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Boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento
Em 1996, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu uma classificação das
práticas comuns na condução do parto normal, orientando para o que deve e o que não deve ser
feito no processo do parto. Esta classificação foi baseada em evidências científicas concluídas
através de pesquisas feitas no mundo todo.
CATEGORIA A - PRÁTICAS DEMONSTRADAMENTE ÚTEIS E QUE DEVEM SER ESTIMULADAS:
• Plano individual determinando onde e por quem o nascimento será realizado, feito em
conjunto com a mulher durante a gestação e comunicado a seu marido/companheiro
• Avaliação do risco gestacional durante o pré-natal, reavaliado a cada contato com o sistema
de saúde
• Respeito à escolha da mãe sobre o local do parto
• Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e
seguro e onde a mulher se sentir segura e confiante
• Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto
• Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto
• Respeito à escolha da mulher sobre seus acompanhantes durante o trabalho de parto e
parto
• Fornecimento às mulheres sobre todas as informações e explicações que desejarem
• Oferta de líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto
• Monitoramento fetal por meio de ausculta intermitente
• Monitoramento cuidadoso do progresso do parto, por exemplo, por meio do uso do
partograma da OMS;
• Monitoramento do bem-estar físico e emocional da mulher durante trabalho e parto e ao
término do processo de nascimento;
• Métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor, como massagem e técnicas
de relaxamento, durante o trabalho de parto
• Liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto
• Estímulo a posições não supinas durante o trabalho de parto
• Administração profilática de ocitocina no terceiro estágio do parto em mulheres com risco
de hemorragia no pós-parto, ou que correm perigo em consequência da perda de até uma
pequena quantidade de sangue;
• Condições estéreis ao cortar o cordão
• Prevenção da hipotermia do bebê
• Contato cutâneo direto precoce entre mãe e filho e apoio ao início da amamentação na
primeira hora após o parto, segundo as diretrizes da OMS sobre Aleitamento Materno
• Exame rotineiro da placenta e membranas ovulares
CATEGORIA B - PRÁTICAS CLARAMENTE PREJUDICIAIS OU INEFICAZES E QUE DEVEM SER
ELIMINADAS:
• Uso rotineiro de enema
• Uso rotineiro de tricotomia
• Infusão intravenosa de rotina no trabalho de parto
• Cateterização venosa profilática de rotina
• Uso rotineiro de posição supina (decúbito dorsal) durante o trabalho de parto
• Exame retal
• Uso de pelvimetria por Raios-X
• Administração de ocitócitos em qualquer momento antes do parto de um modo que não
permite controlar seus efeitos
• Uso de rotina da posição de litotomia com ou sem estribos durante o trabalho de parto
• Esforço de puxo prolongado e dirigido (manobra de Valsalva) durante o segundo estágio do
trabalho de parto
• Massagem e distensão do períneo durante o segundo estágio do trabalho de parto
• Uso de comprimidos orais de ergometrina no terceiro estágio do trabalho de parto, com o
objetivo de evitar ou controlar hemorragias
• Uso rotineiro de ergometrina parenteral no terceiro estágio do trabalho de parto
• Lavagem uterina rotineira após o parto
• Revisão uterina (exploração manual) rotineira após o parto
CATEGORIA C -PRÁTICAS SEM EVIDÊNCIAS SUFICIENTES PARA APOIAR UMA RECOMENDAÇÃO
CLARA E QUE DEVEM SER UTILIZADAS COM CAUTELA ATÉ QUE MAIS PESQUISAS ESCLAREÇAM A
QUESTÃO:
• Métodos não farmacológicos de alívio de dor durante o trabalho parto, como ervas,
imersão em águas e estimulação dos nervos
• Amniotomia precoce de rotina no primeiro estágio do trabalho de parto
• Pressão do fundo durante o trabalho de parto
• Manobras relacionadas à proteção do períneo e ao manejo do pólo cefálico no momento
do parto
• Manipulação ativa do feto no momento do parto
• Uso rotineiro de ocitocina de rotina, tração controlada do cordão, ou sua combinação
durante o 3º estágio do trabalho de parto
• Clampeamento precoce do cordão umbilical
• Estimulação do mamilo para estimular a contratilidade uterina durante o terceiro estágio
do trabalho de parto
CATEGORIA D - PRÁTICAS FREQUENTEMENTE USADAS DE MODO INADEQUADO:
• Restrição hídrica e alimentar durante o trabalho de parto
• Controle da dor por agentes sistêmicos
• Controle da dor por analgesia peridural
• Monitoramento eletrônico fetal
• Uso de máscaras e aventais estéreis durante a assistência ao trabalho de parto
• Exames vaginais repetidos ou frequentes, especialmente por mais de um prestador de
serviço
• Correção da dinâmica com utilização de ocitocina
• Transferência rotineira da parturiente para outra sala no início do segundo estágio do
trabalho de parto
• Cateterização da bexiga
• Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase
completa, antes que a mulher sinta o puxo involuntário
• Adesão rígida a uma duração estipulada do 2º estágio do trabalho de parto, como por
exemplo, uma hora, se as condições da mãe e do feto forem boas e se houver progressão
do trabalho de parto
• Parto operatório
• Uso liberal e rotineiro de episiotomia
• Exploração manual do útero após o parto

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  • 1. Boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento Em 1996, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu uma classificação das práticas comuns na condução do parto normal, orientando para o que deve e o que não deve ser feito no processo do parto. Esta classificação foi baseada em evidências científicas concluídas através de pesquisas feitas no mundo todo. CATEGORIA A - PRÁTICAS DEMONSTRADAMENTE ÚTEIS E QUE DEVEM SER ESTIMULADAS: • Plano individual determinando onde e por quem o nascimento será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação e comunicado a seu marido/companheiro • Avaliação do risco gestacional durante o pré-natal, reavaliado a cada contato com o sistema de saúde • Respeito à escolha da mãe sobre o local do parto • Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a mulher se sentir segura e confiante • Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto • Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto • Respeito à escolha da mulher sobre seus acompanhantes durante o trabalho de parto e parto • Fornecimento às mulheres sobre todas as informações e explicações que desejarem • Oferta de líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto • Monitoramento fetal por meio de ausculta intermitente • Monitoramento cuidadoso do progresso do parto, por exemplo, por meio do uso do partograma da OMS; • Monitoramento do bem-estar físico e emocional da mulher durante trabalho e parto e ao término do processo de nascimento; • Métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor, como massagem e técnicas de relaxamento, durante o trabalho de parto • Liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto • Estímulo a posições não supinas durante o trabalho de parto • Administração profilática de ocitocina no terceiro estágio do parto em mulheres com risco de hemorragia no pós-parto, ou que correm perigo em consequência da perda de até uma pequena quantidade de sangue; • Condições estéreis ao cortar o cordão • Prevenção da hipotermia do bebê • Contato cutâneo direto precoce entre mãe e filho e apoio ao início da amamentação na primeira hora após o parto, segundo as diretrizes da OMS sobre Aleitamento Materno • Exame rotineiro da placenta e membranas ovulares CATEGORIA B - PRÁTICAS CLARAMENTE PREJUDICIAIS OU INEFICAZES E QUE DEVEM SER ELIMINADAS: • Uso rotineiro de enema • Uso rotineiro de tricotomia • Infusão intravenosa de rotina no trabalho de parto • Cateterização venosa profilática de rotina
  • 2. • Uso rotineiro de posição supina (decúbito dorsal) durante o trabalho de parto • Exame retal • Uso de pelvimetria por Raios-X • Administração de ocitócitos em qualquer momento antes do parto de um modo que não permite controlar seus efeitos • Uso de rotina da posição de litotomia com ou sem estribos durante o trabalho de parto • Esforço de puxo prolongado e dirigido (manobra de Valsalva) durante o segundo estágio do trabalho de parto • Massagem e distensão do períneo durante o segundo estágio do trabalho de parto • Uso de comprimidos orais de ergometrina no terceiro estágio do trabalho de parto, com o objetivo de evitar ou controlar hemorragias • Uso rotineiro de ergometrina parenteral no terceiro estágio do trabalho de parto • Lavagem uterina rotineira após o parto • Revisão uterina (exploração manual) rotineira após o parto CATEGORIA C -PRÁTICAS SEM EVIDÊNCIAS SUFICIENTES PARA APOIAR UMA RECOMENDAÇÃO CLARA E QUE DEVEM SER UTILIZADAS COM CAUTELA ATÉ QUE MAIS PESQUISAS ESCLAREÇAM A QUESTÃO: • Métodos não farmacológicos de alívio de dor durante o trabalho parto, como ervas, imersão em águas e estimulação dos nervos • Amniotomia precoce de rotina no primeiro estágio do trabalho de parto • Pressão do fundo durante o trabalho de parto • Manobras relacionadas à proteção do períneo e ao manejo do pólo cefálico no momento do parto • Manipulação ativa do feto no momento do parto • Uso rotineiro de ocitocina de rotina, tração controlada do cordão, ou sua combinação durante o 3º estágio do trabalho de parto • Clampeamento precoce do cordão umbilical • Estimulação do mamilo para estimular a contratilidade uterina durante o terceiro estágio do trabalho de parto CATEGORIA D - PRÁTICAS FREQUENTEMENTE USADAS DE MODO INADEQUADO: • Restrição hídrica e alimentar durante o trabalho de parto • Controle da dor por agentes sistêmicos • Controle da dor por analgesia peridural • Monitoramento eletrônico fetal • Uso de máscaras e aventais estéreis durante a assistência ao trabalho de parto • Exames vaginais repetidos ou frequentes, especialmente por mais de um prestador de serviço • Correção da dinâmica com utilização de ocitocina • Transferência rotineira da parturiente para outra sala no início do segundo estágio do trabalho de parto • Cateterização da bexiga • Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a mulher sinta o puxo involuntário
  • 3. • Adesão rígida a uma duração estipulada do 2º estágio do trabalho de parto, como por exemplo, uma hora, se as condições da mãe e do feto forem boas e se houver progressão do trabalho de parto • Parto operatório • Uso liberal e rotineiro de episiotomia • Exploração manual do útero após o parto