1. 3ª Edição
2003
C 20-1
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
Manual de Campanha
GLOSSÁRIO DE TERMOS E
EXPRESSÕES PARA USO NO
EXÉRCITO
å
2. MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
Manual de Campanha
GLOSSÁRIO DE TERMOS E
EXPRESSÕES PARA USO NO
EXÉRCITO
3ª Edição
2003
C 20-1
CARGA
EM.................
Preço: R$
3. PORTARIA Nº 121-EME, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2003
Aprova o Manual de Campanha C 20-1 - Glossário
de Termos e Expressões para uso no Exército, 3ª Edição,
2003.
O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da atribuição que
lhe confere o artigo 113 das IG 10-42 - INSTRUÇÕES GERAIS PARA A
CORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOS ADMINISTRATIVOS NO
ÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército
nº 041, de 18 de fevereiro de 2002, resolve:
Art. 1º Aprovar o Manual de Campanha C 20-1 - GLOSSÁRIO DE
TERMOS E EXPRESSÕES PARA USO NO EXÉRCITO, 3ª Edição, 2003, que
com esta baixa.
Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua
publicação.
Art. 3º Revogar o Manual de Campanha C 20-320 - GLOSSÁRIO DE
TERMOS E EXPRESSÕES PARA USO NO EXÉRCITO, 2ª Edição, 1992,
aprovado pela Portaria Nº 083-EME, de 14 de agosto de 1992.
4. NOTA
Solicita-se aos usuários deste manual a apresentação de
sugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-lo ou que se destinem
à supressão de eventuais incorreções.
As observações apresentadas, mencionando a página, o
parágrafo e a linha do texto a que se referem, devem conter comentários
apropriados para seu entendimento ou sua justificação.
A correspondência deve ser enviada diretamente ao EME, de
acordo com o artigo 108 Parágrafo Único das IG 10-42 - INSTRUÇÕES
GERAIS PARA A CORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOS
ADMINISTRATIVOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria do
Comandante do Exército nº 041, de 18 de fevereiro de 2002.
5. ÍNDICE DOS ASSUNTOS
GLOSSÁRIO DE TERMOS MILITARES
Pag
Apresentação .............................................................................. 1 e 2
Letra A ......................................................................................... A-1 a A-29
Letra B ......................................................................................... B-1 a B-7
Letra C ......................................................................................... C-1 a C-25
Letra D ......................................................................................... D-1 a D-15
Letra E ......................................................................................... E-1 a E-15
Letra F ......................................................................................... F-1 a F-14
Letra G......................................................................................... G-1 a G-9
Letra H ......................................................................................... H-1 a H-3
Letra I .......................................................................................... I-1 a I-10
Letra J ......................................................................................... J-1
Letra L ......................................................................................... L-1 a L-6
Letra M ........................................................................................ M-1 a M-13
Letra N ......................................................................................... N-1 a N-5
Letra O......................................................................................... O-1 a O-11
Letra P ......................................................................................... P-1 a P-23
Letra Q......................................................................................... Q-1 e Q-2
6. Pag
Letra R ......................................................................................... R-1 a R-15
Letra S ......................................................................................... S-1 a S-13
Letra T ......................................................................................... T-1 a T-7
Letra U ......................................................................................... U-1 a U-3
Letra V ......................................................................................... V-1 a V-3
Letra Z ......................................................................................... Z-1 a Z-3
7. 1
C 20-1
APRESENTAÇÃO
1. FINALIDADE
O presente manual tem por finalidade apresentar conceitos sintéticos e
objetivos de termos e expressões amplamente utilizados no âmbito da Força
Terrestre (F Ter), especialmente aqueles relativos à execução de Operações
Militares e o respectivo apoio a essas operações.
2. OBJETIVOS
a. Facilitar o entendimento comum de termos e expressões utilizados em
diferentes setores ou situações abrangidas pela doutrina da Força Terrestre.
b. Contribuir para a padronização da linguagem militar, no âmbito da Força
Terrestre.
c. Ampliar a divulgação de conceitos que, embora de interesse geral,
encontram-se definidos em textos de difusão limitada.
3. ABRANGÊNCIA
a. Os termos e expressões incluídos neste manual, de modo geral, podem ser
considerados compreendidos em dois grupos:
(1) aqueles aplicáveis a um âmbito militar geral; e
(2) os especificamente aplicáveis à Força Terrestre.
b. Os termos e expressões especificamente aplicáveis à F Ter foram concei-tuados
com base na doutrina em vigor no Exército. As conceituações estabelecidas
não visam, porém, a substituir o tratamento detalhado dos diferentes assuntos
representados pelos termos ou expressões conceituados, tratamento esse
contido nos diferentes manuais e em outras publicações em vigor.
8. C 20-1
2
c. Além dos termos e expressões constantes deste Glossário, eventualmente,
outros aplicáveis em contextos específicos da doutrina da Força Terrestre,
poderão ser encontrados nos diversos manuais que tratam dos assuntos consi-derados.
Todavia, tais termos e expressões deverão, progressivamente, ser
harmonizados com os contidos no presente manual.
9. A-1
C 20-1
A
Ação cívico-social (ACISO)
Conjunto de atividades de caráter episódico ou programado de assistência
e auxílio a comunidades, desenvolvendo o espírito cívico e comunitário dos
cidadãos, no país ou no exterior, para resolver problemas imediatos e prementes
[além da natureza assistencial e, às vezes, de socorro às populações, a ação
cívico-social também se insere como assunto civil e colabora nas operações
psicológicas].
Ação comunitária
A atividade que visa, em cooperação com as lideranças civis, a estimular
o espírito comunitário do cidadão brasileiro, a fim de preparar a comunidade para
se auto-assistir e manter, em qualquer situação, a normalidade da vida comuni-tária.
Ação corrente
Ação estratégica que se traduz no preparo e na aplicação do Poder Nacional
para atender à situação normal.
Ação de choque
Efeito resultante do aproveitamento simultâneo das características dos
blindados (mobilidade, potência de fogo e proteção blindada) sobre o inimigo.
Ação de conjunto
Missão tática padrão pela qual o elemento de artilharia deve proporcionar
apoio de fogo à força como um todo. A artilharia com essa missão constitui uma
reserva de fogos, imediatamente disponível, para o comandante intervir no
combate. Esta missão tática é empregada somente nos escalões divisão de
exército e superiores.
10. C 20-1
Ação de conjunto - reforço de fogos
A-2
Missão tática padrão pela qual o elemento de artilharia proporciona, com
prioridade, apoio de fogo à força como um todo e, adicionalmente, reforça os fogos
de outra artilharia em apoio a determinado elemento de manobra. Esta missão
tática é empregada somente nos escalões divisão de exército e superiores.
Ação de emergência
Ação estratégica que se traduz no preparo e na aplicação do Poder Nacional
para atender às situações de emergência.
Ação dinâmica da defesa
Ato ofensivo (ataque limitado ou contra-ataque) que se emprega na
condução da defesa para desorganizar a ação do atacante, para impedir que
mantenha o controle de um acidente capital ou para repeli-lo de área conquistada,
restabelecendo o dispositivo do defensor.
Ação estratégica
A ação orientada para o preparo e a aplicação do Poder Nacional, na
consecução da Estratégia Nacional, podendo ser de duas ordens: ação corrente
e ação de emergência.
Ação estratégica militar
Aquela que se realiza no deslocamento, na concentração ou na manobra
estratégica, desencadeadas para realizar um objetivo ou finalidade estratégica
pela aplicação da expressão militar do poder nacional.
Ação genérica
Ação que comporta, normalmente, um conjunto de ações táticas simples
para sua consecução, exprimindo um efeito desejado.
Ação (esforço) principal
Ação caracterizada pelo ataque principal e o (s) mais importante (s) ataque
secundário (s), bem como pelo apoio ao combate decorrente, realizada na frente
selecionada de ataque (faixas do terreno adjacentes ou não, onde se espera obter
sucesso decisivo no combate ofensivo).
Ação psicológica
Atividade destinada a fortalecer o moral de grupos amigos e influenciar os
demais públicos-alvo, gerando emoções, atitudes ou comportamentos favoráveis
à consecução de objetivos específicos.
11. A-3
C 20-1
Ação retardadora
Movimento retrógrado no qual uma força, sob pressão, troca espaço por
tempo, procurando infligir ao inimigo o máximo de retardamento e o maior
desgaste possível, sem se engajar decisivamente no combate.
Ação secundária
Ação caracterizada pelo (s) ataque (s) secundário (s) menos importante (s)
- fixação, manutenção do contato, dissimulação, outros - bem como pelo apoio
ao combate decorrente, realizada na frente de ataque onde não se espera obter
sucesso decisivo no combate ofensivo.
Ação subversiva
Atividade de caráter predominantemente clandestino, que busca conquistar
as populações para um movimento político revolucionário pela destruição de
bases fundamentais da comunidade que integram.
Ação tática
Toda ação de combate que implica em movimento tático e articulação, seja
de peças de manobra, seja de elemento de apoio ao combate, seja de ambos,
necessária à execução de uma operação militar, podendo as tropas que a
empreenderem combater ou não.
Acidente capital
Qualquer acidente do terreno ou área cuja conquista, manutenção ou
controle proporcione acentuada vantagem a qualquer das forças oponentes.
Ações operativas
São àquelas desencadeadas, em caráter episódico, quando as ações
preventivas não surtiram efeito. Visam a reverter um quadro de grave comprome-timento
da ordem pública, para uma situação de paz e harmonia social. Elas
podem ser desencadeadas numa situação de normalidade, num quadro de
cooperação com os governos estaduais ou com o Ministério da Justiça, apoiando
ou coordenando as ações dos órgãos de segurança pública; ou numa situação de
não-normalidade, com aplicação de salvaguardas constitucionais.
Ações preventivas
São àquelas desencadeadas, em caráter permanente, que visam a evitar
um emprego prematuro da força terrestre e impedir ou dificultar a eclosão e o
agravamento de uma situação de pertubação da ordem. Normalmente se restringe
às atividades de inteligência e de comunicação social.
12. C 20-1
Ações repressivas
A-4
São consideradas as ações repressivas, as ações operativas de intensida-de
mais branda, desencadeadas num quadro de comprometimento da ordem
pública, envolvendo apenas as operações tipo polícia.
Ações subsidiárias
Ações realizadas pela força terrestre, como atividades meio, em apoio às
governamentais principalmente àquelas que se relacionam com as atividades de
caráter social e em apoio ao desenvolvimento nacional.
Acolhimento
Operação que consiste na passagem de uma força que retrai através do
dispositivo de outra força em posição, podendo esta assumir a missão daquela,
em seu todo ou em parte.
Adendo
Documento juntado a um apêndice para ampliá-lo ou esclarecê-lo.
Adequabilidade
É a característica do planejamento logístico que representa a possibilidade
de resolver o problema considerado em todos os seus aspectos, isto é, atender
às condições de tempo e espaço, quanto à ação, e de quantidade e qualidade,
quanto aos meios.
Adequação
Consiste nos trabalhos para alterar a destinação de uso de um recurso físico
já existente, sem aumentar sua capacidade física.
Aditamento
Documento colecionado em ordem numérica para ampliar ou esclarecer um
adendo.
Administração
Atividade que se destina ao gerenciamento dos efetivos prontos, visando a
prover as organizações militares dos recursos humanos necessários para as
diversas funções. Sua principal tarefa é o controle de efetivos.
13. A-5
C 20-1
Administração de pessoal
Processo de planejamento, organização, controle e supervisão das ativida-des
relativas aos recursos humanos, tendo em vista a adequada utilização do
potencial em pessoal de uma organização.
Administração militar
Conjunto de atividades administrativas relacionadas com o poder militar
visando ao planejamento, à organização, à coordenação e ao controle de pessoal,
recursos e instalações, tudo com a finalidade de proporcionar condições para a
aplicação da força militar.
Aeroestratégica
Atividade, operação ou organização relacionada com o emprego da Força
Aérea, visando objetivos mais amplos, de caráter estratégico.
Aeromobilidade
Capacidade que uma força, empregando meios aéreos no campo de
batalha, possui para: atuar em profundidade, antecipando-se ao inimigo; localizar
e engajar forças da linha de contato; alertar sobre o esforço inimigo; redirecionar
a manobra; ampliar o comando e controle; reorganizar o apoio ao combate;
controlar as áreas de retaguarda; e assegurar o apoio logístico.
Aeromóvel
Atividade, operação, organização e meios relacionados com o uso da
mobilidade tática proporcionada na área de operações à força de superfície por
aeronaves, particularmente, helicópteros, a fim de cumprir uma missão no quadro
de manobra tática.
Aeronaval
Atividade, operação ou organização que envolve meios aéreos e meios
navais.
Aeronave de ligação e observação
Aeronave de pequeno porte, destinada a fazer ligação entre determinados
comandos das forças de superfície e realizar observação aérea em proveito
dessas mesmas forças.
Aerotática
Atividade relacionada com o emprego da Força Aérea em proveito próprio,
de forças terrestres ou navais, em um teatro de operações.
14. C 20-1
Aeroterrestre
A-6
Atividade, combinada ou conjunta, operação ou organização relacionada
com o movimento aéreo de uma força (particularmente pára-quedista) e sua
introdução por lançamento ou aterragem numa determinada área para execução
de uma missão tática ou estratégica com objetivo profundo em terra.
Aerotransportado
Pessoal, equipamento e material diverso transportado por aeronave.
Agentes armados
São os militantes formados para a execução das ações armadas da força
adversa. Caracterizam-se quando a força adversa possui um braço armado.
Agentes especiais
São elementos altamente comprometidos com a força adversa, seleciona-dos
e treinados para atividades específicas, como sabotadores e terroristas.
Agitação e propaganda
O processo que permite à força adversa influir no comportamento de
indivíduos e grupos sociais, levando-os a apoiar as suas causas. Este processo
desenvolve-se por meio de pressões, operações psicológicas, greves e distúrbios,
sabotagem, resistência passiva e terrorismo.
Agitadores
São os ativistas de formação mais fácil e rápida, que trabalham com as
massas. Exploram fatos concretos ocorridos e, em função deles, denunciam
através de palavras de ordem, as falhas e fracassos do governo e das instituições.
Dirigem-se a grandes públicos, nos movimentos reivindicatórios, comícios,
passeatas e assembléias. Caracterizam-se como homens de poucas palavras
para muitas pessoas.
Agressor
Inimigo fictício, com organização e doutrina constantes de manual especí-fico,
usado na realização de exercícios escolares, em áreas operacionais extra-continentais.
Agrupamento bateria
Reunião de duas baterias de artilharia antiaérea em que uma delas fica
vinculada ao comando da outra em situação de reforço.
15. A-7
C 20-1
Agrupamento de artilharia
Escalão intermediário de artilharia constituído de um comando e bateria de
comando e de número variável de unidades de artilharia (normalmente de 2 a 6
grupos), as quais, pela diversidade e de tipos e calibres, proporcionam flexibilidade
à organização para o combate. Na antiaérea é denominada de Agrupamento de
Artilharia Antiaérea.
Agrupamento grupo
Reunião de dois grupos de artilharia em que um deles fica vinculado ao
comando de outro em situação de reforço.
Águas interiores
Águas internas, ou sejam, rios, lagos, mares internos, ancoradouros e
certas baías, bem como o espaço marítimo compreendido entre o litoral e a linha
de base estabelecida para a medição de faixa do mar territorial.
Águas territoriais
Águas constituídas pelo mar territorial e as águas interiores.
Ala
Força que opera no flanco; parte de força que está à direita ou à esquerda
do corpo principal.
Aeronave que, em uma formatura, ocupa determinada posição em relação
a outra chamada guia ou líder.
Unidade aérea isolada, integrada, que reúne, sob um mesmo comando,
meios aéreos de idêntica missão, de valor mínimo de um esquadrão aéreo e
máximo de um grupo aéreo, meios de apoio de suprimento e manutenção e meios
de apoio auxiliar e administrativo, de mesmos valores, para fins de adestramento,
de treinamento e/ou emprego em operações independentes, conjuntas e/ou
combinadas; cabe-lhe, também, participar em ações de segurança interna.
Aliciamento
Forma de atuação das forças adversas que consiste na conquista de
adeptos para a causa da força adversa. É realizado por meio de contatos pessoais,
formação de grupos de estudo ou reuniões informais. Conforme os objetivos da
força adversa, o aliciamento pode ter como alvo todas ou uma determinada classe
da sociedade.
16. C 20-1
Alocação de armas
A-8
Designação de meios a empregar em uma ação de defesa aeroespacial
ativa.
Alvo de alta prioridade
Alvo cuja perda pelo inimigo pode trazer grande vantagem à força amiga. Diz
respeito à natureza do alvo que se quer bater.
Alvo prioritário
Alvo sobre o qual os fogos são imediatamente desencadeados quando o
pedido de tiro é realizado. Cada unidade de tarefa só pode ter um alvo prioritário
a ela designado.
Ambiente de combate
Aquele em que vive e atua o combatente na frente de combate, onde está
permanentemente submetido ao perigo, à hostilidade do inimigo, ao desconforto,
à fadiga e às intempéries.
Ambiente operacional
Parte do ambiente terrestre que reúne um complexo de características
fisiográficas, circunstâncias e influências próprias que afetam de modo peculiar
o desenvolvimento das operações militares e os procedimentos de combate.
Ambiente rural
O conjunto das condicionantes físicas, sociais e humanas que se caracte-rizam
pelos grandes espaços, distante dos grandes conglomerados urbanos, com
problemas de ausência de infra-estrutura e baixa densidade demográfica.
Ambiente urbano
O conjunto das condicionantes físicas, sociais e humanas que se caracte-rizam
pelos grandes conglomerados humanos, com alta densidade demográfica.
Ampliação
Consiste nos trabalhos destinados a aumentar a capacidade de um recurso
físico já existente. Pode ser de um pátio ferroviário, de uma pista de pouso, de um
alojamento ou de parte de um sistema.
17. A-9
C 20-1
Análise da área de operações
Fase do estudo de situação em que o comandante avalia as condições
meteorológicas e o terreno e aprecia as condições políticas, econômicas e
psicossociais locais, concluindo sobre seus efeitos nas operações próprias e do
inimigo.
Análise da missão
Fase do estudo de situação em que o comandante faz a interpretação da
missão que recebeu, concluindo por um novo enunciado em que inclui as ações
a realizar, impostas e deduzidas, e a sua finalidade.
Análise das linhas-de-ação opostas
Fase do estudo de situação em que o comandante faz o confronto dialético
das suas linhas-de-ação com as linhas-de-ação prováveis do inimigo, a partir daí,
aprimorando e completando as próprias e concluindo pelas vantagens e desvan-tagens
de cada uma delas e pelos fatores preponderantes que condicionam o
cumprimento da missão.
Análise de alvo
Estudo das características e dos aspectos operacionais de um alvo de
modo a determinar a sua importância militar, a oportunidade, o meio mais
adequado e o método mais eficiente para o ataque.
Análise prospectiva
Consiste em um método sistemático que investiga, mediante o uso de
técnicas diversas, as tendências e a dinâmica de evolução de determinado
sistema militar, político, tecnológico, econômico, psicossocial ou de relações
internacionais, entre outros.
Anexo
Documento correlacionado em ordem alfabética para ampliar ou esclarecer,
se necessário, o texto de uma ordem.
Anfíbio
Diz-se das operações e das forças que participam do desembarque em
uma praia hostil a partir de navios ou de uma costa.
Carro ou viatura que tem capacidade de se mover tanto em terra quanto
navega na água.
18. C 20-1
Antagonismo
A-10
Óbices internos ou externos que, manifestando atitude deliberada e
contestatória, se contrapõe à consecução e manutenção dos objetivos nacionais
permanentes.
Apêndice
Documento colecionado em ordem numérica para ampliar ou esclarecer, se
necessário, um anexo.
Apoio
Ajuda, proteção ou complementação que um elemento ou força proporciona
a outro.
Apoio aéreo
Todas as formas de apoio fornecido pelas forças aéreas às forças em terra
ou em mar.
Apoio aéreo imediato
Apoio aéreo para atender necessidades específicas que surjam no decorrer
do combate e que, por sua natureza, não pode ser planejado antecipadamente.
Apoio aerotático
Ato ou efeito de ações áreas de auxilio direto às operações terrestres ou
navais, realizadas em coordenação com as respectivas forças.
Apoio ao combate
Ato ou efeito realizado pelo apoio de fogo, pelo apoio de engenharia ou pelo
apoio de comunicações e guerra eletrônica, com a finalidade de aumentar o poder
de combate das unidades de manobra.
Apoio ao conjunto
Apoio proporcionado a uma força, considerada como um todo ou não,
especialmente a uma de suas subdivisões.
Como forma de emprego da engenharia, o apoio ao conjunto se caracteriza
pela realização de trabalhos em proveito do conjunto da grande unidade ou da
unidade apoiada, ou em proveito comum de dois ou mais de seus elementos
componentes. Sob tal forma de apoio, as unidades de engenharia permanecem
centralizadas sob o comando da engenharia do escalão considerado.
19. A-11
C 20-1
Apoio ao conjunto de guerra eletrônica (GE)
Apoio proporcionado por elemento de guerra eletrônica orgânico da força,
ou em reforço ou integração. Um elemento de guerra eletrônica em apoio ao
conjunto atenderá às necessidades da força como um todo, sem vinculação
específica a qualquer organização militar subordinada.
Apoio ao conjunto - reforço de guerra eletrônica
Apoio caracterizado pela fusão de missões de apoio ao conjunto e reforço
de guerra eletrônica. Prioritariamente, o elemento ao qual se atribuiu essa missão
presta apoio à força como um todo, reforçando outro elemento de guerra
eletrônica. É empregado, normalmente, nos escalões exército de campanha.
Apoio aproximado
Ato ou efeito da força de apoio contra alvos ou objetivos situados tão
próximos da força apoiada que exigem integração e coordenação detalhada da
ação de apoio com o fogo, movimento ou outras ações da força apoiada.
Apoio de fogo
Ato ou efeito de fogo sobre determinados alvos ou objetivos, realizados por
elemento, unidade ou força, para apoiar ou proteger outros elementos, unidade ou
força.
Apoio de fogo adicional
Acréscimo de apoio de fogo proporcionado pela artilharia do escalão
superior, por período limitado, para atender a uma determinada situação de
combate, sem alterar a organização para o combate existente.
Apoio direto
Apoio proporcionado à determinada organização militar por um elemento
não subordinado à mesma, que atende, diretamente, aos pedidos por ela
formulados.
É aquele em que o combatente de apoio emprega a tropa sob seu comando
em apoio a uma unidade ou fração que não o possui, se puder exercer
convenientemente controle sobre a mesma. Caracteriza-se pela ligação perma-nente
entre os elementos de apoio e o apoiado, cabendo a este determinar as
prioridades dos trabalhos a serem realizados.
20. C 20-1
Apoio direto de guerra eletrônica
A-12
Apoio proporcionado a uma força por elemento de guerra eletrônica que não
lhe é subordinado. Embora atenda às necessidades dessa força em primeira
prioridade, o elemento de guerra eletrônica não lhe fica subordinado, permanecen-do
sob comando da força a qual pertence.
Apoio específico
Aquele proporcionado por um elemento de manobra a um elemento apoiado,
em determinada e específica tarefa no teatro de operações.
Apoio geral
Missão tática padrão pela qual o elemento de artilharia proporciona um
apoio de fogo contínuo e cerrado ao elemento de manobra ao qual é subordinado,
empregando seus fogos, seja em apoio aos elementos de primeiro escalão, seja
no ataque a alvos que interessam à força como um todo.
Apoio logístico
Aquele prestado por organizações militares específicas, abrangendo a
execução de atividade da função logística de recursos humanos, saúde, supri-mento,
manutenção, transporte, engenharia e salvamento para sustentar a
capacidade de operar e de durar na ação das forças em campanha.
Apoio mútuo
Ajuda recíproca que dois combatentes ou que duas forças se proporcionam
pelo fogo, pela proximidade e atuação, garantindo segurança e auxílio uma à outra
e dividindo a atenção, os fogos e ações do inimigo.
Apoio por área
Forma de apoio logístico em que este é prestado a todas as forças e
organizações militares localizadas ou em trânsito em determinada área geográ-fica.
Apoio por tarefa
Apoio fornecido por um elemento de apoio logístico apenas dentro do tipo
ou qualidade da atividade especificada, seja para uma unidade, grupo de unidades
ou uma área.
Apoio por unidade
Forma de apoio logístico em que este é levado até uma força ou conjunto
de unidades nas áreas em que estão estacionadas ou operando.
21. A-13
C 20-1
Apoio suplementar
Forma de suprir a insuficiência de engenharia de um determinado escalão
que já a possua, quando o comando a que pertence o elemento designado para
o apoio puder exercer, sobre o mesmo, elevado grau de controle. Pode apresentar
as seguintes modalidades: por área, específico e por combinação dos dois.
Apoio suplementar específico
Consiste na execução, pela engenharia em apoio, de determinado(s)
trabalho(s), claramente especificado(s), na zona de ação do escalão apoiado.
Apoio suplementar por área
Consiste na realização, pela engenharia em apoio, de trabalhos de enge-nharia
em parte da zona de ação de escalão apoiado.
Aprestamento
Procedimento pelo qual unidades participantes de uma operação
aeroterrestre se deslocam para estacionamento nas vizinhanças dos pontos de
embarque, completam a preparação para o combate e aprontam-se para o
embarque.
Conjunto de medidas, incluindo instrução, adestramento e preparo logístico,
necessárias para tornar uma força pronta para o emprego a qualquer momento.
Apronto operacional
Conjunto de providências iniciais de aprestamento do material, viaturas,
equipamentos, colocando a unidade (mesmo na situação normal em quartéis) tão
completamente pronta quanto possível para embarcar ou entrar em ordem de
marcha com rapidez.
Aproveitamento do êxito
Operação que se segue a um ataque bem sucedido e que, normalmente,
tem início quando a força inimiga se encontra, reconhecidamente, em dificuldades
para manter suas posições. Caracteriza-se por um avanço contínuo e rápido das
forças amigas, com a finalidade de ampliar ao máximo as vantagens obtidas no
ataque e anular a capacidade do inimigo de reorganizar-se ou de realizar um
movimento ordenado.
Ardil
Artifício empregado para desviar a atenção do inimigo de determinadas
atividades ou iludí-lo em relação ao que observa.
22. C 20-1
Área
A-14
Superfície delimitada, que define jurisdição, interesse ou atividade.
Área amarela
Área na qual as forças de guerrilha operam com freqüência, mas que não
se encontra sobre controle efetivo nem das forças de guerrilha nem das forças
legais. É a principal área de operações das forças de guerrilha, que tentam colocar
parcela cada vez maior dela sob seu efetivo controle.
Área coração
Expressão genérica que designa o conjunto de áreas vitais de máxima
importância estratégica para uma nação.
Área crítica
Área que, por sua importância estratégica, é especialmente visada pelos
ataques do inimigo.
Área de apoio de fogo
Área, dentro da área de desembarque, em que operam os navios que
prestam apoio de fogo naval a uma força de desembarque ou a uma força terrestre
que se desloque próxima do litoral.
Área de apoio de praia
Área na praia de desembarque, organizada e operada, inicialmente, pelo
destacamento de praia, contendo as facilidades para o desembarque de tropas e
de material de apoio das forças em terra, bem como para a evacuação de baixas,
de prisioneiros de guerra e de material capturado.
Área de apoio logístico
Área delimitada, destinada ao desdobramento de instalações logísticas
para o apoio a determinado elemento ou força.
Área de aproximação de praia
Área situada entre a linha de partida e as praias de desembarque.
Área de assalto
Área que inclui as áreas de praia, as raias de embarcações, as linhas de
partida, as áreas dos navios de desembarque, as áreas de transportes e as áreas
de apoio de fogo nas vizinhanças imediatas das raias de embarcações.
23. A-15
C 20-1
Área de carregamento
Região que, oferecendo características de terreno favoráveis a operações de
aeronaves e situando-se adequadamente dentro de determinada situação tática,
presta-se ao embarque de pessoal ou material para a execução de transporte
aéreo.
Área de cobertura anti-submarino
Área dentro da qual os elementos aéreos e de superfície com a missão de
cobertura anti-submarino operam para proteger os navios da força anfíbia.
Área de combate
Espaço da área de operações delimitada e designada para atuação de uma
unidade ou força e, por subdivisão, de cada elemento subordinado nas operações
de selva, de pacificação e outras conduzidas em zonas autônomas, caracterizan-do
a responsabilidade tática e territorial de cada comando.
Área de concentração
Área, geralmente no teatro de operações, na qual são reunidos os meios,
antes do início das operações ativas.
Área de conflito
Área geográfica situada nas regiões fronteiriças, ativada e delimitada pelo
Comando Militar de Área, mediante autorização do comando superior, onde serão
desencadeadas ações operativas para se contrapor às ameaças que ponham em
risco a soberania e a integridade do território nacional.
Área de controle
Local de permanência de viaturas nas operações de transposição de cursos
de água, situado suficientemente longe dos rios destinado a permitir a utilização
máxima das estradas alternativas para os locais de travessia.
Área de coordenação de fogos
Área dentro da qual o desencadeamento de fogos obedece determinadas
restrições ou critérios. Caso haja necessidade do cumprimento de uma missão
que contrarie as restrições, torna-se obrigatória a coordenação com o comando
que a estabeleceu.
24. C 20-1
Área de defesa avançada
A-16
Área defensiva compreendida entre o limite avançado da área de defesa
avançada e o limite de retaguarda dos elementos diretamente subordinados,
empregados em primeiro escalão.
Área de desembarque
Área usada para desembarque de tropa e de material, por lançamento aéreo
ou por pouso de aeronave, compreendendo uma ou mais zonas de lançamento ou
pista de pouso.
Em operações anfíbias, parte da área do objetivo, dentro da qual são
executadas as operações de desembarque de uma força-tarefa anfíbia, compre-endendo
as áreas de mar, terra e espaço aéreo necessários para executar e apoiar
o desembarque e estabelecer a cabeça-de-praia da força de desembarque,
delimitada pela cabeça-de-praia, pela área de cobertura anti-submarino e pelo
espaço aéreo correspondente.
Área de destruição de blindados
Área(s) crítica(s), selecionada(s) ao longo das vias de acesso do inimigo,
onde suas formações blindadas tornam-se vulneráveis ao fogo concentrado das
armas anticarro.
Área de dispersão
Em operações de transposição de cursos de água, região situada na área
de travessia, às margens das estradas que demandam os locais de pontes e
portadas, na qual as viaturas param e se dispersam quando o fluxo do tráfego
estiver interrompido ou quando ocorrer uma queda no rendimento dos meios de
travessia.
Área de embarque
Área que abrange vários pontos de embarque na qual se reúne pessoal e
material, completa-se a preparação e se processa o embarque ulterior (posterior).
Área de engajamento
Região selecionada pelo defensor, onde a tropa inimiga, com sua mobilida-de
restringida pelo sistema de barreiras, é engajada pelo fogo ajustado, simultâ-neo
e concentrado de todas as armas de defesa. Tem a finalidade de causar o
máximo de destriução, especialmente nos blindados inimigos, e de provocar o
choque mental e físico pela violência, surpresa e letalidade dos fogos aplicados.
25. A-17
C 20-1
Área de escala
Área que pode ser usada por uma força-tarefa anfíbia no percurso entre a
área de embarque e a área do objetivo para fins de apoio logístico, reparos de
emergência, redistribuição de forças e ensaio final, se necessário.
Área de escala de tropa
Área utilizada pelas tropas a embarcar durante seu deslocamento das áreas
de estacionamento e/ou aquartelamento para a área de embarque, quando este
deslocamento não puder ser feito sem interrupções.
Área de espera
Local de permanência de viaturas nas operações de transposição de cursos
de água, situado na margem amiga ou inimiga, na vizinhança imediata da área de
travessia.
Em operações anfíbias, é uma área destinada à reunião de embarcações
de desembarque vazias, antes de serem chamadas a contrabordo dos transpor-tes,
para receber o pessoal e o material.
Área de estacionamento
Área destinada à acomodação temporária de unidades de tropa e pessoal
em trânsito nas vias de transporte.
Área de fogo livre
Área específica na qual qualquer meio de apoio de fogo pode atuar sem a
necessidade de coordenação adicional com a força que a estabeleceu.
Área de fogo proibido
Área onde nenhum meio de apoio de fogo pode desencadear fogos, exceto
se a missão de tiro provém da força que estabeleceu a área e existe necessidade
de se apoiar determinada tropa amiga em situação crítica, no interior da mesma.
Área de influência
Parte da área de operações na qual o comandante é capaz de influenciar
diretamente no curso do combate, mediante o emprego do poder de combate de
suas tropas. Normalmente, cada comando possui os meios necessários para
obter informações dentro de sua área de influência. Nas operações centralizadas,
a área de influência se confunde com a zona de ação e nas operações
descentralizadas os limites da referida área se confundem com o alcance efetivo
das armas de apoio.
26. C 20-1
Área de interesse
A-18
Área geográfica que se estende além da zona de ação. É constituída por
áreas adjacentes à zona de ação, tanto à frente como nos flancos e retaguarda,
onde os fatores e acontecimentos que nela se produzam possam repercutir no
resultado ou afetar as ações, as operações atuais e as futuras.
Área de lançamento de viaturas anfíbias
Área localizada nas vizinhanças da linha de partida, para qual os navios de
desembarque se encaminham a fim de aí lançarem viaturas anfíbias.
Área de objetivo de interesse
Área(s) favorável(is) onde o inimigo ou os objetivos no terreno podem ser
atacados.
Área de operações
Ampla área geográfica onde são planejadas ou executadas operações
militares. Genericamente, extensão de território, espaço delimitado em linhas
gerais, com suas características e influências topográficas, climáticas e huma-nas.
Área de pacificação
Área onde serão desenvolvidas as operações de garantia da lei e da ordem
nas situações de normalidade e não-normalidade institucional.
Área de posição
Parte do terreno ocupada ou a ser ocupada por uma unidade (subunidade)
de artilharia com seus elementos de tiro. Não representa um limite para a
instalação dos demais elementos da unidade (subunidade).
Área de reagrupamento
Local em que unidades ou forças são reunidas e reorganizadas após uma
ação, em preparação para operações posteriores.
Área de recuperação
Área destinada a receber unidades recentemente retiradas de combate ou
de serviços pesados para fins de repouso, recompletamento dos claros, recupe-ração
e reposição do material, além da preparação para emprego futuro.
27. A-19
C 20-1
Área de repouso
Área preparada, destinada a receber pessoal recentemente retirado de
combate ou de serviços pesados para fins de descanso e recuperação física.
Área de reserva
Área defensiva compreendida entre o limite de retaguarda dos elementos
empregados em primeiro escalão e o limite de retaguarda do escalão considerado.
Área de responsabilidade
Área necessária à execução de operações militares atribuída a uma força.
Área de retaguarda
Espaço geográfico - porção da zona de ação atribuída a uma força terrestre -
destinado ao desdobramento da reserva, dos elementos de apoio ao combate e
de apoio logístico desta força.
Área de reunião
Em operações anfíbias, área onde se reúnem embarcações de desembar-que
e viaturas anfíbias para formar vagas, depois de serem carregadas e antes de
se dirigirem para a linha de partida.
Área de segurança
Região situada à frente da área de defesa avançada, onde atuam as forças
do escalão de segurança da defesa.
Área de segurança integrada
Subdivisão da Zona de Segurança Integrada, para fins de planejamento de
garantia da lei e da ordem, quanto a execução de ações ou medidas preventivas
e de caráter permanente, particularmente nas atividades de inteligência e
comunicação social, e que corresponde a uma área atribuída a responsabilidades
de uma Divisão de Exército ou Região Militar.
Área de sobrevôo livre
Área restrita, onde o vôo é livre e o fogo só pode ser aberto sobre aviões
previamente designados como alvos a engajar.
28. C 20-1
Área de sobrevôo proibido
A-20
Área(s) restrita(s), na qual os aviões podem penetrar desde que autorizados
e obedecendo às normas de sobrevôo preestabelecidas.
Área de transferência
Em uma operação anfíbia, área em que se efetua a transferência das tropas
e suprimentos das embarcações de desembarque para as viaturas anfíbias.
Área de travessia
Em operações de transposição de cursos de água, área compreendida
pelos locais de travessia e o terreno circunvizinho que é sujeito aos fogos inimigos.
Área de vigilância
Áreas que se caracterizam pela existência de espaços vazios, não sediar
organização militar da força terrestre e ser desprovida de potenciais forças
adversas que possam transformar estas áreas, no todo ou em parte, de áreas
sensíveis em áreas problemas. Estas áreas, normalmente para fins de planeja-mento
de garantia da lei e da ordem, quando caracterizadas, ficam sob o controle
dos comandos de zona de segurança integrada, área de segurança integrada ou
subárea de segurança integrada.
Área defensiva
Região onde se desdobra um escalão defensivo que dispõe de forças e
fogos, dentro do planejamento global da defesa, compreendendo a área de
segurança, a área de defesa avançada e a área de reserva.
Área do escalão do mar
Parte da área de desembarque, situada dentro da área de cobertura anti-submarino,
onde operam os navios que aguardam sua vez para penetrar na área
de assalto ou que já foram descarregados.
Área do objetivo
Área em que se acha localizado o objetivo a ser capturado ou atingido,
definida pela autoridade competente, para fins de comando e controle.
Área dos navios-aeródromos de helicópteros de assalto
Áreas situadas ao longo e nos flancos das áreas externas de transporte e
das áreas de navios de desembarque, mas dentro da área de cobertura anti-submarino.
Nelas, os navios-aeródromos de helicópteros de assalto lançam e
recolhem os seus helicópteros. Elas ficam dentro da área de assalto.
29. A-21
C 20-1
Área dos transportes
Área marítima estabelecida nas proximidades da área de aproximação de
praia para permitir o estacionamento dos transportes durante as operações de
descarga. Faz parte da área de assalto.
Área estratégica
Região de natureza geográfica ou setores que envolvem atividades huma-nas,
caracterizadas por óbices existentes ou potenciais.
Área onde se localizam ou possam realizar-se ações estratégicas relacio-nadas
com o preparo e a aplicação do poder nacional sob quaisquer de suas
expressões, de maneira a assegurar a manutenção dos objetivos estratégicos, a
despeito dos óbices que se possam opor.
Área externa dos transportes
Área demarcada no interior da área de cobertura anti-submarino, para onde
se dirigem os transportes de assalto logo que cheguem à área do objetivo.
Área geral de desembarque
Setor(es) da área de objetivo anfíbio, em cujo interior existem os objetivos
da força-tarefa anfíbia e onde a situação do inimigo e as características da área
permitem considerar exeqüível, em princípio, o desembarque e as operações
posteriores para a conquista de uma cabeça-de-praia.
Área indispensável à segurança nacional
Área do território brasileiro, normalmente definida por limites político-administrativos,
onde prepondera o interesse nacional, em caráter permanente ou
transitório, em face de realização de atividades ligadas ao desenvolvimento e/ou
à segurança.
Área interna dos transportes
Área tão próxima às praias de desembarque quanto permitido pela profun-didade,
perigo à navegação, tráfego de embarcações e ação inimiga, para onde
os transportes podem movimentar-se a fim de acelerar a descarga.
Área operacional
Área estratégica, ou parte dela, relacionada com o planejamento de ações
predominantemente do campo militar e onde possíveis operações militares
poderão ocorrer.
30. C 20-1
Área operacional de guerra irregular
A-22
Área geográfica selecionada e designada pelo comandante do teatro de
operações, onde, normalmente, são desdobrados os destacamentos de forças
especiais para a condução da guerra de guerrilha com base em forças locais.
Área-problema
Área(s) sensível(is), onde as força adversas se apresentam organizadas e
atuantes, explorando os pontos de tensão existentes ou potenciais.
Área restrita de defesa antiaérea
Área e espaço aéreo correspondente, onde vigoram medidas especiais para
vôo de aeronaves amigas. São exemplos: área de sobrevôo proibido, área de
sobrevôo restrito ou área de sobrevôo livre.
Área ribeirinha
Área do interior, compreendendo águas e terreno, caracterizada por linhas
de comunicações terrestres limitadas e pela existência de aquavias.
Área sensível
Área física ou da atividade humana, que por suas características e/ou
problemas conjunturais pode ser explorada pela força adversa.
Área verde
Área sob firme controle da força legal. Nessa área, as atividades do inimigo
limitam-se às ações clandestinas ou às incursões, às pequenas emboscadas, às
ações de franco-atiradores e às operações de inquietação.
Área sob o firme controle da força legal, na qual não são adotadas ou foram
suspensas as medidas rigorosas de controle da vida normal da população.
Nessas áreas, as atividades das forças adversas restringem-se às clandestinas,
ou às incursões, às pequenas emboscadas, às ações de franco-atiradores e às
operações de inquietação.
Área vermelha
Área sob o controle contínuo ou intermitente das forças de guerrilha. Nela,
o inimigo localiza suas instalações e bases e opera com relativa impunidade.
Nessa área, a população apóia, normalmente, o movimento revolucionário,
voluntariamente ou sob coação.
31. A-23
C 20-1
Área vital
Área onde se acham localizados pontos vitais suficientemente próximos, de
maneira a formarem um conjunto único.
Áreas externas de navios de desembarque
Áreas para as quais os navios de desembarque inicialmente se dirigem,
após a sua chegada à área do objetivo. Elas se localizam, normalmente, nos
flancos das áreas externas de transporte.
Arma nuclear
Qualquer engenho cujo efeito destruidor resulta de energia liberada pela
fissão ou fusão do átomo .
Armas combinadas
Constituição de uma força em que as organizações militares componentes
são unidades das diferentes Armas, na quantidade equilibrada e adequada de
elementos de manobra e de apoio ao combate, proporcionando-lhe uma capaci-dade
integral de realizar o combate.
Artigo
Designação genérica que pode ser dada a qualquer tipo de material, seja ele
peça ou conjunto, podendo referir-se a um ou vários itens de suprimento.
Artigo controlado
Artigo referente a qualquer classe de suprimento que, por sua natureza
crítica ou por existir em pequena quantidade, é utilizado de acordo com diretrizes
baixadas por determinado escalão de comando.
Artigo regulado
Artigo referente a qualquer classe de suprimento, cujo fornecimento, por
motivos especiais, está submetido a um controle específico.
Artigos críticos
São itens que, pelas suas características, merecem tratamento especial.
São classificados como controlados ou regulados.
32. C 20-1
Artilharia divisionária
A-24
Artilharia orgânica de uma divisão de exército. Para fins operacionais, toda
artilharia colocada sob comando do comandante da divisão de exército e por este
empregada diretamente.
Artilharia leve
A constituída por canhões e obuses de calibre até 120 mm, inclusive.
Artilharia média
A constituída por canhões e obuses de calibre de mais de 120 mm até
160 mm, inclusive.
Artilharia muito pesada
A constituída por canhões e obuses de calibre superior a 210 mm, inclusive.
Artilharia pesada
A constituída por canhões e obuses de calibre superior a 160 mm, até
210 mm inclusive.
Aspiração(ões) nacional(is)
A projeção e a integração dos interesses nacionais na consciência da
nacionalidade.
Assalto
Fase final de um ataque, compreendendo o choque com o inimigo em suas
posições.
Ataque curto, violento, mas bem ordenado, contra um objetivo local.
Assalto aeromóvel
Missão de combate, realizada num quadro de operações aeromóveis, na
qual uma força-tarefa aeromóvel, sob o comando da força superfície, desloca tropa
adestrada e equipada, visando a conquista e manutenção de regiões do terreno
e a participação na destruição de forças inimigas.
Assalto aeroterrestre
Fase de uma operação aeroterrestre, durante a qual as unidades aeroterretres
são lançadas ou aterram sob controle descentralizado para conquistar objetivos
iniciais, interditar áreas e preparar o desembarque subseqüente de outros
elementos.
33. A-25
C 20-1
Assalto anfíbio
Tipo principal de operação anfíbia envolvendo ações empreendidas, simul-taneamente
ou sucessivamente, por uma força de desembarque, para o estabe-lecimento
de uma cabeça-de-praia em território sob o poder do inimigo e
enfrentando sua oposição.
Assinatura eletrônica do emissor
Técnica de identificação de um emissor específico, baseada em parâmetros
únicos que associam a emissão a um determinado posto ou localização.
Assistência ao pessoal
Conjunto de atividades administrativas que trata o pessoal como indivíduos,
a fim de auxiliar o comandante no esforço de elevar e manter o moral da unidade.
Assuntos civis
Conjunto de atividades referentes ao relacionamento do comandante e dos
demais componentes de uma organização ou força militar com as autoridades
civis e a população da área ou território sob a responsabilidade ou jurisdição do
comandante dessa organização ou força.
Ataque
Ato ou efeito de dirigir uma ação ofensiva contra o inimigo.
Ataque aeromóvel
Missão de combate, realizada num quadro de operações aeromóveis, na
qual uma força de helicópteros, reforçada ou não por elemento de força superfície,
é empregada para neutralizar ou destruir forças ou instalações inimigas, em
proveito da operação realizada pelo escalão enquadrante.
Ataque coordenado
Operação ofensiva que consiste em combinar fogo, movimento e ação de
choque contra uma resistência ou posição defensiva do inimigo, sobre a qual as
informações disponíveis indicam a necessidade de um planejamento completo,
reconhecimentos detalhados, centralização das ações e esforço coordenado por
parte dos escalões executantes.
Ataque de oportunidade
Ataque realizado quando, após esclarecer a situação e analisar os fatores
da decisão, o comandante conclui sobre a viabilidade de realizar um ataque
imediato, sem executar as medidas normalmente exigidas em um ataque
coordenado, de forma a explorar uma determinada situação.
34. C 20-1
Ataque diversionário
A-26
Ação em que uma força ataca ou faz crer que ataca com o propósito de
afastar as defesas inimigas do esforço principal (Ver definição de Demonstração
e Finta).
Ataque frontal
Forma de manobra ofensiva, que consiste em um ataque incidindo ao longo
de toda a frente, com a mesma intensidade, sem que isto implique no emprego
de todos os elementos em linha, empregando um poder de combate esmagador
sobre um inimigo consideravelmente mais fraco ou desorganizado, para destruí-lo
ou capturá-lo, ou para fixá-lo numa ação secundária. Normalmente, é executado
por escalão a partir do escalão divisão de exército, inclusive.
Ataque parcelado
Ataque em que o comandante de determinado escalão emprega seus meios
à proporção que se tornam necessários ou disponíveis, tirando partido de uma
superioridade tática momentânea.
Ataque principal
Ataque por meio do qual é lançada a maioria dos meios disponíveis, por força
a que represente o esforço principal para a conquista de determinado objetivo.
Ataque secundário
Qualquer ataque de menor importância em relação ao ataque principal.
Caracteriza-se, em relação ao ataque principal, por receber uma frente normal-mente
maior e uma menor dosagem de meios. No ataque coordenado, pode ser
realizado por um ou mais dos elementos de manobra da força atacante, com a
finalidade de criar condições e contribuir para o êxito do ataque principal.
Atitude
Concepção da forma de operar a nível de estratégia operacional, podendo
ser ofensiva ou defensiva.
Atitude defensiva
Atitude que se caracteriza por ceder a iniciativa das ações ao inimigo.
Atitude ofensiva
Atitude que se caracteriza pela manutenção da iniciativa e, geralmente, pela
superioridade de forças.
35. A-27
C 20-1
Atitude operativa
No quadro de operações de garantia da lei e da ordem, diz respeito ao
posicionamento do Governo para destruir o mecanismo e neutralizar os dirigentes
das forças adversas. A situação a enfrentar pode evoluir até o estágio de luta
interna e a ação correspondente é de ordem operativa, de nítida característica
militar.
Atitude preventiva
No quadro de operações de garantia da lei e da ordem, diz respeito ao
posicionamento do Governo para evitar que se crie e amplie no país o clima
propício ao desenvolvimento de processos subversivos. Esta atitude é caracteri-zada
pelo desencadeamento, prevalentemente, de medidas preventivas, particu-larmente
inteligência e comunicação social.
Atividade
Conjunto de ações com finalidades definidas e geralmente essenciais para
o funcionamento contínuo dos órgãos e das unidades.
Atividade de contrabateria
Operações e procedimentos necessários para localizar, identificar e atacar
posições de artilharia de tubo, de mísseis e de morteiros inimigos.
Atividade logística
Conjunto de tarefas afins, reunidas segundo critérios de relacionamento,
interdependência ou de similaridade.
Ativistas
Elementos especializados, bem preparados e que têm como missão instilar
nas mentes de indivíduos ou das massas os ideais da força adversa e propagar
sua ideologia. Os ativistas podem ser agitadores ou propagandistas.
Ato de adoção
Documento expedido pelo Estado-Maior do Exército, adotando, para uso no
Exército, determinado material ou equipamento. Deve ser acompanhado de
documentos complementares, determinando as providências decorrentes dessa
adotação.
36. C 20-1
Ato de desativação
A-28
Documento expedido pelo Estado-Maior do Exército, retirando de uso
determinado material ou equipamento, até então adotado no Exército. Deve ser
acompanhado de documentos complementares, determinando as providências
decorrentes a serem tomadas.
Ato declaratório
Documento expedido pelo Estado-Maior do Exército, que considera deter-minado
material ou equipamento suscetível de adoção pelo Exército.
Atuar
Ação física genérica do inimigo, difícil de ser enunciada com precisão. No
transcorrer da operação e no continuar do estudo de situação, ela tende a tomar
um caráter mais específico. O termo é bastante usado nos campos da guerra
irregular e nas situações em que o contato não esteja definido.
Ação física genérica levada a efeito por nossas forças quando não estiver
caracterizado nenhum tipo específico de manobra ofensiva ou defensiva.
Autenticação
Medida de segurança destinada a proteger o sistema de comunicações.
Utilizada para identificar os elementos que transmitem ou recebem mensagens
e as próprias mensagens.
Autodefesa
Legítima defesa, com o emprego dos próprios meios, em resposta a um
ataque direto.
Autopropulsado
Armamento de artilharia montado permanentemente sobre reparo constitu-ído
pela própria viatura, normalmente blindada.
Autopropulsionado
Engenho espacial bélico que se locomove por seus próprios meios.
Autoridade coordenadora
Um comandante ou indivíduo que recebe responsabilidade para coordenar
funções ou atividades específicas, envolvendo dois ou mais elementos de uma ou
mais forças armadas.
37. A-29
C 20-1
Auxiliares de influência
São pessoas colocadas em posições tais de evidência, na imprensa, no
magistério, nas artes, no clero, na administração pública, dentre outras que, ao
se manifestarem, são capazes de obter ressonância favorável à força adversa.
Auxiliares ocultos
São elementos que, por medo ou por conveniência, ocultam sua simpatia
pela força adversa, representando ocupar uma posição isenta e imparcial, mas
que em todas as ocasiões defendem as posições favoráveis à força adversa.
Avaliação estratégica
Ato ou efeito de determinar se as possibilidades e as vulnerabilidades
existentes na área podem interferir, favorável ou desfavoravelmente, em relação
aos objetivos e políticas constantes do conceito estratégico nacional.
Avaliação política da conjuntura
Pesquisa visando proporcionar, de forma racional e sistematizada, aos
elementos da estrutura do Estado, um panorama eminentemente conjuntural e
dinâmico que possibilite estabelecer os objetivos de natureza político-estratégico.
38. B-1
C 20-1
B
Baixa
Internamento em hospitais ou em enfermaria.
Ato ou efeito de desligar uma praça do serviço ativo.
Designação genérica das perdas ocorridas por ferimento, acidente ou
doença.
Barragem
Tiro linear previsto, destinado a proteger tropas ou instalações amigas,
impedindo que o inimigo atravesse linhas, posições, etc. É normalmente estabe-lecido
no terreno, no quadro dos fogos previstos para a defesa imediata da posição.
Barreira
Série contínua e mais ou menos profunda de obstáculos colocados para
obstruir uma via de acesso, coordenada com a manobra tática e destinada a
canalizar, retardar ou impedir o movimento do inimigo.
Barreira de cobertura
Barreira lançada à frente da área de defesa avançada. Denomina-se de
cobertura imediata, quando batida pelos fogos da barragem geral da posição e de
cobertura avançada quando fora do alcance desses fogos.
Barreira de flanco
Barreira que se destina à proteção de um flanco de unidade em posição.
39. C 20-1
Barreira de retaguarda
B-2
Última barreira, transversal à principal direção a defender. Destina-se à
proteção de importantes instalações ou acidentes do terreno, ou mesmo de uma
outra posição. Pode coincidir com o limite de retaguarda do escalão considerado
ou estar localizada à frente deste.
Barreiras interiores
Barreiras localizadas no interior da área a defender. Destinam-se, normal-mente,
a tornar celular o sistema de barreiras do escalão considerado.
Base de apoio interno
Conjunto de instalações e meios localizados em território controlado pelo
inimigo, para proporcionar apoio de toda natureza aos destacamentos de forças
especiais e às forças irregulares operando na área ou em suas proximidades.
Base de combate
Ponto forte que se estabelece na área de combate ou de pacificação de uma
força em operações na selva, em operação de pacificação e em certas operações
em áreas autônomas para assegurar o apoio logístico, proporcionar a ligação com
os elementos subordinados e superior, acolher e despachar tropas e garantir a
duração na ação.
Base de combate ribeirinha
Base temporária, terrestre ou flutuante, estabelecida pelo comandante da
força-tarefa ribeirinha ou por escalões diversos dessa força, na área de operações,
de onde são desencadeadas e apoiadas as ações contra o inimigo.
Base de coordenação avançada
Conjunto de meios, subordinados ao comando de uma base de operações
de forças especiais, destinados à coordenação imediata das operações de
destacamentos de forças especiais quando desdobrados a uma distância que
impossibilite ou dificulte um eficiente controle e apoio pela referida base de
operações de forças especiais.
Base de guerrilha
Área de instalação temporária de uma força ou elemento de guerrilha, onde
se oculta e se prepara para executar as suas ações.
Área onde se localizam, temporariamente, as instalações, postos de
comando e unidades de guerrilhas.
40. B-3
C 20-1
Base de mobilização
Infra-estrutura básica, capaz de permitir, rapidamente, a adaptação e a
transformação dos recursos do potencial militar ou poder, na escala e no ritmo
exigidos pela guerra.
Base de operações
Região de grande amplitude na zona do interior ou em uma posição
conveniente do teatro de guerra onde é feita a acumulação de meios e estabelecido
o complexo logístico de sustentação das forças armadas de uma potência de onde
serão lançadas para operarem contra a potência inimiga em um ou mais teatros
de operações.
Região, localidade ou praça militar utilizada para preparação e sustentação
de uma força que, a partir dela, dá início a uma operação ou campanha e para onde
retrai em caso de insucesso.
Local ou posição forte onde se reúne ou se concentra uma força em
condições de atuar em uma área de operações.
Base de operações de forças especiais
Área onde se localiza o principal conjunto de meios destinados a proporci-onar
comando, coordenação e apoio logístico aos destacamentos de forças
especiais e às forças irregulares, por estes assistidas, que operam em um teatro
de operações.
Base de patrulha
Local de uso temporário na área de combate de companhia, a partir da qual
o pelotão ou grupo de combate executa ações de patrulha, incursões e embos-cadas.
Área oculta na qual se acolhe a patrulha de longa duração por curto prazo
para se refazer, se reorganizar e dar prosseguimento ao cumprimento da missão.
Base logística
Área onde se desdobra, sob um comando de um grupamento logístico, o
conjunto das organizações encarregadas de proporcionar o apoio logístico às
forças em operações.
Base logística avançada
Aquela, normalmente, desdobrada em área mais avançada da Zona de
Administração, destinada a assegurar o apoio cerrado às forças terrestres em
operação e empregadas segundo uma direção tática de atuação.
41. C 20-1
Base logística recuada
B-4
Aquela, normalmente, desdobrada na parte mais à retaguarda da Zona de
Administração, destinada a receber os recursos logísticos provenientes da Zona
do Interior, a estocar o grosso dos suprimentos destinados ao teatro de operações
e assegurar o apoio logístico às forças terrestres e, se determinado, às organiza-ções
de outras forças armadas e população civil.
Base operacional alternativa
Área selecionada para instalação futura, em substituição a uma base de
operações de forças especiais, cuja situação possa tornar-se insustentável ou
quando a nova localização venha a concorrer para facilitar o cumprimento de uma
missão em curso.
Batalha
Consiste numa série de combates relacionados e próximos, no tempo e no
espaço, realizados no nível tático. As batalhas compreendem uma ou mais
operações táticas e se materializam por meio de operações e ações táticas.
Consiste no choque violento de forças de valor considerável, no qual ambos os
contendores visam modificar sua situação estratégica, conquistando posições no
terreno ou destruindo parcela do poder de combate do inimigo.
Bem-estar e manutenção do moral militar
Atividade da função logística recursos humanos que destina-se a fazer com
que o recurso humano se refaça do desgaste físico, mental e emocional provocado
por longos períodos de combate e trabalho extremado sob pressão.
Bibliografia
Relação de obras citadas ou consultadas num determinado trabalho.
Binômio infantaria-carros
Organização temporária para o combate em que elementos de infantaria e
carros-de-combate progridem e operam juntos, em mútuo apoio e em íntima
combinação de características, possibilidades e meios.
Concepção de emprego dos blindados em que unidades de infantaria
(mecanizada ou blindada) atuam antecedendo o ataque, acompanhando ou em
imediato apoio às unidade de carros-de-combate.
Biossegurança
Conjunto de ações voltadas para o controle e a minimização de riscos
advindos da exposição, da manipulação e do uso de organismos vivos que podem
causar efeitos adversos ao homem, aos animais e ao meio ambiente.
42. B-5
C 20-1
Bloqueio
Interdição diplomática e militar (marítima, aérea ou terrestre) que uma nação
impõe a outra, como ato de guerra, impedindo o acesso de pessoas e mercado-rias,
inclusive de neutros, aos portos, aeroportos e entradas de fronteira do país
antagonista.
Interdição de um ponto de passagem ou via pela ocupação com tropa, pela
colocação de obstáculos ou realização de fogos.
Para a Guerra Eletrônica, caracteriza-se pela irradiação intencional,
reirradiação ou reflexão de energia eletromagnética com a finalidade de reduzir ou
anular a recepção do sinal dos equipamentos ou sistemas eletrônicos/eletroópticos
em uso pelo oponente.
Boatos
Notícia ou informação imprecisa, fabulosa ou catastrófica, de origem não
identificável, que circula “de ouvir falar” no meio de um agrupamento, com foros de
verdade. [O Boato pode ter conotação com fatos mal conhecidos, especulações
ou má fé; podendo criar ansiedade, insegurança e afetar o moral.]
Brecha
Ruptura realizada em um segmento da frente defensiva, permitindo a
penetração de uma força em busca de um objetivo à retaguarda. Solução de
continuidade no dispositivo de uma força ou posição.
Abertura conseguida no muro de uma fortificação ou muralha de praça forte.
Passagem aberta ou deixada em uma barreira destinada à passagem de
tropas a pé, motorizadas ou blindadas. Uma brecha simples tem, normalmente,
7 metros de largura e uma brecha dupla tem 14 metros, devendo ser adequada-mente
demarcadas.
Brigada
Grande Unidade básica de combinação de armas, integrada num conjunto
equilibrado por unidade de combate, de apoio ao combate e de apoio logístico,
com capacidade de atuar independentemente e de durar na ação.
Unidade aérea isolada, integrada, que reúne, sob um mesmo comando,
meios aéreos de idêntica missão, de valor de dois ou três grupos aéreos, meios
de apoio de suprimento e manutenção e meios de apoio auxiliar e administrativo,
todos de nível grupo, para fins de adestramento e/ou emprego em operações
independentes, conjuntas e/ou combinadas.
43. C 20-1
Brigada Blindada (de Infantaria ou de Cavalaria)
B-6
Grande Unidade formada, basicamente, por batalhões de infantaria blinda-dos
e regimentos de carros de combate. Suas características principais são a
ação de choque, a mobilidade e a pontência de fogo.
Brigada de Artilharia Antiaérea
Escalão de artilharia antiaérea constituído, basicamente, de um número
variável de grupos e de baterias de artilharia antiaérea, destinado a realizar a
defesa antiaérea de pontos e áreas sensíveis em sua área de responsabilidade,
na faixa de baixa e média altura.
Brigada de Cavalaria Mecanizada
Grande Unidade formada, basicamente, por regimentos de cavalaria meca-nizados.
Suas principais características são a grande mobilidade, a relativa
proteção blindada e a potência de fogo.
Brigada de Infantaria de Montanha
Grande Unidade formada, basicamente, por batalhões de infantaria de
montanha. Sua principal característica é a capacidade de conduzir operações em
terreno montanhoso e de sobrevivência em ambiente de condições meteorológicas
extremas e altitudes elevadas.
Brigada de Infantaria de Selva
Grande Unidade formada, basicamente, de batalhões de infantaria de selva,
organizada para atuar na selva. Suas principais características são fluidez e
capacidade de sobrevivência em ambiente hostil de selva.
Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel)
Grande Unidade formada, basicamente, por batalhões de infantaria leves.
Sua principal característica é a elevada mobilidade tática, decorrente de sua
estrutura organizacional leve e modular.
Brigada de Infantaria Mecanizada
Grande Unidade formada, basicamente, por batalhões de infantaria meca-nizados.
Suas principais características são a grande mobilidade, relativa prote-ção
blindada e potência de fogo.
44. B-7
C 20-1
Brigada de Infantaria Motorizada
Grande Unidade constituída, basicamente, de batalhões de infantaria
motorizados, capaz de executar o combate terrestre sob quaisquer condições de
tempo e de terreno, podendo realizar operações aeromóveis ou aerotransportadas.
Brigada de Infantaria Pára-quedista
Grande Unidade formada, basicamente, por batalhões de infantaria pára-quedistas.
Sua principal característica é a elevada mobilidade estratégica,
proporcionada pelo transporte aéreo, associado ao assalto aeroterrestre com a
utilização de pára-quedas.
Busca
Atividade sigilosa voltada para a obtenção de dados não-disponíveis e
protegidos por medidas de segurança estabelecidas por quem os detém. Exige,
para a sua execução, pessoal especializado e emprego de técnicas operacionais.
Em combate, é realizada, também, por meio de processos próprios das opera-ções
militares convencionais. Quanto à continuidade, a busca pode ser sistemá-tica
ou exploratória.
Busca de alvos
Parte da atividade de inteligência que consiste em descobrir, identificar e
localizar, precisa e oportunamente, alvos terrestres, a fim de analisá-los e,
conseqüentemente, determinar a melhor maneira de batê-los.
Busca e salvamento
Ação de localizar, socorrer e resgatar pessoas em perigo, perdidas ou
vítimas de acidentes e da ação hostil do inimigo com o emprego de aeronaves,
embarcações de superfície, submarinos ou outro qualquer equipamento especial.
45. C-1
C 20-1
C
Cabeça-de-ponte
Área ou posição na margem inimiga de um curso de água obstáculo (ou
desfiladeiro), que uma força conquista na ofensiva ou mantém na defensiva, a fim
de assegurar as melhores condições para o prosseguimento de suas operações
ou para as operações de outras forças.
Cabeça-de-ponte aérea
Em operações aeroterrestres ou aeromóveis, área geográfica, conquistada
ou mantida, a fim de proporcionar o espaço necessário para o desembarque, por
via aérea, de tropas, equipamentos e suprimentos.
Cabeça-de-praia
Área determinada em uma área hostil que, quando capturada e mantida,
assegura o desembarque contínuo de tropa e material e proporciona espaço de
manobra para operações em terra.
Cabeça-de-série
Fração inicial (primeiras unidades) de um lote oriundo de uma linha de
produção, já testada através de um lote-piloto.
Cadeia de comando
Seqüência hierárquica de comandantes, por meio da qual é exercido o
comando.
46. C 20-1
Cadeia de evacuação
C-2
Série de postos de coleta de prisioneiros de guerra e prisões pelos quais os
prisioneiros de guerra e os civis internados são reunidos e evacuados da zona de
combate para a retaguarda.
Série de postos ou órgãos de saúde (veterinária) pelos quais os feridos
(animais feridos) são reunidos e transportados para as instalações de saúde
(veterinária) da retaguarda.
Série de postos e instalações, por meios dos quais o material salvado,
danificado ou capturado é enviado para a retaguarda.
Cadeias de comando paralelas
Sistema paralelo de comando, sensível às relações mútuas entre as tarefas
da Força Naval e de desembarque, no qual se estabelecem comandos correspon-dentes
em cada escalão subordinado de ambos os componentes, para facilitar o
planejamento coordenado e a execução da operação anfíbia.
Caderno de encargos
Conjunto das especificações técnicas relativas a determinado material e
que se destina à produção do mesmo e à correspondente aferição de qualidade.
Caderno de trabalho
Documento interno de estado-maior no qual são lançadas todas as
informações recebidas ou prestadas pela seção considerada, classificadas por
assunto.
Calamidade pública
Situação de emergência provocada por fatores anormais e adversos que
afetam gravemente a comunidade, privando-a, total ou parcialmente, do atendi-mento
de suas necessidades ou ameaçando a existência ou a integridade de seus
elementos componentes. Quando a situação não apresentar a gravidade ou as
características de calamidade pública, será considerada como de anormalidade.
Calco de apoio à decisão
Calco confeccionado pelo oficial de operações com a colaboração do oficial
de inteligência. Sua finalidade é relacionar o movimento e a localização do inimigo
com a adoção de alguma medida tática que tenha que ser tomada. Não dita
decisões ao comandante, mas reduz as incertezas do combate. É constituído
pelas áreas com objetivo de interesse e respectivos pontos de decisão. Pode ser
combinado com o calco de eventos.
47. C-3
C 20-1
Calco de eventos
Calco utilizado em conjunto com uma matriz de apoio ou de eventos.
Consiste na marcação de áreas específicas e atividades do inimigo que, quando
observadas, revelarão qual a linha de ação que o inimigo adotou. As áreas
específicas onde se espera que aconteça uma atividade inimiga denominam-se
região de interesse para a inteligência.
Calco de operações
Documento de estado-maior, normalmente, integrante de um plano ou
ordem de operações, onde são representados o esquema de manobra, as
instalações e os órgãos de comando e apoio essenciais do escalão considerado.
Calco de restrições ao movimento
Calco que integra os calcos de vegetação, de relevo, de outras restrições
do terreno e de condições meteorológicas de forma a fornecer uma informação
visual sobre as regiões em que uma tropa de determinada natureza terá a
mobilidade afetada e onde o movimento será facilitado.
Campanha
Conjunto de operações militares, relacionadas no tempo e no espaço,
visando a um determinado fim.
Campanha terrestre
Conjunto sistematizado de ações predominantemente terrestres, realiza-das
numa ampla faixa de tempo e espaço para a consecução de objetivos
estratégicos.
Campo de batalha não-linear
Parte da área de operações em que as ações ocorrem concomitantemente,
próximas à linha de contato e em toda a profundidade do campo de batalha,
mediante a realização de operações aeromóveis e com blindados, aplicação de
fogos maciços em profundidade, assim como por infiltrações táticas noturnas e
incursões, visando o isolamento do campo de batalha, a derrota da força inimiga
e a rápida conquista dos objetivos estratégicos selecionados.
Canal
Trâmite de entendimento oficial entre órgãos de comando, órgãos de chefia
ou comandantes de unidades.
Faixa de freqüência ou circuito em que podem ser mantidas as comunica-ções.
48. C 20-1
Canal de comando
C-4
Trâmite de entendimento existente entre as diversas autoridades com
responsabilidade de comando.
Canal de suprimento
Em logística, via administrativa por meio da qual o suprimento flui para seu
destino.
Canal técnico
Aquele que corresponde às linhas de entendimento funcional entre autori-dades
técnicas, entre comandos de apoio (ao combate e logístico) e as
organizações militares apoiadas bem como entre membros do estado-maior da
força e os comandos subordinados. [Os canais técnicos permitem entendimentos
funcionais de informação, coordenação, supervisão e controle].
Canibalização
Retirada de conjuntos ou peças em bom estado de um equipamento
indisponível para emprego na reparação de outro equipamento.
Capacidade de tráfego
Número máximo de veículos que pode se deslocar numa via de transporte,
num determinado período (normalmente de 24 horas), em um sentido.
Número de composições que podem circular, diariamente, numa via ou num
trecho dessa via, em um sentido. Representada por uma fração ordinária (N/24),
onde N é o número de composições.
Número máximo de mensagens que podem ser transmitidas por um
determinado equipamento de comunicações, num determinado período, num
sentido.
Capacidade de transporte anfíbio
Capacidade total dos transportes de assalto empregados em uma operação
anfíbia em termos de pessoal, viaturas e toneladas de carga.
Capitulação
Ato ou efeito de capitular; rendição negociada e com condições acordadas.
A convenção firmada pelos comandantes oponentes ou por seus delegados, pela
qual a força ou praça se rende sob as condições acordadas.
49. C-5
C 20-1
Capturado-recuperado
Todo indivíduo, nacional ou aliado que, tendo sido capturado pelo inimigo,
foi posteriormente recuperado.
Carga geral
Caracteriza-se pela carga constituída dos mais diversos tipos de cargas
acondicionadas em volumes próprios, embarcados em partidas de tonelagens
diversas e de valor unitário variável. Os produtos acondicionados em sacos e os
líquidos em tambores, bem como as cargas reunidas em “pallets” ou contêineres,
são, também, classificados como carga geral.
Carga pré-configurada
Conjunto de suprimento classe V (Mun) necessário para uma subunidade,
em determinado período de tempo, normalmente para uma jornada completa, e
para determinada operação de combate.
Composição de Sup Cl V (Mun) de um Pacote Logístico (Pac Log) e tem por
finalidade agilizar os trabalhos nas instalações logísticas e nos Pontos Interme-diários
Logísticos (PIL).
Carta de circulação e controle de trânsito
Documento que aponta a utilização da rede de estradas para atender a
determinadas necessidades táticas e logísticas, indicando os itinerários e as
medidas conseqüentes para a regulação do trânsito.
Carta de itinerário de linhas
Carta, calco, fotocarta, esboço ou redução fotográfica, em que são assina-lados,
por meio de símbolos regulamentares, os itinerários da linhas de comuni-cações
existentes ou projetadas, bem como a quantidade de circuitos e a
localização dos elementos ligados.
Carta de operações
Carta que mostra a localização e o valor das forças amigas empenhadas
numa operação, com seus limites, objetivos, zonas de ação e outras medidas de
coordenação. Pode, também, indicar os movimentos prováveis e a localização das
forças inimigas.
Carta de situação
Carta que indica a situação tática ou administrativa em determinada
ocasião, utilizada para o estudo da situação do estado-maior ou como referência
a relatórios desse órgão.
50. C 20-1
Carta estratégica
C-6
Carta especial para o planejamento de operações estratégicas, incluindo
movimento, concentração e suprimento.
Centro de apoio aéreo direto
Órgão do sistema de controle aerotático (SCAT), subordinado ao centro de
operações aerotáticas (COAT), cuja missão principal é prover atendimento rápido
às necessidades das forças terrestres, em missões imediatas de cobertura e
reconhecimento aerotático.
Centro de comunicações
Conjunto de instalações de comunicações com os encargos de recepção,
processamento, transmissão e entrega de mensagens, estabelecidas e mantidas
por troca de comunicações, para atender a um determinado posto de comando,
escalão de quartel general ou grupo de unidades e instalações.
Centro de comunicações de comando
Estabelecido para atender às necessidades de um posto de comando ou
escalão de posto de comando em meios de comunicações. Pode, eventualmente,
apoiar tropas ou instalações nas suas proximidades.
Centro de controle aerotático
Centro de operações de comando da força aérea do teatro de operações
(FATO), onde é planejado e coordenado o emprego de todo esforço aerotático e
controlado todo o movimento aéreo do teatro de operações através do sistema de
controle aerotático (SCAT), do qual é o órgão de cúpula.
Centro de controle de defesa aérea
Órgão principal de controle de defesa aérea ativa de um setor de defesa
aérea, por cujo intermédio são coordenadas todas as aeronaves, a artilharia
antiaérea, os mísseis guiados e as funções de alarme aéreo.
Centro de coordenação das armas de apoio
Órgão a bordo de navio da força-tarefa-anfíbia, onde estão centralizados
pessoal e meios de comunicações, responsável pela coordenação do apoio de
fogo naval, aéreo e de artilharia até a instalação, em terra, do órgão de
coordenação do apoio de fogo da força de desembarque.
51. C-7
C 20-1
Centro de coordenação de apoio de fogo
Órgão encarregado da coordenação de todos os meios de apoio de fogo à
disposição de uma força e onde são reunidos os elementos e centralizados os
meios de comunicações necessários à execução dessa coordenação.
Centro de mensagens
Elemento componente de um centro de comunicações, com a responsabi-lidade
de receber, preparar para a transmissão, dar recibos e entregar mensagens.
Centro de operações
Instalação do posto de comando de unidade em campanha onde trabalham
os oficiais de operações e de inteligência. [Nele estão as cartas de situação e os
meios de comunicações do sistema de comando].
Centro de operações aerotáticas
Órgão do sistema de controle aerotático (SCAT), destinado a planejar e
coordenar o emprego de todo o esforço da força aerotática (FAT) à qual pertence,
bem como controlar todo o movimento aéreo na área de responsabilidade dessa
FAT.
Centro de operações antiaéreas
Órgão pertencente ao sistema de controle e alarme da artilharia antiaérea,
responsável pelo controle de todos os meios integrantes da defesa antiaérea.
Centro de operações combinadas
Órgão para operações de apoio aéreo às forças terrestres ou navais.
Constitui o mais alto escalão das forças participantes da operação que coordena
as atividades de todos os elementos aéreos e terrestres ou aéreos e navais
empenhados na operação.
Centro de operações de segurança integrada
Órgão de planejamento, de coordenação e de assessoria dos comandos de
zona de segurança integrada, área de segurança integrada e subárea de
segurança integrada das medidas a cargo da força terrestre e dos órgãos de
Segurança Pública e, eventualmente, das demais Forças Singulares. Tem por
finalidade, permitir a necessária coordenação do planejamento e execução nas
operações de garantia da lei e da ordem, facilitando a conjugação de esforços e
a ligação entre os órgãos da esfera federal e os da esfera estadual e municipal que
tenha responsabilidade na segurança interna.
52. C 20-1
Centro de operações e orientação
C-8
Órgão localizado na base de operações de forças especiais (BOFE),
integrado por pessoal selecionado de operações e inteligência, que tem por
missão:
- elaborar planos e ordens para operações projetadas;
- orientar, antes do desdobramento, os destacamentos de forças especiais,
sobre as áreas operacionais e as missões a cumprir; e
- acompanhar as operações em desenvolvimento.
Centro de operações táticas
Órgão constituído no posto de comando de grande unidade, reunindo
oficiais do estado-maior e de apoio ao combate com a finalidade de fazer o
acompanhamento das operações em curso enquanto o restante do estado-maior
se dedida ao planejamento das operações subseqüentes e futuras.
Centro de recompletamento
Organização do sistema de recompletamento, instalada e operada por uma
unidade de recompletamento, com a missão normal de receber, alojar, qualificar,
instruir e encaminhar os recompletamentos para as unidades apoiadas.
Centro de recreação
Instalação, ou conjunto de instalações, que funciona com o fim específico
de proporcionar repouso e recreação a oficiais e praças em gozo de licença.
Centro de tráfego
Órgão de comunicações, existente nos grandes comandos, que reúne sob
uma mesma chefia o centro de mensagens, meios de criptografia e decriptografia
e os controles remotos dos diferentes meios de comunicações.
Centro nodal
São os nós troncais do sistema, com a função central de trânsito, para onde
convergem todas as ligações e, através de enlaces de grande capacidade de
tráfego, ligam-se uns aos outros, proporcionando uma cobertura, em comunica-ções,
em toda a zona de ação dos escalões divisões de exército e superiores.
Cercar
Isolar completamente uma força impedindo-a de receber reforço, suprimen-to
ou efetuar o seu retraimento e fuga.
53. C-9
C 20-1
Cerco
Variante do desbordamento e do envolvimento, que tem por objetivo
bloquear determinada área ou força, cortando-lhe as vias de comunicações
terrestres.
Completo isolamento que uma força impõe à do adversário, impedindo seu
retraimento e fuga em qualquer direção e cortando-lhe o recebimento de reforços
e suprimentos, buscando a sua capitulação, rendição pelo sítio ou destruição pela
redução em força.
Ciclo de informações
Conjunto de atividades relacionadas com a produção de informações e que
se desenvolvem segundo um método de raciocínio que, em seqüência lógica,
compreende as fases de planejamento, reunião de informes, processamento e
difusão.
Ciclo de ração (víveres)
Período de 24 horas durante o qual uma ração vai ser consumida.
Ciência
Conjunto dos conhecimentos relativos ao universo: seus fenômenos natu-rais,
ambientais e comportamentais. Pode ser considerada ciência pura ou
fundamental, quando é desvinculada de objetivos práticos, e ciência aplicada,
quando visa a conseqüências determinadas.
Cifra
Sistema criptográfico no qual as letras de cada palavra do texto em claro são
substituídas por outras letras, símbolos ou algarismos, segundo regras ou
convenções predeterminadas, para obter o texto criptografado.
Circuito local
Circuito que liga um telefone a uma central telefônica ou a outro telefone no
âmbito do centro de comunicações.
Circuito privativo
Circuito reservado para uso exclusivo de uma autoridade ou organização,
podendo ser instalado especialmente ou ser um dos canais de um sistema já
existente.
Circuito tronco
Circuito que liga duas centrais.
54. C 20-1
Citação
C-10
Transcrição de palavras (citação textual) ou reprodução de conceitos
(citação conceitual) em um trabalho literário.
Referência, em documento oficial, à bravura, ato meritório ou realização de
relevante valor praticado por militar no cumprimento do dever.
Civis internados
São estrangeiros que, a qualquer momento, estiverem em poder de nossas
forças.
Classe de suprimento
Conjunto de artigos afins, grupados para facilitar o planejamento, a adminis-tração
e o controle da atividade de suprimento.
Classificação
Resultado da identificação, atribuindo uma categoria a cada movimento
aeroespacial, com a finalidade de facilitar o controle das operações militares e de
tráfego aéreo e de determinar uma conduta a tomar, em relação a cada movimento
(fase do ciclo de interceptação).
Cobertura
Segurança proporcionada a uma força por tropa interpostas entre ela e o
inimigo. (ver definição de cobrir).
Área de terreno representada em fotografias aéreas, fotocartas, mosaicos,
cartas e outros meios.
Cobertura aérea
Missão da Força Aérea que consiste na proteção aproximada das forças de
superfície contra a ação de elementos aéreos ou de superfície do inimigo.
Cobertura aérea de coluna
Missão de apoio aéreo que consiste em manter aeronaves em alerta no ar
sobre uma coluna em movimento para protegê-la contra a ação do inimigo aéreo
ou terrestre.
Cobertura antiaérea
Proteção aproximada proporcionada pelos meios de defesa antiaérea
contra a ação de elementos aéreos do inimigo.
55. C-11
C 20-1
Cobertura de submarino integrada
Cobertura organizada a fim de proteger o corpo principal contra ataques por
submarinos, empregando aeronaves anti-submarinos equipadas com sonar e
escoltadas de superfície, integradas em uma unidade.
Cobrir
Ação que proporciona segurança à determinada área, tropa ou força,
evitando a ação e a observação inimiga.
Ação ou conjunto de ações táticas que proporciona segurança a determi-nada
região ou força, com elementos, unidades ou forças distanciados, orientados
na direção do inimigo, para evitar que o mesmo possa atuar prematuramente sobre
a região ou força coberta.
Coeficiente de dispersão
Percentual de leitos fixos do teatro de operações terrestre que deixa de
estar, normalmente, disponível para receber baixas.
Coeficiente de perdas
Dado para a estimativa de perdas, expresso em percentagem ou por mil, que
possibilita a previsão das variações do efetivo em operações, das perdas
esperadas em dada situação e da sua distribuição por armas e serviços. Essa
previsão permite avaliar as necessidades em recompletamento e planejar a sua
distribuição.
Coleta
Atividade de apoio logístico para receber e iniciar o processamento de
evacuação, em determinado escalão, de material, animal ou pessoal (mesmo
mortos). Em relação à manutenção, o início desta atividade é caracterizada no
escalão brigada ou divisão de exército.
Atividade por meio da qual o analista de inteligência reúne conhecimentos,
sem a necessidade de uma investigação.
Coluna aberta
Formação de marcha motorizada em que as viaturas guardam entre si uma
distância que lhes assegure a dispersão exigida pela situação, correspondendo
a uma densidade de coluna estabelecida, normalmente, entre 5 e 12 viaturas por
quilômetro.
56. C 20-1
Coluna cerrada
C-12
Formação de marcha motorizada em que a distância entre as viaturas
reduz-se ao mínimo imposto pela segurança na condução das mesmas,
correspondendo, em princípio, a uma densidade de coluna superior a 12 viaturas
por quilômetro.
Coluna de marcha
Todos os elementos que se deslocam, pela mesma rodovia, dentro do
mesmo movimento, sob o mesmo comando, podendo ser constituída de um ou
mais grupamentos de marcha.
Coluna tática
Técnica do movimento por estrada, usada quando há possibilidade de
interferência do inimigo terrestre durante o deslocamento ou logo após a chegada
ao destino; consiste na organização de grupamentos de forças para atender à
segurança e à eventualidade de emprego.
Comandante das forças aéreas do teatro de operações
Autoridade que exerce o comando das forças aéreas do teatro de opera-ções,
não integrantes de forças combinadas, que venham a ser nele constituídas.
Comandante das forças navais do teatro de operações
Autoridade que exerce o comando das forças navais do teatro de operações,
não integrantes de forças combinadas, que venham a ser nele constituídas.
Comandante das forças terrestres do teatro de operações
Autoridade que exerce o comando das forças terrestres do teatro de
operações, não integrantes de forças combinadas, que venham a ser nele
constituídas.
Comandante de praia
Oficial da armada encarregado do grupamento naval do destacamento de
praia.
Comandante do teatro de operações
Oficial-general investido do comando operacional das forças terrestres,
navais e aéreas do teatro de operações e responsável pela coordenação das
medidas administrativas (logísticas), daquelas forças.
57. C-13
C 20-1
Comando
Autoridade, decorrente de leis e regulamentos, atribuída a um militar para
dirigir e controlar forças, sob todos os aspectos, em razão de seu posto e função.
Ato ou efeito de comandar.
O comandante e os órgãos que o assessoram ou qualquer organização de
chefia destinados a conduzir ações militares.
Unidade ou unidades, organização ou área, sob o comando de um militar.
Comando combinado
Comando composto de elementos de mais de uma Força Armada sob a
responsabilidade de um comandante único.
Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro
Grande Comando combinado que tem a missão de fazer a defesa do
território nacional contra todas as formas de ataque aeroespacial e assegurar o
exercício da soberania nacional no espaço aéreo brasileiro.
Comando de guerra irregular
Comando por meio do qual o comandante do teatro de operações exerce o
controle das forças irregulares.
Comando e controle
Conjunto de recursos humanos e materiais que, juntamente com determi-nados
procedimentos, permite comandar, controlar, estabelecer comunicações
com as forças amigas e obter informações.
Comando Logístico do Teatro de Operações Terrestre
Grande-Comando logístico e territorial, componente da Força Terrestre,
encarregado do apoio logístico ao conjunto da força terrestre no teatro de
operações. [Realiza o apoio logístico por intermédio da Regiões Militares do teatro
de operações].
Comando operacional
Grau de autoridade que compreende as atribuições para a composição das
forças subordinadas, a designação de missões e objetivos, além da direção
necessária para a condução das operações militares. Normalmente, não inclui
assuntos como administração, disciplina, organização interna e instrução.
58. C 20-1
Comando supremo
C-14
Exercido pelo Presidente da República.
Comandos
Tropa altamente adestrada e qualificada a operar sob circunstâncias e
ambientes impróprios ou contra-indicados ao emprego de outros elementos das
forças regulares, sendo apta a cumprir uma ampla variedade de missões ou
tarefas, táticas ou estratégicas.
Combate
Ação militar de objetivo restrito e limitado, realizada de maneira hostil e
direta contra o inimigo.
Combate aproximado
Ação militar violenta, caracterizada pelo choque entre combatentes opos-tos,
na qual são empregadas armas de fogo de variados tipos, arma branca e, até
mesmo, a luta corpo-a-corpo, que ocorre na fase do assalto a uma posição,
visando a destruir, capturar, repelir ou expulsar o inimigo.
Combate de encontro
Ação que ocorre quando uma força em deslocamento, ainda não comple-tamente
desdobrada para a batalha, engaja-se com uma força inimiga, em
movimento ou parada, sobre a qual se dispõe de poucas informações.
Combinado(a)
Atividade, operação ou organização relacionada com ações militares
estratégicas ou táticas de qualquer natureza, em que tomam parte elementos
ponderáveis de mais de uma Força Armada, sob um só comando.
Comboio
Certo número de navios mercantes ou navios auxiliares ou ambos, geral-mente
escoltados por navios de guerra e/ou aeronaves, reunidos e organizados
para efetuar conjuntamente uma travessia.
Grupo de viaturas organizado com o propósito de que seu movimento seja
regulado e controlado, dispondo ou não de proteção de escolta.
59. C-15
C 20-1
Comboio especial de suprimento
Processo especial de suprimento que compreende o envio de um comboio,
organizado com os meios de transporte do escalão que presta o apoio, para
descarregamento do suprimento em região proposta pelo escalão que recebe o
apoio.
Compartimento transversal
Compartimento do terreno cujo eixo longitudinal é perpendicular ou oblíquo
à direção do movimento de uma força.
Comprometimento da ordem interna
Situação em que a ação das forças adversas, por sua natureza, origem,
amplitude e vulto representa ameaça de grave e iminente instabilidade institucional.
Comprometimento da ordem pública
Situação em que os órgãos de segurança pública não se mostram capazes
de se contraporem, com eficácia, às forças adversas que ameaçam a integridade
das pessoas e do patrimônio e o pleno exercício do estado de direito, sem
caracterizar ameaça à estabilidade institucional.
Comunicação social
Processo pelo qual se pode exprimir idéias, sentimentos e informações,
visando estabelecer relações e somar experiências.
Comunicações
Conjunto dos sinais eletromagnéticos utilizados para o trânsito de informa-ções.
São empregados, neste campo, radiotransmissores e receptores em geral.
Conceito da operação
Exposição verbal ou escrita, por meio da qual o comandante de uma força
expõe aos comandos subordinados como visualiza a execução da operação em
seu todo.
Conceito estratégico
Orientação resultante do estudo da situação estratégica; é uma fixação do
que cumpre fazer, em termos amplos e flexíveis, a fim de permitir a utilização na
composição dos empreendimentos básicos que dela decorrem.
60. C 20-1
Conceito estratégico nacional
Documento formal que encerra a concepção estratégica da Política Naci-onal
e orientadora da Política Governamental.
Concentração
C-16
Volume de fogo colocado em uma área, em um dado período de tempo,
limitado, e que recebe um número para referência futura como possível alvo.
Concentração estratégica
Reunião de forças, em áreas adequadas, com propósitos estratégicos.
Concepção das operações
Expressão que tem em vista a definição das ações estratégicas que devem
ser realizadas pelas Forças Armadas, a caracterização objetiva da natureza das
operações a serem empreendidas, as forças e materiais necessários e o
respectivo momento de emprego, em face da hipótese de emprego (HE) prevista.
Concepção de guerra
Definição, dentro do quadro geral de uma hipótese de emprego, dos
objetivos de guerra e da estratégia para sua consecução, expressando a maneira
pela qual o governo encara a resposta da Nação à eventualidade de um
determinado conflito.
Concepção geral da guerra
Entendimento da guerra como um todo e visualização de como ela pode
apresentar-se em seus aspectos gerais de interesse para a adequada aplicação
do poder nacional, em todas suas expressões, com a definição da atitude nacional
correspondente.
Concepção militar de guerra
Formulação da alçada do Alto Comando que, em perfeito entrosamento com
a política de segurança nacional e traduzindo as políticas de guerra, define a
estratégia militar para alcançar os objetivos de guerra, estabelecendo, por sua vez,
o elo com a estratégia nacional pelas raízes políticas em que se fundamenta.
Conduta do combate
Ações previamente planejadas que serão colocadas em execução durante
o combate. Não confundir com solução de conduta. Decisão corretiva de uma
ação, em curso de execução, em face de um óbice que incidentalmente se
apresenta.