O documento descreve o processo de extrusão, no qual um material é deformado plasticamente através de uma matriz usando uma prensa. O processo pode ser direto ou inverso. Também fornece detalhes sobre os equipamentos, materiais, cálculos e defeitos associados à extrusão e ao processo de forjamento.
Capítulo 1 introdução à conformação plástica dos metais (1)
Processos de extrusão e forjamento
1. EXTRUSÃO
A extrusão é um processo de conformação plástica que consiste em
passar um tarugo ou lingote, colocado dentro de um recipiente, pela
abertura existente no meio de uma ferramenta. A extrusão pode ser
classificada em extrusão direta (Figura a) e inversa (Figura b).
Fundamentos do Processo
Ilustração do processo de (a) extrusão direta e (b) extrusão inversa.
a b
2. MATERIAIS
Quase todos os materiais. Também materiais
frágeis, como Ferro Fundido, mediante uso de punção
com contra-pressão.
EQUIPAMENTO:
Prensa mecânica de manivela e excêntrica, bem como
prensa hidráulica.
4. MÉTODO DIRETO
• Matriz e recipiente fixos
• Flui material no sentido
da força aplicada
• Material extrudado passa
pela matriz
• Melhor acabamento
superficial
• Maiores valores de Atrito
6. MÉTODO NDIRETO
• Recipiente fixo e
matriz móvel
• Fluxo de metal
contrário ao da Força
• Embolo Oco e Móvel
• Força menor que a do
método direto
• Acabamento
superficial não tão bom
10. Os processos de extrusão podem ainda ser divididos
pela temperatura da peça:
Extrusão
a frio
Extrusão
semi-aquecida
Extrusão
a quente
•Elevada economia
•Combinação com
outros processos
•Alta qualidade
dimensional e
superficial
•Fabricação de peças
complexas
•Melhores
propriedades
mecânicas
•Propriedades
semelhantes às dos
extrudados a frio.
•Menor tensão de
escoamento
•Importância cada
vez maior
•Melhora da
trabalhabilidade
11. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
• Tarugo
• Forno ou Aquecedores
• Matriz
• Prensa Hidráulica
• Punção ou haste do Embolo
• Disco de Apoio
• Recipiente
• Disco de Pressão
• Equipamento para Estiramento do Produto Extrudado
12. MATRIZ
• Influencia diretamente na
qualidade do produto
• Perfis maciços ou tubulares
• Polimento: Rugosidade muito
baixa
• Alta resistência à abrasão
• Alta Dureza
• Revestimentos Superficiais
15. EXTRUSÃO
Cálculo das Forças de
Extrusão a Quente
Pressão de extrusão
ideal
Onde:
Força de Extrusão
Método da divisão em
elementos
Onde:
16. EXTRUSÃO
Equação de Avitzur
A quente
Onde: Vr = velocidade do embolo;
Dt = diâmetro do tarugo;
Df = diâmetro do produto;
α = semi-ângulo da matriz.
26. FORJAMENTO
Forjamento é o processo de conformação plástica através
do qual se obtém a forma desejada da peça por martelamento ou
aplicação gradativa de uma pressão.
Fundamentos do Processo
a b
Representação esquemática dos processos de forjamento: (a) forjamento livre e (b)
forjamento em matriz.
27. FORJAMENTO A QUENTE
• recristalização
• mais comum
FORJAMENTO A FRIO
• encruamento
• para peças de geometrias mais simples
• Ação das matrizes por meio de golpes (martelos) ou por ação
contínua (prensas hidráulicas, excêntricas e de parafuso)
• para formas complexas
• oxidação e contração térmica: sobremetais
• tolerâncias mais fechadas
28.
29. FORJAMENTO LIVRE
• formas regulares (anéis, eixos)
• normalmente realizado em martelos
Vantagens
Matrizes simples e barato; grande faixa de tamanhos; boa resistência
mecânica
Limitações
Somente formatos simples; dificil obter tolerâncias estreitas;
usinagem requerida; baixa taxa de produção; pobre aproveitamento
do material; maior habilidade requerida
30.
31.
32. FORJAMENTO EM MATRIZES FECHADAS
• para peças de geometrias complexas
• normalmente realizado em prensas
Vantagens
Melhor aproveitamento do material; maior homogeneidade
estrutural; Melhores propriedades; boa precisão
dimensional; Alta taxa de produção; boa reprodutibilidade
Limitações
Alto custo do ferramental para pequenas quantidades;
Necessidade frequente de Usinagem
33.
34. FORJAMENTO A QUENTE
Processos básicos
• rebarbação, normalização
• corte, aquecimento
• limpeza, etapas de forjamento
• limpeza
recalque e ascensão
Seqüência de
processamento
35. Formação de
rebarba
• garantir preenchimento correto das matrizes
• acomodar defeitos de forjamento
• escoar excesso de material do tarugo
• região mais tensionada do forjado
FORJAMENTO A QUENTE
36. • Etapas de forjamento: esboçadora, formadora, calibradora
41. Comparação do forjamento a quente convencional e
de precisão
• controle da temperatura do aquecimento
• controle do corte e das dimensões do tarugo
• precisão dimensional e geométrica de matrizes
e insertos
42.
43. FORJAMENTO A FRIO
Processos básicos
• etapas de forjamento
• corte
• lubrificação
• recozimentos
intermediários
recalque e extrusão
Seqüência de
processamento
44. • a quente, a frio, morno ou isotérmico
FORJAMENTO DE PRECISÃO
• menores sobremetais, sem rebarbas, sem ângulos de
extração e raios de arredondamento menores
45. • martelos (queda livre e auxiliados)
• prensas (excêntricas, de parafuso e hidráulicas)
EQUIPAMENTOS DE FORJAMENTO
• recalcadoras
46. Deformação por impacto e não-uniforme
O martelo mais simples é o de queda livre (gravidade)
Martelos controlados por computador podem fornecer golpes
variáveis
Recomendado para peças menores e mais finas
Lotes de até 3000 peças
Martelo de forja - características
47.
48. Prensas - características
As prensas são usadas para peças grandes ou espessas
Ação de compressão lenta penetra completamente o metal
– Produz um fluxo de metal e uma deformação mais uniforme
– Tempos de contato entre a matriz e peça mais longos
As matrizes podem ser aquecidas (forjamento isotérmico)
Podem ser mecânicas ou hidráulicas
49. FORJAMENTO
Cálculo da Força de
Forjamento no Estado Plano
de Deformações
Figura 17 – Bloco isolado no forjamento no estado plano.
50. Substituindo τ na expressão acima e
dividindo por w:
Modelo de Coulomb
Onde: p = pressão agindo no bloco
(Para X>0)
Dividindo por h:
Critério de escoamento de von Mises:
FORJAMENTO
51. Na borda da matriz (x = b/2)
Centro
Borda
Centro
Borda
FORJAMENTO
52. Figura 18 – Distribuição de pressões ao longo
da largura da matriz.
Força total (F)
FORJAMENTO
53. Pressão média (p) sobre interface metal/matriz
( )
Força para forjar o metal
FORJAMENTO
56. FORJAMENTO
Se
Superfície externa do disco:
r = a = D/2
σr = 0
p = σe
Onde: D = diâmetro do cilindro ;
h = altura do disco;
σe= tensão de escoamento do metal sob compressão;
R = distância de um ponto do disco até o eixo;
P(r) = pressão na interface metal/matriz, à distância r do eixo do disco.
58. DEFEITOS DOS PRODUTOS FORJADOS
Podem ser mencionados os seguintes defeitos típicos de peças
forjadas, decorrentes de falhas :
na matéria-prima ou da técnica de operação; falta de redução,
trincas superficiais, trincas nas rebarbas, trincas internas, gotas,
incrustações de óxidos, queimas e descarbonetação.