plano bom e
matéria em suficiência
ajudarão você a edificar
aquela ponte *
comportamento para pregar a
Palavra de Deus. Francisco de
Assis disse: "Pregue sempre o
Evangelho, Se necessário, use
palavras". Essa se transformou
na desculpa universal de muitas
igrejas para fugir da responsa­
bilidade de pregar a Palavra de
Deus oraimente. Fato é que "a
fé vem pela pregação, e a prega­
ção, pela palavra de Cristo.” (Rm
10.17).
Não há como o homem ser
apto para a boa obra se não lhe
for transmitido o conteúdo das
Escrituras. Nossas ações nunca
serão suficientes para revelar a
Salvação em Cristo Jesus. Já a Pa­
lavra de Deus, a Bíblia, tem esse
poder. O viver cristão é prática
indispensável para a boa prega­
ção. Nosso Senhor Jesus Cristo,
ao convocar homens simples e
humildes para serem Seus dis­
cípulos, e instruí-los através de
ensinamentos práticos a como
procederem como pregadores do
Evangelho, deu-nos um exemplo
25
da importância de se aliar a ex­
posição da Palavra as práticas de
uma vida cristã genuína.
2. O poder da Palavra. Ora,
insistiremos na ideia da prega­
ção e ensino da Palavra de Deus,
pois há poder na Escritura pro­
clamada. No final das contas, a
exposição bíblica cumpre todos
os seus objetivos espirituais, nao
por causa das habilidades do pre­
gador, mas por causa do poder da
Escritura proclamada.
A Palavra proclamada primei­
ro persuade, pois ela é como fogo
purificador e martelo que esmiuça
a penha (jr 23.28-29); não volta
vazia, cumprindo todos os propó­
sitos divinos [Is 55.10-11); anula
as segundas intenções humanas,
pois quer por pretexto, quer por
verdade, a Palavra segue adiante
(Fp 1.18).
3. Proclame o Evangelho. De­
pois de já ter estudado o Antigo
e o Novo Testamento em outras
lições, os princípios de interpre­
tação da hermenêutica, e as dou­
trinas básicas da fé cristã, agora
chegou a vez de estudarmos como
apresentar todo este conteúdo
para outras pessoas (Êx 4.12).
O conhecimento que se adquire
através da observação e da inter­
pretação é morto se não for aplica­
do na vida cristã pessoal e comu­
nitária, O Evangelho não é para se
reter, mas para se proclamar.
Paulo, em Gálatas 4.19, com-
Lição 4 - Homiiéticü, a Arte de Pregare Ensinar
A Bíblia é a fonte
primária de material
para a pregação e
para o ensino."
para a formação de Cristo em
uma pessoa a um parto. Realmen­
te, o ensino da Palavra de Deus
através da pregação, da aula e do
discipulado é trabalhoso, mas o
resultado, assim como o do parto,
é maravilhoso (SI 126.6).
III- HOMILÉTICA PARA
TODOS
Mas, não se engane. A Homi-
lética nao é apenas para os pasto­
res e mestres, como já dito ante­
riormente. Todo momento é uma
oportunidade para a pregação da
Palavra de Deus (2Tm 4.2).
1. Exemplos atuais. A histó­
ria da pregação está repleta de
pessoas que enfrentaram grandes
problemas e limitações, mas, na
força do Senhor, venceram. Um
jovem americano chamado D. L.
Moody quase não foi aceito para
ser batizado, por não saber res­
ponder a algumas perguntas so­
bre doutrina e fé. Mas cresceu es­
piritualmente e acabou abalando
dois continentes com sua prega­
ção, e tornou-se um dos mais co­
nhecidos pregadores da história.
Billy Graham, com um sermão
simples, conquistou milhares
26
Lição 4 - Homilética, a Arte de Pregar e Ensinar
de almas, que no apelo finai en­
tregavam suas vidas a Jesus. Foi
considerado o maior ganhador
de almas do século. Mas você dirá
que está distante do conhecimen­
to bíblico desses homens, fugindo
assim da responsabilidade bíblica
de proclamar as boas novas.
&
E só acessar a Internet e obser­
var vários exemplos de crianças
que pregam a Palavra de Deus.
Não existem grandes pregadores,
e sim, grandes mensagens, trans­
mitidas através de vasos de barro.
2. Exemplos Bíblicos. Veja­
mos os seguintes exemplos bí­
blicos.
a) Moisés dizendo para Deus
que não poderia cumprir Seu
chamado por não ser homem
eloquente, não saber falar bem
e ser pesado de boca e de língua
(Êx 4.10).
b) Jeremias argumentando
com Deus que não saberia o que
falar, pois era apenas uma criança
(}r 1.4-6).
c) Gideão comentando que não
poderia ser o libertador de Israel por
ser de uma tribo pequena (Jz 6.15).
d) Saul, quando foi escolhido
por Deus, por intermédio do pro-
feta Samuel, se esconde em ra­
zão de não se achar apto à tarefa
(ISm 10.20-24).
e) Josué recebe um comando
direto de Deus à coragem: "Não
to mandei eu? Sê forte e corajoso;
não temas, nem te espantes, por­
que o SENHOR, teu Deus, é con­
tigo por onde quer que andares"
Os 1.9).
c) Apoio foi um jovem que in­
fluenciou sua geração através de
palavras poderosas, pregando
em primeiro lugar o batismo de
João, mas depois pregando a Je­
sus Cristo. Em Atos 18.24 (e ver­
sos seguintes) observamos este
pregador, não tão conhecido ou
famoso, mas que gerou seguido­
res dentro da própria Igreja de
Corinto (ICo 1.10-17).
d) A escrava de Naamã. A ida­
de não impede a autoridade das
Escrituras. Essa garota, escrava
de Naamã, teve a coragem de se
manifestar diante da esposa do
General, apontando-lhe o cami­
nho para o profeta (2Rs 5.1-4).
f) Pedro. Lembre-se que o
próprio Apóstolo Pedro não era
versado em letras, pelo contrário,
era um pescador, profissão que
na época estava distante do aca-
demicismo. Mas, em seu primeiro
sermão, em Atos, cerca de 3 mil
foram batizados (At 2.41).
3. Jesus, o exemplo. Jesus é o
maior exemplo de pregador. Não
perdia uma oportunidade para ex­
plicar e aplicar princípios bíblicos
em Sua vida, e na vida das pessoas
à Sua volta (Mt 4.16-18).
Veremos nesta revista vários
recursos usados por Jesus, como
ilustração, aplicação, parábolas,
testemunhos, repreensão de de­
mônios, vida piedosa etc.
Mas, perceba que Ele pre­
gava para multidões, como no
27
Lição 4 - Hornilética, a Arte de Pregare Ensinar
Sermão do Monte; e para uma
pessoa só, como a mulher sama-
ritana (jo 4.1-30).
Pregue você também a Pala­
vra em tempo e fora de tempo,
quer seja oportuno, quer não.
Pessoas estão morrendo sem co­
nhecer a Cristo devido ao nosso
silêncio, Não guarde o amor de
Cristo só para você, compartilhe
com outros.
I --------------------------A
APLICAÇÃO PESSOAL
Homilética ajuda todo cristão
a se preparar para falar a Palavra
de Deus. Lembrando que a Pala­
vra de Deus não volta vazia (Is
55.11). Ele quer nos ajudar a pre-
gá-la (Js 1.9).
v___________ J
RESPONDA
1) Quem pode pregar a Palavra e com que autoridade o faz?
2) Posso proclamar a Jesus apenas com minhas ações? Como devo fazê-lo?
3) É melhor se preparar para pregar e ensinar ou fazer de improviso?
Livro para leitura complementar
W
.2 ... - «M
h o m il é t ic a
«OMILETÍCA i
. (Jt/iM tranc/ó a Ldrr/aom cfc Q ieu&
Recom endam os a professores e alunos a leitura deste
livro, no qual os tem as desta revista são abordados
com mais am plitude e profundidade.
O professor que quiser fazer o Curso M éd b de Teologia deve
estudar este livro, responder os testes e fazer contato com o
ICI ou com a sua coordenação da Escola Dominical.
Pedidos: (91) 3110-2400 ou (19) 3252-4359 ^Ü|i
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28
mmmmm
LIÇAO 5
REFORMA PROTESTANTE
ENSINO E LEGADO
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
ê igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Amado Professor, a Reforma
Protestante completa 500 anos e
está tão viva hoje como à sua épo­
ca. Por meio dela a igreja redesco-
briu o Evangelho. E cada um de nós
se redescobre quando recebe esse
Evangelho. A transformação que
ela causou no mundo à época nos
inspira até hoje quando lemos as
95 Teses. E seria interessante que
seus alunos percebessem isso!
Você falará mais detidamente
sobre Lutero, as 95 Teses, a exten­
são da Reforma, os princípios que a
nortearam e seu amplo legado.
Estimule seus alunos e faça
uma ótima aula.
OBJETIVOS
•Compreender os ensinos dos
reformadores.
•Entender a essência bíblica
da Reforma.
•Considerar o legado da Re­
forma para a Igreja hoje.
PARACOM EÇARAAULA
Prepare cartazes com frases
que celebrem os 500 anos da
Reforma Protestante e que ma­
nifestem a nova forma de viver
dos cristãos. Deixe expostos na
sala de aula e reserve um mo­
mento para conversarem sobre
a mudança de vida de seus alu­
nos, aplicando o conhecimento
adquirido na aula.
Fale sobre o hino 581, caste­
lo forte, Lutero é o autor e retra­
ta bem a reforma. Ele recebeu
inspiração enquanto lia o salmo
46. Este hino é um clássico da
música sacra.
PALAVRAS-CHAVE
Reforma •Teses •Legado
L a
RESPOSTAS DA PAGINA 34
1) A venda de indulgências.
2) Romanos 1.17.
3) A igreja pertence aos seus membros, não a uma
classe de sacerdotes, O sacerdócio é de todos.
Lição 5 - Reforma Protestante: Ensino e Legado
LEITURA COMPLEMENTAR
A Reforma marcou não apenas o mundo religioso, mas alcançou todas
as esferas da sociedade. Aquele foi um evento tão significativo, que tem
sido chamado de revolução protestante por especialistas no assunto. Isso
porque o movimento excedeu à esfera eclesiástica, alterando a cosmo-
visão europeia e promovendo mudanças notáveis na política, economia,
sociedade e cultura dos povos.
Como movimento cristão, ela cumpriu um importantíssimo papel
junto à sociedade, pois promoveu a justiça social, o desenvolvimento e
a verdade, trazendo, assim, vida às palavras do profeta Miqueias: "Ele te
declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão
que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humíldemente com
o teu Deus "(Mq 6.8)?
Depois da Reforma, o mundo jamais foi o mesmo. A partir desse even­
to, a humanidade passou por um processo evolutivo radical em todas as
áreas(...),
A Reforma devolveu a Bíblia ao povo europeu e, consequentemente,
ao mundo. As pessoas passaram a ter acesso à Palavra, sem qualquer in­
termediação; e isso trouxe para a Igreja — além da correção doutrinária
— renovo espiritual, valorização do ser humano e um genuíno interesse
pela busca da presença de Deus. Por outro lado, o movimento reformador
também devolveu a igreja ao povo. Como dito anteriormente (p. 134), no
romanismo, os principais sacerdotes — como papas, cardeais, arcebispos
e bispos — mandavam na Igreja. Muitos deles, aliás, eram ricos e pode­
rosos senhores feudais, que manipulavam a instituição da forma como
queriam. Os reformadores, todavia, retomaram o padrão neotestamen-
tário, defendendo a presença de uma Igreja em que cada cristão tivesse
o direito de decidir sobre sua vida e seu destino; uma Igreja democrática
que englobasse a participação e valorização de todos os indivíduos.
Livro: “Reforma Protestante: História, ensino e legado1’ (Central Gospel, Rio de Janeiro,
2017, pgs. 145,147)
______________________ J
II
LIÇÃO 5 m
■f
r;-v
REFORMA
PROTESTANTE:
ENSINO ELEGAEX)
* -V
TEXTO ÁUREO
"Vós,porém, sois roça eleita,
sacerdócio real nação santa, povo
tfópropriedade exclusiva de Deus,
afim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz"IPe 2,9
Estudada em__ /__ /___
r x
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda - Rm 1.17
Somente pela Fé
Terça -Ef 2.8
Somente pela Graça
Quarta - 2Tm 3.16-17
Somente as Escrituras
Quinta -At4.12
Somente Cristo
Sexta-SI 115.1
Glória somente a Deus
Sábado - IPe 2.9
Todos podem anunciar o Evangelho
LEITURA BÍBLICA
IPe 2.7-10
7 Para vós outros, portanto, os que cre­
des, é apreciosidade; mas, para os des­
crentes, A pedra que os construtores
rejeitaram, essa veio a ser a principal
pedra, angular
8 e: Pedra de tropeço e rocha de ofen­
sa. São estes os que tropeçam na pala­
vra, sendo desobedientes, para o que
também foram postos.
9 Vós, porém, sois raça eleita, sacer­
dócio real, nação santa, povo de pro­
priedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes daquele que
vos chamou das trevas para a sua ma­
ravilhosa luz;
10 vós, sim, que, antes, não éreis povo,-
mas, agora, sois povo de Deus, que não
tínheis alcançado misericórdia, mas,
agora, alcançastes misericórdia.
Hinos da Harpa: 581 - 340 -167
^________ __________ J
29
Lição 5 ■ Reforma Protestante: e Legado
INTRODUÇÃOf A
REFORMA PROTESTANTE:
ENSINO E LEGADO
INTRODUÇÃO
L A REFORMA
1. As 95 Teses
2. Movido por Deus
3. Expansão da Reforma
II. SEU ENSINO
1. Somente a Fé Rm 1.17
2. Somente a Graça E/2.8
3. Somente as Escrituras 2Tm3.16,17
4. Somente Cristo At4.12
5. Glória somente a Deus Mt 4.10
III. SEU LEGADO
1* Sacerdócio de todos iPe2.9
2. O culto é de todos Jo 15.27
3. Todos podem pregar Rm1.16
APLICAÇÃO PESSOAL
O dia 31 de Outubro de 1517 é
uma data importante para os cris­
tãos de todo o mundo porque, há
exatos 500 anos, iniciou-se a Re­
forma Protestante, que deixou um
enorme legado.
I. A REFORMA
Nesse dia, o monge agostinia-
no Martinho Lutero afixou 95 Te­
ses na porta da Catedral de Wit-
temberg, na qual conclamava os
eruditos e o povo a repensarem,
a partir de então, o modo como se
vivia a vida cristã.
1. As 95 Teses. Das teses afixa­
das por Lutero, destacamos os prin­
cipais assuntos abordados, a seguir;
a) Lutero defendia que Jesus Cris­
to queria que "toda a vida dos fiéis
fosse uma vida de arrependimen­
to"; e também que "o papa nao pode
perdoar uma única culpa de pecado,
senão declarar e confirmar que a cul­
pa já foi perdoada por Deus". Indicou
que "serão eternamente condena­
dos, juntamente com seus mestres,
aqueles que julgam obter certeza de
sua salvação mediante indulgências”
Para ele, "todo e qualquer cristão
verdadeiramente compungido tem
pleno perdão da pena e da culpa, o
qual lhe pertence mesmo sem a in­
dulgência".
b) Lutero indicou o dever de
se ensinar aos cristãos que "quem
dá aos pobres ou empresta aos ne­
30
Lição 5 - Reforma Protestante: Ensino e Legado
cessitados procede melhor do que
quando compra indulgências". E
assim, devia-se ensinar aos cristãos
que "aquele que vê um necessitado,
e a despeito disto gasta o dinheiro
com indulgência, não recebe as in­
dulgências do papa, mas atrai sobre
si a indignação de Deus”
c) Lutero afirmou que "são ini­
migos da cruz de Cristo todos que,
por causa das indulgências, man­
dam silenciar completamente a Pa­
lavra de Deus nas demais igrejas"; e
que "o verdadeiro tesouro da Igreja
é o santíssimo Evangelho da glória
e da graça de Deus". Declarou que
a afirmação dos sacerdotes de que
"o símbolo com a cruz de indulgên­
cias e adornado com as armas do
papa tem tanto valor como a pró­
pria cruz de Cristo, é blasfêmia".
d) Por fim, sua tese 95 diz: "E
assim, esperem mais entrar no
Reino dos céus através de muitas
tribulações do que mediante con­
solações infundadas e este comér­
cio vil com o que é sagrado".
2. Movido por Deus. Em uma
época na qual o povo comum era
privado da leitura das Escrituras e
o papa liderava a cristandade com
mãos de ferro, Lutero foi levanta­
do por Deus para dar início a uma
completa revolução espiritual na
Alemanha e no mundo, em comba­
ter os muitos desvios doutrinários
praticados pela Igreja Católica Ro­
mana, inclusive condenando com
veemência a venda de indulgências,
Lutero traduziu a Bíblia para
o alemão e a colocou nas mãos do
povo comum, fato que resultou em
inflamar o coração de seus irmãos
a buscarem sinceramente por
Deus e a se voltarem ao autêntico
Evangelho da graça de Cristo.
3. Expansão da Reforma. Por
causa disso, Lutero sofreu a exco­
munhão através de uma bula edi­
tada pelo Papa Leão X, em 1521, a
qual Lutero queimou em praça pú­
blica, rompendo de vez o elo com a
Igreja Católica.
Em pouco tempo, mesmo so­
frendo severa perseguição da
Igreja oficial, a Reforma se espa­
lhou: na Suíça, através da coragem
e intelectualidade de João Calvi-
no e Zwinglio; na Escócia, através
do vigor e ação piedosa de John
Knox; e também para vários ou­
tros países, através da constância
de homens que levaram adiante a
"redescoberta" do Evangelho, che­
gando até nossos dias,
II. SEU ENSINO
A essência da Reforma foi ex­
pressa nos cinco princípios que a
nortearam, conhecidos como "as
cinco sotas", cuja palavra latina sola
significa "somente". As cinco solas
são: sola fide, sola gra tia,sola Scrip-
tura, solus Chhstus e soli Deogloria.
Somente a fé, somente a Graça, so­
mente a Escritura, somente Cristo
e somente a Deus a glória.
Esses princípios sintetizam a
identidade do povo evangélico; e
31
Lição 5 - Refonna Protestante: Ensino e Legado
todos os que professam essa fé de­
vem conhecê-los, compreendê-los
e divulgá-los.
1. Somente a Fé (Sola Fide).
Após meditar no texto: "0 jus­
to viverá da fé”, Martinho Lutero
percebeu que a justiça de Deus é
a justiça que o homem pecador re­
cebe do próprio Deus, como uma
dádiva imerecida, mas somente
através da fé.
Os reformadores então con­
cluíram que nada (nem penitên­
cias, sacrifícios ou compra de
indulgências) poderá livrar o ho­
mem da condenação eterna no
inferno e das garras de Satanás, a
não ser pela salvação através da fé
em Cristo (Ef 2.8). Essa foi a pri­
meira e grande redescoberta da
Reforma e que abalou o mundo
cristão para sempre. A salvação
pela fé é um dom de Deus, por isso
ninguém deve gioriar-se.
2. Somente a Graça (Sola Gra-
tia). Os reformadores entendiam
que nenhuma obra, por mais justa
e santa que pudesse parecer, po­
deria dar ao homem livre acesso
ao perdão dos pecados e à salva­
ção eterna no reino dos céus, e que
isto só poderia ocorrer mediante a
graça de Deus. Graça somente, por
meio da qual o homem é escolhido,
regenerado, justificado, santifica­
do, glorificado, recebe o dom da
vida eterna e talentos para o servi­
ço cristão, tornando-se participan­
te de todas as bênçãos de Deus.
Assim, ninguém pode ser salvo
por mérito próprio, seja através de
obras, sacrifícios, penitências ou
compra de indulgências. A única
causa eficaz da salvação é a graça de
Deus sobre o pecador, como está es­
crito: 'Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós;
é dom de Deus; não de obras, para
que ninguém se glorie”(Ef 2.8,9).
3. Somente as Escrituras
(Sola Scriptura). Para os refor­
madores, somente as Escrituras
são a regra de fé e prática para o
crente. Nem as tradições, as bulas
ou os escritos papais têm o sta-
tus de instrumento de fé e prática
para o rebanho de Cristo.
As Escrituras Sagradas são ins­
piradas por Deus, sendo a Bíblia
o único instrumento autorizado
de revelação da vontade de Deus
para nossa vida, como está escrito:
"Toda a Escritura é inspirada por
Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para
a educação na justiça, a fim de que
o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda
boa obra” (2Tm 3.16-17). Ao lê-la
e meditar nos seus ensinos somos
iluminados pelo Espírito Santo para
entender e viver sua mensagem.
4. Somente Cristo (Solus Ch-
ristus). Mostra a suficiência e ex­
clusividade da pessoa de Cristo no
processo de salvação. Desde an­
tes da fundação do mundo, Deus
promoveu a aliança da redenção,
32
Lição 5 - Reforma Protestante: Ensino e Legado
onde o beneficiário seria o ho­
mem, e o executor, seu Filho Uni­
génito Jesus, o Messias (Ungido,
Cristo} prometido.
Desse modo, nada poderá fazer
o homem para sua própria salva­
ção, pois Jesus Cristo realizou a
obra da redenção pelo sacrifício
vicário na cruz do Calvário, ver­
tendo o seu sangue por nossos
pecados. Portanto, somente Jesus
Cristo é o instrumento de nossa
salvação, como está escrito: “E não
há salvação em nenhum outro:
porque abaixo do céu não existe
nenhum outro nome, dentre os
homens, pelo qual importa que se­
jamos salvos" (At 4.12}.
0 sentido do sola Christus des­
tituiu qualquer outro mediador en­
tre o homem e Deus e dá somente a
Jesus Cristo o poder de intercessão
e salvação.
5. Glória somente a Deus (Soli
Deo Gloria). A Igreja Católica ensi­
nava e exigia uma devoção ao clero
e aos homens santos, os quais po­
deriam interferir diante de Deus
para perdão de pecados e obtenção
de bênçãos para os homens. Quan­
do na presença do Papa e dos car­
deais, a reverência beirava a adora­
ção, com a demonstração de uma
total submissão.
Fundamentados em muitos
textos nas Escrituras, os reforma­
dores concluíram que não pode­
mos dispensar glórias a homens
(pois não passam de míseros pe­
cadores e também carecem da mi­
sericórdia e da glória de Deus) e
que devemos dar “glória somente
a Deus" (Mt 4.10}.
III. SEU LEGADO
Com a Reforma, uma grande
transformação influenciou todos
os aspectos da vida humana: po­
lítica, econômica, religiosa, moral,
filosófica, literária e também nas
instituições. Nos deteremos no le­
gado do sacerdócio de todos.
1. Sacerdócio de todos (IPe
2.9). Uma das concepções e dou­
trinas mais importantes que a Re­
forma legou ao cristianismo mun­
dial foi sua forma de conceber a
Igreja como uma comunidade per­
tencente aos seus membros, aos
crentes, e não a uma classe sepa­
rada de sacerdotes.
Lutero ensinava que a verda­
deira igreja é espiritual e invisí­
vel, sendo composta pelo corpo
dos salvos em Cristo, de todas as
épocas. Logo, ela não tem lugar
pré-determinado, no tempo ou no
espaço, também não está presa a
um país ou cidade, tampouco en­
contra-se subjugada a um homem
(papa, cardeais ou bispos}. A Igre­
ja de Cristo, conforme defendeu
Lutero, é eterna, atemporal e está
sujeita, apenas, ao Senhor Jesus.
2. O culto é de todos Qo
15.27). A Reforma Protestante
devolveu a Igreja ao povo. O gran­
de avivamento orquestrado pelo
33
Lição 5 - Refonna Protestante: Ensino e Legado
Espírito de Deus trouxe, em defi­
nitivo, para a Igreja um tempo de
liberdade e um novo modelo de
culto, no idioma comum do povo,
com a Bíblia na mão do povo e hi­
nos cantados pelo povo.
3. Todos podem pregar (Rm
1.16). Lutero devolveu a prega­
ção à Igreja, colocando-a em seu
devido lugar, Para ele, a pregação
deveria alcançar o homem dentro
do seu tempo e deveria ser apre­
sentada de maneira simples, para
assimilação do grande público. Lu­
tero aconselhava os jovens a pre­
garem para o povo comum, sem
exibicionismos ou arrogância teo­
lógica. Assim, a mensagem estrita­
mente bíblica da Igreja Reformada
espalhou-se por todo o mundo.
Podemos afirmar que os pente-
costais se apropriaram vividamen-
te desse legado.
C ~ - ^
APLICAÇAO PESSOAL
A Reforma Protestante, sem
sombra de dúvidas, foi um singu­
lar despertamento espiritual que
trouxe a Igreja de volta aos pa­
drões da Palavra de Deus,
A reforma deve ser uma cons­
tante nos dias atuais, evitando que
a Igreja assuma padrões contrários
à vontade de Deus e sua Palavra.
----------------------------------------------------------------------------------------------------- 
RESPONDA
1) Que prática da Igreja Romana foi combatida por Lutero por disseminar a Salvação por obras?
2) Que passagem das Escrituras inspiraram os reformadores a declamar o principio "So­
mente pela fé”?
3} Cite um dos principais legados da Reforma Protestante para a Igreja de hoje.
34
IA
LIÇÃO6
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II■”Wi
ORGANIZANDO AS IDEIAS
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PED A G Ó G ICA
Nesta lição, considerando que al­
guns de seus alunos muito provavel­
mente são "craques”em separar a es­
trutura de um sermão, identificando
bem cada um deles, por tantas vezes
assistirem às pregações, é possível
que você não tenha muita dificuldade
em repassar o assunto e ainda conte
com a ajuda deles para isso.
Assim como um bom pregador
da Palavra, você terá que aplicar à
sua aula de hoje a mesma estru­
tura de tópicos que apresentará
durante a aula: introdução, corpo
ou desenvolvimento, e conclusão.
Talvez isso o ajude bastante du­
rante a ministração.
Mostre aos seus alunos que a or­
ganização é um passo muito impor­
tante para todo aquele que almeja
ser entendido. Um discurso bem
preparado pode fazer com que ideias
sejam reavaliadas ou até mesmo mu­
dar radicalmente a vida daqueles
que o ouvem, mudando as intenções
que estavam em seus corações.
OB) ETIVOS
•Compreender que um bom
sermão precisa ser organizado.
•Identificar de modo claro as
várias partes de um sermão.
•Auxiliar na pregação e ensino
das verdades do Evangelho.
PARA CO M EÇA RA AULA
Peça aos alunos que lembrem
de um sermão que ouviram e
que parece não ter chegado a lu­
gar nenhum.
Explique que a Homilética
sozinha não é garantia de mi­
nistério eficiente. Ela ajuda o
pregador (torna mais fácil a
pregação do sermão) e ajuda o
auditório (um sermão bem pre­
parado é mais assimilável).
Muitos sermões falham por
serem absolutamente sem or­
dem. As ideias são confusas e
a pregação perde totalmente o
sentido.
RESPOSTAS DA PÁGINA 40
PALAVRAS-CHAVE
Planejamento • Preparação *
Organização »Aplicação
1) Introdução, corpo ou desenvolvimento e conclusão.
2) Não ficar se desculpando.
3) Recapitulação, aplicação e apelo.
I
Lição 6 - Organizando as Ideias
LEITURA COMPLEMENTAR
Não somente o planejamento é importante para seu ministério
global de pregação, como também é importante para o preparo e en­
trega de cada mensagem que você prega. É impossível plantar, re­
gar e ceifar um sermão bom em cima da hora. isto porque edificar
um sermão é um processo que toca todos os aspectos da vida de um
'"pregador". Como tal, é um processo que se desenvolve durante a
vida inteira.
Um sermão é uma ponte que ajuda a levar as pessoas de onde
estão para onde precisam estar. Um plano bom e matéria em sufi­
ciência ajudarão você a edificar aquela ponte. Um plano ordeiro para
a pregação, que olha para a frente o capacitará a ajudar as pessoas a
crescerem e se desenvolverem espiritualmente. Além disso, enquan­
to você pregar, os grandes temas da Bíblia o desafiarão com cada
mensagem que você pregar, porque todos os sermões podem e de­
vem ter a vitalidade e a novidade que vêm quando o Espírito San­
to nos leva cada vez mais profundamente em nosso conhecimento
de Deus. E o Espírito nos ajudará a aplicar a verdade da Palavra às
nossas vidas. Um plano ordeiro para a pregação, que sempre avan­
ça, também ajudará você a pregar mensagens que são interessantes,
fáceis de serem compreendidas, e fáceis de serem lembradas. 0 seu
povo pode meditar em tais verdades muito tempo depois do eco da
sua voz ter sumido. (...)
Enquanto você se prepara para pregar a mensagem, lembre-se que a
verdade central é como o eixo de uma roda. As várias divisões do corpo do
sermão são os raios da roda. Assim como os raios partem do cubo e para
ele voltam, assim também a autoridade para a verdade de cada divisão
parte da verdade central. E a verdade de cada divisão apela para a verda­
de central como sua prova. Cada divisão do corpo do sermão deve ser um
desenvolvimento da passagem das Escrituras em que é baseada.
Livro: “Homilética: Ministrandoa Palavra de Deus” (ICi, São Paulo, 2007, pág. 139,145).
L________________________________ ___________J
n
Estudada em ___ /___ /
DEVOCIONAL DIÁRIO
ORGANIZANDO
AS IDEIAS
TEXTO ÁUREO
"Chegou a Éfeso um judeu,
natural de Alexandria, chamado
Apoio, homem eloquente e
poderoso nas Escrituras "
At 1824
rHi‘V-
ií5S
.-J
Segunda - 2Tm 2.15
Quemprega precisa conhecer a Palavra
Terça - At 1.8
Quem prega precisa ter unção
Quarta - Rm 1.16
Quem prega deve fazê-lo com fé
Quinta - At 16.13
Quem prega precisa orar
Sexta - At 8.26
Quem prega precisa obedecer
Sábado - At 8.38
Quem prega verá os frutos
LEITURA BÍBLICA
Atos 18.24-26,28
24 Nesse meio tempo, chegou a Éfeso
um judeu, natural de Alexandria, cha­
mado Apoio, homem eloquente e po­
deroso nas Escrituras.
25 Era ele instruído no caminho do
Senhor; e, sendo fervoroso de espírito,
falava e ensinava com precisão a res­
peito de Jesus, conhecendo apenas o
batismo de João.
26 Ele, pois, começou a falar ousada­
mente na sinagoga. Ouvindo-o, porém,
Priscila e Áqüila, tomaram-no consigo
e, com mais exatidão, lhe expuseram o
caminho de Deus.
28 porque, com grande poder, conven­
cia publicamente os judeus, provando,
por meio das Escrituras, que o Cristo e
Jesus.
Hinos da Harpa: 56-65- 127
35
Lição 6- Oryanizando as Ideias
( "
ORGANIZANDO AS IDEIAS
INTRODUÇÃO
L INTRODUÇÃO DA PREGAÇÃO
1 . Tema
2. Texto-base
3. Introdução
II. DESENVOLVIMENTO
1. Tópicos e sub-tópicos
2. Fundamento bíblico
3. Transições
III. CONCLUSÃO
1. Recapitulação
2. Aplicação pessoal
3. Apelo
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
Todo sermão, quer seja temá­
tico, textual, ou expositivo (vere­
mos isso mais à frente), precisa
ser pregado de forma lógica e
organizada. Este é o segredo para
que os ouvintes entendam clara-
mente a pregação. Portanto, é im­
prescindível que o pregador tome
muito cuidado com a estrutura do
seu sermão.
Sabemos que tudo precisa ter
início, meio e fim. Com o sermão
não á diferente. Independente do
tipo de sermão, ele deve ser es­
truturado com pelo menos três
seções distintas: introdução, de­
senvolvimento e conclusão.
Não se deve menosprezar a
importância de nenhuma des­
tas três partes. É o que veremos
nesta lição.
I. INTRODUÇÃO DA
PREGAÇÃO
1. Tema. É o assunto a ser tra­
tado. Deve ser interessante, claro
e breve, para auxiliar a congrega­
ção a entender o que o pregador
quer dizer, evitando divagações.
Pode ser interrogativo ("De
onde virá a nossa salvação?), ou
ainda, afirmativo ("Jesus é o úni­
co que pode salvar!").
Acima de tudo, o tema precisa
ser relevante aos nossos dias.
Fontes para o tema do sermão:
a) As Escrituras - Aproveite o
seu devocional pessoal e selecio-
36
Lição 6 - Oiyanizando as Ideias
ne textos que possam servir de
base para temas.
b) Problemas humanos con­
cretos (medo, desemprego, de­
pressão, entre outros).
c) Datas especiais, da denomi­
nação, do país (Dia das Mães, Pás­
coa, Natal etc.).
2. Texto-base. Texto é a pas­
sagem bíblica que serve de base
F
para o sermão. E uma parte es­
pecífica das Escrituras que de­
sejamos transmitir aos nossos
ouvintes.
0 texto bem escolhido é aque­
le que apresenta a ideia central
do sermão em uma sentença cla­
ra e definida.
F
E o uso do texto bíblico que
dá autoridade ao pregador, dei­
xando claro que aquilo que se
diz vem das Escrituras Sagra­
das. Leve em consideração estas
orientações:
a) Escolha textos claros e que
você conheça bem. Cuidado com
textos obscuros ou controverti­
dos. Lembre-se, acima de tudo, a
sua função é facilitar.
b) Delimite o texto de tal for­
ma que contenha uma unidade
completa de pensamento.
c) Lembre-se que todo texto
tem um contexto. Analisá-lo an­
tes é imprescindível.
d) Estude o texto, se possível,
em várias traduções. É aconse­
lhável, na hora da ministraçâo
utilizar, apenas uma.
3. Introdução da Mensagem.
0 ideal é que a introdução seja algo
que prenda logo a atenção dos ou­
vintes, despertando o interesse
para o restante da mensagem.
Pode começar com uma ilus­
tração, um relato interessante,
sempre ligado ao tema do ser­
mão.
Um outro recurso muito bom
é começar com uma pergunta
para o auditório, cuja resposta
será dada pelo pregador duran­
te a mensagem. Se for uma per­
gunta interessante, a atenção do
povo está garantida até o final do
sermão.
Não é aconselhável ultrapas­
sar os cinco minutos.
Assim como a decolagem é es­
sencial para um voo bem sucedi­
do, da mesma forma toda a aten­
ção precisa ser dada à introdução
de um sermão:
a) Características da boa in­
trodução:
• Desperta a atenção.
• Está ligada ao tema.
• É clara e simples.F
• E breve e direta.
b) Cuidados a tomar na intro­
dução:
• Não ficar se desculpando.
• Não prometer uma grande
mensagem.
• Não tentar impressionar
com palavras difíceis,
• Não sobrecarregar a intro­
dução com muitas informa­
ções.
37
II. DESENVOLVIMENTO
.>
E a mensagem a ser transmiti­
da. Aqui será interpretado o texto
e abordado o tema da mensagem.
0 desenvolvimento do sermão
exige uma atenção especial, pois
a introdução foi um preparo para
este momento, e o que virá após
fechará o assunto.
1. Tópicos e sub-tópicos. São
as divisões, ou seções, do desen­
volvimento de um sermão bem
ordenado. Quer sejam enuncia­
das durante a ministração, quer
não, um sermão corretamente
planejado será dividido em par­
tes distintas que contribuirão
para sua unidade.
Os tópicos e sub-tópicos de­
vem ser claros e simples. Procu­
re seguir um padrão uniforme.
Exemplo: Se a primeira divisão foi
apresentada em forma de pergun­
ta, recomenda-se que os demais
pontos sigam o mesmo padrão.
Não exagere na quantidade de
tópicos e sub-tópicos. Essas divi­
sões devem ser elaboradas har-
monicamente. Em alguns casos,
o próprio texto bíblico já tem sua
própria divisão, que usaremos
para formar os tópicos.
Empregue o menor número
possível de divisões principais.
Vantagens das divisões:
a) Ajudam a esclarecer os pon­
tos do sermão.
b) Ajudam a recordar os prin­
cipais aspectos do sermão.
Lição 6 - Organizando as Ideias
c) Demonstram zelo e organi­
zação por parte do pregador.
A experiência mostra que
sermões organizados e criterio-
samente divididos em tópicos e
sub-tópicos são mais facilmente
lembrados. Todos nós conhece­
mos aquela situação em que as
pessoas que se dizem abençoa­
das pelo sermão, quando per­
guntadas pelo teor da mensagem
já não se lembram, ou se recor­
dam apenas vagamente. Pode até
ser falha de memória, no entan­
to, na maioria dos casos, foi falta
de didática do pregador.
2. Fundamento bíblico. Isso
significa "provar" seus argumen­
tos com versículos pertinentes
ao assunto, porém sem exagero.
Um bom sermão não é necessa­
riamente aquele que usa muitos
textos bíblicos. Lembre-se, nova­
mente, que o objetivo é sempre
esclarecer
jesus Cristo usou a Palavra de
Deus (a Bíblia de que dispunha,
o Antigo Testamento) para com­
bater a Satanás. Também a usa­
va quando pregava. A Palavra de
Deus é a primeira fonte do pre­
gador. Um pregador sem conhe­
cimento da Bíblia não chegará a
lugar algum.
3. Transições. As transições
são responsáveis por conectar
todos os tópicos de um sermão,
fazendo com que o tema flua na­
turalmente. Na transição de um
38
Lição 6 - Oiyanizando as Ideias
tópico para outro utilize pergun­
tas sobre o que foi falado, para
o ouvinte refletir sobre o tópico
em sua vida pessoal e, em se­
guida à pergunta, faça uma 'afir­
mação do tópico', por exemplo:
'Você tem fé?'; 'Creia, pois tudo é
possível ao que crê!'. Certamente
você ouvirá muitos 'améns' após
esta parte e estará pronto para o
próximo tópico.
Não demore muito em um tó­
pico pois seu tempo ficará com­
prometido nos tópicos seguintes.
A duração de um sermão deve
ser de trinta a quarenta e cinco
minutos. Já um estudo bíblico,
pode durar uma hora, aproxima­
damente. É claro que o Espírito
Santo pode quebrar esses limi­
tes, mas precisamos ter certeza
de que é Ele mesmo quem está
fazendo isso.
IIL CONCLUSÃO
É um resumo do sermão, uma
recapitulação e reafirmação dos
argumentos apresentados. É uma
espécie de sobremesa após o pra­
to principal, Uma boa conclusão
normalmente contém os seguin­
tes elementos: Recapitulação,
Aplicação e Apelo.1
1. Recapitulação. É a reafirma­
ção dos argumentos apresentados.
Aqui devemos ser extremamente
cuidadosos, pois é o momento de
dizer onde chegamos.
Não se deve acrescentar ma­
térias ou ideias novas apenas re­
sumidamente mostrar por aonde
se andou.
2. Aplicação pessoal. Uma
boa conclusão, além de clara, tam­
bém deve ser direta e pessoal, ou
seja, pessoaliza-se o sermão aqui.
Cada ouvinte deve saber que está
se falando especialmente para ele,
É o momento de persuadir amoro­
samente os ouvintes a praticarem
o que se ouviu. Deve ser dirigida
a todos, com muito entusiasmo
apelando à consciência e aos sen­
timentos de cada um.
3. Apelo. Após a "amarração"
final, chega-se ao apelo. 0 assun­
to está encerrado e pode-se fazer
o apelo. Todo pregador que deseja
alcançar êxito em ganhar almas
não o alcançará a menos que cada
vez que pregue, ao finalizar o as­
sunto, faça um fervoroso apelo.
Exemplos bíblicos:
a) "Escolhei, hoje, a quem sir­
vais" (Js 24,15).
b) "Quem é do SENHOR venha
até mim" (Êx 32.26).
c) "Vinde a mim" (Mt 11.28).
d) "Eis que estou à porta e
bato" (Ap 3.20).
É muito importante que o
apelo leve a uma manifestação
pública, seja ela: levantar a mão;
ficar em pé; vir à frente; ajoe-
lhar-se para oração; preencher
um cartão.
Apele com confiança, e não
desista logo. Muitos demorarão a
39
Lição 6 - Organizando as Ideias
C EXEMPLO DE ESBOÇO
( ---------------------------------------------------------------------------------->
FAMÍLIA, ALIANÇA DE
AMOR E VIDA (Ef 5.25-6.2)
INTRODUÇÃO
tomar uma decisão, por isso você
deve dar-lhes tempo.
Acima de tudo, e principal­
mente, lembre-se de que é o Es­
pírito Santo quem convence o
homem do pecado, da justiça e do
juízo (Jo 16.8).
L A FAMÍLIA NA BÍBLIA
1. Origem da família Gn 1.26-28
2. Queda da família Gn 3.6
3. Propósito imutável Gn 1.28
É. RESTAURAÇÃO DA FAMÍLIA
1, Corrupção da família Tg 1.15
2, Compromisso de Deus At 16.31
3, Salvação da família Gn 7.1
III. OS MEMBROS DA FAMÍLIA
1. Esposo Ef 5.25
2. Esposa Ef 5.22
3. Pais Ef6.4
4. Filhos Ef 6.1,2
CONCLUSÃO
r : -------------------------- 
APL1CAÇAO PESSOAL
Cada crente é"filho(a) de Deus",
literal mente; sua vida é como uma
"carta" de Cristo, conhecida e "lida"
por todos. Que a mensagem de
nossa vida seja abençoada e aben-
çoadora, de tal modo que muitos
encontrem o Caminho através do
j
( A
RESPONDA
1) Quais as três seções distintas de um sermão?
2) Cite um dos cuidados que se deve tomar na introdução de um sermão.
3) Quais elementos devem ser considerados na conclusão da mensagem?
•
V.
40
Revista da Escola Dominical - Reforma Protestante 500 Anos - Todos Podem Pregar - Assembleia de Deus - Igreja Mãe - Belém - PA
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Revista da Escola Dominical - Reforma Protestante 500 Anos - Todos Podem Pregar - Assembleia de Deus - Igreja Mãe - Belém - PA

  • 1. TESES DE LU TER O REVISTA DA ESCOLA DOMINICAL Lições Bíblicas para culto doméstico, devocíonai e pequenos grupos PROFESSOR reforma protestante ENCARTE BÔNUS t o d o s p o d e m p r e g a r r r -
  • 2. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTINUADA m a t r i z C u r r i c u l a r B Á S I C O DE T E O L O G I A AREAS DE ESTUDO • □ 1 t M B A ■ PRÁTICA ESTUDOS DESENVOLVIMENTO EVANGELIZAÇÃO M INISTERIAL BÍBLIC OS ESPIRITUAL EMISSÕES IoANO ACONSELHAMENTO E ÉTICA CRISTÃ VENCENDO AS CRJSE5 HA VIDA NOVO TESTAMENTO REINO, TÜDER E GLORIA O ESPIRITO SANTO AÇÀO. FRUTO. BATISMO í DONS LIDERANÇA INSPÍRADORA 2oANOS P 1’ESSOAS TAREFAS EALVOS AN TIGO TESTAMENTO A BIBLIA QJJL IESUS LIA CRESCIM EN TO SERVIÇO DO CRISTÃO MATURIDADE E MORDOMIA MISSÕES NACIONAIS E ESTRANG EIRAS H IST Ó R JA DA ASSEMBLEIA DE DEUS ESCALO LOG IA BÍBLICA REVELAÇÃO DO FUTURO FAMÍLIA f o r t a l e c e n d o a f a m íl ia C i d a d a n i a e RESPONSABILIDADE SOCIAL DA IGREJA 5oANO É Je s u s R O M A N O S SANTI F1C AÇÃO CRESCIMENTO E ORGANIZAÇÃO DA IGREJA Central de Atendimento: (91) 3110-2400. www.educacaocristacontinuada.com.br
  • 3. R E V I S T A D A ESCOLA DOMINICALESTUDOS BÍBLICOS TAMBÉM PARA CULTO DOMÉSTICO, DEVOCIONAL E PEQUENOS GRUPOS DATA .../.__/_____ LIÇÃO 1 500 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE....................... 5 __ /____/.____ LIÇÃO 2 TODOS PODEM PREGAR..................................................... 11 __ __________ LIÇÃO 3 AGORAÉAMINHAVEZ..........................................................17 __ /____/.____ LIÇÃO 4 HOMILÉTICA, AARTE DE PREGAR E ENSINAR.............23 __ __________ LIÇÃO 5 REFORMAPROTESTANTE: ENSINO E LEGADO.................29 __ /____ /____ LIÇÃO 6 ORGANIZANDO AS IDEIAS................................................. 35 /____/,____LIÇÃO 7 TIPOS DE SERMÃO...............................................................41 /____/____LIÇÃO 8 PODER DE DEUS NA MENSAGEM.....................................47 __ /_/._____ LIÇÃO 9 PREGAÇÃO E SEUS DESAFIOS ATUAIS............................53 __ /...._______ LIÇÃO 10 SINAL VERMELHO NO PÚLPITO......................................59 __ /____/.____ LIÇÃO 11 ENSINO EDISCIPULADO QUE FUNCIONAM................. 65 __/.— /....... LIÇÃO 12 OALUNO, O PROFESSOR EA AULA..................................71 — ------- LIÇÃO 13 0 PREGADOR PENTECOSTAL........................................... 77 Philips Câmara é Bacharel em Teologia e Ministério Pastoraf e Bacharel em Administração. É Pastor da Assembleia de Deus em São José dos Campos-SP. Casado com Luana, tem dois filhos: Sarah e Samuel Neto.
  • 4. ^ 500 ANOS DA REFORMA^ Ao celebrarmos os 500 anos da Reforma Protestante, incluímos duas lições comemorativas nesta revista e percebemos que um dos grandes lega­ dos da Reforma é a afirmação de que a Igreja como uma comunidade, per­ tence a todos os membros, e não só a uma classe exclusiva de sacerdotes. O sacerdócio é de todos. A Reforma Protestante foi um gran­ de avivamento orquestrado pelo Espírito de Deus trazendo refrigério para a igreja com um novo modelo de culto, no idio­ ma comum do povo, com a Bíblia na mão do povo e hinos cantados peio povo. Foi uma reforma essencialmente herme­ nêutica e homilética; isto é, uma reforma quanto à interpretação da Bíblia e à for­ ma de proclamação da mensagem divina por todos os cristãos para todo o mundo. Tudo a ver com estas lições de homilética que estudaremos. Lutero ensinou que a pregação deve alcançar o homem atual, ser apresentada de maneira simples para o povo comum assimilar, sem exibicio­ nismos ou arrogância teológica. Festejando os 500 anos da Retor- ma, mãos à obra, o sacerdócio é de to­ dos, você pode sim, pregar. EXPEDIENTE Conselho Editorial Samuel Câmara. Oton Alencar, Jonatas Câmara, Rui Raiol, Celso Brasil, Philipe Câmara. Benjamin de Souza. Editor Samuel Câmara Editor Assistente Benjamin de Souza Coordenador Editorial Eliéri Bogo Equipe Editorial Antonio de Pádua Rodrigues, Gerson Araújo. João Pedro Gonçalves, Marcos Jorge Novaes. Marcos José de Oliveira, Marcos Ribeiro Pires, Rodolfo Nascimento Silva. Tiago Sampaio Espíndola. Valdez José de Souza Barbosa Supervisão Pedagógica Faculdade Boas Novas (FBN) e Seminário Teológico da Assembleia de Deus (SETAD) Repertório Musical Rebekah Câmara Revisores Jailson Melo e Auristela Brasileiro Distribuição e Comercial Jadiel Gomes Editoração e Projeto Gráfico Neí Neves, Maely Freire e Tank Ferreira Conteúdo Digital e Imagens Jeiel Lopes Versão bíblica: Almeida Revista e Atualizada, salvo quando indicada outra versão. ©2017. Direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou total desta obra, por qualquer meio, sem autorização por escrito da Assembleia de Deus em Belém do Pará e do autor oos comentários e adaptações. Programa de Educação Cristã Continuada. Avenida Governador José Malcher, 1571, Nazaré. ) CEP: 66060-230. Belém - Pará - Brasil. Fone: (91) ^ 3110-2400. E-mail: comercial@adbelem.org.br. [LÉTICA & REFORMA PROTESTANTE LIVROS PARA LEITURA COMPLEMENTAR Esta revista usa com o base os livros "H om ilética: M inistrando a Pa­ lavra d e Deus", d e Ernest Pettry, p u b lic a d o peio Instituto Cristão Internacional (ICIJ. C am pinas (SP), 2008 e Reforma Protestante: História, ensino e le g a d o , d e G ilm ar Vieira Chaves, p u b lica d o p e la editora C entral Gospel, Rio de Janeiro, 2017, Pedidos: (91)3110*2400 4
  • 5. LIÇAO 1 1 500 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR ORIENTAÇAO PEDAGÓGICA Amado Professor, chegamos a mais uma série de iições tendo a oportunidade única de ceiebrar com nossos alunos os 500 Anos da Reforma Protestante, ao mesmo tempo em que será um momento propício para o Espírito Santo fa­ zer arder a chama da Pregação no coração deles. Aproveite para se especiali­ zar um pouco mais sobre a Idade Média e a história da Igreja nesse período, a fim de contextualizar a Reforma Protestante. Destaque a importância da Re­ forma Protestante que, além de trazer uma nova forma de inter­ pretar a Bíblia, nos deu uma nova forma de proclamação da mensa­ gem divina. Enfatize que a partir desse momento a Bíblia passou a ser considerada como a única fonte legítima de norteamento da fé e da prática cristãs. Ela que é a nossa espada em meio às lutas da vida. OBJETIVOS •Assimilar os fatos que favore­ ceram a Reforma Protestante. •Compreender o nosso tempo e as necessidades da Igreja atual. •Entender como a Reforma al­ terou a história. PARACOMEÇAR A AULA Traga para a sala de aula al­ gumas cópias das 95 Teses, dis­ tribua entre os alunos ou fixe-as em um quadro para que possam ter contato com o documento. Dê cinco minutos para que possam escolher uma das te­ ses, e ao final da aula peça que alguns deles comentem comple­ mentando com o que aprende­ ram na lição. PALAVRAS-CHAVE Reforma * Contexto Histórico Precursores RESPOSTAS DA PAGINA 10 1) Fragmentação política e enfraquecimento do autoritarismo da Igreja Católica. 2) John Wycliffe, John Huss e Girolamo Savonarola. 3) A Bíblia como sua intérprete e única fonte de revelação. I
  • 6. Liçõo 1 - 500Anos da Reforma Protestante LEITURA COMPLEMENTAR A Reforma Protestante foi um dos eventos mais marcantes na história recente da humanidade. Não é exagero afirmar que, para compreender o tempo presente, faz-se necessário conhecer o Movimento Reformador. Seus desdobramentos alcançaram a massa populacional europeia (onde o fenômeno teve início) e abalaram os pilares de todo mundo me­ dieval. O Movimento não foi apenas religioso, mas envolveu aspectos po­ líticos, econômicos, sociais, culturais e filosóficos da Europa. A Reforma também gerou as igrejas chamadas evangélicas aqui no Brasil. Logo, para construir sua identidade de fé e saber de onde veio e para onde vai, o cristão protestante precisa estudar sua história, refletir sobre seus tratados doutrinários e aplicar seus princípios à vida(,„). Desde a Antiguidade até o século 16, a Igreja sofreu grandes e drás­ ticas transformações no campo doutrinário. No processo histórico, além de se adaptarem aos paradigmas religiosos dos povos circunvizinhos, os cristãos — na ânsia de encher os templos — acabaram renunciando aos princípios bíblicos, para incorporar práticas pagãs em seus cultos(...). Digno de nota foi o famigerado pagamento de indulgências. Lute- ro combateu veementemente este ensino, que foi um dos motivos para redação de suas 95 Teses. Naquela época, o clero romano estava empe­ nhado na reconstrução da Basílica de São Pedro em Roma. Os fiéis foram induzidos a fazer suas doações, e, quando suas ofertas eram colocadas no gazofilácio, o ofertante, automaticamente, era declarado perdoado dos seus pecados. Os valores doados eram proporcionais à gravidade da falta cometida(...). Para piorar a questão, a missa deixou de ser conduzida na linguagem do povo. 0 latim, antigo idioma romano, cristalizou-se como linguagem cúltica e sagrada — havia, inclusive, aqueles que diziam ser o latim a lín­ gua dos anjos, falada nos céus. A Bíblia e os tratados teológicos produzi­ dos à época, ainda que raros, eram escritos nessa língua. Logo, quase a to­ talidade da população europeia, que já não sabia ler ou escrever, também não tinha acesso à Bíblia em seu idioma — e muito menos entendia o que se passava durante o culto. Livro: “Reforma Protestante: História, ensino e legado“ (Central Gospel, Rio de Janeiro, 2017, pgs. 15,18,19) v _____________________________________________________________________________________ [[
  • 7. Estudada em ___ /___ / 500 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE Texto á u reo 'Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: Ojusto viverá por fé." Rm 1.17 -JÎïiiU' VERDADE PRÁTICA Conhecer a história da Reforma nos ajuda a compreender melhor a igreja no presente. DEVOCIONAL DIÁRIO Segunda - lTm 2.5 Jesus é o nosso único mediador Terça-At 4.11 Cristo é a pedra fundamental da Igreja Quarta -1 Jo 1.9 Deus é fiel ejusto paraperdoar pecados Quinta - Mt 10.8 Agraça de Deus não tem preço Sexta - Hb 4.15#16 Acesso àgraça por meio de Cristo Sábado - At 15.8-11 Salvos pela graça de Jesus LEITURA BÍBLICA Romanos 1.16-20 16 Pois não me envergonho do evan­ gelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, pri­ meiro do judeu e também do grego; 17 visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: Ojusto viverá por fé. 18 Aira de Deus se revela do céu contra toda impiedadee perversãodos homens que detêm averdade pela injustiça; 19 porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, por­ que Deus lhes manifestou. 20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, cla­ ramente se reconhecem, desde o prin­ cípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; Hinos da Harpa: 581 - 330 - 15 5
  • 8. Lição 1 - 500Anos da Reforma Protestante ( > 5 0 0 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE INTRODUÇÃO L ANTECEDENTES DA REFORMA 1. Antecedente Político 2. Antecedente Geográfico 3. Antecedente Religioso II. PRECURSORES DA REFORMA 1John Wycliffe (1324-1384) 2. John Huss (1369-1415) 3. Girolamo Savonarola (1452-1498) III. A REFORMA 1, Romanos 1,17 2, As 95 Teses INTRODUÇÃO No início do Século XVI, o mundo estava no limiar de grandes mudan­ ças, especialmente as concernentes à vida religiosa, as quais alterariam para sempre a forma de vermos a vida e o mundo ao nosso redor. A Reforma Protestante foi uma das principais, sendo ela mesma o re­ sultado de uma série de fatores. Adata histórica da Reforma Pro­ testante, protagonizada por Mar- tinho Lutero é 31 de outubro de 1517, portanto, em 2017, grandes eventos ocorrem em todo o mundo celebrando os 500 anos da Reforma. Nós também fazemos nossa home­ nagem incluindo nesta revista duas lições especiais sobre o terna. I. ANTECEDENTES DA REFORMA 3. Efeito das Teses APLICAÇÃO PESSOAL A Idade Média, chamada de Idade das Trevas, na realidade, foi o período de gestação e amadure­ cimento da grande civilização cris­ tã que surgiu a partir da Reforma. 1. Antecedente Político, As mudanças ocorrem com o surgi­ mento das nações-estados, quando a Europa começa a se fragmentar em países politicamente indepen­ dentes uns dos outros (por exem­ plo: Inglaterra, França, Espanha, Portugal etc.), livres e soberanos, não mais subordinados a um poder central e dominador, anteriormen­ te representado pelo papado. 6
  • 9. Lição 1 - 500Anos da Reforma Protestante A despeito disso, o poder dos soberanos precisava da legitimação da Igreja, que conferia um caráter de "ordenação divina" às monar­ quias europeias. Isso tudo ocorria em meio a grande corrupção. 2. Antecedente Geográfico. As grandes navegações realizadas por Portugal e Espanha, que logo se tornaram duas superpotências, desencadearam as grandes des­ cobertas de novas terras, fazendo com que o mundo não se limitasse mais à Europa. 0 "novo mundo" trouxe no­ vos horizontes de conquista e ex­ pansão, com seus desafios e pro­ blemas, mas também com suas enormes riquezas, e com isso, o favorecimento da troca de ideias que desencadearam novos proces­ sos de entendimento da vida nos aspectos sócio-políticos, econômi­ cos e religiosos. 3, Antecedente Religioso. As mudanças políticas e geográficas forneceram as bases para a mu­ dança religiosa, em contraposição ao autoritarismo da Igreja Católica Romana, que se tornou insusten­ tável. De certa forma, ficou paten­ te que o Catolicismo Romano não mais preenchia os anseios espiri­ tuais do povo - que se sentia opri­ mido e buscava uma religião mais prática e satisfatória tampouco respondia às suas indagações e expectativas quanto ao futuro e a eternidade. Nesse ambiente vicejou uma indefectível reforma religiosa, cujo escopo tinha a finalidade de levar as pessoas a se aproximarem de Deus "sem outros intermediá­ rios" e tão somente através de um relacionamento íntimo com Ele através da fé em Jesus Cristo: esse foi o âmago da Reforma! II. PRECURSORES DA REFORMA O Papa se considerava o único intérprete legal da revelação divina, A população era mantida na igno­ rância e alimentada com todo tipo de crendices, superstições, medo do inferno, e também na "compra” de um lugar no céu através das Indul­ gências. Nesse cenário surgem mui­ tos personagens combatendo estes erros, dentre os quais: 1, John Wydiffe (1324-1384). John Wydiffe nasceu na Inglaterra em 1324. Ele foi aluno e profes­ sor da Universidade de Oxford e é considerado um dos precursores da Reforma Protestante. Wydiffe deixou dezenas de obras escritas, além da primeira tradução da Bí­ blia para o inglês. Seu intuito era oferecer ao povo uma Bíblia isenta da manipulação católica, que in­ cluía os livros apócrifos. Ensinou de forma enfática o sa­ cerdócio universal dos crentes, que preconizava que qualquer pessoa pode comunicar-se com Deus, sem a mediação da Igreja (lTm 2.5). 7
  • 10. Lição 1 - 500Anos da Reforma Protestante Combateu as distorções do catoli­ cismo, condenando o pagamento de indulgências e a corrupção geral do Clero. Ele pregava a moralização da igreja e o afastamento das lide­ ranças comprometidas com práti­ cas sabidamente pecaminosas. Era um teólogo extraordinário que pregava a autoridade supre­ ma das escrituras na vida cristã, contestando a posição tradicional da Igreja Católica. Combatia terminantemente a condição do Papa como substitu­ to de Pedro e cabeça da igreja (Mt 16.18}, reafirmando que o cabeça da igreja é Cristo (Ef 1.22,23). 2. John Huss (1369-1415). Huss nasceu na cidade de Husinec, a 75Km de Praga, na República Tcheca. Estudou na Universidade de Praga, onde foi também pro­ fessor e reitor; foi um grande pen­ sador cristão, além de importante precursor da Reforma. Os escritos de )ohn Wycliffe cau­ saram profunda impressão em John Huss, que combateu o pagamento de indulgências — prática que conside­ rava sem valor algum para o perdão divino — e a corrupção do clero ca­ tólico. Em 6 de julho de 1415, na ci­ dade de Constança, foi condenado e queimado vivo em praça pública, Enquanto chamas consumiam seu corpo, ele entoava hinos de adoração ao Senhor. Dizem que, an­ tes de morrer, Huss vaticinou que aqueles homens estavam queiman­ do um ganso (hus, na língua boê- mia, significa ganso), mas cem anos depois apareceria um cisne, e esse, ninguém poderia segurar. Muitos referem essa profecia à figura do Reformador Martinho Lutero. 3. Girolamo Savonarola (1452-1498). Savonarola nasceu em Ferrara, Itália, em setembro de 1452. Desistiu da Medicina para dedicar-se à vida religiosa, basean­ do suas ações em Florença. Savo­ narola atacou o mau-caráter e os desmandos do Papa Alexandre VI. Ficou conhecido por conside­ rar-se um profeta e por ter queima­ do um grande volume de obras de artee íívros, por entender serem de natureza imoral. Ele não se opunha a todas as criações artísticas, mas reprovava aquelas que promoviam imoralidade ou retratasse de modo impróprio as figuras bíblicas. 0 Vaticano passou a conside­ rá-lo um inimigo, excomungou-o e em 23 de maio de 1498, Savo­ narola foi condenado à morte por enforcamento em praça pública na cidade de Florença, tendo o seu corpo queimado posteriormente. III. A REFORMA A Reforma Protestante atingiu o âmago do poder da Igreja, motivo pelo qual foi tão ferozmente perse­ guida. O ponto central da Reforma de Lutero foi não mais reconhecer a Igreja Católica como a intérprete exclusiva das Escrituras, propondo a Bíblia como a única fonte de Re- 8
  • 11. Lição 1 - 500Anos da Reforma Protestante velação e a melhor intérprete de si mesma. Este é, sem dúvida, o ponto mais importante para a história da civilização ocidental. 1. Romanos 1.17. 0 entendi­ mento de Romanos 1.17, por Lute- ro, foi decisivo para a Reforma. A expressão "justiça de Deus" trazia grande tormenta à sua alma, pois o fazia pensar que ninguém pode­ ria justificar-se diante de Deus, ou seja, ele estava condenado ao in­ ferno, como se ensinava na época. Foi então que, meditando sobre o texto, entendeu que a justiça de Deus não se referia ao castigo divi­ no, mas sim ao fato de a justiça do justo não ser obra dele próprio, mas sim de Deus. A fé e a justificação do pecador são dons gratuitos de Deus. Em decorrência dessa conclusão, Lutero disse: "Senti que havia nascido de novo e que as portas do Paraíso me haviam sido abertas, Todas as Escri­ turas tinham novo sentido. Apartir de então, a frase "a justiça de Deus" não me encheu mais de medo e ódio, mas se tomou indizivelmente doce em vir­ tude de um grande amor" Por mais de mil anos a igreja Católica disseminou o ensino de que a salvação era alcançada por fé e obras, bem como por meio da participação de 7 sacramentos administrados pelos sacerdotes. Dessa forma, a nova descoberta de Lutero era algo absolutamente dis­ tante da consciência das pessoas, que em sua grande maioria, nem sabiam ler e apenas aceitavam por fideísmo no que a igreja lhes impu­ nha, a qual era também dedentora da Bíblia unicamente no Latim. 2. As 95 Teses. Umobscuro mon­ ge chamado Martinho Lutero, em 31 de outubro de 1517, afixou um do­ cumento composto de 95 Teses na porta da Catedral de Wittemberg, na Alemanha, no qual conclamava a Igreja a voltar à obediência da Pala­ vra de Deus e às práticas evangélicas da Igreja Primitiva, conforme cons­ tam nas Sagradas Escrituras. Esse evento simples, normal­ mente utilizado por aqueles que queriam discutir pubiicamente al­ guma proposta acadêmica de cunho bíblico ou teológico, tomou um vo­ lume descomunal, até que desenca­ deou o que conhecemos historica­ mente como a Reforma Protestante. O documento com as 95 Teses afixado por Lutero na porta da Ca­ tedral de Wittemberg trazia o se­ guinte enunciado: "Por amor à verdade e movido pelo zelo de elucidá-la, será dis­ cutido em Wittemberg, sob a pre­ sidência do Rev. Padre Martinho Lutero, mestre das Artes Livres e professor catedrático da santa Teo­ logia ali mesmo, o que se segue. Pe­ de-se, que aqueles que não pude­ rem estar presentes para tratarem do assunto verbalmente conosco, o façam por escrito. Em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.” 3. Efeito das Teses. O efeito destas teses (a serem estudas na 9
  • 12. Lição 5) foi tão inesperado, que não ficou só entre os letrados, em pou­ cas semanas as mesmas se espa­ lharam por toda a Alemanha e para outras partes da Europa, chegando ao conhecimento do povo em geral. Foi então que o povo passou a sentir que nestas teses se anunciava uma libertação do jugo de um siste­ ma clerical que, em vez de servir, do­ minava as almas de todos os fieis. Isso desencadeou a Reforma Protestante. já faz 500 anos. As teses de Lu- tero eram curtas mas profundas,.Os efeitos da Reforma revolucionaram a Igreja, principalmente por ter com­ batido a ideia de que só o Papa e seus sacerdotes podiam terem mãos a Bí­ Lição 1 - 500Anos do Reforma Protestante blia e interpretá-la. Osacerdócio é de todos os cristãos, Todos devem ter em suas mãos a Bíblia, todos podem conhecer e pregar a Palavra. Na lição 5 voltaremos aos 500 anos da Reforma, com mais detalhes. r : a APLICAÇAO PESSOAL Entender os antecedentes da Reforma pode nos ajudar a com­ preender o nosso tempo e as gran­ des necessidades da Igreja atual, para que a nossa geração também possa avançar na Reforma ou fa­ zer uma nova, se necessário. v _________________________________ ---------------------------------------------------------------------------------------- ---- RESPONDA 1) Q uais fatores deram base à Reform a Protestante na Europa? 2) Cite o nome dos principais precursores da Reforma Protestante. 3) Qual foi o ponto central da Reforma de Lutero7 VOCABULÁRIO: *Indefectível: que não se pode destruir, que sempre existirá; eterno, imutável, indestrutível, imperecível, • V icejar: ter viço ou dar viço a; desenvolver oom força; manifestar-se com força e copiosamente. AS 95 TESES DE LUTERO Confira a íntegra do docum ento no encarte desta revista. 10
  • 13. SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, que bom encon­ trá-lo em mais um trimestre da Escola Dominical, tendo a opor­ tunidade de ensinar sobre a Ho- miiética de uma forma mais aces­ sível aos seus alunos. Este é um assunto relevante para a Igreja. Iniciar o estudo das 13 lições com o tema Reforma Protestan­ te 500 Anos; Todos Podem Pregar facilitará a aproximação com o tema geral desta revista, ajudan­ do na compreensão de seus alu­ nos sobre a pertinência do assun­ to para a prática crista, mesmo que alguns digam não serem cha­ mados para pregar. Faça com que entendam que não precisam subir no púlpito da igreja, mas que haverá situa­ ções em que terão que "manu­ sear bem a PalavraJJ, pois todos fomos comissionados a pregar o Evangelho. PALAVRAS-CHAVE Pregação • Vocação • Mensagem OBJETIVOS •Entender que todos podem e devem pregar. •Compreender o ouvinte como destinatário da mensagem. •Saber da importância da mensagem pregada. PARACOMEÇARA AULA inicie a aula dando as boas-vin­ das aos seus alunos, em seguida leia com eles o Sumário, apresen­ tando cada üção. Antes de começar a exposição pergunte quais deles se sentem voca­ cionados para pregar a Palavra para um público maior. E para uma pessoa ou pequeno grupo. Depois, pergun­ te quantos desses têm se preparado para isso e, por último, quantos têm exercido na prática o seu chamado. Note que o levantar das mãos vai diminuindo conforme vão se dando as perguntas. Conscíentize- -os sobre a importância do chama­ do que receberam e que a todos foi dada a Grande Comissão. RESPOSTAS DA PAGINA 16 1) A pregação da Palavra 2) Preparar-se e colocar em prática o seu chamado. 3J Ser alcançado e transform ado. I
  • 14. Lição 2 - Todos Podem Pregar LEITURA COMPLEMENTAR De todos os temas da pregação bíblica, nenhum é mais importante do * que comunicar as boas novas da salvação. E básico, porque sem a mensa­ gem da salvação, não há razão de ser para outras mensagens. Jesus orde­ nou Seus seguidores: "Portanto ide, ensinai todas as nações", proclaman­ do a mensagem de salvação como testemunho a toda a humanidade (Mt 28.19; 24.14). Além disto, Jesus tornou clara a questão em jogo: "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado" (Mc 16.16; Jo 3.15-21, 36). Nada menos do que a vida eterna versus a morte eterna está em jogo quando a mensagem da salvação é pregada. Ao apresentar a mensagem da salvação, duas coisas devem ser enfa­ tizadas: 1) que todas as pessoas são pecadoras, e 2) que Cristo é o Seu Salvador Muitas pessoas, no entanto, não compreendem seu problema nem aquilo que pode transformar a sua situação. Devemos mostrar-lhes que o problema é que todos pecaram. 0 pecado de Adão atingiu a todas as pessoas, porque Adão foi a cabe­ ça que representou a totalidade da raça humana. Quando ele caiu, a raça caiu, e todas as pessoas herdaram uma natureza pecaminosa. A natureza pecaminosa é a causa da teimosia das pessoas, da sua rebeldia, e da sua desobediência para com a lei de Deus (G1 5.19-21). A natureza pecamino­ sa, pois, leva as pessoas a cometerem atos pecaminosos. 0 resultado do pecado das pessoas é a separação de Deus e entre si mutuamente. Por causa da sua natureza pecaminosa, as pessoas são cor­ ruptas. Cada parte da sua natureza humana - as emoções, o intelecto e a vontade - tem sido afetada. São totalmente indefesas e incapazes de sal­ var a si mesmas. Suas mentes ficaram tão corrompidas pelo pecado que não podem compreender nem apreciar as coisas espirituais (ICo 2.14). Para elas, as coisas espirituais são estultas, não são razoáveis. Sem o en­ tendimento espiritual, não podem captar as coisas de Deus. Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus” (ICl, São Paulo, 2007, págs. 107,108). ___________________________________________________________________ :_______/ li
  • 15. LIÇÃO 2 TODOS PODEM PREGAR T exto á u r e o ''Vós sois testemunhas destas coisas" Lc 24.48 Estudada em ___ /___ /____ ( ^ DEVOCIONAL DIÁRIO Segunda - Mc 16.15 Pregação, uma ordem divina Terça - Jo 15.16 Pregador, uma escolha divina Quarta - 2Tm 1.9 Pregar, uma vocação divina Quinta - ls 52.7 Pregando as boas novas Sexta - ICo 2.4 Pregando com poder Sábado - Rm 10.14 Pregar, uma necessidade LEITURA BÍBLICA Lucas 24.45-49 45 Então, lhes abriu o entendi­ mento para compreenderem as Escrituras; 46 e lhes disse: Assim está escri­ to que o Cristo havia de padecere ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia 47 que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, co­ meçando de Jerusalém. 48 Vós sois testemunhas destas coisas. 49 Eis que envio sobre vós a pro­ messa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder. Hinos da Harpa: 93 - 115 - 167 v_________________________________j i i
  • 16. Lição 2 - Todos Podem Pregar r " " ^ TODOS PODEM PREGAR INTRODUÇÃO L O PREGADOR 1. Chamada gera! e específica Mc16.15 2. Preparo 2Tm2.i5 3. Prática 2Tm22 IL A PREGAÇÃO 1. Pregação e exemplo 2Tm2lS 2. Importante missào Mt28.20 3. Mensagem inspirada 1Co2A INTRODUÇÃO Queremos, através destas li­ ções, mostrar que você, homem ou mulher, pode e deve pregar o Evangelho. Pregar a Palavra de Deus, além de um privilégio, é uma ordem do maior pregador da História, Jesus Cristo: 'Ide por todo 0 mundo e pregai 0 Evange­ lho a toda criatura"' (Mc 16.15). A pregação é 0 instrumento que Deus mais usou, continua usando e sempre usará para tra­ zer homens à Salvação. Esta missão não é exclusivi­ dade de pastores e mestres. Todo filho de Deus recebeu poder para esse intento, daí a importância de estudar a Homiiética, IIL OOUVINTE 1. Precisando de Deus Lc24.47 2. Alcançado pela Palavra Rm1.16 3. Transformado pela Palavra At2.37-41 APLICAÇÃOPESSOAL L O PREGADOR O pregador precisa tomar a verdade de Deus e torná-la parte de sua experiência própria a fim de, quando falar, seja Deus quem fale através dele. 1. Chamada geral e especí­ fica. Embora reconheçamos que haja um chamamento especial de Deus para determinadas pessoas se tornarem pregadores, também sabemos que esta tarefa não é uma exclusividade de pastores e mestres. Todo filho de Deus re­ cebeu 0 sagrado privilégio de mi­ nistrar a Paiavra de Salvação aos pecadores. Pregar não é simples­ mente uma escolha; é uma voca­ 12
  • 17. ção divina e#portanto, irrevogável (ICo 9.16). Nâo é para trazer fama ou ganhar dinheiro; é para trazer vidas ao genuíno conhecimento das verdades de Deus. Aquele que ministra deve ter consciência que sua vida nesta terra tem um propósito. Quando essa chama arde em seu coração, ele sabe que se não cumprir seu chamado haverá um vazio em seu coração. É notório que quando alguém é vocacionado, sua men­ te, suas emoções, seus sonhos e seus desejos são o de alcançar vi­ das para o reino de Deus. Oramos para que isto aconteça com você (Mc 16.15; Jo 15.16). 2. Preparo. Deus vocaciona e chama, porém cabe ao homem preparar-se. Paulo foi chamado por Jesus para anunciar o Evange­ lho, porém passou quatorze anos preparando-se para isso (G1 2.1). Aquele que é chamado para anun­ ciar a Palavra deve ter consciência que milhares de pessoas precisam ouvir o que virá de seus lábios, por­ tanto, não é de qualquer jeito. Deve ter toda uma preparação física, emocional e espiritual (2Tm 2.15). 0 chamado pode ser feito do dia para a noite, em um momen­ to específico, porém a preparação não; é algo constante, para ser fei­ to no dia a dia. Sem uma prepara­ ção adequada ninguém irá muito longe. A preparação é muito mais que embasamento teórico. Eia é prática, como um dia declarou o Lição 2 - Todos Podem Pregar Nada deveria ser o alvo do pregador a não ser a glória de Deus através da pregação do Evangelho da salvação" (C. H. Spurgeon) grande cientista Albert Einstein: "Minhas grandes descobertas pos­ suem um segredo: 10% são inspi­ ração, e 90% transpiração". Tra­ balho, e trabalho árduo, é a razão das grandes conquistas. Deus faz o chamado e espera que o homem corresponda a esse chamado, e as­ sim prepare-se para o mesmo. 3. Prática. Uma vez que Deus chama, e o homem se prepara, o que vem a seguir? Chegou a hora de colocar em prática. A prática nada mais é do que agir e transmi­ tir aos ouvintes (2Tm 2.2). A prega­ ção visa alcançar todas as pessoas. O pregador não é um mero transmissor de ideias, mas um exemplo vivo do poder de Deus para a salvação. Aquele que vai transmitir a mensagem deve sa- ber que é o canal de Deus para trazer pessoas ao conhecimento das verdades sagradas (Tg 1.22). Sua boca falará do que o coração está cheio, e as experiências vivi­ das serão realidade para quem as ouvir, tendo o anseio de cumprir o que foi ministrado. 13
  • 18. II. A PREGAÇÃO É um sublime privilégio saber que Deus escolheu você para a maior responsabilidade do Univer­ so: trazer a mensagem do próprio Deus para a humanidade: "Não fos­ tes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que va­ des e deis fruto, e o vosso fruto per­ maneça" (Jo 15.16)- 1. Pregação e exemplo. 0 viver cristão é prática indispen- sável para a boa pregação. Nosso Senhor Jesus Cristo, ao convocar homens simples e humildes para serem Seus discípulos, e instruí- -los através de ensinamentos prá­ ticos a como procederem como pregadores do Evangelho, deu-nos um exemplo da importância de se aliar a exposição da Palavra às práticas de uma vida cristã genuí­ na. 0 pregador do Evangelho é um arauto das boas novas. 0 Apóstolo Paulo, comentando acerca da importância dessa pro­ clamação, afirma: "aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação” (ICo 1.21). E tam­ bém recomenda que aquele que se dispõe a pregar o Evangelho deve portar-se de forma irrepreensível: "...que não tem de que se envergo­ nhar..." (2Tm 2.15). Assim, a Bíblia nos revela que, desde os primórdios, o amor de Deus sempre foi exposto por ser­ vos comprometidos com a verda- Lição 2 - Todos Podem Pregar Quando você prega a Palavra, Deus dá os resultados. Ele os garante." de e com o testemunho cristão, correspondente. 2. im portante missão. 0 mais elevado de todos os cha­ mados é o chamado para pregar o Evangelho de )esus Cristo (Mc 16.15), A Bíblia diz que Jesus pas­ sou a noite em oração no monte, e depois escolheu os Seus discípu­ los (Lc 6.12-13). A maior vocação do homem é ser chamado por Deus para realizar a Sua obra; e a maior missão do ho­ mem de Deus é levar a mensagem de salvação aos outros homens, coisa que anjos não puderam fazer. Inclusive quando Cornélio estava há vários dias orando e jejuando, apareceu um anjo e mandou cha­ mar a Pedro para anunciar-lhe o Evangelho (At 10). Os discípulos, após terem sido chamados por Cristo, foram capa­ citados pelo Espírito Santo para anunciar com ousadia a Palavra de Deus (At 4.31). 3. Mensagem inspirada. 0 que é mais admirável acerca do ministério é Deus usar um pobre homem e lhe confiar o tesouro precioso da Sua mensagem (ICo 14
  • 19. Lição 2 - Todos Podem Pregar 2.4). Quando Deus chamou os profetas do Antigo Testamento, os reis, sábios, pescadores, doutores, publicanos, os capacitou com Seu Espírito, concedendo a eles a ins­ piração da Sua palavra: "porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entre­ tanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espí­ rito Santo.” (2Pe 1.21). Quando o Senhor se revelou a Ananias para ir até à Rua chama­ da Direita, perguntando na casa de Judas por um homem cha­ mado Saulo de Tarso, ele não foi sem uma mensagem. Deus deu a ele a mensagem inspirada (At 9.10-18). A Bíblia é a maior men­ sagem revelada por Deus aos ho­ mens, mostrando a fonte da ver­ dade que o povo de Deus precisa conhecer e anunciar. III. O OUVINTE Somente uma genuína pala­ vra vinda da parte de Deus pode mudar o curso da história hu­ mana. A mensagem é como uma flecha, que é lançada rumo a um alvo. O principal alvo da mensa­ gem é o coração daqueles que a receberão. Isto deve estar bem definido na mente do pregador e bem claro aos ouvintes no fim da mensagem. Uma das formas pela qual podemos saber se alcança­ mos o alvo é observando como aqueles que ouviram a Palavra responderam ao apelo final. 1. Precisando de Deus. ln- felizmente, vivemos em tempos de afastamento da Palavra de Deus e, consequentemente, es­ friamento da fé (Mt 24.12). To­ das as vezes em que a Palavra de Deus é negligenciada, a Igre­ ja e o mundo sofrem consequên­ cias danosas em todas as áreas e, principalmente, no âmbito moral. Há uma natural aquies­ cência do pecador ao desvio da Palavra, pois ele sempre quer adiar o confronto inevitável com a retidão de Deus. Talvez isso explique a facili­ dade e, até mesmo, o fascínio que muitos têm por pregações superfi­ ciais e com um alto teor apelativo emocional. Há uma necessidade urgente da pregação da Palavra de Deus, pois só ela pode trazer um avivamento genuíno e verdadeiro à Igreja (Lc 24.47). 2. Alcançado pela Palavra. Tudo foi criado por Deus com um objetivo, um propósito, desde a menor célula ao maior ser do Universo. A mensagem que Deus deu ao homem possui o propó­ sito maior de revelar a vontade de Deus ao homem (Ef 1.9-11). Toda a Bíblia possui uma só men­ sagem central: a salvação do ho­ mem através de Jesus Cristo (Rm 1.16). A mensagem deve tocar os corações e as mentes de quem a ouve. Uma mensagem com pro­ pósito alcançado é aquela que muda as vidas. 15
  • 20. Lição 2 - TodosPodem Pregar Quando vidas são impactadas peta mensagem ministrada po­ demos afirmar que alcançamos o que havia sido proposto, 3. Transform ado pela Pa­ lavra. Uma mensagem eficaz é aquela que alcança os seus obje­ tivos. Um belo sermão que recebe aplausos e elogios, mas não leva ao convencimento, não alcançou seu principal objetivo. Levar o ouvinte a uma decisão é tarefa séria e cuidadosa, que deve ser trabalhada durante toda a prega­ ção (Js 24.15; Mt 11.28). Quando o objetivo da mensa­ gem é alcançado, vidas são trans­ formadas. Pedro pregou uma men­ sagem simples e objetiva e cerca de três mil pessoas entregaram suas vidas a Jesus (At 2.38-41). ( I a APLICAÇÃO PESSOAL Ao longo dos séculos, milha­ res de pessoas têm sido transfor­ madas por pregações inspiradas pelo Espírito Santo. 0 pregador é apenas um canal que Deus usa para mostrar Sua vontade por meio da mensagem ministrada. V ____ J RESPONDA 1} Qual é o instrum ento que Deus m ais tem usado para trazer os hom ens à salvação? 2) Deus vocaciona o pregador mas o que cabe ao homem fazer? 3) O que deve acontecer com a pessoa que ouve a m ensagem ? L J 16
  • 21. Il Ä ' * -7'' ■'-:A. LIÇÃO3 AGORAÉ A MIN HA VEZ SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, esteja preparado para falar de uma das principais dificuldades que quase todo cris­ tão enfrenta: a falta de coragem, ou timidez para anunciar o Evangelho. Talvez seja por isso que mui­ tos crentes "de banco" prefiram deixar para o Pastor, para o Evan­ gelista e Missionários a missão de levar a Palavra a todos. Pesquise sobre medo, timidez, coragem e fé. Isso lhe dará supor­ te para falar desses assuntos na sala de aula. Procure exemplos de pessoas da atualidade que superaram o medo e a timidez, sendo vitoriosas ao enfrentar as adversidades. Ao final da aula seus alunos de­ verão sair motivados a cumprir o IDE. Ore com eles para que o Espí­ rito Santo lhes dê unção e ousadia (2Tm 1,7). PALAVRAS-CHAVE Timidez • Coragem • Oportunidades 1 OBJETIVOS •Estar preparado para falar sobre Jesus nas oportunidades que surgirem. •Entender que a timidez é uma barreira para a pregação do Evangelho. •Compreender que Jesus não nos teria dado a Grande Comissão se ela não fosse possível. PARACOMEÇAR A AULA Pergunte aos seus alunos o que os impediria de pregar o Evange­ lho. Peça que escrevam a resposta em um pedaço de papel. Peça que leiam e escrevam no quadro uma palavra que sinteti­ ze cada resposta. Conte quantas vezes a palavra timidez/medo foi mencionada. Pronto. Inicie a aula a partir daqui. Ao findar a lição pergunte se algum deles mudaria a resposta dada no início da aula. Aproveite para orar com eles. RESPOSTAS DA PÁGINA 22 1) Saudação, Testemunho, Palavra e Sermão. 2) O medo. 3) 2 Timóteo 1.7.
  • 22. Lição 3 - Agora é a Minha Vez A LEITURA COMPLEMENTAR "Ainda sinto a vergonha e o fracasso. Eu fiz o melhor que pude, mas ninguém ficou comovido pela minha pregação. Quando os crentes vieram para orar, ajoelhei-me num canto e chorei incontrolavelmente: o sermão... a pregação... foi um fracasso total... e o pior de tudo é que ninguém veio para frente para receber a salvação! Deus Se enganara? Não, eu comete­ ra o engano. Era isto... Deus não me chamara. Eu não fora chamado para pregar... Nunca mais pregaria... Enquanto estava encolhido ali na minha miséria, uma mão tocou o meu ombro. "Irmão, quer ajudar-nos a orar com aqueles que vieram à frente?". Não podia crer no que viam os meus olhos! Onze pessoas tinham chegado à frente para receber a salvação" 0 escritor destas palavras veio a ser um pastor bem-sucedido e um pregador de destaque, mas escreveu aquelas palavras quando estava apenas começando a pregar. Sua experiência demonstra que uma pes­ soa que ama as almas dos homens pode pregar o Evangelho e ganhá-los para o Senhor. Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus” (ICI, São Paulo, 2007, pág. 15). V - _______________________________________________________________________ Educação Teológica Formação em Diversas Áreas Reconhecimento Venha estudarem um dos Seminários Teológicos mais tradicionais do Brasil, venha para o SETAD. n SEMlMÁRIO TEOLÓGICO DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM BELÉM-PA Tmdimo. edtm çâo egm/ewd/eó (91) 3226-1448 98813-6355 | 98272-8182 Travessa Vileta, 2193 CEP 66093-345 - Manco - Belém-PA email: setad@setad-pa.com www.setadbeiem.com.br EI
  • 23. Estudada em ___ /___./ r DEVOCIONAL DIÁRIO Verdade Prática A timidez pode impedir a concretização dos propósitos de Deus em nossa vida e de outros. Hinos da Harpa: 46 - 132 - 220 Á______________________________- J LEITURA BÍBLICA Êxodo 4.10-13 10 Então, disse Moisés ao SE­ NHOR: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloquente, nem outrora, nem de­ pois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua. 11 Respondeu-lhe o SENHOR: Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR? 12 Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar. 13 Ele, porém, respondeu: Ah! Se­ nhor! Envia aquele que hás de en­ viar, menos a mim. 1f:) C]i "■ Segunda - Êx 4.12 Deus usa a boca do profeta Terça - Jr 1.4-6 O poder se manifesta na fraqueza Quarta - Js 1.9 Deus chama à coragem Quinta - 2Tm 1.7 Poder, amor e moderação vêm de Deus Sexta - Rm 10.14 O Evangelho deve ser anunciado Sábado - Lc 5.29 Aproveitando as oportunidades T exto a u r e o "Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar." Êx 4.12 *ViV•:■■'WS.Sf- 11
  • 24. Lição 3 -Agora ê a Minha Vez INTRODUÇÃO Nesta lição observaremos a im­ portância de obter ousadia da par­ te do Senhor para anunciarmos o Evangelho, vencendo a timidez que nos impede de concretizar os propósitos de Deus em nossas vidas e na de outros. Trataremos, inicialmente, sobre a diferença entre Saudação, Testemunho, Pa­ lavra, Mensagem ou Pregação, en­ sejando que cada uma representa uma oportunidade. I. APROVEITE AS OPORTUNIDADES Convém aproveitar as oportu­ nidades, principalmente quando temos algo a dizer da parte de Deus, 1. Saudação (3 minutos). A saudação é algo extremamente comum na maioria das igrejas. Acontece quando você é convida­ do a trazer uma saudação como ato de distinção e gratidão pela sua presença. Saudação quer di­ zer cumprimentar com cortesia (Rm 16.22). Normalmente acon­ tece na primeira metade do cul­ to, intercalado com hinos e até outras saudações. Recomenda-se que a saudação dure até 3 minutos. Embora 3 mi­ nutos pareça pouco tempo, quando se limita ao escopo do que se deve falar numa saudação, você vai des­ cobrir que 3 minutos é mais que 18
  • 25. suficiente. Na saudação cabe até a citação de um versículo bíblico, desde que seja extremamente bre­ ve, se possível, memorizado, tudo de forma leve sucinta e direta. 2. Testemunho (5 minutos). Testemunho é anunciar o que aconteceu com você, o que você viu, ouviu. Uma experiência de vida que Deus lhe proporcionou. 0 ato de testemunhar pode ser uma das melhores maneiras de comparti­ lhar, pelo exemplo, o poder de Deus através da nossa história de vida. 0 objetivo é apresentar algo ge­ nuíno e real, oferecendo ao ouvinte a chance de se identificar com a sua história e constatar, em uma reali­ dade próxima e pessoal, o que Deus também pode fazer por ele. Quando o testemunho é dado como um dos elementos do culto deve-se respeitar o limite máximo de tempo de 5 minutos. É impor­ tante lembrar que o melhor am­ biente para se compartilhar seu testemunho não é apenas o culto na igreja, e sim, pessoalmente com outras pessoas de seu círculo de influência (ljo 1.3). 3. Palavra (Até 10 minutos). A palavra pode ser comparada a uma "pequena pregação". Trata- -se de uma breve reflexão bíblica para a edificação dos presentes, se possível, seguindo a temáti­ ca do culto em questão. A pala­ vra pode trazer, embora não seja obrigatório, todos os elementos Lição 3 -Agora é a Minha Vez O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons" (Martin Luther King) de uma pregação ou mensagem, como leitura bíblica, introdução, desenvolvimento e conclusão, mas sem o apelo e oração ao final. É como se fosse um intermediário entre a saudação e a mensagem. Recomenda-se que a palavra te­ nha até 10 minutos. Devemos nos lembrar que Je­ sus, em muitas ocasiões, se utili­ zou do expediente de pregar men­ sagens curtas, geralmente com parábolas curtas, a fim de conse­ guir um melhor entendimento dos seus ouvintes (Mc 4.33). 4. Mensagem (Até 45 minutos). Tudo que se faz num culto de louvor e adoração é extremamente impor­ tante, mas a mensagem é essencial a um culto de celebração. Ela amarra e dá equilíbrio a todos os elementos do culto porque conta com o maior engajamento de atenção dos presen­ tes, pois todos focam sua atenção em um ponto, a mensagem. Agora, para que a mensagem seja transmitida de maneira rele­ vante é importante lembrar de al­ guns pontos. De tudo o que ouvi­ mos em uma hora, guardamos no 19
  • 26. Lição 3 - Agora é a Minha Vez máximo 15 minutos, e isso quan­ do se é atencioso e de boa memó­ ria. Quem não acompanhar com atenção a mensagem irá lembrar- -se apenas de pequenos trechos. Com isto em mente, é aconse­ lhável que a mensagem dure em torno de 30 a 45 minutos. Em alguns casos, poderá se estender por mais tempo, mas estes casos são exceções. 0 sermão pode ser classificado de várias formas. Em lição futura, olharemos com mais detalhes as classificações: temáti­ ca, textual e expositiva. II- O VALOR DOS TÍMIDOS Muitos se sentem intimidados em compartilhar as boas novas do Evangelho, ensinar na escola do­ minical e evangelizar por várias razões: 1. Timidez, medo de falar em público; receio de não fazer da maneira certa e não alcançar seu objetivo; medo do que o próximo vai pensar. Fique tranquilo, em­ bora possa parecer difícil, com al­ guns conselhos práticos, a missão fica muito mais simples. Tímido é alguém assustado, me­ droso, receoso, sem coragem. Atimi­ dez está enraizada no medo, neste caso se refletindo em receio de fa­ lar em público. 0 tímido faz de tudo para não ser percebido (Êx 4.10). 2. Timidez é normal. A maio­ ria das pessoas tem medo de falar em público. É algo extremamente normal. Falar em público, é uma habilidade que se desenvolve ao longo da vida. As pessoas que con­ seguem se expressar bem em pú­ blico, tiveram que trabalhar, polir esta habilidade ao longo dos anos. E um processo interminável, pois sempre há espaço para aprimorar a forma de se comunicar com o próximo, até porque os públicos, culturas, lugares e ideais variam de lugar para lugar. 3. Exemplos da Bíblia. A pró­ pria Bíblia ilustra as histórias de grandes líderes que tiveram de vencer a inibição e a timidez; a) Moisés (Êx 4.10). b) Jeremias (Jr 1.4-6). c) Gideão (Jz 6.15). d) Saul (ISm 10.20-24). e) Josué (Js 1.9). Estes são apenas alguns exem­ plos reais de homens que marca­ ram seus nomes na história e na Bíblia e que tiveram de enfrentar a sua própria timidez. III- VENCENDO A TIMIDEZ 1. Como vencer. Para vencer a inibição e a timidez de falar em público, seja no púlpito da igreja, ensinando a classe de Escola Do­ minical, e até no evangelismo pes­ soal, é imprescindível considerar o seguinte: a) Deus nos vê corajosos. Em muitas ocasiões, nossa opinião a respeito de nós mesmos é muito 20
  • 27. Lição 3 - Agora é a Minha Vez diferente da opinião que Deus tem. Assim aconteceu na vida dc todos os personagens bíblicos citados ao longo desta lição. Fica nítido na vida de Moisés, quan­ do se declara incapaz de aceitar o desafio colocado perante ele, A e Deus lhe responde em Exodo 4.11-12: "Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensina­ rei o que hás de falar". b) Evitar comparações. Quando alguém acredita que pode ser usa­ do por Deus e percebe como é vis­ to por Ele, então tudo muda. Você descobre e descansa no fato de que cada pessoa é única, singular, “suí generis", e que veio à Terra para cumprir um chamado que é exclu­ sivo, unicamente dele; que se Deus quisesse escolher outra pessoa Ele faria, mas se Ele está chamando você, é porque sabe que, mesmo com suas particularidades, você será capaz de cumprir a missão. Geralmente nos achamos in­ capazes, comparando-nos com outras pessoas e esquecemos que Deus criou cada ser humano dife­ rente e com aptidões específicas. c) Olhe para Deus. A timidez quase sempre é fruto de nosso olhar fixo em nossas limitações, fracassos e frustrações, apesar das garantias e provas incontestá­ veis do poder de Deus em nossas vidas. Cada um pode testificar de momentos nos quais, pelo agir de Deus, foi capaz de realizar coisas muito além da sua capacidade, pois Deus completou o que era neces­ sário, e o resultado foi alcançado. Mantenha o foco em Jesus e avan­ ce! Jesus jamais nos daria a Grande Comissão se ela fosse impossível. 2. Razões para vencer. Temos as razões certas para vencer: a) Deus nos garante um espírito de coragem. Em 2 Timóteo 1.7, o Apóstolo Paulo nos ensina: "Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de sabedoria”. Logo, a Bíblia nos garante um espírito de coragem para anunciar a salvação. b ; É necessário ouvir para crer. Anunciar o Evangelho verbalmen­ te, ainda continua sendo a forma mais eficaz de compartilhar a nos­ sa fé. Em Marcos 16.15, Jesus dis­ se: "Ide por todo o mundo e pre­ gai o Evangelho a toda criatura” 0 Apóstolo Paulo corrobora com este princípio quando nos ensina: "Como, porém, invocarão aque­ le em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ou­ viram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14). Para ser salva basta crer em Jesus, mas para que isto aconteça alguém tem que lhe apresentar Jesus. c) Afé cristã é social. O Evange­ lho é comunicado em nosso meio social, entre nossos amigos e pa­ rentes, quando nos reunimos em comunidade. Jesus nunca abriu mão do contato social, antes Ele estava sempre cercado de pes­ soas e buscando oportunidades de compartilhar Sua missão, como 21
  • 28. Lição 3 -Agora éa Minha Vez nestes exemplos: • Mulher Samaritana (Jo 4.7]. • Casamento em Caná da Gali- leia (Jo 2.1-11). • Banquete na casa de Levi (Lc 5.29). • Visita à casa de Simão Mc 1.29-30). Jesus aproveitava qualquer oportunidade possível para alcan­ çar alguém. 3. Aproveite toda oportuni­ dade. Devemos nos esforçar em crescer nagraça e no conhecimen­ to do Senhor Jesus Cristo (2Pe 3.18). E quanto mais crescimento espiritual o crente experimentar, tão mais conhecerá a segurança pessoal de que está servindo na causa certa, pregando a mensa­ gem certa, para as pessoas certas que o Senhor coloca em seu cami­ nho (Jo 6.44). E então, seguindo a verdade em amor, não somente vencerá a timidez, mas também conhecerá em sua própria vida a certeza de que tudo pode naquele que o fortalece (Fp 4.13). APLICAÇÃO PESSOAL Creia no propósito de Deus para sua vida, fale de Jesus com ousadia e seja sábio quanto aos diferentes tipos de oportunidades e ao tempo a ser usado. Lembre que o Espírito Santo pode realizar através de você o mesmo que fez com os exemplos bíblicos que estudamos. V______________________ J f RESPONDA A 1) Cite as quatro oportunidades no culto que devem os aproveitar. 2) Qual a principal causa da tim idez? 3) Qual texto bíblico nos incentiva à coragem ? V _________ J 22
  • 29. LIÇÃO 4 HOMILÉTICA, A ARTE DE PREGAR E ENSINAR SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Caro professor, Homilética é uma disciplina que assusta a mui­ tos cristãos. Imaginar-se assumin­ do o púlpito diante de uma igreja, tornar-se a 'Voz de Deus”, aiém da óbvia comparação com outros pregadores, tudo isso contribui para a intimidação. Mas a intenção desta revista é justamente acalmar os corações, e demonstrar que o ministério da Palavra não se restringe apenas aos pregadores, mas vai do mais experiente à criança que já se expressa oralmente; vai do mais douto teólogo ao mais simples ir­ mão em Cristo. Ganhe seus alunos para a pro­ pagação da Palavra de Deus; seja através de um sermão, estudo, aula ou testemunho. Todos são aptos a testemunhar as coisas de Deus devido ao seu Santo Espírito que habita em nós. Não despreze esse dom. PALAVRAS-CHAVE Homilética • Capacitação • Disposição • Pregação OBJETIVOS •Apresentara Homilética como disciplina da exposição bíblica. •Esclarecer que a observação e a interpretação se completam na transmissão. •Demonstrar que todo cristão deve estar pronto para dar razão da sua esperança (IPe 3.15). PARACOMEÇAR A AULA Escolha um aluno e lhe passe uma história qualquer por escrito. Peça que a leia em silêncio, e depois, conte para os demais, mas sem usar palavras. A intenção é demonstrar que, por mais que alguém conheça alguma história em seus detalhes, se não se expressar pela palavra, a transmissão não será satisfatória. 0 testemunho comportamental é importante, mas não substitui a pregação. Não adianta apenas agir de forma honesta e cristã para a propagação do Evangelho; devo fa­ lar e pregar em palavras a respeito da minha fé. Leia Romanos 10.17. RESPOSTAS DA PÁGINA 28 1) Todo cristão, com a autoridade da Palavra. 2) Não. Devo proclamá-lo também com palavras. 3) Resposta pessoal. 1
  • 30. Lição 4 - Homilética, a Arte de Pregar e Ensinar O Que é a Pregação? 0 dicionário diz que pregar é "proclamar publicamente, conclamar à aceitação ou rejeição de uma ideia ou tipo de ação; entregar um sermão" (que é uma expressão extensiva de pensamento sobre um assunto). Esta definição envolveu-se do conceito neotestamentário da pregação, que consideraremos mais tarde. Na base desta definição, veremos que a pre­ gação é a entrega pública e formal de um sermão pelo ministro à congre­ gação. Normalmente, não há interrupções no decurso de um sermão. A mensagem da pregação para evangelizar os perdidos é ao arrependimen­ to, à fé e à consagração. A pregação é também o meio pelo qual os cristãos recebem nutrição na fé e são capacitados a amadurecer na fé. 0 manda­ mento para pregar foi dado pelo Senhor quando disse: "ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura" (Mc 16.15). Paulo em duas ocasiões conclamou Timóteo a pregar: "Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo..." (2Tm 4.2). Noutro lugar dis­ se: "Faze a obra dum evangelista, cumpre o teu ministério" (2Tm 4.5). A pregação é um dos métodos importantes que Deus escolheu para levar o Evangelho a toda a humanidade. O Ministério do Ensino 0 Senhor deu o mandamento para ensinar quando disse: "Portanto ide, ensinai todas as nações... Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado" (Mt 28.19-20). Paulo disse a Timóteo: "... redar­ guas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina" (2Tm 4.2). Na descrição que Paulo faz de um bom servo de Jesus Cristo (lTm 4.4-16) dá a seguinte instrução: "Manda estas coisas e ensina-as" (v. 11). O ensino é outro método principal que Deus tem escolhido para levar o Evangelho a todos os povos em todos os lugares. Livro: “Homilética: Ministrando a Palavra de Deus”- (JCI, São Paulo, 2007, págs. ^ 33,34) J II
  • 31. LIÇÃO 4 HOMILÉTICA A ARTE DE PREGAR E ENSINAR T exto Á u r eo “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.”Rm 10.17 Estudada em ___/___ /____ - 'i DEVOCIONAL DIÁRIO Segunda - Rm 10.9-13 Salvação para quem confessa Terça - Rm 10.14-17 Só confessa quem conhece a Palavra Quarta - 2Tm 3.14-17 Habilitado através da Palavra Quinta - 2Tm 4.1-5 Pregar em todo tempo Sexta - IPe 3.13-17 Praticar o bem através da Palavra Sábado-At 18.24-28 Apoio, exemplo de pregador LEITURA BÍBLICA Romanos 10.14-17 14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como cre­ rão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anun­ ciam coisas boas! 16 Mas nem todos obedeceram ao Evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação? 17 E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo. Hinos da Harpa: 259 - 355 - 505 _________________________ J 23
  • 32. Lição 4 - Homilética, a Arte de Pregar e Ensinar í - > HOMILÉTICA, A ARTE DE PREGAR E ENSINAR INTRODUÇÃO I. O QUE É HOMILÉTICA 1. Definição 2. Alvo 3. Pregação II. HOMILÉTICA É IMPORTANTE 1. Exemplo e Palavra Rm10.17 2. O poder da Palavra is55.11 3* Proclame o Evangelho Êx4.i2 III. HOMILÉTICA PARA TODOS 1. Exemplos atuais 2. Exemplos Bíblicos êx4.10 3. Jesus, o exemplo Mt4.16-18 APLICAÇÃO PESSOAL L________________________ J INTRODUÇÃO Embora reconheçamos que haja um chamamento especial de Deus para determinadas pessoas se tornarem pregadores, também sabemos que esta tarefa não é uma exclusividade de pastores e mestres. Todo filho de Deus rece­ beu o sagrado privilégio de minis­ trar a Palavra de Salvação aos pe­ cadores. E a Homilética, em ambos os casos, pode ser uma ferramente extremamente útil para ajudar a todos nesse mister. I. O QUE É HOMILÉTICA Não se assuste com a palavra Homilética. 1. Definição. Homilética é a ciência da preparação e exposição de sermões. É a disciplina teológi­ ca que estuda a técnica de estru­ turar e entregar a mensagem do evangelho, via pregação, sermão. De forma simplificada é a arte de pregar homilética é técnica de co­ municar o evangelho através da pregação. 2. Alvo. Qual o alvo de tanto es­ forço na preparação, estruturação, meditação e, finalmente, pregação do sermão? 0 alvo da homilética é auxiliar na elaboração e pregação de mensagens da Palavra de Deus, com tal eficiência que os ouvintes compreendam a mensagem e to­ mem a decisão praticá-la. 24
  • 33. 0 primeiro alvo de toda men­ sagem bíblica é a salvação de pe­ cadores perdidos (Rm 1.16). "Em toda pregação, Deus procura pri­ mariamente, mediante Seu men­ sageiro, trazer o homem para a comunhão Consigo”. 0 Segundo alvo da pregação evangélica é que o cristão envol­ va-se no serviço de Deus. Nas di­ versas possibilidades ministeriais, sociais e diaconais (At 20.28; IPe 5.2; 4.10; Rm 12.4-8). jamais deixar de anunciar "todo o desígnio de Deus” (At 20.27). 3. Pregação. Em qualquer circunstância mas principalmen- te no culto comunitário, com pu­ blico maior, a pregação é o ápice da Revelação Especial. Não só por ser a exposição da Bíblia, mas pelo momento em que se consegue que a congregação fi­ que atenta para ouvir a Palavra de Deus através do pregador. Não há outro momento na vida eclesiástica no qual se consiga tamanha atenção para a mensa­ gem da Bíblia. A Homiiética prepara o mensa­ geiro para este momento especial. II. HOMILÉTICA É IMPORTANTE 1. Exemplo e Palavra. Nin­ guém se engane: o exemplo não substitui a Palavra. Muitos en­ tendem que basta ser uma pes­ soa boa, honesta, com um bom Lição 4 - Homiiética, a Arte de Pregar e Ensinar Um sermão é uma ponte que ajuda a levar as pessoas de onde estão para onde precisam estar. Um plano bom e matéria em suficiência ajudarão você a edificar aquela ponte * comportamento para pregar a Palavra de Deus. Francisco de Assis disse: "Pregue sempre o Evangelho, Se necessário, use palavras". Essa se transformou na desculpa universal de muitas igrejas para fugir da responsa­ bilidade de pregar a Palavra de Deus oraimente. Fato é que "a fé vem pela pregação, e a prega­ ção, pela palavra de Cristo.” (Rm 10.17). Não há como o homem ser apto para a boa obra se não lhe for transmitido o conteúdo das Escrituras. Nossas ações nunca serão suficientes para revelar a Salvação em Cristo Jesus. Já a Pa­ lavra de Deus, a Bíblia, tem esse poder. O viver cristão é prática indispensável para a boa prega­ ção. Nosso Senhor Jesus Cristo, ao convocar homens simples e humildes para serem Seus dis­ cípulos, e instruí-los através de ensinamentos práticos a como procederem como pregadores do Evangelho, deu-nos um exemplo 25
  • 34. da importância de se aliar a ex­ posição da Palavra as práticas de uma vida cristã genuína. 2. O poder da Palavra. Ora, insistiremos na ideia da prega­ ção e ensino da Palavra de Deus, pois há poder na Escritura pro­ clamada. No final das contas, a exposição bíblica cumpre todos os seus objetivos espirituais, nao por causa das habilidades do pre­ gador, mas por causa do poder da Escritura proclamada. A Palavra proclamada primei­ ro persuade, pois ela é como fogo purificador e martelo que esmiuça a penha (jr 23.28-29); não volta vazia, cumprindo todos os propó­ sitos divinos [Is 55.10-11); anula as segundas intenções humanas, pois quer por pretexto, quer por verdade, a Palavra segue adiante (Fp 1.18). 3. Proclame o Evangelho. De­ pois de já ter estudado o Antigo e o Novo Testamento em outras lições, os princípios de interpre­ tação da hermenêutica, e as dou­ trinas básicas da fé cristã, agora chegou a vez de estudarmos como apresentar todo este conteúdo para outras pessoas (Êx 4.12). O conhecimento que se adquire através da observação e da inter­ pretação é morto se não for aplica­ do na vida cristã pessoal e comu­ nitária, O Evangelho não é para se reter, mas para se proclamar. Paulo, em Gálatas 4.19, com- Lição 4 - Homiiéticü, a Arte de Pregare Ensinar A Bíblia é a fonte primária de material para a pregação e para o ensino." para a formação de Cristo em uma pessoa a um parto. Realmen­ te, o ensino da Palavra de Deus através da pregação, da aula e do discipulado é trabalhoso, mas o resultado, assim como o do parto, é maravilhoso (SI 126.6). III- HOMILÉTICA PARA TODOS Mas, não se engane. A Homi- lética nao é apenas para os pasto­ res e mestres, como já dito ante­ riormente. Todo momento é uma oportunidade para a pregação da Palavra de Deus (2Tm 4.2). 1. Exemplos atuais. A histó­ ria da pregação está repleta de pessoas que enfrentaram grandes problemas e limitações, mas, na força do Senhor, venceram. Um jovem americano chamado D. L. Moody quase não foi aceito para ser batizado, por não saber res­ ponder a algumas perguntas so­ bre doutrina e fé. Mas cresceu es­ piritualmente e acabou abalando dois continentes com sua prega­ ção, e tornou-se um dos mais co­ nhecidos pregadores da história. Billy Graham, com um sermão simples, conquistou milhares 26
  • 35. Lição 4 - Homilética, a Arte de Pregar e Ensinar de almas, que no apelo finai en­ tregavam suas vidas a Jesus. Foi considerado o maior ganhador de almas do século. Mas você dirá que está distante do conhecimen­ to bíblico desses homens, fugindo assim da responsabilidade bíblica de proclamar as boas novas. & E só acessar a Internet e obser­ var vários exemplos de crianças que pregam a Palavra de Deus. Não existem grandes pregadores, e sim, grandes mensagens, trans­ mitidas através de vasos de barro. 2. Exemplos Bíblicos. Veja­ mos os seguintes exemplos bí­ blicos. a) Moisés dizendo para Deus que não poderia cumprir Seu chamado por não ser homem eloquente, não saber falar bem e ser pesado de boca e de língua (Êx 4.10). b) Jeremias argumentando com Deus que não saberia o que falar, pois era apenas uma criança (}r 1.4-6). c) Gideão comentando que não poderia ser o libertador de Israel por ser de uma tribo pequena (Jz 6.15). d) Saul, quando foi escolhido por Deus, por intermédio do pro- feta Samuel, se esconde em ra­ zão de não se achar apto à tarefa (ISm 10.20-24). e) Josué recebe um comando direto de Deus à coragem: "Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, por­ que o SENHOR, teu Deus, é con­ tigo por onde quer que andares" Os 1.9). c) Apoio foi um jovem que in­ fluenciou sua geração através de palavras poderosas, pregando em primeiro lugar o batismo de João, mas depois pregando a Je­ sus Cristo. Em Atos 18.24 (e ver­ sos seguintes) observamos este pregador, não tão conhecido ou famoso, mas que gerou seguido­ res dentro da própria Igreja de Corinto (ICo 1.10-17). d) A escrava de Naamã. A ida­ de não impede a autoridade das Escrituras. Essa garota, escrava de Naamã, teve a coragem de se manifestar diante da esposa do General, apontando-lhe o cami­ nho para o profeta (2Rs 5.1-4). f) Pedro. Lembre-se que o próprio Apóstolo Pedro não era versado em letras, pelo contrário, era um pescador, profissão que na época estava distante do aca- demicismo. Mas, em seu primeiro sermão, em Atos, cerca de 3 mil foram batizados (At 2.41). 3. Jesus, o exemplo. Jesus é o maior exemplo de pregador. Não perdia uma oportunidade para ex­ plicar e aplicar princípios bíblicos em Sua vida, e na vida das pessoas à Sua volta (Mt 4.16-18). Veremos nesta revista vários recursos usados por Jesus, como ilustração, aplicação, parábolas, testemunhos, repreensão de de­ mônios, vida piedosa etc. Mas, perceba que Ele pre­ gava para multidões, como no 27
  • 36. Lição 4 - Hornilética, a Arte de Pregare Ensinar Sermão do Monte; e para uma pessoa só, como a mulher sama- ritana (jo 4.1-30). Pregue você também a Pala­ vra em tempo e fora de tempo, quer seja oportuno, quer não. Pessoas estão morrendo sem co­ nhecer a Cristo devido ao nosso silêncio, Não guarde o amor de Cristo só para você, compartilhe com outros. I --------------------------A APLICAÇÃO PESSOAL Homilética ajuda todo cristão a se preparar para falar a Palavra de Deus. Lembrando que a Pala­ vra de Deus não volta vazia (Is 55.11). Ele quer nos ajudar a pre- gá-la (Js 1.9). v___________ J RESPONDA 1) Quem pode pregar a Palavra e com que autoridade o faz? 2) Posso proclamar a Jesus apenas com minhas ações? Como devo fazê-lo? 3) É melhor se preparar para pregar e ensinar ou fazer de improviso? Livro para leitura complementar W .2 ... - «M h o m il é t ic a «OMILETÍCA i . (Jt/iM tranc/ó a Ldrr/aom cfc Q ieu& Recom endam os a professores e alunos a leitura deste livro, no qual os tem as desta revista são abordados com mais am plitude e profundidade. O professor que quiser fazer o Curso M éd b de Teologia deve estudar este livro, responder os testes e fazer contato com o ICI ou com a sua coordenação da Escola Dominical. Pedidos: (91) 3110-2400 ou (19) 3252-4359 ^Ü|i wwwJcfbrasil.com.br - icibrasíl@hotmaiLcom ™ |l ‘CJ 28
  • 37. mmmmm LIÇAO 5 REFORMA PROTESTANTE ENSINO E LEGADO Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição ê igual para alunos e mestres, inclusive o número da página. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Amado Professor, a Reforma Protestante completa 500 anos e está tão viva hoje como à sua épo­ ca. Por meio dela a igreja redesco- briu o Evangelho. E cada um de nós se redescobre quando recebe esse Evangelho. A transformação que ela causou no mundo à época nos inspira até hoje quando lemos as 95 Teses. E seria interessante que seus alunos percebessem isso! Você falará mais detidamente sobre Lutero, as 95 Teses, a exten­ são da Reforma, os princípios que a nortearam e seu amplo legado. Estimule seus alunos e faça uma ótima aula. OBJETIVOS •Compreender os ensinos dos reformadores. •Entender a essência bíblica da Reforma. •Considerar o legado da Re­ forma para a Igreja hoje. PARACOM EÇARAAULA Prepare cartazes com frases que celebrem os 500 anos da Reforma Protestante e que ma­ nifestem a nova forma de viver dos cristãos. Deixe expostos na sala de aula e reserve um mo­ mento para conversarem sobre a mudança de vida de seus alu­ nos, aplicando o conhecimento adquirido na aula. Fale sobre o hino 581, caste­ lo forte, Lutero é o autor e retra­ ta bem a reforma. Ele recebeu inspiração enquanto lia o salmo 46. Este hino é um clássico da música sacra. PALAVRAS-CHAVE Reforma •Teses •Legado L a RESPOSTAS DA PAGINA 34 1) A venda de indulgências. 2) Romanos 1.17. 3) A igreja pertence aos seus membros, não a uma classe de sacerdotes, O sacerdócio é de todos.
  • 38. Lição 5 - Reforma Protestante: Ensino e Legado LEITURA COMPLEMENTAR A Reforma marcou não apenas o mundo religioso, mas alcançou todas as esferas da sociedade. Aquele foi um evento tão significativo, que tem sido chamado de revolução protestante por especialistas no assunto. Isso porque o movimento excedeu à esfera eclesiástica, alterando a cosmo- visão europeia e promovendo mudanças notáveis na política, economia, sociedade e cultura dos povos. Como movimento cristão, ela cumpriu um importantíssimo papel junto à sociedade, pois promoveu a justiça social, o desenvolvimento e a verdade, trazendo, assim, vida às palavras do profeta Miqueias: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humíldemente com o teu Deus "(Mq 6.8)? Depois da Reforma, o mundo jamais foi o mesmo. A partir desse even­ to, a humanidade passou por um processo evolutivo radical em todas as áreas(...), A Reforma devolveu a Bíblia ao povo europeu e, consequentemente, ao mundo. As pessoas passaram a ter acesso à Palavra, sem qualquer in­ termediação; e isso trouxe para a Igreja — além da correção doutrinária — renovo espiritual, valorização do ser humano e um genuíno interesse pela busca da presença de Deus. Por outro lado, o movimento reformador também devolveu a igreja ao povo. Como dito anteriormente (p. 134), no romanismo, os principais sacerdotes — como papas, cardeais, arcebispos e bispos — mandavam na Igreja. Muitos deles, aliás, eram ricos e pode­ rosos senhores feudais, que manipulavam a instituição da forma como queriam. Os reformadores, todavia, retomaram o padrão neotestamen- tário, defendendo a presença de uma Igreja em que cada cristão tivesse o direito de decidir sobre sua vida e seu destino; uma Igreja democrática que englobasse a participação e valorização de todos os indivíduos. Livro: “Reforma Protestante: História, ensino e legado1’ (Central Gospel, Rio de Janeiro, 2017, pgs. 145,147) ______________________ J II
  • 39. LIÇÃO 5 m ■f r;-v REFORMA PROTESTANTE: ENSINO ELEGAEX) * -V TEXTO ÁUREO "Vós,porém, sois roça eleita, sacerdócio real nação santa, povo tfópropriedade exclusiva de Deus, afim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz"IPe 2,9 Estudada em__ /__ /___ r x DEVOCIONAL DIÁRIO Segunda - Rm 1.17 Somente pela Fé Terça -Ef 2.8 Somente pela Graça Quarta - 2Tm 3.16-17 Somente as Escrituras Quinta -At4.12 Somente Cristo Sexta-SI 115.1 Glória somente a Deus Sábado - IPe 2.9 Todos podem anunciar o Evangelho LEITURA BÍBLICA IPe 2.7-10 7 Para vós outros, portanto, os que cre­ des, é apreciosidade; mas, para os des­ crentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular 8 e: Pedra de tropeço e rocha de ofen­ sa. São estes os que tropeçam na pala­ vra, sendo desobedientes, para o que também foram postos. 9 Vós, porém, sois raça eleita, sacer­ dócio real, nação santa, povo de pro­ priedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua ma­ ravilhosa luz; 10 vós, sim, que, antes, não éreis povo,- mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia. Hinos da Harpa: 581 - 340 -167 ^________ __________ J 29
  • 40. Lição 5 ■ Reforma Protestante: e Legado INTRODUÇÃOf A REFORMA PROTESTANTE: ENSINO E LEGADO INTRODUÇÃO L A REFORMA 1. As 95 Teses 2. Movido por Deus 3. Expansão da Reforma II. SEU ENSINO 1. Somente a Fé Rm 1.17 2. Somente a Graça E/2.8 3. Somente as Escrituras 2Tm3.16,17 4. Somente Cristo At4.12 5. Glória somente a Deus Mt 4.10 III. SEU LEGADO 1* Sacerdócio de todos iPe2.9 2. O culto é de todos Jo 15.27 3. Todos podem pregar Rm1.16 APLICAÇÃO PESSOAL O dia 31 de Outubro de 1517 é uma data importante para os cris­ tãos de todo o mundo porque, há exatos 500 anos, iniciou-se a Re­ forma Protestante, que deixou um enorme legado. I. A REFORMA Nesse dia, o monge agostinia- no Martinho Lutero afixou 95 Te­ ses na porta da Catedral de Wit- temberg, na qual conclamava os eruditos e o povo a repensarem, a partir de então, o modo como se vivia a vida cristã. 1. As 95 Teses. Das teses afixa­ das por Lutero, destacamos os prin­ cipais assuntos abordados, a seguir; a) Lutero defendia que Jesus Cris­ to queria que "toda a vida dos fiéis fosse uma vida de arrependimen­ to"; e também que "o papa nao pode perdoar uma única culpa de pecado, senão declarar e confirmar que a cul­ pa já foi perdoada por Deus". Indicou que "serão eternamente condena­ dos, juntamente com seus mestres, aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante indulgências” Para ele, "todo e qualquer cristão verdadeiramente compungido tem pleno perdão da pena e da culpa, o qual lhe pertence mesmo sem a in­ dulgência". b) Lutero indicou o dever de se ensinar aos cristãos que "quem dá aos pobres ou empresta aos ne­ 30
  • 41. Lição 5 - Reforma Protestante: Ensino e Legado cessitados procede melhor do que quando compra indulgências". E assim, devia-se ensinar aos cristãos que "aquele que vê um necessitado, e a despeito disto gasta o dinheiro com indulgência, não recebe as in­ dulgências do papa, mas atrai sobre si a indignação de Deus” c) Lutero afirmou que "são ini­ migos da cruz de Cristo todos que, por causa das indulgências, man­ dam silenciar completamente a Pa­ lavra de Deus nas demais igrejas"; e que "o verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus". Declarou que a afirmação dos sacerdotes de que "o símbolo com a cruz de indulgên­ cias e adornado com as armas do papa tem tanto valor como a pró­ pria cruz de Cristo, é blasfêmia". d) Por fim, sua tese 95 diz: "E assim, esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que mediante con­ solações infundadas e este comér­ cio vil com o que é sagrado". 2. Movido por Deus. Em uma época na qual o povo comum era privado da leitura das Escrituras e o papa liderava a cristandade com mãos de ferro, Lutero foi levanta­ do por Deus para dar início a uma completa revolução espiritual na Alemanha e no mundo, em comba­ ter os muitos desvios doutrinários praticados pela Igreja Católica Ro­ mana, inclusive condenando com veemência a venda de indulgências, Lutero traduziu a Bíblia para o alemão e a colocou nas mãos do povo comum, fato que resultou em inflamar o coração de seus irmãos a buscarem sinceramente por Deus e a se voltarem ao autêntico Evangelho da graça de Cristo. 3. Expansão da Reforma. Por causa disso, Lutero sofreu a exco­ munhão através de uma bula edi­ tada pelo Papa Leão X, em 1521, a qual Lutero queimou em praça pú­ blica, rompendo de vez o elo com a Igreja Católica. Em pouco tempo, mesmo so­ frendo severa perseguição da Igreja oficial, a Reforma se espa­ lhou: na Suíça, através da coragem e intelectualidade de João Calvi- no e Zwinglio; na Escócia, através do vigor e ação piedosa de John Knox; e também para vários ou­ tros países, através da constância de homens que levaram adiante a "redescoberta" do Evangelho, che­ gando até nossos dias, II. SEU ENSINO A essência da Reforma foi ex­ pressa nos cinco princípios que a nortearam, conhecidos como "as cinco sotas", cuja palavra latina sola significa "somente". As cinco solas são: sola fide, sola gra tia,sola Scrip- tura, solus Chhstus e soli Deogloria. Somente a fé, somente a Graça, so­ mente a Escritura, somente Cristo e somente a Deus a glória. Esses princípios sintetizam a identidade do povo evangélico; e 31
  • 42. Lição 5 - Refonna Protestante: Ensino e Legado todos os que professam essa fé de­ vem conhecê-los, compreendê-los e divulgá-los. 1. Somente a Fé (Sola Fide). Após meditar no texto: "0 jus­ to viverá da fé”, Martinho Lutero percebeu que a justiça de Deus é a justiça que o homem pecador re­ cebe do próprio Deus, como uma dádiva imerecida, mas somente através da fé. Os reformadores então con­ cluíram que nada (nem penitên­ cias, sacrifícios ou compra de indulgências) poderá livrar o ho­ mem da condenação eterna no inferno e das garras de Satanás, a não ser pela salvação através da fé em Cristo (Ef 2.8). Essa foi a pri­ meira e grande redescoberta da Reforma e que abalou o mundo cristão para sempre. A salvação pela fé é um dom de Deus, por isso ninguém deve gioriar-se. 2. Somente a Graça (Sola Gra- tia). Os reformadores entendiam que nenhuma obra, por mais justa e santa que pudesse parecer, po­ deria dar ao homem livre acesso ao perdão dos pecados e à salva­ ção eterna no reino dos céus, e que isto só poderia ocorrer mediante a graça de Deus. Graça somente, por meio da qual o homem é escolhido, regenerado, justificado, santifica­ do, glorificado, recebe o dom da vida eterna e talentos para o servi­ ço cristão, tornando-se participan­ te de todas as bênçãos de Deus. Assim, ninguém pode ser salvo por mérito próprio, seja através de obras, sacrifícios, penitências ou compra de indulgências. A única causa eficaz da salvação é a graça de Deus sobre o pecador, como está es­ crito: 'Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”(Ef 2.8,9). 3. Somente as Escrituras (Sola Scriptura). Para os refor­ madores, somente as Escrituras são a regra de fé e prática para o crente. Nem as tradições, as bulas ou os escritos papais têm o sta- tus de instrumento de fé e prática para o rebanho de Cristo. As Escrituras Sagradas são ins­ piradas por Deus, sendo a Bíblia o único instrumento autorizado de revelação da vontade de Deus para nossa vida, como está escrito: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17). Ao lê-la e meditar nos seus ensinos somos iluminados pelo Espírito Santo para entender e viver sua mensagem. 4. Somente Cristo (Solus Ch- ristus). Mostra a suficiência e ex­ clusividade da pessoa de Cristo no processo de salvação. Desde an­ tes da fundação do mundo, Deus promoveu a aliança da redenção, 32
  • 43. Lição 5 - Reforma Protestante: Ensino e Legado onde o beneficiário seria o ho­ mem, e o executor, seu Filho Uni­ génito Jesus, o Messias (Ungido, Cristo} prometido. Desse modo, nada poderá fazer o homem para sua própria salva­ ção, pois Jesus Cristo realizou a obra da redenção pelo sacrifício vicário na cruz do Calvário, ver­ tendo o seu sangue por nossos pecados. Portanto, somente Jesus Cristo é o instrumento de nossa salvação, como está escrito: “E não há salvação em nenhum outro: porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dentre os homens, pelo qual importa que se­ jamos salvos" (At 4.12}. 0 sentido do sola Christus des­ tituiu qualquer outro mediador en­ tre o homem e Deus e dá somente a Jesus Cristo o poder de intercessão e salvação. 5. Glória somente a Deus (Soli Deo Gloria). A Igreja Católica ensi­ nava e exigia uma devoção ao clero e aos homens santos, os quais po­ deriam interferir diante de Deus para perdão de pecados e obtenção de bênçãos para os homens. Quan­ do na presença do Papa e dos car­ deais, a reverência beirava a adora­ ção, com a demonstração de uma total submissão. Fundamentados em muitos textos nas Escrituras, os reforma­ dores concluíram que não pode­ mos dispensar glórias a homens (pois não passam de míseros pe­ cadores e também carecem da mi­ sericórdia e da glória de Deus) e que devemos dar “glória somente a Deus" (Mt 4.10}. III. SEU LEGADO Com a Reforma, uma grande transformação influenciou todos os aspectos da vida humana: po­ lítica, econômica, religiosa, moral, filosófica, literária e também nas instituições. Nos deteremos no le­ gado do sacerdócio de todos. 1. Sacerdócio de todos (IPe 2.9). Uma das concepções e dou­ trinas mais importantes que a Re­ forma legou ao cristianismo mun­ dial foi sua forma de conceber a Igreja como uma comunidade per­ tencente aos seus membros, aos crentes, e não a uma classe sepa­ rada de sacerdotes. Lutero ensinava que a verda­ deira igreja é espiritual e invisí­ vel, sendo composta pelo corpo dos salvos em Cristo, de todas as épocas. Logo, ela não tem lugar pré-determinado, no tempo ou no espaço, também não está presa a um país ou cidade, tampouco en­ contra-se subjugada a um homem (papa, cardeais ou bispos}. A Igre­ ja de Cristo, conforme defendeu Lutero, é eterna, atemporal e está sujeita, apenas, ao Senhor Jesus. 2. O culto é de todos Qo 15.27). A Reforma Protestante devolveu a Igreja ao povo. O gran­ de avivamento orquestrado pelo 33
  • 44. Lição 5 - Refonna Protestante: Ensino e Legado Espírito de Deus trouxe, em defi­ nitivo, para a Igreja um tempo de liberdade e um novo modelo de culto, no idioma comum do povo, com a Bíblia na mão do povo e hi­ nos cantados pelo povo. 3. Todos podem pregar (Rm 1.16). Lutero devolveu a prega­ ção à Igreja, colocando-a em seu devido lugar, Para ele, a pregação deveria alcançar o homem dentro do seu tempo e deveria ser apre­ sentada de maneira simples, para assimilação do grande público. Lu­ tero aconselhava os jovens a pre­ garem para o povo comum, sem exibicionismos ou arrogância teo­ lógica. Assim, a mensagem estrita­ mente bíblica da Igreja Reformada espalhou-se por todo o mundo. Podemos afirmar que os pente- costais se apropriaram vividamen- te desse legado. C ~ - ^ APLICAÇAO PESSOAL A Reforma Protestante, sem sombra de dúvidas, foi um singu­ lar despertamento espiritual que trouxe a Igreja de volta aos pa­ drões da Palavra de Deus, A reforma deve ser uma cons­ tante nos dias atuais, evitando que a Igreja assuma padrões contrários à vontade de Deus e sua Palavra. ----------------------------------------------------------------------------------------------------- RESPONDA 1) Que prática da Igreja Romana foi combatida por Lutero por disseminar a Salvação por obras? 2) Que passagem das Escrituras inspiraram os reformadores a declamar o principio "So­ mente pela fé”? 3} Cite um dos principais legados da Reforma Protestante para a Igreja de hoje. 34 IA
  • 45. LIÇÃO6 rÿ « . '.V II■”Wi ORGANIZANDO AS IDEIAS SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página. ORIENTAÇÃO PED A G Ó G ICA Nesta lição, considerando que al­ guns de seus alunos muito provavel­ mente são "craques”em separar a es­ trutura de um sermão, identificando bem cada um deles, por tantas vezes assistirem às pregações, é possível que você não tenha muita dificuldade em repassar o assunto e ainda conte com a ajuda deles para isso. Assim como um bom pregador da Palavra, você terá que aplicar à sua aula de hoje a mesma estru­ tura de tópicos que apresentará durante a aula: introdução, corpo ou desenvolvimento, e conclusão. Talvez isso o ajude bastante du­ rante a ministração. Mostre aos seus alunos que a or­ ganização é um passo muito impor­ tante para todo aquele que almeja ser entendido. Um discurso bem preparado pode fazer com que ideias sejam reavaliadas ou até mesmo mu­ dar radicalmente a vida daqueles que o ouvem, mudando as intenções que estavam em seus corações. OB) ETIVOS •Compreender que um bom sermão precisa ser organizado. •Identificar de modo claro as várias partes de um sermão. •Auxiliar na pregação e ensino das verdades do Evangelho. PARA CO M EÇA RA AULA Peça aos alunos que lembrem de um sermão que ouviram e que parece não ter chegado a lu­ gar nenhum. Explique que a Homilética sozinha não é garantia de mi­ nistério eficiente. Ela ajuda o pregador (torna mais fácil a pregação do sermão) e ajuda o auditório (um sermão bem pre­ parado é mais assimilável). Muitos sermões falham por serem absolutamente sem or­ dem. As ideias são confusas e a pregação perde totalmente o sentido. RESPOSTAS DA PÁGINA 40 PALAVRAS-CHAVE Planejamento • Preparação * Organização »Aplicação 1) Introdução, corpo ou desenvolvimento e conclusão. 2) Não ficar se desculpando. 3) Recapitulação, aplicação e apelo. I
  • 46. Lição 6 - Organizando as Ideias LEITURA COMPLEMENTAR Não somente o planejamento é importante para seu ministério global de pregação, como também é importante para o preparo e en­ trega de cada mensagem que você prega. É impossível plantar, re­ gar e ceifar um sermão bom em cima da hora. isto porque edificar um sermão é um processo que toca todos os aspectos da vida de um '"pregador". Como tal, é um processo que se desenvolve durante a vida inteira. Um sermão é uma ponte que ajuda a levar as pessoas de onde estão para onde precisam estar. Um plano bom e matéria em sufi­ ciência ajudarão você a edificar aquela ponte. Um plano ordeiro para a pregação, que olha para a frente o capacitará a ajudar as pessoas a crescerem e se desenvolverem espiritualmente. Além disso, enquan­ to você pregar, os grandes temas da Bíblia o desafiarão com cada mensagem que você pregar, porque todos os sermões podem e de­ vem ter a vitalidade e a novidade que vêm quando o Espírito San­ to nos leva cada vez mais profundamente em nosso conhecimento de Deus. E o Espírito nos ajudará a aplicar a verdade da Palavra às nossas vidas. Um plano ordeiro para a pregação, que sempre avan­ ça, também ajudará você a pregar mensagens que são interessantes, fáceis de serem compreendidas, e fáceis de serem lembradas. 0 seu povo pode meditar em tais verdades muito tempo depois do eco da sua voz ter sumido. (...) Enquanto você se prepara para pregar a mensagem, lembre-se que a verdade central é como o eixo de uma roda. As várias divisões do corpo do sermão são os raios da roda. Assim como os raios partem do cubo e para ele voltam, assim também a autoridade para a verdade de cada divisão parte da verdade central. E a verdade de cada divisão apela para a verda­ de central como sua prova. Cada divisão do corpo do sermão deve ser um desenvolvimento da passagem das Escrituras em que é baseada. Livro: “Homilética: Ministrandoa Palavra de Deus” (ICi, São Paulo, 2007, pág. 139,145). L________________________________ ___________J n
  • 47. Estudada em ___ /___ / DEVOCIONAL DIÁRIO ORGANIZANDO AS IDEIAS TEXTO ÁUREO "Chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apoio, homem eloquente e poderoso nas Escrituras " At 1824 rHi‘V- ií5S .-J Segunda - 2Tm 2.15 Quemprega precisa conhecer a Palavra Terça - At 1.8 Quem prega precisa ter unção Quarta - Rm 1.16 Quem prega deve fazê-lo com fé Quinta - At 16.13 Quem prega precisa orar Sexta - At 8.26 Quem prega precisa obedecer Sábado - At 8.38 Quem prega verá os frutos LEITURA BÍBLICA Atos 18.24-26,28 24 Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, cha­ mado Apoio, homem eloquente e po­ deroso nas Escrituras. 25 Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a res­ peito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João. 26 Ele, pois, começou a falar ousada­ mente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áqüila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus. 28 porque, com grande poder, conven­ cia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras, que o Cristo e Jesus. Hinos da Harpa: 56-65- 127 35
  • 48. Lição 6- Oryanizando as Ideias ( " ORGANIZANDO AS IDEIAS INTRODUÇÃO L INTRODUÇÃO DA PREGAÇÃO 1 . Tema 2. Texto-base 3. Introdução II. DESENVOLVIMENTO 1. Tópicos e sub-tópicos 2. Fundamento bíblico 3. Transições III. CONCLUSÃO 1. Recapitulação 2. Aplicação pessoal 3. Apelo APLICAÇÃO PESSOAL INTRODUÇÃO Todo sermão, quer seja temá­ tico, textual, ou expositivo (vere­ mos isso mais à frente), precisa ser pregado de forma lógica e organizada. Este é o segredo para que os ouvintes entendam clara- mente a pregação. Portanto, é im­ prescindível que o pregador tome muito cuidado com a estrutura do seu sermão. Sabemos que tudo precisa ter início, meio e fim. Com o sermão não á diferente. Independente do tipo de sermão, ele deve ser es­ truturado com pelo menos três seções distintas: introdução, de­ senvolvimento e conclusão. Não se deve menosprezar a importância de nenhuma des­ tas três partes. É o que veremos nesta lição. I. INTRODUÇÃO DA PREGAÇÃO 1. Tema. É o assunto a ser tra­ tado. Deve ser interessante, claro e breve, para auxiliar a congrega­ ção a entender o que o pregador quer dizer, evitando divagações. Pode ser interrogativo ("De onde virá a nossa salvação?), ou ainda, afirmativo ("Jesus é o úni­ co que pode salvar!"). Acima de tudo, o tema precisa ser relevante aos nossos dias. Fontes para o tema do sermão: a) As Escrituras - Aproveite o seu devocional pessoal e selecio- 36
  • 49. Lição 6 - Oiyanizando as Ideias ne textos que possam servir de base para temas. b) Problemas humanos con­ cretos (medo, desemprego, de­ pressão, entre outros). c) Datas especiais, da denomi­ nação, do país (Dia das Mães, Pás­ coa, Natal etc.). 2. Texto-base. Texto é a pas­ sagem bíblica que serve de base F para o sermão. E uma parte es­ pecífica das Escrituras que de­ sejamos transmitir aos nossos ouvintes. 0 texto bem escolhido é aque­ le que apresenta a ideia central do sermão em uma sentença cla­ ra e definida. F E o uso do texto bíblico que dá autoridade ao pregador, dei­ xando claro que aquilo que se diz vem das Escrituras Sagra­ das. Leve em consideração estas orientações: a) Escolha textos claros e que você conheça bem. Cuidado com textos obscuros ou controverti­ dos. Lembre-se, acima de tudo, a sua função é facilitar. b) Delimite o texto de tal for­ ma que contenha uma unidade completa de pensamento. c) Lembre-se que todo texto tem um contexto. Analisá-lo an­ tes é imprescindível. d) Estude o texto, se possível, em várias traduções. É aconse­ lhável, na hora da ministraçâo utilizar, apenas uma. 3. Introdução da Mensagem. 0 ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção dos ou­ vintes, despertando o interesse para o restante da mensagem. Pode começar com uma ilus­ tração, um relato interessante, sempre ligado ao tema do ser­ mão. Um outro recurso muito bom é começar com uma pergunta para o auditório, cuja resposta será dada pelo pregador duran­ te a mensagem. Se for uma per­ gunta interessante, a atenção do povo está garantida até o final do sermão. Não é aconselhável ultrapas­ sar os cinco minutos. Assim como a decolagem é es­ sencial para um voo bem sucedi­ do, da mesma forma toda a aten­ ção precisa ser dada à introdução de um sermão: a) Características da boa in­ trodução: • Desperta a atenção. • Está ligada ao tema. • É clara e simples.F • E breve e direta. b) Cuidados a tomar na intro­ dução: • Não ficar se desculpando. • Não prometer uma grande mensagem. • Não tentar impressionar com palavras difíceis, • Não sobrecarregar a intro­ dução com muitas informa­ ções. 37
  • 50. II. DESENVOLVIMENTO .> E a mensagem a ser transmiti­ da. Aqui será interpretado o texto e abordado o tema da mensagem. 0 desenvolvimento do sermão exige uma atenção especial, pois a introdução foi um preparo para este momento, e o que virá após fechará o assunto. 1. Tópicos e sub-tópicos. São as divisões, ou seções, do desen­ volvimento de um sermão bem ordenado. Quer sejam enuncia­ das durante a ministração, quer não, um sermão corretamente planejado será dividido em par­ tes distintas que contribuirão para sua unidade. Os tópicos e sub-tópicos de­ vem ser claros e simples. Procu­ re seguir um padrão uniforme. Exemplo: Se a primeira divisão foi apresentada em forma de pergun­ ta, recomenda-se que os demais pontos sigam o mesmo padrão. Não exagere na quantidade de tópicos e sub-tópicos. Essas divi­ sões devem ser elaboradas har- monicamente. Em alguns casos, o próprio texto bíblico já tem sua própria divisão, que usaremos para formar os tópicos. Empregue o menor número possível de divisões principais. Vantagens das divisões: a) Ajudam a esclarecer os pon­ tos do sermão. b) Ajudam a recordar os prin­ cipais aspectos do sermão. Lição 6 - Organizando as Ideias c) Demonstram zelo e organi­ zação por parte do pregador. A experiência mostra que sermões organizados e criterio- samente divididos em tópicos e sub-tópicos são mais facilmente lembrados. Todos nós conhece­ mos aquela situação em que as pessoas que se dizem abençoa­ das pelo sermão, quando per­ guntadas pelo teor da mensagem já não se lembram, ou se recor­ dam apenas vagamente. Pode até ser falha de memória, no entan­ to, na maioria dos casos, foi falta de didática do pregador. 2. Fundamento bíblico. Isso significa "provar" seus argumen­ tos com versículos pertinentes ao assunto, porém sem exagero. Um bom sermão não é necessa­ riamente aquele que usa muitos textos bíblicos. Lembre-se, nova­ mente, que o objetivo é sempre esclarecer jesus Cristo usou a Palavra de Deus (a Bíblia de que dispunha, o Antigo Testamento) para com­ bater a Satanás. Também a usa­ va quando pregava. A Palavra de Deus é a primeira fonte do pre­ gador. Um pregador sem conhe­ cimento da Bíblia não chegará a lugar algum. 3. Transições. As transições são responsáveis por conectar todos os tópicos de um sermão, fazendo com que o tema flua na­ turalmente. Na transição de um 38
  • 51. Lição 6 - Oiyanizando as Ideias tópico para outro utilize pergun­ tas sobre o que foi falado, para o ouvinte refletir sobre o tópico em sua vida pessoal e, em se­ guida à pergunta, faça uma 'afir­ mação do tópico', por exemplo: 'Você tem fé?'; 'Creia, pois tudo é possível ao que crê!'. Certamente você ouvirá muitos 'améns' após esta parte e estará pronto para o próximo tópico. Não demore muito em um tó­ pico pois seu tempo ficará com­ prometido nos tópicos seguintes. A duração de um sermão deve ser de trinta a quarenta e cinco minutos. Já um estudo bíblico, pode durar uma hora, aproxima­ damente. É claro que o Espírito Santo pode quebrar esses limi­ tes, mas precisamos ter certeza de que é Ele mesmo quem está fazendo isso. IIL CONCLUSÃO É um resumo do sermão, uma recapitulação e reafirmação dos argumentos apresentados. É uma espécie de sobremesa após o pra­ to principal, Uma boa conclusão normalmente contém os seguin­ tes elementos: Recapitulação, Aplicação e Apelo.1 1. Recapitulação. É a reafirma­ ção dos argumentos apresentados. Aqui devemos ser extremamente cuidadosos, pois é o momento de dizer onde chegamos. Não se deve acrescentar ma­ térias ou ideias novas apenas re­ sumidamente mostrar por aonde se andou. 2. Aplicação pessoal. Uma boa conclusão, além de clara, tam­ bém deve ser direta e pessoal, ou seja, pessoaliza-se o sermão aqui. Cada ouvinte deve saber que está se falando especialmente para ele, É o momento de persuadir amoro­ samente os ouvintes a praticarem o que se ouviu. Deve ser dirigida a todos, com muito entusiasmo apelando à consciência e aos sen­ timentos de cada um. 3. Apelo. Após a "amarração" final, chega-se ao apelo. 0 assun­ to está encerrado e pode-se fazer o apelo. Todo pregador que deseja alcançar êxito em ganhar almas não o alcançará a menos que cada vez que pregue, ao finalizar o as­ sunto, faça um fervoroso apelo. Exemplos bíblicos: a) "Escolhei, hoje, a quem sir­ vais" (Js 24,15). b) "Quem é do SENHOR venha até mim" (Êx 32.26). c) "Vinde a mim" (Mt 11.28). d) "Eis que estou à porta e bato" (Ap 3.20). É muito importante que o apelo leve a uma manifestação pública, seja ela: levantar a mão; ficar em pé; vir à frente; ajoe- lhar-se para oração; preencher um cartão. Apele com confiança, e não desista logo. Muitos demorarão a 39
  • 52. Lição 6 - Organizando as Ideias C EXEMPLO DE ESBOÇO ( ----------------------------------------------------------------------------------> FAMÍLIA, ALIANÇA DE AMOR E VIDA (Ef 5.25-6.2) INTRODUÇÃO tomar uma decisão, por isso você deve dar-lhes tempo. Acima de tudo, e principal­ mente, lembre-se de que é o Es­ pírito Santo quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). L A FAMÍLIA NA BÍBLIA 1. Origem da família Gn 1.26-28 2. Queda da família Gn 3.6 3. Propósito imutável Gn 1.28 É. RESTAURAÇÃO DA FAMÍLIA 1, Corrupção da família Tg 1.15 2, Compromisso de Deus At 16.31 3, Salvação da família Gn 7.1 III. OS MEMBROS DA FAMÍLIA 1. Esposo Ef 5.25 2. Esposa Ef 5.22 3. Pais Ef6.4 4. Filhos Ef 6.1,2 CONCLUSÃO r : -------------------------- APL1CAÇAO PESSOAL Cada crente é"filho(a) de Deus", literal mente; sua vida é como uma "carta" de Cristo, conhecida e "lida" por todos. Que a mensagem de nossa vida seja abençoada e aben- çoadora, de tal modo que muitos encontrem o Caminho através do j ( A RESPONDA 1) Quais as três seções distintas de um sermão? 2) Cite um dos cuidados que se deve tomar na introdução de um sermão. 3) Quais elementos devem ser considerados na conclusão da mensagem? • V. 40