1) Os mercados financeiros externos e domésticos melhoraram em abril, com reduções nos CDS de Brasil, Itália e Espanha, devido aos estímulos de liquidez nas economias desenvolvidas.
2) Nos EUA, cortes automáticos de gastos podem reduzir o crescimento do PIB de 2,3% para 1,8% em 2013, apesar da forte expansão no primeiro trimestre.
3) Na zona do euro, intervenções do ESM e BCE mantiveram juros soberanos baixos na Itália
Retrospectiva Prospectiva: Ajustes e ComplicaçõesBanco Pine
O documento discute a desvalorização das moedas de economias emergentes e desenvolvidas em relação ao dólar americano no mês passado, devido principalmente à mudança na postura do Fed em relação à política monetária e à desaceleração do crescimento econômico global. A desvalorização do real brasileiro é atribuída à queda nos preços das commodities, redução dos fluxos financeiros externos e instabilidade política interna. O autor argumenta que o real tende a se estabilizar próximo a R$2,25/US$
Retrospectiva Prospectiva: O ex-prodígio reverte à médiaBanco Pine
O documento discute as condições econômicas no Brasil, EUA e zona do euro. No Brasil, há sinais de que os juros podem subir devido à inflação próxima ao limite da meta. Na zona do euro, a crise cipriota aumentou a incerteza e pode levar a fuga de depósitos. Nos EUA, cortes automáticos de gastos podem reduzir o crescimento caso não haja acordo sobre o orçamento.
O artigo analisa a rápida desaceleração da economia brasileira para os anos de 2011-2014, no qual esta cresceu apenas 2,1% em média anual, em comparação a média de crescimento de 4,4% do
período 2004-2010. O crescimento do período 2004-2010 foi mais do que o dobro da média anual
dos 23 anos anteriores. Dessa forma, é importante entender por que essa maior taxa de crescimento – embora bastante menor que a do período anterior a década de 80 – não se sustentou nos últimos 4 anos.
Este documento discute o crescimento econômico e a distribuição de renda no Brasil na década de 2000. A autora argumenta que a melhoria dos indicadores macroeconômicos resultou da interação entre mudanças externas favoráveis desde 2003 e pequenas mudanças na política econômica doméstica desde 2005. A autora também avalia os limites deste modelo de crescimento e propõe alternativas de política econômica.
Boletim 30 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
- O governo Lula encerrou seu primeiro ano com queda de 0,2% no PIB e taxa de inflação de 9,3%, acima da meta. A política econômica continuará focada em austeridade fiscal e juros altos.
- O crescimento no quarto trimestre foi impulsionado pelo setor agropecuário e os serviços tiveram pouco crescimento. A taxa de desemprego permanece alta em 12,3% em média.
- A inflação foi impulsionada principalmente pelos preços administrados das concessionárias. A meta para 2004 é
Em recente palestra proferida num seminário promovido pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal em homenagem a Werner
Baer, o Prof. Edmar Bacha declarou: "Todas as grandes economias mundiais são
abertas, mas o Brasil não. […] Somos um gigante de 3% do PIB global, mas um anão
com apenas 1,5% das exportações."
Bacha reintroduz, um quarto de século após o seu lançamento original, a
noção de que a abertura comercial permitirá ao Brasil ganhar produtividade:
"O encaminhamento das medidas fiscais vai tirar o fantasma fiscal que existe hoje, e
posteriormente poderemos enfrentar a falta de produtividade com a abertura da economia.
[…] Essa é a medida para elevar a produtividade"
O documento analisa a situação econômica do Brasil no primeiro trimestre de 2016. Apesar de a queda do PIB ter sido menor do que o esperado, os indicadores sugerem que a economia continua em recessão. O desemprego continua crescendo e não há sinais de que o consumo ou investimentos possam se recuperar em breve. Além disso, as políticas econômicas do governo Temer parecem estar focadas em ajustes fiscais recessivos em vez de estimular o crescimento.
A rápida desaceleração da economia brasileira apresenta um duro desafio para o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) liderado por Dilma Rousseff. Entre 2011 e 2014, o crescimento econômico médio foi de apenas 2,1% ao ano, comparado com 4,4% no período 2004-2010.
A recente queda pode ser diretamente atribuída à política econômica implementada por Dilma no primeiro mandato (2011-14)1. Esta mudança na orientação da política economica procurou reduzir o papel direto do Estado na promoção da expansão da demanda agregada por meio de estímulos fiscais e a promoção da mudança estrutural pelo lado da oferta por intermédio do investimento público, uma estratégia que havia sido bastante exitosa até 2010. Porém, as políticas sociais inclusivas preocupadas com a redução da desigualdade continuaram em curso.
Retrospectiva Prospectiva: Ajustes e ComplicaçõesBanco Pine
O documento discute a desvalorização das moedas de economias emergentes e desenvolvidas em relação ao dólar americano no mês passado, devido principalmente à mudança na postura do Fed em relação à política monetária e à desaceleração do crescimento econômico global. A desvalorização do real brasileiro é atribuída à queda nos preços das commodities, redução dos fluxos financeiros externos e instabilidade política interna. O autor argumenta que o real tende a se estabilizar próximo a R$2,25/US$
Retrospectiva Prospectiva: O ex-prodígio reverte à médiaBanco Pine
O documento discute as condições econômicas no Brasil, EUA e zona do euro. No Brasil, há sinais de que os juros podem subir devido à inflação próxima ao limite da meta. Na zona do euro, a crise cipriota aumentou a incerteza e pode levar a fuga de depósitos. Nos EUA, cortes automáticos de gastos podem reduzir o crescimento caso não haja acordo sobre o orçamento.
O artigo analisa a rápida desaceleração da economia brasileira para os anos de 2011-2014, no qual esta cresceu apenas 2,1% em média anual, em comparação a média de crescimento de 4,4% do
período 2004-2010. O crescimento do período 2004-2010 foi mais do que o dobro da média anual
dos 23 anos anteriores. Dessa forma, é importante entender por que essa maior taxa de crescimento – embora bastante menor que a do período anterior a década de 80 – não se sustentou nos últimos 4 anos.
Este documento discute o crescimento econômico e a distribuição de renda no Brasil na década de 2000. A autora argumenta que a melhoria dos indicadores macroeconômicos resultou da interação entre mudanças externas favoráveis desde 2003 e pequenas mudanças na política econômica doméstica desde 2005. A autora também avalia os limites deste modelo de crescimento e propõe alternativas de política econômica.
Boletim 30 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
- O governo Lula encerrou seu primeiro ano com queda de 0,2% no PIB e taxa de inflação de 9,3%, acima da meta. A política econômica continuará focada em austeridade fiscal e juros altos.
- O crescimento no quarto trimestre foi impulsionado pelo setor agropecuário e os serviços tiveram pouco crescimento. A taxa de desemprego permanece alta em 12,3% em média.
- A inflação foi impulsionada principalmente pelos preços administrados das concessionárias. A meta para 2004 é
Em recente palestra proferida num seminário promovido pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal em homenagem a Werner
Baer, o Prof. Edmar Bacha declarou: "Todas as grandes economias mundiais são
abertas, mas o Brasil não. […] Somos um gigante de 3% do PIB global, mas um anão
com apenas 1,5% das exportações."
Bacha reintroduz, um quarto de século após o seu lançamento original, a
noção de que a abertura comercial permitirá ao Brasil ganhar produtividade:
"O encaminhamento das medidas fiscais vai tirar o fantasma fiscal que existe hoje, e
posteriormente poderemos enfrentar a falta de produtividade com a abertura da economia.
[…] Essa é a medida para elevar a produtividade"
O documento analisa a situação econômica do Brasil no primeiro trimestre de 2016. Apesar de a queda do PIB ter sido menor do que o esperado, os indicadores sugerem que a economia continua em recessão. O desemprego continua crescendo e não há sinais de que o consumo ou investimentos possam se recuperar em breve. Além disso, as políticas econômicas do governo Temer parecem estar focadas em ajustes fiscais recessivos em vez de estimular o crescimento.
A rápida desaceleração da economia brasileira apresenta um duro desafio para o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) liderado por Dilma Rousseff. Entre 2011 e 2014, o crescimento econômico médio foi de apenas 2,1% ao ano, comparado com 4,4% no período 2004-2010.
A recente queda pode ser diretamente atribuída à política econômica implementada por Dilma no primeiro mandato (2011-14)1. Esta mudança na orientação da política economica procurou reduzir o papel direto do Estado na promoção da expansão da demanda agregada por meio de estímulos fiscais e a promoção da mudança estrutural pelo lado da oferta por intermédio do investimento público, uma estratégia que havia sido bastante exitosa até 2010. Porém, as políticas sociais inclusivas preocupadas com a redução da desigualdade continuaram em curso.
Boletim 46 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O Brasil saiu da recessão no segundo trimestre de 2009 com crescimento de 1,9% do PIB, após três meses de queda devido à crise mundial.
2. A indústria e o emprego começaram a se recuperar, mas problemas como apreciação do Real e deterioração fiscal podem ameaçar a continuidade da recuperação.
3. Os índices de inflação como IPCA e IGP-DI apresentaram desaceleração nos últimos meses, ficando abaixo do centro da meta, mas há riscos de alta dev
O documento analisa a situação econômica internacional e nacional. Internacionalmente, há sinais de fim da crise com crescimento da produção industrial na Inglaterra. No entanto, a produção no ano ainda está 9,3% abaixo do ano passado. Discute-se também a proposta da ONU de criar uma moeda mundial, mas o dólar deve continuar como moeda de referência. Nacionalmente, o Copom manteve a taxa Selic em 8,75% por cautela, já que os efeitos das reduções anteriores ainda não foram totalmente sentidos.
Efeitos Temporários Duradouros | Retrospectiva Prospectiva: Comentários Mensa...Banco Pine
O documento discute os efeitos da postergação do tapering pelo Fed nos preços de ativos globais e no real brasileiro. Ele argumenta que os juros baixos nos EUA manterão o real valorizado perto de R$2,20/US$, enquanto a inflação brasileira deve ficar em torno de 5,8% em 2013 e 6,0% em 2014, permitindo que a taxa Selic se estabilize em 10%. Riscos fiscais nos EUA podem aumentar a volatilidade, mas o real deve permanecer forte.
A economia brasileira crescerá 2,1% no próximo ano, menos do que os 2,4% estimados para 2013. A indústria deverá ter uma expansão de 2,0% em 2014, superior ao 1,4% previstos para 2013. As estimativas estão na edição especial do Informe Conjuntural, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira, 19 de dezembro.
Boletim 50 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento descreve o difícil cenário econômico do Brasil em 2014, com desaceleração do crescimento, inflação elevada, aumento das taxas de juros, deterioração das contas públicas, desvalorização cambial e déficit em transações correntes. O autor argumenta que a política econômica brasileira enfrentará limites para reverter este quadro desfavorável.
Boletim 49 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento analisa a política econômica do governo brasileiro e seus impactos na economia nos últimos anos.
2) A política econômica focada no consumo teve efeitos positivos inicialmente, mas falhou em estimular investimentos e reformas para um crescimento sustentável.
3) Isso levou a uma desaceleração da economia, aumento da inflação e deterioração das contas públicas e externas, forçando o governo a rever suas políticas.
Pine Flash Note: Ata do Copom – o dono da bola é o dono do jogoBanco Pine
O documento resume a ata da última reunião do Copom. (1) O Copom reconhece que a inflação está mais alta do que o esperado e temporariamente. (2) As projeções do BC apontam para piora da inflação em 2013 em comparação à reunião anterior. (3) A atividade econômica está aquém do esperado, devido a limitações na oferta mais do que na demanda.
Boletim 52 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento descreve a situação econômica do Brasil em 2014 e início de 2015. A economia brasileira estagnou em 2014 e apresentou piora em vários indicadores como inflação, contas públicas, conta externa e atividade industrial. Em 2015, o governo anunciou um ajuste fiscal, mas sem medidas para estimular o crescimento, o que pode aprofundar a recessão.
1) O documento analisa a guinada neoliberal recente na política econômica brasileira, que levou o país à recessão e aumento do desemprego.
2) A política econômica implementada a partir de 2011 desacelerou o crescimento por meio de cortes no investimento público, em contraste com a estratégia anterior de estímulo à demanda.
3) Apesar da crise ter sido gerada internamente, o governo tentou culpar fatores externos, ignorando que o Brasil mantinha posição econômica sól
Salários e impostos – sua evolução no século XXIGRAZIA TANTA
O documento analisa a evolução dos salários médios e das taxas de impostos sobre o rendimento em sete países europeus entre 2000-2019. De modo geral, os salários médios aumentaram moderadamente em todos os países, com exceção da Grécia onde diminuíram. As taxas de impostos também aumentaram na maioria dos países, com Portugal apresentando um grande aumento em 2013 sob pressão da Troika.
O relatório descreve o desempenho econômico da América do Sul como decepcionante, com crescimento fraco e estagnado. Alguns países como Brasil e Argentina podem ver melhorias em 2017, mas o cenário continua complexo com riscos de expansão desiguais entre regiões. A maioria dos países apresenta desafios fiscais e de atividade econômica.
A crise econômica e financeira mundial é mais profunda e generalizada e seus efeitos serão mais duradouros do que se imaginava. A crise continua a se desenrolar e as suas causas e intervenções serão, sem dúvida, objeto de debate por muitos anos. O cenário atual brasileiro é um dos mais favoráveis do mundo, em praticamente todos os setores de atividade econômica
A crise econômica que afeta os Estados Unidos e a Europa está se espalhando para outros países devido à interdependência global. Isso pode impactar o Brasil através da desvalorização do Real frente ao dólar e aumento dos preços de importados, gerando inflação. A crise na Europa não deve afetar diretamente o emprego ou investimentos no Brasil, mas pode redirecioná-los para cá.
A taxa de crescimento da economia brasileira é uma das baixas dentre todos os países em desenvolvimento. Apesar dos avanços significativos nas áreas econômica e social nos últimos anos, ainda restam alguns ajustes estruturais fundamentais para assegurar o crescimento sustentado. O cenário é favorável, em especial, em alguns setores, como a petroquímica, mineração, telecomunicações, bancário, papel e varejo, em geral
Boletim 55 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento analisa a situação econômica brasileira sob o governo Temer, criticando a agenda neoliberal implementada.
2) A PEC 55, que estabelece um teto para gastos públicos por 20 anos, é vista como forma de subordinar o orçamento federal ao pagamento da dívida pública e cortar gastos sociais.
3) A política econômica de Temer é criticada por se concentrar apenas nos cortes de gastos sem estimular o crescimento ou investimentos.
O documento apresenta uma análise da conjuntura econômica brasileira no mês de outubro de 2014. A economia atravessa um momento complexo com fraco crescimento da atividade econômica, pressões inflacionárias e déficit nas contas externas. A desaceleração da demanda levou à recessão técnica no primeiro semestre, diferente de crises anteriores que tiveram causas externas. O desemprego permanece baixo, mas há desaceleração no mercado de trabalho.
Boletim 56 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento analisa a situação econômica do Brasil em 2017. Aponta que a crise brasileira vai além de uma crise econômica conjuntural e que o modelo político do país não apresenta mais saídas aceitáveis. Discute as reformas neoliberais implementadas desde os anos 1990 e seus resultados negativos. Também analisa as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo Temer e seus possíveis impactos negativos.
O brasil rumo à depressão econômica e à mudança politica e socialFernando Alcoforado
O documento discute a situação econômica do Brasil, afirmando que o país está em estagflação com baixo crescimento e alta inflação. A política econômica atual do governo, focada em estimular o consumo, não está funcionando e pode levar o Brasil à depressão econômica. Além disso, a crise deve piorar os problemas sociais no país à medida que o desemprego e a perda de poder de compra aumentam.
Retrospectiva Prospectiva: Um futuro não muito brilhanteBanco Pine
1) A conjuntura econômica mundial mostra sinais de recuperação moderada, mas com riscos de desaceleração nos EUA e continua recessão na zona do euro.
2) Na China, indicadores recentes sugerem crescimento do PIB chinês de 8% em 2013.
3) No Brasil, o PIB do 3T12 frustrou as expectativas, crescendo apenas 0,9% no ano, puxado pela queda nos investimentos e serviços financeiros.
Boletim 31 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a política econômica do governo Lula e as perspectivas de crescimento da economia brasileira. Apesar de grandes superávits primários, o Brasil ainda tem déficit nominal devido aos altos juros. Além disso, a economia brasileira continua vulnerável a choques externos e os fundamentos para um crescimento sustentado não parecem sólidos.
Boletim 46 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O Brasil saiu da recessão no segundo trimestre de 2009 com crescimento de 1,9% do PIB, após três meses de queda devido à crise mundial.
2. A indústria e o emprego começaram a se recuperar, mas problemas como apreciação do Real e deterioração fiscal podem ameaçar a continuidade da recuperação.
3. Os índices de inflação como IPCA e IGP-DI apresentaram desaceleração nos últimos meses, ficando abaixo do centro da meta, mas há riscos de alta dev
O documento analisa a situação econômica internacional e nacional. Internacionalmente, há sinais de fim da crise com crescimento da produção industrial na Inglaterra. No entanto, a produção no ano ainda está 9,3% abaixo do ano passado. Discute-se também a proposta da ONU de criar uma moeda mundial, mas o dólar deve continuar como moeda de referência. Nacionalmente, o Copom manteve a taxa Selic em 8,75% por cautela, já que os efeitos das reduções anteriores ainda não foram totalmente sentidos.
Efeitos Temporários Duradouros | Retrospectiva Prospectiva: Comentários Mensa...Banco Pine
O documento discute os efeitos da postergação do tapering pelo Fed nos preços de ativos globais e no real brasileiro. Ele argumenta que os juros baixos nos EUA manterão o real valorizado perto de R$2,20/US$, enquanto a inflação brasileira deve ficar em torno de 5,8% em 2013 e 6,0% em 2014, permitindo que a taxa Selic se estabilize em 10%. Riscos fiscais nos EUA podem aumentar a volatilidade, mas o real deve permanecer forte.
A economia brasileira crescerá 2,1% no próximo ano, menos do que os 2,4% estimados para 2013. A indústria deverá ter uma expansão de 2,0% em 2014, superior ao 1,4% previstos para 2013. As estimativas estão na edição especial do Informe Conjuntural, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira, 19 de dezembro.
Boletim 50 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento descreve o difícil cenário econômico do Brasil em 2014, com desaceleração do crescimento, inflação elevada, aumento das taxas de juros, deterioração das contas públicas, desvalorização cambial e déficit em transações correntes. O autor argumenta que a política econômica brasileira enfrentará limites para reverter este quadro desfavorável.
Boletim 49 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento analisa a política econômica do governo brasileiro e seus impactos na economia nos últimos anos.
2) A política econômica focada no consumo teve efeitos positivos inicialmente, mas falhou em estimular investimentos e reformas para um crescimento sustentável.
3) Isso levou a uma desaceleração da economia, aumento da inflação e deterioração das contas públicas e externas, forçando o governo a rever suas políticas.
Pine Flash Note: Ata do Copom – o dono da bola é o dono do jogoBanco Pine
O documento resume a ata da última reunião do Copom. (1) O Copom reconhece que a inflação está mais alta do que o esperado e temporariamente. (2) As projeções do BC apontam para piora da inflação em 2013 em comparação à reunião anterior. (3) A atividade econômica está aquém do esperado, devido a limitações na oferta mais do que na demanda.
Boletim 52 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento descreve a situação econômica do Brasil em 2014 e início de 2015. A economia brasileira estagnou em 2014 e apresentou piora em vários indicadores como inflação, contas públicas, conta externa e atividade industrial. Em 2015, o governo anunciou um ajuste fiscal, mas sem medidas para estimular o crescimento, o que pode aprofundar a recessão.
1) O documento analisa a guinada neoliberal recente na política econômica brasileira, que levou o país à recessão e aumento do desemprego.
2) A política econômica implementada a partir de 2011 desacelerou o crescimento por meio de cortes no investimento público, em contraste com a estratégia anterior de estímulo à demanda.
3) Apesar da crise ter sido gerada internamente, o governo tentou culpar fatores externos, ignorando que o Brasil mantinha posição econômica sól
Salários e impostos – sua evolução no século XXIGRAZIA TANTA
O documento analisa a evolução dos salários médios e das taxas de impostos sobre o rendimento em sete países europeus entre 2000-2019. De modo geral, os salários médios aumentaram moderadamente em todos os países, com exceção da Grécia onde diminuíram. As taxas de impostos também aumentaram na maioria dos países, com Portugal apresentando um grande aumento em 2013 sob pressão da Troika.
O relatório descreve o desempenho econômico da América do Sul como decepcionante, com crescimento fraco e estagnado. Alguns países como Brasil e Argentina podem ver melhorias em 2017, mas o cenário continua complexo com riscos de expansão desiguais entre regiões. A maioria dos países apresenta desafios fiscais e de atividade econômica.
A crise econômica e financeira mundial é mais profunda e generalizada e seus efeitos serão mais duradouros do que se imaginava. A crise continua a se desenrolar e as suas causas e intervenções serão, sem dúvida, objeto de debate por muitos anos. O cenário atual brasileiro é um dos mais favoráveis do mundo, em praticamente todos os setores de atividade econômica
A crise econômica que afeta os Estados Unidos e a Europa está se espalhando para outros países devido à interdependência global. Isso pode impactar o Brasil através da desvalorização do Real frente ao dólar e aumento dos preços de importados, gerando inflação. A crise na Europa não deve afetar diretamente o emprego ou investimentos no Brasil, mas pode redirecioná-los para cá.
A taxa de crescimento da economia brasileira é uma das baixas dentre todos os países em desenvolvimento. Apesar dos avanços significativos nas áreas econômica e social nos últimos anos, ainda restam alguns ajustes estruturais fundamentais para assegurar o crescimento sustentado. O cenário é favorável, em especial, em alguns setores, como a petroquímica, mineração, telecomunicações, bancário, papel e varejo, em geral
Boletim 55 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento analisa a situação econômica brasileira sob o governo Temer, criticando a agenda neoliberal implementada.
2) A PEC 55, que estabelece um teto para gastos públicos por 20 anos, é vista como forma de subordinar o orçamento federal ao pagamento da dívida pública e cortar gastos sociais.
3) A política econômica de Temer é criticada por se concentrar apenas nos cortes de gastos sem estimular o crescimento ou investimentos.
O documento apresenta uma análise da conjuntura econômica brasileira no mês de outubro de 2014. A economia atravessa um momento complexo com fraco crescimento da atividade econômica, pressões inflacionárias e déficit nas contas externas. A desaceleração da demanda levou à recessão técnica no primeiro semestre, diferente de crises anteriores que tiveram causas externas. O desemprego permanece baixo, mas há desaceleração no mercado de trabalho.
Boletim 56 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento analisa a situação econômica do Brasil em 2017. Aponta que a crise brasileira vai além de uma crise econômica conjuntural e que o modelo político do país não apresenta mais saídas aceitáveis. Discute as reformas neoliberais implementadas desde os anos 1990 e seus resultados negativos. Também analisa as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo Temer e seus possíveis impactos negativos.
O brasil rumo à depressão econômica e à mudança politica e socialFernando Alcoforado
O documento discute a situação econômica do Brasil, afirmando que o país está em estagflação com baixo crescimento e alta inflação. A política econômica atual do governo, focada em estimular o consumo, não está funcionando e pode levar o Brasil à depressão econômica. Além disso, a crise deve piorar os problemas sociais no país à medida que o desemprego e a perda de poder de compra aumentam.
Retrospectiva Prospectiva: Um futuro não muito brilhanteBanco Pine
1) A conjuntura econômica mundial mostra sinais de recuperação moderada, mas com riscos de desaceleração nos EUA e continua recessão na zona do euro.
2) Na China, indicadores recentes sugerem crescimento do PIB chinês de 8% em 2013.
3) No Brasil, o PIB do 3T12 frustrou as expectativas, crescendo apenas 0,9% no ano, puxado pela queda nos investimentos e serviços financeiros.
Boletim 31 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a política econômica do governo Lula e as perspectivas de crescimento da economia brasileira. Apesar de grandes superávits primários, o Brasil ainda tem déficit nominal devido aos altos juros. Além disso, a economia brasileira continua vulnerável a choques externos e os fundamentos para um crescimento sustentado não parecem sólidos.
Boletim 39 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento discute a política econômica brasileira no terceiro trimestre de 2007, que apresentou bons resultados como crescimento do PIB, investimento e emprego.
2) A inflação aumentou pontualmente em agosto, mas não compromete a meta de 4,5% para 2007.
3) As perspectivas de longo prazo trazem incertezas devido ao cenário externo, com riscos de recessão mundial afetando o Brasil.
TEC 2010 06 - Distribuição dos grupos de cor ou raça e sexo pelos ramos de at...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a conjuntura econômica recente no Brasil e indicadores do mercado de trabalho nas 6 maiores regiões metropolitanas.
2. No primeiro trimestre de 2010, a taxa de crescimento do PIB foi de 2,4% e houve aumento no rendimento do trabalho e queda no desemprego.
3. Contudo, o alto crescimento também traz riscos como inflação e dependência de investimentos especulativos, o que pode afetar negativamente a população.
O relatório resume a situação econômica brasileira e mundial no 3o trimestre de 2011. A economia brasileira está sujeita a desdobramentos da crise econômica internacional. No Brasil, a inflação está acima da meta e o Banco Central reduziu a taxa Selic para incentivar o mercado interno, apesar dos riscos de recessão global.
Calendário Econômico Pine: Um pouco de tudoBanco Pine
O déficit em transações correntes do Brasil deve ser menor em agosto, enquanto o investimento estrangeiro direto também deve diminuir. A taxa de desemprego deve subir para 5,6% em agosto. O Banco Central sinalizou que continuará elevando a taxa Selic para conter a inflação.
Boletim 42 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a inflação no Brasil no primeiro semestre de 2008 e as perspectivas para o restante do ano. Em três frases: A inflação permaneceu acima da meta no período devido principalmente ao aumento dos preços dos alimentos. O Banco Central manteve a política de aumentar os juros para controlar a inflação. Há incerteza sobre o crescimento da economia brasileira diante da desaceleração mundial e queda dos preços das commodities.
Calendário Econômico Pine: COPOM e o cenário prospectivoBanco Pine
O documento resume a reunião do COPOM de agosto, prevendo uma redução da taxa Selic para 7,5%, e sua manutenção nesse patamar. Também projeta o PIB do 2T12 em 0,5% e crescimento de 1,9% em 2012, com riscos de revisão para baixo.
Boletim 35 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a conjuntura econômica brasileira no primeiro semestre de 2005. A política monetária manteve a taxa Selic em 19,75% para controlar a inflação, que apresentou deflação. A desaceleração da economia levou a queda nos preços de alimentos e combustíveis. Apesar de alguns indicadores positivos, a política cambial repressiva e taxas de juros altas continuam prejudicando a atividade produtiva.
Calendário Econômico Pine: Momento de decisão, o retornoBanco Pine
O documento analisa indicadores econômicos brasileiros e projeções para o PIB do primeiro trimestre de 2013. Projeta-se que o PIB cresça 0,8% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2012, impulsionado principalmente pelos investimentos. A decisão do Copom sobre a taxa Selic em maio também é discutida.
1. A economia mundial começou a se recuperar em 2010, mas o crescimento não foi o suficiente para repor as perdas de 2009 e o nível de produção e emprego de 2008 ainda não foi alcançado.
2. As dívidas dos bancos e governos aumentaram muito devido aos estímulos para combater a crise, colocando as finanças públicas em situação difícil.
3. Persistem incertezas sobre a solidez da recuperação econômica em curso e sobre a capacidade dos países de honrarem seus compromissos
Boletim 40 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) A economia brasileira encerrou 2007 com bons resultados, como crescimento do PIB de 5,4% e superávit na balança de pagamentos, porém o governo enfrenta desafios como a desaceleração da economia mundial e riscos inflacionários internos.
2) A inflação medida pelo IPCA atingiu 4,46% em 2007, dentro da meta de 4,5%, porém o Banco Central mostrou preocupação com o aumento no último trimestre, principalmente devido aos alimentos.
3) Apesar de alguns itens terem
Boletim 29 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. A política econômica do governo Lula continua sendo neoliberal, com foco em metas de inflação e superávit fiscal.
2. Os resultados econômicos do primeiro ano de governo foram insatisfatórios, com baixo crescimento e alta taxa de desemprego.
3. O governo aposta em uma retomada do crescimento em 2004, porém depende de fatores fora de seu controle e das reformas propostas não terem sido aprovadas.
Boletim 48 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento resume o desempenho da economia brasileira em 2012. Apesar das políticas econômicas expansionistas do governo para estimular o crescimento, o PIB cresceu apenas 0,9% em 2012, sustentado principalmente pelo consumo das famílias. A indústria e os investimentos tiveram queda. A política econômica enfrenta agora o desafio de estimular investimentos para gerar crescimento sustentável, sem causar aumento da inflação.
Acompanhamento Conjuntural - Dezembro 2011Sistema FIEB
O documento resume:
1) O PIB brasileiro registrou estagnação no 3o trimestre de 2011, sinalizando desaceleração econômica.
2) O Copom reduziu a taxa Selic para 11%, visando estímulo econômico diante da crise externa.
3) A inflação medida pelo IPCA acelerou em novembro para 0,52%, acumulando 6,64% em 12 meses.
Pine Flash Note: Câmbio no Brasil – “termômetros” e projeçõesBanco Pine
(1) O relatório analisa a trajetória do real brasileiro em um cenário de maior volatilidade e risco, tornando projeções mais difíceis. (2) Em maio, houve forte entrada líquida de dólares no Brasil, porém saídas financeiras também aumentaram. (3) A manutenção do déficit em conta corrente e redução dos fluxos de capitais podem levar o real a se desvalorizar para perto de R$2,20 até o final do ano.
Pine Flash Note: Parada súbita - temporária ou permanente?Banco Pine
1) A economia brasileira está enfrentando uma desaceleração do crescimento, deterioração das contas externas e enfraquecimento do real;
2) Isso ocorre devido à redução do crescimento chinês e mundial, aumento dos juros nos EUA e déficit em conta corrente do Brasil;
3) A tendência é de que o real continue se desvalorizando em relação ao dólar nos próximos anos, a menos que haja entrada de capital estrangeiro ou intervenção do Banco Central.
Calendário Econômico Pine: um olho no peixe, outro na Ata do CopomBanco Pine
1) O IPCA-15 de janeiro deve aumentar 0,81%, acima das estimativas anteriores, levando a taxa em 12 meses para 5,9%. 2) A Ata do Copom deve reconhecer que a inflação está mais alta do que o esperado e mostrar projeções piores tanto no cenário de referência quanto no de mercado. 3) As operações de crédito em dezembro devem mostrar aumento no estoque total e nas concessões, com aceleração esperada nos desembolsos do BNDES.
TEC 2010 05 - Indicadores de desemprego e de subocupaçãoLAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a conjuntura econômica recente, focando na crise na zona do Euro e seus impactos.
2. Apresenta estatísticas sobre rendimento médio e taxa de desemprego nas maiores regiões metropolitanas brasileiras em março de 2010.
3. Destaca a desigualdade salarial entre brancos e negros, com os brancos recebendo em média 93,3% a mais.
Boletim 51 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) A economia brasileira apresentou desempenho fraco nos últimos anos com taxas negativas de crescimento do PIB nos dois primeiros trimestres de 2014, entrando em recessão técnica.
2) Após as eleições, o governo anunciou medidas de austeridade como aumento de juros e cortes de gastos para equilibrar as contas públicas, mas isso pode reduzir ainda mais o crescimento econômico.
3) Para conciliar crescimento econômico e programas sociais, o governo precisa reduzir
Semelhante a Retrospectiva Prospectiva: Jogo de Paciência (20)
Graus de Miopia| Comentários Diários de Economia e NegóciosBanco Pine
O IPCA de setembro registrou variação mensal de 0,35%, ligeiramente acima das projeções. A taxa anual ficou em 5,86%, a primeira vez abaixo de 6% desde dezembro de 2012. Apesar da desaceleração da inflação, os analistas acreditam que as condições para sustentar a queda da inflação em 2014 ainda não estão garantidas.
Calendário Econômico Pine: Cenas do próximo capítuloBanco Pine
O documento resume as expectativas para indicadores econômicos brasileiros e globais na próxima semana e analisa a situação da inflação e política monetária no Brasil. Espera-se aceleração do IGP-DI em setembro e do IPCA, porém com desaceleração do IPCA em 12 meses. A taxa Selic deve subir para 9,5% na reunião do Copom desta semana.
Indústria Segue Seu (Alto Desvio) Padrão| Comentários Diários de Economia e N...Banco Pine
A produção industrial brasileira recuou 1,2% em agosto de 2013, abaixo das expectativas. Apesar de alguns pontos positivos, como o crescimento na produção de bens de capital, os dados sugerem uma queda de 0,3% do PIB no terceiro trimestre. Projeções para setembro apontam para uma pequena aceleração na produção.
Piruetas em Gelo Fino| Comentários Diários de Economia e NegóciosBanco Pine
O relatório resume o Relatório de Inflação do terceiro trimestre de 2013 do banco central, que reafirmou a necessidade de manter a taxa Selic elevada para combater a inflação. No entanto, algumas passagens sugerem que o fim do ciclo de alta de juros está próximo de 10%. A inflação projetada para 2014 preocupa, mas os modelos do BC não indicam a necessidade de um ciclo de juros mais longo.
Contradições no Mercado de Crédito | Comentários Diários de Economia e NegóciosBanco Pine
O crédito no Brasil continua crescendo moderadamente, impulsionado principalmente por recursos direcionados. Os spreads e inadimplência seguem em queda. No entanto, as incertezas econômicas limitam o crescimento do crédito livre.
Balanço de Pagamentos: Tendências Mantidas | Comentários Diários de Economia ...Banco Pine
O déficit da conta corrente do Brasil aumentou em agosto, atingindo seu maior nível desde 2002. Isso foi impulsionado principalmente pela queda das exportações e aumento das importações, levando a um déficit comercial maior. No entanto, os investimentos estrangeiros diretos permaneceram em níveis saudáveis.
Cenário Inflacionário: O Conjuntural e o Estrutural | Comentários Diários de ...Banco Pine
O IPCA-15 de setembro registrou inflação abaixo das projeções, porém os núcleos inflacionários aceleraram. A inflação deve seguir em queda até o fim do ano, porém as condições para sustentar essa queda em 2014 ainda não estão garantidas devido ao pleno emprego e política fiscal expansionista.
Calendário Econômico Pine: Inflação em aceleraçãoBanco Pine
O IGP-10 registrou alta de 1,05% em setembro acelerando frente a agosto, impulsionado por altas nos preços no atacado. Projeções apontam para continuidade da aceleração dos IGPs em setembro e início de uma desaceleração nos meses seguintes. O IPCA-15 de setembro é esperado em alta de 0,30%, levando o IPCA em 12 meses para abaixo de 6% pela primeira vez no ano.
Atividade Claudicante, Projeções Vacilantes| Comentários Diários de Economia ...Banco Pine
(i) O IBC-Br, índice de atividade econômica do Brasil, recuou 0,3% em julho, menos do que o esperado; (ii) Indicadores econômicos como produção industrial e vendas no varejo apresentaram resultados opostos em julho; (iii) A economia brasileira deve continuar fraca no terceiro trimestre de 2013.
Calendário Econômico Pine: Novos sinais de desaquecimentoBanco Pine
O documento analisa indicadores econômicos brasileiros e projeções de crescimento do PIB. Estimativas sugerem leve alta nas vendas no varejo em julho e queda no IBC-Br, indicando desaceleração da economia no terceiro trimestre. Projeções de crescimento do PIB em 2013 foram revisadas de 2,1% para 2,4%.
Calendário Econômico Pine: Melhora (temporária) em junhoBanco Pine
O relatório estima que as vendas no varejo cresceram 0,5% em junho, impulsionadas por setores como hipermercados e alimentos. Apesar disso, outros indicadores apontam para fraqueza no setor varejista. O IBC-Br deve ter crescido 1,6% em junho, acelerando no segundo trimestre. A projeção para o PIB no segundo trimestre é de crescimento entre 0,8% e 1,0%.
Alívio Temporário e o Longo Prazo| Comentários Diários de Economia e NegóciosBanco Pine
O IPCA de julho registrou alta de 0,03%, acima das projeções. A inflação anual deve cair até o fim de 2013, fechando em 5,7%, mas as condições para sustentar essa queda em 2014 ainda não estão dadas devido ao pleno emprego, política fiscal expansionista e valorização do dólar.
Calendário Econômico Pine: Disparidades da inflaçãoBanco Pine
O documento analisa as perspectivas de inflação no Brasil com base nos índices IGP-DI e IPCA de julho de 2013. Espera-se desaceleração no IGP-DI para 0,22% em julho, enquanto o IPCA deve permanecer em 0,00%, a menor taxa desde 2010. Ambos os índices devem continuar dentro da meta de inflação em 2013, mas pressões inflacionárias podem surgir em 2014 se o emprego e a demanda permanecerem fortes.
Pine Flash Note: PIB dos EUA e FOMC – implicações e complicaçõesBanco Pine
O documento resume:
1) A revisão do PIB dos EUA aumentou o crescimento real histórico e de 2012.
2) Isso elevou a base de cálculo para 2013, exigindo altas trimestrais de 6,5% para atingir a projeção do FOMC de 2,3%.
3) A maioria dos membros do FOMC tende a revisar a projeção para baixo de 2,3-2,6% para perto de 2,0% devido às incertezas.
Calendário Econômico Pine: Atividade e inflação enfraquecidasBanco Pine
O documento projeta uma desaceleração do IGP-M em julho, com queda anual para 5,2%, devido à redução da influência inflacionária das commodities. A produção industrial de junho deve ter crescido 1%, mas indicadores sugerem desaquecimento da atividade no terceiro trimestre. A confiança da indústria atingiu o pior nível desde 2009, indicando queda dos investimentos e do PIB.
Conta Externas: Alívio Transitório| Comentários Diários de Economia e NegóciosBanco Pine
O déficit em conta corrente do Brasil em junho foi menor que o esperado, impulsionado por uma melhora na balança comercial. Entretanto, a conta de serviços e rendas permaneceu deficitária. A conta capital e financeira foi superavitária graças a investimentos estrangeiros diretos e em renda fixa, apesar de saídas líquidas em ações. O déficit em conta corrente deve ser maior em julho devido à piora na balança comercial.
Pine Flash Note: Fiscal na ponta do lápisBanco Pine
O documento analisa a arrecadação federal brasileira até junho de 2013, que teve alta de 7% em relação ao ano anterior, abaixo das projeções. Isso pode levar a um déficit maior do que o esperado, a menos que haja melhora no segundo semestre. As despesas discricionárias tendem a ser menores do que o orçado, o que pode ajudar no resultado primário.
Calendário Econômico Pine: Um mix de conjunturaBanco Pine
O déficit em transações correntes do Brasil deve ser menor em junho, impulsionado por um superávit comercial maior. O investimento estrangeiro direto aumentou, mas as perspectivas para o crescimento econômico e as contas externas permanecem desafiadoras devido à desaceleração da China e possível redução de estímulos nos EUA. A taxa de desemprego deve permanecer estável em junho.
Ata do Copom: Redenção sem Rendição| Comentários Diários de Economia e NegóciosBanco Pine
O Copom manteve o ritmo de alta de juros em 50 pontos-base e sinalizou a continuidade do ciclo de aperto monetário. A ata removeu avaliações dovish e mostrou-se mais vigilante com a inflação, o que é visto como sinal favorável a juros mais altos. A projeção é de nova alta de 50 pontos-base em agosto, levando a Selic para 9,5% ao fim de 2013.
Atividade: Erraticidade e Riscos | Comentários Diários de Economia e NegóciosBanco Pine
O IBC-Br de maio registrou queda de 1,4%, abaixo das projeções, indicando perda de ímpeto da atividade no último trimestre. No entanto, as projeções para junho apontam para crescimento de 0,5% do IBC-Br e 0,8% do PIB no segundo trimestre. Os riscos são de queda, com menor número de indicadores apresentando alta mensal e sinais de enfraquecimento do crescimento para o terceiro trimestre.
Atividade: Erraticidade e Riscos | Comentários Diários de Economia e Negócios
Retrospectiva Prospectiva: Jogo de Paciência
1. Retrospectiva Prospectiva: Jogo de Paciência
07 de Maio de 2013
Enquanto o cenário externo e o doméstico pioraram em março, as suas respectivas medidas
de risco externo (o credit default swap, ou CDS) melhoraram razoavelmente em abril,
principalmente na segunda metade do mês. Enquanto o CDS de cinco anos de Brasil
despencou da máxima de 141 pontos-base em março para 112 pontos-base em abril, os CDS de
dez e cinco anos de Itália e Espanha diminuíram, respectivamente, de 342 para 290 pontos e
de 303 para 239 pontos-base entre a máxima atingida em março e o final de abril. As razões
para essas melhoras estão relacionadas ao arsenal de liquidez que caracteriza principalmente
as economias desenvolvidas atualmente. Mesmo nos EUA, os possíveis efeitos contrativos de
um dos itens do Abismo Fiscal (Fiscal Cliff) produziram revisões para baixo, entre 0,4% e
0,6%, do crescimento do PIB projetado para 2013. Simultaneamente, a redução do
crescimento anual esperado do PIB, de 2,3% para 1,7%, serve como motivo necessário e
suficiente para o Fed manter tanto a taxa básica de juros em 0,25% até 2015 quanto o
estoque de base monetária em quase US$3,0 trilhões até pelo menos o final do ano.
Começando com os EUA, o fantasma que pode desacelerar o crescimento real do PIB para o
intervalo 1,6%-1,8% em 2013 é o corte automático dos gastos públicos (Budget Control Act ou
Sequestration), o qual passou a vingar a partir abril porque não houve acordo no mês
retrasado sobre quais despesas diminuir (defesa, pessoal, previdenciária ou infraestrutura).
Qualquer um pode duvidar da eventual desaceleração do PIB dos EUA, inclusive alguns dos
diretores do Fed, ainda mais porque os dados preliminares do crescimento econômico
mostraram uma expansão trimestral (ajustada sazonalmente) igual a 2,5% no 1T13. Não só o
tamanho da expansão do PIB impressionou, mas a sua qualidade é digna de nota. O consumo
das famílias, os investimentos privados, subdivididos em residenciais e não residenciais, e as
exportações cresceram trimestralmente (anualizadamente) 3,2%, 12,3% (decomposto em
residenciais iguais a 12,6% e não residenciais iguais a 2,1%) e 2,9%, respectivamente. Vale
notar que as inversões privadas residenciais aumentaram substancialmente no 1T13 em
relação ao tri imediatamente anterior, quando o seu crescimento trimestral real (anualizado)
atingiu 17,6% (a média para o período compreendido entre o 4T11 e 4T12 também é elevada,
igual a 14,4%). Sem dúvida, a recuperação do mercado imobiliário e dos investimentos
residenciais é um fundamento importante para a manutenção do crescimento do consumo
pessoal e do PIB acima de 1,5% e de 2,0% ao ano, respectivamente. É exatamente por isso e
devido à recuperação da que alguns membros do comitê norte-americano de política
monetária (FOMC) têm reiterado a necessidade de diminuir a emissão monetária já no final do
ano, a qual totaliza, atualmente, quase US$3,0 trilhões. Entretanto, o que importa é o que
vai acontecer com a expansão real do PIB dos EUA ao longo dos três últimos trimestres de
2013. A perspectiva geral dos economistas e do mercado de juros é de que haja uma
desaceleração do crescimento em relação às projeções iniciais, de 2,0%-2,5% para 1,4%-1,8%
em função do corte automático de gastos que deve totalizar 0,6% do PIB ao longo do ano.
De fato, assumindo uma propensão média a consumir a partir da renda disponível de 75%, a
participação das importações na renda bruta de 17% e o multiplicador da renda igual a 1,4
vezes os gastos agregados, o corte automático de dispêndio perfaria entre US$80 bilhões e
US$86 bilhões (ou 0,6% do PIB), podendo, portanto, reduzir o crescimento projetado do PIB
real de 2,3% para 1,6% em 2013. No entanto, algumas visões mais otimistas, contando com o
crescimento dos EUA pouco acima de 2,0%, ainda subsistem no mercado; mesmo que o corte
automático de gastos diminua linearmente as despesas em defesa, pessoal, previdência e
infraestrutura em US$80 bilhões, a solução parcial do Abismo Fiscal (mesmo ruidosa e cercada
de imbróglios) tende a provocar o aumento corrente de gastos em consumo por parte das
famílias e, principalmente, em investimentos por parte das empresas privadas (o chamado
crowding in). Ou seja, no curto prazo, o ajuste fiscal automático e parcial pode ter sido
imperfeito, incerto e ruidoso, mas, no longo prazo, o valor futuro do aumento requerido de
impostos poderia ser maior se ele não existisse. Isso inibiria mais ainda – atualmente - a
recuperação do consumo pessoal e dos investimentos privados. No entanto, a pior solução
possível para o ajuste fiscal (isto é, o corte automático de gastos porque não houve consenso
entre os congressistas norte-americanos) e o eventual aumento do teto de endividamento do
Tesouro para 104% (sob regime especial) reduzem a nossa projeção para o crescimento
econômico dos EUA de 2,3% para 1,8% em 2013. A força do PIB dos EUA depende, portanto, do
efeito crowding in e da equivalência fiscal intertemporal, ambos mencionados acima, que são
2. temas controversos do ponto de vista tanto teórico quanto empírico. Estes são os percalços no
caminho, mas tem que existir cuidado com a avaliação do cenário em frentes mais otimistas.
Na Zona do Euro, a continuidade das intervenções do fundo EFSF/ESM e do banco central
europeu (BCE), ao proverem liquidez, respectivamente, no mercado primário e secundário de
títulos soberanos, trouxeram os yields dos títulos soberanos de dez e cinco anos de Itália e
Espanha de 4,6% e 3,7%, respectivamente, para 4,2% e 3,3% entre meados de março e o final
de fevereiro. Esses patamares, abaixo de 5,0%, são consistentes com a sustentabilidade das
suas respectivas dívidas brutas soberanas/PIB no longo prazo (ou seja, em dez anos), entre
125% e 130% no caso italiano e, no espanhol, entre 75% e 80%. O resultado não menos
importante dessa aritmética fiscal é a trilha econômica recessiva que ambas as economias
devem perseverar durante 2013 e parte de 2014. Apesar da estabilidade dos yields soberanos
de ambos os países em patamares consistentes com a sustentabilidade das suas dívidas/PIB,
os seus níveis nominais ainda elevados e o ajuste fiscal contrativo condenam a Espanha a mais
uma queda de PIB (e mais uma recessão) de 1,8% em 2013 (contra -1,5% em 2012) e a
economia italiana também a uma contração de 1,3% no ano (em relação a -2,0% no ano
passado).
Ao mesmo tempo, as taxas de crescimento do PIB alemão e do francês devem atingir 0,4% e
-0,5%, respectivamente, em 2013, o que – mesmo contabilizando expansões econômicas mais
aceleradas de Holanda e Finlândia – desenha uma variação de -0,6% para o PIB da zona do
euro. De fato, dado que parte tanto da atividade econômica da região em geral quanto da
produção industrial alemã em particular depende do comércio intraeuropeu, o qual está
claudicante, a contração econômica mais significativa torna-se o resultado mais provável para
o destino econômico do bloco. Nesse contexto, o nível do PIB efetivo da região permaneceria
abaixo do potencial e a taxa de desemprego persistiria entre 12,3% e 12,5% em 2013 e 2014,
de modo que a inflação ao consumidor não passaria de 1,7% em 2013 e no ano que vem. É
exatamente por isso que o banco central europeu (BCE) encontra atualmente espaço
suficiente para manter a base monetária perto de €3,0 trilhões e para reduzir a taxa básica
de juros de 0,75% para 0,5% ao ano.
As observações anteriores sobre a política monetária adotada na área do euro seguem o
receituário, formal ou informal, da Regra de Taylor, sempre vigilante à dicotomia entre o
desvio do PIB efetivo em relação ao potencial (ou do desemprego efetivo comparado à taxa
de desemprego de pleno emprego) e a diferença entre a inflação efetiva e o centro (informal)
da meta de inflação. O problema é que a conta da política monetária expansionista passou a
incluir forças que escapam às regras de bolso da equação de Taylor e que abarcam problemas
e soluções políticas, a exemplo do impasse eleitoral italiano e da solução à crise financeira e
econômica do Chipre, os quais se arrastam desde meados de março.
Na Itália, a divisão de forças parlamentares entre o partido de centro-esquerda (de Bersani e
Letta), o de centro-direita (de Berlusconi) e a esquerda jocosa (do inusitado Beppe Grillo), ao
não trazer acordos entre as três grandes forças políticas, levou à escolha de um novo
candidato de centro-esquerda, passível de coalizão entre o partido de Bersani e o do
famigerado e controverso Berlusconi. O ótimo (ou o ideal) é o inimigo do bom, ou seja: a
solução de coalizão está longe do ideal, mas é melhor do que novas eleições em junho-julho.
O interessante é que enquanto a solução política italiana second best não aparecia, o fundo
ESM e o BCE atuavam quietamente (e indiretamente) nos mercados primário e secundário de
títulos públicos italianos, mantendo os seus yields em patamares inferiores a 5,0% ao ano.
Oxalá que, nesse momento de revisões de PIB para baixo e de ruídos políticos e financeiros,
principalmente na zona do euro, a política monetária mais heterodoxa impera vis-à-vis os
mandamentos alemães pró-austeridade.
No caso do Chipre, a “solução” para a crise financeira/fiscal foi um pouco desastrosa. A
taxação de depósitos, mesmo que acima de €100 mil, e de rendimentos de juros sobre
depósitos razoavelmente acima de €100 mil abre um precedente que não existiu até agora na
zona do euro. Além disso, a adoção de outras medidas em consonância com a Troica para a
obtenção de um pacote de resgate, que totalizou €10 bilhões (€1 bilhão do FMI e €9 bilhões
do ESM), envolve apertos fiscais cujo custo social remete a desarranjos políticos e
institucionais potencialmente desestabilizadores:
(i) A extensão por cinco anos dos prazos dos empréstimos russos que totalizam €2,5
bilhões e que vencem em 2013 e 2014, a juros bem mais módicos,
(ii) O aumento das alíquotas de impostos corporativos de 10% para 12,5%,
3. (iii) O ajuste fiscal gradual até a obtenção de um superávit primário de 4,0% (como se
isso fosse possível em uma economia cuja relação dívida bruta soberana/PIB
perfaz quase 90% e na qual haveria um confisco de depósitos bancários que
atingiria mais de 20% do PIB). A primeira medida geraria recessão, enquanto que
a segunda implicaria efeito-pobreza e queda do consumo pessoal; em ambos os
casos, a severa recessão viria acompanhada da queda da arrecadação tributária e
a obtenção do superávit primário de 4,0% do PIB no longo prazo só ocorreria por
obra do Divino Espírito Santo ou se 70% dos depósitos fossem estrangeiros, o que
não é verdade.
(iv) Privatização de empresas estatais que não foram obviamente arroladas.
Independentemente da solução (longe da ideal) adotada, um precedente muito importante foi
quebrado: o repeito às regras da União Bancária da Zona do Euro, já que o euro depositado na
Chipre, nesse contexto, não parece ser o mesmo euro depositado nos outros bancos no resto
da zona do euro. É exatamente por isso que a fuga de depósitos no Chipre seria uma ameaça
se houvesse uma flexibilização das regras de controle de capitais, o que afetaria depósitos em
filias de bancos cipriotas localizados predominantemente na Grécia. É assim que começa o
contágio...
Na Ásia, a notícia nada animadora de desaceleração do crescimento real anual do PIB chinês
no 1T13, menor do que a expansão anual do 4T12 (7,9%) e do que a mediana das projeções de
mercado (8,0%), foi compensada pela expansão monetária mensal de US$75 bilhões anunciada
pelo banco central japonês. No âmbito da oferta agregada, a desaceleração anual da
produção industrial chinesa de 10,3% em dezembro de 2012 para 8,9% em março de 2013 e,
na esfera da demanda agregada, a queda anual do crescimento das exportações entre
fevereiro e março (de 22% para 10%) vis-à-vis o aumento da expansão anual das importações
durante o mesmo período (de -15% para 14%) explicam a desaceleração do PIB chinês.
Simultaneamente, a adoção de uma regra monetária no Japão, objetivando a expansão do PIB
nominal em 2013 e no ano que vem (via alta do PIB real e da inflação, saudavelmente), traz a
expectativa de repetição (a exemplo de 2012) do crescimento real do PIB japonês entre 1,5%
e 2,0% nesse ano e em 2014. Isso é muito importante tanto para aquecer o comércio intra-
asiático e as exportações europeias quanto para manter a taxa de expansão do PIB chinês
entre 8,0% e 8,5%, principalmente em 2014. É claro que, nesse contexto, a perspectiva de
expansão do PIB mundial passaria dos atuais 3,2%-3,3% para 3,7%-4,0% entre 2013 e 2014,
favorecendo macroeconomicamente os preços das commodities, principalmente agrícolas, e a
valorização da cesta de moedas e do próprio real, ambos em relação ao dólar norte-
americano.
No Brasil, o destaque de bimestre março-abril foi o aumento da Selic em 25 pontos-base, de
7,25% para 7,5% ao ano. Nós esperávamos um aumento de 50 pontos-base no mês passado por
razões técnicas, tais como a elevada inflação corrente e dos seus núcleos no curto prazo, a
deterioração das projeções de inflação para 2013 e 2014, o alto índice de difusão da
aceleração inflacionária entre os diversos itens que compõem o IPCA e o patamar de pleno
emprego em que se encontra o mercado de trabalho, exercendo pressões de demanda e de
oferta sobre a mudança do nível de inflação ao consumidor para o intervalo entre 6,0% e
6,6%.
A sinalização por parte do presidente do banco central, Alexandre Tombini, de que já haveria
a elevação de juros em abril foi acompanhada por interpretações e reações de mercado as
mais variadas possíveis. De fato, o debate sobre aperto monetário e inflação poderia ter sido
muito menos poluído se não fosse uma série de eventos com inúmeros zigue-zagues: a última
decisão do Copom escancarou o quão disseminado, político e pouco técnico se tornou o
importante debate sobre a política monetária e acentua a famosa imagem de Lorde Keynes
em sua obra, “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, em que o estado de
convergência de expectativas piora quando a opinião geral não sabe o que é a opinião geral.
As declarações de Tombini e Awazu no mês passado, alertando para o monitoramento
vigilante do BC sobre a inflação, fizeram a inclinação da curva de juros futuros diminuir ao
embutir a majoração da Selic em 50 ponto-base em maio e em pelo menos mais 100 pontos-
base ao longo do ano. Finalmente, a decisão de um aumento de apenas 25 pontos-base trouxe
novamente o forte aumento da inclinação da curva de juros futuros por um curtíssimo período
de tempo (um a dois dias, diga-se de passagem), o qual foi “devolvido” pela curva de juros
futuros ao longo do final de abril e início e maio. Isto confirma a desconfiança de mercado de
4. que mais aumentos da Selic serão necessários no futuro para conter a inflação abaixo do teto
da meta, mas – exatamente por isso – esses aumentos seriam bem comedidos.
De fato, nós simulamos o cenário de majoração tímida da Selic, de 25 em 25 pontos-base por
reunião, perfazendo 100 a 150 pontos-base até o final do ano. Após tantas simulações,
comunicações truncadas e interpretações claudicantes e erráticas, a atenção cautelosa ou a
cautela atenta do BC nos levaram a acreditar em um ciclo de alta de 25 pontos-base daqui
para frente até a Selic atingir 8,75% no final de 2013. É claro que isso depende da reação do
binômio atividade/inflação e do cenário de crescimento econômico mundial no curto e no
longo prazo.
Por falar em inflação no curto e no longo prazo, quando o Copom anui que “o nível elevado
da inflação e a dispersão de aumentos de preços (...) contribuem para que a inflação mostre
resistência”, mas opta por uma decisão claramente dovish em relação às expectativas de
mercado, nós somos levados a concluir que a perspectiva inflacionária dos membros do
colegiado é mais otimista do que as nossas projeções e do que as dos economistas em geral.
De forma simplificada, a moderação dos preços nos próximos meses daria alguma
oportunidade ao BC de avaliar melhor a recuperação da atividade doméstica e os
desdobramentos das incertezas quanto ao crescimento real do PIB mundial. De qualquer
forma, o nível atual de inflação é visivelmente preocupante e exige uma resposta do BC: por
definição, não prevemos choques de oferta para os próximos anos; no entanto, levando-se em
conta os últimos anos, observa-se uma contribuição média de um ponto percentual dos
choques de oferta no IPCA desde 2004, o que levaria a inflação a romper o teto da meta no
final do ano. O risco é considerável.
No longo prazo, a inação do BC a partir do momento em que a inflação passou a rodar
constantemente entre 5,5% e 6,0% em doze meses sinalizou à sociedade que a meta de
inflação (de facto) deslocou-se para cima. Nossos modelos e simulações sugerem a
necessidade de um aperto monetário mesmo que o objetivo do BC seja a manutenção da
inflação nestes níveis recentes, por “menos pessimista” que se mostre o cenário inflacionário
de curto prazo. Um ciclo tímido também é temerário; nós não temos dúvida disso. Todavia, a
decisão do mês passado sugere que o Copom permanece pouco convencido da necessidade de
elevar os juros.
Em que situação estaríamos equivocados? Certamente na principal motivação da alta
cautelosa da Selic, sublinhada pelo Copom: quando a atividade econômica mundial aponta
para uma desaceleração do crescimento do PIB de 3,6% para perto de 3,0%. Neste sentido, a
surpresa negativa com o crescimento chinês no 1T13 (ver acima) e a convergência das
projeções para um crescimento chinês nada brilhante seriam capazes de explicar a decisão
comedida em abril vis-à-vis as contundentes declarações de Tombini e Awazu, que
despistaram várias perspectivas de uma ação mais intempestiva de aperto monetário.
A parte externa é muito importante para responder, nesse contexto, pela dinâmica da alta de
juros, mas o seu papel precípuo reside na elevação da atividade comercial externa, no
crescimento real das exportações, no financiamento do crescente déficit em conta corrente
(atualmente em 2,93% do PIB) via poupança externa (alocada em portfólio e em investimento
direto estrangeiro produtivo) e, consequentemente, na determinação da trajetória de curto e
longo prazo da taxa de câmbio.
O mais interessante é que a piora das contas externas foi acompanhada pela deterioração das
contas públicas. Esta foi contornada nos acréscimos do segundo tempo no final do ano
passado por meio de contabilidades criativas, mas, daqui para frente, a sua tendência é
rumar para um superávit primário entre 1,5% e 1,8% do PIB. É exatamente por esses motivos,
junto com estado atual de pleno emprego da economia brasileira, o qual condena o salário
real médio a crescer mais rápido do que a produtividade média do trabalho, que nós também
já pregamos há algum tempo que o crescimento real do PIB em 2013 não será nada brilhante.
As nossas projeções divulgadas desde o final do ano passado apontam para um número mais
perto de 2,5% do que de 3,0%.
Um novo problema, relacionado à deterioração fiscal, mas que tem sido propalado
apocalipticamente há mais de três anos, vem das contas externas. Não só a entrada líquida de
dólares por meio dos segmentos comercial e financeiro vem minguando desde o início do ano,
mas os resultados das contas de transações correntes e capital e financeira perderam tanto a
robustez quanto a qualidade. Isto está relacionado às vicissitudes dos resultados do balanço
de pagamentos brasileiro e aos determinantes conjunturais e estruturais de sua deterioração.
5. Em resumo, salta aos olhos a velocidade da ampliação do déficit em transações correntes, a
estabilidade da relação investimento direto estrangeiro/PIB e a manutenção em níveis
deprimidos dos investimentos estrangeiros em carteira. Para o curto prazo (restante do 1S13),
existem forças relevantes que implicariam a estabilidade do real perto de 2,0/US$, com
destaques para a perspectiva de recuperação do fluxo cambial (leiam-se safras agrícolas e
IPOs). Para o 2S13, no entanto, é por contarmos com a elevação da necessidade de
financiamento externo que projetamos a desvalorização do real rumo ao intervalo R$2,0/US$-
R$2,04/US$. É claro que na ausência de intervenções por parte do banco central, esse parece
o caminho mais provável no curto prazo (ao longo de 2013); no longo prazo (a partir de 2014),
a redução da taxa de crescimento da poupança externa e ausência do BC na venda de dólares,
seja por meio de swaps cambiais seja via venda de dólares no mercado spot (dada qualquer
eventual ausência de linhas externas de comércio exterior para o Brasil), colocariam o real na
trajetória rumo à cotação 2,10/US$, dependendo de inflação medida pelo IPCA estar mais
perto de 5,0% do que de 5,5% (lembremos que a desvalorização do real em 10% responde pelo
aumento da inflação do IPCA em 0,4% em doze meses). Nós não contamos com esse cenário de
desvalorização, pois:
(i) A inflação não permitiria ao BC não vender dólares no mercado de divisas,
principalmente no futuro e no de derivativos, já que a nossa projeção estrutural
para o IPCA situa-se entre 5,5% e 5,8% em função do pleno emprego. Ou seja, o
BC evitaria o repasse da desvalorização cambial mais forte para a inflação,
(ii) O cenário mundial de liquidez abundante e de juros externos muito baixos
perduraria até 2015, justificando a entrada permanente de poupança externa
para financiar o déficit brasileiro em conta corrente;
(iii) O mundo tende a voltar a crescer mais pujantemente a partir do segundo
semestre do ano que vem, justificando tanto a elevação dos preços das
commodities exportadas pelo Brasil quanto a redução do déficit em conta
corrente como proporção do PIB a partir, principalmente, de 2015;
(iv) O diferencial de juros nominais tende a favorecer o Brasil em 2013 e 2014, até
porque os juros externos nominais permanecerão baixos na maior parte do resto
do mundo e o BC terá que subiu a Selic até 8,75% ao ano. Além disso, o Brasil
tende a apresentar uma taxa de crescimento real do PIB potencial perto de 2,5%
(em regime de pleno emprego) no longo prazo, suficiente para atrair capitais de
curto prazo para investimentos em portfólio e de longo prazo para investimentos
produtivos de risco em 2014 e 2015.
Tudo isso funciona, é claro, se o governo ajudar ao definir um marco institucional mais
transparente e anunciado antecipadamente. Nesse sentido, desonerações são importantes e
fazem parte desse tipo de marco regulatório. Ele agrada investidores domésticos e
estrangeiros que gostam das oportunidades de longo prazo, mas desde que as regulações
sejam preventivas e não corretivas (às pressas) de imperfeições e ineficiências que vêm sendo
carregadas há um bom tempo e que se tornam mais visíveis e caras em estados de pleno
emprego dos fatores de produção.
Marco Antonio Maciel
Economista-chefe
Banco Pine
Marco Antonio Caruso
Economista
Banco Pine
6. Brasil: Principais Indicadores Econômicos - Banco Pine
INDICADORES ECONOMICOS 2008 2009 2010 2011 2012E 2013E
Taxa de crescimento do PIB Real (%) 5.2% -0.6% 7.5% 2.7% 0.9% 2.8%
R$:US$ final de período (nominal) 2.40 1.75 1.69 1.83 2.08 2.02
R$:US$ média (nominal) 1.83 2.00 1.76 1.67 1.95 2.00
BR inflação (IPC / IPCA) 5.9% 4.3% 5.9% 6.5% 5.8% 5.6%
BR inflação (IGP-M) 9.8% -1.7% 11.3% 5.1% 7.8% 4.4%
BR taxa de juros (Selic, fim de período) 13.75% 8.75% 10.75% 11.00% 7.25% 8.75%
BR taxa de juros (Selic, média) 12.54% 9.92% 10.00% 11.71% 8.46% 8.21%
TJLP (fim de período) 6.25% 5.75% 6.00% 6.00% 5.00% 5.00%
Saldo comercial (US$bn) 25.0 25.4 20.0 29.8 19.4 10.0
Conta corrente (US$bn) -35.0 -24.3 -47.5 -52.6 -45.0 -65.0
Conta corrente (% do PIB) -2.1% -1.6% -2.3% -2.1% -2.4% -2.6%
Superávit primário (% do PIB) 3.4% 2.0% 2.7% 3.1% 2.4% 2.0%
Dívida líquida do setor público/PIB 38.5% 42.1% 39.1% 36.4% 35.1% 35.0%
Risco Brasil (pb, fim de período) 428 302 211 223 142 190
7. Disclaimers
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da República Federativa do Brasil. PINE Securities USA LLC (“PINE US”), broker-dealer registrada na U.S. Securities and Exchange
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