2. Natação
Natação
Espaços de prática
Síntese histórica
Caracterização e objetivo
Técnicas de nado alternadas
Partidas e viragens
Fases de aprendizagem
Disciplinas de natação
3. Natação
Natação
A natação é uma modalidade desportiva que se distingue por
se desenrolar em meio aquático. Neste meio, necessitas de
adotar uma posição horizontal para te equilibrares e
deslocares.
Caracterização
A natação engloba diversas disciplinas distintas entre si.
É objetivo geral de todas elas garantir que te manténs
em segurança e de forma independente no meio
aquático.
Objetivo
4. Natação
Natação
Ocorre sobretudo em piscinas cobertas, com uma dimensão de 25 metros. No entanto, existem piscinas de
50 metros, utilizadas principalmente em provas oficiais e olímpicas.
Espaços de prática
Piscina de 50 metros, utilizada em provas oficiais e olímpicas.
Piscina de 25 metros, com tanque de apoio.
5. Natação – Síntese histórica
Natação
1906
O Ginásio Clube
Português, em Lisboa,
organiza o primeiro
Campeonato de
Portugal de Natação.
1837
Surgem as primeiras
competições de
natação alargadas a
todo um país, na
Inglaterra.
1902
É fundada na Trafaria,
pelo Ginásio Clube
Português, a primeira
escola de natação em
Portugal.
1908
É fundada em Londres,
Inglaterra, com a cola-
boração de oito países, a
Federação Internacional
de Natação (FINA).
1896
A natação é inserida
como modalidade
oficial nos primeiros
Jogos Olímpicos da Era
Moderna, em Atenas,
Grécia.
6. Natação – Disciplinas de natação
Natação
A natação engloba um conjunto de disciplinas com regulamentos e objetivos específicos distintos. A mais conhecida
e praticada é a natação pura desportiva, onde se aprendem as técnicas de nado. Existem também o polo aquático,
os saltos para a água e a natação artística. Não menos importante é a natação adaptada, que se engloba na natação
pura desportiva.
Natação pura desportiva
A natação pura desportiva é a disciplina com maior número de
praticantes no nosso país.
O objetivo é nadar um percurso no menor tempo possível,
individualmente ou por estafetas (quatro nadadores por equipa,
em que cada um realiza um dos quatro percursos da prova).
As provas podem ter diferentes distâncias e serem nadadas
utilizando diferentes estilos: crol, costas, bruços ou mariposa.
Crol. Costas.
Bruços. Mariposa.
7. Natação – Disciplinas de natação
Natação
Polo aquático
É um jogo coletivo praticado por sete jogadores por equipa,
sendo um deles guarda-redes.
O objetivo do jogo é introduzir a bola na baliza adversária e
evitar que a equipa adversária consiga fazer o mesmo na
nossa baliza.
O jogo tem uma duração de trinta e dois minutos (quatro
períodos de oito minutos).
Jogo de polo aquático.
8. Natação – Disciplinas de natação
Natação
Natação artística
Oficialmente, a natação artística é praticada,
essencialmente, por atletas do sexo feminino.
Consiste na realização de uma sequência de
ações que englobam elementos de natação,
ginástica e dança, acompanhada por música.
As provas de natação artística podem ser
disputadas individualmente ou por equipas.
Natação artística por equipas (dupla feminina).
9. Natação – Disciplinas de natação
Natação
Saltos para a água
Saltos para a água é uma disciplina em que se compete a nível individual
e em dupla (equipas de dois nadadores). As competições por duplas são
designadas saltos para a água sincronizados.
Individualmente ou em duplas, o objetivo é saltar de uma plataforma
elevada, fixa ou móvel, em direção à água, realizando movimentos
acrobáticos e coordenados durante a queda.
Salto sincronizado de uma dupla masculina.
10. Natação – Disciplinas de natação
Natação
Natação adaptada
A natação adaptada surgiu da necessidade de se apresentar um programa de natação ao indivíduo com deficiência.
Existe um conjunto de especificidades no regulamento que está associado ao tipo de deficiência do indivíduo. Assim,
os nadadores, masculinos e femininos, são agrupados como se segue:
Classe desportiva Categoria de deficiência
S1-S10 Deficiência motora (A) e paralisia cerebral
S11-S13 Deficiência visual (B)
S14 e S21 Deficiência intelectual
S15 Deficiência auditiva
S16 Transplantados
Exemplos de nadador com deficiência motora (A) e de nadador com
deficiência visual (B).
(A) (B)
11. Natação – Fases de aprendizagem
Natação
Na prática da natação pura desportiva é natural existirem diferenças de prestação entre os alunos da turma, sobretudo
pelo contacto anterior ou não com a disciplina. A pensar nos alunos sem contacto anterior, iniciamos a abordagem às
fases de aprendizagem da natação com a adaptação ao meio aquático (1 a 5) e continuamos com a aprendizagem das
técnicas alternadas de crol e de costas.
Adaptação ao meio aquático
Numa fase inicial, deves:
• entrar na água utilizando as escadas da
parte menos profunda e apoiar-te no
bordo da piscina;
• deslocar-te pelo espaço, libertando
progressivamente os apoios das mãos
e dos pés e afastando-te do bordo da
piscina.
1
Apoio no bordo da piscina. Realização de percursos na piscina.
12. Natação – Fases de aprendizagem
Natação
Respiração
Depois de te equilibrares com correção na
piscina, deves iniciar a aprendizagem da
respiração. Para isso, começa por «lavar»
o rosto com a água (A) para em seguida
mergulhares a cabeça debaixo de água,
sustendo a respiração (apneia).
Em seguida, inspira antes de colocares a
cabeça dentro de água e expira de forma
lenta e progressiva dentro de água (B).
2
«Lavar» o rosto.
(A)
Expiração dentro de água.
(B)
13. Natação – Fases de aprendizagem
Natação
Flutuação
Ultrapassadas as fases anteriores, passamos à flutuação. A flutuação é o que permite a um corpo manter-se
à superfície de um líquido. Diretamente associado à capacidade de flutuar, o deslize possibilita percorrer
uma pequena distância a partir de uma pequena impulsão inicial.
A flutuação e o deslize podem ser horizontais, ventrais (A) ou dorsais (B), e executados com ou sem ajuda.
(B)
Flutuação em equilíbrio ventral (A) e em equilíbrio dorsal (B), com ajuda.
(A)
3
14. Natação – Fases de aprendizagem
Natação
Flutuação
Ultrapassadas as fases anteriores, passamos à flutuação. A flutuação é o que permite a um corpo manter-se
à superfície de um líquido. Diretamente associado à capacidade de flutuar, o deslize possibilita percorrer
uma pequena distância a partir de uma pequena impulsão inicial.
A flutuação e o deslize podem ser horizontais, ventrais (A) ou dorsais (B), e executados com ou sem ajuda.
(B)
Deslize ventral a partir do solo da piscina após apoio no bordo (A) e deslize dorsal a partir do bordo da piscina (B).
(A)
3
15. Natação – Fases de aprendizagem
Natação
Se já consegues equilibrar-te numa posição
horizontal, dorsal ou ventral, e respirar de
forma correta, deves procurar novos desafios.
É o momento de aprenderes a deslocar-te de
forma rápida e eficiente. Para isso, deves
utilizar os braços e pernas, tentando
impulsionar-te (deslocar-te) pelo espaço
(propulsão).
Propulsão ventral (A) e propulsão dorsal (B).
(A)
(B)
Propulsão
4
16. Natação – Fases de aprendizagem
Natação
Quando dominares a respiração e a flutuação, podes iniciar a realização de saltos e/ou mergulhos para a piscina.
Podes saltar a partir de apoios variados. Realiza saltos e/ou mergulhos para a piscina, com imersão (na berma –
parte funda da piscina).
Salto vertical, imersão e impulsão vertical (A), mergulho, a partir da posição de sentado (B), e mergulho a partir da posição de dois apoios, (C) e (D).
(A) (B) (C) (D)
Saltos e/ou mergulhos
5
17. Natação – Técnicas de nado alternadas
Natação
Dominadas as diferentes fases de adaptação ao meio aquático, vais aprender as técnicas alternadas de
crol e costas, bem como as respetivas partidas e viragens.
A técnica de crol é a que te permite deslocar de forma mais rápida no meio aquático. É fundamental dominar as ações
dos braços e das pernas e manter o corpo numa posição horizontal pouco abaixo da linha de água.
A ação dos braços produz a maior parte da propulsão. A ação das pernas mantém a posição horizontal, cria propulsão e
equilibra o nado.
O ciclo de braçada (braços) e de pernada (pernas) é dividido em duas fases: a propulsiva e a de recuperação. Estas ações
são contínuas, com um dos braços e uma das pernas a criar propulsão e o outro braço e a outra perna a recuperar a
posição inicial.
Crol (estilo livre)
18. Natação – Técnicas de nado alternadas
Natação
Ação dos braços
FASE PROPULSIVA
• A entrada na água deve ocorrer entre a linha média do corpo (linha
imaginária que divide o corpo) e a projeção do ombro, à frente da cabeça,
com o cotovelo fletido e em posição elevada e a palma da mão virada para
baixo (1).
• Deslocamento da mão para baixo numa trajetória curvilínea (2).
• Flexão do cotovelo, mantendo-o num plano superior à mão (3) e preparando
o início da fase de recuperação (4).
FASE DE RECUPERAÇÃO
• O braço sai da água através da flexão e elevação do cotovelo, arrastando o
antebraço e a mão (5).
• O cotovelo permanece fletido, preparando a reentrada na água (6).
(2)
(3) (4)
(5) (6)
(1)
Linha média
do corpo
19. Natação – Técnicas de nado alternadas
Natação
Ação das pernas
FASE PROPULSIVA
• Ação descendente com movimento de «chicotada» através da extensão
da perna (A) a partir da posição de flexão, com o pé em extensão e o
tornozelo solto (efeito de barbatana).
FASE DE RECUPERAÇÃO
• Ação ascendente com flexão da perna a partir da posição de extensão
(B), preparando o início da fase de propulsão.
Normalmente, realizam-se seis batimentos de pés por cada ciclo de braçadas.
A inspiração faz-se pela rotação lateral da cabeça no início da fase de recuperação
do braço que está fora da linha de água. Pode ser feita só para um lado (unilateral
– duas em duas braçadas), ou para os dois lados (bilateral – três em três braçadas).
A expiração tem início logo após a entrada da mão (do braço que está a realizar a
recuperação) na água.
(A)
(B)
(A)
(B)
20. Natação – Técnicas de nado alternadas
Natação
A técnica de costas é realizada na posição dorsal. Os braços alternam um em relação ao outro; a fase de propulsão
é realizada dentro de água e a fase de recuperação fora de água. Os braços desencadeiam a maior força propulsiva.
O batimento de pernas tem um ritmo alternado, sincronizado com o movimento dos braços.
Costas
21. Natação – Técnicas de nado alternadas
Natação
Ação dos braços
FASE PROPULSIVA
• Entrada da mão na água com o braço em extensão e alinhado com
o braço, antebraço e ombro (1).
• Dedos em extensão na diagonal, com a palma da mão orientada
para fora da linha média do corpo (2).
• Execução de uma trajetória semicircular com o braço para cima,
formando um ângulo de 90º entre o antebraço e braço (3).
• Extensão do braço até a mão se encontrar abaixo da bacia (4).
FASE DE RECUPERAÇÃO
• Ligeira rotação interna do braço, com elevação e saída da mão da água
pelo polegar, reduzindo a resistência (5).
• Rotação externa da mão (6) ao alcançar a vertical (por cima do ombro).
(2)
(3) (4)
(5) (6)
(1)
22. Natação – Técnicas de nado alternadas
Natação
(A)
Ação das pernas
FASE PROPULSIVA
(A) (B)
• Movimento ativo da coxa em direção à superfície da água, com
extensão do joelho e mantendo a perna e o pé a formar uma
linha reta – flexão plantar (A).
FASE DE RECUPERAÇÃO
• Recuperação, com a perna em ligeira flexão (B).
A sincronização de seis batimentos por cada ciclo de braçadas permite
uma rotação eficaz dos ombros. A inspiração deve coincidir com a fase
de recuperação de um dos braços. A expiração deve ser realizada durante
o trabalho submerso desse mesmo braço.
(B)
(A)
(A)
(B)
(A)
(B)
23. (1)
(2)
(3)
(4) (5)
Natação – Partidas e viragens
Natação
Técnicas de partida
• Ligeira flexão dos braços e pernas, com as mãos a
agarrarem o bordo do bloco (1).
• Flexão das pernas seguida de forte extensão (2),
cabeça bloqueada entre os braços e elevação da bacia
(3).
• Entrada na água com o corpo em extensão (4),
seguida de deslize, antecedendo o início do nado (5).
Deves efetuar a partida de uma prova de forma correta e ao mesmo tempo que os teus adversários. Dependendo do
tipo de prova, utilizam-se duas técnicas de partida: uma para provas de nado ventral (crol, bruços e mariposa) e outra
para provas de nado dorsal (costas).
Partida para prova de nado ventral
24. Natação – Partidas e viragens
Natação
Deves efetuar a partida de uma prova de forma correta e ao mesmo tempo que os teus adversários. Dependendo do
tipo de prova, utilizam-se duas técnicas de partida: uma para provas de nado ventral (crol, bruços e mariposa) e outra
para provas de nado dorsal (costas).
Técnicas de partida
Partida para prova de nado dorsal
• Agarrar as pegas do bloco, pernas fletidas e «almofadas»
dos pés em contacto com a parede (1).
• Impulsionar o corpo para cima e para trás (2), com
elevação das ancas e das pernas e com a cabeça colocada
entre os braços (3).
• Entrada na água com os braços em extensão e alinhados
com a cabeça (4), e execução de movimentos
ondulatórios (5) até atingir a superfície ou reiniciar o nado
(6).
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
25. (1)
(2)
(3)
Natação – Partidas e viragens
Natação
Existem duas técnicas de viragem que se utilizam
consoante o tipo de prova realizado. Abordamos
apenas as técnicas alternadas, a técnica de
viragem usada nas provas para a tua idade.
Técnicas de viragem
Técnicas alternadas
• Aproximação ao ponto de viragem em velocidade
máxima, com o início da rotação a ser realizado
pela aproximação do pescoço ao peito (1).
• Rolamento corporal com flexão / extensão das
pernas na parede (2), deslize lateral e posterior
alinhamento corporal (3).