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25 de Abril de 2013
Nós sabemos que a deterioração das contas públicas brasileiras foi contornada nos acréscimos
do segundo tempo no final do ano passado por meio de contabilidades criativas e que a sua
tendência é rumar para um superávit primário entre 1,5% e 1,8% do PIB, se não houver
mágicas contábeis e/ou descontos de gastos de investimentos e de despesas de governos
locais do cálculo de superávit primário do setor público. Nós também já pregamos há algum
tempo que o crescimento real do PIB em 2013 não será nada brilhante, pois as nossas
projeções apontam para um número entre 2,6% e 2,8% desde o final do ano passado.
Um novo problema, mas que tem sido propalada apocalipticamente há mais de três anos, vem
das contas externas. Não só a entrada líquida de dólares por meio dos segmentos comercial e
financeiro vinha minguando desde o início do ano, mas os resultados das contas de transações
correntes e capital e financeira perderam tanto a robustez quanto a qualidade, refletida,
principalmente, pela estabilidade da relação investimento direto estrangeiro/PIB, pela
deterioração do coeficiente de rolagem da dívida externa privada e pela predominância de
papéis high yield lançados esse ano pela maior parte dos emissores de dívida externa
corporativa em comparação com os anos anteriores. Nesse sentido, vale a pena investigar um
pouco as vicissitudes dos resultados do balanço de pagamentos brasileiro a fim de perceber os
determinantes conjunturais e estruturais de sua deterioração.
Balanço de pagamentos. O déficit em conta corrente totalizou US$ 6,9 bilhões em março,
acima de nossa estimativa (US$ 6,0B) e da mediana das projeções de mercado (US$ 6,3B).
Com isso, no acumulado em 12 meses, o saldo em conta corrente atingiu US 67B,
correspondente a 2,9% do PIB, que é o número esperado pelos economistas mais pessimistas e
pregado pelos profetas desde 2008. Como podemos ver no gráfico abaixo, este (finalmente) é
o maior patamar do déficit em conta corrente desde agosto/02; além disso, salta aos olhos a
velocidade da ampliação do déficit.
Necessidade de financiamento externo: o retorno
Fonte: BC; PINE Macro & Commodities Research
A abertura da conta de transações correntes mostra que a piora é consequência do
enfraquecimento da balança comercial, explicado tanto pela redução das exportações quanto
pela ampliação das importações. Em números, nos últimos 12 meses, 77% da ampliação do
déficit em transações correntes vêm da diminuição do superávit da balança comercial.
Serviços e rendas permanecem deficitários, em 3,6% do PIB, e explicam o 23% restantes. Os
destaques em ‘Serviços’ permanecem os gastos líquidos com viagens internacionais, que
somam US$ 16,2B em 12 meses, e os gastos líquidos com aluguel de equipamentos, que
-6
-4
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2
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6
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Últimos 12M (% PIB)
Necessidade de financiamento externo
Saldo de transações correntes
Investimentos estrangeiros diretos
totalizaram US$ 18,9B. Já as remessas de lucros e dividendos somaram US$ 2,7B no último
mês, US$ 24,B em 12 meses.
As perspectivas para a balança comercial não são boas: segundo números da FUNCEX, tanto o
quantum exportado vis-à-vis o importado quanto os termos de troca (preços dos bens
exportados em comparação aos importados) apontam para a continuidade da sua deterioração
(ver gráfico abaixo). Diante disso, nossa expectativa de superávit em US$ 9,0B corre o risco
de ser “otimista”, pois ela depende da recuperação dos preços das commodities.
Quantum e preços de exportação, importação e balança comercial
Fonte: FUNCEX; PINE Macro & Commodities Research
Por fim, a conta financeira e de capitais totalizou US$ 9,9B, sendo que os investimentos
estrangeiros diretos somaram US$ 5,7B em março, acima da nossa estimativa (US$ 4,0B) e da
mediana das projeções de mercado (US$ 4,3B). No acumulado em 12 meses, o IED totaliza US$
63,6B (2,8% do PIB). Os investimentos estrangeiros em carteira atingiram US$ 3,9B, com
entrada líquida de recursos externos de US$ 2,4B em ações e de US$ 1,5B em renda fixa. Nos
últimos 12 meses, observa-se alguma recuperação dos investimentos estrangeiro em renda
variável, com clara estabilidade das aplicações líquidas em renda fixa (abaixo).
Investimento estrangeiro em carteira (acumulado 12 meses)
Fonte: BC; PINE Macro & Commodities Research
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2013
acum. 12M
Renda Variável Renda fixa
O problema é que o gráfico acima revela que o fundo do poço do saldo dos investimentos
estrangeiros em carteira em renda variável e em renda fixa pós-crise se concentra no período
compreendido entre o final do passado e abril de 2013. A explicação para isso reside, em
nossa opinião, na instabilidade jurisdicional criada recentemente no Brasil (a exemplo de
desonerações e mágicas contábeis fiscais), especialmente quando se busca preservar o pleno
emprego em contexto de custos crescentes, inflação acelerada (e acima do centro da meta),
juros reais historicamente muito baixos e produtividade média medíocre e declinante. As
variáveis que pagam o pato desse tipo de política econômica são os investimentos privados e
a taxa de crescimento do PIB
Fluxo cambial. O Banco Central divulgou nessa quarta-feira os números do fluxo cambial
referentes à terceira semana de abril, encerrada no último dia 19. Em comparação com as
duas primeiras semanas, destacamos:
• O fluxo comercial líquido (exportação menos importação) trouxe melhora
significativa, voltando ao campo positivo e com números robustos frente à média
histórica e à média observada desde o início do ano; depois dos fluxos negativos em
US$ 0,2B e US$ 0,8B nas primeiras duas semanas, a entrada líquida foi de expressivos
US$ 5,1B, com ampliação das exportações (US$ 8,3B apenas na semana em questão) e
redução das importações. Com isto, no mês, o fluxo comercial acumulado passou de
US$ -1B para US$ +4,1B.
• O fluxo financeiro líquido (compra menos venda de ativos financeiros) permanece
negativo no mês (US$ -3B), mas houve desaceleração de sua queda (de US$ -2,2B na
segunda semana para US$-0,9B na terceira semana); a entrada potencial de divisas
pelos IPOs em pipeline é capaz de zerar esta saída, ainda que parte do fluxo líquido
de divisas seja internalizada apenas em maio.
Fluxo cambial – média diária e mensal
Fonte: BC; PINE Macro & Commodities Research
Estes resultados têm sido erráticos; a piora da saída líquida de divisas estrangeiras tem
caracterizado o fluxo cambial no segmento financeiro e o saldo líquido da balança comercial
tem que melhorar muito para justificar uma entrada líquida permanente de dólares via
segmento comercial. Portanto, não é possível caracterizar uma melhora estrutural da média
diária e mensal do fluxo cambial, principalmente no segmento comercial.
Cenário para o BRL. Para o restante do primeiro semestre, existem forças relevantes (ainda
incertas, é verdade) que implicariam a estabilidade do real perto de 2,0/US$, a saber:
(i) A recuperação do fluxo comercial, em parte já observada na última semana e
incorporada em nossos cálculos do superávit comercial em 2013. As safras
recordes esperadas para o meio do ano explicam a nossa perspectiva de superávit
(400)
(300)
(200)
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Fluxo médio desde 2007 Fluxo mensal 2013
USD bilhões
comercial igual a US$ 9,0b em 2013, a qual só não contempla a apreciação do real
rumo a 1,95/US$ por causa da saída de dólares pelo segmento financeiro;
(ii) A recuperação esperada do fluxo financeiro, sejam pelas ofertas públicas de
ações no forno seja pelo fluxo de investimento estrangeiro em carteira,
possibilitado pela política monetária frouxa praticada pelo mundo, em especial no
Japão. A adoção recente de uma inusitada expansão monetária que visa uma
meta de crescimento de PIB nominal via aceleração (saudável) inflacionária está
na pauta mensal do banco central japonês. É claro que essas precondições para a
valorização do real via fluxo líquidos financeiros dependem da ajuda
governamental na busca pela redução (em oposição ao aumento atual) do risco
jurisdicional.
Para o segundo semestre, no entanto, é exatamente por contarmos com a permanência das
incertezas dos investidores quanto à instabilidade jurisdicional brasileira que nós esperamos a
elevação da necessidade de financiamento externo (ampliação do déficit em transações
corrente e enfraquecimento dos investimentos estrangeiros diretos), a continuidade do fluxo
líquido negativo de dólares via segmento financeiro e a consequente desvalorização do real
rumo ao intervalo R$2,0/US$-R$2,04/US$.
Marco Antonio Maciel
Economista-chefe
Pine
Marco Antonio Caruso
Economista
Pine
Disclaimers
Este relatório foi preparado pelo Banco Pine S.A. (“Banco PINE”), instituição financeira validamente existente de acordo com as leis
da República Federativa do Brasil. PINE Securities USA LLC (“PINE US”), broker-dealer registrada na U.S. Securities and Exchange
Commission e membro da Financial Industry Regulatory Authority and the Securities Investor Protection Corporation, está
distribuindo este relatório nos Estados Unidos da América. A PINE US é uma afiliada do Banco PINE. A PINE US assume total
responsabilidade por este relatório sob a lei dos Estados Unidos da América. Qualquer norte-americano que receber este relatório e
desejar efetuar qualquer transação com valores mobiliários abordado neste relatório deve fazê-lo com PINE no +1-646-398-6900, 645
Madison Avenue, New York, NY 10022. Qualquer referência ao PINE inclui, também, Banco PINE e PINE US, conforme aplicável.
Este relatório é para distribuição apenas nas circunstâncias permitidas pela lei aplicável. Este relatório não é dirigido a você se o PINE
for proibido ou restringido por qualquer legislação ou regulamentação em qualquer jurisdição. Você deve se certificar antes da leitura
que o PINE é permitido para fornecer este material sobre investimentos pra você no âmbito da legislação e regulamentos aplicáveis.
Nada neste relatório constitui indicação de que a estratégia de investimento ou recomendações aqui citadas são adequadas ao perfil
do destinatário ou apropriadas as circunstâncias individuais do destinatário e tampouco constituem uma recomendação pessoal. Este
relatório possui caráter informativo, não constitui material promocional e não foi produzido como uma solicitação de compra ou
venda de qualquer ativo ou instrumentos financeiros relacionados em qualquer jurisdição. Os dados que aparecem nos gráficos
referem-se ao passado, a rentabilidade obtida no passado, não representando garantia de rentabilidade futura. Os preços e demais
informações contidas neste relatório são críveis e dignos de confiança na data de publicação do mesmo e foram obtidas de uma, ou
mais, das fontes a seguir descritas: (i) fontes expressas ao lado da informação; (ii) preço de cotação no principal mercado regulado do
valor mobiliário em questão; (iii) fontes públicas confiáveis; ou (iv) base de dados do PINE. Todas as informações aqui contidas foram
obtidas de fontes públicas, as quais acreditamos serem confiáveis e de boa fé a partir da data em que este relatório foi emitido.
Nenhuma garantia ou declaração, tanto expressa quanto implícita, é provida em relação à exatidão, abrangência ou confiabilidade
das informações aqui contidas, com exceção das informações referentes ao PINE, suas subsidiárias e afiliadas. Também não tem o
intuito de ser uma declaração completa ou um resumo sobre os ativos, mercados ou estratégias abordadas no documento. Em todos os
casos, investidores devem conduzir suas próprias investigações e análises antes de proceder ou deixar de proceder qualquer ação
relacionada aos valores mobiliários analisados neste relatório.
O PINE não praticou atividades de formador de mercado de valores mobiliários da companhia objeto, no momento em que este
relatório foi publicado. Ademais, o PINE não se responsabiliza assim como não garante que os investidores irão obter lucros. PINE
tampouco irá dividir qualquer ganho de investimentos com os investidores assim como não irá aceitar qualquer passivo causado por
perdas. Investimentos envolvem riscos e os investidores devem ter prudência ao tomar suas decisões de investimento. O PINE não tem
obrigações fiduciárias com os destinatários deste relatório e, ao divulgá-lo, não apresenta capacidade fiduciária. O presente relatório
não deve ser considerado pelos destinatários como um substituto para o exercício do seu próprio julgamento. Opiniões, estimativas e
projeções expressas aqui constituem o julgamento atual do analista responsável pelo conteúdo deste relatório na data na qual foi
preparada e por isso, está sujeito a mudanças sem aviso e pode diferir ou ser contrário a opiniões expressas por outras áreas de
negócios ou grupos do PINE e suas afiliadas ou subsidiárias como resultado do uso de diferentes hipóteses e critérios. Preços e
disponibilidade de instrumentos financeiros são apenas indicativos e estão sujeitos a mudanças sem aviso.
A análise contida aqui é baseada em diversas hipóteses. Diferentes hipóteses podem ter resultados substancialmente diferentes. Os
analistas responsáveis pela preparação deste relatório podem interagir com a mesa de operações, mesa de vendas e outros
departamentos, com o intuito de reunir, sintetizar e interpretar informações de mercado. O PINE não está sob a obrigação de
atualizar ou manter atualizada a informação contida neste relatório. O PINE confia no uso de barreira de informação para controlar o
fluxo de informação contida em uma ou mais áreas dentro do PINE, em outras áreas, unidades, grupos e filiadas do PINE. A
remuneração do analista responsável pelo relatório é determinada pela direção do departamento de pesquisa e pelos diretores
seniores do PINE. A remuneração do analista não é baseada mas pode ser relacionada às receitas do PINE como um todo, incluindo
área de investimentos, vendas e operações.
Os ativos de dívida mencionados neste relatório podem não estar disponíveis para venda em todas as jurisdições ou para certas
categorias de investidores. Opções, derivativos e futuros não são adequados a todos os investidores e a negociação desses tipos de
instrumentos é considerada arriscada. Hipotecas e ativos lastreados em títulos de crédito podem envolver alto grau de risco e podem
ser altamente voláteis em resposta às taxas de juros ou outras variáveis de mercado. Performance passada não é indicação de
resultado futuro. Se um instrumento financeiro é cotado em uma moeda que não a do investidor, mudanças nas taxas de câmbio
podem afetar de forma adversa o valor, o preço ou o retorno proveniente de qualquer ativo mencionado nesse documento e o leitor
deve considerar o risco relacionado ao descasamento de moedas.
Este relatório não leva em consideração objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades especiais de nenhum
investidor em particular. Investidores devem buscar orientação financeira baseada em suas particularidades antes de tomar qualquer
decisão de investimento baseadas nas informações aqui contidas. Para recomendações de investimento, execução de ordens de
negociação ou outras funções correlacionadas, os clientes devem contatar seus representantes de vendas locais. O PINE, suas empresa
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ou prejuízo eventualmente provocado pelo uso de parte ou da integralidade do presente relatório.
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neste relatório. Os preços eventualmente apresentados não necessariamente representam os preços contábeis internos ou os preços
teóricos provenientes de avaliação por modelos do PINE e podem estar baseados em premissas específicas. Premissas específicas
assumidas pelo PINE ou por terceiros podem ter resultados substancialmente diferentes.
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tratamento dos assuntos do cliente a determinadas áreas da informação, onde este é necessário para gerenciar conflitos de interesses
ou interesses materiais.
Certificação de Analistas
Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório de análise são certificados e as opiniões aqui expressadas refletem
exclusivamente suas opiniões pessoais, sendo que as opiniões sobre qualquer dos emissores ou valores mobiliários analisados neste
relatório foram preparadas de forma autônoma e independente.

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Balanço de pagamentos e fluxo cambial brasileiros

  • 1. Pine Flash Note: O último dos moicanos 25 de Abril de 2013 Nós sabemos que a deterioração das contas públicas brasileiras foi contornada nos acréscimos do segundo tempo no final do ano passado por meio de contabilidades criativas e que a sua tendência é rumar para um superávit primário entre 1,5% e 1,8% do PIB, se não houver mágicas contábeis e/ou descontos de gastos de investimentos e de despesas de governos locais do cálculo de superávit primário do setor público. Nós também já pregamos há algum tempo que o crescimento real do PIB em 2013 não será nada brilhante, pois as nossas projeções apontam para um número entre 2,6% e 2,8% desde o final do ano passado. Um novo problema, mas que tem sido propalada apocalipticamente há mais de três anos, vem das contas externas. Não só a entrada líquida de dólares por meio dos segmentos comercial e financeiro vinha minguando desde o início do ano, mas os resultados das contas de transações correntes e capital e financeira perderam tanto a robustez quanto a qualidade, refletida, principalmente, pela estabilidade da relação investimento direto estrangeiro/PIB, pela deterioração do coeficiente de rolagem da dívida externa privada e pela predominância de papéis high yield lançados esse ano pela maior parte dos emissores de dívida externa corporativa em comparação com os anos anteriores. Nesse sentido, vale a pena investigar um pouco as vicissitudes dos resultados do balanço de pagamentos brasileiro a fim de perceber os determinantes conjunturais e estruturais de sua deterioração. Balanço de pagamentos. O déficit em conta corrente totalizou US$ 6,9 bilhões em março, acima de nossa estimativa (US$ 6,0B) e da mediana das projeções de mercado (US$ 6,3B). Com isso, no acumulado em 12 meses, o saldo em conta corrente atingiu US 67B, correspondente a 2,9% do PIB, que é o número esperado pelos economistas mais pessimistas e pregado pelos profetas desde 2008. Como podemos ver no gráfico abaixo, este (finalmente) é o maior patamar do déficit em conta corrente desde agosto/02; além disso, salta aos olhos a velocidade da ampliação do déficit. Necessidade de financiamento externo: o retorno Fonte: BC; PINE Macro & Commodities Research A abertura da conta de transações correntes mostra que a piora é consequência do enfraquecimento da balança comercial, explicado tanto pela redução das exportações quanto pela ampliação das importações. Em números, nos últimos 12 meses, 77% da ampliação do déficit em transações correntes vêm da diminuição do superávit da balança comercial. Serviços e rendas permanecem deficitários, em 3,6% do PIB, e explicam o 23% restantes. Os destaques em ‘Serviços’ permanecem os gastos líquidos com viagens internacionais, que somam US$ 16,2B em 12 meses, e os gastos líquidos com aluguel de equipamentos, que -6 -4 -2 0 2 4 6 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Últimos 12M (% PIB) Necessidade de financiamento externo Saldo de transações correntes Investimentos estrangeiros diretos
  • 2. totalizaram US$ 18,9B. Já as remessas de lucros e dividendos somaram US$ 2,7B no último mês, US$ 24,B em 12 meses. As perspectivas para a balança comercial não são boas: segundo números da FUNCEX, tanto o quantum exportado vis-à-vis o importado quanto os termos de troca (preços dos bens exportados em comparação aos importados) apontam para a continuidade da sua deterioração (ver gráfico abaixo). Diante disso, nossa expectativa de superávit em US$ 9,0B corre o risco de ser “otimista”, pois ela depende da recuperação dos preços das commodities. Quantum e preços de exportação, importação e balança comercial Fonte: FUNCEX; PINE Macro & Commodities Research Por fim, a conta financeira e de capitais totalizou US$ 9,9B, sendo que os investimentos estrangeiros diretos somaram US$ 5,7B em março, acima da nossa estimativa (US$ 4,0B) e da mediana das projeções de mercado (US$ 4,3B). No acumulado em 12 meses, o IED totaliza US$ 63,6B (2,8% do PIB). Os investimentos estrangeiros em carteira atingiram US$ 3,9B, com entrada líquida de recursos externos de US$ 2,4B em ações e de US$ 1,5B em renda fixa. Nos últimos 12 meses, observa-se alguma recuperação dos investimentos estrangeiro em renda variável, com clara estabilidade das aplicações líquidas em renda fixa (abaixo). Investimento estrangeiro em carteira (acumulado 12 meses) Fonte: BC; PINE Macro & Commodities Research -20,000 -10,000 0 10,000 20,000 30,000 40,000 50,000 60,000 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20 1.40 1.60 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 acum. 12M Quantum X/M Preços X/M B. Comercial (dir.) -20,000 -10,000 0 10,000 20,000 30,000 40,000 50,000 2009 2010 2011 2012 2013 acum. 12M Renda Variável Renda fixa
  • 3. O problema é que o gráfico acima revela que o fundo do poço do saldo dos investimentos estrangeiros em carteira em renda variável e em renda fixa pós-crise se concentra no período compreendido entre o final do passado e abril de 2013. A explicação para isso reside, em nossa opinião, na instabilidade jurisdicional criada recentemente no Brasil (a exemplo de desonerações e mágicas contábeis fiscais), especialmente quando se busca preservar o pleno emprego em contexto de custos crescentes, inflação acelerada (e acima do centro da meta), juros reais historicamente muito baixos e produtividade média medíocre e declinante. As variáveis que pagam o pato desse tipo de política econômica são os investimentos privados e a taxa de crescimento do PIB Fluxo cambial. O Banco Central divulgou nessa quarta-feira os números do fluxo cambial referentes à terceira semana de abril, encerrada no último dia 19. Em comparação com as duas primeiras semanas, destacamos: • O fluxo comercial líquido (exportação menos importação) trouxe melhora significativa, voltando ao campo positivo e com números robustos frente à média histórica e à média observada desde o início do ano; depois dos fluxos negativos em US$ 0,2B e US$ 0,8B nas primeiras duas semanas, a entrada líquida foi de expressivos US$ 5,1B, com ampliação das exportações (US$ 8,3B apenas na semana em questão) e redução das importações. Com isto, no mês, o fluxo comercial acumulado passou de US$ -1B para US$ +4,1B. • O fluxo financeiro líquido (compra menos venda de ativos financeiros) permanece negativo no mês (US$ -3B), mas houve desaceleração de sua queda (de US$ -2,2B na segunda semana para US$-0,9B na terceira semana); a entrada potencial de divisas pelos IPOs em pipeline é capaz de zerar esta saída, ainda que parte do fluxo líquido de divisas seja internalizada apenas em maio. Fluxo cambial – média diária e mensal Fonte: BC; PINE Macro & Commodities Research Estes resultados têm sido erráticos; a piora da saída líquida de divisas estrangeiras tem caracterizado o fluxo cambial no segmento financeiro e o saldo líquido da balança comercial tem que melhorar muito para justificar uma entrada líquida permanente de dólares via segmento comercial. Portanto, não é possível caracterizar uma melhora estrutural da média diária e mensal do fluxo cambial, principalmente no segmento comercial. Cenário para o BRL. Para o restante do primeiro semestre, existem forças relevantes (ainda incertas, é verdade) que implicariam a estabilidade do real perto de 2,0/US$, a saber: (i) A recuperação do fluxo comercial, em parte já observada na última semana e incorporada em nossos cálculos do superávit comercial em 2013. As safras recordes esperadas para o meio do ano explicam a nossa perspectiva de superávit (400) (300) (200) (100) 0 100 200 300 400 2012 2013 média diária (USD mln) (X-M) Fin. líquido -3,000 -2,000 -1,000 0 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Fluxo médio desde 2007 Fluxo mensal 2013 USD bilhões
  • 4. comercial igual a US$ 9,0b em 2013, a qual só não contempla a apreciação do real rumo a 1,95/US$ por causa da saída de dólares pelo segmento financeiro; (ii) A recuperação esperada do fluxo financeiro, sejam pelas ofertas públicas de ações no forno seja pelo fluxo de investimento estrangeiro em carteira, possibilitado pela política monetária frouxa praticada pelo mundo, em especial no Japão. A adoção recente de uma inusitada expansão monetária que visa uma meta de crescimento de PIB nominal via aceleração (saudável) inflacionária está na pauta mensal do banco central japonês. É claro que essas precondições para a valorização do real via fluxo líquidos financeiros dependem da ajuda governamental na busca pela redução (em oposição ao aumento atual) do risco jurisdicional. Para o segundo semestre, no entanto, é exatamente por contarmos com a permanência das incertezas dos investidores quanto à instabilidade jurisdicional brasileira que nós esperamos a elevação da necessidade de financiamento externo (ampliação do déficit em transações corrente e enfraquecimento dos investimentos estrangeiros diretos), a continuidade do fluxo líquido negativo de dólares via segmento financeiro e a consequente desvalorização do real rumo ao intervalo R$2,0/US$-R$2,04/US$. Marco Antonio Maciel Economista-chefe Pine Marco Antonio Caruso Economista Pine
  • 5. Disclaimers Este relatório foi preparado pelo Banco Pine S.A. (“Banco PINE”), instituição financeira validamente existente de acordo com as leis da República Federativa do Brasil. PINE Securities USA LLC (“PINE US”), broker-dealer registrada na U.S. Securities and Exchange Commission e membro da Financial Industry Regulatory Authority and the Securities Investor Protection Corporation, está distribuindo este relatório nos Estados Unidos da América. A PINE US é uma afiliada do Banco PINE. A PINE US assume total responsabilidade por este relatório sob a lei dos Estados Unidos da América. Qualquer norte-americano que receber este relatório e desejar efetuar qualquer transação com valores mobiliários abordado neste relatório deve fazê-lo com PINE no +1-646-398-6900, 645 Madison Avenue, New York, NY 10022. Qualquer referência ao PINE inclui, também, Banco PINE e PINE US, conforme aplicável. Este relatório é para distribuição apenas nas circunstâncias permitidas pela lei aplicável. 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