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Percepções e olhares sobre Orientação Educacional no Brasil: um estado da
arte a partir de Dissertações de Mestrado
Ilizandra Costa1
Locimar Massalai²
Resumo
O presente estudo teve como objetivo a análise da produção de dissertações
voltadas à área de orientação educacional, visando entender o caminho percorrido e
a história da orientação educacional. Foram identificadas e reunidas através dessa
pesquisa 23 (vinte e três) produções acadêmicas sobre o tema, sendo, 01 (uma) do
ano de 1977, 09 (nove) entre os anos de 1980 a 1990 e 13 (treze) dissertações no
período de 1991 a 2009. Utilizou-se como fonte de pesquisa os acervos de
dissertações de mestrado disponíveis em bibliotecas virtuais, de faculdades como
PUC, USP, UNICAMP, UFRS, UFF, UFSCAR, UFP, UCB, UFPR, UCP e UNIVALI.
Em alguns dos sites pesquisados não eram informados os resumos das obras e em
outros não eram disponibilizados os trabalhos completos por terem direitos
reservados. Ao fim da pesquisa percebe-se que o orientador educacional e sua
pratica nem se quer tinham suas próprias concepções e fundamentações, somente
com o decorrer das décadas houve um conhecimento e reconhecimento discreto das
atribuições e da profissão do orientador educacional, porem por mais discreta que
seja essa evolução, devemos considerá-la de suma importância, pois o orientador
educacional, papel indispensável na educação, finalmente vem conseguindo
redefinir sua pratica e encontrar seu lugar dentro do ambiente escolar, depois de
tanto lutar por tal conquista.
Palavras-chave: Orientação educacional. Dissertações. Mestrado.
Introdução
As pesquisas conhecidas como "estado da arte" ou "estado do
conhecimento", visam à elaboração de uma revisão crítica da produção de uma
determinada área.
1 Acadêmica do sétimo período do curso de Pedagogia, na Universidade Luterana de Ji-Paraná –
CEULJI/ULBRA. E-mail: ilizandra_costa@hotmail.com.
² Pedagogo com Habilitação em Magistério do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e Educação
Infantil. Pedagogo com Habilitação em Magistério e Orientação Educacional pela Universidade
Luterana do Brasil. Bacharel em Ciências Religiosas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Especialista em Administração e Planejamento para Docentes pela Universidade Luterana do Brasil e
Psicopedagogia Clínica pelo Instituto Cuiabano de Educação. E-mail: locimassalai@gmail.com.
2
Sua difícil compreensão advém do fato de não ser corriqueira em nossa
linguagem, é uma expressão americana (State of the art) que vem sendo estruturada
recentemente no Brasil. Ferreira (2002) é quem aponta a definição mais utilizada
atualmente.
Definidas como de caráter bibliográfico, elas parecem trazer em comum o
desafio de mapear e de discutir uma certa produção acadêmica em
diferentes campos do conhecimento, tentando responder que aspectos e
dimensões vêm sendo destacados e privilegiados em diferentes épocas e
lugares, de que formas e em que condições têm sido produzidas certas
dissertações de mestrado, teses de doutorado, publicações em periódicos e
comunicações em anais de congressos e de seminários. Também são
reconhecidas por realizarem uma metodologia de caráter inventariante e
descritivo da produção acadêmica e científica sobre o tema que busca
investigar, à luz de categorias e facetas que se caracterizam enquanto tais
em cada trabalho e no conjunto deles, sob os quais o fenômeno passa a ser
analisado.
Esses pesquisadores tomam como fontes básicas de referência para realizar
o levantamento dos dados e as suas análises, os catálogos de faculdades, institutos,
universidades, associações nacionais e órgãos de fomento da pesquisa.
Pesquisas estado da arte permitem indicar os temas mais abordados,
evitando assim repetição, e conhecer as diferentes perspectivas, abordagens e
metodologias empregadas. O Estado da Arte é uma das partes mais importantes de
todo trabalho científico, uma vez que faz referência ao que já se tem descoberto
sobre o assunto pesquisado, evitando que se perca tempo com investigações
desnecessárias. Além disso, auxilia na melhoria e desenvolvimento de novos
postulados, conceitos e paradigmas.
Esta pesquisa com enfoque no estado da arte sobre orientação educacional
buscará reunir especificamente as dissertações de mestrado de 1970 à 2009,
visando entender (com o que se encontra registrado) o caminho percorrido e a
história da orientação educacional. Considerando que a análise da produção
científica é relevante em qualquer área de conhecimento, uma vez que permite a
identificação dos temas já estudados e dos que necessitam de exploração, além de
proporcionar uma reflexão sobre a orientação educacional e contribuir com o acervo
de objetos de estudos, esta pesquisa poderá fazer vir à tona algumas necessidades
ou deficiências do campo estudado, possibilitando que novos olhares se voltem para
tal.
3
Utilizou-se como fonte de pesquisa os acervos de dissertações de mestrado
disponíveis em bibliotecas virtuais, de faculdades como PUC, USP, UNICAMP,
UFRS, UFF, UFSCAR, UFP, UCB, UFPR, UCP E UNIVALI. A identificação das
produções acadêmicas a cerca do tema orientação educacional foi realizada através
da pesquisa em acervos de bibliotecas virtuais, utilizando as seguintes palavras
chave: orientação educacional, orientador educacional, orientação escolar e
orientador pedagógico e do conteúdo dos resumos das obras encontradas. Sendo
identificados os trabalhos pertinentes ao estado da arte, buscou-se fazer o dowloand
das obras completas, disponíveis em PDF, para análise mais aprofundada. Porém,
em alguns dos sites pesquisados não eram informados os resumos das obras e em
outros não eram disponibilizados os trabalhos completos o que se tornou um
impedimento para pesquisa de qualidade, acarretando dificuldades como a falta de
informação ou a pouca informação sobre o conteúdo das produções encontradas.
1. Estado da arte sobre orientação educacional
Tabela 1 – Dissertações organizadas a partir do ano em que foram escritas
1977
1. Implantação de serviço de orientação educacional em entidade de iniciação profissional
de menores: estudo experimental. Cecília Azevedo Lima Collares. 1977
1980 à 1990
1. A descaracterização da orientação educacional no Brasil. Aurea Cândido Sigrist de
Toledo Piza. 1980
2. A orientação educacional re-visitada. Regina Aparecida Ribeiro Siqueira. 1984
3. Serviço de orientação educacional: sua estrutura e sua dinâmica. Ezequiel Pinto Monteiro
Filho. 1985
4. Acerca do caráter ideológico da orientação educacional. Eunice Catarina Marangon. 1985
5. Encontros e congressos brasileiros de orientação educacional: uma instancia educativa.
Maria Aparecida Paiva Soares dos Santos. 1987
6. Orientação educacional e educação transformadora. Maria Isabel Nogueira Lusvarghi.
1987
7. A atuação da orientação educacional face ao problema do fracasso escolar. Itamar Mazza
de Farias. 1987
8. Repensando a orientação educacional. Amélia Kimiko Nona. 1989
9. A integração assistente pedagógico – orientador educacional: um estudo de como essa
integração é percebida pelos “ex-orientadores educacionais” nas escolas do Município de
São Paulo. Hélvia Leite Cruz. 1990
1990 a 2009
1. Formação de orientadores educacionais: questionamento da sincronicidade consciente e
confronto com a mudança. Vera Maria Nigro de Souza Placco.
2. A atuação do orientador: fatores intervenientes. Nilba Maria Fossa Clementi. 1997
3. Dificuldades de aprendizagem – concepções que permeiam a pratica de professores e
4
orientadores. Cecília Lacoponi Ashmoto. 1997
4. A orientação educacional e seu ator: representações de uma pratica na fronteira
institucional. Moises de Jesus Domingues. 1998
5. Atuação dos pedagogos – entre olhares e provocações: um estudo sobre o trabalho
pedagógico realizado por uma orientadora educacional e uma supervisora escolar em
uma escola da rede municipal de Curitiba. Eliane Cleonice Alves Precoma. 2001
6. Pedagogia e pedagogos escolares. Umberto de Andrade Pinto. 2006
7. Criatividade e escola: limites e possibilidades segundos gestores e erientadores
educacionais. Eny da Luz Lacerda Oliveira. 2007
8. A (dês) constituição da orientadora pedagógica na escola publica: uma trama de muitos
fios, vários laços e alguns nós. Adriana Stella Pierini. 2007
9. Atribuições do orientador educacional: uma analise do real e do irreal na pratica do
orientador educacional. Aline Novaes Ximenes. 2008
10. O orientador educacional frente ao fenômeno bulling – um estudo nas escolas particulares
do plano piloto. Ana Helena Rodrigues Guimarães. 2008
11. Tempo de indicar caminhos: o serviço de orientação educacional no Colégio Estadual do
Paraná (1968-1975). Alicia Mariani Lucio Landes da Silva. 2008
12. Interrogações e exclamações no cotidiano escolar da orientação educacional. Artele Steil
Kumm. 2009
13. A contribuição do orientador educacional na política da educação – um estudo na rede
municipal de ensino de Pelotas – RS. 2009
Tabela 2 – Dissertações organizadas por categorias de análise
Formação, identidade e indagações sobre o orientador educacional
10. Implantação de serviço de orientação educacional em entidade de iniciação profissional
de menores: estudo experimental. Cecília Azevedo Lima Collares. 1977
11. A descaracterização da orientação educacional no Brasil. Aurea Cândido Sigrist de
Toledo Piza. 1980
12. A orientação educacional re-visitada. Regina Aparecida Ribeiro Siqueira. 1984
13. Serviço de orientação educacional: sua estrutura e sua dinâmica. Ezequiel Pinto Monteiro
Filho. 1985
14. Acerca do caráter ideológico da orientação educacional. Eunice Catarina Marangon. 1985
15. Encontros e congressos brasileiros de orientação educacional: uma instancia educativa.
Maria Aparecida Paiva Soares dos Santos. 1987
16. Orientação educacional e educação transformadora. Maria Isabel Nogueira Lusvarghi.
1987
17. Repensando a orientação educacional. Amélia Kimiko Nona. 1989
18. A integração assistente pedagógico – orientador educacional: um estudo de como essa
integração é percebida pelos “ex-orientadores educacionais” nas escolas do Município de
São Paulo. Hélvia Leite Cruz. 1990
19. Formação de orientadores educacionais: questionamento da sincronicidade consciente e
confronto com a mudança. Vera Maria Nigro de Souza Placco. 1992
20. Pedagogia e pedagogos escolares. Umberto de Andrade Pinto. 2006
21. A (dês) constituição da orientadora pedagógica na escola publica: uma trama de muitos
fios, vários laços e alguns nós. Adriana Stella Pierini. 2007
22. Atribuições do orientador educacional: uma analise do real e do irreal na pratica do
orientador educacional. Aline Novaes Ximenes. 2008
23. Tempo de indicar caminhos: o serviço de orientação educacional no Colégio Estadual do
Paraná (1968-1975). Alicia Mariani Lucio Landes da Silva. 2008
24. Interrogações e exclamações no cotidiano escolar da orientação educacional. Artele Steil
Kumm. 2009
25. A contribuição do orientador educacional na política da educação – um estudo na rede
municipal de ensino de Pelotas – RS. Margarete Hirdes Antunes. 2009
Trazem situações da Prática Pedagógica dos orientadores educacionais
14. A atuação da orientação educacional face ao problema do fracasso escolar. Itamar Mazza
5
de Farias. 1987.
15. A atuação do orientador: fatores intervenientes. Nilba Maria Fossa Clementi. 1997
16. Dificuldades de aprendizagem – concepções que permeiam a pratica de professores e
orientadores. Cecília Lacoponi Ashmoto. 1997
17. A orientação educacional e seu ator: representações de uma prática na fronteira
institucional. Moises de Jesus Domingues. 1998
18. Atuação dos pedagogos – entre olhares e provocações: um estudo sobre o trabalho
pedagógico realizado por uma orientadora educacional e uma supervisora escolar em
uma escola da rede municipal de Curitiba. Eliane Cleonice Alves Precoma. 2001
19. Criatividade e escola: limites e possibilidades segundos gestores e orientadores
educacionais. Eny da Luz Lacerda Oliveira. 2007
20. O orientador educacional frente ao fenômeno bulling – um estudo nas escolas particulares
do plano piloto. Ana Helena Rodrigues Guimarães. 2008
Primeiramente, podemos observar através dos números que as pesquisas na
área da orientação educacional foram crescendo ao longo dos anos, pois do ano de
1990 a 2009 os trabalhos passaram de 09 (nove) para 13 (treze), tiveram em média
um aumento de 05 (cinco) trabalhos. Para melhor compreender o estudo, aspectos
de algumas dissertações serão destacados.
A produção de Collares (1977) visa observar os resultados da implantação de
um sistema de orientação educacional em uma entidade de profissionalização de
Menores, na cidade de Campinas, por causa de grandes problemas detectados pela
CPI do menor.
Piza (1980) trata da perda da identidade da Orientação Educacional no Brasil,
procurando caracterizar e dimensionar tal problema, tanto em nível da literatura
especializada, como entre os profissionais ativos que desempenham as funções de
Orientadores Educacionais em escolas brasileiras. Apresenta a revisão da
bibliografia feita sobre vinte autores nacionais que escrevem sobre Orientação
Educacional e o relatório de uma pesquisa feita com dois grupos de Orientadores
Educacionais constituídos por 52 e 28 sujeitos, a qual teve por objetivo verificar se
entre eles seriam encontradas as mesmas posições existentes na literatura
especializada.
Siqueira (1984) Buscou desvelar os fundamentos das concepções daqueles
que pensaram ou realizaram a OE. Interrogou as formas de manifestações da OE: -
Discurso da legislação brasileira sobre OE; - Discurso da literatura brasileira
especializada na área; - Discurso do currículo dos cursos de formação dos
profissionais.
6
Lusvarghi (1987) aponta que a Orientação Educacional adentrou a escola por
meio de imposições legais, antes mesmo de a escola exprimir uma real necessidade
por ela, a consequência natural dessa distorção é a falta de identidade da orientação
educacional, que vem tentando se ajustar às características da instituição
educacional. A orientação educacional só poderá conquistar sua identidade fugindo
do papel adaptador.
Cruz (1990) Busca identificar como o coordenador pedagógico "ex-orientador
educacional" percebe a sua prática atual. A nossa pesquisa aponta para a
necessidade de: resgatar aspectos da orientação educacional que foram
sacrificados na prática do coordenador pedagógico, numa perspectiva de educação
redimensionada.
Clementi (1997) Procura conhecer quais os fatores que intervêm na atuação
dos orientadores. Esta pesquisa, assim, abre espaço para novas indagações acerca
das responsabilidades institucionais quanto à formação dos formadores.
Ashimoto (1997) Investiga qual a concepção de dificuldades de aprendizagem
de alunos que permeia a prática de professores e orientadores, que na maioria das
vezes, são encaminhados a especialistas, e não se resolvem na escola, com
professores e orientadores.
Domingues (1998) reflete em sua pesquisa a necessidade da boa relação
entre a instituição escolar e o orientador educacional e ainda afirma que a relação do
orientador com a instituição é que conta para legitimar suas práticas educacionais.
Precoma (2001) Investiga o trabalho pedagógico desenvolvido pelos
pedagogos – supervisores escolares e orientadores educacionais – buscando
identificar as referências teórico-metodológicas que sustentam esse trabalho e
analisar as relações que se estabelecem entre a prática e as exigências
educacionais. Foi desenvolvido um estudo de caso em uma escola municipal de
Curitiba, onde o trabalho da orientadora educacional e o de uma supervisora escolar
foram descritos e analisados.
Pinto (2006) Em sua pesquisa busca ressignificar o papel do pedagogo na
escola atual e caracteriza-se fundamentalmente por uma investigação teórica,
complementada com dados empíricos coletados junto a professores do ensino
básico na rede pública do Estado de São Paulo. Apresenta quatro áreas de atuação
do pedagogo escolar articuladas ao projeto político pedagógico das escolas: a
coordenação do trabalho pedagógico, a direção escolar, a coordenação dos
7
programas de desenvolvimento profissional dos educadores e a articulação da
escola com a comunidade local.
Pierini (2007) Compõe uma narrativa sobre o processo de (re)constituição do
trabalho da orientadora pedagógica, buscando investigar as características e os
elementos constitutivos deste processo.
Oliveira (2007) Em seu estudo investigou concepções de criatividade e
importância atribuída a ela por gestores e orientadores educacionais, bem como
elementos inibidores e facilitadores à implementação de práticas pedagógicas para o
desenvolvimento da criatividade e à intervenção desses profissionais no sentido de
promover a criatividade na organização escolar.
Ximenes (2008) Em seu estudo teve como propósito fundamental investigar a
prática das atribuições do orientador educacional descritas em documento legal.
Assim, objetivou analisar a discrepância entre o ideal e o real na execução das
atribuições prescritas no decreto nº. 2.846/73 no cotidiano de orientadores
educacionais de escolas públicas e particulares do Distrito Federal. Identificando
fatores que favorecem a discrepância entre o real e o ideal no cotidiano de
orientadores educacionais.
Guimarães (2008) Teve como objetivo investigar o papel do orientador
educacional frente ao comportamento de bullying em escolas particulares do DF,
visando esclarecer as manifestações desse fenômeno e identificar quais as práticas
mais oportunas e eficazes para o seu enfrentamento por parte do profissional de
orientação educacional.
Silva (2008) Procura compreender como o Colégio Estadual do Paraná, na
cidade de Curitiba, lidou com as determinações da Lei 5.692/71 no que se refere ao
Serviço de Orientação Educacional. Pretendeu-se ainda: conhecer quais foram as
mudanças que a Lei de 1971 trouxe para a Orientação Educacional; analisar as
formas de atuação do Serviço de Orientação Educacional (SOE) do CEP; verificar
como os projetos do SOE atendiam às orientações da Lei.
Kumm (2009) Se propõe a refletir, de maneira crítica e comprometida, sobre o
trabalho da Orientação Educacional na Educação Básica, mais especificadamente
no Ensino Médio do Colégio de Aplicação UNIVALI/Itajaí.
Antunes (2009) Evidencia as concepções de Educação contidas na prática
profissional dos Orientadores (as) Educacionais - OE nas Escolas da Rede Pública
8
Municipal de Pelotas/RS, resgata algumas das ações profissionais por eles (as)
desenvolvidas no processo ensino-aprendizagem.
A orientação educacional teria entrado na escola devido a imposições da
época, não porque a escola realmente necessitasse da mesma. O trabalho de
orientação educacional não possuía função determinada. Inicialmente era
determinada Orientação psicológica e mais tarde Orientação profissional, como
podemos perceber na dissertação de Colarres (1977) o serviço de orientação alem
de ter caráter profissionalizante, encontrava-se sem fase de experimento, ainda
observariam resultados. As dissertações relacionadas acima referentes à década de
80 abordam como principal problemática a descaracterização do orientador
educacional e vários questionamentos. Piza (1980), por exemplo, fala da perda de
identidade do orientador e ainda relaciona a pratica com a literatura da época.
Siqueira (1984) questiona os fundamentos da orientação e interroga suas
manifestações. Por fim, Lusvarghi (1987) fala novamente da falta de identidade e
critica a orientação por se ajustar as necessidades da escola.
Algumas dissertações ainda trazem que talvez nem o próprio orientador
soubesse realmente qual sua função. Os primeiros orientadores tinham um papel
adaptador, na escola eram responsáveis por corrigir e encaminhar alunos
considerados problemáticos e ainda deveriam elevar as qualidades morais dos
mesmos. Logo após também lhe atribuíram um caráter de “caça-talentos”, o mesmo
deveria descobrir aptidões e mandar pessoas certas para lugares certos. Alem de
ajudar uma pessoa a se resolver psicologicamente, o orientador ainda tinha a
atribuição de descobrir com que área a pessoa se identificava e colocá-la no
emprego certo. Por esses motivos, a orientação enfrenta ate hoje o problema de
falta de identidade, seria preciso fugir de seu papel adaptador, construído ao longo
da historia para assim conquistar sua própria identidade, percebe-se a preocupação
com esse problema, pois as dissertações encontradas no período de 1990 a 2009
ainda ressaltam o mesmo assunto, porem com algumas preocupações a mais. As
pesquisas dessa época procuram refletir sobre a situação da orientação, não
somente criticam, mas tentam buscar uma explicação.
Cruz (1990) fala em resgatar aspectos da orientação repensando sua pratica.
Clementi (1997) procura conhecer quais os fatores que intervém na pratica do
orientador educacional. Precoma (2001) investiga quais os referenciais teóricos que
sustentam a pratica desses profissionais. Já Ashimoto (1997) e Guimarães (2008)
9
apontam problemas relacionados a escola e alunos que permeiam a pratica dos
orientadores. Oliveira (2007) trás uma inovação falando sobre a importância da
criatividade para orientadores educacionais. E Ximenes (2008) procura investigar a
distância entre a realidade da prática do orientador com suas atribuições previstas
em documentos legais.
Evoluções já aconteceram na área, pois com a obrigatoriedade de um
orientador educacional na escola pela LEI N. 5.692, de 11 de agosto de 1971, deu-
se a criação de cursos para formação superior na área.
“Art. 10 Será instituída obrigatoriamente a Orientação Educacional, incluindo
aconselhamento vocacional, em cooperação com os professores, a família e a
comunidade”.
O profissional que atua como Orientador educacional deve ser um pedagogo
com especialização em orientação, profissão essa regulamentada pelo Decreto nº
72.846, de 26 de Setembro de 1973 que provê sobre o exercício da profissão de
orientador educacional e também contempla algumas de suas atribuições.
Porem, mesmo com a legalização da profissão, dissertações recentes
publicadas em 2008 como a de Ximenes, trazem pesquisas que discutem e
analisam quais são os serviços que o orientador deve realizar dentro da instituição
escolar. Outras dissertações como a de Guimarães (2008) ainda trazem uma
reflexão sobre situações em que o orientador participa ou deveria participar, como o
bulling. Por ter sido considerado por muitos anos o “quebra-galho” da escola, ainda
hoje, desenvolve atividades que não são competentes a eles. Percebe-se em meio
as produções acadêmicas uma incerteza em afirmar o papel do orientador. A
dissertação de Clementi (1997) expõe ainda que, falta capacitação para orientador,
talvez, motivo pelo qual sua pratica se torne vaga e de baixa qualidade.
O orientador educacional é responsável por inúmeras atribuições, é o
profissional da educação encarregado de mediar a relação do aluno com o meio
social, ele é o responsável, juntamente com os demais profissionais da educação de
disponibilizar ao aluno uma educação de qualidade. A Orientação Educacional é
entendida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático, estando integrada
em todo o currículo escolar sempre encarando o aluno como um ser global que deve
desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os aspectos: intelectual,
físico, social, moral, estético, político, educacional e vocacional.
10
Na instituição escolar, o orientador educacional é o profissional que trabalha
diretamente com os alunos, ajudando-os em seu desenvolvimento pessoal; em
parceria com os professores, para compreender o comportamento dos estudantes e
agir de maneira adequada em relação a eles; com a escola, na organização e
realização da proposta pedagógica; e com a comunidade, orientando, ouvindo e
dialogando com pais e responsáveis. Grinspun (2003, p. 149) Aponta,
O momento atual na orientação esta direcionado para compreender o
desenvolvimento do aluno, do homem, do ponto de vista cognitivo, da
afetividade, da tomada de decisão, da sua inserção social. Pretende-se
buscar a totalidade de conhecimento do aluno que esta se desenvolvendo
como pessoa, construindo sua personalidade e participando consciente e
ativamente de sua própria historia de vida.
Algumas funções do orientador são:
 Mobilizar a escola, a família e a criança para a investigação coletiva da
realidade na qual estão inseridos;
 Cooperar com o professor, estando sempre em contato com ele, auxiliando-o
na tarefa de compreender o comportamento das classes e dos alunos em
particular;
 Manter os professores informados quanto às atitudes da Orientação junto aos
alunos, principalmente quando esta atitude tiver sido solicitada pelo professor;
 Esclarecer a família quanto às finalidades e funcionamento da Orientação
Educacional;
 Desenvolver trabalhos de integração: pais x escola, professores x pais e pais
x filhos;
 Trabalhar preventivamente em relação a situações e dificuldades do
educando;
 Organizar dados referentes aos alunos;
 Procurar captar a confiança e cooperação dos educandos, ouvindo-os com
paciência e atenção;
Sobre a parceria e cumplicidade que deve haver entre Orientação e aluno, Grinspun
ainda aponta que
A orientação, então, devera ser vista como uma atividade, disciplina (no
sentido de ação), dentro da escola, que ajudará, facilitará os meios e as
condições necessárias para o aluno buscar, discutir, pensar, refletir,
11
problematizar, agir sobre dados e fatos necessários a construção do seu
conhecimento, a formação do seu entendimento como cidadão.
Para melhor entender o porquê de tantas indagações perante a orientação
educacional, façamos um breve resgate da história de seu surgimento.
O serviço de orientação surgiu em meio ao desenvolvimento da sociedade
capitalista como mecanismo de ajuda a quem necessitasse. Teve origem por volta
de 1930 como consequência de profundas transformações na sociedade, o avanço
do capitalismo, e o surgimento de milhares de profissões e a necessidade de
adaptar-se a elas. Sabemos que sempre houve a divisão: dominantes e dominados
na sociedade, mas com essa expansão tecnológica, buscando a igualdade de
direitos entre os homens, explode a orientação profissional. Com o desenvolvimento
de novos métodos e meios de produção, torna-se necessário selecionar pessoas
capazes para desempenhar tais funções, e este era o papel da orientação
profissional, com cunho psicológico. Em escritórios de orientação profissional, os
indivíduos eram submetidos a testes psicológicos de inteligência, de personalidade e
de interesses que identificavam as diferenças e aptidões entre os indivíduos. Essa
orientação convencia as pessoas que obter um emprego ou não, dependia das
capacidades de cada um.
Mais tarde, passa-se a exigir do trabalhador também conhecimento, dentre
outras exigências, fica entendida como “capacitação profissional”, passa-se a se
preocupar com o ajustamento do homem ao trabalho e com o desenvolvimento
integral do jovem, nesse contexto a orientação profissional passa a ser solicitada na
escola e recebe o nome de orientação educacional. Pimenta (1995, p. 21) diz
Esta feita a passagem da orientação profissional para a orientação
educacional: Efetivamente a formação do profissional começa com a
formação do homem. A escolha da profissão, a eficiência do trabalhador,
seu ajustamento no trabalho dependem da formação de sua personalidade.
A orientação então passa a ser feita na escola, na década de 70, por
exigência da formação e especialização do profissional que era o aluno, não como
sendo integrante da educação em si. A profissão tornou-se obrigatória na escola
pela LEI N. 5.692, de 11 de agosto de 1971 e foi regulamentada através do Decreto
nº 72.846, de 26 de Setembro de 1973. Grinspun (2003, p. 20) ressalva
12
A orientação estava dentro da escola e não se deus conta de seu papel.
Alias, assumiu, em alguns momentos, uma ingenuidade pedagógica,
ouvindo, muitas vezes calada, as criticas as suas atividades, como sendo
responsável pela fragmentação do trabalho escolar, como não resolvendo
todos os conflitos que a própria escola não dava conta de resolver.
Na década de 80 a Orientação passa por um período questionador, tanto em
termos de formação, quanto da pratica realizada. Esse período é marcado pela
realização de muitos cursos de reciclagem e pela abertura de um espaço no
planejamento da escola, onde ele tinha a possibilidade de discutir sobre diversos
assuntos relacionados ao aluno.
Finalmente a partir de 1990 a Orientação passa por um momento Orientador
de sua pratica, como denomina Grinspun, é nesse período que a orientação garante
definitivamente seu espaço dentro do ambiente escolar, ajudando principalmente o
aluno a se tornar cidadão. Grinspun (2003, p. 29) afirma que “A orientação
educacional quer caminhar junto nesta direção, refletindo que o mesmo homem que
pensa e age é o que sente e se emociona”.
Porém, lembremos que a luta ainda não terminou, pois mesmo depois de a
orientação educacional ter se tornado parte integrante da educação e do espaço
escolar, ainda hoje não tem clareza a respeito de suas funções e por esse motivo
sofre preconceitos. Alguns se fazem a seguinte pergunta: o orientador educacional é
necessário? Para Pimenta (1995, p. 123)
Esta orientação que temos, não serve. É necessário repensar a prática do
orientador educacional no interior da escola que temos hoje, para tentar
resgatar o núcleo valido dessa prática que possa ser colocado a serviço da
democratização da escola.
Pimenta coloca o orientador como agente integrante na democratização da
escola, ou seja, agente que pode vim a colaborar para tornar a escola um local
acessível a todos, ajudando a pensar e propor uma prática que venha a suprir as
possíveis necessidades de alguns alunos, mas destaca que a orientação do jeito
que esta sendo desenvolvida na maioria das escolas, ainda não é a correta.
Grinspun (2003, p. 30) afirma que
A prática do orientador devera valorizar a criatividade, respeitar o simbólico,
permitir o sonho, recuperar a poesia. O conhecimento não exclui o
sentimento, o desejo e a paixão. Precisamos encontrar em cada um de nos
esse espaço e, simplesmente, deixá-lo existir.
13
Refletindo sobre as palavras de Grinspun, concluímos que o orientador deve
ser um profissional que acima de tudo pensa e age com o coração, buscando formar
a partir do aluno o cidadão digno de que a sociedade necessita.
Conclusão
Com base na analise e comparação das dissertações relacionadas acima,
percebe-se no decorrer das décadas um conhecimento e reconhecimento discreto
das atribuições e da profissão do orientador educacional, porem por mais discreta
que seja essa evolução, devemos considerá-la de suma importância, pois o
orientador educacional, papel indispensável na educação, finalmente vem
conseguindo redefinir sua pratica e encontrar seu lugar dentro do ambiente escolar,
depois de tanto lutar por tal conquista.
Os dados encontrados nesta pesquisa proporcionam uma revisão e
ampliação do conhecimento sobre a profissão do orientador educacional. Esse
estudo levantou discussões que envolvem a área, o que proporciona subsídios para
a realização de novas pesquisas. A orientação educacional esteve presente desde
os primórdios da organização das instituições de ensino, mesmo voltada para a
orientação profissional e vocacional. No entanto, há que se ressaltar que, apesar do
crescimento já apontado, a área necessita de investimentos teóricos e
metodológicos. Para tanto, acredita-se que o desenvolvimento de mais pesquisas
sobre o tema tende a contribuir para a superação das carências.
Perceptions and views on Educational Guidance in Brazil: a state of the art
from Dissertations
Abstract
14
The present study aimed to analyze the production of dissertations directed to the
area of educational guidance. Were identified and collected through this survey 23
(twenty three) academic productions on the subject, being 01 (a) of 1977, 09
(nine) between the years 1980 to 1990 and thirteen (13) dissertations in the
period 1991 to 2009. Was used as the source of research collections of
dissertations available in libraries, colleges and
PUC, USP, UNICAMP, UFRS, UFF, UFSCAR, UFP, UCB, UFPR, UCP and
UNIVALI. In some of the sites surveyed were not informed of the abstracts and
other works were not made available the complete works by
having rights reserved. At the end of the research it is clear that the counselor and
his practice did not even had their own conceptions and reasoning, only with the
passage of decades there has been an understanding and
recognition of discrete tasks and the profession of guidance counselor, but a more
discreet than is this evolution, we must consider it of paramount importance, because
the counselor, indispensable role in education, finally has been able to refine
your practice and find their place within the school environment, after a long fight
for the effort.
Keywords: Educational guidance. Dissertations. Master.
Referências
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ed. São Paulo: Cortez, 2003.
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atuação a partir da análise. 3 ed. São Paulo: Loyola, 1995.
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arte”. Educação e Sociedade, São Paulo, no. 79, 2002.
XIMENES, Aline Novaes. Atribuições do Orientador Educacional: uma analise do
real e do irreal na pratica do orientador educacional. 122 f. Dissertação (mestrado
em Educação), Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2008.
PIERINI, Adriana Stella. A (des) constituição da orientadora pedagógica na
escola publica: uma trama de muitos fios, vários laços e alguns nós. 167 f.
Dissertação (mestrado em Educação), Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, 2007.
SILVA, Alicia Mariani Lucio Landes da. Tempo de indicar caminhos: o serviço de
orientação educacional no Colégio Estadual do Paraná (1968-1975). 120 f.
Dissertação (mestrado em educação), Universidade Federal do Paraná, Curitiba,
2008.
15
KUMM, Arlete Steil. Interrogações e exclamações no cotidiano escolar da
orientação educacional. 150 f. Dissertação (mestrado em educação), Universidade
do Vale do Itajaí, Itajaí, 2009.
LUSVARGHI, Maria Isabel Nogueira. Orientação educacional e educação
transformadora. 90 f. Dissertação (mestrado em educação), Universidade Estadual
de Campinas, Campinas, 1987.
PINTO, Umberto de Andrade. Pedagogia e pedagogos escolares. 184 f.
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Percepções e olhares sobre Orientação Educacional no Brasil: um estado da arte a partir de Dissertações de Mestrado

  • 1. 1 Percepções e olhares sobre Orientação Educacional no Brasil: um estado da arte a partir de Dissertações de Mestrado Ilizandra Costa1 Locimar Massalai² Resumo O presente estudo teve como objetivo a análise da produção de dissertações voltadas à área de orientação educacional, visando entender o caminho percorrido e a história da orientação educacional. Foram identificadas e reunidas através dessa pesquisa 23 (vinte e três) produções acadêmicas sobre o tema, sendo, 01 (uma) do ano de 1977, 09 (nove) entre os anos de 1980 a 1990 e 13 (treze) dissertações no período de 1991 a 2009. Utilizou-se como fonte de pesquisa os acervos de dissertações de mestrado disponíveis em bibliotecas virtuais, de faculdades como PUC, USP, UNICAMP, UFRS, UFF, UFSCAR, UFP, UCB, UFPR, UCP e UNIVALI. Em alguns dos sites pesquisados não eram informados os resumos das obras e em outros não eram disponibilizados os trabalhos completos por terem direitos reservados. Ao fim da pesquisa percebe-se que o orientador educacional e sua pratica nem se quer tinham suas próprias concepções e fundamentações, somente com o decorrer das décadas houve um conhecimento e reconhecimento discreto das atribuições e da profissão do orientador educacional, porem por mais discreta que seja essa evolução, devemos considerá-la de suma importância, pois o orientador educacional, papel indispensável na educação, finalmente vem conseguindo redefinir sua pratica e encontrar seu lugar dentro do ambiente escolar, depois de tanto lutar por tal conquista. Palavras-chave: Orientação educacional. Dissertações. Mestrado. Introdução As pesquisas conhecidas como "estado da arte" ou "estado do conhecimento", visam à elaboração de uma revisão crítica da produção de uma determinada área. 1 Acadêmica do sétimo período do curso de Pedagogia, na Universidade Luterana de Ji-Paraná – CEULJI/ULBRA. E-mail: ilizandra_costa@hotmail.com. ² Pedagogo com Habilitação em Magistério do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e Educação Infantil. Pedagogo com Habilitação em Magistério e Orientação Educacional pela Universidade Luterana do Brasil. Bacharel em Ciências Religiosas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Especialista em Administração e Planejamento para Docentes pela Universidade Luterana do Brasil e Psicopedagogia Clínica pelo Instituto Cuiabano de Educação. E-mail: locimassalai@gmail.com.
  • 2. 2 Sua difícil compreensão advém do fato de não ser corriqueira em nossa linguagem, é uma expressão americana (State of the art) que vem sendo estruturada recentemente no Brasil. Ferreira (2002) é quem aponta a definição mais utilizada atualmente. Definidas como de caráter bibliográfico, elas parecem trazer em comum o desafio de mapear e de discutir uma certa produção acadêmica em diferentes campos do conhecimento, tentando responder que aspectos e dimensões vêm sendo destacados e privilegiados em diferentes épocas e lugares, de que formas e em que condições têm sido produzidas certas dissertações de mestrado, teses de doutorado, publicações em periódicos e comunicações em anais de congressos e de seminários. Também são reconhecidas por realizarem uma metodologia de caráter inventariante e descritivo da produção acadêmica e científica sobre o tema que busca investigar, à luz de categorias e facetas que se caracterizam enquanto tais em cada trabalho e no conjunto deles, sob os quais o fenômeno passa a ser analisado. Esses pesquisadores tomam como fontes básicas de referência para realizar o levantamento dos dados e as suas análises, os catálogos de faculdades, institutos, universidades, associações nacionais e órgãos de fomento da pesquisa. Pesquisas estado da arte permitem indicar os temas mais abordados, evitando assim repetição, e conhecer as diferentes perspectivas, abordagens e metodologias empregadas. O Estado da Arte é uma das partes mais importantes de todo trabalho científico, uma vez que faz referência ao que já se tem descoberto sobre o assunto pesquisado, evitando que se perca tempo com investigações desnecessárias. Além disso, auxilia na melhoria e desenvolvimento de novos postulados, conceitos e paradigmas. Esta pesquisa com enfoque no estado da arte sobre orientação educacional buscará reunir especificamente as dissertações de mestrado de 1970 à 2009, visando entender (com o que se encontra registrado) o caminho percorrido e a história da orientação educacional. Considerando que a análise da produção científica é relevante em qualquer área de conhecimento, uma vez que permite a identificação dos temas já estudados e dos que necessitam de exploração, além de proporcionar uma reflexão sobre a orientação educacional e contribuir com o acervo de objetos de estudos, esta pesquisa poderá fazer vir à tona algumas necessidades ou deficiências do campo estudado, possibilitando que novos olhares se voltem para tal.
  • 3. 3 Utilizou-se como fonte de pesquisa os acervos de dissertações de mestrado disponíveis em bibliotecas virtuais, de faculdades como PUC, USP, UNICAMP, UFRS, UFF, UFSCAR, UFP, UCB, UFPR, UCP E UNIVALI. A identificação das produções acadêmicas a cerca do tema orientação educacional foi realizada através da pesquisa em acervos de bibliotecas virtuais, utilizando as seguintes palavras chave: orientação educacional, orientador educacional, orientação escolar e orientador pedagógico e do conteúdo dos resumos das obras encontradas. Sendo identificados os trabalhos pertinentes ao estado da arte, buscou-se fazer o dowloand das obras completas, disponíveis em PDF, para análise mais aprofundada. Porém, em alguns dos sites pesquisados não eram informados os resumos das obras e em outros não eram disponibilizados os trabalhos completos o que se tornou um impedimento para pesquisa de qualidade, acarretando dificuldades como a falta de informação ou a pouca informação sobre o conteúdo das produções encontradas. 1. Estado da arte sobre orientação educacional Tabela 1 – Dissertações organizadas a partir do ano em que foram escritas 1977 1. Implantação de serviço de orientação educacional em entidade de iniciação profissional de menores: estudo experimental. Cecília Azevedo Lima Collares. 1977 1980 à 1990 1. A descaracterização da orientação educacional no Brasil. Aurea Cândido Sigrist de Toledo Piza. 1980 2. A orientação educacional re-visitada. Regina Aparecida Ribeiro Siqueira. 1984 3. Serviço de orientação educacional: sua estrutura e sua dinâmica. Ezequiel Pinto Monteiro Filho. 1985 4. Acerca do caráter ideológico da orientação educacional. Eunice Catarina Marangon. 1985 5. Encontros e congressos brasileiros de orientação educacional: uma instancia educativa. Maria Aparecida Paiva Soares dos Santos. 1987 6. Orientação educacional e educação transformadora. Maria Isabel Nogueira Lusvarghi. 1987 7. A atuação da orientação educacional face ao problema do fracasso escolar. Itamar Mazza de Farias. 1987 8. Repensando a orientação educacional. Amélia Kimiko Nona. 1989 9. A integração assistente pedagógico – orientador educacional: um estudo de como essa integração é percebida pelos “ex-orientadores educacionais” nas escolas do Município de São Paulo. Hélvia Leite Cruz. 1990 1990 a 2009 1. Formação de orientadores educacionais: questionamento da sincronicidade consciente e confronto com a mudança. Vera Maria Nigro de Souza Placco. 2. A atuação do orientador: fatores intervenientes. Nilba Maria Fossa Clementi. 1997 3. Dificuldades de aprendizagem – concepções que permeiam a pratica de professores e
  • 4. 4 orientadores. Cecília Lacoponi Ashmoto. 1997 4. A orientação educacional e seu ator: representações de uma pratica na fronteira institucional. Moises de Jesus Domingues. 1998 5. Atuação dos pedagogos – entre olhares e provocações: um estudo sobre o trabalho pedagógico realizado por uma orientadora educacional e uma supervisora escolar em uma escola da rede municipal de Curitiba. Eliane Cleonice Alves Precoma. 2001 6. Pedagogia e pedagogos escolares. Umberto de Andrade Pinto. 2006 7. Criatividade e escola: limites e possibilidades segundos gestores e erientadores educacionais. Eny da Luz Lacerda Oliveira. 2007 8. A (dês) constituição da orientadora pedagógica na escola publica: uma trama de muitos fios, vários laços e alguns nós. Adriana Stella Pierini. 2007 9. Atribuições do orientador educacional: uma analise do real e do irreal na pratica do orientador educacional. Aline Novaes Ximenes. 2008 10. O orientador educacional frente ao fenômeno bulling – um estudo nas escolas particulares do plano piloto. Ana Helena Rodrigues Guimarães. 2008 11. Tempo de indicar caminhos: o serviço de orientação educacional no Colégio Estadual do Paraná (1968-1975). Alicia Mariani Lucio Landes da Silva. 2008 12. Interrogações e exclamações no cotidiano escolar da orientação educacional. Artele Steil Kumm. 2009 13. A contribuição do orientador educacional na política da educação – um estudo na rede municipal de ensino de Pelotas – RS. 2009 Tabela 2 – Dissertações organizadas por categorias de análise Formação, identidade e indagações sobre o orientador educacional 10. Implantação de serviço de orientação educacional em entidade de iniciação profissional de menores: estudo experimental. Cecília Azevedo Lima Collares. 1977 11. A descaracterização da orientação educacional no Brasil. Aurea Cândido Sigrist de Toledo Piza. 1980 12. A orientação educacional re-visitada. Regina Aparecida Ribeiro Siqueira. 1984 13. Serviço de orientação educacional: sua estrutura e sua dinâmica. Ezequiel Pinto Monteiro Filho. 1985 14. Acerca do caráter ideológico da orientação educacional. Eunice Catarina Marangon. 1985 15. Encontros e congressos brasileiros de orientação educacional: uma instancia educativa. Maria Aparecida Paiva Soares dos Santos. 1987 16. Orientação educacional e educação transformadora. Maria Isabel Nogueira Lusvarghi. 1987 17. Repensando a orientação educacional. Amélia Kimiko Nona. 1989 18. A integração assistente pedagógico – orientador educacional: um estudo de como essa integração é percebida pelos “ex-orientadores educacionais” nas escolas do Município de São Paulo. Hélvia Leite Cruz. 1990 19. Formação de orientadores educacionais: questionamento da sincronicidade consciente e confronto com a mudança. Vera Maria Nigro de Souza Placco. 1992 20. Pedagogia e pedagogos escolares. Umberto de Andrade Pinto. 2006 21. A (dês) constituição da orientadora pedagógica na escola publica: uma trama de muitos fios, vários laços e alguns nós. Adriana Stella Pierini. 2007 22. Atribuições do orientador educacional: uma analise do real e do irreal na pratica do orientador educacional. Aline Novaes Ximenes. 2008 23. Tempo de indicar caminhos: o serviço de orientação educacional no Colégio Estadual do Paraná (1968-1975). Alicia Mariani Lucio Landes da Silva. 2008 24. Interrogações e exclamações no cotidiano escolar da orientação educacional. Artele Steil Kumm. 2009 25. A contribuição do orientador educacional na política da educação – um estudo na rede municipal de ensino de Pelotas – RS. Margarete Hirdes Antunes. 2009 Trazem situações da Prática Pedagógica dos orientadores educacionais 14. A atuação da orientação educacional face ao problema do fracasso escolar. Itamar Mazza
  • 5. 5 de Farias. 1987. 15. A atuação do orientador: fatores intervenientes. Nilba Maria Fossa Clementi. 1997 16. Dificuldades de aprendizagem – concepções que permeiam a pratica de professores e orientadores. Cecília Lacoponi Ashmoto. 1997 17. A orientação educacional e seu ator: representações de uma prática na fronteira institucional. Moises de Jesus Domingues. 1998 18. Atuação dos pedagogos – entre olhares e provocações: um estudo sobre o trabalho pedagógico realizado por uma orientadora educacional e uma supervisora escolar em uma escola da rede municipal de Curitiba. Eliane Cleonice Alves Precoma. 2001 19. Criatividade e escola: limites e possibilidades segundos gestores e orientadores educacionais. Eny da Luz Lacerda Oliveira. 2007 20. O orientador educacional frente ao fenômeno bulling – um estudo nas escolas particulares do plano piloto. Ana Helena Rodrigues Guimarães. 2008 Primeiramente, podemos observar através dos números que as pesquisas na área da orientação educacional foram crescendo ao longo dos anos, pois do ano de 1990 a 2009 os trabalhos passaram de 09 (nove) para 13 (treze), tiveram em média um aumento de 05 (cinco) trabalhos. Para melhor compreender o estudo, aspectos de algumas dissertações serão destacados. A produção de Collares (1977) visa observar os resultados da implantação de um sistema de orientação educacional em uma entidade de profissionalização de Menores, na cidade de Campinas, por causa de grandes problemas detectados pela CPI do menor. Piza (1980) trata da perda da identidade da Orientação Educacional no Brasil, procurando caracterizar e dimensionar tal problema, tanto em nível da literatura especializada, como entre os profissionais ativos que desempenham as funções de Orientadores Educacionais em escolas brasileiras. Apresenta a revisão da bibliografia feita sobre vinte autores nacionais que escrevem sobre Orientação Educacional e o relatório de uma pesquisa feita com dois grupos de Orientadores Educacionais constituídos por 52 e 28 sujeitos, a qual teve por objetivo verificar se entre eles seriam encontradas as mesmas posições existentes na literatura especializada. Siqueira (1984) Buscou desvelar os fundamentos das concepções daqueles que pensaram ou realizaram a OE. Interrogou as formas de manifestações da OE: - Discurso da legislação brasileira sobre OE; - Discurso da literatura brasileira especializada na área; - Discurso do currículo dos cursos de formação dos profissionais.
  • 6. 6 Lusvarghi (1987) aponta que a Orientação Educacional adentrou a escola por meio de imposições legais, antes mesmo de a escola exprimir uma real necessidade por ela, a consequência natural dessa distorção é a falta de identidade da orientação educacional, que vem tentando se ajustar às características da instituição educacional. A orientação educacional só poderá conquistar sua identidade fugindo do papel adaptador. Cruz (1990) Busca identificar como o coordenador pedagógico "ex-orientador educacional" percebe a sua prática atual. A nossa pesquisa aponta para a necessidade de: resgatar aspectos da orientação educacional que foram sacrificados na prática do coordenador pedagógico, numa perspectiva de educação redimensionada. Clementi (1997) Procura conhecer quais os fatores que intervêm na atuação dos orientadores. Esta pesquisa, assim, abre espaço para novas indagações acerca das responsabilidades institucionais quanto à formação dos formadores. Ashimoto (1997) Investiga qual a concepção de dificuldades de aprendizagem de alunos que permeia a prática de professores e orientadores, que na maioria das vezes, são encaminhados a especialistas, e não se resolvem na escola, com professores e orientadores. Domingues (1998) reflete em sua pesquisa a necessidade da boa relação entre a instituição escolar e o orientador educacional e ainda afirma que a relação do orientador com a instituição é que conta para legitimar suas práticas educacionais. Precoma (2001) Investiga o trabalho pedagógico desenvolvido pelos pedagogos – supervisores escolares e orientadores educacionais – buscando identificar as referências teórico-metodológicas que sustentam esse trabalho e analisar as relações que se estabelecem entre a prática e as exigências educacionais. Foi desenvolvido um estudo de caso em uma escola municipal de Curitiba, onde o trabalho da orientadora educacional e o de uma supervisora escolar foram descritos e analisados. Pinto (2006) Em sua pesquisa busca ressignificar o papel do pedagogo na escola atual e caracteriza-se fundamentalmente por uma investigação teórica, complementada com dados empíricos coletados junto a professores do ensino básico na rede pública do Estado de São Paulo. Apresenta quatro áreas de atuação do pedagogo escolar articuladas ao projeto político pedagógico das escolas: a coordenação do trabalho pedagógico, a direção escolar, a coordenação dos
  • 7. 7 programas de desenvolvimento profissional dos educadores e a articulação da escola com a comunidade local. Pierini (2007) Compõe uma narrativa sobre o processo de (re)constituição do trabalho da orientadora pedagógica, buscando investigar as características e os elementos constitutivos deste processo. Oliveira (2007) Em seu estudo investigou concepções de criatividade e importância atribuída a ela por gestores e orientadores educacionais, bem como elementos inibidores e facilitadores à implementação de práticas pedagógicas para o desenvolvimento da criatividade e à intervenção desses profissionais no sentido de promover a criatividade na organização escolar. Ximenes (2008) Em seu estudo teve como propósito fundamental investigar a prática das atribuições do orientador educacional descritas em documento legal. Assim, objetivou analisar a discrepância entre o ideal e o real na execução das atribuições prescritas no decreto nº. 2.846/73 no cotidiano de orientadores educacionais de escolas públicas e particulares do Distrito Federal. Identificando fatores que favorecem a discrepância entre o real e o ideal no cotidiano de orientadores educacionais. Guimarães (2008) Teve como objetivo investigar o papel do orientador educacional frente ao comportamento de bullying em escolas particulares do DF, visando esclarecer as manifestações desse fenômeno e identificar quais as práticas mais oportunas e eficazes para o seu enfrentamento por parte do profissional de orientação educacional. Silva (2008) Procura compreender como o Colégio Estadual do Paraná, na cidade de Curitiba, lidou com as determinações da Lei 5.692/71 no que se refere ao Serviço de Orientação Educacional. Pretendeu-se ainda: conhecer quais foram as mudanças que a Lei de 1971 trouxe para a Orientação Educacional; analisar as formas de atuação do Serviço de Orientação Educacional (SOE) do CEP; verificar como os projetos do SOE atendiam às orientações da Lei. Kumm (2009) Se propõe a refletir, de maneira crítica e comprometida, sobre o trabalho da Orientação Educacional na Educação Básica, mais especificadamente no Ensino Médio do Colégio de Aplicação UNIVALI/Itajaí. Antunes (2009) Evidencia as concepções de Educação contidas na prática profissional dos Orientadores (as) Educacionais - OE nas Escolas da Rede Pública
  • 8. 8 Municipal de Pelotas/RS, resgata algumas das ações profissionais por eles (as) desenvolvidas no processo ensino-aprendizagem. A orientação educacional teria entrado na escola devido a imposições da época, não porque a escola realmente necessitasse da mesma. O trabalho de orientação educacional não possuía função determinada. Inicialmente era determinada Orientação psicológica e mais tarde Orientação profissional, como podemos perceber na dissertação de Colarres (1977) o serviço de orientação alem de ter caráter profissionalizante, encontrava-se sem fase de experimento, ainda observariam resultados. As dissertações relacionadas acima referentes à década de 80 abordam como principal problemática a descaracterização do orientador educacional e vários questionamentos. Piza (1980), por exemplo, fala da perda de identidade do orientador e ainda relaciona a pratica com a literatura da época. Siqueira (1984) questiona os fundamentos da orientação e interroga suas manifestações. Por fim, Lusvarghi (1987) fala novamente da falta de identidade e critica a orientação por se ajustar as necessidades da escola. Algumas dissertações ainda trazem que talvez nem o próprio orientador soubesse realmente qual sua função. Os primeiros orientadores tinham um papel adaptador, na escola eram responsáveis por corrigir e encaminhar alunos considerados problemáticos e ainda deveriam elevar as qualidades morais dos mesmos. Logo após também lhe atribuíram um caráter de “caça-talentos”, o mesmo deveria descobrir aptidões e mandar pessoas certas para lugares certos. Alem de ajudar uma pessoa a se resolver psicologicamente, o orientador ainda tinha a atribuição de descobrir com que área a pessoa se identificava e colocá-la no emprego certo. Por esses motivos, a orientação enfrenta ate hoje o problema de falta de identidade, seria preciso fugir de seu papel adaptador, construído ao longo da historia para assim conquistar sua própria identidade, percebe-se a preocupação com esse problema, pois as dissertações encontradas no período de 1990 a 2009 ainda ressaltam o mesmo assunto, porem com algumas preocupações a mais. As pesquisas dessa época procuram refletir sobre a situação da orientação, não somente criticam, mas tentam buscar uma explicação. Cruz (1990) fala em resgatar aspectos da orientação repensando sua pratica. Clementi (1997) procura conhecer quais os fatores que intervém na pratica do orientador educacional. Precoma (2001) investiga quais os referenciais teóricos que sustentam a pratica desses profissionais. Já Ashimoto (1997) e Guimarães (2008)
  • 9. 9 apontam problemas relacionados a escola e alunos que permeiam a pratica dos orientadores. Oliveira (2007) trás uma inovação falando sobre a importância da criatividade para orientadores educacionais. E Ximenes (2008) procura investigar a distância entre a realidade da prática do orientador com suas atribuições previstas em documentos legais. Evoluções já aconteceram na área, pois com a obrigatoriedade de um orientador educacional na escola pela LEI N. 5.692, de 11 de agosto de 1971, deu- se a criação de cursos para formação superior na área. “Art. 10 Será instituída obrigatoriamente a Orientação Educacional, incluindo aconselhamento vocacional, em cooperação com os professores, a família e a comunidade”. O profissional que atua como Orientador educacional deve ser um pedagogo com especialização em orientação, profissão essa regulamentada pelo Decreto nº 72.846, de 26 de Setembro de 1973 que provê sobre o exercício da profissão de orientador educacional e também contempla algumas de suas atribuições. Porem, mesmo com a legalização da profissão, dissertações recentes publicadas em 2008 como a de Ximenes, trazem pesquisas que discutem e analisam quais são os serviços que o orientador deve realizar dentro da instituição escolar. Outras dissertações como a de Guimarães (2008) ainda trazem uma reflexão sobre situações em que o orientador participa ou deveria participar, como o bulling. Por ter sido considerado por muitos anos o “quebra-galho” da escola, ainda hoje, desenvolve atividades que não são competentes a eles. Percebe-se em meio as produções acadêmicas uma incerteza em afirmar o papel do orientador. A dissertação de Clementi (1997) expõe ainda que, falta capacitação para orientador, talvez, motivo pelo qual sua pratica se torne vaga e de baixa qualidade. O orientador educacional é responsável por inúmeras atribuições, é o profissional da educação encarregado de mediar a relação do aluno com o meio social, ele é o responsável, juntamente com os demais profissionais da educação de disponibilizar ao aluno uma educação de qualidade. A Orientação Educacional é entendida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático, estando integrada em todo o currículo escolar sempre encarando o aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, político, educacional e vocacional.
  • 10. 10 Na instituição escolar, o orientador educacional é o profissional que trabalha diretamente com os alunos, ajudando-os em seu desenvolvimento pessoal; em parceria com os professores, para compreender o comportamento dos estudantes e agir de maneira adequada em relação a eles; com a escola, na organização e realização da proposta pedagógica; e com a comunidade, orientando, ouvindo e dialogando com pais e responsáveis. Grinspun (2003, p. 149) Aponta, O momento atual na orientação esta direcionado para compreender o desenvolvimento do aluno, do homem, do ponto de vista cognitivo, da afetividade, da tomada de decisão, da sua inserção social. Pretende-se buscar a totalidade de conhecimento do aluno que esta se desenvolvendo como pessoa, construindo sua personalidade e participando consciente e ativamente de sua própria historia de vida. Algumas funções do orientador são:  Mobilizar a escola, a família e a criança para a investigação coletiva da realidade na qual estão inseridos;  Cooperar com o professor, estando sempre em contato com ele, auxiliando-o na tarefa de compreender o comportamento das classes e dos alunos em particular;  Manter os professores informados quanto às atitudes da Orientação junto aos alunos, principalmente quando esta atitude tiver sido solicitada pelo professor;  Esclarecer a família quanto às finalidades e funcionamento da Orientação Educacional;  Desenvolver trabalhos de integração: pais x escola, professores x pais e pais x filhos;  Trabalhar preventivamente em relação a situações e dificuldades do educando;  Organizar dados referentes aos alunos;  Procurar captar a confiança e cooperação dos educandos, ouvindo-os com paciência e atenção; Sobre a parceria e cumplicidade que deve haver entre Orientação e aluno, Grinspun ainda aponta que A orientação, então, devera ser vista como uma atividade, disciplina (no sentido de ação), dentro da escola, que ajudará, facilitará os meios e as condições necessárias para o aluno buscar, discutir, pensar, refletir,
  • 11. 11 problematizar, agir sobre dados e fatos necessários a construção do seu conhecimento, a formação do seu entendimento como cidadão. Para melhor entender o porquê de tantas indagações perante a orientação educacional, façamos um breve resgate da história de seu surgimento. O serviço de orientação surgiu em meio ao desenvolvimento da sociedade capitalista como mecanismo de ajuda a quem necessitasse. Teve origem por volta de 1930 como consequência de profundas transformações na sociedade, o avanço do capitalismo, e o surgimento de milhares de profissões e a necessidade de adaptar-se a elas. Sabemos que sempre houve a divisão: dominantes e dominados na sociedade, mas com essa expansão tecnológica, buscando a igualdade de direitos entre os homens, explode a orientação profissional. Com o desenvolvimento de novos métodos e meios de produção, torna-se necessário selecionar pessoas capazes para desempenhar tais funções, e este era o papel da orientação profissional, com cunho psicológico. Em escritórios de orientação profissional, os indivíduos eram submetidos a testes psicológicos de inteligência, de personalidade e de interesses que identificavam as diferenças e aptidões entre os indivíduos. Essa orientação convencia as pessoas que obter um emprego ou não, dependia das capacidades de cada um. Mais tarde, passa-se a exigir do trabalhador também conhecimento, dentre outras exigências, fica entendida como “capacitação profissional”, passa-se a se preocupar com o ajustamento do homem ao trabalho e com o desenvolvimento integral do jovem, nesse contexto a orientação profissional passa a ser solicitada na escola e recebe o nome de orientação educacional. Pimenta (1995, p. 21) diz Esta feita a passagem da orientação profissional para a orientação educacional: Efetivamente a formação do profissional começa com a formação do homem. A escolha da profissão, a eficiência do trabalhador, seu ajustamento no trabalho dependem da formação de sua personalidade. A orientação então passa a ser feita na escola, na década de 70, por exigência da formação e especialização do profissional que era o aluno, não como sendo integrante da educação em si. A profissão tornou-se obrigatória na escola pela LEI N. 5.692, de 11 de agosto de 1971 e foi regulamentada através do Decreto nº 72.846, de 26 de Setembro de 1973. Grinspun (2003, p. 20) ressalva
  • 12. 12 A orientação estava dentro da escola e não se deus conta de seu papel. Alias, assumiu, em alguns momentos, uma ingenuidade pedagógica, ouvindo, muitas vezes calada, as criticas as suas atividades, como sendo responsável pela fragmentação do trabalho escolar, como não resolvendo todos os conflitos que a própria escola não dava conta de resolver. Na década de 80 a Orientação passa por um período questionador, tanto em termos de formação, quanto da pratica realizada. Esse período é marcado pela realização de muitos cursos de reciclagem e pela abertura de um espaço no planejamento da escola, onde ele tinha a possibilidade de discutir sobre diversos assuntos relacionados ao aluno. Finalmente a partir de 1990 a Orientação passa por um momento Orientador de sua pratica, como denomina Grinspun, é nesse período que a orientação garante definitivamente seu espaço dentro do ambiente escolar, ajudando principalmente o aluno a se tornar cidadão. Grinspun (2003, p. 29) afirma que “A orientação educacional quer caminhar junto nesta direção, refletindo que o mesmo homem que pensa e age é o que sente e se emociona”. Porém, lembremos que a luta ainda não terminou, pois mesmo depois de a orientação educacional ter se tornado parte integrante da educação e do espaço escolar, ainda hoje não tem clareza a respeito de suas funções e por esse motivo sofre preconceitos. Alguns se fazem a seguinte pergunta: o orientador educacional é necessário? Para Pimenta (1995, p. 123) Esta orientação que temos, não serve. É necessário repensar a prática do orientador educacional no interior da escola que temos hoje, para tentar resgatar o núcleo valido dessa prática que possa ser colocado a serviço da democratização da escola. Pimenta coloca o orientador como agente integrante na democratização da escola, ou seja, agente que pode vim a colaborar para tornar a escola um local acessível a todos, ajudando a pensar e propor uma prática que venha a suprir as possíveis necessidades de alguns alunos, mas destaca que a orientação do jeito que esta sendo desenvolvida na maioria das escolas, ainda não é a correta. Grinspun (2003, p. 30) afirma que A prática do orientador devera valorizar a criatividade, respeitar o simbólico, permitir o sonho, recuperar a poesia. O conhecimento não exclui o sentimento, o desejo e a paixão. Precisamos encontrar em cada um de nos esse espaço e, simplesmente, deixá-lo existir.
  • 13. 13 Refletindo sobre as palavras de Grinspun, concluímos que o orientador deve ser um profissional que acima de tudo pensa e age com o coração, buscando formar a partir do aluno o cidadão digno de que a sociedade necessita. Conclusão Com base na analise e comparação das dissertações relacionadas acima, percebe-se no decorrer das décadas um conhecimento e reconhecimento discreto das atribuições e da profissão do orientador educacional, porem por mais discreta que seja essa evolução, devemos considerá-la de suma importância, pois o orientador educacional, papel indispensável na educação, finalmente vem conseguindo redefinir sua pratica e encontrar seu lugar dentro do ambiente escolar, depois de tanto lutar por tal conquista. Os dados encontrados nesta pesquisa proporcionam uma revisão e ampliação do conhecimento sobre a profissão do orientador educacional. Esse estudo levantou discussões que envolvem a área, o que proporciona subsídios para a realização de novas pesquisas. A orientação educacional esteve presente desde os primórdios da organização das instituições de ensino, mesmo voltada para a orientação profissional e vocacional. No entanto, há que se ressaltar que, apesar do crescimento já apontado, a área necessita de investimentos teóricos e metodológicos. Para tanto, acredita-se que o desenvolvimento de mais pesquisas sobre o tema tende a contribuir para a superação das carências. Perceptions and views on Educational Guidance in Brazil: a state of the art from Dissertations Abstract
  • 14. 14 The present study aimed to analyze the production of dissertations directed to the area of educational guidance. Were identified and collected through this survey 23 (twenty three) academic productions on the subject, being 01 (a) of 1977, 09 (nine) between the years 1980 to 1990 and thirteen (13) dissertations in the period 1991 to 2009. Was used as the source of research collections of dissertations available in libraries, colleges and PUC, USP, UNICAMP, UFRS, UFF, UFSCAR, UFP, UCB, UFPR, UCP and UNIVALI. In some of the sites surveyed were not informed of the abstracts and other works were not made available the complete works by having rights reserved. At the end of the research it is clear that the counselor and his practice did not even had their own conceptions and reasoning, only with the passage of decades there has been an understanding and recognition of discrete tasks and the profession of guidance counselor, but a more discreet than is this evolution, we must consider it of paramount importance, because the counselor, indispensable role in education, finally has been able to refine your practice and find their place within the school environment, after a long fight for the effort. Keywords: Educational guidance. Dissertations. Master. Referências GRINSPUN, Mirian P. S. Zippin (org). A prática dos orientadores educacionais. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2003. LÜCK, Heloisa. Planejamento em orientação educacional. Petrópolis: Vozes, 1991. PIMENTA, Selma Garrido. O pedagogo na escola pública: uma proposta de atuação a partir da análise. 3 ed. São Paulo: Loyola, 1995. FERREIRA, Norma Sandra de Almeida. As pesquisas denominadas “estado da arte”. Educação e Sociedade, São Paulo, no. 79, 2002. XIMENES, Aline Novaes. Atribuições do Orientador Educacional: uma analise do real e do irreal na pratica do orientador educacional. 122 f. Dissertação (mestrado em Educação), Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2008. PIERINI, Adriana Stella. A (des) constituição da orientadora pedagógica na escola publica: uma trama de muitos fios, vários laços e alguns nós. 167 f. Dissertação (mestrado em Educação), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007. SILVA, Alicia Mariani Lucio Landes da. Tempo de indicar caminhos: o serviço de orientação educacional no Colégio Estadual do Paraná (1968-1975). 120 f. Dissertação (mestrado em educação), Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2008.
  • 15. 15 KUMM, Arlete Steil. Interrogações e exclamações no cotidiano escolar da orientação educacional. 150 f. Dissertação (mestrado em educação), Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2009. LUSVARGHI, Maria Isabel Nogueira. Orientação educacional e educação transformadora. 90 f. Dissertação (mestrado em educação), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1987. PINTO, Umberto de Andrade. Pedagogia e pedagogos escolares. 184 f. Dissertação (mestrado em educação), Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.