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PROFESSOR ULISSES VAKIRTZIS
Capítulos
2, 3, 4, 5, 6, 7,10,11
CAPÍTULO 2
A BIOLOGIZAÇÃO DA VIDA E ALGUMAS IMPLICAÇÕES
DO DISCURSO MÉDICO
Levando em conta as crianças, tem se produzido, atualmente,
uma multiplicidade de diagnósticos psicopatológicos e de
terapêuticas que tendem a simplificar as determinações dos
sofrimentos ocorridos na infância. O que reconhecemos como
resultado deste tipo de prática é que um número cada vez maior
de crianças e em idade cada vez mais precoce é medicado de
forma a tentar sanar sintomas das crianças, sem considerar o
contexto na qual se apresentam; não levando em conta,
também, as complexas manifestações singulares de cada
sujeito. Assim, no lugar de considerar um psiquismo em
estruturação, supõe-se um déficit neurológico.
A partir de certa informação do terreno da
psicologia, os professores foram também
chamados a serem chamados a serem a
extensão do olhar especialista na prática
cotidiana, levados a observarem as
variações de comportamento das crianças e
a orientarem seus familiares na busca de
tratamento adequados aos problemas
apresentados pelos alunos.
A permeabilidade da
escola ao discurso
médico, bem como ao
discurso psicológico, é
histórica.
Seria uma ilusão crer que o
medicamento e a promessa que ele
carrega, não tocam em desejos
humanos. É o fato de que o sujeito
deseje ver-se livre de sua dor e de seus
conflitos que também anima, de certa
forma, a busca por uma solução tal
como apresentada pelos remédios.
CAPÍTULO 3
OS “INTRATÁVEIS”: A PATOLOGIZAÇÃO DOS JOVENS
EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
O tratamento psiquiátrico de jovens
infratores é considerado, em muitos
casos, como “punição por indisciplina”
e, em vários casos, “sem justificativas
para serem internados”. Abandono,
carência e pobreza tornaram-se doença
metal.
O então criado Transtorno Antissocial de
Personalidade (TASP) descreve um
indivíduo com um padrão de infrações
legais e comportamentos antissociais
desde a infância. Desta forma, a aplicação
do diagnósticos de TASP fica restrita à
prática de atos criminosos, ao mesmo
tempo em que se estende a aplicação deste
diagnóstico à maior parte dos autores de
crimes encarcerados.
(...) o CID-10 traz recomendações expressas de
que seja evitado o diagnóstico de TPAS na
infância e na adolescência. “É improvável que o
diagnóstico de transtorno de personalidade seja
apropriado antes da idade de 16 ou 17 anos”. O
período de transformações biopsicossociais da
infância e da adolescência não recomenda um
diagnóstico dessa natureza para pessoas nessa
faixa etária. Mesmo que surja algum indício não
se justifica utilizar o TPAS como elemento de
defesa social.
A singularidade da adolescência e
principalmente da infância deve ser
levada em consideração, exatamente
quando eles ingressam no campo
dos direitos como sujeitos. (...) É
preciso articular os direitos humanos
com a defesa ativa dos processos de
singularização.
CAPÍTULO 4
RETORNANDO À PATOLOGIA PARA JUSTIFICAR A NÃO
APRENDIZAGEM ESCOLAR: A MEDICALIZAÇÃO E O
DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM
TEMPOS DE NEOLIBERALISMO
A análise do fracasso escolar tem um dos seus
principais argumentos, o fato de que os problemas
de aprendizagem incidem maciçamente sobre as
crianças das classes populares e é sobre elas que
surgem as mais variadas explicações (problemas
psicológicos, biológicos, orgânicos e socioculturais),
todas elas preconceituosas a respeito da pobreza no
Brasil.
O problema do fracasso escolar se pauta em duas
questões na formação do educador:
1. Posicionamento político de compromisso
com o excluído, principalmente com as
crianças e adolescentes;
2. Superação de referenciais teórico-
metodológicos oriundos da Psicologia que
tem levado a exclusão por meio de
concepções medicalizantes a respeito da
queixa escolar.
A criança com dificuldades em leitura e
escrita é diagnosticada, procuram-se as
causas, apresenta-se o diagnóstico e em
seguida a medicação ou o
acompanhamento terapêutico. Muitos
defendem a medicalização do aprender
que é um direito da criança ser medicada,
ser atendida e ser diagnosticada.
(...) a finalidade do psicólogo na Educação deve-
se pautar no compromisso com a luta por uma
escola democrática, de qualidade, que garanta os
direitos de cidadania (...) Acreditamos que há um
retrocesso visível no campo educacional ao
transformarmos em patologia algo que é produto
das dificuldades vividas por um sistema escolar que
não consegue dar conta de suas finalidades.
POLÍTICAS PÚBLICAS INADEQUADAS
CAPÍTULO 5
DISLEXIA E TDAH:UMA ANÁLISE A PARTIR DA CIÊNCIA
MÉDICA
A maioria absoluta dos discursos medicalizantes
acerca de crianças e adolescentes referem-se à
dislexia e TDHA. Sendo a dislexia sendo o
distúrbio de aprendizagem mais falado e
diagnosticado (e o mais difícil de diagnosticar!). O
TDHA (Transtornos por Déficit de Atenção e
Hiperatividade) surge como explicação ao DCM
(Disfunção Cerebral Mínima), que também tenta
explicar a dislexia!
Os estudos atuais não comprovam, de fato,
que problemas de aprendizagem estejam
relacionadas a dislexia e ao TDHA. A indústria
farmacêutica se aproveita dessas dúvidas e
amplifica a medicalização, por puro interesse
financeiro...
Querem homogeneizar uma
sociedade heterogênea!
Steven Rose:
“Porém, crianças recebendo Ritalina
por prescrição médica estão sendo
drogadas como método de controle
social. Isto é, me parece, um questão
ética real. Se nós não reconhecemos a
situação do mundo real em que drogas
são compradas, prescritas e usadas,
então o debate ético é vazio.”
CAPÍTULO 6
SUBSÍDIOS DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO PARA
AVALIAÇÃO DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO TDHA
NO ÂMBITO ESCOLAR
... O uso contínuo de Ritalina e
possivelmente de outras drogas para
controlar a hiperatividade pode resultar em
estudantes obedientes, mas academicamente
incompetentes. (...) O objetivo da escola
deveria tornar as crianças prósperas em
suas relações sociais e competentes em seu
desempenho acadêmico.
INDIVÍDUO
AMBIENTE
INTERNO
MOTIVAÇÃO
AMBIENTE
EXTERNO
ESTÍMULOS
BEHAVIORISMO RADICAL
SKINER
Skiner:
“os homens agem sobre o
mundo, modificam-no e são,
por sua vez, modificados
pelas consequências de sua
ação”.
A educação é o estabelecimento de comportamentos
que serão vantajosos para o indivíduo e para os
outros membros da sociedade em algum tempo
futuro. O PLANEJAMENTO é importante nesse
processo. É preciso ter:
1. Clareza dos fins que se pretende alcançar;
2. Repertório comportamental que o aluno
apresenta em relação àquilo que se pretende
ensinar;
3. Reforçadores que controlam seus
comportamento.
PAPEL CENTRAL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO:
“Toda a tecnologia educacional operante
estará baseada no planejamento das
atividades do aluno, cabendo ao professor as
tarefas de consequenciá-las, avaliá-las e
revê-las. Um bom programa de ensino deve
especificar o que o aluno fará, em quais
circunstâncias e com quais consequências. É
um planejamento da atividade do aluno, mais
do que na atividade do professor.”
DESATENÇÃO DISTRAÇÃO
HIPERATIVIDADE IMPULSIVIDADE
TDAH
É consenso que o diagnóstico do TDAH é vago
é difícil de distinguir dos problemas cotidianos,
influenciados por fatores culturais.(ele existe
de fato?) Ele é mais um conjunto de SINAIS e
SINTOMAS, geralmente desconhecidos.
Isso afeta a relação entre professor e aluno,
sendo que o professor não se dedicará se
perceber que seus alunos não aprendem
(PROFECIA AUTOREALIZADORA).
EU ENSINO,
MAS OS ALUNOS NÃO APRENDEM!
O FARMACOLOGISMO, COMO O
RACISMO, É UM SISTEMA
IDEOLÓGICO EMBASADO EM UMA
SÉRIE DE PRESSUPOSTOS QUE,
EMBORA FALSOS E EXAGERADOS,
GOVERNAM UM CONJUNTO DE
PERCEPÇÕES, ENTENDIMENTOS
E AÇÕES.
CAPÍTULO 7
DISLEXIA, PROCESSO DE AQUISIÇÃO OU SINTOMA DE ESCRITA?
Associação Internacional de Dislexia:
“Dislexia é uma incapacidade específica de
aprendizagem, de origem neurobiológica. É
caracterizada por dificuldades na correção
e/ou fluência na leitura de palavras e por baixa
competência leitora e ortográfica. Isso afeta a
sua aprendizagem do ponto de vista global.”
Tanto escola como as clínicas médicas se
equivocam muitas vezes em diagnosticar a
dislexia, ao interpretar as “instabilidades”
próprias da aquisição da escrita como
sintomas. Porém, é fato a percepção que
essas instabilidades se mostram palpáveis,
principalmente na figura do “aluno copista”,
que copia perfeitamente, mas não é capaz de
ler e produzir uma única linha de seu próprio
punho.
O que a escrita requer do sujeito não é pouco. Ela
necessita ir além do desenho da letra e sim sua
compreensão. Porém não significa que o aluno tenha
renunciado à letra como imagem (esse é o “B” de Bruno).
Para ler e escrever, o sujeito deve compreender as
regras do jogo, ou seja, compreender de que forma a
combinatória entre as letras entra em jogo na escrita.
A importância do fonoaudiólogo nos
casos de escrita
CAPÍTULO 10
A DESATENÇÃO ATENTA E A HIPERATIVIDADE SEM AÇÃO
O transtorno de atenção e a
hiperatividade, assim como a
impulsividade, serão considerados
como marcas de nossa cultura que,
nos dias que correm, dificulta a
diferenciação individual.
Em nossa sociedade os indivíduos não
são mais formados, mas
instrumentalizados.
ATENÇÃO e DISCIPLINA
O encaminhamento dos alunos para
os psicólogos e médicos é resolver os
problemas dos alunos “fora da
escola”. Características próprias da
escola que podem gerar o
desinteresse e a desatenção não
são postas em questão.
A desatenção é atenta: recusa o
que é oferecido, como se
percebesse o seu grau de simulacro;
A hiperatividade é sem ação: é tão
sem objetivo, quanto as tarefas sem
sentido que são oferecidas pela
escola.
ALUNO-PROBLEMA
Termo que retira a responsabilidade da escola,
onde o diagnóstico psicológico tem servido
para comprovar que determinados alunos são
de fato incapazes de realizar algumas tarefas
exigidas pela escola. Isso é um alívio para a
escola, pois relaciona a dificuldade do aluno a
uma dinâmica psíquica, tirando a
responsabilidade da escola em tomar uma
atitude que possa superar essa dificuldade.
EDUCAÇÃO BANCÁRIA
X
EDUCAÇÃO CRÍTICA
(LIBERTÁRIA)
CAPÍTULO 11
PRECONCEITOS NO COTIDIANO ESCOLAR:
A MEDICALIZAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
ESCOLA
DESNUTRIÇÃO
DISTURBIOS NEUROLÓGICOS
UNIDADES DE SAÚDE
A
L
U
N
O
Agnes Heller
“...crer em preconceitos é
cômodo porque nos protege
de conflitos, porque confirma
nossas ações anteriores.”
As crianças não aprendem
porque:
• São pobres;
• São negras;
• São nordestinas;
• São imaturas;
• Seus pais são analfabetos;
Transformar questões sociais em biológicas, se
chama BIOLOGIZAÇÃO. As crianças não
aprendem e seu fracasso escolar deriva de
quaisquer doenças das crianças.
MEDICALIZAÇÃO DO PROCESSO
DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Em pesquisa sobre o fracasso escolar em escolas
municipais de Campinas chegou-se a seguinte
conclusão:
Para todas as diretoras e professoras
o fracasso escolar é motivado por
questões referentes à criança e à
família. Não existem dúvidas, não
existem opiniões divergentes. Trata-se
de uma certeza absoluta.
A formação dos professores está no cerne da questão:
“Ao transformar teorias em simples
métodos, nega-se ao professor a
possibilidade de, pelo conhecimento e
entendimento de uma teoria, modificar
efetivamente sua prática pedagógica.
Enquanto “métodos”, todos são iguais. (o
“método Montessori”, o “método Piaget”, o
“Método da Emília Ferrero”...)
Um ponto relevante apontado na pesquisa
é a responsabilização do professor no
fracasso escolar do aluno. 100% dos
diretores responsabilizam os professores,
porém não apontam solução. Quando
questionados se afastam das questões
pedagógicas, apesar de, por lei, para
exercerem a função de diretor
necessitam ser professores.
Concluindo...
Se pretendermos ser agentes efetivos da
transformação social, sujeitos da
história, fica o desafio de sermos
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medicalização de crianças e adolescentes

  • 2. CAPÍTULO 2 A BIOLOGIZAÇÃO DA VIDA E ALGUMAS IMPLICAÇÕES DO DISCURSO MÉDICO Levando em conta as crianças, tem se produzido, atualmente, uma multiplicidade de diagnósticos psicopatológicos e de terapêuticas que tendem a simplificar as determinações dos sofrimentos ocorridos na infância. O que reconhecemos como resultado deste tipo de prática é que um número cada vez maior de crianças e em idade cada vez mais precoce é medicado de forma a tentar sanar sintomas das crianças, sem considerar o contexto na qual se apresentam; não levando em conta, também, as complexas manifestações singulares de cada sujeito. Assim, no lugar de considerar um psiquismo em estruturação, supõe-se um déficit neurológico.
  • 3. A partir de certa informação do terreno da psicologia, os professores foram também chamados a serem chamados a serem a extensão do olhar especialista na prática cotidiana, levados a observarem as variações de comportamento das crianças e a orientarem seus familiares na busca de tratamento adequados aos problemas apresentados pelos alunos.
  • 4. A permeabilidade da escola ao discurso médico, bem como ao discurso psicológico, é histórica.
  • 5. Seria uma ilusão crer que o medicamento e a promessa que ele carrega, não tocam em desejos humanos. É o fato de que o sujeito deseje ver-se livre de sua dor e de seus conflitos que também anima, de certa forma, a busca por uma solução tal como apresentada pelos remédios.
  • 6. CAPÍTULO 3 OS “INTRATÁVEIS”: A PATOLOGIZAÇÃO DOS JOVENS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE O tratamento psiquiátrico de jovens infratores é considerado, em muitos casos, como “punição por indisciplina” e, em vários casos, “sem justificativas para serem internados”. Abandono, carência e pobreza tornaram-se doença metal.
  • 7. O então criado Transtorno Antissocial de Personalidade (TASP) descreve um indivíduo com um padrão de infrações legais e comportamentos antissociais desde a infância. Desta forma, a aplicação do diagnósticos de TASP fica restrita à prática de atos criminosos, ao mesmo tempo em que se estende a aplicação deste diagnóstico à maior parte dos autores de crimes encarcerados.
  • 8. (...) o CID-10 traz recomendações expressas de que seja evitado o diagnóstico de TPAS na infância e na adolescência. “É improvável que o diagnóstico de transtorno de personalidade seja apropriado antes da idade de 16 ou 17 anos”. O período de transformações biopsicossociais da infância e da adolescência não recomenda um diagnóstico dessa natureza para pessoas nessa faixa etária. Mesmo que surja algum indício não se justifica utilizar o TPAS como elemento de defesa social.
  • 9. A singularidade da adolescência e principalmente da infância deve ser levada em consideração, exatamente quando eles ingressam no campo dos direitos como sujeitos. (...) É preciso articular os direitos humanos com a defesa ativa dos processos de singularização.
  • 10. CAPÍTULO 4 RETORNANDO À PATOLOGIA PARA JUSTIFICAR A NÃO APRENDIZAGEM ESCOLAR: A MEDICALIZAÇÃO E O DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM TEMPOS DE NEOLIBERALISMO A análise do fracasso escolar tem um dos seus principais argumentos, o fato de que os problemas de aprendizagem incidem maciçamente sobre as crianças das classes populares e é sobre elas que surgem as mais variadas explicações (problemas psicológicos, biológicos, orgânicos e socioculturais), todas elas preconceituosas a respeito da pobreza no Brasil.
  • 11. O problema do fracasso escolar se pauta em duas questões na formação do educador: 1. Posicionamento político de compromisso com o excluído, principalmente com as crianças e adolescentes; 2. Superação de referenciais teórico- metodológicos oriundos da Psicologia que tem levado a exclusão por meio de concepções medicalizantes a respeito da queixa escolar.
  • 12. A criança com dificuldades em leitura e escrita é diagnosticada, procuram-se as causas, apresenta-se o diagnóstico e em seguida a medicação ou o acompanhamento terapêutico. Muitos defendem a medicalização do aprender que é um direito da criança ser medicada, ser atendida e ser diagnosticada.
  • 13. (...) a finalidade do psicólogo na Educação deve- se pautar no compromisso com a luta por uma escola democrática, de qualidade, que garanta os direitos de cidadania (...) Acreditamos que há um retrocesso visível no campo educacional ao transformarmos em patologia algo que é produto das dificuldades vividas por um sistema escolar que não consegue dar conta de suas finalidades. POLÍTICAS PÚBLICAS INADEQUADAS
  • 14. CAPÍTULO 5 DISLEXIA E TDAH:UMA ANÁLISE A PARTIR DA CIÊNCIA MÉDICA A maioria absoluta dos discursos medicalizantes acerca de crianças e adolescentes referem-se à dislexia e TDHA. Sendo a dislexia sendo o distúrbio de aprendizagem mais falado e diagnosticado (e o mais difícil de diagnosticar!). O TDHA (Transtornos por Déficit de Atenção e Hiperatividade) surge como explicação ao DCM (Disfunção Cerebral Mínima), que também tenta explicar a dislexia!
  • 15. Os estudos atuais não comprovam, de fato, que problemas de aprendizagem estejam relacionadas a dislexia e ao TDHA. A indústria farmacêutica se aproveita dessas dúvidas e amplifica a medicalização, por puro interesse financeiro... Querem homogeneizar uma sociedade heterogênea!
  • 16. Steven Rose: “Porém, crianças recebendo Ritalina por prescrição médica estão sendo drogadas como método de controle social. Isto é, me parece, um questão ética real. Se nós não reconhecemos a situação do mundo real em que drogas são compradas, prescritas e usadas, então o debate ético é vazio.”
  • 17. CAPÍTULO 6 SUBSÍDIOS DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO PARA AVALIAÇÃO DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO TDHA NO ÂMBITO ESCOLAR ... O uso contínuo de Ritalina e possivelmente de outras drogas para controlar a hiperatividade pode resultar em estudantes obedientes, mas academicamente incompetentes. (...) O objetivo da escola deveria tornar as crianças prósperas em suas relações sociais e competentes em seu desempenho acadêmico.
  • 19. Skiner: “os homens agem sobre o mundo, modificam-no e são, por sua vez, modificados pelas consequências de sua ação”.
  • 20. A educação é o estabelecimento de comportamentos que serão vantajosos para o indivíduo e para os outros membros da sociedade em algum tempo futuro. O PLANEJAMENTO é importante nesse processo. É preciso ter: 1. Clareza dos fins que se pretende alcançar; 2. Repertório comportamental que o aluno apresenta em relação àquilo que se pretende ensinar; 3. Reforçadores que controlam seus comportamento.
  • 21. PAPEL CENTRAL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO: “Toda a tecnologia educacional operante estará baseada no planejamento das atividades do aluno, cabendo ao professor as tarefas de consequenciá-las, avaliá-las e revê-las. Um bom programa de ensino deve especificar o que o aluno fará, em quais circunstâncias e com quais consequências. É um planejamento da atividade do aluno, mais do que na atividade do professor.”
  • 23. É consenso que o diagnóstico do TDAH é vago é difícil de distinguir dos problemas cotidianos, influenciados por fatores culturais.(ele existe de fato?) Ele é mais um conjunto de SINAIS e SINTOMAS, geralmente desconhecidos. Isso afeta a relação entre professor e aluno, sendo que o professor não se dedicará se perceber que seus alunos não aprendem (PROFECIA AUTOREALIZADORA).
  • 24. EU ENSINO, MAS OS ALUNOS NÃO APRENDEM!
  • 25. O FARMACOLOGISMO, COMO O RACISMO, É UM SISTEMA IDEOLÓGICO EMBASADO EM UMA SÉRIE DE PRESSUPOSTOS QUE, EMBORA FALSOS E EXAGERADOS, GOVERNAM UM CONJUNTO DE PERCEPÇÕES, ENTENDIMENTOS E AÇÕES.
  • 26. CAPÍTULO 7 DISLEXIA, PROCESSO DE AQUISIÇÃO OU SINTOMA DE ESCRITA? Associação Internacional de Dislexia: “Dislexia é uma incapacidade específica de aprendizagem, de origem neurobiológica. É caracterizada por dificuldades na correção e/ou fluência na leitura de palavras e por baixa competência leitora e ortográfica. Isso afeta a sua aprendizagem do ponto de vista global.”
  • 27. Tanto escola como as clínicas médicas se equivocam muitas vezes em diagnosticar a dislexia, ao interpretar as “instabilidades” próprias da aquisição da escrita como sintomas. Porém, é fato a percepção que essas instabilidades se mostram palpáveis, principalmente na figura do “aluno copista”, que copia perfeitamente, mas não é capaz de ler e produzir uma única linha de seu próprio punho.
  • 28. O que a escrita requer do sujeito não é pouco. Ela necessita ir além do desenho da letra e sim sua compreensão. Porém não significa que o aluno tenha renunciado à letra como imagem (esse é o “B” de Bruno). Para ler e escrever, o sujeito deve compreender as regras do jogo, ou seja, compreender de que forma a combinatória entre as letras entra em jogo na escrita. A importância do fonoaudiólogo nos casos de escrita
  • 29. CAPÍTULO 10 A DESATENÇÃO ATENTA E A HIPERATIVIDADE SEM AÇÃO O transtorno de atenção e a hiperatividade, assim como a impulsividade, serão considerados como marcas de nossa cultura que, nos dias que correm, dificulta a diferenciação individual.
  • 30. Em nossa sociedade os indivíduos não são mais formados, mas instrumentalizados. ATENÇÃO e DISCIPLINA
  • 31. O encaminhamento dos alunos para os psicólogos e médicos é resolver os problemas dos alunos “fora da escola”. Características próprias da escola que podem gerar o desinteresse e a desatenção não são postas em questão.
  • 32. A desatenção é atenta: recusa o que é oferecido, como se percebesse o seu grau de simulacro; A hiperatividade é sem ação: é tão sem objetivo, quanto as tarefas sem sentido que são oferecidas pela escola.
  • 33. ALUNO-PROBLEMA Termo que retira a responsabilidade da escola, onde o diagnóstico psicológico tem servido para comprovar que determinados alunos são de fato incapazes de realizar algumas tarefas exigidas pela escola. Isso é um alívio para a escola, pois relaciona a dificuldade do aluno a uma dinâmica psíquica, tirando a responsabilidade da escola em tomar uma atitude que possa superar essa dificuldade.
  • 35.
  • 36. CAPÍTULO 11 PRECONCEITOS NO COTIDIANO ESCOLAR: A MEDICALIZAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM ESCOLA DESNUTRIÇÃO DISTURBIOS NEUROLÓGICOS UNIDADES DE SAÚDE A L U N O
  • 37. Agnes Heller “...crer em preconceitos é cômodo porque nos protege de conflitos, porque confirma nossas ações anteriores.” As crianças não aprendem porque: • São pobres; • São negras; • São nordestinas; • São imaturas; • Seus pais são analfabetos;
  • 38. Transformar questões sociais em biológicas, se chama BIOLOGIZAÇÃO. As crianças não aprendem e seu fracasso escolar deriva de quaisquer doenças das crianças. MEDICALIZAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
  • 39. Em pesquisa sobre o fracasso escolar em escolas municipais de Campinas chegou-se a seguinte conclusão: Para todas as diretoras e professoras o fracasso escolar é motivado por questões referentes à criança e à família. Não existem dúvidas, não existem opiniões divergentes. Trata-se de uma certeza absoluta.
  • 40. A formação dos professores está no cerne da questão: “Ao transformar teorias em simples métodos, nega-se ao professor a possibilidade de, pelo conhecimento e entendimento de uma teoria, modificar efetivamente sua prática pedagógica. Enquanto “métodos”, todos são iguais. (o “método Montessori”, o “método Piaget”, o “Método da Emília Ferrero”...)
  • 41. Um ponto relevante apontado na pesquisa é a responsabilização do professor no fracasso escolar do aluno. 100% dos diretores responsabilizam os professores, porém não apontam solução. Quando questionados se afastam das questões pedagógicas, apesar de, por lei, para exercerem a função de diretor necessitam ser professores.
  • 42. Concluindo... Se pretendermos ser agentes efetivos da transformação social, sujeitos da história, fica o desafio de sermos capazes de nos infiltrar na vida cotidiana, quebrar seus sistema de preconceitos e retomar a cotidianidade em outra direção. Na direção de construir o sucesso na escola.