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Bianca Andrade Martha
Bruno Krüger
Melissa Talita Wiprich
ESTUDO DE CASO
Lesão Medular em T11
Revendo Anatomia
Localiza-se no Canal Vertebral
 Mede aproximadamente 45cm
Medula
Conduzir impulsos nervosos
das regiões do corpo até o
encéfalo, produz impulsos e
coordena atividades
musculares e reflexos
Castro; 1995
EPIDEMIOLOGIA
Incidência
 O trauma raquimedular é responsável por 3% das admissões
de urgência em serviço de atendimento ao politrauma
 As estatísticas internacionais estimam uma ocorrência de 40
a 50 novos casos por milhões de habitantes/ano, o equivalente
no Brasil a 6.000 novos casos por ano.
Figueredo et al; 2006
EPIDEMIOLOGIA
Francisco Alves et al; 2011
EPIDEMIOLOGIA
Verônica Baptista et al; 2013
 A lesão medular por Ferimento por Arma de Fogo (FAF) é o
principal mecanismo de lesão incompleta
 O nível cervical é o mais lesado, seguido do torácico e
lombar
Conceito
 Lesão medular (LM) é definida pela American Spinal Injury
Association (ASIA) como a diminuição ou perda da função motora e
ou sensória e ou anatômica abaixo do nível da lesão
Lesão completa ou incompleta
Marco Antônio et al; 2009
Conceito
Não há função
motora e
sensitiva abaixo
da lesão
LM
Completa
Função motora ou
sensitiva
preservadas + sinal
de preservação
sacral
LM
Incompleta
Marco Antônio et al; 2009
Etiologia
 Podem ser classificadas em:
Traumáticas
• Fraturas
• Luxações
• Causas que
produzem secção
ou compressão
medular
Não - Traumáticas
• Tumores
• Infecções
• Malformações
• Doenças
degenerativas
Saraiva et al ;1995
Fisiopatologia
Rompimento
dos axônios
Lesão das
células
nervosas
Ruptura dos
vasos
sanguíneos
Lesão
primária
(hemorragia e
necrose da
subs.
Cinzenta)
Redução de fluxo sanguíneo para
o local lesado;
Alterações do canal vertebral;
Edema;
Redução da pressão sistêmica
Lesão
secundária
Morte das células
e axônios que não
foram inicialmente
lesados Sizínio; 2003
Complicações decorrentes da
Lesão Medular
 Bexiga e intestino neurogênicos
 Úlceras de pressão
 Trombose venosa profunda
 Ossidificação heterotópica
 Síndromes dolorosas
Vall J et al; 2005
PACIENTE A
Indivíduo masculino, 18 anos de idade com diagnóstico de lesão
medular nível T11 por FAF. Chega à clínica 1 mês após o ocorrido
com projétil ainda instalado, paralisia flácida de MsIs e déficit no
controle do tronco inferior. No momento sem sensibilidade
abaixo da lesão.
Estudo de caso
Identificação
 Nome: J.J
 Data de Nascimento: 27/08/1996
 Idade: 18 anos
 Diagnóstico Clínico: Lesão medular completa em T11
 Diagnóstico Fisioterapêutico: Paraplegia
 Queixa principal: Falta de força
Avaliação
 Viajou para o RJ com a família
 Fizeram passeios
HDA
HPP
 Torção do tornozelo direito ± 5 anos atrás
Doenças associadas
 Nenhuma
Avaliação
 Mãe depressiva
História familiar
História Social
 Costumava jogar futebol nos finais de semana, nega
etilismo e tabagismo
Exame Físico
Inspeção
 Paciente chega na cadeira de rodas empurrando-a
acompanhado de sua mãe
Palpação
 PA: 120/80mmHg
 FC: 67bpm
 FR: 16irpm
Amplitude de Movimento
Direito
Quadril
repouso ativo passiva
Flexão: 0
Extensão: 0
Adução: 0
Rotação
medial: 0
Rotação
lateral: 0
não realiza
Flexão: 125
Extensão: 10
Adução: 15
Rotação
medial: 45
Rotação
lateral: 45
Joelho Flexão: 0 não realiza Flexão: 140
Tornozelo Dorsiflexão: 0
Plantiflexão: 0
Abdução: 0
Adução: 0
não realiza
Dorsiflexão:
20
Plantiflexão:
45
Abdução: 20
Adução: 40
Esquerdo
Quadril
repouso ativo passiva
Flexão: 0
Extensão: 0
Adução: 0
Rotação
medial: 0
Rotação
lateral: 0
não realiza
Flexão: 125
Extensão: 10
Adução: 15
Rotação
medial: 45
Rotação
lateral: 45
Joelho Flexão: 0 não realiza Flexão: 140
Tornozelo Dorsiflexão: 0
Plantiflexão: 0
Abdução: 0
Adução: 0
não realiza
Dorsiflexão:
20
Plantiflexão:
45
Abdução: 20
Adução: 40
Tônus
 Classificação: ( ) eutônico ( x )hipotônico ( ) espástico
( ) rígido
 Padrão: ( ) mono ( ) di ( x )para ( )hemi ( ) quadri
( ) tetra ( ) parético (x) plégico
Tônus
Grupo muscular Direito Esquerdo
Extensores de quadril 0 0
Flexores de quadril 1 1
Adutores de quadril 1 1
Abdutores de quadril 0 0
Extensores de joelho 1 1
Flexores de joelho 0 0
Plantiflexores 1 1
Dorsiflexores 0 0
Inversores 1 1
Eversores 0 0
Flexores dos dedos do pé 1 1
Reflexos
Reflexos
Tendinosos
Direito Esquerdo
Patelar L3-L4 + +
Aquileu L5-s1 + +
Cutâneo plantar ( ) flexor (x) extensor-
Babinski
( ) flexor (x) extensor-
Babinski
Força
Grupo muscular Direito Esquerdo
Quadril (0) abd (0)ad (0)ext
(0)flex
(0)rot ext (0) rot int
(0) abd (0)ad (0)ext
(0)flex
(0)rot ext (0) rot int
Joelho (0) flex (0) ext (0) flex (0) ext
Tornozelo
(0)abd (0)ad (0)ever
(0)inver (0)flex dor
(0)flex plant (0)pron
(0)sup
(0)abd (0)ad (0)ever
(0)inver (0)flex dor
(0)flex plant (0)pron
(0)sup
Dedos do pé (0)flex (0)ext (0)flex (0)ext
 Obs.: Paciente tem 0 grau de força em ambos os MsIs em
todos os grupos musculares testados.
Sensibilidade Superficial
Tipo de alteração Dermátomos Envolvidos
Anestesia X
L1; L2; L3; L4; L5; S1; S2; S3;
S4; S5
Hipoestesia
Hiperestesia
Analgesia
Hipoalgesia
Hiperalgesia
Parestesia
Estereognosia
Grafestesia
Sensibilidade Profunda
Teste Região testada
O que o paciente apresenta
ou refere
Pressão Profunda e
Dor profunda
Isquios, crista ilíaca, trocanteres
maior e menor, epicôndilos do
joelho, maléolos dos
tornozelos, articulações:
sacroilíaca, coxofemoral,
femoropatelar e femorotibial,
talocrural, tarsometatársicas e
metatarsofalângicas
Não sentir nada
Propriocepção de posição MsIs Não sentir nada
Propriocepção de movimento MsIs Não sentir nada
Análise da dor
 Paciente não refere nenhum tipo de dor
Dor Neurogênica
 Uma das complicações mais representativas da lesão medular
 Pode surgir após semanas, meses ou até anos após a instalação
da lesão, e ocorre quando há lesão parcial ou total das vias
nervosas do sistema nervoso periférico ou central
Escala Asia
 É padronizada mundialmente
 Avaliar a sensibilidade e função motora
 Classificar o paciente quanto ao tipo de lesão: Completa ou
Incompleta
 Classifica a lesão entre limiares de A até E
 Determinar o nível neurológico
Marco Antônio et al; 2009
Asia
ESCALA MIF- MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL
 Motor e Cognitivo
 Verificar o desempenho do indivíduo na realização de um conjunto de
18 tarefas
 Cada dimensão é analisada pela soma de suas categorias referentes;
quanto menor a pontuação, maior é o grau de dependência
 Somando-se os pontos das dimensões da MIF, obtém-se um escore
total mínimo de 18 e o máximo de 126 pontos
Marco Antônio et al; 2009
Pontos Descrição
7 Independência completa
6 Independência modificada
5 Supervisão; estimulo ou preparo
4 Dependência; ajuda mínima
3 Dependência; ajuda moderada
2 Dependência; ajuda máxima
1 Dependência; ajuda total
Pontuação de Cada Categoria
Dimensões Categorias
MIF Total MIF Motor
Autocuidados
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Controle de Esfíncteres Controle da urina (1)
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(1)
Vaso sanitário (1)
Chuveiro ou banheira (1)
Locomoção Marcha/ Cadeira de rodas (1)
Escadas --
MIF Cognitivo
Comunicação Compreensão (7)
Expressão (7)
Cognição Social
Interação Social (7)
Resolução de problemas (7)
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ESCALA
MIF
 A MIF total pode ser dividida em quatro subescores, de acordo com a
pontuação total obtida:
a) 18 pontos: dependência completa (assistência total);
b) 19 – 60 pontos: dependência modificada (assistência de até 50% da tarefa);
c) 61 – 103 pontos: dependência modificada (assistência de até 25% da
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 Pontuação total: 65 pontos
c) 61 – 103 pontos: dependência modificada (assistência de até 25% da tarefa)
Teste do Alcance Funcional- TAF
Avaliar o grau de deslocamento anterior do sujeito
 Essa distância é mensurável sendo um indicativo do equilíbrio
dinâmico do indivíduo
 Esse teste é mais utilizado na população de idosos e demonstra
boa correlação com o equilíbrio
Duncan et al; 1990
Valor maior que 25,4cm= baixo risco de quedas
Valor entre 25,4cm e 15,4cm= risco de quedas duas vezes maior
Valor menor que 15,4cm= risco de queda 4 vezes maior que o
primeiro
Medições
TAF
Posição inicial do teste
Posição final do teste
Resultados
 As medidas foram de: 20,5cm; 22,3cm e 22,8cm, foi realizado
uma média com esses três valores, e então o resultado ficou
21,8cm alcançados sem perder o equilíbrio
Valor entre 25,4cm e 15,4cm= risco de quedas duas vezes maior
Tratamento Fisioterapêutico
 Objetivos a curto prazo:
 Fortalecer e equilibrar o tronco
 Fortalecer MsIs
 Iniciar estímulos sensoriais
 Condutas:
 Exercícios para controle de tronco com posicionamento
 Exercícios para MsIs com resistência manual, FNP
 Funcionalidade, rolar, de prono pra gatas
 Estímulos sensoriais
Tratamento Fisioterapêutico
 Objetivos a médio prazo
 Aprimorar o controle de tronco
 Fazer a manutenção muscular dos MsSs
 Fortalecer e ganhar funcionalidade da musculatura dos MsIs
 Condutas
 Exercícios para controle de tronco com faixa elástica
 Exercícios para MsSs com bastão
 Exercícios para MsIs com carga
 Funcionalidade, de semi ajoelhado para em pé
Tratamento Fisioterapêutico
 Objetivos a longo prazo
 Deambular
 Reforçar o equilíbrio e a musculatura do tronco
 Maior independência funcional
 Condutas
 Deambulação com órteses e andador
 Exercícios para controle de tronco com cama elástica
 Exercícios para reforço muscular com halteres
 Exercícios de agachamento simples e a fundo
Conclusão
 Concluímos que é de extrema importância a atuação do
fisioterapeuta e equipe multiprofissional durante todo o
processo de reabilitação desse tipo de paciente, mesmo com
todos os fatores de: tipo, localização e tempo de lesão, através
de uma boa avaliação, objetivos coerentes e traçados junto com
o paciente, é sim possível reabilitá-los
Referências
CASTRO, Sebastião Vicente de. Anatomia Fundamental. 2 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1995
http://www.scielo.br/pdf/coluna/v10n4/v10n4a08.pdf
http://www.scielo.br/pdf/fp/v20n2/11.pdf
http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2007/RN%2015%2003/Pages%20from%20RN%2015%2003-11.pdf
SARAIVA, RA; PIVA JÚNIOR, L; PAZ JÚNIOR, AC; PACHECO, MAR. As Bases Fisiopatológicas para a
Anestesia no Paciente com Lesão Medular. Rev Bras Anestesiologia. Vol. 45: Nº 6, Novembro - Dezembro, 1995.
45: 6: 387 – 398
BORGES, Denise. Aspectos clínicos e práticos da reabilitação. 1. Ed 2005. São Paulo, Editora Artes médicas
ltda
http://www.scielo.br/pdf/ean/v9n3/a08v9n3
http://dtserv3.compsy.uni-
jena.de/__C12578E6004010BD.nsf/0/9CD6D83C73DBF5ADC125792E005E5261/$FILE/Duncan_et_al_1990.pdf
UMPHRED, Darcy. CARLSON, Constance. Reabilitação Neurológica Prática. Rio de Janeiro –RJ : Guanabara
Koogan, 2007

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Lesão medular

  • 1. Bianca Andrade Martha Bruno Krüger Melissa Talita Wiprich ESTUDO DE CASO Lesão Medular em T11
  • 2. Revendo Anatomia Localiza-se no Canal Vertebral  Mede aproximadamente 45cm Medula Conduzir impulsos nervosos das regiões do corpo até o encéfalo, produz impulsos e coordena atividades musculares e reflexos Castro; 1995
  • 3. EPIDEMIOLOGIA Incidência  O trauma raquimedular é responsável por 3% das admissões de urgência em serviço de atendimento ao politrauma  As estatísticas internacionais estimam uma ocorrência de 40 a 50 novos casos por milhões de habitantes/ano, o equivalente no Brasil a 6.000 novos casos por ano. Figueredo et al; 2006
  • 5. EPIDEMIOLOGIA Verônica Baptista et al; 2013  A lesão medular por Ferimento por Arma de Fogo (FAF) é o principal mecanismo de lesão incompleta  O nível cervical é o mais lesado, seguido do torácico e lombar
  • 6. Conceito  Lesão medular (LM) é definida pela American Spinal Injury Association (ASIA) como a diminuição ou perda da função motora e ou sensória e ou anatômica abaixo do nível da lesão Lesão completa ou incompleta Marco Antônio et al; 2009
  • 7. Conceito Não há função motora e sensitiva abaixo da lesão LM Completa Função motora ou sensitiva preservadas + sinal de preservação sacral LM Incompleta Marco Antônio et al; 2009
  • 8. Etiologia  Podem ser classificadas em: Traumáticas • Fraturas • Luxações • Causas que produzem secção ou compressão medular Não - Traumáticas • Tumores • Infecções • Malformações • Doenças degenerativas Saraiva et al ;1995
  • 9. Fisiopatologia Rompimento dos axônios Lesão das células nervosas Ruptura dos vasos sanguíneos Lesão primária (hemorragia e necrose da subs. Cinzenta) Redução de fluxo sanguíneo para o local lesado; Alterações do canal vertebral; Edema; Redução da pressão sistêmica Lesão secundária Morte das células e axônios que não foram inicialmente lesados Sizínio; 2003
  • 10. Complicações decorrentes da Lesão Medular  Bexiga e intestino neurogênicos  Úlceras de pressão  Trombose venosa profunda  Ossidificação heterotópica  Síndromes dolorosas Vall J et al; 2005
  • 11. PACIENTE A Indivíduo masculino, 18 anos de idade com diagnóstico de lesão medular nível T11 por FAF. Chega à clínica 1 mês após o ocorrido com projétil ainda instalado, paralisia flácida de MsIs e déficit no controle do tronco inferior. No momento sem sensibilidade abaixo da lesão. Estudo de caso
  • 12. Identificação  Nome: J.J  Data de Nascimento: 27/08/1996  Idade: 18 anos  Diagnóstico Clínico: Lesão medular completa em T11  Diagnóstico Fisioterapêutico: Paraplegia  Queixa principal: Falta de força
  • 13. Avaliação  Viajou para o RJ com a família  Fizeram passeios HDA HPP  Torção do tornozelo direito ± 5 anos atrás Doenças associadas  Nenhuma
  • 14. Avaliação  Mãe depressiva História familiar História Social  Costumava jogar futebol nos finais de semana, nega etilismo e tabagismo
  • 15. Exame Físico Inspeção  Paciente chega na cadeira de rodas empurrando-a acompanhado de sua mãe Palpação  PA: 120/80mmHg  FC: 67bpm  FR: 16irpm
  • 16. Amplitude de Movimento Direito Quadril repouso ativo passiva Flexão: 0 Extensão: 0 Adução: 0 Rotação medial: 0 Rotação lateral: 0 não realiza Flexão: 125 Extensão: 10 Adução: 15 Rotação medial: 45 Rotação lateral: 45 Joelho Flexão: 0 não realiza Flexão: 140 Tornozelo Dorsiflexão: 0 Plantiflexão: 0 Abdução: 0 Adução: 0 não realiza Dorsiflexão: 20 Plantiflexão: 45 Abdução: 20 Adução: 40 Esquerdo Quadril repouso ativo passiva Flexão: 0 Extensão: 0 Adução: 0 Rotação medial: 0 Rotação lateral: 0 não realiza Flexão: 125 Extensão: 10 Adução: 15 Rotação medial: 45 Rotação lateral: 45 Joelho Flexão: 0 não realiza Flexão: 140 Tornozelo Dorsiflexão: 0 Plantiflexão: 0 Abdução: 0 Adução: 0 não realiza Dorsiflexão: 20 Plantiflexão: 45 Abdução: 20 Adução: 40
  • 17. Tônus  Classificação: ( ) eutônico ( x )hipotônico ( ) espástico ( ) rígido  Padrão: ( ) mono ( ) di ( x )para ( )hemi ( ) quadri ( ) tetra ( ) parético (x) plégico
  • 18. Tônus Grupo muscular Direito Esquerdo Extensores de quadril 0 0 Flexores de quadril 1 1 Adutores de quadril 1 1 Abdutores de quadril 0 0 Extensores de joelho 1 1 Flexores de joelho 0 0 Plantiflexores 1 1 Dorsiflexores 0 0 Inversores 1 1 Eversores 0 0 Flexores dos dedos do pé 1 1
  • 19. Reflexos Reflexos Tendinosos Direito Esquerdo Patelar L3-L4 + + Aquileu L5-s1 + + Cutâneo plantar ( ) flexor (x) extensor- Babinski ( ) flexor (x) extensor- Babinski
  • 20. Força Grupo muscular Direito Esquerdo Quadril (0) abd (0)ad (0)ext (0)flex (0)rot ext (0) rot int (0) abd (0)ad (0)ext (0)flex (0)rot ext (0) rot int Joelho (0) flex (0) ext (0) flex (0) ext Tornozelo (0)abd (0)ad (0)ever (0)inver (0)flex dor (0)flex plant (0)pron (0)sup (0)abd (0)ad (0)ever (0)inver (0)flex dor (0)flex plant (0)pron (0)sup Dedos do pé (0)flex (0)ext (0)flex (0)ext  Obs.: Paciente tem 0 grau de força em ambos os MsIs em todos os grupos musculares testados.
  • 21. Sensibilidade Superficial Tipo de alteração Dermátomos Envolvidos Anestesia X L1; L2; L3; L4; L5; S1; S2; S3; S4; S5 Hipoestesia Hiperestesia Analgesia Hipoalgesia Hiperalgesia Parestesia Estereognosia Grafestesia
  • 22. Sensibilidade Profunda Teste Região testada O que o paciente apresenta ou refere Pressão Profunda e Dor profunda Isquios, crista ilíaca, trocanteres maior e menor, epicôndilos do joelho, maléolos dos tornozelos, articulações: sacroilíaca, coxofemoral, femoropatelar e femorotibial, talocrural, tarsometatársicas e metatarsofalângicas Não sentir nada Propriocepção de posição MsIs Não sentir nada Propriocepção de movimento MsIs Não sentir nada
  • 23. Análise da dor  Paciente não refere nenhum tipo de dor Dor Neurogênica  Uma das complicações mais representativas da lesão medular  Pode surgir após semanas, meses ou até anos após a instalação da lesão, e ocorre quando há lesão parcial ou total das vias nervosas do sistema nervoso periférico ou central
  • 24. Escala Asia  É padronizada mundialmente  Avaliar a sensibilidade e função motora  Classificar o paciente quanto ao tipo de lesão: Completa ou Incompleta  Classifica a lesão entre limiares de A até E  Determinar o nível neurológico Marco Antônio et al; 2009
  • 25. Asia
  • 26. ESCALA MIF- MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL  Motor e Cognitivo  Verificar o desempenho do indivíduo na realização de um conjunto de 18 tarefas  Cada dimensão é analisada pela soma de suas categorias referentes; quanto menor a pontuação, maior é o grau de dependência  Somando-se os pontos das dimensões da MIF, obtém-se um escore total mínimo de 18 e o máximo de 126 pontos Marco Antônio et al; 2009
  • 27. Pontos Descrição 7 Independência completa 6 Independência modificada 5 Supervisão; estimulo ou preparo 4 Dependência; ajuda mínima 3 Dependência; ajuda moderada 2 Dependência; ajuda máxima 1 Dependência; ajuda total Pontuação de Cada Categoria
  • 28. Dimensões Categorias MIF Total MIF Motor Autocuidados Alimentação (7) Higiene Matinal (6) Banho (2) Vestir-se acima da cintura (7) Vestir-se abaixo da cintura (1) Uso do vaso sanitário (1) Controle de Esfíncteres Controle da urina (1) Controle das fezes (1) Transferências Leito, cadeira, cadeira de rodas (1) Vaso sanitário (1) Chuveiro ou banheira (1) Locomoção Marcha/ Cadeira de rodas (1) Escadas -- MIF Cognitivo Comunicação Compreensão (7) Expressão (7) Cognição Social Interação Social (7) Resolução de problemas (7) Memória (7) ESCALA MIF
  • 29.  A MIF total pode ser dividida em quatro subescores, de acordo com a pontuação total obtida: a) 18 pontos: dependência completa (assistência total); b) 19 – 60 pontos: dependência modificada (assistência de até 50% da tarefa); c) 61 – 103 pontos: dependência modificada (assistência de até 25% da tarefa); d) 104 – 126 pontos: independência completa / modificada.  Pontuação total: 65 pontos c) 61 – 103 pontos: dependência modificada (assistência de até 25% da tarefa)
  • 30. Teste do Alcance Funcional- TAF Avaliar o grau de deslocamento anterior do sujeito  Essa distância é mensurável sendo um indicativo do equilíbrio dinâmico do indivíduo  Esse teste é mais utilizado na população de idosos e demonstra boa correlação com o equilíbrio Duncan et al; 1990
  • 31. Valor maior que 25,4cm= baixo risco de quedas Valor entre 25,4cm e 15,4cm= risco de quedas duas vezes maior Valor menor que 15,4cm= risco de queda 4 vezes maior que o primeiro Medições
  • 32. TAF Posição inicial do teste Posição final do teste
  • 33. Resultados  As medidas foram de: 20,5cm; 22,3cm e 22,8cm, foi realizado uma média com esses três valores, e então o resultado ficou 21,8cm alcançados sem perder o equilíbrio Valor entre 25,4cm e 15,4cm= risco de quedas duas vezes maior
  • 34. Tratamento Fisioterapêutico  Objetivos a curto prazo:  Fortalecer e equilibrar o tronco  Fortalecer MsIs  Iniciar estímulos sensoriais  Condutas:  Exercícios para controle de tronco com posicionamento  Exercícios para MsIs com resistência manual, FNP  Funcionalidade, rolar, de prono pra gatas  Estímulos sensoriais
  • 35. Tratamento Fisioterapêutico  Objetivos a médio prazo  Aprimorar o controle de tronco  Fazer a manutenção muscular dos MsSs  Fortalecer e ganhar funcionalidade da musculatura dos MsIs  Condutas  Exercícios para controle de tronco com faixa elástica  Exercícios para MsSs com bastão  Exercícios para MsIs com carga  Funcionalidade, de semi ajoelhado para em pé
  • 36. Tratamento Fisioterapêutico  Objetivos a longo prazo  Deambular  Reforçar o equilíbrio e a musculatura do tronco  Maior independência funcional  Condutas  Deambulação com órteses e andador  Exercícios para controle de tronco com cama elástica  Exercícios para reforço muscular com halteres  Exercícios de agachamento simples e a fundo
  • 37. Conclusão  Concluímos que é de extrema importância a atuação do fisioterapeuta e equipe multiprofissional durante todo o processo de reabilitação desse tipo de paciente, mesmo com todos os fatores de: tipo, localização e tempo de lesão, através de uma boa avaliação, objetivos coerentes e traçados junto com o paciente, é sim possível reabilitá-los
  • 38. Referências CASTRO, Sebastião Vicente de. Anatomia Fundamental. 2 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1995 http://www.scielo.br/pdf/coluna/v10n4/v10n4a08.pdf http://www.scielo.br/pdf/fp/v20n2/11.pdf http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2007/RN%2015%2003/Pages%20from%20RN%2015%2003-11.pdf SARAIVA, RA; PIVA JÚNIOR, L; PAZ JÚNIOR, AC; PACHECO, MAR. As Bases Fisiopatológicas para a Anestesia no Paciente com Lesão Medular. Rev Bras Anestesiologia. Vol. 45: Nº 6, Novembro - Dezembro, 1995. 45: 6: 387 – 398 BORGES, Denise. Aspectos clínicos e práticos da reabilitação. 1. Ed 2005. São Paulo, Editora Artes médicas ltda http://www.scielo.br/pdf/ean/v9n3/a08v9n3 http://dtserv3.compsy.uni- jena.de/__C12578E6004010BD.nsf/0/9CD6D83C73DBF5ADC125792E005E5261/$FILE/Duncan_et_al_1990.pdf UMPHRED, Darcy. CARLSON, Constance. Reabilitação Neurológica Prática. Rio de Janeiro –RJ : Guanabara Koogan, 2007