O documento discute o conceito e a importância da caridade. A caridade é definida como amor em movimento e a virtude mais meritória segundo Jesus e os espíritos superiores. A caridade pode ser praticada de diversas formas, como ajudar os necessitados, perdoar ofensas, e espalhar mensagens positivas. O documento enfatiza a necessidade de praticar a caridade diariamente.
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
O dia da caridade
1.
2. Esta data foi criada com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a
prática e difusão da solidariedade, como um meio para desenvolver um
bom entendimento entre todos os seres humanos. Ao longo dos séculos,
diversas correntes religiosas se dispuseram a praticar a caridade, ajudando
o próximo a progredir. A caridade é uma das qualidades mais praticadas
pela maioria das religiões, que defendem que a principal definição de
caridade é amar e ajudar o próximo. O conceito de caridade se tornou
mais claro com o cristianismo, por meio de um mandamento que diz:
“Amai-vos uns aos outros”. Toda moral de Jesus se resume na caridade e
na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao
orgulho.
3. A Caridade segundo Paulo: “Se eu falar as línguas dos homens e dos
anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa ou como o sino que
tine. Se eu tiver o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios, e
quanto pode saber; e se eu tiver toda a fé, até o ponto transportar
montanhas, e não tiver caridade, não sou nada. Se eu distribuir todos os
meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser
queimado, se, todavia não tiver caridade, nada disso me aproveita. A
caridade é paciente, é benigna; a caridade não é ambiciosa, não busca
seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a
injustiça, mas folga com a verdade.
4. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca, jamais há
de acabar, ou deixem de ter lugar as profecias, ou cessem todas as línguas,
ou seja abolida a ciência. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a
caridade, estas três virtudes; porém a maior delas é a caridade”. (Paulo, I
Coríntios, XIII. 1 a 7 e 13).
Em todos os ensinos, o Mestre Jesus aponta a caridade e a humildade
como sendo as que conduzem à eterna felicidade.
Na questão 893 de O Livro dos Espíritos, Kardec indaga qual a mais
meritória das virtudes, obtendo dos Espíritos superiores a resposta de que
é a caridade desinteressada.
5. Mas o que é a caridade, segundo a Doutrina Espírita? Para facilitar a
compreensão, podemos dividi-la em caridade material e caridade moral. A
caridade material compreende aquilo que tem manifestação no mundo
físico. Devendo ser exercida com desprendimento e amor, sem humilhar a
quem recebe. A esmola, algumas vezes é útil, mas, quase sempre, é
humilhante. A caridade, pelo contrário, liga o benfeitor ao beneficiado. O
amor se manifesta na maneira como nos doamos, e com uma atitude
realizada com real vontade de auxiliar, não esperando reconhecimento,
gratidão ou retorno de qualquer espécie pela ação realizada, consoante a
frase: “Que a vossa mão esquerda não saiba o que dá a sua mão direita”.
6. Caridade é amor em movimento, incessante e crescente. A caridade
abrange todas as relações com os nossos semelhantes, quer se trate de
nossos inferiores, iguais ou superiores. O exercício da caridade passa por
muitos estágios. A caridade é algo muito mais profundo e importante do
que apenas darmos o que nos sobra, nem aquilo que se dá para nos
livrarmos de quem nos pede ou aliviar a consciência, embora isto também
seja um ato caritativo, mas não resume a grandiosidade desta virtude. A
caridade moral, como entendia Jesus, é elucidada na questão 886 de O
Livro dos Espíritos, como sendo benevolência (boa vontade) para com
todos, indulgência (tolerância) para com as imperfeições alheias e perdão
das ofensas.
7. Esse conceito de caridade reúne todos os deveres do ser humano para com
o seu próximo, podendo ser exercitada através de três situações, a saber:
Avaliando o próximo com indulgência; agir com o seu próximo com
benevolência; receber toda ação do próximo com perdão. Assim, a
caridade moral pode ser:
Verbal (proferindo palavras que consolam, esclarecem e edificam).
Mental (ondas mentais sob forma de perdão, prece emitida em favor de
encarnados e desencarnados). Gestual (afago fraterno, abraço, aperto de
mão, sorriso). Passiva (silêncio diante de uma ofensa, atenção perante um
desabafo).
8. Sempre há condições e oportunidades para o exercício da caridade, pois
não há quem não possa doar algo, dedicar atenção e um irmão de
caminhada, vibrar positivamente por alguém, condições que não
requerem recurso financeiro nem influência social. Todos nós podemos
fazê-la. Cada indivíduo, porém, procura e encontra meios de realizar o
bem de acordo com a sua evolução espiritual. Mas, à medida que
compreende que fora da caridade não há salvação, o homem esforça-se
por praticá-la em suas diversas manifestações. A caridade nada mais é do
que o amor em movimento. A grande dificuldade é a de se encontrá-la; ela
não se compra nem se transfere de uns para os outros, adquire-se,
construindo-a no imo.
9. Chegará o dia em que faremos o bem naturalmente, agindo como o
anônimo bom samaritano que, sem questionar ou emitir julgamento
acerca do ferido caído à margem da estrada, arregaçou as mangas e o
trouxe de volta à vida. Aí, sim, estaremos praticando a caridade
verdadeira. É um longo aprendizado, mas estamos no caminho, e, por
enquanto é o que importa. Perceberemos, um dia, que sentenças como,
por exemplo, “É dando que recebemos” não são apenas frases bonitas.
Pois dar de si é amar, e o amor, estranhamente, quanto mais se dá, mais se
tem. Dediquemo-nos, portanto, à prática da caridade ensinada no
Evangelho de Jesus, pois ela nos ajudará não só a evitar a prática do mal,
mas também nos impulsionará em direção ao trabalho no bem.
10. Independente de uma data específica ou de crenças religiosas, a caridade
e a solidariedade devem ser praticadas cotidianamente. Madre Teresa de
Calcutá, que ganhou Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho, dedicou toda
a sua vida para dar conforto e bem-estar aos mais necessitados. Ajudar o
próximo, promover a inclusão social, diminuir de alguma forma o
sofrimento das pessoas, tudo isso é um ato caridoso. Pratique a caridade
todos os dias. Não é necessário ir até à África para realizar um ato de
caridade, basta olhar o seu entorno e perceber que nos caminhos por onde
passamos diariamente existem situações que permitem criar conexões de
ajuda e respeito com outras pessoas.
11. Vale ajudar alguém (um deficiente, por exemplo) a atravessar a rua,
carregar sacolas de compras de um idoso até o elevador, ser voluntário
num orfanato. Há muitas formas de amparar os irmãos necessitados.
Dediquemo-nos, portanto, à prática da caridade ensinada por Jesus.
Realizar um ato de caridade é fazer transbordar o lado bom do ser
humano. Se hoje ainda não somos capazes de sairmos de nós mesmos em
direção ao nosso próximo, que isto não seja motivo de preocupação. A
Natureza não dá saltos. Não desanimemos, continuemos a jornada e
chegaremos, um dia, à evolução desejada.
12. “Fora da caridade não há salvação!” Divulgue esta frase, seja caridoso na
essência da palavra! Aja sem que o mundo tenha que saber o bem que
você praticou! Doe um pouco da sua espiritualidade à quem precisa.
O mundo ainda celebra o Dia Internacional da Caridade, no dia 05 de
setembro, aniversário da morte de Madre Teresa de Calcutá.
O amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!
Muita Paz!
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A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados de O Livro dos
Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e de O Evangelho Segundo o
Espiritismo.