O documento discute a história e conceitos-chave da educação infantil, incluindo: (1) A infância como construção social que emergiu nos séculos XVI-XVII; (2) Condições que tornaram possível a infância moderna como controle familiar, escolas e normas; (3) Desenvolvimento da concepção de infância ao longo dos séculos.
Guia prático e resumido acerca das habilidades e competências da BNCC para o Ensino Fundamental e de como realizar um plano de aula utilizando a mesma.
Material desenvolvido pelo Professor Thales Varella, para o curso de formação continuada para professoras da educação infantil e fundamental do Centro Educacional Lopes Ferreira
Contato: thalessantos058@gmail.com
Análise das principais propostas da BNCC, face a atualização curricular das redes municipais e escolas públicas e privadas, com proposta de sequência do trabalho a ser desenvolvido pelas equipe e professores para assegurar a atualização dos currículos e PPP.
Trata-se de uma abordagem por meio de imagens com base na Gestalt para explicar a atuação dos pedagogos em diferentes espaços não escolares e sua importância em cada ambiente social.
Guia prático e resumido acerca das habilidades e competências da BNCC para o Ensino Fundamental e de como realizar um plano de aula utilizando a mesma.
Material desenvolvido pelo Professor Thales Varella, para o curso de formação continuada para professoras da educação infantil e fundamental do Centro Educacional Lopes Ferreira
Contato: thalessantos058@gmail.com
Análise das principais propostas da BNCC, face a atualização curricular das redes municipais e escolas públicas e privadas, com proposta de sequência do trabalho a ser desenvolvido pelas equipe e professores para assegurar a atualização dos currículos e PPP.
Trata-se de uma abordagem por meio de imagens com base na Gestalt para explicar a atuação dos pedagogos em diferentes espaços não escolares e sua importância em cada ambiente social.
Slides Apresentados na Disciplina (Internet / Intranet) do curso de Mestrado Profissional em Computação Aplicada - UECE/IFCE na linha de pesquisa Informática Educativa.
Professor: Ronaldo Farias Ramos
Aluno: Thomas Victor Rodrigues de Oliveira
Um diálogo entre as Diretrizes Curriculares Gerais para a Educação Básica (recorte sobre Educação Infantil) e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
2. A INFÂNCIA COMO CONSTRUÇÃO SOCIAL
A emergência do termo infância, tal qual o
compreendemos nos dias de hoje, se dá no século XVI
e consolida-se no século XVII. Antes, as crianças
compartilhavam o mesmo mundo dos adultos em todas
suas esferas.
3. CONDIÇÕES DE POSSIBILIDADE DA INFÂNCIA
MODERNA
A emergência da infância só foi
possível graças a fatores como:
1) imposição do controle da
família e da criança, da
promoção da vida;
2) instituição da escola como
mecanismo
educacional
disciplinador;
3) normatização da regras para
a infância.
4. SENTIMENTO DE INFÂNCIA
É algo que caracteriza a criança, a sua essência
enquanto ser, o seu modo de agir e pensar, que se
diferencia do adulto.
IDADE MÉDIA
Determinava a infância como o período que vai
do nascimento dos dentes até os sete anos de
idade.
5. O sentimento de infância não significa o mesmo
que afeição pelas crianças, mas corresponde à
consciência da particularidade infantil, que distingue
essencialmente a
criança do adulto.
6. ATÉ O SÉCULO XVII
A sociedade não dava muita importância às crianças.
Devido às más condições sanitárias, a mortalidade infantil
alcançava níveis alarmantes, por isso a criança era vista
como um ser ao qual não se podia apegar, pois a qualquer
momento ela poderia deixar de existir.
7. Nesse contexto, até o século XVII as crianças eram
vistas, igualmente, como adultos, desempenhavam
tarefas, se vestiam e se portavam socialmente como tais.
O brincar era algo que as crianças desconheciam, pois
eram criadas desde cedo sem nenhum tratamento
especial; elas viviam e participavam de um mundo
adulto.
8. Nesse sentido, tiradas do convívio familiar logo aos
sete anos, essas crianças eram criadas por famílias
estranhas, onde aprendiam todo o tipo de serviço
doméstico. Esses ensinamentos eram considerados
muito importantes naquela época.
9. A PARTIR DO SÉCULO XVII
Marco importante no despertar do sentimento de
infância.
AS REFORMAS RELIGIOSAS
CATÓLICAS E PROTESTANTES
Contribuíram decisivamente para a construção de um
sentimento de infância.
10. A afetividade ganhou mais importância no seio da família. Essa
afetividade era demonstrada,
principalmente, por meio da
valorização que a educação passou a ter.
O trabalho com fins educativos foi substituído pela escola,
que passou a ser responsável pelo processo de formação.
A IGREJA SE ENCARREGA EM DIRECIONAR A
APRENDIZAGEM
Preocupada com a formação moral da criança,
visando
corrigir os desvios da criança, acreditando que ela era fruto
do pecado, e deveria ser guiada para o caminho do bem.
11. Neste momento, o sentimento de infância corresponde a duas
atitudes contraditórias:
Uma considera a criança ingênua, inocente e graciosa e é
traduzida pela paparicação dos adultos.
A outra se contrapõe a 1ª, tornando a
criança um ser
imperfeito e incompleto, que necessita de ”moralização” e da
educação feita pelo adulto.
12. Pós-segunda
Guerra Mundial
Surge a preocupação com a situação social da infância.
A ONU promulga em 1959, a Declaração dos Direitos
da Criança, em decorrência da Declaração dos
Direitos Humanos.
Obs.: Esse é um fator importante para a concepção
de infância que permeia a contemporaneidade, a
criança como sujeito de direitos.
13. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL
EDUCAÇÃO INDÍGENA
•As crianças indígenas eram instruídas desde cedo pelos
idosos nas aldeias;
•Desenvolviam atividades como cerâmica,confecção de colares
e outros objetos artesanais.
14. EDUCAÇÃO JESUÍTICA
•A criança índia foi vista pelos padres como tábula rasa, papel branco, para
quem tudo podia ser ensinado.
•As estratégias desenvolvidas com a criança índia foram o ensino da língua, o
teatro, a música e rituais cristãos acoplados ao ensino mnemônico.
•Além do ensino religioso, as instruções das habilidades de ler, escrever e
contar estiveram presentes nas chamadas Casas de bê-á-bá ou Confrarias dos
meninos.
15. EDUCAÇÃO DOS ESCRAVOS
•A criança escrava entre 6 e 12 anos já começa a fazer pequenas atividades
como auxiliares.
•A partir dos 12 anos eram vistos como adultos tanto para o trabalho quanto
para a vida sexual.
•A criança branca, aos 6 anos, era iniciada nos primeiros estudos de língua,
gramática, matemática e boas maneiras.
16. A CRIANÇA DO SÉCULO XVIII
Em meados do século XVIII e ao longo do século
XIX, a criança passou a ser o centro de interesse
educativo dos adultos.
Segundo OLIVEIRA,
[...] a [criança] começou a ser vista como sujeito de
necessidades e objeto de expectativas e cuidados
situados em um período de preparação para o ingresso
no mundo dos adultos, o que tornava a escola [pelo
menos para os que podiam frequenta-la] um
instrumento fundamental (2005, p.62).
17. A CRIANÇA DO SÉCULO XIX
A escola primária ficava organizada de duas formas: de 07 a 13 anos abrangia o
ensino primário e de 13 a 15 o secundário.
Até então a mãe, cuidava do filho e protagonizava a educação considerada
inicial na época, mas com a lei do ventre livre e a pobreza das famílias, muitas
acabavam abandonando seus bebês ou entregando-os à “Roda dos
Expostos”,que perdurou até 1950.
18. O JARDIM DE INFÂNCIA NO BRASIL
Em 1875 surge o primeiro jardim de infância particular no
Brasil, fundado por Menezes Vieira no Rio de Janeiro, apesar
de sua escola atender a alta aristocracia da época, Menezes
defendia que os jardins de infância deveriam dar assistência às
crianças negras libertas pelo ventre livre e às com pouca
condição econômica.
19. MARCOS LEGAIS
Constituição de 1988 – a primeira menção da criança como
sujeito de direitos.
•ECA –Estatuto da Criança e do Adolescente – 1990 – Lei.
8.069/90
•Lei de Diretrizes e Bases da Educação n°9.394/96
20. A Educação Infantil como primeira etapa da Educação
Básica.
•Sendo organizada da seguinte forma:
# Creches – 0 a 3 anos
# Pré-escolas – 4 a 6 anos
•11.274/06 – Ensino Fundamental de 9 anos
21. RECNEI - 1998
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI,
documento legal que tem como função subsidiar a elaboração de
projetos educativos, o planejamento e o funcionamento das creches
e escolas infantis de todo o país.
REGULAMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº. 9.394 de 1996,
dispõe que a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação
Básica, podendo ser ofertada em creches e pré-escolas,
abrangendo atualmente a faixa etária de 0 a 5 anos de idade.
22. •A Resolução nº 6/10 da Câmara de Educação Básica do
Conselho Nacional de Educação, apresentou algumas
mudanças na organização da educação, de uma forma
sintética, essa resolução dispõe que:
•1º - Matrícula na 1ª série do Fundamental: 6 anos
completos de idade ou a completar até 31 de março;
•2º - As matrículas no 2º período do pré-escolar: 5 anos
completos ou a completar até 31 de março;
•3º - No 1º período do Pré-escolar: 4 anos completos ou a
completar até 31 de março;
23. •4º - Idade inferior a 4 anos (não completos até 31 de
março): outras etapas da Educação Infantil;
•5º - Excepcionalmente em 2011 – como já havia permitido
em 2010, matrícula no 1º ano do Fundamental de criança
que for completar 6 anos após 31 de março, desde que
tenha cursado comprovadamente dois anos do Pré-escolar.
•6º - Alunos antecipados: aos alunos já matriculados
anteriormente no Fundamental, cuja idade não corresponde
ao corte estabelecido, a escola deverá prestar assistência e
acompanhamento especiais para prosseguirem bem a etapa
escolar.
24. ORGANIZAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES
NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
1.Concepções de EI, criança e currículo
→ Educação Infantil, primeira etapa da Educação
Básica, é oferecida em creches e pré-escolas, as quais
se caracterizam como espaços institucionais não
domésticos
que
constituem
estabelecimentos
educacionais públicos ou privados que educam e
cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período
diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e
supervisionados por órgão competente do sistema de
ensino e submetidos a controle social (art.5º).
25. → Criança, centro do planejamento curricular, é
sujeito histórico e de direitos que, nas interações,
relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói
sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina,
fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra,
questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a
sociedade, produzindo cultura (art.4º).
26. Currículo é o conjunto sistematizado de práticas culturais
no qual se articulam as experiências e saberes das
crianças, de suas famílias, dos profissionais e de suas
comunidades de pertencimento e os conhecimentos que
fazem parte do patrimônio cultural, artístico, científico e
tecnológico
2. Princípios básicos – éticos, políticos, estéticos
3. Eixos e Experiências
27. ART. 8º A PROPOSTA PEDAGÓGICA DAS
INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL DEVE
GARANTIR O DIREITO DAS CRIANÇAS:
Aos conhecimentos de diferentes linguagens
à proteção
à saúde
à liberdade
à confiança
ao respeito
à dignidade
à brincadeira
à convivência
à interação com outras crianças.
28. A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
“A organização do ambiente destinado a educação infantil é uma
ação eminentemente pedagógica e de referencia para a criação de
significados para a criança. Querendo ou não, a sala de aula tem
influencia sobre os sujeitos da práxis educativa, em parte, o modo
como eles se sentem, pensam e se comportam. Um planejamento
cuidadoso do ambiente físico é parte integrante de um clima
harmonioso em sala de aula.”
Almada, apud HERMIDA,2007.
29. TEORIA X PRÁTICAS
Geralmente os cursos de formação de professores de educação
infantil trazem em suas grades curriculares disciplinas que
fornecem subsídios teóricos para a compreensão de como essa
modalidade de educação se desenvolve, no entanto, quando se
deparam com a prática os educadores infantis, encontram muitas
dificuldades no que diz respeito à atuação prática, pois pouco ou
quase nada estudaram a respeito em suas graduações.
O educador infantil precisa ter uma formação ainda mais
específica do que a formação do educador das séries iniciais do
Ensino Fundamental, pois a Educação Infantil apresenta muitas
peculiaridades
30. ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO
De acordo com Piaget, a criança entre 0 e 2 anos de idade
encontra-se no período sensório-motor ou seja suas aprendizagens
ocorrerão principalmente pelas experiências sensoriais imediatas e
por suas atividades motoras, é normal ainda nessa fase a criança
tentar impor seus desejos sobre a realidade.
Ainda baseando-nos em sua teoria, entendemos que a criança aos
3 anos de idade está entrando em uma nova fase de seu
desenvolvimento, o período ou fase pré-operacional, em que
aparece a função simbólica com a incorporação da linguagem, há
um amadurecimento da capacidade de pensar e inicia-se o
processo de socialização.
31. ASPECTO DA CRIANÇA MENOR DE 3 ANOS
Quanto a isso Vigotsky acentua que a
aprendizagem
e
a
socialização
estão
intrinsecamente ligadas, uma vez que as relações
sociais favorecem significativamente a construção
das aprendizagens. Ele afirma que a maturação e
aprendizagem são dois processos distintos e
relacionados que propiciam o desenvolvimento
humano. A primeira prepara e condiciona para a
segunda, mas a aprendizagem estimula e potencia a
maturação.
32. De acordo com essa proposição tem-se a inteligência
como produto social. O mesmo autor distingue ainda dois
níveis no desenvolvimento da criança: o desenvolvimento
real e o desenvolvimento potencial.
O primeiro representando o alcançado pelo indivíduo e o
segundo mostra o que o indivíduo poderá fazer com a
ajuda de outro.
A distância entre esses dois processos é denominada de
Zona do desenvolvimento proximal e trata exatamente
sobre o desenvolvimento como consequência da
aprendizagem.
33. Zona de desenvolvimento proximal
Nível de desenvolvimento atual
Capacidade de solução
de problemas sem
ajuda
Nível
potencial de desenvolvimento
Capacidade de
solução de problemas
com ajuda
*Conhecer este processo da criança é fundamental para diagnosticar os
ciclos completos e os que estão em vias de formação
34. ESTRUTURAÇÃO DOS TRÊS TIPOS DE
CONHECIMENTO
CONHECIMENTO FÍSICO
Caracterizado pelo conhecimento dos objetos de sua
realidade, como o que se refere ao peso, forma, cor e
textura de objetos concretos. A fonte desse
conhecimento é o próprio objeto e a maneira como a
criança irá apreender esses conhecimentos mais
rapidamente é o manuseio, os jogos simbólicos, as
brincadeiras, atividades de jogar, empilhar, empurrar,
amassar, quebrar, enfim manusear de diversas formas
esses objetos.
35. CONHECIMENTO LÓGICO - MATEMÁTICO
Refere-se à relação estabelecida entre criança e
objeto, a fonte desse conhecimento é o próprio
pensamento da criança. Ela estrutura esses
conhecimentos através da manipulação de objetos
e começa a compreende-los à medida em que age
sobre eles através de atos de juntar, separar,
ordenar, classificar.
36. CONHECIMENTO SOCIAL
Refere-se às normas sociais com as quais as crianças têm contato
com seu meio. Saber que as pessoas devem cumprimentar as
outras ao se encontrarem é um exemplo de conhecimento social.
Esse conhecimento é construído a partir das informações
processadas na interação com o outro.
37.
38. ATIVIDADE 2
As teorias de Vygotsky e Piaget descrevem a criança
como um ser ativo e atento, habilitada para
constantemente gerar novas hipóteses sobre o que está
ao seu redor. Essas duas teorias exercem uma grande
influência na área da educação em todo o mundo.
Faça um quadro comparativo entre esses teóricos e
cite semelhanças entre suas teorias.
39. ATIVIDADE 3
O reconhecimento do educador infantil precisa passar por um processo de
conscientização no âmbito social e político. Mas como têm sido formados os professores,
em nosso país, no que se refere à construção de suas concepções de criança e Educação
Infantil?
O binômio cuidar e educar deve caminhar de mãos dadas, todavia o que se observa é que
essas duas ações se “repelem”,fragilizando essa primeira etapa de formação de nossas
crianças.
Baseado nessas afirmações ,entreviste uma educadora infantil de sua cidade para
sabermos o que tem sido feito para que essa profissional melhore sua prática.
A entrevista deve ter um roteiro e o tempo máximo de 5 minutos. Após sua exibição,
faremos um debate em sala de aula.
O Vídeo Perfil do educador infantil, da educadora Maria Malta
http://www.youtube.com/watch?v=o4WcvH-2IbI irá norteá-los na produção da
atividade proposta.