[1] O documento apresenta informações sobre assistência ao trabalho de parto normal, incluindo referências, locais de assistência, avaliação do bem-estar fetal, alívio da dor, ruptura de membranas e outras intervenções e medidas de rotina. [2] Aborda detalhes sobre a duração esperada do trabalho de parto, observações necessárias e sinais de falha de progresso. [3] Fornece diretrizes sobre a conduta mais adequada em diferentes situações como mecônio, analgésicos e o primeiro período do parto
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Assistência ao parto normal
1. Assistência ao trabalho de parto
AULA DE HOJE: 1º PERÍODO
Professor: Edson Luciano Rudey
20172017
2. Assistência ao parto normal
Referências:
Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde
5. ed. – Brasília -2010
Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal
<http://conitec.gov.br>
Advanced Life Supporte in Obstetrics (ALSO) – American
Academy of Family Physicans
Guia de Prática Clínica sobre Cuidados com o Parto Normal.
Vitoria – Gasteiz: Agencia de Evaluación de Tecnologías
Sanitarias de Galícia. 316 p, Out. 20
3. Referência e orientação
para a assistência:
Trabalho de parto entre 37 e 42 semanas,
Feto único, vivo e em apresentação cefálica;
Ruptura de membranas no termo ou
imediatamente antes do parto;
Parturientes que apresentarem eliminação de
mecônio imediatamente antes ou durante o
trabalho de parto;
Anormalidades ou complicações mais comuns
encontradas na assistência ao trabalho de parto e
parto em todas assuas fases;
4. Local de assistência ao parto
Informar às gestantes de baixo risco de complicações
que o parto normal é geralmente muito seguro tanto
para a mulher quanto para a criança.
Informar sobre os riscos e benefícios dos locais de
parto:
Domicílio;
Centro de Parto Normal extra, peri ou intra
hospitalar;
Maternidade;
8. Parto em maternidade:
Gestação atual
Gestação múltipla.
Placenta prévia.
Pré-eclâmpsia
Parto prematuro
Descolamento
prematuro de
placenta.
Anemia
Restrição de
Crescimento;
Morte fetal.
Oligo ou polihidrâmnio
Indução do parto.
Drogas ilícitas / álcool
Diabetes
Apresentação anômala
IMC > 35
BCF ou Doppler anormal
9. Local de assistência
Parto Domiciliar:
Assistência ao parto no domicílio não faz parte das
políticas atuais de saúde no país.
Nulíparas : parto no domicílio não é recomendado
Multíparas de baixo risco: o parto domiciliar não está
disponível no sistema de saúde, por isso não há como
recomendar.
10. Informações e comunicação
(Humanização do parto)
Mulheres em trabalho de parto devem:
Ser tratadas com respeito;
Ter acesso às informações;
Serem incluídas na tomada de decisões;
Se a mulher tem um plano de parto escrito, ler
e discutir com ela;
Estratégias de alívio da dor;
Solicitar permissão para procedimento.
11. Dieta durante o trabalho de parto
Podem ingerir líquidos;
Mulheres que não estiverem sob efeito de
opióides ou não apresentarem fatores de
risco iminente para anestesia geral podem
ingerir uma dieta leve;
Os antagonistas H2 e antiácidos não devem
ser utilizados de rotina;
12. Medidas de assepsia para o
parto vaginal
A água potável pode ser usada para a
limpeza vulvar e perineal se houver
necessidade;
Higiene padrão das mãos e uso de luvas
únicas não necessariamente estéreis;
13. Avaliação do bem-estar fetal
Parturientes de baixo risco:
Ausculta intermitente
Utilizar estetoscópio de Pinard ou sonar
Doppler:
14. Ausculta intermitente
Realizar a ausculta
Antes;
Durante e;
Imediatamente após
uma contração.
Por pelo menos 1
minuto
A cada 30 minutos
Registrando como uma
taxa única;
Registrar acelerações
e desacelerações se
ouvidas
Palpar o pulso
materno para
diferenciar os
batimentos fetais e da
mãe
16. Alívio da dor no trabalho de
parto (não farmacológicos)
SIM:
Imersão em água;
Massagem;
Música;
Acupuntura:
se houver
profissional
habilitado;
NÃO:
A injeção de água
estéril;
Estimulação
elétrica
transcutânea;
17. Analgesia inalatória
O óxido nitroso a 50%
Pode ser oferecido quando possível e
disponível.
Efeitos colaterais:
Náusea/vômitos;
Tonteiras;
Vômitos;
Alteração da memória.
18. Analgesia regional
Ambiente hospitalar;
Mais eficaz;
Não aumenta:
Duração do 1º período
Cesariana;
Aumenta:
Duração do 2º período;
Parto instrumental;
Necessita de mais monitoração
Diminui mobilidade;
19. Ruptura prematura de
membranas no termo
Se houver dúvida:
exame especular;
Evitar toque na
ausência de contrações.
Risco de infecção
neonatal:
01%: c/ruptura
0,5%: intactas;
60%: entra em trabalho
de parto em 24 horas;
Observa alteração na
cor ou cheiro das
perdas vaginais;
Avaliar movimentação
fetal e BCF
Indução apropriada
após 24 horas;
Conduta expectante
(> 24h)
Internar
Temperatura: 4/4h
20. Mecônio imediatamente antes
ou durante o trabalho de parto
Não se aconselha o uso de classificação de mecônio
(exceto na amnioinfusão)
Avaliação do bem-estar fetal:
Monitoração eletrônica contínua OU;
Ausculta intermitente
Considerar Amnioinfusão:
Mecônio moderado a espesso, se não houver
monitoração fetal contínua.
Não existem evidências para recomendar ou não
recomendar a cesariana apenas pela eliminação de
mecônio.
21. Assistência no
primeiro período do parto
FASE LATENTE:
≤ 3 cm de dilatação +
Contrações dolorosas;
Aconselhar:
Permanecer ou
retornar para casa
Distância entre a sua
casa e o local do
parto e o risco deste
acontecer sem
assistência.
FASE ATIVA:
≥ 4 cm de dilatação +
Contrações;
Admitir para assistência
22.
23.
24.
25. Duração do
trabalho de parto ativo
Primíparas: média 8 horas;
Pouco provável > 18 horas.
Multíparas: média 5 horas;
Pouco provável >12 horas.
26. Observações no primeiro período
BCF a cada 15 a 30 min;
Contrações uterinas: 1/1 h;
Pulso: 1/1 h;
Temperatura e PA: 4/4 h;
Frequência da diurese;
Exame vaginal de 4/4 h;
(antes se necessário);
Partograma.
27. Intervenções e medidas de rotina
Não realizar de rotina:
Enema;
Tricotomia;
Amniotomia precoce;
Uso de ocitocina;
Encorajar:
Movimentação;
Adotar posições confortáveis.
28. Falha de progresso no primeiro
período do trabalho de parto
SUSPEITA:
Dilatação menor que 2cm em 4h;
Descida e rotação do pólo
cefálico;
Mudanças na intensidade,
duração e frequência das
contrações uterinas.