O documento descreve a redemocratização no Brasil após o fim da ditadura militar e a adoção de políticas neoliberais pelos governos de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. A redemocratização ocorreu com a promulgação da Constituição de 1988 e a realização das primeiras eleições diretas para presidente em 1989, vencidas por Collor. Seu governo e o de FHC implementaram reformas econômicas de cunho neoliberal como privatizações e abertura comercial.
1. Redemocratização e
Neoliberalismo
O Brasil e o Mundo após o fim da Guerra Fria.
A Redemocratização no Brasil
Governo Neoliberalismo:
•Fernando Collor
•Fernando Henrique Cardoso (FHC)
2. Fim da Guerra Fria
A Guerra Fria começou a esfriar durante a década de
1980. Em 1989, a queda do muro de Berlim foi o ato
simbólico que decretou o encerramento de décadas de
disputas econômicas, ideológicas e militares entre o
bloco capitalista, comandado por Estados Unidos e o
socialista, dirigido pela União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS).
Na sequência deste fato, ocorreu a reunificação da
Alemanha (Ocidental com Oriental).
3. Fim da Guerra Fria
Podemos afirmar que a crise nos países socialistas
funcionou como um catalisador do fim da Guerra Fria.
Os países do bloco socialistas, incluindo a União
Soviética, passavam por uma grave crise econômica na
década de 1980.
A falta de concorrência, os baixos salários e a falta de
produtos causaram uma grave crise econômica. A falta
de democracia também gerava uma grande insatisfação
popular.
4. Fim da Guerra Fria
No começo da década de 1990, o presidente da União
Soviética Mikhail Gorbachev começou a implementar
a Glasnost (reformas políticas priorizando a liberdade)
e a Perestroika (reestruturação econômica).
A União Soviética estava pronta para deixar o
socialismo, ruma a economia de mercado capitalista,
com mais abertura política e democrática.
Na sequência, as diversas repúblicas que compunham a
União Soviética foram retomando sua independência
política. Futuros acordos militares entre Estados
Unidos e Rússia garantiriam o início de um processo
de desarmamento nuclear.
5. Fim da Guerra Fria
Na década de 1990, sem a pressão soviética, os outros
países socialistas (Polônia, Hungria, Romênia,
Bulgária, entre outros) também foram implementando
mudanças políticas e econômica no sentido do retorno
da democracia e engajamento na economia de
mercado.
Portanto, a década de 1990 marcou o fim da Guerra
Fria e também da divisão do mundo em dois blocos
ideológicos. O temor de uma guerra nuclear e as
disputas armamentistas e ideológicas também foram
sepultadas.
6. Mikhail Gorbachev, Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética, e Ronald
Reagan, Presidente dos Estados Unidos, assinando o Tratado INF, em 8 de dezembro de 1987.
9. Redemocratização no Brasil
Nos últimos anos do governo militar, o Brasil
apresenta vários problemas. A inflação é alta e a
recessão também.
Enquanto isso a oposição ganha terreno com o
surgimento de novos partidos e com o fortalecimento
dos sindicatos.
Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores
de futebol e milhões de brasileiros participam do
movimento das Diretas Já.
10. Redemocratização no Brasil
O movimento era favorável à aprovação da Emenda
Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas
para presidente naquele ano.
Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada
pela Câmara dos Deputados.
No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral
escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu
com Paulo Maluf, como novo presidente da República.
11. Redemocratização no Brasil
Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de
oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
Era o fim do regime militar.
Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e
acaba falecendo.
Assume o vice-presidente José Sarney.
Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o
Brasil.
A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura
militar e estabeleceu princípios democráticos no país.
17. Governo Sarney
Com a morte de Tancredo, assumiu a Presidência seu
vice. Político contraditório, José Sarney de Araújo
Costa havia apoiado o regime militar, inclusive votou
contra a emenda Dante de Oliveira, que garantiria
eleições diretas em 1985. Mesmo assim, foi eleito na
chapa favorável a redemocratização do país.
Sarney pegou um Brasil arruinado. Os índices de
inflação eram altíssimos, a população sofria com
desemprego, miséria e a dívidas externa e interna
herdadas do período militar assolavam ainda mais o
país.
18. Governo Sarney
No início de 1986, o governo lançou um plano
econômico que visava o controle da inflação:
Criação de uma nova moeda – Cruzado;
Congelamento do preço das mercadorias;
Congelamento de salários, adotando o ―gatilho
salarial‖;
Fim da correção monetária;
19. Governo Sarney
A fim de mostrar seu interesse na redemocratização do
país, Sarney convocou no início de 1987 uma
Assembléia Constituinte, para elaborar uma nova
Constituição. A Assembléia Constituinte foi composta
por Deputados e membros do Senado.
Depois de 20 meses de trabalhos, discussões, no dia 05
de outubro de 1988 foi promulgada a Constituição do
Brasil, a mesma que está em vigor atualmente. Ficou
conhecida como Constituição Cidadã, tendo como
garantias e deveres:
20. Governo Sarney
Eleições diretas para os cargos executivos e
legislativos e sistema de presidencialismo;
Possibilidade de criação das Comissões Parlamentares
de Inquérito (CPIs);
Igualdade e direitos para cidadãos: liberdade para
trabalhar, para expressar o pensamento, liberdade de
religião, acesso à saúde, educação, etc;
Direitos trabalhistas foram reafirmados: jornada de
trabalho de 44 horas semanais, FGTS, entre outros.
21. Governo Sarney
O mandato de José Sarney terminaria em 1990. Em
1989 foram realizadas as eleições. Após 20 anos, o
povo pode ir às urnas para eleger seu candidato à
Presidência.
Sarney não se opôs à campanha eleitoral, em nenhum
momento. Mesmo porque este direito estava garantido
na Constituição, promulgada em 1988. Seu sucessor,
eleito pelo voto popular, foi Fernando Collor de Mello.
26. Neoliberalismo
Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto
de idéias políticas e econômicas capitalistas que
defende a não participação do estado na economia. De
acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de
comércio (livre mercado), pois este princípio garante o
crescimento econômico e o desenvolvimento social de
um país.
Surgiu na década de 1970, através da Escola
Monetarista do economista Milton Friedman, como
uma solução para a crise que atingiu a economia
mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo
no preço do petróleo.
28. Neoliberalismo: Crítcas
Os críticos ao sistema afirmam que a economia
neoliberal só beneficia as grandes potências
econômicas e as empresas multinacionais. Os países
pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil,
por exemplo) sofrem com os resultados de uma
política neoliberal. Nestes países, são apontadas como
causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários,
aumento das diferenças sociais e dependência do
capital internacional.
30. Neoliberalismo: Pontos Positivos
Os defensores do neoliberalismo acreditam que este
sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento
econômico e social de um país. Defendem que o
neoliberalismo deixa a economia mais competitiva,
proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através
da livre concorrência, faz os preços e a inflação
caírem.
32. Governos que adotaram políticas
econômicas neoliberais:
No Brasil: Fernando Collor de Melo (1990 - 1992) e
Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2003);
No Chile: Eduardo Frei (1994 - 2000), Ricardo Lagos
(2000 - 2006) e Michelle Bachelet (2006 - 2010);
Nos Estados Unidos: Ronald Reagan (1981 - 1989),
George Bush (1989 - 1993) e George W. Bush (20012009);
No México: Vicente Fox Quesada (2000 - 2006);
No Reino Unido: Margaret Thatcher (1979 - 1990).
38. Governo Fernando Collor: História
Fernando Affonso Collor de Mello é um político,
jornalista, economista, empresário e escritor brasileiro,
tendo sido prefeito de Maceió de 1979 a 1982,
governador de Alagoas de 1987 a 1989.
Fernando Collor iniciou a carreira política
na ARENA e foi nomeado prefeito de Maceió
em 1979 pelo então governador Guilherme Palmeira,
cargo ao qual renunciou em 1982, ano em que foi
eleito deputado federal pelo PDS.
39. Governo Fernando Collor: História
Nessa qualidade votou a favor das Diretas Já em 25 de
abril de 1984 e com a derrota dessa proposição votou
em Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 15 de
janeiro de 1985.
Durante a gestão empreendeu estrategicamente um
combate a alguns funcionários públicos que recebiam
salários altos e desproporcionais. Com vistas a angariar
apoios na campanha presidencial que estava por vir, a
imprensa o tornou conhecido nacionalmente como
"Caçador de Marajás―.
41. Capa da Revista Veja citando o logotipo da Campanha de Collor.
42. Governo Fernando Collor:
Eleição para Presidência.
Fiel a sua estratégia rumo ao Palácio do
Planalto elegeu o governo Sarney como responsável
por todas as mazelas e descalabros políticoadministrativos que assolavam o país naquele
momento, postura que o levaria a deixar o partido e a
ingressar no PRN, sucessor do obscuro Partido da
Juventude (PJ), e que o levou a apresentar-se como
candidato ao eleitorado brasileiro em 1989 através de
uma série bem elaborada de programas de televisão.
43. Governo Fernando Collor:
Eleição para Presidência.
Desde então, passou à condição de alternativa conservadora
às eleições daquele ano, cujo panorama apontava dois
nomes de esquerda como os preferidos do
eleitorado: Leonel Brizola e Luiz Inácio Lula da Silva.
O sucesso eleitoral de Collor se deve em grande parte à
elaborada estratégia de marketing e ao fundamental papel
da televisão. Alguns comentaristas argumentam que a
vitória de Collor nas urnas não seria possível sem a
interferência da Rede Globo, com destaque para um resumo
do principal debate entre Collor e Lula, veiculado no Jornal
Nacional, cuja edição beneficiou Collor.
48. Governo Fernando Collor:
Eleição para Presidência.
Iniciou as articulações para a formação de uma chapa
viável de modo a compensar a debilidade de sua
origem política em um dos menores estados da
federação e, nesse contexto, fixou-se na escolha de um
candidato a vice-presidente oriundo do segundo maior
colégio eleitoral do país, o estado de Minas Gerais,
escolha que recaiu sobre o senador Itamar Franco.
Durante a campanha cerrou seu discurso no combate a
corrupção e aos altos índices de inflação apontando
ainda o governo Sarney como inepto, chegando até a
classificar o então presidente como alguém "corrupto,
incompetente e safado―.
50. Governo Fernando Collor:
Presidente
Collor teria uma duração de dois anos e meio sendo
que seu titular assumiu a presidência aos quarenta anos
e sete meses de idade, o mais jovem político a assumir
esse cargo na história brasileira e em todas as
Américas.
No governo Collor, os produtos importados passaram a
invadir o mercado brasileiro, com a redução dos
impostos de importação. Os efeitos iniciais destas
medidas indicavam que o governo estava no caminho
certo.
51. Governo Fernando Collor:
Presidente
Ao mesmo tempo, o governo passou a incentivar os
investimentos externos no Brasil mediante incentivos
fiscais e privatização das empresas estatais.
O argumento favorável a essas políticas é de que as
estatais eram improdutivas, davam prejuízo, estavam
endividadas, eram cabides de emprego, um canal
propício à corrupção e sobreviviam somente devido
aos subsídios governamentais. Mas as principais
empresas privatizadas, como são os casos
da Companhia Vale do Rio Doce e da Companhia
Siderúrgica Nacional, eram empresas lucrativas e
competitivas.
52. Governo Fernando Collor:
Presidente
Não são poucas as críticas sobre a venda do patrimônio
público. Uma delas aponta ao fato de que o dinheiro
arrecadado pelo Estado brasileiro, através da
privatização, foi emprestado pelo BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social). Isto é, o governo financiou a juros baixos as
empresas que ele próprio vendeu.
Os recursos captados com o processo de privatização
deveriam servir para diminuir a dívida pública. Mas
seu objetivo foi inviabilizado em pouco tempo.
58. Governo Fernando Collor:
Plano Collor
No ano anterior ao início de seu governo a inflação
oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística alcançou a inacreditável cifra de 1.764% e
em razão desse flagelo o presidente Collor elegeu
como sua prioridade a luta contra a espiral
inflacionária através do chamado Plano Brasil Novo,
popularmente denominado de Plano Collor:
59. Governo Fernando Collor:
Plano Collor
Anunciou o retorno do cruzeiro como unidade
monetária em substituição ao cruzado novo.
Redução da máquina administrativa com a extinção ou
fusão de ministérios e órgãos públicos.
Demissão de funcionários públicos e o congelamento
de preços e salários.
E mais...
60. Governo Fernando Collor:
Plano Collor
80% de todos os depósitos do overnight, das contas correntes ou
das cadernetas de poupança que excedessem a NCz$50mil
(Cruzado novo) foram congelados por 18 meses, recebendo
durante esse período uma rentabilidade equivalente a taxa de
inflação mais 6% ao ano.
Alargamento da base de incidência do Imposto sobre Operações
Financeiras IOF, recaindo sobre todos os ativos financeiros
disponíveis , transações com ouro e ações e sobre todas as
retiradas das contas de poupança Alteração da base de tributação
do IOF.
Eliminação de vários tipos de incentivos fiscais: para
importações, exportações, agricultura, os incentivos fiscais das
regiões Norte e Nordeste, da indústria de computadores e a
criação de um imposto sobre as grandes fortunas.
Aumento de preços dos serviços públicos, como gás, energia
elétrica, serviços postais, etc.
66. Governo Fernando Collor:
Impeachment
Em meados de 1991, denúncias de irregularidades
começaram a surgir na imprensa, envolvendo pessoas
do círculo próximo de Fernando Collor, como
ministros, amigos do presidente e mesmo a primeiradama Rosane Collor.
Em entrevista à Revista Veja em maio de 1992, Pedro
Collor de Mello, irmão do presidente, revelou o
esquema de corrupção que envolvia o ex-tesoureiro da
campanha Paulo César Farias, entre outros fatos
comprometedores para o presidente.
67. Governo Fernando Collor:
Impeachment
A Revista IstoÉ publica em 24 de junho uma matéria
na qual Eriberto França, motorista da secretária de
Collor, revela que ele próprio pagava as despesas
pessoais do presidente com dinheiro de uma conta
fantasma mantida por PC, reforçando a tese do irmão
do presidente.
Em 2 de outubro é aberto o processo de impeachment
na Câmara dos Deputados, impulsionado pela maciça
presença do povo nas ruas, como o movimento
dos Caras-pintadas.
68. Governo Fernando Collor:
Impeachment
Em 29 de setembro, por 441 a 38 votos, a Câmara vota
pelo impedimento do presidente, que renuncia antes de
ser condenado. A presidência é assumida pelo então
vice-presidente, Itamar Franco.
Foi a primeira vez na história republicana
do Brasil que um presidente eleito pelo voto direto era
afastado por vias democráticas, sem recurso aos golpes
e outros meios ilegais.
79. Tô Feliz (Matei O Presidente):
Gabriel O Pensador
Atirei o pau no rato
Mas o rato não morreu
Dona Rosane, admirou-se do ferrão
Três-oitão que apareceu
Todo mundo bateu palma quando o
corpo caiu
Eu acabava de matar o Presidente do
Brasil
Fácil um tiro só
Bem no olho do safado
Que morreu ali mesmo
Todo ensanguentado
Quê? Saí voado com a polícia atrás de
mim
E enquanto eu fugia eu pensava bem
assim:
"Tinha que ter tirado uma foto na hora
em que o sangue espirrou
Pra mostrar pros meus filhos
Que lindo, pô"
Eu tava emocionado mas corri pra valer
E consegui escapar
Ah tá pensando o quê?
E quando eu chego em casa
O que eu vejo na TV?
Primeira dama chorando perguntando (Por
quê?)
Ah! Dona Rosane dá um tempo num enche
num fode
Não é de hoje que seu choro não convence
Mas se você quer saber porque eu matei o
Fernandinho
Presta atenção sua puta escuta direitinho
Ele ganhou a eleição e se esqueceu do povão
E uma coisa que eu não admito é traição
Prometeu, prometeu, prometeu e não cumpriu
Então eu fuzilei, vá pra puta que o pariu
É "podre sobre podre" essa novela
É Magri, é Zélia
É Alceni com bicicleta e guarda-chuva
LBA Previdência chega dessa indecência
Eu apertei o gatilho e agora você é viúva
E não me arrependo nem um pouco do que fiz
Tomei uma providência que me fez muito
feliz
Hoje eu tô feliz! (Minha gente!)
Hoje eu tô feliz matei o presidente
80. Governo Itamar Franco: História
Itamar Augusto Cautiero Franco foi um político
brasileiro, 33º presidente da República, vicepresidente, senador por Minas Gerais e governador do
estado de Minas Gerais.
Em 1992, Fernando Collor de Mello foi acusado
de corrupção e sofreu um processo
de impeachment pelo Congresso Nacional e se afasta
do governo.
Itamar assume interinamente a presidência em 2 de
outubro de 1992, sendo formalmente aclamado em 29
de dezembro de 1992, quando o presidente Collor
renuncia ao cargo
81. Governo Itamar Franco: História
O Brasil estava no meio de uma grave crise
econômica, com a inflação chegando a 1100%
em 1992, e alcançado mais de 2700% no ano seguinte
(a maior da historia do Brasil). Itamar trocou de
ministros da economia várias vezes, até que Fernando
Henrique Cardoso assumisse o Ministério da Fazenda.
Em fevereiro de 1994, o governo Itamar lançou
o Plano Real, elaborado pelo Ministério da Fazenda a
partir de idealização do economista Edmar Bacha, que
estabilizou a economia e acabou com a
crise hiperinflacionária.
82. Governo Itamar Franco: História
O Presidente Itamar Franco fez projetos de combate à
miséria ao lado do sociólogo Betinho. Em 1994 apóia
o então candidato Fernando Henrique Cardoso, o qual
sai vitorioso nas urnas. Itamar Franco terminou o seu
governo com 41% de aprovação popular.
87. Governo
Fernando Henrique Cardoso
Fernando Henrique Cardoso é um sociólogo, cientista
político, filósofo, professor universitário e político
brasileiro. Professor emérito da Universidade de São
Paulo, lecionou também no exterior, notadamente na
Universidade de Paris.
FHC estimulou o MDB a moldar-se no Partido
Democrata norte-americano, isto é,
um partido "omnibus―
O sociólogo pregava que tanto fazendo alianças
amplas como repudiando a luta armada, o MDB
chegaria ao poder pelo voto.
88. Governo
Fernando Henrique Cardoso
Em 1980, quando se extinguiu o bipartidarismo e
autorizou-se o multipartidarismo, FHC filiou-se ao PMDB,
partido que era o sucessor natural do antigo MDB. FHC
assume uma cadeira no Senado em 1983, quando Montoro
renunciou ao mandato de senador para assumir o governo
de São Paulo.
A partir de 1983, com a posse de 10 governadores de
oposição ao governo João Figueiredo, FHC participa das
articulações visando a transição do regime militar para a
democracia. Torna-se um dos grandes articuladores das
"Diretas-já", amplo movimento social e político que
reivindicava eleições democráticas para presidente logo ao
fim do governo João Figueiredo.
90. Governo
Fernando Henrique Cardoso
Durante o governo Sarney exerceu apenas o cargo de líder
do governo no Congresso Nacional — função criada
especialmente para ele por Tancredo Neves quando o
senadorHumberto Lucena (do PMDB da Paraíba),
surpreendentemente derrotado por seu correligionário José
Fragelli na disputa pela presidência do Senado Federal, teve
de ser mantido na posição de líder do governo no Senado.
Durante o governo Collor, exercia o cargo de senador pelo
PSDB apoiando o executivo. Em discurso proferido no
plenário em 24 de março de 1990, nove dias após o início
da vigência do Plano Collor, discursou: "Sabe V. Exª que
sou defensor do plano. Sabe V. Exª que não sou só eu, mas
o meu partido".
91. Governo
Fernando Henrique Cardoso
Em 19 de maio de 1993, assumiu o Ministério da
Fazenda por indicação feita à época ao presidente Itamar
Franco pelo líder do governo, o então deputado
federal Roberto Freire (PE) — cargo que ocupou até o dia
30 de março de 1994, ao ser sucedido por Rubens
Ricupero.
Em outubro de 1994, FHC foi eleito presidente da
República em primeiro turno, tendo sido fundamental para
a sua eleição o sucesso do Plano Real, iniciado e colocado
em prática por ele enquanto Ministro da Fazenda de Itamar
Franco, sendo o plano finalizado pelo presidente Itamar
Franco durante o mandato de seu ministro da
fazenda Rubens Ricupero, em junho daquele ano.
93. Governo
Fernando Henrique Cardoso
Fernando Henrique tomou posse como presidente em 1
de janeiro de 1995, tendo nos dois mandatos como
vice-presidente o ex-governador de Pernambuco e
senador Marco Maciel, do PFL.
Na cerimônia de posse, no Congresso Nacional, FHC
prometeu acabar com a fome e a miséria no Brasil.
No primeiro mandato, FHC conseguiu a aprovação de
uma emenda constitucional que criou a reeleição para
os cargos eletivos do Executivo, sendo o primeiro
presidente brasileiro a ser reeleito.
95. Governo
Fernando Henrique Cardoso
Em seu governo houve denúncias de corrupção, dentre
as quais merecem destaque as acusações sem provas de
que governadores teriam comprado votos de
parlamentares para aprovação da reeleição e de
favorecimento de alguns grupos financeiros no
processo de privatização de empresas estatais.
Na área social, o governo FHC introduziu o primeiro
programa de distribuição direta de renda, o Bolsa
Escola (posteriormente transformado no Bolsa
Família no início do governo Lula), beneficiando mais
de 5 milhões de famílias.
97. Governo
Fernando Henrique Cardoso
O segundo mandato do presidente FHC findou-se no
dia 1º de janeiro de 2003, com a posse de Luiz Inácio
Lula da Silva.
O fim de seu segundo mandato foi marcado por uma
crise no setor energético, que ficou conhecida
como Crise do apagão. A crise ocorreu por falta de
planejamento e ausência de investimentos em geração
e distribuição de energia, e foi agravada pelas poucas
chuvas.
99. Governo
Fernando Henrique Cardoso
FHC continuou o processo de privatização de
empresas estatais iniciadas por Fernando Collor.
Em 1997, FHC privatizou a companhia Vale do Rio
Doce, fundada pelo governo federal em 1942,
vendendo a parte acionária pertencente ao governo
(aproximadamente 27%) e seu controle. Atualmente a
Vale do Rio Doce é a maior empresa privada do Brasil,
com valor de mercado estimado em 127 bilhões de
dólares.
101. Governo
Fernando Henrique Cardoso
Concedeu à iniciativa privada, por tempo determinado,
a operação de algumas rodovias federais, como a
Rodovia Presidente Dutra (que liga as cidades de São
Paulo e Rio de Janeiro).
Privatizou a maioria dos bancos estaduais responsáveis
por grande parte do déficit público bem como o
sistema telefônico brasileiro, que gerava altos déficits,
cobrava altos preços, atrasava as entregas e mantinha
grande demanda reprimida não atendendo nem 10% da
população.
103. Governo
Fernando Henrique Cardoso
O livro A Privataria Tucana, do repórter Amaury
Ribeiro Jr.acusa a chamada Era das Privatizações,
promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso,
por intermédio de seu ministro do Planejamento, exgovernador de São Paulo, José Serra, de uma
"verdadeira pirataria praticada com o dinheiro
público em benefício de fortunas privadas, por meio
das chamadas 'offshores', empresas de fachada do
Caribe…"
106. Governo
Fernando Henrique Cardoso
―O Brasil não gosta do sistema capitalista. Os congressistas não
gostam do capitalismo, os jornalistas não gostam do capitalismo, os
universitários não gostam do capitalismo. E, no capitalismo, têm horror
aos bancos, ao sistema financeiro e aos especuladores. (…) Eles não
sabem que não gostam do sistema capitalista, mas não gostam. Gostam
do Estado, gostam de intervenção, do controle, do controle do câmbio,
o que puder ser conservador é melhor do que ser liberal. Essa é uma
dificuldade imensa que temos, porque estamos propondo a integração
do Brasil ao sistema internacional. Eles não gostam nem do capitalismo
nacional, quanto mais do internacional, desconfiam de nossa ligação
com o sistema internacional. O ideal, o pressuposto, que está por trás
das cabeças, é um regime não capitalista e isolado, com Estado forte e
bem-estar amplo. Isso tudo é utópico, as pessoas não têm consciência.
‖
Fernando Henrique Cardoso