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O objetivo deste estudo é refletir sobre os nossos julgamentos. Há
possibilidade de suprimi-los? Isso ajudaria na conquista de uma vida mais
plena e mais centrada em nossa evolução espiritual? Vamos recordar a
passagem do Evangelho em que os escribas e os fariseus lhe trouxeram uma
mulher que fora surpreendida em adultério e, pondo-a de pé no meio do
povo, disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher acaba de ser surpreendida em
adultério; ora, Moisés, pela lei, ordena que se lapidem as adúlteras. Qual
sobre isso a tua opinião?” Diziam isto para o tentarem e terem de que o
acusar. Jesus, porém, abaixando-se, entrou a escrever na terra com o dedo.
Como continuassem a interrogá-lo, Ele se levantou e disse: “Aquele dentre
vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra”. Em seguida, abaixando-
se de novo, continuou a escrever no chão.
Quanto aos que o interrogavam, esses, ouvindo-o falar daquele modo, se
retiraram, um após outro, afastando-se primeiro os velhos. Ficou, pois, Jesus
a sós com a mulher, colocada no meio da praça. Então, levantando-se,
perguntou-lhe Jesus: “Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te
condenou?” Ela respondeu: “Não, Senhor”. Disse-lhe Jesus: “Também Eu
não te condenarei. Vai-te e de futuro não tornes a pecar”. (João, 8:3 a 11.) É
o princípio da indulgência, em que não devemos condenar nos outros o que
nos desculpamos em nós. Extremamente profícua esta passagem do
Evangelho. Jesus, o Psicoterapeuta por Excelência, empreende um novo
olhar para a situação. Primeiro, ao ser indagado sobre a Sua interpretação
acerca do adultério da moça, ele se pôs a escrever com o dedo na terra. O
que será que Ele estava escrevendo?
Ouvi de uma palestrante, que Jesus escrevia com o dedo sobre a terra,
palavras nada aleatórias como "venal"; "lascivo", entre outras. Que na
verdade eram características dos presentes. E, cada um, curioso, ao ver a sua
própria imperfeição e tomado de uma reflexão, pensava sobre a própria ação
violenta contra a mulher. Depois de provocar essas profundas autoanálises
nos presentes, o Mestre ordenou: "Aquele dentre vós que estiver sem
pecado, atire a primeira pedra". Esta afirmação foi a responsável pela
retirada de todos que desejavam punir a pobre infeliz. Curioso que os
homens nunca eram punidos. Apenas as mulheres. Como se a traição fosse
possível ser feita por uma só pessoa. Ademais, após avaliarem a situação,
terem consciência do que seus atos poderiam causar, os presentes
concluíram que era uma penalidade desproporcional, ...
... fruto dos instintos primitivos que dominavam as nossas ações de outrora.
Por fim, numa situação hipotética, se houvesse alguém que não tivesse
pecado e decidisse lançar uma pedra contra a mulher, esta pessoa já teria,
por este ato, cometido um pecado. Não julgueis, para que não sejais
julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a
medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. (Mateus 7:1e2)
Esta recomendação do Cristo costuma ser interpretada como um alerta para
o fato de que, em nosso grau de evolução não temos condições de emitir um
julgamento de maneira justa e imparcial, exatamente porque nosso ponto de
vista é, ainda, muito limitado, ou seja, não estamos de posse de todos os
fatos referentes ao acontecimento e não possuímos uma visão real da
situação.
Assim, para não cairmos em erro, seria prudente, então, abstermo-nos de
julgar. Dessa forma, além do fato de jamais termos condições de conhecer
todas as peripécias envolvidas num acontecimento para, então, avaliá-lo com
propriedade, existe, também, a verdade de que nem sempre aquilo que
julgamos como um mal seja realmente maléfico e vice-versa. Nosso ponto
de vista é, efetivamente, muito estreito para cogitarmos emitir julgamentos.
Uma coisa é certa: os seres humanos erram muito ao julgar. Sim, como
erramos. Olhamos para uma pessoa e dizemos: Essa pessoa é confiável,
íntegra, madura. Muitas vezes isso é apenas um disfarce, uma “máscara”
para esconder uma vida de podridão, enquanto o risonho e brincalhão não é
bem visto por muitos, mas, muitas vezes, é o exemplo que deveria ser
seguido. Não dá para julgar a quem não se conhece!
Por isso, o Mestre de Nazaré, constatando nossa visão frágil, aconselhou-nos
a não julgar. Parece cada vez mais claro que Jesus nos dizia, na expressão
simples do não julgueis, que essa faculdade ainda não nos está disponível,
por nos faltar competência espiritual para tanto. Estamos acostumados,
desde a época de Aristóteles, a pensar de forma dicotômica (contém apenas
dois termos): certo/errado, justo/injusto, preto/branco etc. Esta visão de
mundo condicionou-nos a raciocinar pelos extremos. Será que devemos nos
omitir ante o erro da hipocrisia? Será que neste mundo, por não ser perfeito,
o homem não pode se queixar de alguém? Quem aponta os defeitos de
alguém tem que necessariamente possuir mais virtudes que ele, embora
neste mundo seja difícil alguém possuir todas as qualidades morais no mais
alto grau da escala de valores espirituais.
“Não julgueis, para que não sejais julgados”. Entendo que há uma grande
confusão sobre julgar ou não julgar. Algumas pessoas pegam o primeiro
versículo de Mateus 7 e sempre dizem, quando falamos alguma coisa: “Pare
de me julgar!” ou “Julgar é pecado!”. Quando lemos um texto bíblico, nunca
devemos isolar um versículo ou uma frase de seu contexto, acredite, isto
resulta em erro na certa, porém, com uma leitura simples do texto, fica
evidente que a ordem de Jesus é exatamente o inverso do que as pessoas
afirmam. Na verdade, elas não devem conhecer Mateus 7.6: "Não deem o
que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso
contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os
despedaçarão", pois se conhecessem, não falariam tal contrassenso. Esse
texto demonstra que, às vezes, precisamos julgar.
Será que o chefe não pode criticar um funcionário que está agindo mal no
trabalho? Isso é julgar. Será que não posso chegar perto de uma pessoa que
está vivendo no erro e falar com ela que isso pode trazer consequências ruins
para sua vida? Isso também é julgar e claro que não é disso que Jesus está
falando. No entanto, o Cristo coloca uma condição fundamental para que
esse julgamento seja legítimo; não pode ser hipócrita. Hoje em dia, muitos
falsos profetas estão distorcendo o verdadeiro Evangelho, ensinando “novas
revelações” e cometendo uma série de absurdos em nome de Jesus. Quando
são confrontados, as frases mais utilizadas para ameaçar alguém que se
levanta contra eles são: “Não julgueis, para que não sejais julgados! “Essa
afirmação em tom de ameaça é bem comum entre muitos que se dizem
cristãos.
Infelizmente, com o advento das redes sociais e do seu poder de
divulgação/propagação de informações, muitos julgamentos prévios têm
surgido e, depois que se apuram as notícias e se observa que a pessoa é
inocente de qualquer ato, aí já é tarde. Ainda que a pessoa fosse culpada de
qualquer coisa, não compete a nós julgarmos, tampouco alardearmos sobre a
situação. Os seus familiares ficariam tristes com a situação; e poderíamos
causar danos morais irreparáveis. É preciso ter muita cautela em qualquer
julgamento, seja de quem for. Quantas vezes nos equivocamos em relação às
pessoas? Quantas vezes já nos pegamos tendo de reconhecer nossa
precipitação ao afirmar que fulano é assim ou assado? As lições de Jesus
sobre o julgamento e o trabalho de Kardec na escala espírita são importantes
para darem um norte de nossa real condição ...
... e, assim, não nos comprometermos pela língua ou o teclado. Aliás, se
antes o homem tinha de tomar cuidado com sua língua, hoje também deve
fazer o mesmo com seu teclado. Hoje todos colocaram a toga a julgar o
comportamento alheio sem qualquer constrangimento. A pretexto de
liberdade de expressão, sentenças são dadas e reputações execradas.
Interessante notar: a maioria dos que se arvoram a juízes, volto a dizer,
denomina-se cristãos. O Mestre não transigiu em tempo algum com a
hipocrisia. A prova é tanta que usou de todo o rigor com os escribas e
fariseus, considerando-os modelo de hipócritas. Apesar disso, Jesus foi
indulgente com as “pessoas de má vida”, com o “bom ladrão”,
especialmente com aqueles que O insultaram, condenaram na cruz, dando a
entender que ser hipócrita é pior que ser criminoso, que ser adúltero.
O Planeta Terra não é um dos orbes mais desenvolvidos do Universo.
Segundo instruções dos Espíritos superiores, estamos inseridos num mundo
de expiações e provas em que o mal ainda predomina sobre o bem. Sendo
nossa evolução espiritual bastante rudimentar, temos mais dificuldades de
penetrar no âmago dos conhecimentos superiores. Essa limitação faz-nos
julgar indevidamente, propiciando-nos os diversos erros de interpretação da
realidade. Há dificuldade de vermos que o inimigo não é necessariamente
inimigo e o amigo não é exclusivamente amigo. Há momentos em que cada
um deles age como se fosse o oposto. Por isso, a necessidade de pensarmos
globalmente, ou seja, além dos rótulos corriqueiros.
É claro! Nosso planeta, como todo espírita sabe, não passa de um lugar de
provas e expiações. No décimo capítulo de O Evangelho segundo o
Espiritismo, item 10, lê-se: “Um dos defeitos da Humanidade é ver o mal de
outrem antes de vê-lo em nós”. “Para julgar-se a si mesmo, seria preciso
poder olhar-se num espelho, transportar-se de alguma forma, para fora de si,
e se considerar como uma outra pessoa, perguntando-se: Que pensaria eu se
visse alguém fazer o que faço?”, comentou Allan Kardec. Mas, às vezes,
temos mesmo obrigação de apontar a falta alheia. Consultando ainda este
guia seguro, O Evangelho, encontramos uma outra mensagem, a do Espírito
São Luís, no mesmo capítulo, item 19. Diz S. Luís que todos temos o direito
de repreender o próximo, uma vez que cada um deve trabalhar para o
progresso coletivo; no entanto, afirma:
“Repreender com moderação, com um fim útil, e não como se faz,
geralmente, pelo gosto de denegrir”. Conforme o Mentor de Kardec, deve-se
corrigir o mal no próximo, mas com bastante prudência, objetivando ajudar
para não acarretar prejuízos a terceiros. Devemos combater o mal, sim, sem,
contudo, oprimir, esmagar quem o pratica, caso contrário estaremos
automaticamente a incorrer em contradição. O bom senso manda admoestar
sem difamar para não expandir sentimento de vingança, mesmo que alguém
tenha feito por onde. Que tal olhar para você antes de julgar ao outro? Os
que gostam de julgar, normalmente não atentam para os próprios erros, que
podem ser enormes, mas veem, de longe, o erro dos outros, mesmo que
sejam pequeninos. Antes de sair por aí dando sua sentença sobre as pessoas,
que tal avaliar sua própria vida?
Concluindo: Embora existam muitas situações em que é necessário exercer
julgamento, o próprio Jesus dá um exemplo de um tipo de julgamento que
devemos estar aptos a fazer. Ele aconselha seus seguidores a não dar o que
nos foi confiado de mais precioso aos cães e aos porcos (Mateus 7:6).
Existem pessoas que não dão valor algum as coisas de Deus, e agem como
cães e porcos, profanando o que é sagrado. Obviamente para que essa ordem
seja obedecida é necessário julgar. Então, como o cristão deve julgar? O que
Jesus ensinou nessa passagem é que para julgarmos alguém, antes devemos
nos submeter ao mesmo rigor de julgamento. Isso significa que devemos nos
examinar com o mesmo critério que pretendemos julgar o próximo. Se não
for assim, então o risco de sermos hipócritas é muito grande.
Aquela famosa frase: “faça o que digo, não faça o que eu faço”, não
funciona para o cristão. Para nós, o correto seria: “faça exatamente como eu
faço”. Afinal, se somos imitadores de Cristo não há problema algum nisso.
O apóstolo Paulo aconselha os cristãos de Corinto a serem seus imitadores.
Às vezes os exemplos são mais “audíveis” do que as palavras, então nossos
exemplos não podem contradizer nossas palavras. Após estarmos certos de
que não há nada comprometendo a nossa visão, então é nosso dever julgar.
O julgamento correto evita que sejamos cúmplices de algum erro. Entendo
que, do jeito como andam as coisas no âmbito das religiões e seitas
ocidentais, é muito provável que, se Jesus voltasse mesmo ao mundo como
esperam escribas, fariseus e saduceus de hoje que, por ironia do destino, se
intitularam “cristãos”, com certeza, Ele seria muito mais severo.
Muita Paz!
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A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é
levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão
das leis divinas o equilíbrio necessário para uma vida feliz.
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Os nossos julgamentos

  • 1.
  • 2. O objetivo deste estudo é refletir sobre os nossos julgamentos. Há possibilidade de suprimi-los? Isso ajudaria na conquista de uma vida mais plena e mais centrada em nossa evolução espiritual? Vamos recordar a passagem do Evangelho em que os escribas e os fariseus lhe trouxeram uma mulher que fora surpreendida em adultério e, pondo-a de pé no meio do povo, disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher acaba de ser surpreendida em adultério; ora, Moisés, pela lei, ordena que se lapidem as adúlteras. Qual sobre isso a tua opinião?” Diziam isto para o tentarem e terem de que o acusar. Jesus, porém, abaixando-se, entrou a escrever na terra com o dedo. Como continuassem a interrogá-lo, Ele se levantou e disse: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra”. Em seguida, abaixando- se de novo, continuou a escrever no chão.
  • 3. Quanto aos que o interrogavam, esses, ouvindo-o falar daquele modo, se retiraram, um após outro, afastando-se primeiro os velhos. Ficou, pois, Jesus a sós com a mulher, colocada no meio da praça. Então, levantando-se, perguntou-lhe Jesus: “Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?” Ela respondeu: “Não, Senhor”. Disse-lhe Jesus: “Também Eu não te condenarei. Vai-te e de futuro não tornes a pecar”. (João, 8:3 a 11.) É o princípio da indulgência, em que não devemos condenar nos outros o que nos desculpamos em nós. Extremamente profícua esta passagem do Evangelho. Jesus, o Psicoterapeuta por Excelência, empreende um novo olhar para a situação. Primeiro, ao ser indagado sobre a Sua interpretação acerca do adultério da moça, ele se pôs a escrever com o dedo na terra. O que será que Ele estava escrevendo?
  • 4. Ouvi de uma palestrante, que Jesus escrevia com o dedo sobre a terra, palavras nada aleatórias como "venal"; "lascivo", entre outras. Que na verdade eram características dos presentes. E, cada um, curioso, ao ver a sua própria imperfeição e tomado de uma reflexão, pensava sobre a própria ação violenta contra a mulher. Depois de provocar essas profundas autoanálises nos presentes, o Mestre ordenou: "Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra". Esta afirmação foi a responsável pela retirada de todos que desejavam punir a pobre infeliz. Curioso que os homens nunca eram punidos. Apenas as mulheres. Como se a traição fosse possível ser feita por uma só pessoa. Ademais, após avaliarem a situação, terem consciência do que seus atos poderiam causar, os presentes concluíram que era uma penalidade desproporcional, ...
  • 5. ... fruto dos instintos primitivos que dominavam as nossas ações de outrora. Por fim, numa situação hipotética, se houvesse alguém que não tivesse pecado e decidisse lançar uma pedra contra a mulher, esta pessoa já teria, por este ato, cometido um pecado. Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. (Mateus 7:1e2) Esta recomendação do Cristo costuma ser interpretada como um alerta para o fato de que, em nosso grau de evolução não temos condições de emitir um julgamento de maneira justa e imparcial, exatamente porque nosso ponto de vista é, ainda, muito limitado, ou seja, não estamos de posse de todos os fatos referentes ao acontecimento e não possuímos uma visão real da situação.
  • 6. Assim, para não cairmos em erro, seria prudente, então, abstermo-nos de julgar. Dessa forma, além do fato de jamais termos condições de conhecer todas as peripécias envolvidas num acontecimento para, então, avaliá-lo com propriedade, existe, também, a verdade de que nem sempre aquilo que julgamos como um mal seja realmente maléfico e vice-versa. Nosso ponto de vista é, efetivamente, muito estreito para cogitarmos emitir julgamentos. Uma coisa é certa: os seres humanos erram muito ao julgar. Sim, como erramos. Olhamos para uma pessoa e dizemos: Essa pessoa é confiável, íntegra, madura. Muitas vezes isso é apenas um disfarce, uma “máscara” para esconder uma vida de podridão, enquanto o risonho e brincalhão não é bem visto por muitos, mas, muitas vezes, é o exemplo que deveria ser seguido. Não dá para julgar a quem não se conhece!
  • 7. Por isso, o Mestre de Nazaré, constatando nossa visão frágil, aconselhou-nos a não julgar. Parece cada vez mais claro que Jesus nos dizia, na expressão simples do não julgueis, que essa faculdade ainda não nos está disponível, por nos faltar competência espiritual para tanto. Estamos acostumados, desde a época de Aristóteles, a pensar de forma dicotômica (contém apenas dois termos): certo/errado, justo/injusto, preto/branco etc. Esta visão de mundo condicionou-nos a raciocinar pelos extremos. Será que devemos nos omitir ante o erro da hipocrisia? Será que neste mundo, por não ser perfeito, o homem não pode se queixar de alguém? Quem aponta os defeitos de alguém tem que necessariamente possuir mais virtudes que ele, embora neste mundo seja difícil alguém possuir todas as qualidades morais no mais alto grau da escala de valores espirituais.
  • 8. “Não julgueis, para que não sejais julgados”. Entendo que há uma grande confusão sobre julgar ou não julgar. Algumas pessoas pegam o primeiro versículo de Mateus 7 e sempre dizem, quando falamos alguma coisa: “Pare de me julgar!” ou “Julgar é pecado!”. Quando lemos um texto bíblico, nunca devemos isolar um versículo ou uma frase de seu contexto, acredite, isto resulta em erro na certa, porém, com uma leitura simples do texto, fica evidente que a ordem de Jesus é exatamente o inverso do que as pessoas afirmam. Na verdade, elas não devem conhecer Mateus 7.6: "Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão", pois se conhecessem, não falariam tal contrassenso. Esse texto demonstra que, às vezes, precisamos julgar.
  • 9. Será que o chefe não pode criticar um funcionário que está agindo mal no trabalho? Isso é julgar. Será que não posso chegar perto de uma pessoa que está vivendo no erro e falar com ela que isso pode trazer consequências ruins para sua vida? Isso também é julgar e claro que não é disso que Jesus está falando. No entanto, o Cristo coloca uma condição fundamental para que esse julgamento seja legítimo; não pode ser hipócrita. Hoje em dia, muitos falsos profetas estão distorcendo o verdadeiro Evangelho, ensinando “novas revelações” e cometendo uma série de absurdos em nome de Jesus. Quando são confrontados, as frases mais utilizadas para ameaçar alguém que se levanta contra eles são: “Não julgueis, para que não sejais julgados! “Essa afirmação em tom de ameaça é bem comum entre muitos que se dizem cristãos.
  • 10. Infelizmente, com o advento das redes sociais e do seu poder de divulgação/propagação de informações, muitos julgamentos prévios têm surgido e, depois que se apuram as notícias e se observa que a pessoa é inocente de qualquer ato, aí já é tarde. Ainda que a pessoa fosse culpada de qualquer coisa, não compete a nós julgarmos, tampouco alardearmos sobre a situação. Os seus familiares ficariam tristes com a situação; e poderíamos causar danos morais irreparáveis. É preciso ter muita cautela em qualquer julgamento, seja de quem for. Quantas vezes nos equivocamos em relação às pessoas? Quantas vezes já nos pegamos tendo de reconhecer nossa precipitação ao afirmar que fulano é assim ou assado? As lições de Jesus sobre o julgamento e o trabalho de Kardec na escala espírita são importantes para darem um norte de nossa real condição ...
  • 11. ... e, assim, não nos comprometermos pela língua ou o teclado. Aliás, se antes o homem tinha de tomar cuidado com sua língua, hoje também deve fazer o mesmo com seu teclado. Hoje todos colocaram a toga a julgar o comportamento alheio sem qualquer constrangimento. A pretexto de liberdade de expressão, sentenças são dadas e reputações execradas. Interessante notar: a maioria dos que se arvoram a juízes, volto a dizer, denomina-se cristãos. O Mestre não transigiu em tempo algum com a hipocrisia. A prova é tanta que usou de todo o rigor com os escribas e fariseus, considerando-os modelo de hipócritas. Apesar disso, Jesus foi indulgente com as “pessoas de má vida”, com o “bom ladrão”, especialmente com aqueles que O insultaram, condenaram na cruz, dando a entender que ser hipócrita é pior que ser criminoso, que ser adúltero.
  • 12. O Planeta Terra não é um dos orbes mais desenvolvidos do Universo. Segundo instruções dos Espíritos superiores, estamos inseridos num mundo de expiações e provas em que o mal ainda predomina sobre o bem. Sendo nossa evolução espiritual bastante rudimentar, temos mais dificuldades de penetrar no âmago dos conhecimentos superiores. Essa limitação faz-nos julgar indevidamente, propiciando-nos os diversos erros de interpretação da realidade. Há dificuldade de vermos que o inimigo não é necessariamente inimigo e o amigo não é exclusivamente amigo. Há momentos em que cada um deles age como se fosse o oposto. Por isso, a necessidade de pensarmos globalmente, ou seja, além dos rótulos corriqueiros.
  • 13. É claro! Nosso planeta, como todo espírita sabe, não passa de um lugar de provas e expiações. No décimo capítulo de O Evangelho segundo o Espiritismo, item 10, lê-se: “Um dos defeitos da Humanidade é ver o mal de outrem antes de vê-lo em nós”. “Para julgar-se a si mesmo, seria preciso poder olhar-se num espelho, transportar-se de alguma forma, para fora de si, e se considerar como uma outra pessoa, perguntando-se: Que pensaria eu se visse alguém fazer o que faço?”, comentou Allan Kardec. Mas, às vezes, temos mesmo obrigação de apontar a falta alheia. Consultando ainda este guia seguro, O Evangelho, encontramos uma outra mensagem, a do Espírito São Luís, no mesmo capítulo, item 19. Diz S. Luís que todos temos o direito de repreender o próximo, uma vez que cada um deve trabalhar para o progresso coletivo; no entanto, afirma:
  • 14. “Repreender com moderação, com um fim útil, e não como se faz, geralmente, pelo gosto de denegrir”. Conforme o Mentor de Kardec, deve-se corrigir o mal no próximo, mas com bastante prudência, objetivando ajudar para não acarretar prejuízos a terceiros. Devemos combater o mal, sim, sem, contudo, oprimir, esmagar quem o pratica, caso contrário estaremos automaticamente a incorrer em contradição. O bom senso manda admoestar sem difamar para não expandir sentimento de vingança, mesmo que alguém tenha feito por onde. Que tal olhar para você antes de julgar ao outro? Os que gostam de julgar, normalmente não atentam para os próprios erros, que podem ser enormes, mas veem, de longe, o erro dos outros, mesmo que sejam pequeninos. Antes de sair por aí dando sua sentença sobre as pessoas, que tal avaliar sua própria vida?
  • 15. Concluindo: Embora existam muitas situações em que é necessário exercer julgamento, o próprio Jesus dá um exemplo de um tipo de julgamento que devemos estar aptos a fazer. Ele aconselha seus seguidores a não dar o que nos foi confiado de mais precioso aos cães e aos porcos (Mateus 7:6). Existem pessoas que não dão valor algum as coisas de Deus, e agem como cães e porcos, profanando o que é sagrado. Obviamente para que essa ordem seja obedecida é necessário julgar. Então, como o cristão deve julgar? O que Jesus ensinou nessa passagem é que para julgarmos alguém, antes devemos nos submeter ao mesmo rigor de julgamento. Isso significa que devemos nos examinar com o mesmo critério que pretendemos julgar o próximo. Se não for assim, então o risco de sermos hipócritas é muito grande.
  • 16. Aquela famosa frase: “faça o que digo, não faça o que eu faço”, não funciona para o cristão. Para nós, o correto seria: “faça exatamente como eu faço”. Afinal, se somos imitadores de Cristo não há problema algum nisso. O apóstolo Paulo aconselha os cristãos de Corinto a serem seus imitadores. Às vezes os exemplos são mais “audíveis” do que as palavras, então nossos exemplos não podem contradizer nossas palavras. Após estarmos certos de que não há nada comprometendo a nossa visão, então é nosso dever julgar. O julgamento correto evita que sejamos cúmplices de algum erro. Entendo que, do jeito como andam as coisas no âmbito das religiões e seitas ocidentais, é muito provável que, se Jesus voltasse mesmo ao mundo como esperam escribas, fariseus e saduceus de hoje que, por ironia do destino, se intitularam “cristãos”, com certeza, Ele seria muito mais severo.
  • 17. Muita Paz! Visite o meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio necessário para uma vida feliz. Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec! O amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso! Visite também o meu Site: compartilhando-espiritualidade.webnode.com Agora, Compartilhando Espiritualidade formou um Grupo para troca de mensagens. Compartilhando-espiritualidade@googlegroups.com