Este documento discute questões ambientais urgentes como as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e o impacto da atividade humana no planeta. Aponta que as sociedades humanas estão causando alterações climáticas 170 vezes mais rápidas do que as causas naturais e levando a uma extinção em massa de espécies. Também critica as políticas e práticas que contribuem para a degradação ambiental em Portugal e no mundo, como a pecuária industrial e a energia nuclear. Defende uma mudança para um modelo de desenvolvimento
A árvore gasolina ou a floresta autóctone de Jorge MoreiraJorge Moreira
Ao contrário do que alguns interesses instalados querem fazer crer, há uma relação directa entre a produção desta espécie [eucalipto] e a dimensão dos incêndios florestais. Não é por acaso que os bombeiros australianos, país da origem desta espécie, apelidaram o eucalipto de árvore gasolina e muitos especialista em fogos florestais na Austrália e na Califórnia, EUA, declararam os eucaliptos o seu inimigo público número um. Afinal as celuloses tinham razão quando se referiam ao eucalipto como o petróleo verde!
O Valor Real das Árvores de Jorge Moreira - Revista O Instalador 234 Out 2015 Jorge Moreira
As árvores são magníficos seres da luz.
Procuram-na constantemente e quando
suas folhas verdes são bafejadas por ela, o
mundo jubila. Cada árvore autóctone abatida
entristece o nosso mundo, especialmente
porque cada árvore pode ser um autêntico
ecossistema, albergando líquenes, musgos,
fungos, insetos, aves, outras plantas, bacté-
rias e até mamíferos, que são também mortos
ou desalojados. Um conjunto equilibrado
de árvores e harmoniosamente consociado,
como são as florestas nativas, possuem uma
excelente biodiversidade. A diversidade dá
resiliência à floresta e a resiliência é a chave
para a recuperação após um evento desolador.
Por esse motivo, a floresta autóctone
permite uma gestão natural dos incêndios, a
recarga de aquíferos e previne certos riscos
naturais.
Disciplina de Ciências do Ambiente
Curso de Engenharia de Produção - UEMA
Capítulo 1: Conceitos Básicos - Ecologia
Conteúdo: Ecologia, ecossistemas, cadeia alimentar e ciclos biogeoquímicos.
A árvore gasolina ou a floresta autóctone de Jorge MoreiraJorge Moreira
Ao contrário do que alguns interesses instalados querem fazer crer, há uma relação directa entre a produção desta espécie [eucalipto] e a dimensão dos incêndios florestais. Não é por acaso que os bombeiros australianos, país da origem desta espécie, apelidaram o eucalipto de árvore gasolina e muitos especialista em fogos florestais na Austrália e na Califórnia, EUA, declararam os eucaliptos o seu inimigo público número um. Afinal as celuloses tinham razão quando se referiam ao eucalipto como o petróleo verde!
O Valor Real das Árvores de Jorge Moreira - Revista O Instalador 234 Out 2015 Jorge Moreira
As árvores são magníficos seres da luz.
Procuram-na constantemente e quando
suas folhas verdes são bafejadas por ela, o
mundo jubila. Cada árvore autóctone abatida
entristece o nosso mundo, especialmente
porque cada árvore pode ser um autêntico
ecossistema, albergando líquenes, musgos,
fungos, insetos, aves, outras plantas, bacté-
rias e até mamíferos, que são também mortos
ou desalojados. Um conjunto equilibrado
de árvores e harmoniosamente consociado,
como são as florestas nativas, possuem uma
excelente biodiversidade. A diversidade dá
resiliência à floresta e a resiliência é a chave
para a recuperação após um evento desolador.
Por esse motivo, a floresta autóctone
permite uma gestão natural dos incêndios, a
recarga de aquíferos e previne certos riscos
naturais.
Disciplina de Ciências do Ambiente
Curso de Engenharia de Produção - UEMA
Capítulo 1: Conceitos Básicos - Ecologia
Conteúdo: Ecologia, ecossistemas, cadeia alimentar e ciclos biogeoquímicos.
Revisão de Ecologia com questões das últimas provas do ENEM
- Populações
- Sucessão
- Comunidades
- Ciclos Biogeoquímicos
- Biomas
- Desequilíbrios ambientais
Biologia - ecologia e sustentabilidade 2015Dweison Nunes
RESUMO DO MATERIAL DE APOIO
Área do Conhecimento: Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
Componente Curricular: Biologia, 3ª série do Ensino Médio.
OBJETIVOS
• Mostrar os caminhos viáveis para destinação final dos resíduos sólidos e as alternativas energéticas de uso sustentável;
• Apresentar o conceito e prioridades absolutas para o desenvolvimento sustentável relacionando esse ao índice de desenvolvimento humano;
• Descrever os aspectos biológicos da pobreza e do desenvolvimento humano, somados aos indicadores sociais, ambientais e econômicos.
CONTEÚDOS
Desenvolvimento sustentável;
Alternativas energéticas e resíduos sólidos;
Aspectos biológicos da pobreza humana.
RECURSOS
Equipamentos áudio visuais (Datashow, notebook, som para áudio, sala de aula ou auditório), etc.
DESENVOLVIMENTO
O material de apoio inicialmente traz consigo o conceito e prioridades absolutas do desenvolvimento sustentável. Continua com alguns dados relacionados aos aspectos ligados à pobreza, poluições e degradações ambientais, mostrando as mais variadas alternativas para o uso sustentável da água. Posteriormente mostra alguns índices do uso de energias (renováveis e não renováveis) em níveis mundial e nacional, evidenciando as alternativas energéticas renováveis para um mundo sustentável, traz ainda o índice de desenvolvimento humano e a chamada pegada ecológica (animação em forma de gráfico) e um vídeo (discurso feito por Seven Suzuki na ECO 92). Por fim, traz o conceito, as consequências (através de dados percentuais) da produção e destinação incorreta dos resíduos sólidos no Brasil, e consequentemente as alterativas viáveis para destinação e reaproveitamento desses resíduos (coleta seletiva).
EXTRAS
Para avalição dos conhecimentos podem ser usados livros didáticos e paradidáticos, revistas cientificas, vídeos, etc. pertinentes aos conteúdos já citados, assim como exercícios com questões dissertativas e objetivas (de vestibulares, concursos e ENEM). Pesquisa de campo com objetivo de se fazer uma diagnose a nível municipal da destinação final dos resíduos sólidos produzidos no mesmo, levantamento quantitativo da produção de resíduos na cidade, e as alternativas propostas pelos órgãos responsáveis para destinação correta desses resíduos, assim como pelos próprios estudantes, implantação da coleta seletiva na instituição de ensino ou melhoria da mesma, se esta já estiver implantada. Pode-se ainda serem realizadas pesquisas com relação ao saneamento básico da cidade, etc.
Ecologia profunda como devir da esperança - A inevitável consciência espiritualJorge Moreira
A Ecologia Profunda é simultaneamente uma ética ambiental radical e uma ontologia – uma filosofia de vida centrada na ecosfera, preocupada, cuidada e respeitosa. Adota a igualdade biocêntrica e atribui valor intrínseco aos seres não-humanos, elementos abióticos e ecossistemas. A palavra radical associada a este movimento refere-se à necessidade de ir à raiz do problema. Isto é, refletir profundamente a nossa relação com a Terra, que deve ser acompanhada de mudanças progressivas, mas radicais das nossas atitudes e comportamentos, desligando-se do paradigma insustentável, consumista e cruel da nossa sociedade atual, para uma vivência centrada na bondade, na liberdade, no respeito e na riqueza interior. Ela reúne ciência, tradição, religião, filosofia, arte e espiritualidade...
Revisão de Ecologia com questões das últimas provas do ENEM
- Populações
- Sucessão
- Comunidades
- Ciclos Biogeoquímicos
- Biomas
- Desequilíbrios ambientais
Biologia - ecologia e sustentabilidade 2015Dweison Nunes
RESUMO DO MATERIAL DE APOIO
Área do Conhecimento: Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
Componente Curricular: Biologia, 3ª série do Ensino Médio.
OBJETIVOS
• Mostrar os caminhos viáveis para destinação final dos resíduos sólidos e as alternativas energéticas de uso sustentável;
• Apresentar o conceito e prioridades absolutas para o desenvolvimento sustentável relacionando esse ao índice de desenvolvimento humano;
• Descrever os aspectos biológicos da pobreza e do desenvolvimento humano, somados aos indicadores sociais, ambientais e econômicos.
CONTEÚDOS
Desenvolvimento sustentável;
Alternativas energéticas e resíduos sólidos;
Aspectos biológicos da pobreza humana.
RECURSOS
Equipamentos áudio visuais (Datashow, notebook, som para áudio, sala de aula ou auditório), etc.
DESENVOLVIMENTO
O material de apoio inicialmente traz consigo o conceito e prioridades absolutas do desenvolvimento sustentável. Continua com alguns dados relacionados aos aspectos ligados à pobreza, poluições e degradações ambientais, mostrando as mais variadas alternativas para o uso sustentável da água. Posteriormente mostra alguns índices do uso de energias (renováveis e não renováveis) em níveis mundial e nacional, evidenciando as alternativas energéticas renováveis para um mundo sustentável, traz ainda o índice de desenvolvimento humano e a chamada pegada ecológica (animação em forma de gráfico) e um vídeo (discurso feito por Seven Suzuki na ECO 92). Por fim, traz o conceito, as consequências (através de dados percentuais) da produção e destinação incorreta dos resíduos sólidos no Brasil, e consequentemente as alterativas viáveis para destinação e reaproveitamento desses resíduos (coleta seletiva).
EXTRAS
Para avalição dos conhecimentos podem ser usados livros didáticos e paradidáticos, revistas cientificas, vídeos, etc. pertinentes aos conteúdos já citados, assim como exercícios com questões dissertativas e objetivas (de vestibulares, concursos e ENEM). Pesquisa de campo com objetivo de se fazer uma diagnose a nível municipal da destinação final dos resíduos sólidos produzidos no mesmo, levantamento quantitativo da produção de resíduos na cidade, e as alternativas propostas pelos órgãos responsáveis para destinação correta desses resíduos, assim como pelos próprios estudantes, implantação da coleta seletiva na instituição de ensino ou melhoria da mesma, se esta já estiver implantada. Pode-se ainda serem realizadas pesquisas com relação ao saneamento básico da cidade, etc.
Ecologia profunda como devir da esperança - A inevitável consciência espiritualJorge Moreira
A Ecologia Profunda é simultaneamente uma ética ambiental radical e uma ontologia – uma filosofia de vida centrada na ecosfera, preocupada, cuidada e respeitosa. Adota a igualdade biocêntrica e atribui valor intrínseco aos seres não-humanos, elementos abióticos e ecossistemas. A palavra radical associada a este movimento refere-se à necessidade de ir à raiz do problema. Isto é, refletir profundamente a nossa relação com a Terra, que deve ser acompanhada de mudanças progressivas, mas radicais das nossas atitudes e comportamentos, desligando-se do paradigma insustentável, consumista e cruel da nossa sociedade atual, para uma vivência centrada na bondade, na liberdade, no respeito e na riqueza interior. Ela reúne ciência, tradição, religião, filosofia, arte e espiritualidade...
The Street Kids of Calabar: A Punitive Approach is Not EnoughPIND Foundation
This briefing outlines the evolution and transformation of street children in Cross River State, and traces the causal link between the prevalence of street children and rise in criminality and gang violence in the state.
Doctor, Lawyer, Poker Player, Physicist: The Best Engineers We're Not Competi...Carina C. Zona
"The team needs more engineers and we need them today."_
We talk about the engineer shortage. But the problem is not what we think it is. We'll explore how hiring for only CS degrees misses exceptional opportunities. Unconventional backgrounds breed great developers.
Homogeneity boxes us in. Diverse teams are more productive, more profitable, and more excited about what they're accomplishing. Diversity isn't just demographics. It's about benefitting from distinctly varied perspectives. Who better than the former philosopher, marine biologist, stage hand, or anthropologist? In this talk, we'll walk through why it's worth competing for them.
Forget the rock star; hire the opera singer.
Petite intro au modèle de Kano pour l'occasion d'un meetup #UXMarseille. https://www.meetup.com/fr-FR/UX-Marseille/
Largement inspiré d'un article de Daniel Zaccarias
https://foldingburritos.com/kano-model/
Uma visão geral do docker, uma ferramenta de gerenciamento de contêiners para simular o comportamento de aplicações em ambientes totalmente gerenciados.
A apresentação ensina os conceitos básicos e apresente um bloco de anotações com os principais comandos para o dia-a-dia.
A Ciência (que) Quer Salvar a Humanidade II - A Extinção em Massa, Jorge More...Jorge Moreira
Todos os relatórios/avisos da comunidade científica dizem que o que temos feito para salvar o Planeta é insuficiente e precisamos de alterações profundas na nossa sociedade, de uma ‘mudança transformadora’ para restaurar e proteger a Natureza e garantir um futuro para a Humanidade. Ainda não é tarde demais, mas amanhã já vai ser tarde demais. É necessário começar hoje, agora, e podemos fazê-lo através das nossas escolhas, nomeadamente com o que comemos, o que vestimos, como nos deslocamos, etc. Sejamos proativos. Mas também é necessário desconstruir os interesses instalados na sociedade, para dar primazia ao bem-comum, fazendo com que a defesa do bem-comum seja sinónimo de defesa da Natureza. O relatório do IPBES diz que a ‘mudança transformadora’, implica uma reorganização fundamental de todo o sistema, incluindo paradigmas, metas e valores.
O crescimento populacional é alcançado principalmente através da expansão dos meios de produção, quem precisam acompanhar um mercado consumidor cada vez mais alto. Para que esses meios de produção se tornem efetivos é necessário um investimento no desenvolvimento de novas tecnologias e praticas que de forma direta ou indireta irão influenciar no meio ambiente. Roraima é um dos estados brasileiros com os maiores índices de crescimento populacional, possuindo um mercado consumidor em plena expansão. A pesquisa é importante na medida que se propõe a apontar alternativas de políticas de desenvolvimento sustentável para um estado inserido na Floresta Amazônia, onde qualquer alteração afetará o meio ambiente. A pesquisa focará na educação para um desenvolvimento sustentável, uma corrente educacional que em contrapartida com a educação ambiental, acredita que para que o progresso aconteça é necessário que haja desenvolvimento o que não é possível caso busque-se que o meio permaneça em status quo.
Resgatar a Humanidade, Alcide Gonçalves e Jorge Moreira, O Instalador, março ...Jorge Moreira
A palavra ‘humanidade’ deriva do latim’ humanitas’ e ‘humanitatis’, que significa cultura, civilização, natureza humana, carácter, sentimento, bondade, benevolência, cortesia e compaixão. Trata-se de uma palavra que exprime uma série de qualidades nobres, que residem profundamente no coração do ser humano.
Mas, esta palavra, significa também um conjunto de seres humanos, sendo ‘humanos’, relativo ao homem, que por sua vez é derivado de ‘homo’, relacionado como ‘humus’, terra. Quando vamos à raiz das coisas, acabamos por perceber que a Humanidade é simultaneamente um conjunto de qualidades e seres da terra. Isto sugere, que no sentido lato, todos os seres da terra podem ser considerados Humanidade. Todas as espécies, incluindo a Homo sapiens. Na verdade, não estaríamos cá sem o papel das outras espécies, tanto no que concerne a nível evolutivo, como ecológico. Não conseguiríamos existir e viver sem o contributo delas. Mas a palavra ‘terra’ também significa chão, solo, território, região de origem, nação, ou o próprio planeta Terra. Neste contexto, a Humanidade pode também ser considerada toda a Terra - a nossa grande Mãe. Há um traço de familiaridade cósmica.
Texto final traduzido conferencia mundial de los pueblos sobre el cambio cl...Gustavo Cherubine
Junte-se a nós, pela Cura de Gaia!
Conferir o post no blog 'ACORDO DOS POVOS'"Acordo dos Povos", documento final da CMPCC já traduzido para o português.
Este "Acordo dos Povos" merece uma cuidadosa e atenta leitura bem como uma divulgação intensa de todo(a)s o(a)s defensore(a)s da Mãe Terra por ser um documento muito bem elaborado com a abragência e profundidade que o tema estava exigindo.
Grato, ABC (Abraço e Beijo do Cezimbra)
Texto final traduzido conferencia mundial de los pueblos sobre el cambio cl...Gustavo Cherubine
Junte-se a nós, pela Cura de Gaia!
Conferir o post no blog 'ACORDO DOS POVOS'"Acordo dos Povos", documento final da CMPCC já traduzido para o português.
Este "Acordo dos Povos" merece uma cuidadosa e atenta leitura bem como uma divulgação intensa de todo(a)s o(a)s defensore(a)s da Mãe Terra por ser um documento muito bem elaborado com a abragência e profundidade que o tema estava exigindo.
Grato, ABC (Abraço e Beijo do Cezimbra)
Nos últimos tempos temos assistido a uma série imparável de calamidades. E, embora muitas delas sejam de natureza diferente, têm muito em comum, quer pela sua origem, quer pela intensidade dos fenómenos naturais. Furacões sucessivos nas Caraíbas e nos Estados Unidos da América, que bateram
recordes e deixaram um rasto de destruição maciça; cheias na Ásia, que ‘afogaram’ mais de um milhar de pessoas; incêndios devastadores em vários países e com muitas vidas humanas e não humanas a lamentar; avalanches que engoliram povoações inteiras; cidades irrespiráveis na China; seca severa em muitos locais; rios moribundos, sem água ou poluídos, são alguns exemplos que têm assolado ultimamente o nosso planeta. Muitos destes fenómenos, bem como a sua dimensão, têm a sua origem direta ou indiretamente na sequência da atividade humana.
A Ciência (que) quer salvar a Humanidade – porque em breve será tarde demaisJorge Moreira
Passados 25 anos, e perante um cenário ainda mais devastador, os cientistas voltam a avisar a humanidade, agora em maior número e intensidade discursiva. Foram 15.364 elementos da comunidade científica, alguns deles laureados com o Nobel, de 184 países, incluindo mais de 200 portugueses. A nova carta aberta dirigida à Humanidade é um alerta para a ameaça que paira sobre a continuidade da nossa espécie. Curiosamente, não estamos perante um evento catastrófico à escala global, como de um corpo celeste que se dirige ameaçador contra o nosso planeta ou na iminência de uma série de cataclismos naturais à superfície. Trata-se simplesmente da ação humana, em franco crescimento sobre os recursos naturais, que tem levado à perda desastrosa da biodiversidade e dos serviços que suportam a vida na Terra.
Slides produzidos pelos alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Luis Vaz de Camões de Ipezal-Angélica/MS. Sobre o Meio Ambiente para a disciplina de Geografia. Profª Patricia O. Batista.
Slides produzidos pelos alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Luis Vaz de Camões de Ipezal-Angélica/MS. Sobre o Meio Ambiente para a disciplina de Geografia. Profª Resp. Patricia O. Batista.
Semelhante a Onde é que nos encontramos para aonde estamos a ir e onde devemos estar (20)
Da cidade distópica à utopia possível - Jorge Moreira - Prisma.SOCJorge Moreira
O crescimento rápido da urbe não trouxe só vantagens. Com ele surgiram muitos problemas ambientais, com as cidades a gerar 70% das emissões globais de CO2 e o uso de mais de 60% dos recursos (United Nations,
2019). O primeiro fator tem um
papel preponderante na
problemática das alterações climáticas, e o segundo no esgotamento dos recursos naturais, desflorestação e perda dramática da biodiversidade. Em muitas cidades a poluição do ar tornou-se um fator de risco para a saúde pública...
Pensar a Humanidade e as Redes através da Teia da Vida, Revista Cescontexto 3...Jorge Moreira
A comunidade científica aponta-nos cenários apocalípticos de caos climático e ecológico. Um futuro cada vez mais presente, que emerge de uma força transformadora antropogénica de larga escala. Este trabalho, apresentado na International Conference Beyond Modernity: Alternative Incursions into the Anthropocene do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em 2021, aborda uma nova forma de pensar as redes sociais, ampliando a dimensão reticular da vida social, integrando-a numa rede maior, a teia da vida, que liga todas a formas de vida e entrelaça todos os fenómenos naturais.
“Chegámos junto da velha loba a tempo de observar um
altivo fogo verde a morrer nos olhos dela. Compreendi
nesse momento, e nunca mais deixei de o saber, que havia
algo de novo para mim naqueles olhos – algo que apenas
ela e a montanha conheciam. Nesse tempo […] pensava
[…] que o desaparecimento total dos lobos seria o paraíso
dos caçadores. Mas depois de ter visto aquele fogo verde a
extinguir-se, senti que nem o[a] lobo[a] nem a montanha
concordavam com essa maneira de ver (Leopold, 2008, p.
130)”
Artigo publicado na Revista Vento e Água - Ritmos da Terra nº 30, Setembro de 2021 https://ventoeagua.com/produto/revista-numero-30-21-setembro-2021/
Tal como aconteceu a John Muir, a montanha chamou-o, e Naess teve de ir para junto dela. As suas palavras são bem elucidativas: Estou a obedecer, a obedecer ao desejo de Hallingskarvet de vir (Naess, 1995). Parece que as experiências místicas junto à montanha que o filósofo norueguês descreve desde pequeno eram equivalentes à epifania que Aldo Leopold teve junto à loba moribunda. Neste caso, através do fogo verde que se soltava do olhar por da loba, a montanha revelou a Leopold a importância da harmonia, da beleza e da estabilidade ecológica.
Desde que Naess terminou a construção da cabana, em 1938, passou lá cerca de catorze anos da sua vida, onde desenvolveu o conceito de ecologia profunda, que viria a reinventar o olhar do ser humano sobre si mesmo e sobre o Ambiente envolvente.
Revista 'Vento e Água' nº 27
https://ventoeagua.com/revistas/27/
A «Floresta» em Portugal Porquê uma Aliança pela Floresta AutóctoneJorge Moreira
Cerna Nº 83, 2020
A pedido da Cerna, e para tornar mais compreensível aos conservacionistas e ecologistas da Galiza a situação da floresta autóctone em Portugal, enviamos estas notas que poderão ter alguma utilidade. Expomos por ordem cronológica, ao longo de cinco anos, como surgiu a Aliança pela Floresta Autóctone e como tem vindo a desenvolver-se e enraizar-se, muito lentamente é certo, como iniciativa informal.
Adiante tentamos explicar o que pretendemos com ela.
Estado do Ambiente - uma retrospetiva de 2019 - O Instalador 284Jorge Moreira
Em Portugal as ameaças ambientais sucedem-se num ritmo vertiginoso: novo aeroporto no Montijo, dragagens no Sado e noutros locais sensíveis, construção na orla costeira e zonas de cheias, projetos megalómanos para locais ainda preservados, exploração de lítio, agricultura superintensiva no Alentejo, monocultura de eucaliptos, continuação com o uso do glifosato e de outros pesticidas perigosos, etc. O mais infeliz desta situação é termos institutos estatais de defesa do Ambiente e da Natureza que dão aval, mesmo sabendo que há violações graves aos meios que tutelam.
"Eu também tenho um sonho: que governos, partidos políticos e empresas compreendam a urgência da crise climática e ecológica e se unam apesar das suas diferenças - como vocês fariam em caso de emergência - e tomem as medidas necessárias para salvaguardar as condições de uma vida digna para todos na terra"
Greta Thunberg, discurso no Congresso Norte-Americano, 2019
Educação para a emergência ecológica I Jorge Moreira
Este modelo educativo está longe de formar indivíduos livres pensadores, eticamente responsáveis e cidadãos conscientes, que consigam atender às exigências prementes de si mesmos, da sociedade e do Ambiente. O resultado deste sistema é a crise multidimensional, cuja crise ecológica é a sua manifestação mais evidente
As flores silvestre contribuem para a diversidade biológica, aumentam a produção agrícola, diminuem o uso de pesticidas e tornam a agricultura mais sustentável e sadia.
Tudo isto, e ainda pintam com o aroma da cor, da forma e fragrância onde se encontram. São realmente seres especiais, que merecem toda a nossa atenção e consideração.
Reutilização, Reparação e Reciclagem de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos,...Jorge Moreira
A reciclagem, a reparação e a reutilização de equipamentos elétricos e eletrónicos contribuem para minimizar os problemas ambientais e trazem ainda vantagens sociais e económicas para os consumidores. Veja como:
Resíduos Urbanos: um problema com valor acrescentado, Alcide Gonçalves e Jorg...Jorge Moreira
Somos efetivamente uma sociedade de resíduos, com um impacto enorme no Ambiente e na qualidade de vida das pessoas. Os mares estão cheios de plástico e já começamos a comer micropartículas de plástico oriundas dos alimentos. Já foram tomadas medidas para diminuir o seu uso, mas não chega. É necessário voltar ao granel, aos mercados locais, à devolução das garrafas e embalagens, à compostagem caseira dos resíduos orgânicos mas, acima de tudo, é necessário uma nova Educação capaz de fomentar uma consciência limpa e livre de consumismos, capaz de cuidar de si e da Terra
A Vida no Centro do Universo, Revista o instalador 271Jorge Moreira
A Ecologia olha para o ser humano, da mesma forma que olha para as outras formas de vida, como um produto de um processo evolutivo, num complexo sistema interdependente e interconectado constituído pelos seres vivos. Esta forma científica reverte para um juízo moral, em que não há seres mais importantes do que outros. Para Taylor, cada organismo é per se um centro teleológico de vida, portador de dignidade inerente, o que lhe confere o estatuto de sujeito moral, não devendo ser tratado como meio para o fim de alguém. Assim, o ser humano é moralmente obrigado a proteger e promover o bem dos membros da comunidade biótica por si próprios.
Decrescimento – Crescer no Essencial, Jorge Moreira, Revista O Instalador 270Jorge Moreira
O decrescimento propõe-nos uma utopia concreta - um caminho diferente de uma sociedade de consumo, que consome pessoas e a Natureza, para uma sociedade de abundância frugal e de prosperidade humana e ecológica
Colóquio Vita Contemplativa - Mãe Natureza, Terra Viva Ecosofia, Ecologia Pro...Jorge Moreira
Quando observamos a Terra de fora, todos os indivíduos, todas as etnias humanas, todas as espécies de seres vivos, todas as serras, florestas, rios, lagos e mares, todos os Reinos da Natureza não têm fronteiras e são em conjunto a Terra.
Da mesma forma decorreu o Colóquio Vita Contemplativa Mãe Natureza, Terra Viva. Muitos contributos, de áreas tão distintas, mas todas apontaram caminhos ecosóficos idênticos.
(Esta é a segunda e última parte do artigo publicado, inicialmente, na edição de Junho de 2018 da Revista O Instalador)
Colóquio Vita Contemplativa - Mãe Natureza, Terra Viva Ecosofia, Ecologia Pro...Jorge Moreira
O Colóquio do Seminário Permanente “Vita Contemplativa - Práticas Contemplativas e Cultura Contemporânea" do Grupo Praxis do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, com o apoio do Círculo do Entre-Ser, trouxe este ano [14-15 Maio 2018] à reflexão o tema Mãe-Natureza, Terra Viva com o enfoque nos contributos da ecosofia, da ecologia profunda e da ecologia espiritual face à crise ecológica.
Durante dois dias, e de formas particulares, celebrou-se a Natureza, tornaram-se vivas memórias dessa Natureza em nós, apresentaram-se excelentes exemplos de sustentabilidade, formularam-se utopias possíveis e desejáveis de concretização, partilharam-se testemunhos, reforçaram-se laços e debateram-se contributos tão diversos para o tema: da Espiritualidade às práticas Eco-espirituais; do Xamanismo ao Yoga; do Taoísmo ao Budismo; do Cristianismo ao Islamismo; da cosmovisão dos povos primevos às experiências místicas, das metatopias urbanas às alimentares, da perspetiva de Heidegger à Física Quântica, da igualdade de gênero aos direitos da Natureza; da Transição à Permacultura; do Papa Francisco ao Compromisso com a Casa Comum; do contato com a Natureza às psicoterapias; do Caos a Gaia, passando por Eros - da Mitologia à Filosofia; da consciência do corpo à consciência da Terra, da Arte (cinema, arquitetura, pintura escultura, música, etc.) à Ciência holística; do Ecocentrismo ao Princípio feminino; da Ética à Ontologia e vice-versa.
As várias participações trouxeram visões e contributos preciosos que não podem ficar guardados com o encerramento do evento, pelo que deixamos aqui algumas das mensagens e ideias-chave debatidas.
O nosso dia de Alcide Gonçalves e Jorge Moreira, O Instalador, maio 2018Jorge Moreira
Falta festejar o dia em que cresceremos em consciência e conseguirmos integrar todo o Planeta como se fosse o nosso corpo, as nossas emoções e a nossa mente. Cada espécie passa a ser compreendida como uma célula nossa. Rios, florestas, montanhas, glaciares, lagos e oceanos são como os nossos órgãos. O sofrimento do boi ou da baleia passa a ser o nosso sofrimento. A alegria que emana do canto do rouxinol tem eco na nossa alegria. E nós passamos a compreender e a colaborar na internet micélica da vida
A Vida dos Rios da Vida, Jorge Moreira, Revista O Instalador, Abril 2018Jorge Moreira
A ideia de que os rios são as veias da Terra existe em diferentes geografias, culturas e épocas. Um dos maiores sábios que floresceu no seio da Humanidade foi Leonardo Da Vinci. A sua capacidade de ver mais além do que o comum dos mortais levou-o ao grande axioma hermético, o princípio da
correspondência, que existe entre dimensões e aspectos da vida. A analogia entre um organismo e a Natureza, mais precisamente, entre o funcionamento de um corpo humano e a Terra (...) Estas conclusões remetem também para a Terra como organismo vivo, mais tarde fundamentada cientificamente através da Teoria de Gaia, também conhecida por Hipótese biogeoquímica de James Lovelock e Lynn Margulis.
A Terra é um complexo sistema, cuja a água é peça fundamental para a vida. Assim, os rios saudáveis são os canais de vitalidade da Terra. Transportam água e sedimentos ricos em nutrientes e minerais (...)
As alterações climáticas, a poluição e a destruição das florestas autóctones, fruto do nosso egoísmo e antropocentrismo, afetam gravemente os rios. Sem eles não há vida como a conhecemos e este planeta, outrora lindo, ficará mais parecido do que nunca com o seu vizinho Marte. Certamente que por mais cegos e gananciosos que possamos ser, não vamos querer viver sem as belas curvas dos rios, sem a sua frescura cristalina, sem os rápidos, cachoeiras e deltas, sem os Guarda-rios ou a brincadeira da Lontra. O rio não é um recurso. É a seiva que alimenta a vida! Chegou a hora de defender a vida do fogo da morte.
Práticas sustentáveis e escolhas éticas, Jorge Moreira, Revista o Instalador ...Jorge Moreira
Vivemos num planeta maravilhoso, onde a vida sorri em milhões de formas, cores, sons, paladares e perfumes. Dá-nos ainda mais sentidos e um sentido a tudo. Um planeta onde a vida floresce, evolui e desperta para mundos interiores de consciência infinita. A Terra dá-nos isso tudo, alimenta o nosso corpo, fascina-nos intelectualmente e preenche-nos com a magia da sua beleza. Haverá algo mais incrível? Então porque estamos a destruir este paraíso?
Incêndios florestais tragédia, insensibilidade e irresponsabilidadeJorge Moreira
Quantas vezes me questionei sobre qual deverá ser a área ardida, quantos bens necessitam de ser consumidos, quantas vidas humanas precisarão de ser ceifadas pelo fogo para alterar efetivamente a política e a gestão do espaço florestal?
Quanto sofrimento será necessário para repôr a vida e o bem-estar das populações à frente dos interesses particulares de certas atividades económicas? (...)
Depois do que assistimos no ano passado, faltou colocar em emergência a florestal nacional, como de uma ameaça de guerra se tratasse. Não é por acaso que quando há calamidades, como a de Pedrógão Grande, temos no teatro das operações uma enorme quantidade de recursos disponibilizados, alguns imensamente bem pagos. (...)
De que estão à espera para alterar profundamente o estado
das coisas? De que estão à espera para substituírem o coberto vegetal por espécies mais resilientes aos fogos? De que estão à espera para gerirem o território de forma inteligente,
sustentável e ecológica? De que estão à espera para colocarem a floresta como desígnio nacional? Onde está a insensibilidade e a responsabilidade do Estado?
Incêndios florestais tragédia, insensibilidade e irresponsabilidade
Onde é que nos encontramos para aonde estamos a ir e onde devemos estar
1. 70 O Instalador Março 2017 www.oinstalador.com
Opinião
AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS
Onde é que nos encontramos,
para aonde estamos a ir
e onde devemos estar
Texto e Fotos_Jorge Moreira [Ambientalista e Investigador]
Uma responsabilidade verdadeiramente planetária: o reconhecimento do facto de que todos nós
que partilhamos o planeta dependemos uns dos outros para o nosso presente e futuro.
Nada do que façamos ou deixemos de fazer pode ser indiferente para o destino de todos os
outros. Nenhum de nós pode mais procurar e encontrar um refúgio privado para tormentas que
se podem originar em qualquer parte do globo.
Zygmunt Bauman, A Vida Líquida
Foto_Maria Augusta Pinto
2. O Instalador Março 2017 www.oinstalador.com 71
Opinião
AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS
A palavra do ano de 2016, escolhida pelos
dicionários britânicos Oxford, foi a pós-ver-
dade. Trata-se de um adjetivo que reflete as
circunstâncias em que os factos objetivos
têm menos influência na formação da opinião
pública do que os apelos emocionais e as
opiniões pessoais. A escolha desta palavra
foi motivada pelo referendo Brexit no Reino
Unido e a eleição presidencial nos Estados
Unidos da América. De facto, assistimos
a um mundo onde a mentira, a censura
científica, a ocultação e a construção de
uma narrativa alternativa à verdade, tem sido
utilizadas frequentemente por muitos políticos
controladores e empresas irresponsáveis, que
querem continuar a aumentar a sua influência,
poder e lucro, sem olhar às consequências
que poderão advir para a saúde e o bem-es-
tar de seres humanos, animais e dos outros
seres vivos, bem como para a natureza como
um todo. Há um ataque generalizado à vida
e à qualidade de vida humana, exceto para
uma pequeníssima franja de seres humanos,
que vive à custa da miséria de outros seres
humanos e da exploração da natureza. Uma
grupo que invade, que separa, que mata e
pretende perpetuar o sistema que é baseado
numa economia irreal feita à sua medida, que
não contabiliza as externalidades, nem os
limites, nem o sofrimento e é, de certa forma,
corresponsável pelo atraso civilizacional que
ainda vivemos em pleno século XXI. Enten-
da-se civilização, não na sua materialidade
tecnológica, mas como um estado evolutivo
da sociedade global, fundada na cidadania, na
liberdade, na equidade, na solidariedade, na
justiça, na partilha e na colaboração. O desa-
broçar da humanidade que habita ou deveria
habitar em cada um de nós. Humanidade que
é sinónimo de sabedoria, compaixão, respeito
pelas outras formas de vida e que cuida da na-
tureza à qual faz parte. Tantas vezes ouvimos
a pergunta: onde está a tua humanidade? E se
colocássemos a mesma questão à civilização
atual?
Numa análise coerente, verificaríamos que o
resultado da atividade desta civilização à qual
pertencemos, envergonha a essência da hu-
manidade. Seres humanos reféns de um siste-
ma que absorve grande parte das suas vidas,
animais sensíveis tratados pior que objectos
inanimados e a natureza, que é fonte e suporte
de toda a vida, é explorada e envenenada.
Parece que somos alienados da realidade,
que não somos a própria natureza e que os
animais não sofrem ou não são nossos irmãos
na cadeia evolutiva terrestre. Perpetuamos
práticas culturais absurdas. Inventamos men-
tiras para continuar a escravidão, a selvageria
e a destruição. Entretanto, segundo os dados
das organizações Acción Contra El Hambre
e Save The Children, estima-se que 8500
crianças morram por dia por causa de des-
nutrição severa e segundo as Nações Unidas,
o ano de 2015 estabeleceu um novo recorde
de 65,3 milhões de refugiados e deslocados,
que foram obrigados a deixar suas casas ou
os seus países de origem, na sequência de
guerras e perseguições. Muitos fizeram-no
sobre condições inimagináveis, percorrendo
milhares de quilómetros, atravessando mares
e paredes xenófobas e continuam a viver em
estado de sítio. Paralelamente, segundo a
ADAPTT, com dados da FAO, são abatidos
por ano mais de 150 mil milhões de animais
para consumo humano. Muitos desses
animais tiveram uma vida miserável e sofrida
às mãos de seres humanos crueis que os
exploraram. Para além disto, está em curso
a sexta extinção em massa, que levará cerca
de 75% das espécies. Somos uma força geo-
lógica destrutiva! Mas não queremos saber
ou não damos importância a estes dados.
Estamos domesticados pela elite e conti-
nuamos a nossa vidinha diária, a iludirmos
uns aos outros de que somos civilizados e a
acreditarmos que a tecnociência irá resolver
todos os nossos males, independentemente
do nosso comportamento ou das nossas
escolhas. A pós-verdade é o lugar comum da
nossa sociedade.
Ambiente – alguns dados
preocupantes
Num estudo realizado por investigadores
climáticos da Australian National University,
sobre a direção do Professor Will Steffen,
que tiveram a proeza de desenvolver uma
equação matemática que descreve o impacto
da atividade humana na Terra, chegaram à
conclusão de que a nossa sociedade está a
causar alterações climáticas 170 vezes mais
rápidas do que as causas naturais. Este es-
tudo é muito importante, porque vem provar
que as alterações climáticas antropogénicas
são uma realidade e não uma consequência
natural, como alguns políticos querem fazer
querer. Diz Steffen a propósito: nós não es-
tamos a dizer que as forças astronómicas do
nosso sistema solar ou os processos geológi-
cos desapareceram, mas em termos do seu
impacto num período tão pequeno de tempo,
são agora negligênciáveis comparativamente
à nossa influência. São estas alterações
climáticas que Steffen fala que são a maior
ameaça à vida na Terra, nomeadamente para
o futuro da Humanidade e, especialmente,
quando olhamos para as concentrações de
CO2
na atmosfera e assistimos a um aumento
progressivo, desde a revolução industrial, de
cerca de 280 ppm para 400 ppm e os valores
continuam a crescer. Com estas taxas, os
oceanos estão num processo de acidificação,
tornando a situação mais ainda grave. Mas,
infelizmente, o problema não encerra aqui.
A nossa insensibilidade e ganância doentia
fragmentou os habitats da vida selvagem,
asfixiando-os a cerca de 25% do território
terrestre sem gelo. Como resultado, temos
3. 72 O Instalador Março 2017 www.oinstalador.com
taxas de extinção de espécies dramáticas e
a situação, embora conhecida por todos, con-
tinua a piorar. A diretora-geral da UICN, Inger
Anderson, aquando da atualização da Lista
Vermelha (2016), comunicou: a crise mundial
da extinção de espécies pode ser maior do
que aquilo que pensamos. Esta preocupa-
ção transcreve a gravidade da situação e o
profundo impacto antropogénico nas outras
espécies que habitam o nosso planeta.
Os dados recentemente apresentados co-
locam Portugal num desprestigiante quatro
lugar entre os países da Europa com mais
espécies ameaçadas. E o que fazemos? Insis-
timos em políticas e práticas obsoletas, como
a construção de barragens em locais sensíveis
na perpectiva da conservação da natureza,
quando os outros países estão a renaturalizar
os seus cursos de água; apostamos em con-
traciclo energético nos furos de propesção
de hidrocarbonetos, em zonas turísticas por
excelência, colocando em perigo não só o
ambiente, mas toda uma atividade económica
regional altamente lucrativa; substituimos a
floresta autóctone rica em biodiversidade pela
monocultura de uma exótica, o eucalipto, com
a agravante de ser mais suscetível no que
respeita à questão dos incêndios florestais; e
contaminamos solos e rios. Nem o Tejo, que
é o rio mais extenso da Península Ibérica e
passa pela nossa capital, escapou à atividade
industrial envolvente e encontra-se em muitos
locais ferido de morte. Onde está a justiça que
sentenceia os prevaricadores? Paralelamente,
deixamos de fornecer os meios necessários
à conservação das nossas áreas naturais
protegidas, deixamos que as exóticas e as
infestantes proliferem e continuamos na senda
do urbanismo caótico e do desrespeito pela
beleza da nossa paisagem natural. Ainda
somos um belíssimo espaço plantado à beira
mar, mas deixaremos de o ser se continuar-
mos na senda do betão, do papel e do furo.
Almaraz e Fukushima
Interligando escalas nacionais, regionais e
globais, os ambientalistas ibéricos lutam lado
a lado pelo encerramento da central nuclear
de Almaraz, cujo prazo de validade teria sido
2010, mas, entretanto, foi alargado até 2020. O
problema foi exarcebado nas últimas semanas
devido à intenção do governo espanhol em
construir um armazém de resíduos nucleares
anexo. Instalou-se um caso diplomático
entre os dois países, especialmente porque
Portugal nunca apostou (e muito bem) neste
tipo de tecnologias e pode vir a ser afetado
por contaminação das águas, uma vez que
a central é refrigerada pelas águas de uma
albufeira afluente do rio Tejo e, também, por
contaminação atmosférica, na medida que a
central dista uns meros 100 quilómetros da
fronteira portuguesa. Tal como as alterações
climáticas, um problema que surge numa
central nuclear pode transformar-se num
problema regional ou até global e, infelizmente,
não faltam exemplos que comprovam esse
facto. Mais recentemente, o acidente na cen-
tral nuclear de Fukushima, em 2011, no segui-
mento de um tsunami, dá para retirar algumas
elações. Entre elas, estão os erros de planifi-
cação (geologia do local de implementação),
a falta de segurança técnica, a manipulação
de dados e a ocultação de problemas, todas,
devido a interesses particulares de algumas
Opinião
AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS
4. O Instalador Março 2017 www.oinstalador.com 73
entidades envolvidas na central. Conclui-se
que os interesses particulares de um pequeno
grupo sobrepuseram-se às pessoas em geral
e ao ambiente. Ainda se encontram 100.000
deslocados, um sem-número de pessoas
com a saúde afetada para toda a vida e não há
fim à vista para o problema. Recentemente, os
níveis de radiação atingiram valores recorde
desde o tsunami e estão a contaminar todo
o Pacífico. Depois de uma série de incidentes
com Alvaraz e do Conselho de Segurança
Nuclear espanhol ter denunciado algumas
irregularidades preocupantes com a central,
são válidas as preocupações dos ambientalis-
tas quanto ao encerramento da central, bem
quanto ao depósito altamente perigoso dos
resíduos nucleares.
A nossa relação com os
animais
Quando vemos sociólogos, políticos, autarcas
e educadores, que pelo seu conhecimento
e responsabilidade deveriam ter a obrigação
de fomentaram uma ética alargada e, ao
contrário disso, encontram-se, em muitos ca-
sos, a promoverem ações e espetáculos onde
reina a violência sobre animais sencientes -
animais que possuem características, sentires
e sensibilidades muito parecidas com as do
ser humano, isso quer dizer que a sociedade
ou se encontra profundamente doente ou ain-
da pertence a um passado onde a ignorância
andava a par com a insensibilidade e a selva-
jaria. Não precisamos, nem temos o direito de
tratar os animais da maneira que tratamos.
Nem para alimentação e muito menos para
divertimento, desporto ou moda. Mahatma
Gandhi afirmou que o grau de evolução de
determinada sociedade pode ser avaliado
pela maneira como trata as suas crianças, os
seus idosos e os seus animais. Com tantas
alternativas saborosas e mais saudáveis à
proteína animal ainda continuamos a mandar
milhões de seres sensíveis e amorosos para
os campos de concentração, que são as
imensas indústrias pecuárias e matadouros?
Onde está a nossa humanidade? A carne
que está no supermercado ou no talho não
vem de um processo industrial mágico. Ela é
o grito que se solta dos olhos sofridos de um
animal! Da mesma forma, a roupa que muitos
seres humanos fazem questão de exibir na
praça pública são pedaços de animais. Será
que têm noção disso? Será que sabem que
em alguns casos a pele foi arrancada com os
animais ainda vivos? Qual a necessidade que
temos em exibir tamanha crueldade?
Quase todos os dias chegam-nos dados
preocupantes sobre a desflorestação da
Amazónia ou de outros pulmões da Terra.
Muitas dessas ações, senão a maioria delas,
devem-se à agropecuária. Da mesma forma,
a produção de carne é responsável por uma
elevada emissão de gases com efeito de es-
tufa. Também por esse motivo, a ONU sugere
um consumo reduzido de produtos de origem
animal para salvar o planeta dos piores impac-
tos das alterações climáticas. O principal autor
do relatório, Edgar Hertwich, diz o seguinte:
Produtos de origem animal causam mais da-
nos do que produzir minerais de construção
como areia e cimento, plásticos e metais.
A biomassa e as plantações para alimentar
animais causam tanto dano quanto queimar
combustíveis fósseis". Esta recomendação
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5. 74 O Instalador Março 2017 www.oinstalador.com
segue em linha com Lord Stern, conselheiro
económico do governo britânico, que propõe
uma dieta vegetariana para um planeta melhor,
e do IPCC, que sugere um dia por semana
livre de carne, para reduzir as emissões.
Outra questão que se encontra em cima da
mesa é a produção de leite. As empresas do
ramo continuam a reclamar subsídios para
manterem a sua atividade lucrativa e o gover-
no português atribuiu, só em 2016, no Con-
tinente, e segundo as contas do PAN, mais
de 100 milhões de euros para esta indústria.
Quando percebemos que as pessoas estão a
alterar os seus hábitos alimentares, reduzindo
o consumo de leite por questões éticas, de
saúde e ambientais, será correto o Governo
contrariar esta tendência e continuar apoiar
esta atividade? Aquilo que tenho verificado
em alguns países onde o consumo de leite
tem diminuído, a indústria tem-se adaptado
à procura do mercado, adaptando as suas
unidades de produção às alternativas ao leite,
como bebidas de origem vegetal. Fica aqui
esta sugestão.
Recentemente muitas pessoas manifestaram
a sua indignação nas redes sociais por causa
de um evento que promovia a caça à raposa
numa localidade portuguesa. Fizeram-no
bem! Tal prática não se coaduna com uma
sociedade civilizada. Mas depois tiveram o
reverso da medalha, com insultos por parte
dos promotores da caça em geral e, mais
do que isso, por alguns ambientalistas que
defendem a caça como meio de preservação
da natureza. Precisamos de esclarecer umas
coisas. A Natureza não deve estar confinada
aos interesses humanos. Ela está cá há muito
mais tempo do que nós. Melhor dizendo, a
Natureza sempre esteve cá e nós aparecemos
como uma das suas filhas. Devemos respeito
e cuidado para com ela. Mas se estão a
defender o equilíbrio ecológico, não nos
podemos esquecer que a maior força motriz
desestabilizadora é a ação do ser humano
no ecossistema. Mas, partindo do princípio
que a proliferação de uma espécie coloca
em causa o equilíbrio ecológico, facto que
assistimos atualmente com a espécie homo
sapiens, poderá haver outras alternativas do
que a caça. A deslocalização ou o controlo de
natalidade podem ser algumas propostas. Em
todo o caso, o equilíbrio ecológico não está
ameaçado por causa da raposa na localidade
em questão e devemos apoiar os milhares de
corações sensíveis que lutam contra estas
práticas.
Uma excelente notícia surge dos números for-
necidos pela Inspeção-Geral das Atividades
Culturais sobre a tauromaquia. O ano de 2016
foi o pior de sempre em termos de público e
do número de espetáculos. Desde 2010 que
esta atividade perdeu 53% dos espectadores.
Estamos no bom caminho, mas continuamos
a ver as televisões a transmitir estes eventos
violentos, que lembram o pior dos tempos
idos e, especialmente com a assistência de
menores.
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6. O Instalador Março 2017 www.oinstalador.com 75
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A desigualdade
Stephen Hawkins publicou recentemente no
The Guardian um artigo muito interessante,
em que faz uma análise lúcida da atualidade.
Diz ele que Este é o momento mais perigoso
para o nosso planeta. O seu principal argu-
mento é a desigualdade económica em todo
o mundo. Com o avanço tecnológico um pe-
queno grupo de indivíduos é capaz de retirar
lucros fabulosos e empregar muito poucas
pessoas. Lateralmente, verificamos que os
poucos indivíduos que trabalham no setor
financeiro são capazes de acumular grandes
fortunas e quando há um erro devido à sua
ganância, é a população geral que paga a
fatura. Hawkins refere estes dois fatores como
destrutivos. Quando pensávamos que a tec-
nologia seria libertadora do trabalho, criando
condições para a humanidade florescer na
arte, na ciência, na filosofia, no voluntariado e
na espiritualidade, assistimos que no geral ela
é utilizada para condicionar mais as pessoas,
ora pelo número de horas de trabalho, ora pela
escassez de emprego. Quem tem contas para
pagar ao sistema, e o sistema promove-se a si
próprio na questão da dívida, vive numa ansie-
dade constante, submetendo-se a situações
humilhantes e precárias. Quem tem contas e
não tem emprego, está sujeito a perder tudo o
que tem, incluindo a sua saúde.
A utopia de uma civilização fundada na liber-
dade, na igualdade e na fraternidade está a
anos-luz de distância. Stephen adverte que
não podemos continuar a ignorar a desigual-
dade, porque temos meios para destruir o
nosso mundo, mas não para escapar dele.
Para aonde estamos a ir e
onde devemos estar
Aascensãodeumpopulismobruto,quetemos
assistido ultimamente, reflete o mal-estar das
populações com a classe política, mas este ca-
minho ainda é pior do que o anterior. Não leva
em conta os factos mais importantes como as
alterações climáticas, a destruição do suporte
devidanaterra,anossarelaçãocomosoutros,
com os animais e a vida em geral. A realidade
é alienada para dar origem a mais uma história
de entretimento, neste caso, nacionalista. Mas,
independentemente das narrativas que inven-
tados como alternativas à realidade, a natureza
não tem fronteiras antrópicas, não quer saber
das nossas histórias e reflete sempre a verda-
de. Acho que de uma forma ou de outra todos
estamos a perceber que caminhamos para o
abismo. Vivemos uma crise multidimensional,
isto é: ecológica, ambiental, climática, pessoal,
social, demográfica, económica, financeira, de
saúde pública, de perceção, etc. porque na
realidade todos estas dimensões se cruzam.
Nada existe separado. Muitas das consequên-
cias já são tão profundas que as mudanças
são inevitáveis e irreversíveis. Por esse motivo
fala-se agora em adaptações, porque não
há que voltar atrás. Mas o futuro constrói-se
no presente e já provamos que somos uma
força transformadora global. Só precisamos
de mudar o rumo das nossas ações, da nossa
forma de ver e estar no mundo. Precisamos
de derrubar muros e fronteiras entre povos e
culturas; criar pontes de diálogo; incentivar a
cidadania e a governança; cuidar, respeitar e
proteger a natureza que é fonte de bem-estar;
abandonar qualquer prática que fomente a
exploração ou crueldade de seres sencientes,
imprópria de uma sociedade evoluida e apos-
tar nas energias descentralizadas. Está na hora
de acordar. De dar o salto quântico da nossa
evolução como sociedade do século XXI.
Está na hora de construirmos um futuro novo,
mais belo, humana e esteticamente. Temos
de voltar à verdade, mas não aquela verdade
que só olha para os números. Temos de
observar a verdade no coração das pessoas,
nos olhos dos animais e na paisagem natural.
Desconstruir a tecnociência e a economia fria
e materialista, que esmaga tudo à sua volta e
voltar a pintar o mundo com cores alegres que
se soltam da alegria de viver em harmonia e
partilha com os outros.
Foto_Maria Augusta Pinto