7. Ectopia cervical
Define-se ectopia como sendo a presença de epitélio colunar,
incluindo glândulas e estroma, na ectocérvice.
Na presença de ectopia, observa-se o reposicionamento da junção
escamocolunar (JEC) externamente ao orifício externo do colo, com
consequente exposição do epitélio colunar ao meio vaginal.
Ao longo da vida, a JEC tende a adentrar o canal.
(BRASIL, 2010)
8.
9. Zona de transformação
Região do colo do útero
onde o epitélio colunar
foi ou está sendo
substituído pelo epitélio
escamoso metaplásico;
Mulheres na pré-
menopausa: zona
de transformação
fica totalmente
localizada na
ectocérvix;
Após menopausa: o
colo diminui de
tamanho.
10. É na zona de transformação que se
localizam mais de 90% das lesões
precursoras ou malignas do colo do útero.
11. Câncer de colo de útero
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para
cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados
16.590 novos casos de câncer de
colo do útero no Brasil, com um risco estimado de
15,43 casos a cada 100 mil mulheres, ocupando a
terceira posição
12.
13. HPV
Está determinado que a infecção pelo HPV é causa necessária
para o desenvolvimento do câncer do colo do útero
100 tipos de HPVs;
40 tipos podem infectar o trato genital inferior;
13 tipos são considerados oncogênicos para o colo uterino.
Os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de CA do
colo do útero
14.
15. Prevenção
Primária: Preservativo e Imunização (Bivalente: 16
e 18), Quadrivalente (6,11,16,18)
Secundária: Rastreamento.
As vacinas anti-HPV não eliminam a necessidade
da prevenção secundária por meio do
rastreamento, pois as mesmas não oferecem
proteção para 30% dos casos de câncer do colo
do útero.
16. Então o preventivo...
Possui o objetivo de:
1- Pesquisar células neoplásicas
ou pré-neoplásicas do colo
uterino, antes que progridam
para carcinoma invasor;
2- Avaliação da microflora;
21. Divisão anatômica Em quatro
quadrantes, adicionando mais um, o
central, com a aréola e o mamilo:
Supero-lateral/ superior externo (QSL).
Supero-medial/ superior interno (QSM).
Infero-lateral/ inferior externo (QIL).
Infero-medial/ inferior interno (QIM).
Quadrante central/ retro-areolar.
24. É importante que, durante o
agendamento da consulta, sejam
feitas algumas orientações à mulher:
A coleta do exame citopatológico
não pode ser conduzido se a
mulher estiver menstruada (5 dias
após a menstruação é o ideal);
A paciente não pode estar
utilizando nenhuma pomada
ginecológica;
Abstinência sexual de 48 horas;
Não deve-se realizar a ducha
íntima.
27. Motivo da consulta / Queixa do Paciente /
Entrevista Clínica
Coleta de citopatológico de colo uterino, paciente com …. anos, último exame realizado em ....... com resultado: ..................;
Antecedentes pessoais obstétricos: G: ...... PN:...... PC: ..... A:...... OU nulipara;
Menarca com ...... anos;
Primeira gravidez com ...........anos;
Última gravidez há...........;
Cirurgias pélvicas: ............ ou Nega Cirurgias pélvicas;
Antecedentes patológicos (IST, HPV), ou Nega antecedentes patológicos;
Tabagista ou Nega tabagismo
Antecedentes pessoais e familiares patológicos: (história pregressa e/ou familiar de câncer de mama) ou Nega
Antecedentes pessoais e familiares patológicos de câncer de mama ou ovário;
DUM:.......................... Ciclo menstrual regular, ou ciclo menstrual irregular, fluxo menstrual normal, ou intenso.
Uso de métodos anticoncepcionais: ................... desde .................
Presença de queixas relacionadas a corrimentos vaginais:..................................ou Nega....
Dispareunia e sangramentos vaginais pós-coito ou anormais.............. Ou Nega................
Queixas mamárias, por exemplo: mastalgia, nódulo mamário, alterações do mamilo, descarga papilar, assimetria da mama
ou retração da pele ou Nega queixas mamarias.
28.
29. Materiais necessários
Luva de Procedimento;
Espéculo vaginal (Collins)
Espátula de Ayre: é um instrumento utilizado, atualmente, para a obtenção do material
cervical (colo do útero). O formato da espátula é ideal para a amostragem da
superfície ectocervical.
Escovinha endocervical: escova alongada usada no canal do colo uterino para obter
amostragem de material da endocérvice.
Avental
Foco de luz
Lubrificante
Lâmina de vidro de borda fosca e recipiente para lâmina de vidro: placa usada na
coleta e pesquisa das amostras, sendo obrigatória a identificação da paciente.
Spray fixador
Fichas de requisição, lápis e caneta
30.
31.
32. Lavar as mãos antes e após o atendimento;
Receber a cliente cordialmente;
Perguntar se atende às exigências para a realização do exame;
Realizar o preenchimento do formulário de exame
citopatológico;
Solicitar que a mulher troque de roupa, em local reservado, se
vista com o avental descartável e esvazie a bexiga;
Explicar sobre o exame que será realizado;
33. Exame clínico das mamas
I. Inspeção
Posição: sentada ou em pé, com os braços ao longo do corpo,
dando preferência que esteja sentada para conforto da paciente.
Observar: Número (mamas e mamilo); Tamanho da mama
(pequena, média, grande, hiperplásica); Simetria (simétricas ou
assimétricas); Formato (cônica, convexa, pendular, pendular
volumosa); Formato da papila (protusas, semi-protusas, planas,
invertidas, retraídas); Cor da aréola (rosa, marrom, preta); Pele (se
possui edema, eritema, cicatriz ou se é normal); Presença de
nódulos visíveis (tumores superficiais acima de 1 cm).
34. Alterações que podem ser
observadas
Atelia: ausência congênita do mamilo;
Politelia: presença extra de mamilo sem glândula mamaria;
Amastia: ausência congênita (uni ou bilateral) de glândula
mamária.
Polimastia: glândulas mamárias a mais na linha láctea (região
axilar a região inguinal).
35.
36. II. Inspeção dinâmica
Posição: em pé ou sentada
pedir para paciente realizar 4 movimentos:
Dois deles alteram a tensão nos ligamentos suspensores da
mama, que são:
Erguer os braços a 90º.
Erguer os braços a 180º.
41. Na presença de nódulos ou condensação, sempre analisar e
descrever suas características:
• Limites (se não for definido, é indicativo de malignidade, se for
bem delimitado, tende a ser benigno).
• Consistência (a consistência mais endurecida é sugestiva de
malignidade)
• Mobilidade (pouco indica malignidade)
Aderência a estruturas subjacentes (que pode ser vista pela
baixa mobilidade na inspeção dinâmica).
Diâmetro (pode auxiliar no estadiamento da neoplasia).
42. IV. Expressão
Técnica: realiza-se a manobra do gatilho, que consiste na
compressão da aréola, em sentido centrípeto, em várias direções
em ambas as mamas.
43. V. Palpação dos linfonodos
Gânglios axilares: Posição: sentada, com antebraço fletido e braço em
abdução. Mãos sustentadas no ombro do profissional.
Linfonodos aumentados: podem ser decorrentes de processos inflamatórios
nos membros superiores. Linfonodos volumosos e aderidos: podem ser
decorrentes de processos malignos.
Fossa supraclavicular: Dedos encurvados para girar na fossa. Pedir para a
paciente virar a cabeça para o lado que está sendo palpado e levantar o
mesmo ombro, pra relaxar a musculatura. Linfonodos só são palpáveis
nesta região em caso de câncer avançado.
Fossa infraclavicular: Rotação dos dedos na região; Paciente na mesma
posição anterior, inclinando a cabeça para frente.
45. Posicionar foco de luz;
Calçar as luvas de procedimento;
Introduzir o espéculo e observar as características das paredes
vaginais;
Realizar limpeza de secreção que possa estar presente no colo
uterino com uma gaze fixada em pinça e uso individual da
cliente;
Realizar coleta da ectocervice com a espátula de ayre (do lado
que apresenta reentrância), encaixando a ponta mais longa da
espátula no orifício externo do colo, apoiando-a firmemente,
fazendo uma raspagem da mucosa ectocervical em
movimento rotativo de 360º em torno de todo orifício
cervical, para que toda superfície do colo seja raspada;
46. Estender o material de maneira uniforme, dispondo-o no sentido
transversal, próximo da região fosca, na medida superior da
lâmina;
Realizar coleta da endocervice introduzindo a escova e fazendo
movimento giratório de 360º, percorrendo todo o contorno do
orifício cervical;
Colocar o material retirado na metade inferior da lâmina, no
sentido longitudinal;
Colocar a lâmina dentro da caixa identificada;
47. Fechar o espéculo cuidadosamente, evitar beliscar as paredes
vaginais e retirá-lo delicadamente;
Desprezar o material contaminado no lixo com saco branco
Retirar as luvas;
Auxiliar a mulher a descer da mesa;
Solicitar que troque de roupa;
Esclarecer sobre o que foi visualizado no exame;
Enfatizar a importância do retorno para o resultado do exame
e encaminhá-la pra agendamento (se necessário)
48. Registro: Exame Físico e
Complementares
Inspeção dos órgãos genitais externos: Sem alterações ou ..... (atentando
à integridade do clitóris, do meato uretral, dos grandes e pequenos lábios
vaginais, presença de lesões anogenitais;
Ao exame especular: Colo integro, róseo, leucorreia de cor branca sem
cheiro (+)..... (Observar aspecto do colo, presença de secreção anormal ou
friabilidade do colo, atrofia, lesões vegetantes ou ulceradas, ectopia)
Exame clínico das mamas (ECM): Mamas simétricas sem retrações, nódulos
palpáveis ou secreção mamilar. Ou (nódulo palpável, descarga papilar
sanguinolenta ou em “água de rocha”, lesão eczematosa da pele, edema
mamário com pele em aspecto de “casca de laranja”, retração na pele da
mama, mudança no formato do mamilo)
50. Intervenção - Procedimento
Orientações realizadas durante a consulta:
Resultado do exame;
Importância da periodicidade;
Planejamento familiar;
Prevenção de IST;
Fatores predisponentes do CA de colo uterino
Estilo de vida saudável.
57. Referências
Brasil, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual
de Orientação Trato Genital Inferior. Cap 2, 2010.
Sirovich BE, Feldman S, Goodman A. Screening for cervical cancer [Internet].
Waltham, MA: UpToDate; [cited 2010 Jan 27] Disponível
em: http://www.uptodate.com/patients/content/topic.do?topicKey=~iiPOJoCo33z2
gc