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Profa. Ma. Elaine Porto Chiullo
EEEMTI: “ BRASÍLIA” – SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEDUC
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
• Quem não é de Porto Velho, ao conversar com
um nativo pode ficar sem entender uma parte
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sotaques entre cidades de Rondônia
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dinâmica, ela não para, ela muda, sofre influência
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são os dois primeiros municípios que foram
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estado". (Nair Gurgel, 2019)
– "Com o boom do "eldorado", a construção da BR-
364 e a vinda das pessoas do sul e sudeste pra cá
é que foram surgindo novos municípios, entre eles
Ariquemes. Então de Ariquemes pra lá, seguindo o
eixo da BR tem outro jeito de falar por conta dessa
influência“(Nair Gurgel, 2019)
• Em Porto Velho, a ocupação maior é de
nordestinos que chegaram na cidade no
segundo ciclo da borracha. A professora
acredita que, na influência da fala, pouca coisa
restou do primeiro ciclo da borracha que
levou muitos barbadianos, ingleses e
americanos à cidade.
• Já no segundo ciclo, durante a Segunda
Guerra Mundial, muitos nordestinos que
foram trabalhar como soldados da borracha se
fixaram na cidade e deram tom ao jeito de
falar em Porto Velho. "Maceta", de origem
cearense, "brocado", "rangar" e "telezé" são
algumas das influências nordestinas.
• Na cidade, há também influência portuguesa
de forma indireta, vinda de Manaus (AM). É
chiado na letra "s“. Outra influência
portuguesa apontada por ela é o uso do "tu".
– "Não tem muita influência indígena no nosso
sotaque, mas no vocabulário temos tudo, e na
culinária que é toda baseada na cultura indígena,
o tucupi, a farinha, macaxeira, tapioca". (Nair Gurgel,
2019)
• Como prova do dinamismo da língua ela
pontua que mesmo dentro de Porto Velho há
variações entre grupos e localidades. Alguns
exemplos são os pescadores, ribeirinhos e
lavadeiras. Agricultores da região dos distritos
de União Bandeirantes e Rio Pardo (distritos
de Porto Velho) também têm um sotaque
mais parecido com o das cidades do interior,
já que foram formados por maioria mineira,
paulista, gaúcha, etc.
• Uma expressão comum a Porto Velho e o
restante do estado é "piseiro", lembra Nair. No
entanto, ela explica que mesmo alguns achando
que ela é originária de Rondônia, na verdade,
durante uma das pesquisas, ela descobriu que
"piseiro" vem de de Goiás e Mato Grosso.
– "Onde cria muito gado, ele fica preso e de tanto pisotear, chamava
aquilo de piseiro. Depois, os bailes no interior eram de chão batido
também e chamavam de piseiro onde tem festa", diz.
Desde meados do anos
1990, a professora da
Universidade Federal de
Rondônia (Unir), Nair
Ferreira Gurgel do Amaral,
autora do livro "Carapanã
encheu, voou: o
portovelhês", identifica e
busca explicar as origens e
uso de expressões dos
moradores dessa "terra de
muro baixo" (que acolhe
todos que chegam). O livro
da doutora em linguística
tem mais de 500 verbetes.
Professora Doutora apaixonada pela cultura local
• Apaixonada pela cultura local, ela também
escreveu livros sobre a culinária, frutas,
alimentação indígena e sobre as lendas
contadas por crianças. Para a confecção das
obras, ela se fixou em três comunidades
ribeirinhas por cerca de 15 anos, se
aprofundando na pesquisa.
•
Confira algumas das expressões do
dicionário portovelhês:
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um evento
Telezé - tu é leso, é?
Piseiro - onde tem festa
Porto “hell”
Mosca não, mana. Tem mais no perfil
do Instagran @cegadabolota
Referências
AMARAL, Nair Ferreira Gurgel do; Carapanã encheu, voou: o
portovelhês; Porto Velho: Temática Editora, 2015
CEGA da bolota, Instagram. Disponível em
https://www.instagram.com/cegadabolota/, acesso em
30/09/2020
Portovelhês: conheça o jeito 'beradeiro' de falar na capital de
Rondônia, G1/Rondonia; disponível em:
https://g1.globo.com/ro/rondonia/aniversario-de-porto-
velho/2019/noticia/2019/10/04/portovelhes-conheca-o-jeito-
beradeiro-de-falar-na-capital-de-rondonia.ghtml, acesso em
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CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
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Variações linguísticas em Rondônia

  • 1. Profa. Ma. Elaine Porto Chiullo EEEMTI: “ BRASÍLIA” – SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEDUC VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
  • 2. • Quem não é de Porto Velho, ao conversar com um nativo pode ficar sem entender uma parte do diálogo. É que muitos moradores têm expressões peculiares para definir coisas do cotidiano.
  • 3. As variações nas expressões e sotaques entre cidades de Rondônia – "Tudo na língua depende do processo de colonização. Nosso jeito de falar tem muita influência, mas como eu disse, a língua é dinâmica, ela não para, ela muda, sofre influência e é por isso que Porto Velho e Guajará-Mirim, que são os dois primeiros municípios que foram criados têm sotaques diferentes do restante do estado". (Nair Gurgel, 2019)
  • 4. – "Com o boom do "eldorado", a construção da BR- 364 e a vinda das pessoas do sul e sudeste pra cá é que foram surgindo novos municípios, entre eles Ariquemes. Então de Ariquemes pra lá, seguindo o eixo da BR tem outro jeito de falar por conta dessa influência“(Nair Gurgel, 2019)
  • 5. • Em Porto Velho, a ocupação maior é de nordestinos que chegaram na cidade no segundo ciclo da borracha. A professora acredita que, na influência da fala, pouca coisa restou do primeiro ciclo da borracha que levou muitos barbadianos, ingleses e americanos à cidade.
  • 6. • Já no segundo ciclo, durante a Segunda Guerra Mundial, muitos nordestinos que foram trabalhar como soldados da borracha se fixaram na cidade e deram tom ao jeito de falar em Porto Velho. "Maceta", de origem cearense, "brocado", "rangar" e "telezé" são algumas das influências nordestinas.
  • 7. • Na cidade, há também influência portuguesa de forma indireta, vinda de Manaus (AM). É chiado na letra "s“. Outra influência portuguesa apontada por ela é o uso do "tu".
  • 8. – "Não tem muita influência indígena no nosso sotaque, mas no vocabulário temos tudo, e na culinária que é toda baseada na cultura indígena, o tucupi, a farinha, macaxeira, tapioca". (Nair Gurgel, 2019)
  • 9. • Como prova do dinamismo da língua ela pontua que mesmo dentro de Porto Velho há variações entre grupos e localidades. Alguns exemplos são os pescadores, ribeirinhos e lavadeiras. Agricultores da região dos distritos de União Bandeirantes e Rio Pardo (distritos de Porto Velho) também têm um sotaque mais parecido com o das cidades do interior, já que foram formados por maioria mineira, paulista, gaúcha, etc.
  • 10. • Uma expressão comum a Porto Velho e o restante do estado é "piseiro", lembra Nair. No entanto, ela explica que mesmo alguns achando que ela é originária de Rondônia, na verdade, durante uma das pesquisas, ela descobriu que "piseiro" vem de de Goiás e Mato Grosso. – "Onde cria muito gado, ele fica preso e de tanto pisotear, chamava aquilo de piseiro. Depois, os bailes no interior eram de chão batido também e chamavam de piseiro onde tem festa", diz.
  • 11. Desde meados do anos 1990, a professora da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Nair Ferreira Gurgel do Amaral, autora do livro "Carapanã encheu, voou: o portovelhês", identifica e busca explicar as origens e uso de expressões dos moradores dessa "terra de muro baixo" (que acolhe todos que chegam). O livro da doutora em linguística tem mais de 500 verbetes. Professora Doutora apaixonada pela cultura local
  • 12. • Apaixonada pela cultura local, ela também escreveu livros sobre a culinária, frutas, alimentação indígena e sobre as lendas contadas por crianças. Para a confecção das obras, ela se fixou em três comunidades ribeirinhas por cerca de 15 anos, se aprofundando na pesquisa. •
  • 13. Confira algumas das expressões do dicionário portovelhês:
  • 14. Cega - mentira ou não comparecer a um evento
  • 15. Telezé - tu é leso, é?
  • 16. Piseiro - onde tem festa
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  • 20. Mosca não, mana. Tem mais no perfil do Instagran @cegadabolota
  • 21. Referências AMARAL, Nair Ferreira Gurgel do; Carapanã encheu, voou: o portovelhês; Porto Velho: Temática Editora, 2015 CEGA da bolota, Instagram. Disponível em https://www.instagram.com/cegadabolota/, acesso em 30/09/2020 Portovelhês: conheça o jeito 'beradeiro' de falar na capital de Rondônia, G1/Rondonia; disponível em: https://g1.globo.com/ro/rondonia/aniversario-de-porto- velho/2019/noticia/2019/10/04/portovelhes-conheca-o-jeito- beradeiro-de-falar-na-capital-de-rondonia.ghtml, acesso em 30/09/2020
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  • 28. Balneário Bebel — Foto: Reprodução/Facebook
  • 29. Balneário Souza — Foto: Reprodução/Facebook