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ALFABETIZAÇÃO
E
CONSCIENTIZAÇÃO
Este material foi baseado no Método
de Alfabetização criado por Paulo
Freire. Baseia-se na obra:
CONSCIENTIZAÇÃO: teoria e prática
da libertação - uma introdução ao
pensamento de Paulo Freire.
Slides: Prof. Valéria Chaves
Proposta
• Alfabetizar adultos em 1 mês e meio com
Círculos de Cultura, funcionando de segunda a
sexta-feira, cerca de uma hora e meia por dia.
• Este material foi baseado no Método de
Alfabetização criado por Paulo Freire. Baseia-se
na obra: CONSCIENTIZAÇÃO: teoria e prática da
libertação - uma introdução ao pensamento de
Paulo Freire. Para tanto, sugere-se a adaptação
de seu método para adolescentes semi-
alfabetizados, que estão cursando as séries finais
do ensino fundamental.
Método Paulo Freire
• Envolvimento e compromisso de todos:
•Equipe Pedagógica da Escola;
•Professores;
•Alunos;
CÍRCULO DE CULTURA
A promoção do Círculo de Cultura, é essencial para o
desenvolvimento de todo o trabalho, pois este Método
pressupõe que são as atividades reflexivas e participativas
que promovem o desenvolvimento da leitura e escrita, a
partir da consciência do desejo de ler e escrever.
Os educandos devem refletir sobre:
O HOMEM E O MUNDO
• PORQUE NOS COMUNICAMOS?
• COM QUEM NOS COMUNICAMOS?
• PARA QUÊ NOS COMUNICAMOS?
• QUE TIPO DE RECURSOS USAMOS PARA NOS
COMUNICAR?
• É IMPORTANTE, DESENHAR BEM? POR QUÊ?
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PENSAR...
• SE FOR PARA ESCREVER NO MSN? OU UM
BILHETE PARA SUA MÃE?
• E SE FOR, PARA REALIZAR UMA PROVA,
REDAÇÃO OU FAZER UMA SOLICITAÇÃO PARA
UMA AUTORIDADE?
• Apresentar o vídeo: “Ler devia ser proibido”
01’47” – Disponível
em:<https://www.youtube.com/watch?v=iRDo
RN8wJ_w >.
COMO FAZER FUNCIONAR O
MÉTODO?
• Conforme, Paulo Freire, as respostas parecem
estar:
• a) “Num método ativo, diálogo, crítico e
criticista”;
• b) “Na modificação do conteúdo programático
da educação”;
• c) “No uso de técnicas, como a de redução e a
de codificação”;
MATERIAL PARA O NOVO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Utilização de um “novo” material, parte do pressuposto que a proposta inicial
é de “Círculos de Cultura”, durante uma hora e meia por dia, e que nossas 4
horas e meia por dia, poderiam tornar o método cansativo e “matar” a idéia
concebida.
SUGESTÃO (Aberto para alterações e outras sugestões):
Considerando o método proposto por Paulo Freire propõe-se a realização do
Círculo de Leitura, nas duas primeiras horas/aula, ou seja nos dois primeiros
horários, sendo que o debate seria apresentado na primeira hora/aula.
Assim, a terceira hora/aula seria destinada à realização de atividades propostas
pelo Círculo.
Já, os professores atuantes no quarto e quinto horário, deveriam desenvolver
atividades relativas ao material de Aceleração da Aprendizagem.
Desta forma, cada um dos professores (de cada disciplina envolvida), ficaria
responsável por desenvolver o seu conteúdo, com a possibilidade de
acrescentar e/ou modificar, elementos em prol da alfabetização, respeitando a
proposta idealizada.
“Cada situação apresenta um dado número de
informações para serem decodificadas pelos
grupos de analfabetos com o auxílio do
coordenador de debates” (o professor da primeira
hora/aula – sugestão nossa).
“Na medida em que se intensifica o diálogo em
torno das situações codificantes – com 'n'
informações – e os participantes respondem
diferentemente a elas, porque os desafiam, se
produz um círculo, que será tanto mais dinâmico
quanto mais a informação corresponda à realidade
existencial dos grupos” (FREIRE, p. 71).
ALFABETIZAÇÃO COMO UM ATO
CRIADOR
• “Todo o debate que se coloca é altamente crítico e motivador. O
analfabeto (ou semi-analfabeto) aprende criticamente a necessidade de
aprender a ler e a escrever (...) É mais que o simples domínio mecânico de
técnicas para escrever e ler”.
• “É entender o que se lê e escrever o que se entende. Implica não em uma
memorização mecânica, das sentenças, das palavras, das sílabas (...),
desvinculadas de um universo existencial. Implica uma auto-formação da
qual pode resultar numa postura atuante do homem sobre seu contexto”.
•“Por isso, a alfabetização não pode se fazer de cima para baixo, nem de
fora para dentro, como uma doação, ou uma exposição, mas de dentro para
fora pelo próprio educando” e para isso, o Método, simplificou todo o
processo, num montante que envolve “palavras geradoras”, num total de 15
a 18 “palavras”.
LEVANTAMENTO DO UNIVERSO VOCABULAR
•Uma pesquisa inicial feita nas áreas que vão ser trabalhadas nos
oferece as palavras geradoras, que nunca devem sair de nossa
biblioteca. Elas são constituídas pelos vocábulos mais carregados de
certa emoção, pelas palavras típicas do povo. Trata-se de vocábulos
ligados à sua experiência existencial, da qual a experiência profissional
faz parte. Esta investigação dá resultados muito ricos para a equipe de
educadores, não só pelas relações que trava, mas pela exuberância da
linguagem do povo, às vezes insuspeita.
•As entrevistas revelam desejos, frustrações, desilusões, esperanças,
desejos de participação e, frequentemente, certos momentos
altamente estéticos da linguagem popular.
•Nos levantamentos vocabulares, percebemos como o
educando se relaciona afetivamente, através da linguagem,
com o mundo e seu desejo de aprender.
•Durante a realização das etapas do método, os educandos
aparecem com realidades semelhantes e ao mesmo tempo
singulares, pois cada um conduz sua vida de maneira própria.
•As histórias de vidas, saberes, conhecimentos, cultura,
valores, comportamentos devem estar sempre presentes e
servir de conteúdo para as aulas, pois são seres no mundo e o
educador não pode estar alheio a esta realidade se quiser
resgatar e transmitir experiências.
• Veja como se deu uma das “Situações Codificantes”, e como
começou a reflexão do Círculo de Cultura proposto para um
grupo de operários analfabetos numa construção:
• “Nosso primeiro encontro foi de apresentação no canteiro de
obras, eles estavam ansiosos por uma proposta formalizada de
aprendizagem. Cansados e desconfiados, esperavam por alguém
que viesse lhes oferecer um certificado que atestasse que
estavam aprendendo a ler e a escrever.
• Para eles, era o que a empresa estava oferecendo e seria
suficiente, ter o status quo, de quem lê e escreve. No entanto,
não era essa a nossa causa, pois dentro da proposta de Paulo
Freire, o certificado era algo que menos importava.
•Iniciava aqui o processo de conscientização, o diálogo posto entre ter
o título de leitor/escritor e ser leitor/escritor, ou seja, autor da própria
história. Poderíamos propor a essas pessoas que estaríamos juntos
para aprender uns com os outros e poderíamos buscar informações de
como conseguir certificar-se da alfabetização.
•O projeto foi realizado de imediato com o diálogo de amor,
humildade, esperança, fé e confiança. Com o estilo dialético de pensar,
não separando a teoria e prática, mais sim trabalhando o princípio da
relação entre o conhecimento e o conhecedor, constituindo uma
relação de confiança.
•Percebemos que o engajamento pela educação modificou o
movimento desses sujeitos, pois seus valores e seus reconhecimentos
foram reconstruídos. Esta é uma das situações dos debates: "Antes eu
ficava com inveja de quem era rico, hoje fico de quem sabe ler e
escrever."
SELEÇÃO DAS PALAVRAS GERADORAS
•Após a capacitação de elementos culturais deve-se trabalhar a segunda
etapa, dando significação aos temas levantados fazendo a substituição
de uma visão inicial considerada ingênua para uma visão crítica e social,
absorvendo da própria cultura subsídios para a iniciação da escrita e
leitura através da decomposição dos fonemas.
•Embora, os educandos não tenham realizado a ficha de decomposição
fonética, conforme o método, devemos respeitar o modo como eles
compreenderam e demonstram suas habilidades com as palavras.
Gradualmente será perceptível a desinibição dos educandos. No
exemplo do Círculo de Cultura proposto para os operários analfabetos
da construção, uma das palavras geradoras apresentada como
representativa do diálogo e apresentada a eles, foi: “TIJOLO”, tão
relacionada a fala de cada um em relação ao trabalho realizado naquele
espaço.
•Com o material recolhido na pesquisa (de um dia), chega-se à fase de seleção
de palavras geradoras, que é feita com os critérios:
de riqueza fonética;
•de dificuldades fonéticas (as palavras selecionadas devem responder às
dificuldades fonéticas da língua, colocadas numa sequência que vai
gradativamente de dificuldades menores para maiores);
•do aspecto pragmático da palavra numa determinada realidade social, cultural
e política;
•Estes critérios estão contidos no critério semiótico; a melhor palavra geradora
é aquela que reúne em si maior “porcentagem” de critérios, sintático
(possibilidade ou riqueza fonética, grau de dificuldade fonética complexa, de
‘manipulabilidade’ dos conjuntos de sinais de sílabas, etc); semântico (maior ou
menor ‘intensidade’ do vínculo entre a palavra e o ser que designa, maior ou
menor adequação entre a palavra e o ser designado); e pragmático (maior ou
menor carga de conscientização que a palavra traz potencialmente ou o
conjunto de relações sócio-culturais que a palavra cria nas pessoas ou grupos
que a utilizam’.
CRIAÇÃO DE SITUAÇÕES SOCIOLÓGICAS, OU SITUAÇÕES PROBLEMAS
Selecionadas as palavras geradoras, criam-se situações (pintadas ou
fotografadas) nas quais são colocadas as palavras geradoras em ordem
crescente de dificuldades fonéticas. Sendo que no dia posterior a cada
reflexão, trabalha-se uma palavra diferente. Estas situações funcionam
como elementos desafiadores dos grupos e constituem, no seu conjunto,
uma programação compacta, são situações problemas codificadas,
unidades gestálticas de aprendizagem, que guardam em si informações que
serão descodificadas pelos grupos com a colaboração do coordenador (que
seleciona a melhor palavra geradora, daquelas apontadas e confecciona a
ficha auxiliar da palavra para ser trabalhada na primeira hora/aula do dia
seguinte).
O debate em torno das palavras geradoras irá levando os indivíduos (ou
grupos, se preferir) a análises dos problemas regionais e nacionais, assim
como uma palavra geradora pode se referir simplesmente a um dos sujeitos
da situação (provocou a todos durante suas exposições).
FICHAS AUXILIARES
• Uma vez preparado todo o material para o Círculo de Cultura,
elaboram-se as fichas auxiliares para o trabalho dos debates.
Estas fichas devem constituir simples sugestões para os
educadores, nunca numa prescrição rígida para ser obedecida.
AMPLIAÇÃO
• Posta uma situação problema diante do grupo, inicia-se a sua
análise ou a descodificação com o auxílio do coordenador.
Somente quando o grupo termina a análise, dentro de um
prazo razoável, o educador se volta à visualização da palavra
geradora. Trata-se pois, de visualização e não de memorização
puramente mecânica.
•Uma vez visualizada a palavra, estabelecido o vínculo semântico entre ela e o
objeto a que se refere (representado na situação), passa o educando a outra
projeção, a outra cartela, ou a outro fotograma – no caso de diapositivo – no qual
aparece escrita a palavra, sem o objeto que ela representa.
•Logo surge a palavra separada em suas sílabas, que o analfabeto (ou semi-
analfabeto) geralmente chama de “pedaços”. Reconhecidos os pedaços na etapa
da análise, passa-se à visualização das “famílias fonéticas” que compõem a palavra
geradora. Estas famílias são estudadas isoladamente, passando depois a ser
representadas em conjunto. Efetivamente, através delas descobre-se o mecanismo
da formação vocabular de uma língua silábica como a nossa, que se estrutura por
combinações fonéticas.
•Apropriando-se criticamente e não mecanicamente – o que não seria uma
apropriação, o educando inicia a formação rápida do seu próprio sistema de sinais
gráficos. Começa então, cada vez com maior facilidade e no primeiro dia em que
luta para alfabetizar-se, a criar palavras com as combinações fonéticas que lhe
oferece a decomposição de uma palavra trissilábica.
•Discuta a situação em seus possíveis aspectos, apresente a
representação e a vinculação semântica entre a palavra e o objeto
que a designa. Visualizada a palavra dentro da situação, será
imediatamente: TIJOLO.
•Visualizados os “pedaços” – e sem depender de uma ortodoxia
analítico-sintética – começa-se o reconhecimento das famílias
fonéticas. A partir da primeira síliaba TI, ajuda-se o grupo a
reconhecer toda a família fonética da combinação da consoante inicial
com as demais vogais: Ta-Te-Ti-To-Tu.
•Em seguida, o grupo reconhece a segunda família através da
visualização de JO: Já, Je, Ji, Jo, Ju, para chegar finalmente ao
conhecimento da terceira.
•Quando se projeta a família fonética, o grupo obviamente reconhece
somente a sílaba da palavra visualizada: Ta-Te-Ti-To-Tu; Ja-Je-Ji-Jo-Ju;
La-Le-Li-Lo-Lu.
•Tomemos por exemplo, a palavra : TIJOLO, colocada como a palavra
geradora, numa situação de operários da construção civil.
•Reconhecido o TI, o grupo é levado a compará-lo com as outras
sílabas, o que o faz descobri que, começando-se igualmente, terminam
diferentemente.
•Desta maneira, nem todas podem chamar-se TI. Idêntico
procedimento se segue para as sílabas Jo e Lo e suas famílias. Depois
do conhecimento de cada família, efetuam-se exercícios de leitura
(recorte em revistas, etc.) para a fixação das novas sílabas.
Após a realização destas atividades, advém o momento mais
importante quando se apresentam as três famílias juntas:
Ta-Te-Ti-To-Tu
Ja-Je-Ji-Jo-Ju
La-Le-Li-Lo-Lu
• Todos registram e elaboram fichas com cada uma das famílias
fonéticas (em pequenas fichas de cartolina).
• Depois da leitura na horizontal e outra na vertical, em que se
descobrem os sons vocais, o grupo começa – note-se que não o
coordenador – a realizar a síntese oral. Um a um todos vão
“fazendo” palavras com as possíveis combinações à sua
disposição:
“Tatu”, “luta”, “lajota”, “tito”, “loja”, “jato”, “lote”, “tela”, e não
faltam os que, aproveitando uma vogal de uma das sílabas, a
associem a outra, a que juntam uma terceira, formando outra
palavra. Exemplo: tiram o “i” de “li”, acrescentam o “le” e
somam “te”: “leite”.
• Existem outros, como o analfabeto de Brasília, que, para emoção
de todos os presentes, inclusive a do então ministro da educação,
Paulo de Tarso, disse: “Tu já lês”. E isto foi na primeira noite em
que começava a alfabetização (FREIRE, p.78).
• No mesmo dia, faz-se tantos vocábulos quanto pôde criar com as
sílabas aprendidas. Não importa que haja vocábulos que não
estejam terminados. O que importa, no dia em que começa a
pisar neste novo terreno é a descoberta do mecanismo das
combinações fonéticas.
• Acolher essa realidade faz parte da leitura de mundo traduzida
por Paulo Freire. É a teoria do respeito, da identificação e
principalmente do espaço aberto para ouvir e partilhar, tornando
o diálogo a base do conhecimento. Dessa palavra geradora, foi
lembrado o cansaço e o mau-humor que provoca, gerando
conflitos...
Retomando... As etapas do método
• Etapa de Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e
temas mais significativos, dentro de seu universo vocabular.
• Etapa de Tematização: momento da tomada de consciência do mundo.
• Etapa de Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira o aluno
a superar a visão mágica e acrítica do mundo.
• O método/ As palavras geradoras: o método inicia-se pelo levantamento do
universo vocabular dos alunos, através de conversas informais, e assim
seleciona as palavras que servirão de base para as lições. A quantidade de
palavras geradoras pode variar entre 18 a 23 palavras. Depois as palavras
geradoras, são apresentadas em cartazes com imagens. Então, nos círculos de
cultura inicia-se uma discussão para significá-las na realidade daquela turma.
• A silabação: uma vez identificadas, cada palavra geradora passa a ser
estudada através da divisão silábica, semelhantemente ao método tradicional.
Cada sílaba se desdobra em sua respectiva família silábica, com a mudança da
vogal. (i.e., BA-BE-BI-BO-BU)
• As palavras novas: o passo seguinte é a formação de palavras novas. Usando
as famílias silábicas agora conhecidas, o grupo forma palavras novas.
• A conscientização: um ponto fundamental do método é a discussão
sobre os diversos temas surgidos a partir das palavras geradoras.
Dessa forma, o objetivo da alfabetização de adultos é promover a
conscientização acerca do conhecimento da realidade social.
As fases de aplicação do método
• 1ª fase: Levantamento do universo vocabular do grupo. Nessa fase
ocorrem as interações de aproximação e conhecimento mútuo,
respeitando seu linguajar típico.
• 2ª fase: Escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios de
riqueza fonética, dificuldades fonéticas - numa seqüência gradativa das
mais simples para as mais complexas.
• 3ª fase: Criação de situações existenciais características do grupo.
Através do reconhecimento de situações inseridas na realidade local. .
• 4ª fase: Criação das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para os
debates, as quais deverão servir como subsídios, sem no entanto seguir
uma prescrição rígida.
• 5ª fase: Criação de fichas de palavras para a decomposição das
famílias fonéticas correspondentes às palavras geradoras.
REFERÊNCIAS:
FREIRE, Paulo. CONSCIENTIZAÇÃO: teoria e prática da libertação: uma
introdução ao pensamento de Paulo Freire. [tradução de Kátia de Mello e silva;
revisão técnica de Benedito Eliseu Leite Cintra]. – São Paulo: Cortez & Moraes,
1979. Disponível em: <
http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/paulofreire/paulo_freire_conscie
ntizacao.pdf>.
MUITO OBRIGADA!!!
E-mail: vacomchaves@yahoo.com.br

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  • 1. ALFABETIZAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO Este material foi baseado no Método de Alfabetização criado por Paulo Freire. Baseia-se na obra: CONSCIENTIZAÇÃO: teoria e prática da libertação - uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. Slides: Prof. Valéria Chaves
  • 2. Proposta • Alfabetizar adultos em 1 mês e meio com Círculos de Cultura, funcionando de segunda a sexta-feira, cerca de uma hora e meia por dia. • Este material foi baseado no Método de Alfabetização criado por Paulo Freire. Baseia-se na obra: CONSCIENTIZAÇÃO: teoria e prática da libertação - uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. Para tanto, sugere-se a adaptação de seu método para adolescentes semi- alfabetizados, que estão cursando as séries finais do ensino fundamental.
  • 3. Método Paulo Freire • Envolvimento e compromisso de todos: •Equipe Pedagógica da Escola; •Professores; •Alunos; CÍRCULO DE CULTURA A promoção do Círculo de Cultura, é essencial para o desenvolvimento de todo o trabalho, pois este Método pressupõe que são as atividades reflexivas e participativas que promovem o desenvolvimento da leitura e escrita, a partir da consciência do desejo de ler e escrever.
  • 4. Os educandos devem refletir sobre: O HOMEM E O MUNDO • PORQUE NOS COMUNICAMOS? • COM QUEM NOS COMUNICAMOS? • PARA QUÊ NOS COMUNICAMOS? • QUE TIPO DE RECURSOS USAMOS PARA NOS COMUNICAR? • É IMPORTANTE, DESENHAR BEM? POR QUÊ? • É IMPORTANTE, FALAR BEM? POR QUÊ?
  • 5. QUESTÕES PARA A PRIMEIRA REFLEXÃO.... • É IMPORTANTE, ESCREVER BEM? VAMOS PENSAR... • SE FOR PARA ESCREVER NO MSN? OU UM BILHETE PARA SUA MÃE? • E SE FOR, PARA REALIZAR UMA PROVA, REDAÇÃO OU FAZER UMA SOLICITAÇÃO PARA UMA AUTORIDADE? • Apresentar o vídeo: “Ler devia ser proibido” 01’47” – Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=iRDo RN8wJ_w >.
  • 6. COMO FAZER FUNCIONAR O MÉTODO? • Conforme, Paulo Freire, as respostas parecem estar: • a) “Num método ativo, diálogo, crítico e criticista”; • b) “Na modificação do conteúdo programático da educação”; • c) “No uso de técnicas, como a de redução e a de codificação”;
  • 7. MATERIAL PARA O NOVO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Utilização de um “novo” material, parte do pressuposto que a proposta inicial é de “Círculos de Cultura”, durante uma hora e meia por dia, e que nossas 4 horas e meia por dia, poderiam tornar o método cansativo e “matar” a idéia concebida. SUGESTÃO (Aberto para alterações e outras sugestões): Considerando o método proposto por Paulo Freire propõe-se a realização do Círculo de Leitura, nas duas primeiras horas/aula, ou seja nos dois primeiros horários, sendo que o debate seria apresentado na primeira hora/aula. Assim, a terceira hora/aula seria destinada à realização de atividades propostas pelo Círculo. Já, os professores atuantes no quarto e quinto horário, deveriam desenvolver atividades relativas ao material de Aceleração da Aprendizagem. Desta forma, cada um dos professores (de cada disciplina envolvida), ficaria responsável por desenvolver o seu conteúdo, com a possibilidade de acrescentar e/ou modificar, elementos em prol da alfabetização, respeitando a proposta idealizada.
  • 8. “Cada situação apresenta um dado número de informações para serem decodificadas pelos grupos de analfabetos com o auxílio do coordenador de debates” (o professor da primeira hora/aula – sugestão nossa). “Na medida em que se intensifica o diálogo em torno das situações codificantes – com 'n' informações – e os participantes respondem diferentemente a elas, porque os desafiam, se produz um círculo, que será tanto mais dinâmico quanto mais a informação corresponda à realidade existencial dos grupos” (FREIRE, p. 71).
  • 9. ALFABETIZAÇÃO COMO UM ATO CRIADOR • “Todo o debate que se coloca é altamente crítico e motivador. O analfabeto (ou semi-analfabeto) aprende criticamente a necessidade de aprender a ler e a escrever (...) É mais que o simples domínio mecânico de técnicas para escrever e ler”. • “É entender o que se lê e escrever o que se entende. Implica não em uma memorização mecânica, das sentenças, das palavras, das sílabas (...), desvinculadas de um universo existencial. Implica uma auto-formação da qual pode resultar numa postura atuante do homem sobre seu contexto”. •“Por isso, a alfabetização não pode se fazer de cima para baixo, nem de fora para dentro, como uma doação, ou uma exposição, mas de dentro para fora pelo próprio educando” e para isso, o Método, simplificou todo o processo, num montante que envolve “palavras geradoras”, num total de 15 a 18 “palavras”.
  • 10. LEVANTAMENTO DO UNIVERSO VOCABULAR •Uma pesquisa inicial feita nas áreas que vão ser trabalhadas nos oferece as palavras geradoras, que nunca devem sair de nossa biblioteca. Elas são constituídas pelos vocábulos mais carregados de certa emoção, pelas palavras típicas do povo. Trata-se de vocábulos ligados à sua experiência existencial, da qual a experiência profissional faz parte. Esta investigação dá resultados muito ricos para a equipe de educadores, não só pelas relações que trava, mas pela exuberância da linguagem do povo, às vezes insuspeita. •As entrevistas revelam desejos, frustrações, desilusões, esperanças, desejos de participação e, frequentemente, certos momentos altamente estéticos da linguagem popular.
  • 11. •Nos levantamentos vocabulares, percebemos como o educando se relaciona afetivamente, através da linguagem, com o mundo e seu desejo de aprender. •Durante a realização das etapas do método, os educandos aparecem com realidades semelhantes e ao mesmo tempo singulares, pois cada um conduz sua vida de maneira própria. •As histórias de vidas, saberes, conhecimentos, cultura, valores, comportamentos devem estar sempre presentes e servir de conteúdo para as aulas, pois são seres no mundo e o educador não pode estar alheio a esta realidade se quiser resgatar e transmitir experiências.
  • 12. • Veja como se deu uma das “Situações Codificantes”, e como começou a reflexão do Círculo de Cultura proposto para um grupo de operários analfabetos numa construção: • “Nosso primeiro encontro foi de apresentação no canteiro de obras, eles estavam ansiosos por uma proposta formalizada de aprendizagem. Cansados e desconfiados, esperavam por alguém que viesse lhes oferecer um certificado que atestasse que estavam aprendendo a ler e a escrever. • Para eles, era o que a empresa estava oferecendo e seria suficiente, ter o status quo, de quem lê e escreve. No entanto, não era essa a nossa causa, pois dentro da proposta de Paulo Freire, o certificado era algo que menos importava.
  • 13. •Iniciava aqui o processo de conscientização, o diálogo posto entre ter o título de leitor/escritor e ser leitor/escritor, ou seja, autor da própria história. Poderíamos propor a essas pessoas que estaríamos juntos para aprender uns com os outros e poderíamos buscar informações de como conseguir certificar-se da alfabetização. •O projeto foi realizado de imediato com o diálogo de amor, humildade, esperança, fé e confiança. Com o estilo dialético de pensar, não separando a teoria e prática, mais sim trabalhando o princípio da relação entre o conhecimento e o conhecedor, constituindo uma relação de confiança. •Percebemos que o engajamento pela educação modificou o movimento desses sujeitos, pois seus valores e seus reconhecimentos foram reconstruídos. Esta é uma das situações dos debates: "Antes eu ficava com inveja de quem era rico, hoje fico de quem sabe ler e escrever."
  • 14. SELEÇÃO DAS PALAVRAS GERADORAS •Após a capacitação de elementos culturais deve-se trabalhar a segunda etapa, dando significação aos temas levantados fazendo a substituição de uma visão inicial considerada ingênua para uma visão crítica e social, absorvendo da própria cultura subsídios para a iniciação da escrita e leitura através da decomposição dos fonemas. •Embora, os educandos não tenham realizado a ficha de decomposição fonética, conforme o método, devemos respeitar o modo como eles compreenderam e demonstram suas habilidades com as palavras. Gradualmente será perceptível a desinibição dos educandos. No exemplo do Círculo de Cultura proposto para os operários analfabetos da construção, uma das palavras geradoras apresentada como representativa do diálogo e apresentada a eles, foi: “TIJOLO”, tão relacionada a fala de cada um em relação ao trabalho realizado naquele espaço.
  • 15. •Com o material recolhido na pesquisa (de um dia), chega-se à fase de seleção de palavras geradoras, que é feita com os critérios: de riqueza fonética; •de dificuldades fonéticas (as palavras selecionadas devem responder às dificuldades fonéticas da língua, colocadas numa sequência que vai gradativamente de dificuldades menores para maiores); •do aspecto pragmático da palavra numa determinada realidade social, cultural e política; •Estes critérios estão contidos no critério semiótico; a melhor palavra geradora é aquela que reúne em si maior “porcentagem” de critérios, sintático (possibilidade ou riqueza fonética, grau de dificuldade fonética complexa, de ‘manipulabilidade’ dos conjuntos de sinais de sílabas, etc); semântico (maior ou menor ‘intensidade’ do vínculo entre a palavra e o ser que designa, maior ou menor adequação entre a palavra e o ser designado); e pragmático (maior ou menor carga de conscientização que a palavra traz potencialmente ou o conjunto de relações sócio-culturais que a palavra cria nas pessoas ou grupos que a utilizam’.
  • 16. CRIAÇÃO DE SITUAÇÕES SOCIOLÓGICAS, OU SITUAÇÕES PROBLEMAS Selecionadas as palavras geradoras, criam-se situações (pintadas ou fotografadas) nas quais são colocadas as palavras geradoras em ordem crescente de dificuldades fonéticas. Sendo que no dia posterior a cada reflexão, trabalha-se uma palavra diferente. Estas situações funcionam como elementos desafiadores dos grupos e constituem, no seu conjunto, uma programação compacta, são situações problemas codificadas, unidades gestálticas de aprendizagem, que guardam em si informações que serão descodificadas pelos grupos com a colaboração do coordenador (que seleciona a melhor palavra geradora, daquelas apontadas e confecciona a ficha auxiliar da palavra para ser trabalhada na primeira hora/aula do dia seguinte). O debate em torno das palavras geradoras irá levando os indivíduos (ou grupos, se preferir) a análises dos problemas regionais e nacionais, assim como uma palavra geradora pode se referir simplesmente a um dos sujeitos da situação (provocou a todos durante suas exposições).
  • 17. FICHAS AUXILIARES • Uma vez preparado todo o material para o Círculo de Cultura, elaboram-se as fichas auxiliares para o trabalho dos debates. Estas fichas devem constituir simples sugestões para os educadores, nunca numa prescrição rígida para ser obedecida. AMPLIAÇÃO • Posta uma situação problema diante do grupo, inicia-se a sua análise ou a descodificação com o auxílio do coordenador. Somente quando o grupo termina a análise, dentro de um prazo razoável, o educador se volta à visualização da palavra geradora. Trata-se pois, de visualização e não de memorização puramente mecânica.
  • 18. •Uma vez visualizada a palavra, estabelecido o vínculo semântico entre ela e o objeto a que se refere (representado na situação), passa o educando a outra projeção, a outra cartela, ou a outro fotograma – no caso de diapositivo – no qual aparece escrita a palavra, sem o objeto que ela representa. •Logo surge a palavra separada em suas sílabas, que o analfabeto (ou semi- analfabeto) geralmente chama de “pedaços”. Reconhecidos os pedaços na etapa da análise, passa-se à visualização das “famílias fonéticas” que compõem a palavra geradora. Estas famílias são estudadas isoladamente, passando depois a ser representadas em conjunto. Efetivamente, através delas descobre-se o mecanismo da formação vocabular de uma língua silábica como a nossa, que se estrutura por combinações fonéticas. •Apropriando-se criticamente e não mecanicamente – o que não seria uma apropriação, o educando inicia a formação rápida do seu próprio sistema de sinais gráficos. Começa então, cada vez com maior facilidade e no primeiro dia em que luta para alfabetizar-se, a criar palavras com as combinações fonéticas que lhe oferece a decomposição de uma palavra trissilábica.
  • 19. •Discuta a situação em seus possíveis aspectos, apresente a representação e a vinculação semântica entre a palavra e o objeto que a designa. Visualizada a palavra dentro da situação, será imediatamente: TIJOLO. •Visualizados os “pedaços” – e sem depender de uma ortodoxia analítico-sintética – começa-se o reconhecimento das famílias fonéticas. A partir da primeira síliaba TI, ajuda-se o grupo a reconhecer toda a família fonética da combinação da consoante inicial com as demais vogais: Ta-Te-Ti-To-Tu. •Em seguida, o grupo reconhece a segunda família através da visualização de JO: Já, Je, Ji, Jo, Ju, para chegar finalmente ao conhecimento da terceira. •Quando se projeta a família fonética, o grupo obviamente reconhece somente a sílaba da palavra visualizada: Ta-Te-Ti-To-Tu; Ja-Je-Ji-Jo-Ju; La-Le-Li-Lo-Lu.
  • 20. •Tomemos por exemplo, a palavra : TIJOLO, colocada como a palavra geradora, numa situação de operários da construção civil. •Reconhecido o TI, o grupo é levado a compará-lo com as outras sílabas, o que o faz descobri que, começando-se igualmente, terminam diferentemente. •Desta maneira, nem todas podem chamar-se TI. Idêntico procedimento se segue para as sílabas Jo e Lo e suas famílias. Depois do conhecimento de cada família, efetuam-se exercícios de leitura (recorte em revistas, etc.) para a fixação das novas sílabas. Após a realização destas atividades, advém o momento mais importante quando se apresentam as três famílias juntas: Ta-Te-Ti-To-Tu Ja-Je-Ji-Jo-Ju La-Le-Li-Lo-Lu
  • 21. • Todos registram e elaboram fichas com cada uma das famílias fonéticas (em pequenas fichas de cartolina). • Depois da leitura na horizontal e outra na vertical, em que se descobrem os sons vocais, o grupo começa – note-se que não o coordenador – a realizar a síntese oral. Um a um todos vão “fazendo” palavras com as possíveis combinações à sua disposição: “Tatu”, “luta”, “lajota”, “tito”, “loja”, “jato”, “lote”, “tela”, e não faltam os que, aproveitando uma vogal de uma das sílabas, a associem a outra, a que juntam uma terceira, formando outra palavra. Exemplo: tiram o “i” de “li”, acrescentam o “le” e somam “te”: “leite”.
  • 22. • Existem outros, como o analfabeto de Brasília, que, para emoção de todos os presentes, inclusive a do então ministro da educação, Paulo de Tarso, disse: “Tu já lês”. E isto foi na primeira noite em que começava a alfabetização (FREIRE, p.78). • No mesmo dia, faz-se tantos vocábulos quanto pôde criar com as sílabas aprendidas. Não importa que haja vocábulos que não estejam terminados. O que importa, no dia em que começa a pisar neste novo terreno é a descoberta do mecanismo das combinações fonéticas. • Acolher essa realidade faz parte da leitura de mundo traduzida por Paulo Freire. É a teoria do respeito, da identificação e principalmente do espaço aberto para ouvir e partilhar, tornando o diálogo a base do conhecimento. Dessa palavra geradora, foi lembrado o cansaço e o mau-humor que provoca, gerando conflitos...
  • 23. Retomando... As etapas do método • Etapa de Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos, dentro de seu universo vocabular. • Etapa de Tematização: momento da tomada de consciência do mundo. • Etapa de Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e acrítica do mundo. • O método/ As palavras geradoras: o método inicia-se pelo levantamento do universo vocabular dos alunos, através de conversas informais, e assim seleciona as palavras que servirão de base para as lições. A quantidade de palavras geradoras pode variar entre 18 a 23 palavras. Depois as palavras geradoras, são apresentadas em cartazes com imagens. Então, nos círculos de cultura inicia-se uma discussão para significá-las na realidade daquela turma. • A silabação: uma vez identificadas, cada palavra geradora passa a ser estudada através da divisão silábica, semelhantemente ao método tradicional. Cada sílaba se desdobra em sua respectiva família silábica, com a mudança da vogal. (i.e., BA-BE-BI-BO-BU) • As palavras novas: o passo seguinte é a formação de palavras novas. Usando as famílias silábicas agora conhecidas, o grupo forma palavras novas.
  • 24. • A conscientização: um ponto fundamental do método é a discussão sobre os diversos temas surgidos a partir das palavras geradoras. Dessa forma, o objetivo da alfabetização de adultos é promover a conscientização acerca do conhecimento da realidade social. As fases de aplicação do método • 1ª fase: Levantamento do universo vocabular do grupo. Nessa fase ocorrem as interações de aproximação e conhecimento mútuo, respeitando seu linguajar típico. • 2ª fase: Escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios de riqueza fonética, dificuldades fonéticas - numa seqüência gradativa das mais simples para as mais complexas. • 3ª fase: Criação de situações existenciais características do grupo. Através do reconhecimento de situações inseridas na realidade local. . • 4ª fase: Criação das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para os debates, as quais deverão servir como subsídios, sem no entanto seguir uma prescrição rígida. • 5ª fase: Criação de fichas de palavras para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes às palavras geradoras.
  • 25. REFERÊNCIAS: FREIRE, Paulo. CONSCIENTIZAÇÃO: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. [tradução de Kátia de Mello e silva; revisão técnica de Benedito Eliseu Leite Cintra]. – São Paulo: Cortez & Moraes, 1979. Disponível em: < http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/paulofreire/paulo_freire_conscie ntizacao.pdf>.