1. JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
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Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores e foliões do carnaval de Florianópolis
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.343 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
Bloco 1-IrVidigal de Andrade Vieira – O Carnaval e a Oferta de Corpos
Bloco 2-IrCleverson Julião – As Liberdades de Coincidência e de Pensamento no Rito Moderno ...
Bloco 3-IrDiógenes de Sínope – Geometricamente Laico
Bloco 4-IrCharles Evaldo Boller – Paranoia de Segurança
Bloco 5-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas (com 12 respostas)
Bloco 6-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 28 de fevereiro e hoje com versos do Irmão e Poeta
Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
2. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 2/37
O Ir Vidigal de Andrade Vieira é
Psicólogo em Carangola – MG e
Membro Correspondente da
Loja Brazileira de Estudos e Pesquisas
De Juiz de Fora – MG
vvidigal@ig.com.br
O carnaval
e a oferta de corpos
“O que é o carnaval? Segundo consta da Internet, o carnaval é uma festa que é marcada pelo
‘adeus à carne’, que a partir dela se fazia um grande período de abstinência e jejum, como o seu
próprio nome em latim ‘carnis levale’ o indica. Para a sua preparação havia uma grande
Hoje é o 59º dia do Calendário Gregoriano.
Faltam 306 dias para terminar o ano de 2017
- Lua Cheia -
Terça-feira de Carnaval. -
É o 128º ano da Proclamçaõ da República;
195º da Independência do Brasil e
517º ano do Descobrimento do Brasil
Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço
eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado.
1 – O Carnaval e a oferta de corpos
Vidigal de Andrade Vieira
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concentração de festejos populares. Cada lugar e região brincavam a seu modo, geralmente de
uma forma propositadamente extravagante, de acordo com seus costumes. Pensa-se que terá tido a
sua origem na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C, através da qual os gregos realizavam
seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. O carnaval
moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XX. A cidade de
Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo.
A palavra Carnaval encontra-se, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da
carne marcado pela expressão ‘carnis valles’, que, acabou por formar a palavra Carnaval, sendo
que ‘carnis’ em latim significa carne e ‘valles’ significa prazeres. O carnaval da Antiguidade
prolongava-se por sete dias nas ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro.
Todas as atividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade
temporária para fazer o que quisessem e as restrições morais eram relaxadas. O carnaval tem sua
origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e
farinha. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao
carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.
As fantasias de carnaval mais usadas durante a festa brasileira são provenientes de personagens do
teatro popular de comédia italiano dos séculos XVI ao XVIII, tais como o Pierrot, a Colombina e
o Arlequim. No livro de Mikhail Bakhtin ‘A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento’,
analisando ritos, espetáculos, festas, obras cômicas orais ou escritas e outras manifestações da
cultura popular, o autor elabora uma visão do mundo marcada pelo riso, subversão dos valores
oficiais, caráter renovador e contestador da ordem vigente. Ou seja, desde a sua origem o carnaval
se caracterizou como uma forma autorizada, oficial e lícita de contestação da ordem vigente, sem
ocasionar sanções para os seus transgressores.
Diversos aspectos relacionados ao carnaval podem ser abordados, mas o presente recorte abordará
o viés da oferta de corpos que explicitamente ocorre neste período de ‘livre festa da carne’. Em
um momento de exacerbação da liberdade individual, quando principalmente os jovens se
desvinculam de obediências e sanções familiares e sociais, verificamos o exercício de inúmeros
comportamentos de risco relacionados com drogas lícitas, drogas ilícitas e práticas sexuais, dentre
outras. O estimulado desenvolvimento e o exercício precoce da sexualidade juvenil, disponibiliza
no ‘mercado de oferta de corpos’, um estupendo contingente de jovens imaturos, mas
alucinadamente interessados/necessitados em buscar/proporcionar novas experiências, a qualquer
preço, no mundo do sexo e das drogas.
É assustador a quantidade de jovens, principalmente meninas pré-adolescentes e adolescentes, que
são encontradas em praças públicas, em festas e em bailes, usando trajes propositalmente
minúsculos como forma intencional de seduzir e chamar a atenção dos rapazes para serem elas as
suas ‘escolhidas’. E, tudo absolutamente dentro de uma banalização da ‘normalidade social’, ou
dentro de uma danação oficial da norma, segundo o livro de Roberto Machado; Ângela Loureiro;
Rogério Luz; &, Kátia Muricy: ‘Danação da Norma. Medicina Social e constituição da Psiquiatria
no Brasil’ (Editora Graal, 1978). Esta constatação é terrível, pois é intensa a exposição dessas
jovens meninas que ficam a mercê de experiências múltiplas, muitas vezes irreversíveis, com
desfechos altamente nocivos e lesivos à sua integridade física, psicológica e moral. E, sem apelar
para um falso moralismo cultural ou religioso, aonde estão os pais destas jovens que permitem –
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ou fazem de conta que não percebem, que não é de absoluta responsabilidade deles – que suas
filhas se ‘ofereçam’ de forma tão explícita para um sociedade vampirizadora e trituradora de
corpos jovens e sedutores? É muito fácil, e cômodo, ‘lavar as mãos’ no aqui e agora, e transferir
para a sociedade a responsabilidade de cuidar dos seus filhos para, mais tarde, quando as
consequências se mostrarem funestas, buscar culpados fora do círculo familiar.
O texto a seguir apresenta o cuidado do ensinamento de um pai presente, preventivo e cuidadoso
com o futuro do seu filho. Filosofia de Vida: ‘Havia um garotinho que tinha um gênio terrível de
suportar. Um dia, seu pai lhe deu um saco cheio de pregos e lhe disse que cada vez que perdesse a
paciência que batesse um prego na cerca dos fundos da casa. No primeiro dia o garoto havia
pregado 37 pregos na cerca. Porém, gradativamente o número foi decrescendo. O garotinho
descobriu que era mais fácil controlar o seu gênio do que pregar pregos na cerca. Finalmente
chegou o dia no qual o garoto não perdeu mais o controle sobre o seu gênio.
Ele contou isto a seu pai, que lhe sugeriu que tirasse um prego da cerca por cada dia que ele fosse
capaz de controlar seu gênio. Os dias foram passando até que finalmente o garoto pode contar a
seu pai que não havia mais pregos a serem retirados. O pai pegou o garoto pela mão e o levou ate
a cerca. Ele disse: Você fez bem, garoto, mas dê uma olhada na cerca. A cerca nunca mais será a
mesma.
Quando você diz coisas estando irado, elas deixam uma cicatriz nas pessoas como esta que está na
cerca. Você pode esfaquear um homem e retirar a faca em seguida, e não importando quantas
vezes você peça desculpas e diga que sente muito, a ferida continuará ali. Uma ferida verbal é tão
má e marcante quanto uma física. Amigos realmente são uma joia rara para conservar. Eles te
fazem sorrir e o encorajam a ter sucesso.
Eles sempre te ouvem, tem uma palavra de apoio e sempre querem abrir seu coração para você.
Mantenha isto em mente antes de se irar contra alguém.’
Podemos apresentar algumas considerações sobre o tema desenvolvido, mesmo sabendo que ele
não poderá ser concluído em tão pequeno espaço pedagógico: ‘Não se é jamais tão infeliz quanto
se crê, nem tão feliz quanto de espera.’ (François de la Rochefoucauld); ‘Nunca desista. Não
importa o que aconteça, nunca, nunca desista.’ (Filme Santuário); ‘Eu não posso fazer isso! Você
pode fazer isso sim, porque á a única coisa que tem que ser feito.’ (Filme Santuário); ‘O sucesso
não deve ser a única meta, e o fracasso nunca é fatal.’ (Mikhail Baryshnikov); ‘Os obstáculos são
os mesmos para todos. Os resultados são melhores para alguns.’ (Banco Safra); ‘Quer que
confiem em você? Seja confiável!’ Ditado Inglês); ‘A Vida é sempre difícil. Mas, nunca desista de
ser autêntico; seja você mesmo, sempre! Pois, a Vida é muito curta para abandonar os seus sonhos
e tentar ser outra pessoa por causa dos outros.’ (Filme Ela Dança. Eu Danço); ‘Um livro aberto é
um cérebro que fala; Fechado, um amigo que espera; Esquecido, uma alma que perdoa;
Destruído, um coração que chora.’ (Voltaire)”
* Psicólogo e Filósofo; Professor Titular da UEMG/Unidade Carangola; Mestre em Psicologia Social
pela UFES / ES; Doutor em Ciência e Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ/RJ.
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Ir Cleverson Julião – CIM 236636
Gr. 33º e MI da Loja Luzes de Iguabinha nr. 3073
Araruama - RJ
As Liberdades de Coincidência e de Pensamento no Rito
Moderno ou Francês, nos Graus Simbólicos
Introdução:
O presente artigo visa traçar as diferenças existentes entre a Liberdade de Consciência e a
Liberdade de Pensamento, amplamente difundidas no Rito Moderno ou Francês desde a sua
criação em Paris no ano de 1761, constituído posteriormente em 24/12/1772 e proclamado pelo
Grande Oriente de França em 09/03/1773, liberdades que embora pareçam idênticas sob a
ótica semântica e alcance, não o são. Inicia-se tendo como parâmetro a Constituição do
Grande Oriente do Brasil e, o Ritual 1o
Grau - Aprendiz Maçom em especial aquelas páginas
onde os termos objeto do estudo aparecem. Incorporamos, também, pequena parcela da
doutrina constitucional pesquisada, procurando demonstrar o elo de ligação entre esse
importante rito, suas concepções históricas e doutrinárias e, a Constituição de 1988 no que é
pertinente, in casu as liberdades em apreço . A necessidade, precedente, de explicar-se os
significados das palavras consciência e pensamento decorreu da estrutura orgânica delineada.
O uso da Palavra a Bem da Ordem em todos os graus e, a apresentação de trabalhos, em
sessões ordinárias, entregues sob a forma escrita e, se possível oral, tendo-se o cuidado de
não divagar mantendo a essência e, o conteúdo do tema, foi motivo de preocupação. No que
tange a Conclusão, demos roupagem progressista de esperança e credibilidade incontestes,
demonstrada no linear do desenvolvimento. Asseveramos sem medo de errar, que o Rito
Moderno atravessa o “túnel do tempo” incólume, sem feridas ou distorções que maculassem à
origem, revelando aos Iir:. que não o conhecem ou o aceitam, a necessidade de estudá-lo em
profundidade. Criticar sem base de fundamentação é inaceitável, pois a ignorância sob todas
as formas é sinônimo de pobreza educacional, ausência de aculturação, situação que
precisamos combater nos templos maçônicos como fora deles. -
2 – As Liberdades de Coincidência e de Pensamento no Rito
Moderno ... - Cleverson Julião
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II – CONSTITUIÇÃO DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL - TÍTULO I - DA MAÇONARIA E
SEUS PRINCÍPIOS - CAPÍTULO I – DOS PRINCIPIOS GERAIS DA MAÇONARIA E DOS
POSTULADOS UNIVERSAIS DA INSTITUIÇÃO
Encontramos no inciso IV do parágrafo único do Art. 1o
o seguinte, verbis:
Art. 1o
- A Maçonaria é uma instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica,
progressista e evolucionista, cujos fins supremos são: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Parágrafo Único. Além de buscar atingir esses fins, a Maçonaria:
IV - defende a plena liberdade de expressão de pensamento, bem como direito
fundamental do ser humano, observada correlata responsabilidade.
III – RITUAL DO 1o
GRAU - APRENDIZ MAÇOM - RITO MODERNO - 2009.
Pág. 14 - Os padrões do pensamento da Maçonaria Francesa são racionais e científicos, e se
prendem à época moderna, ao Humanismo. O Rito Moderno que é fruto da Maçonaria
Francesa, entende que o maçon deve ter a faculdade de pensar livremente, de trabalhar para o
bem-estar social e econômico do cidadão, de defender os direitos do homem e uma melhor
distribuição de rendas...
Pág. 21 - Considerando que o Rito Moderno não é necessariamente AGNÓSTICO, mas sua
posição se situa dentro da PRUDENTE NEUTRALIDADE que deve vigir, isto é pela sua própria
constituição, pois respeita a liberdade de consciência de todos os que para ela ocorrem.
Pág. 101 - 3o
Interrogatório - VEN:. Que entendeis por livre pensamento?
Pág. 159 - Quais são os seus princípios?
- A tolerância, o respeito mútuo e a liberdade absoluta de consciência.
IV – CONSCIÊNCIA E PENSAMENTO
A CONSCIENCIA significa faculdade que tem o ser humano de perceber e entender o que se
passa dentro dele e à sua volta. Significa, também, conhecimento e discernimento.
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CONSCIÊNCIA (no latim conscientia) vem de conscire que significa “dar-se conta”, “perceber”,
“fazer-se sábio”, “adquirir conhecimento” de algo. É a faculdade central e primordial de nosso
ser, o que chamamos nosso eu e que é o fundamento permanente de todas nossas
experiências. É o fulcro interior e o centro de gravitação indistintamente de todas as
manifestações de nossa personalidade.
PENSAMENTO é ação ou efeito de pensar. É a faculdade de formular ideias,
juízos,...Reflexão”.
PENSAMENTO é a faculdade que temos de conhecer as coisas e nos relacionarmos
intimamente com elas: a faculdade por meio do qual nossa mente plasma uma imagem das
coisas exteriores, que percebe por meio dos sentidos, e na base a qual forma conceitos e
ideias mais ou menos particulares ou gerais, concretas ou abstratas, com mais ou menos
claridade segundo seja a intensidade da impressão e da reflexão.
Dado que tudo no Universo é vibração, podemos dizer também que o PENSAMENTO é
vibração da mente, assim como o som é do ar, a luz do éter, com a eletricidade, o calor etc...
PENSAMENTO é o produto da atividade de nossa mente estimulada pela ação exterior dos
sentidos ou interior da vontade, e desta atividade adquirimos consciência em diferentes graus,
segundo se manifesta interiormente a luz de nosso eu e interiormente o percebemos nessa luz.
V - LIBERDADE DE PENSAMENTO E A LIBERDADE DE CONSCIÉNCIA NA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 - ART. 5o
, IV.
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
VI - ENTENDIMENTOS DOUTRINÁRIOS À LUZ DA CARTA POLÍTICA DE 1988.
Dentre os diversos existentes na doutrina pátria, separamos alguns bastante
significativos:
A manifestação do pensamento pode, porém, dirigir-se a outrem e não apenas exprimir as.
convicções do individuo, sem preocupação deste que outros a percebam, ou não. Essa
liberdade, expressão fundamental da personalidade, também é consagrada, mas sob regimes
diversos, conforme sua importância social. Essa manifestação pode dirigir-se de urna pessoa
para outra ou outras não presentes de forma sigilosa, por carta, telegrama, telefone ou rádio.
Essa manifestado, se de pessoa a pessoa e com caráter sigiloso, é a correspondência, cuja
liberdade é reconhecida pelo art.5°,XII.
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Nos termos do inciso IV do art. 5o
. “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato”. Trata-se de regra ampla, e não dirigida a destinatários específicos. Qualquer
pessoa, em principio, pode manifestar o que pensa, desde que não o faça sob o manto do
anonimato. Conforme ensina o Prof. Alexandre de Moraes, “a proteção constitucional engloba
não só o direito de expressar-se, oralmente, ou por escrito, mas também o direito de ouvir,
assistir e ler”. A vedação ao anonimato, que abrange todos os meios de comunicação, tem o
intuito de possibilitar a responsabilização de quem cause danos a terceiros em decorrência da
expressão de juízos ou opiniões ofensivos, levianos, caluniosos, difamatórios, etc...
A liberdade de consciência ou de pensamento tem que ver com a faculdade de o individuo
formular juízos e ideias sobre si mesmo e sobre o meio externo que o circunda. O Estado não
pode interferir nessa esfera íntima do individuo, não lhe cabendo impor concepções filosóficas,
aos cidadãos. Deve, por outro lado - eis um aspecto positivo dessa liberdade - propiciar meios
efetivos de formação autônoma da consciência das pessoas. Se o Estado reconhece a
inviolabilidade da liberdade de consciência deve admitir, igualmente, que o individuo aja de
acordo com as suas concepções. Haverá casos, porém, em que o Estado impõe conduta ao
indivíduo que desafia o sistema de vida que as suas convicções construíram. Cogita-se, então,
da possibilidade de reconhecer efeitos a uma objeção de consciência”. Tradicionalmente, a
objeção de consciência liga-se a assuntos de guerra, em especial à prestação do serviço
militar. E é dessa modalidade que cuidam as normas constitucionais de diversos países,
inclusive o art. 143 da CF.
VII - O USO DA PALAVRA A BEM DA ORDEM EM TODOS OS GRAUS SIMBÓLICOS E A
APRESENTACÁO DE TRABALHOS NO TEMPO DE ESTUDOS.
Há de se distinguir, que de acordo com o Ritual do 1o
Grau - Aprendiz - Maçom - 2009 - pág.
14, a busca da verdade, transitória e inefável realiza-se no primeiro grau na intuição; no
segundo grau na análise e quando atingida a plenitude maçônica simbólica - grau de mestre
maçom - na síntese, sendo que todas essas passagens ocorrem em um processo evolutivo e,
racional. Em todos os três rituais dos graus simbólicos encontramos na PALAVRA A BEM DA
ORDEM o mesmo disciplinamento, verbis:
“O uso da palavra a Bem da Ordem deve se restringir à justificativa de falta de algum Ir:...
pequenas comunicações e outros assuntos que não foram expostos na Ordem do Dia, não
devendo ser utilizada para voltar a discutir assunto debatido na Ordem do Dia”.
Cabe ao Venerável Mestre flexibilizar a palavra quando entender necessário, sem,
contudo, permitir que a sessão atinja níveis de discussão acalorados onde o desrespeito, a
desordem, o ferimento aos manuais doutrinários, e principalmente a Constituição e a legislação
gobiana infraconstitucional venham a ser atropelados. Para isso, o primeiro mandatário da loja
deverá se utilizar do equilíbrio necessário, de moderação, prudência, tolerância limitada,
demonstrando, com o devido respaldo do Ir:. Orador - membro do Ministério Público - que os
trabalhos não serão desvirtuados para objetivos escusos, espúrios, e contrários aos
PRINCÍPIOS GERAIS DA MAÇONARIA E POSTULADOS UNIVERSAIS DA INSTITUIÇÃO.
Ressalta-se, que nas sessões ditas Magnas a palavra será concedida a qualquer ir:. para falar,
exclusivamente, sobre o ato que acaba de ser realizar.
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O TEMPO DE ESTUDOS é o momento da verdadeira liberdade de consciência e, de
pensamento quando os Ilr:. aprendizes e companheiros apresentam trabalhos escritos
determinados pelos VVig:. de suas Colunas, após submetidos à análise e, apreciação. Não há,
a obrigatoriedade da leitura de trabalho em sessão evitando, inclusive, torná-lo cansativo para
todos os presentes não pelo conteúdo, que sempre deve ser prestigiado, mas pela tendência
de termos, em sessão, Iir:. desinteressados , que em nada acrescentam aos trabalhos da
oficina e, apressados em retornarem às suas residências ou encontrarem outros Ilr:. para
“conversarem sobre o nada”. Esses, jamais evoluirão, muitos deles batendo no peito para
dizerem, aos Ilr:. mais novos de Ordem, que ingressaram na Maçonaria há trinta, quarenta,
cinquenta anos, etc... Entretanto, nada sabem sobre os nossos augustos mistérios porque
nunca procuraram estudar haja vista o desinteresse demonstrado. A vaidade e o ego
elevadíssimos, para eles, estão acima “do bem e do mal”. Se nada aprenderam no simbolismo
porque desejam ingressar nos graus superiores? E esses, sem dúvida, são os piores exemplos
para os aprendizes e, companheiros, que diuturnamente devem ser combatidos nas oficinas
maçônicas.
A exposição oral dos trabalhos, permite que a LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E
PENSAMENTO do Ir:. apresentador atinja o ápice, respeitando o tempo que lhe foi fornecido,
desenvolvendo as ideias sem se preocupar com estereótipos, entonação de voz, etc...Precisa,
sim, ser objetivo com o tema, levando resumo ordenado onde os principais pontos do conteúdo
sejam ressaltados deixando, sempre, espaço para os demais Iir:. fazerem perguntas ou tirarem
dúvidas, ao final. Esse debate é salutar, pois desenvolve o conhecimento de todos aqueles que
estiveram presentes à sessão.
Afora temas pertinentes aos graus simbólicos, não devem ser esquecidos vultos maçônicos
nacionais e estrangeiros, que marcaram época. Da mesma forma temas envolvendo questões
regionais, nacionais, de interesse geral, não partidários e religiosos, devem ser incentivados.
No caso específico dos mestres, não há a obrigatoriedade da apresentação de trabalhos pois
os aumentos de salário já ocorreram. Independentemente de instruções, exercitamentos
práticos, em loja, é necessário que se estimulem palestras, discussões sobre temas pré-
estabelecidos bem como a exposição oral de trabalhos, voluntários, que aprimorem o
conhecimento. Em sede de mestrado, há tendência de nos prendermos a matérias
administrativas e financeiras, obrigatórias, deixando de explorar a beleza e, a profundidade do
que se infere nos rituais.
A questão que se trava, em especial por Iir:. de outros ritos, é se os aprendizes e companheiros
podem fazer uso da palavra por ocasião da PALAVRA A BEM DA ORDEM .
NÃO EXISTE TAL IMPOSSIBILIDADE. Todos os homens iniciados são livres e de bons
costumes para se manifestar, respeitadas as matéria específicas a serem tratadas pela
administração e, incabíveis nos Graus 1 e 2. As liberdades de consciência e de
pensamento hão de prevalecer, assumindo cada um desses Iir:. responsabilidade pelas
palavras proferidas e, atos exercitados lastreando a conduta na Carta Constitucional do
Grande Oriente do Brasil, e demais legislações infraconstitucionais que formam o
arcabouço jurídico da Federação.
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O Rito Moderno convive perfeitamente com o Estado Democrático de Direito, assim como os
demais ritos também. Entretanto, devido a sua configuração, sobretudo histórica, é
perfeitamente aplicável às discussões notadamente de bom nível, sejam elas de cunho
maçônico ou não, essas sob o prisma do interesse coletivo. O Rito Moderno, seja qual for o
grau que esteja o maçom, procura formar homens de bem preparados, cuja formação
preferencialmente seja multidisciplinar, capazes de enfrentar a globalização em todas as suas
áreas, passíveis de dar contribuição efetiva na consecução de um mundo, menos desigual e,
mais feliz. Para que isto se concretize é necessária a manifestação de vontade de todos,
começando pela habilidade do Venerável Mestre em tornar os trabalhos realmente justos e
perfeitos.
VIII- CONCLUSÃO
Em nossa modesta opinião ficou latente, no contexto da ideia pretendida, demonstrar a
analogia entre as liberdades de consciência, de pensamento e a Lex Magna de 1988. A
facilidade no aprendizado do rito, leva-nos a pensar ser ele o ideal para, por exemplo,
constituirmos lojas universitárias e/ou de estudos e pesquisas trazendo para o ambiente
maçônico jovens e Iir:. maduros dispostos a evoluir e, se auto aperfeiçoar numa visão
humanística, moderna, atualizada . Aos mestres cabe o preparo e a adequação dos novos Iir:..
Estudos, pesquisas e entendimentos sobre matérias de natureza maçônica ou profana, desde
que de interesse geral, devem ser incentivados. O próprio rito moderno, dada a sua
flexibilidade passível de ser implementada no delinear das sessões
de estudos/instruções, permite alcançar visibilidade impar, preparando o maçom para um
mundo realístico, onde prevaleçam o conhecimento e, a sabedoria sobre os mais variados
assuntos, jamais desprezando os caminhos traçados nos rituais e, legislações aplicadas à
espécie. O universo em que vivemos é multiplural, cabendo-nos evoluir de forma a vencer, com
força e vigor, perseverança, fé e humildade as vicissitudes que nos assolam. O estudo
aprimora o homem, abre portas, supera o analfabetismo em todas as suas formas, cabendo a
nós maçons utilizarmos os ensinamentos, de forma adequada e racional, aplicando-os nos
momentos necessários em prol da evolução humana, para que o mundo se torne mais
igualitário, menos hipócrita e, acima de tudo próspero.
Fontes Bibliográficas:
- BECHARA, Evanildo. Minidicionário da Língua Portuguesa, atualizado pelo novo Acordo Ortográfico, 1a
ed.,
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2009.
- FERREIRA Filho, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional, São Paulo, 33a
ed. 2007, págs. 299/300,
Saraiva.
- PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado, Niterói, RJ, 1a
ed. 2007,
pág. 118, Impetus.
- MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional, Sao Paulo, 2a
ed., 2008, págs. 412/413, Saraiva.
- Grande Loja do Estado de São Paulo.
- Ritual do 1º Grau – Aprendiz Maçom – Rito Moderno – GOB – 2009.
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Irmão Diógenes de Sínope
MM da Loja Salvador Allende - GOL
Lisboa - Portugal
GEOMETRICAMENTE LAICO
O pensamento é dinâmico, e no momento em que cessar esta característica, ai de nós, humanidade
pura e dura que acredita, e citando Daniel Béresniak…que as certezas são estéreis e a
inquietude é fecunda…, melhor dizendo, que não aceita as definições definitivas por impedirem
a dedução verificada e corrigida pelos factos.
Desde as mais antigas Eras que os Geómetras (pronuncia-se Maçons) associaram a
razão, intuição e imaginação para explicarem as coisas e o mundo para além da dimensão
técnica e, estando eu grato por tais ensinamentos, vou relacionar a Geometria com uma das
mais marcantes consequências desse acontecimento do Séc. XVIII que se designou por
Revolução Francesa de 1789 que deu à Luz a chamada Laicidade.
Já sinto as farpas (lê-se certezas) dos que, estaticamente, aceitam as verdades por
desígnios autoritários (Roma locuta, causa finita), mas que venham elas pois esta viagem vou
encetá-la preparado para, sobretudo, errar (nunca mais me esqueci de um ditado hassídico que
diz…nunca perguntes qual o caminho a quem o conhece pois assim tu nunca poderás errar…)
e depois corrigir se assim for necessário.
Geometricamente Laico! Paradoxo ou verdade ainda por descobrir? Vamos, então,
debruçarmo-nos sobre as partes para vermos a Luz que tudo esclarece e domina.
Sabe-se que na Laicidade:
1- É convicção aceite por muitos que é inseparável da liberdade e tolerância e uma
opositora feroz das representações totalitárias afirmando-se como universal ao
transmitir-nos o saber independentemente das certezas dogmáticas.
2- Afirma-se também como uma aliada dos Mistérios Antigos que foram abafados pelas
ortodoxias vigentes na Antiguidade.
3- Não reduz o indizível a ídolos recusando, portanto, uma espiritualidade monopolista.
Etimologicamente significa Povo, ou seja, designa os que não pertencem às classes
dominantes (clero e nobreza), secularizando assim o saber.
4- Não impõe nenhuma maneira de explicar as coisas garantindo a liberdade de
consciência a cada um para o fazer e empurra todos para formularem mais perguntas
do que obterem respostas.
5- Excluir quem em nome de quê não cabe no pensamento que usa a razão, ciência e
progresso como pilares de um processo que conduz o indivíduo à livre escolha e à
tolerância.
6- A espiritualidade não é monopólio de ninguém nem de nenhuma organização e a
laicidade tem uma própria em que celebra a vida que se nutre pela passagem do que
é simples ao diversificado.
7- Associa a lógica (racional) à analogia (poética e metafisica) sem haver dominação de
uma sobre a outra, bem pelo contrário, harmoniza e potencia ambas.
3 – Geometricamente Laico
Diógenes de Sínope
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8- Promovendo a singularidade depois de integrada no conjunto social, reconhece o
indivíduo, não como o átomo social igual aos outros, mas como ser único capaz de
produzir uma ideia ou palavra nova, quer dizer, alivia a velha tensão da identidade em
que o Ser quer ser diferente mas também quer ser igual.
9- Alargando a educação e a cultura a tudo e a todos, contribui para que o maior e o
melhor não esmaguem o menor e o pior ficando a realidade e a vida social ao alcance
de quem quiser saber o que somos, onde estamos e para onde vamos.
10- Estimula o Produzir em vez do Reproduzir as verdades ditas e fechadas, melhor
dizendo, promove o aprender a aprender e não a memorizar elevando o conceito de
que a heterogeneidade é uma ventura e nunca o obstáculo.
Por sua vez a Geometria:
11- Entende que a verdade é uma construção e um projecto com um senso a descobrir
procurando detalhes para adaptar os comportamentos às necessidades.
12- Começou, exactamente, com o estudo preciso das metodologias que continham o
pensamento arcaico da humanidade (os Mitos).
13- Os textos orgânicos dos Construtores-Maçons revelaram e remontaram a sua
origem ao Egipto Antigo, Pitágoras e Euclides designando-a como a mãe das Sete
Artes Liberais e não como a quinta ciência ou segunda do quadrivium (facto que foi
ocultado pelas versões, ou Old Charges se lhe quiserem chamar, dos maçons ditos
especulativos).
14- É tida como o sistema de referência fundamental a partir do qual se elaboram
todas as acções morais, intelectuais e espirituais.
15- Permite ao homem medir a Terra, o Cosmos e todas as restantes coisas criando
analogias e modelos matemáticos.
16- Ensina-nos que a dúvida e a refutabilidade nos podem levar a identificar e a evitar
o erro.
17- Estabeleceu as regras do chamado espírito científico ao fundamentar-se numa
base transitiva e reflexiva da dedução.
18- Os Geómetras (lê-se Maçons), bem para além de questões de ordem técnica,
transmitiram-nos uma filosofia que une harmoniosamente, e obedecendo às leis da
sabedoria, os traços confusos do espírito humano.
19- No seu ensino, a relação Mestre/Aluno é peculiar por não haver progresso sem
discussão, ou seja o Aluno aceita a demonstração do Mestre, não porque ela vem do
Mestre mas porque lhe parece, lógica, deduzível e demonstrável.
20- Na transmissão do saber geométrico, a confiança e a submissão não são virtudes
e a memória não tem senão um papel subalterno. As virtudes são a inteligência e o
espírito crítico que, com os instrumentos-compasso e esquadro- projectam e agem de
acordo com a espiritualidade racional.
Postas estas reflexões sobre as partes, retomo a afirmação: Geometricamente Laico!
Verdade já menos escondida mas ainda longe da última palavra (as viagens não
terminam, permanecem). Não tiro conclusões (demasiado redutoras para tão complexo
assunto) mas finalizo este Traçado perguntando a mim mesmo:
21- Sendo a Laicidade muito mais recente que a Geometria, não terá sido esta que
abriu as portas àquela?
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22- Não é a Geometria o resultado de uma espiritualidade adequada à realidade,
pretendendo o homem aproximar-se da divindade criadora, ou seja, do indizível?
23- Não são, uma e outra, produtos inacabados de uma inacabada construção que,
pela sua natureza, é incessantemente desconstruída?
24- A associação mitológica entre o sangue e a pedra (Caim foi o primeiro criminoso e
o primeiro construtor ou a lenda de Hiram) não evidencia uma contradição que guiou
para sempre os francos-maçons por lhes ter ensinado que aquela não é senão
aparente e superficial pois sabemos que o fogo e a água, juntos e opostos,
contribuem para que a Obra fique acabada?
25- Geometricamente laicos não afastamos a ignorância e aprendemos a não ser
submissos nem às nossas paixões nem a autoritarismos patriarcais, ficando livres do
nosso orgulho, vaidade, desejos de posse ou de sermos aprovados pelos pares para
que, na construção do Templo, sejamos peritos na Arte Real, ou seja, na arte
suprema a partir do que nos é dado?
26- Guiados pelo espirito geométrico (leia-se construção criativa) ou laico (leia-se
conquistar o saber) não pode o trabalho sobre si-mesmo (sempre relacionado com os
Outros e o Universo-ideia central da pedagogia iniciática) fazer-nos chegar à
harmonia cósmica ou, se quiserem, à unidade primordial?
27- O espírito, geométrico ou laico, não será uma das ferramentas mais sólidas e
capazes que o Maçom (construtor ou filósofo) tem à disposição para um manejo livre,
tolerante, justo e fraterno?
Termino, convidando os NN.’.QQ.’IIr.’. a reflectir sobre um pensamento de Goethe que
diz…devemo-nos livrar dos grilhões da teoria para procurar a verdura da árvore dourada
da vida…
Diógenes de Sínope M.’.M.’.
R.’.L.’. Salvador Allende
G.’.O.’.L.’.
Bibliographia
-Mainguy, Irène – “La Symbolique Maçonnique du Troisième Millénaire”, Dervy Édition-2003
-Béresniak, Daniel – «Le Gai Savoir des Bâtisseurs», Éditions Detard aVs- 2011
-Girardet, Raoul – « Mythes et Mythologies Politiques », Seuil-1986
-Fromm, Erich – « De La Désobéissance et Autres Essayes », R. Laffont Éditeur-1983
-Cobos, J. L. – “El Método Masónico”, Ediciones del Arte Real, Masonica.es-2012
-Béresniak, Daniel – «La Laïcité», J. Grancher Éditeur-1990
14. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 14/37
Ir Charles Evaldo Boller
Curitiba – PR –
Charleseb@terra.com.br
Textos extraídos de sua obra,
“Iluminação”
Paranoia de Segurança
Há pouco tempo um irmão foi assaltado quando voltava da casa da namorada. O filho de
outro foi vítima de sequestro relâmpago; teve seu veículo e haveres tomados, preso no porta-
malas de seu próprio carro, passou por momentos aflitivos - situações semelhantes são tantas
que até os veículos já vêm de fábrica com recursos que possibilitam abrir o porta-malas pelo
lado de dentro.
4 –Paranoia de Segurança
Charles Evaldfo Boller
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Pela Internet, protege-se o ambiente operacional de computação com "firewalls" e
softwares de segurança. O uso de gerenciador de banco de dados armazena a informação
embaralhando-as com algoritmos de criptografia. É tudo muito perigoso e complicado.
Nas casas são construídos muros altos, encimados com farpas, fios eletrificados, grades
e outros obstáculos; luzes acendem automaticamente, câmeras captam imagens e as gravam,
cada porta ou janela externa é de aço, reforçadas com grades e munidas de sensores. As
casas estão sensibilizadas por sistemas de detecção de presença que acionam centrais
computadorizadas para disparar sirenes e chamar o serviço de vigilância. No caso de falha do
sistema eletrônico, ainda são mantidos cães de guarda, que conferem item adicional de
segurança. Por não existir engenharia, ainda não foram treinados pássaros, gatos e minhocas.
É paranoia!
Sociólogos afirmam que não adianta trancar o mal lá fora. Cada cidadão tem parcela de
responsabilidade pela situação aflitiva. Cada um que apenas cuida do seu ganho e modo de
vida, sem importar-se com a miséria, tem culpa. Tudo é terceirizado, inclusive a culpa; a
absoluta maioria procura culpados fora de si, sem mudar uma fração sequer de seu apetite
pelo gozo material.
Continua-se a pagar ao especulador, a taxas aviltantes, as dívidas internacionais,
enquanto miríades de crianças morrem de fome e doenças controláveis. Incontáveis atos de
lesa pátria permitem que a riqueza seja drenada do Brasil por ninharias, sem distribuir a renda
para minorar a miséria. Por omissão permitem que corruptos continuem a colocar o cidadão a
mercê de selvagens capitalistas. Inconsequentes assinam tratados que doam as riquezas do
subsolo para gananciosos de outros países. Cegos e surdos aos apelos de vítimas inocentes,
tolera-se a impunidade em graus sempre maiores. A lei é servida em "conta-gotas" e apenas os
mais ricos tem acesso condizente a ela. Os hipócritas lesas-pátrias, usando recursos públicos,
distribuem dinheiro de forma aviltante, como uma espécie de esmola e que mantém o
desassistido refém de seu infortúnio, mas que gera votos em tempo de eleição; tudo em
detrimento de investimento em educação, segurança e saúde.
Muitos equivocados maçons promovem a filantropia como o objetivo maior, e até único,
da Maçonaria.
Não é isto que o governo brasileiro está fazendo?
A miséria diminui?
Não!
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O povo precisa apenas de melhores oportunidades, distribuição da renda e educação.
O que hoje se vê com frequência é o cidadão fingido, oportunista e indolente pedir
demissão de seu emprego para ficar em casa, deleitando-se com o que deveria ser um
benefício para lhe propiciar outro começo. E isto não são fatos pontuais, estão espalhando
como fogo em mato seco.
Colocado desta forma, perpetua-se a hipocrisia. O maçom pode e deve promover atos de
beneficência, mas isto não minora o problema social, antes, o acentua cada vez mais, porque
se o cidadão não puder mais manter o mesmo ritmo de "boa vida", certamente usará de
violência para continuar sua vida parasitária.
O objetivo central da Maçonaria é estudar para melhorar a si mesmo, depois tentar
melhorar aos que o cercam em seu ambiente social mais imediato. Com o homem concertando
a si mesmo, conserta-se o mundo. O maçom tem no Mosaico, a imagem das diferenças, o
símbolo da arte de praticar o equilíbrio, que representa o mundo com todos os seus contrastes.
E o que se faz com isto?
Dar esmolas para equilibrar as diferenças?
Ao longo da história humana sempre existiram os pobres e desafortunados e é claro que
isto pode ser minorado, basta propiciar para cada pessoa, rica ou pobre, o caminho das
oportunidades, que começa na educação. Concertar o mundo começa pelo conserto do próprio
homem, assim como faz o diligente maçom. Mas se não praticar a Maçonaria, nada muda para
ele! Para quem não aproveita o básico deste conhecimento, as informações do painel de cada
grau representam que o iniciado continua vivo; ele ainda não morreu.
Para ser realmente iniciado é necessário antes morrer para uma condição anterior e só
então ser de fato iniciado na mente e no coração. A iniciação se dá depois da cerimônia,
quando o iniciado entende o que tudo aquilo significa. Se não se esforçar através do estudo,
continuará imobilizado como toda a massa humana. E o que se ensina em cada grau é apenas
um ponto de entrada, uma insignificância se comparado com a potencialidade que cada irmão
tem em si. O maçom dedicado coloca em prática em sua vida as noções básicas e depois as
aperfeiçoa, estende e transmite aos novos e menos desenvolvidos. Isto o torna poderoso. O
segredo é preocupar-se primeiro consigo mesmo, na sua própria autoconstrução, para então,
munido do escudo do conhecimento, com a espada da palavra e o malho do servir, fazer a
diferença e mudar o mundo.
Panelaços, passeatas, lutas armadas, ameaças, anarquia, desobediências civis não
resolvem. Sonegar impostos, quebrar o patrimônio público, pichar paredes, também não. Os
organismos de poder constituídos não têm tato, visão, paladar, olfato, audição, e muito menos,
coração. Max Weber entendeu que as normas sociais só se concretizam quando aparecem no
indivíduo na forma de motivação.
Cada maçom é levado a agir tendo por mola propulsora um motivo imposto pela tradição,
interesses racionais e uma forte componente de emotividade. A loucura só é barrada onde
ocorre mudança no proceder de pessoas como indivíduos e não como massa manipulável.
Cada maçom deve agir com os recursos ao seu dispor, no meio social onde pode replicar a boa
moral maçônica. É o indivíduo que move valores sociais e de motivação que produzem a ação
social; cada iniciado é multiplicador desta filosofia.
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Manso como o cordeiro, persiste em sua caminhada solitária e interpreta as pistas que a
ordem lhe induz e encontra solução para problemas que afligem a sociedade. Ao vivenciar a
moralidade, santificar a vida, regenerar o corpo e purificar a própria alma, certamente fará a
diferença na ação da relação social.
Na Maçonaria, a farta simbologia, tomada emprestado de diversas culturas, aponta
frequentemente para o desenvolvimento da espiritualidade. A maioria dos sinais e símbolos
mostra que o caminho é o de fazer a vontade do Grande Arquiteto do Universo, guiando-se
pelas leis da natureza. Não em palavras, mas em ações individuais. As ações sociais são
resultados de ações individuais.
Mesmo os poderosos organismos são nada diante da força de pessoas física, emocional
e espiritualmente evoluídas, decididas em fazer a diferença e que agem sozinhas. Não existe
lei casuística que se contraponha. Cada maçom, convencido desta poderosa força contida em
si mesmo, tem o poder nas próprias mãos para solucionar graves problemas que afligem a
sociedade.
Sem procurar culpado, terceirizar soluções ou deixar-se imobilizar pela paranoia da
segurança, ele conhece e discute os problemas de seu país em grupo, em loja, para então
enfrentá-los como indivíduo, dando exemplo ao seu grupo social mais próximo. Contra o
posicionamento individual para o bem não existe lei nem ação despótica que se contraponha.
Esta é a prática da Maçonaria que ajuda a suportar o que todo dia se vivencia.
A solução não cai do céu! É claro que o sistema cruel e castrador exige de cada maçom
sacrifícios para reunir-se em loja, mas a cada sessão o obreiro tem a possibilidade de sofrer a
boa e restauradora influência dos irmãos que trabalham numa mesma direção; o bem da
humanidade. É necessário estudar, discutir, participar de todas as sessões da Maçonaria. O
conhecimento da melhor direção já está escrito em cada coração e mente de maçons, isto
porque para adentrar na ordem ele foi escolhido e é homem livre e de bons costumes. O
maçom é multiplicador da maravilhosa filosofia da Maçonaria. Esta empresta as ferramentas e
o local físico para os irmãos reunirem-se num ambiente justo e perfeito. Ali cada um trabalha
em sua pedra bruta com o objetivo de burilá-la em pedra polida.
Enquanto perdura a loucura, enquanto reina a insanidade, resta apenas fazer bem a
própria lição de casa e rogar ao Grande Arquiteto do Universo que nos perdoe. Nossa loucura
está destruindo coisas e criaturas deste lindo jardim de delícias chamado Terra, este paraíso
que nos foi doado num ato de amor. Sim, estamos insanos, loucos e perdidos porque, em
nossa estultícia, apesar dos frequentes avisos de grandes iniciados do passado, ainda não
aprendemos que o amor fraterno é a única solução para todos os problemas que nos afligem.
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1 – substituição do Venerável:
Em 29/07/2016 o Respeitável Irmão Marcelo Gass, Loja Tríplice Aliança, 3.277, REAA, GOB-PR,
Oriente de Toledo, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:
marcelogass@uol.com.br
Nas Lojas do GOB, pode o 1º. Vigilante substituir o Venerável Mestre em sua
ausência? No RGF Art. 120, diz que compete ao 1º. Vigilante substituir o Venerável Mestre de
acordo com o Estatuto o Ritual.
Em nosso Regimento Interno não pode, e onde está escrito que sim, em alguma Lei maior que
ao nosso Regimento?
CONSIDERAÇÕES.
Sem muitos comentários, o Primeiro Vigilante tem sido desde tempos imemoriais o
verdadeiro substituto do Venerável Mestre. Isso é tradicional e universal, inclusive o próprio
verdadeiro Landmark da Ordem menciona que uma Loja é dirigida por três Luzes (três a
governam). Agora se o Regimento Interno de uma Loja indica que isso não é possível, não
compete à minha pessoa dizer onde está ou não escrito. Eu penso que quem aprovou essa
“barbaridade atentatória” contra as tradições, usos e costumes da Maçonaria é que deveria
apresentar essa justificativa.
Quanto ao peripatético “onde está escrito”, eu diria que está em toda a literatura séria
a respeito espalhada pela face da Terra. É impensável nela se imaginar que o Primeiro Vigilante
não seja o substituto imediato do Venerável Mestre. Tenho dito que existem os costumes,
imemoriais, espontâneos e universalmente aceitos.
Finalizando, imagino que todo esse “embrolho” é, ou foi causado pela má
interpretação e qualificação inexistente que alguns pensam em dar ao título honorífico do
Mestre Instalado. Generalizaram essa figura distintiva para todos os Ritos sem se aperceber que
esse tem sido um erro crasso na Maçonaria brasileira, e assim se proliferam as invenções.
5 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
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2 – Chapéu, Faixa e Espada:
Em 30.07.2016 o Respeitável Irmão Cristóvão José Avelino dos Santos, Loja Amparo da Virtude,
0276, REAA, GOPE/GOB, Oriente de Pesqueira, Estado de Pernambuco, solicita informações para o
que segue:
cristovao.avelino42@gmail.com
Fui membro de uma Loja Federada a COMAB aqui no Estado de Pernambuco a qual Iniciei fui
Elevado e posteriormente Exaltado, já se passaram 20 anos, faz 3 anos faço parte do
GOPE/GOB.
Para minha surpresa e porque não dizer tristeza, vi que foi praticamente abolido o uso do
chapéu nas seções de MMMM e pelo V M nas demais seções. Hoje dia 30.07.2016
teremos em nossa oficina uma seção de Exaltação e levantei a bandeira de usarmos o chapéu e
também a espada e faixa de Mestre, pois foi assim que aprendi durante todos estes anos de
Maçonaria, pois bem, fui rebatido veementemente por quase todos da Loja.
Por isso gostaria que o amado Irmão me orientasse a respeito do significado simbólico do
Chapéu, Espada e Faixa de Mestre, para que eu possa levar para nossa Loja e com esta
tentativa não deixarmos o brilhantismo da simbologia maçônica se perder no tempo.
CONSIDERAÇÕES.
1 – Chapéu.
Em se tratando da subordinação aos rituais do GOB eu não poderia considerar como viável
o uso do chapéu negro desabado no REAA nos graus de Aprendiz e Companheiro, pelo menos
enquanto os respectivos rituais ainda não os previrem.
À bem da verdade e da tradição do REAA os rituais deveriam previr o uso do chapéu
negro e desabado apenas pelo Venerável nos dois primeiros Graus e para todos os Mestres em
Câmara do Meio.
O comentário sobre o uso do chapéu como segue adiante procura então explicar,
principalmente sob o ponto de vista místico, a influência hebraica em alguns Ritos maçônicos,
sobretudo naquilo que se adapta ao Rito Escocês Antigo e Aceito.
Assim como no judaísmo, a cobertura da cabeça, além de expressar que por sobre da
cabeça do Homem, existe algo transcendental, onisciente, onividente e onipresente que é
“Deus”, o que evidencia também a pequenez da progênie humana perante o “Criador”,
apontando assim para a incapacidade do Homem em entender a divindade.
Esse entendimento de aparência agnóstica resume, em última análise, a prova de
subordinação do Homem a “Deus” - nos rígidos conceitos do judaísmo a cobertura da cabeça
deve se fazer presente desde o “brit-milá” (circuncisão - no oitavo dia de vida que simboliza a
aliança abraâmica com “Deus”).
Igualmente, na prática judaica essa cobertura é geralmente feita como o “kipá”, que é o
solidéu (do latim soli Deo – só a Deus), cuja obrigatoriedade da sua presença esta em todas as
cerimônias litúrgicas.
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Do ponto de vista histórico em Maçonaria, o costume do uso do da cobertura na cabeça,
geralmente com um chapéu negro desabado, deveria ser obrigatório para todos os Mestres
Maçons em sessão de Grau 03, a despeito de existirem Ritos que tornam obrigatórios o seu uso
para todos os Graus e em qualquer sessão.
No caso da verdadeira tradição relativa ao Rito Escocês Antigo e Aceito, além da
obrigatoriedade do uso por todos em Câmara do Meio, fora desta, seria também obrigatório o
uso do mesmo apenas pelo Venerável Mestre.
Esse costume é haurido das cortes europeias, principalmente do Século XVIII, quando o rei
em cerimonial na presença de seus inferiores hierárquicos, cobria a cabeça como penhor da
sua superioridade (sugere o Venerável em sessões do Primeiro e Segundo Graus). Já em
reunião com seus pares (de igual hierarquia) todos tinham a cabeça coberta (como em Câmara
do Meio).
De modo prático o costume resume que em Lojas do primeiro e segundo Graus, o uso do
chapéu apenas pelo Venerável se expõe como fiança de superioridade e de autoridade. Já em
Câmara do Meio, implica num penhor de igualdade entre os Mestres – todos permanecem com
as cabeças cobertas.
Infelizmente, na atualidade, o uso do chapéu negro e desabado em Loja tem se resumido
apenas em um vestígio de caráter um tanto quanto antiquado, já que muitos rituais nem mesmo
preconizam mais o seu uso, alguns inclusive, deixando a prática a critério do Venerável como é
o caso do atual Ritual de Mestre no GOB e exclusivamente na Sessão Magna de Exaltação.
Apenas a título de esclarecimento, nas Lojas Azuis do Craft norte-americano (Rito
Americano ou de York) o Venerável permanece usando um chapéu alto e de abas curtas
(cartola). Nas Lojas alemãs é também frequente o uso da cartola, enquanto que nos trabalhos da
Maçonaria inglesa (embora por tradição) o chapéu é praticamente ignorado. No Rito Escocês
Antigo e Aceito (rito de origem francesa) o chapéu desabado tem sido usado conforme alguns
rituais apenas no terceiro Grau. No rito Adonhiramita – quase só exercitado do Brasil - todos
usam o chapéu negro e desabado, independente do Grau simbólico.
Quanto ao formato do chapéu ser desabado, ele é relativo à moda de tendências regionais
hauridas principalmente da Maçonaria praticada na França no século XIX. O formato desabado
diante da testa do maçom servia, segundo alguns autores, também para auxiliar na manutenção
de discrição da identidade do seu usuário.
Obviamente que todo esse entendimento apenas faz sentido na Moderna Maçonaria, já
quem em se tratando do período operativo de Maçonaria, não existe qualquer referência ao uso
da cobertura, senão àquela que porventura viesse existir para servir como proteção no ofício.
2 – Espada.
É a arma branca composta por uma lâmina de aço, comprida, reta e pontiaguda, afiada em
um ou em ambos os bordos, com punho, guardas ou copos (proteção para a mão).
Na Moderna Maçonaria, as Espadas são muito importantes na prática da liturgia e
ritualística, tanto como uso obrigatório ou como eventual objeto de trabalho. Dentre elas há a
Espada Flamejante, utilizada em alguns ritos para as sagrações; a Espada normal como
instrumento de trabalho (arma simbólica) de uso dos Cobridor e do Guarda Externo do Templo
na maior parte dos ritos; dos Expertos e, também usada pelo Mestre de Cerimônias em alguns
ritos como é o caso do Moderno e do Adonhiramita, por exemplo. São também eventualmente
utilizadas por comissões de Mestres Maçons para formar a abóbada de aço quando da recepção
de autoridades, ou para desenvolver algumas exigências ritualísticas durante as Sessões de
Iniciação de alguns ritos maçônicos. Além disso, existem ritos como é o caso do Adonhiramita e
do Moderno, onde todos os maçons usam (ou pelo menos deveriam usar) tradicionalmente a
espada embainhada, como símbolo de igualdade.
A Espada e a sua relação simbólica com a igualdade teve origem na França pré-
revolucionária, quando os nobres e o alto clero portavam publicamente em todas as ocasiões
uma espada na bainha, não como arma, porém como símbolo de status (o que não acontecia
entre os plebeus). Fazendo com que todos na Loja portassem Espadas, a galante Maçonaria
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francesa pretendia com isso mostrar que todos ali eram iguais, não existindo entre os membros,
nobres nem plebeus, mas simplesmente Irmãos.
No REAA (rito de origem francesa), conforme a tradição usam obrigatoriamente espadas
em todas as sessões somente os Cobridores na função dos seus ofícios, os Expertos quando
na execução das suas atividades durante as cerimônias de Iniciações, ou outros Oficiais e
Irmãos que eventualmente o ritual determine em momentos específicos. Já os Mestres Maçons,
de maneira geral, têm a Joia de Mestre presa à faixa que vai a tiracolo (da direita para a
esquerda) no lugar da bainha e da espada.
3 – A Faixa do Mestre.
Em se tratando de Maçonaria Simbólica é um importante paramento usado na maioria dos
Ritos pelos Mestres Maçons. Geralmente usada a tiracolo (transversalmente) do ombro direito
para o quadril esquerdo, ela simboliza o talabarte no qual ia preso à bainha ou coldre que
acondicionava a Espada. No REAA a faixa é um dos paramentos obrigatórios dos Mestres no
Grande Oriente do Brasil conforme exara o ritual em vigência. Não confundir Faixa com o Colar
que suporta a joia dos cargos da Loja.
A Faixa do Mestre, em muitos ritos, como é o caso do REAA, traz com ela apensa no lado
esquerdo a joia do Mestre e um dispositivo interno (anel de metal) que representa um artefato
para acondicionar a Espada em caso de necessidade – vide disposição no ritual em vigência.
No que concerne ao Grande Oriente do Brasil e o seu ritual em vigência, o chapéu é
mencionado seu uso por todos, porém apenas nas Sessões Magnas de Exaltação, mas mesmo
assim, a critério do Venerável Mestre. Nas Lojas de Aprendiz e Companheiro seu uso não está
previsto. Ainda do GOB, como já mencionado, o uso da Espada é restrito a alguns Oficiais como
objeto de trabalho, ou em ocasiões determinadas pelos Rituais. Quanto a Faixa com a
respectiva Joia, elas são de uso obrigatório, já que ambas são parte das indumentárias do
Mestre Maçom – geralmente o uso da Faixa é dispensado somente para as Luzes da Loja
(Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes).
3 – SINAL MAÇÔNICO:
Em 20/09/2016 o Respeitável Irmão Duarte Xavier de Morais, Loja Oito de Maio, 3.927, REAA, GOB-
PR, Oriente de Ubiratã, Estado do Paraná, formula a questão seguinte.
dxmorais@yahoo.com.br
Há certo tempo, tem um Irmão da Loja que tem levantado certa polêmica na Loja, principalmente
quando temos recebido Irmãos visitantes, que quando seus nomes são citados se identificam
pelo levantar do braço direito com a mão espalmada para baixo, como se faz nos ditos sinais de
costumes.
Tal Irmão, insistentemente tem dito não se tratar de sinal maçônico, e ser terminantemente
proibido seu uso em Loja aberta.
Questionei, lendo um trecho do MANUAL DE DINÂMICA DO 1º GRAU DO GOB-PR Nº 080,
assinado por Vossa Excelência, que diz na pagina 33 diz que: "... Colocada em votação às
razões apresentadas, os Irmãos que aprovam fazem o sinal de costume, isto é, braço direito
estendido, horizontalmente, com a palma da mão para baixo. (...)".
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Pergunto:
1. O braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para baixo, por ser chamado de
sinal de costume, pode se dizer que é um sinal maçom ou não?
2. Está correta a forma de se identificar em Loja, mormente quando há grande quantidade de
pessoas, para que os Irmãos desconhecidos saibam de quem se fala, estendendo o braço?
Por gentileza, caso possa responder, gostaria de apresentar suas considerações em Loja, para
evitar possíveis constrangimentos desnecessários aos visitantes.
CONSIDERAÇÕES.
Existem alguns pontos que precisam ser considerados.
1. A manifestação pela forma de costume mencionada no Manual se refere a um gesto para
chamar atenção que é executado em dois tempos: primeiro a pancada da mão direita no
dorso da mão esquerda que visa chamar atenção do Vigilante ou do Venerável conforme
o caso. Segundo, o ato ao se estender o braço direito à frente é obvio que serve apenas
para identificar quem pede a palavra, porém sem que se mencionem nomes
necessariamente. Isso então é apenas um procedimento de costume e não um sinal
maçônico universal passível de sigilo como é o caso dos Sinais Penais dos respectivos
graus, é um gesto para se chamar atenção.
2. Sem a pancada no dorso da mão que precede o gesto do braço direito estendido
horizontalmente para frente em momento de manifestação para aprovação que é usado
geralmente na Ordem do Dia, significa o gesto ou modo de aprovar um determinado
assunto durante uma votação aberta (o votante se identifica perante a assembleia pelo
gesto o seu voto). Em síntese é um sinal que menciona “aprovação”. Quem aprova,
aprova alguma coisa.
3. No tocante ao gesto para se identificar em Loja quando porventura o seu nome seja
mencionado, isso nada mais é do que pura firula ou procedimento desnecessário – pura
invenção. Braço direito estendido à frente é um gesto de aprovação, portanto ninguém
está aprovando para si mesmo à menção do seu nome. Muito esporadicamente, se houver
necessidade de identificação de um Obreiro presente, o Venerável solicita que ele fique à
Ordem e não que estenda o braço à frente. Mas isso, eu ratifico, somente se houver
necessidade premente, senão se permanece simplesmente sentado. Não há necessidade
nenhuma de identificação quando é mencionado o nome de alguém em Loja. Isso serve
também para o caso daqueles visitantes que sem autorização ficam à Ordem durante a
saudação em nome da Loja feita pelo Orador aos visitantes nas suas conclusões finais.
Lembro que a discrição é uma das virtudes do maçom e o ambiente da Loja não carece
desse tipo de procedimento rançoso, muito menos de Irmãos aprovando elogios para si
próprios.
Finalizando, atitudes e gestos corriqueiros que compõem a liturgia maçônica não devem
assumir o caráter de importância e segredo comum aos Sinais de Ordem e Penal específicos
que possibilitam reconhecer portadores de graus maçônicos. Outros gestos e movimentos
também relacionados ao vocábulo “sinal” são apenas qualificados como expediente
convencionado para se transmitirem a distância, por meios visíveis ou auditivos, ordens,
notícias, avisos, etc.
23. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 23/37
4 – O USO DO BASTÃO:
Em 01/08/2016 o Respeitável Irmão Darci Carlos Garrido, Loja Breno Trautwein, REAA, Grande
Oriente do Paraná (COMAB), sem mencionar o nome do Oriente, através do Respeitável Irmão
Hercule Spoladore do Oriente de Londrina, Estado do Paraná, pede esclarecimentos para o que
segue:
darcic@hotmail.com
hercule_spolad@sercomtel.com.br
Se possível pediria que me esclarecesse alguns itens que passo abaixo.
Como se posiciona com o bastão?
Anda-se com ele em posição vertical ao lado e a frente do corpo com o braço formando uma
esquadria em relação ao corpo e ao ficar a ordem não se faz sinal com o bastão, fica-se
simplesmente a ordem.
Ao formar o palio os Diáconos cruzam os mesmos sobre quem vai ler o Salmo, seja o Past
Master ou o Orador, formando esquadria com os dois braços e o bastão do Mestre de
Cerimonias é colocado por baixo ou por cima do vértice dos bastões?
Pode me ajudar nas dúvidas relatadas acima?
CONSIDERAÇÕES.
Sob o ponto de vista tradicional, em deslocamento, o portador conduz o bastão
verticalmente segurando-o com a mão direita pela sua porção mediana tendo o braço direito
colado junto ao lado direito corpo e o respectivo antebraço horizontalmente para frente
formando com o braço uma esquadria. Em deslocamento mantém-se o bastão a uma altura
compatível do solo para que ele não tenha a sua base arrastada no chão. Parado (posição de
Rigor), simplesmente mantém-se a mesma postura, todavia descansando a base do bastão no
solo. Alguns rituais e manuais de procedimentos apregoam que o Obreiro portando o bastão
estando parado, gira o antebraço direito por sobre o tronco mantendo-o de modo horizontal na
frente e o bastão à esquerda na vertical descansando sua base no chão.
À bem da verdade essa última postura não é o modo tradicional de se usar o bastão.
Correto mesmo é a descrição feita na parte inicial dessas considerações.
É também oportuno se considerar o fato dos que “acham” que gestos feitos com o
bastão, como o caso do movimento do antebraço girando à frente do tronco, sejam movimentos
de um Sinal. De forma alguma. Sinais de Ordem e Penais são feitos exclusivamente com a mão,
ou mãos dependendo do caso. Nenhum movimento feito com um objeto de trabalho, seja ele um
bastão, um malhete, uma espada, etc., pode ser considerado como um Sinal maçônico. Não se
faz Sinal “com” o objeto de trabalho, isso é: não se usa o objeto de trabalho para com ele se
compor e fazer um Sinal. Assim, movimentos e posturas assumidas com um instrumento de
ofício são simplesmente posturas de se “estar a Rigor” e não Sinal de Rigor, muito menos ainda
imaginá-lo como um Sinal Penal maçônico.
24. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 24/37
No que diz respeito aos Diáconos e o bastão no REAA, infelizmente é uma atitude
equivocada, pois rigorosamente no escocesismo simbólico não existe formação de pálio e
muito menos os Diáconos portarem bastão. Daí, respeitando os rituais que assim apregoam
esse fato, eu não saberia lhe dizer de modo justificado qual seria a atitude correta, já que ela,
por ser inexistente sob o ponto de vista tradicional, não possui tal qualificação. De modo
racional, eu apenas imagino que se os Diáconos cruzarem por primeiro o bastão, o Mestre de
Cerimônias posiciona o seu bastão por último e por cima. Insisto, devo salientar que isso é
mera ilação da minha parte ao comentar um procedimento inventado no Rito em questão.
Assim, sugiro ao Irmão que, se o vosso Ritual ou Manual de Procedimentos não especificar
claramente essa questão, que então observe como no Rito Adonhiramita se forma o pálio com
as espadas, já que nesse Rito é autêntica a formação do pálio, embora não com bastões, porém
com espadas. No Rito Adonhiramita, o Mestre de Cerimônias descansa a sua espada para a
formação do pálio por sobre o cruzamento das outras duas espadas. Desse modo, já que em
alguns rituais escoceses foi equivocadamente enxertado o pálio, que é original no Rito
Adonhiramita, trocando as espadas por bastões, melhor seria então entortar a boca conforme o
uso do cachimbo.
Respeitando todos os rituais legalmente aprovados e em vigência, tenho apenas a
lamentar que depois de tanto anos de estudo comprovado pela história acadêmica, ainda
possamos encontrar o engano de se formar pálio num rito em que o mesmo é inexistente, como
é o caso do REAA.
Finalizando, ratifico que quem fica à Ordem, fica em pé com o corpo ereto e os pés em
esquadria unidos pelos calcanhares, compondo o Sinal do Grau com a(s) mão(s). Empunhando
um objeto de trabalho ele assume a mesma postura, porém sem fazer Sinal com o instrumento,
o que significa que ele estará à Rigor (nesse caso é o mesmo que estar à Ordem, entretanto sem
Sinal).
5 – CIRCULAÇÃO NA COLETA
Em 02/08/2016 o Respeitável Irmão Pasolini, sem mencionar o nome da Loja, REAA, GOB, Oriente do
Vitória, Estado do Espírito Santo, formula a seguinte questão:
pasolini.vix@terra.com.br
Temos orientado algumas Lojas que, na circulação do saco de propostas e tronco, o
oficial faça a coleta do Venerável, 1° e 2° Vigilantes, Orador, Secretário, Cobridor Interno e
depois as autoridades que tomam assento no Altar, independente de quem quer que seja.
Acontece que alguns Irmãos não aceitam este procedimento. Alegam que os Oficiais tem que
coletar em primeiro lugar do Venerável, Autoridades que tomam assento no Altar e demais
Dignidades. Preciso que me seja passada a orientação da forma correta do procedimento com
as devidas fundamentações.
25. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 25/37
CONSIDERAÇÕES.
É a mania de achar que “autoridades” sejam mais importantes do que as consagram as
tradições, usos e costumes do REAA.
O giro da bolsa, ou saco, em qualquer das ocasiões, começa pelas Luzes da Loja
(Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes), em seguida o Orador e o Secretário e por
último dessa primeira etapa do giro, o Cobridor Interno. Isso acontece porque, no REAA os
primeiros a serem abordados são as verdadeiras cinco Dignidades da Loja acompanhadas pelo
Cobridor que é o símbolo do sigilo (Landmark).
Quando me refiro ao número de “cinco” Dignidades é porque essas são as verdadeiras
Dignidades e não “sete” (mais o Tesoureiro e o Chanceler) como apregoa o GOB que
lamentavelmente confunde Dignidades com cargos eletivos.
A abordagem dos seis primeiros cargos em Loja se soma a importância das suas
presenças, a despeito que sejam também os outros importantes, mas a regra dos primeiros está
para o mínimo de sete Mestres que compõem obrigatoriamente uma Loja para que essa seja
aberta – as cinco Dignidades, um Cobridor e um Mestre de Cerimônias. Desse modo, mesmo
com autoridades presentes no Altar junto ao Venerável, essas somente serão abordadas após o
giro completo ter passado pelos seis primeiros cargos mencionados.
A rigor, precipitadamente o GOB também coloca na última abordagem do primeiro ciclo do
giro os “Cobridores”, isso para o caso de estar presente, além o Interno, também o Externo
(vide ritual em vigência) – deveria ser nessa fase apenas o Interno.
Por fim, autoridades presentes nas “duas” cadeiras de honra (Decreto 1469/2016)
eventualmente ocupadas, somente serão abordadas no giro somente após terem sido primeiro
abordados os seis primeiros cargos mencionados, isto é, após o Cobridor Interno.
6 – RETARDATÁRIO:
Em 02/08/2016 o Respeitável Irmão Antônio Raia, Loja Jesus de Nazaré 33, 2.422, REAA, GOB,
Oriente de Recife, Estado de Pernambuco, solicita o seguinte esclarecimento:
antonio_raia@hotmail.com
Havendo sido Iniciado na ARLS "JESUS DE NAZARÉ 33" da Grande Loja de
Pernambuco, onde ainda permaneço, recebi instruções acerca de entrada no Templo, fora da
hora regulamentar, onde deveríamos bater como Apr, aguardar, e, se autorizado adentrar
sempre com as formalidades: três passos, saudar as Luzes e pedir através de uma palma a
palavra, autorizado pelo VM, permanecendo a Ordem, faríamos então a Justificativa:
"VENERÁVEL MESTRE, MOTIVOS ALHEIOS A MINHA VONTADE NO MUNDO PROFANO,
IMPEDIRAM-ME DE CHEGAR NA HORA REGULAMENTAR, PEÇO-VOS DESCULPAS POR
INTERROMPER OS VOSSOS AUGUSTOS MISTÉRIOS, ASSINAR O LIVRO DE FREQUÊNCIA E
TOMAR O LUGAR QUE ME COMPETE", e que deveríamos fazer dessa forma devido as
justificativas variadas dos Irmãos: Cheguei atrasado, devido ao engarrafamento, baixou o pneu
do carro, ia descendo as escadas e a vizinha me parou para perguntar algo, etc. Saliento que
desde o ano de 1985 a Loja Jesus de Nazaré 33 nº 2422 regularizou-se no GOB e sempre que
damos Instruções aos AApr assim o fazemos. Gostaríamos da vossa opinião acerca do fato!
Se podemos assim ensinar? Se existe alguma outra forma?
26. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 26/37
CONSIDERAÇÕES.
Eu já não sou muito chegado aos atrasos, embora eu até entenda que
esporadicamente eles possam acontecer, todavia daí o Obreiro, além de atrapalhar os trabalhos
pelo atraso, ainda dar esse tipo de desculpas, é como dizia o Castellani mencionando Eça de
Queirós – “essa é mesmo d’scrachar”.
Ora, ora, ora, vamos ser práticos e parar com essas invencionices. Se o retardatário
foi autorizado a entrar, é óbvio que ele não chegou na hora certa, todavia, já entrou na Loja pela
forma de costume. Isso simplesmente basta. Afinal todos já sabem que ele chegou atrasado e
não há motivos para justificativa, pois essa é irrelevante, já que dela não depende mais a sua
permanência ou não no recinto – ele foi autorizado a entrar e já entrou! Então para que todo
esse “blá, blá, blá” desnecessário que só depõe contra a liturgia maçônica e, cá entre nós,
enche a paciência de todos.
Não existe nenhuma forma para tal, senão o ingresso formal e o interrogatório do
telhamento (De onde vindes?...), se for o caso e conforme consta no Ritual, nada mais.
Quanto a minha opinião, primeiro é a de que se evitem os atrasos, pois eles não são
institucionalizados na Obediência, por último, em havendo o dito, que se faça então apenas o
ingresso pelas formalidades de costume, nunca seguido dessas verborragias.
7 – COBERTURA DA LOJA EM SESSÃO DE FINANÇAS:
Em 05/08/2016 o Respeitável Irmão Marco Antonio Ferreira Castilho, Loja Fé, Amor e Caridade,
REAA, GOB, Oriente de Americana, Estado de São Paulo, apresenta a questão seguinte:
rcmarcocastilho@yahoo.com.br
A minha dúvida é a seguinte: Na Sessão de Finanças somente participarão os Membros da Loja
ou poderão participar Membros de outras Lojas e Potências Regulares?
Faço essa pergunta pelo fato de que o art. 109 trata da Sessão específica de uma Loja (Sessão
de Finanças), ou seja, de determinada Loja e, no seu § 4º, diz:
"Somente podem tomar parte das sessões ordinárias de finanças, os membros da Loja...” que
tiverem o mínimo da frequência e quites.
Entendo que, como o dispositivo esta se tratando de Sessão de Finanças de uma Loja, ele esta
falando da presença somente dos membros dessa Loja, os quais deverão ter mínimo de
presença. Estou correto ou não.
27. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 27/37
CONSIDERAÇÕES.
Exatamente. Ela é realizada em Grau de Aprendiz e dela só participam os membros da
Loja, já que os assuntos pertinentes às finanças dizem respeito apenas aos Irmãos do Quadro
da Loja. Assim essa Sessão será sempre convocada por edital e com antecedência mínima para
conhecimento dos membros da Oficina.
Nesse sentido, além de outros pormenores, não se admite a presença de visitantes e
nem de Irmãos do Quadro que porventura não se enquadrem no que menciona o § 4º do Art. 109
do RGF (frequência e obrigações pecuniárias). Obviamente que nas condições do § 4º, a
menção de que “somente podem tomar parte...” implica no controle da frequência e das
obrigações pecuniárias em dia relativas aos obreiros da Loja que realiza a Sessão, já que seria
impossível essa verificação e controle, pelo menos em tese, no dia e antes da Sessão, de
obreiros de outras Lojas que porventura estivessem em visita. Digo “pelo menos em tese”
porque com o GOB CARD, estando esse implantado definitivamente para todos os Obreiros do
GOB, seria até possível essa verificação, embora isso ainda demande de prática e tecnologia
realmente eficiente – trocando em miúdos: que funcione.
Outro aspecto para ser considerado é o § 1º do Art. 109 quando menciona (...) não se
admitindo que seja tratado qualquer outro assunto. Isso me parece também corroborar com a
presença de apenas Obreiros do Quadro da Loja, pois só a esses interessam assuntos
financeiros da sua Loja e que dela já tenham obrigatoriamente passado pela Comissão de
Finanças.
É o meu entendimento, levando-se em conta, entretanto, que eu não sou especialista
na interpretação da legislação maçônica, portanto essa não é uma consideração laudatória.
Penso que essa é tarefa própria de ofício do Orador da Loja.
8 – CONSELHO DE MESTRES INSTALADOS:
Em 05/08/2016 o Respeitável Irmão Luis Felipe, Loja João Vilaça, 772, GLESP, REAA, Oriente de
São Bernardo do Campo, solicita informação para o que segue:
luisfelipe@thermocom.com.br
Felipe.luisantonio@yahoo.com.br
O conselho de Mestre Instalado intervém na administração da Loja acima do
Venerável?
28. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 28/37
CONSIDERAÇÕES.
Se isso acontecer e estiver previsto em algum regulamento, sinceramente isso não
passa de um grande absurdo.
Quando será que os maçons brasileiros aprenderão que Mestre Instalado é apenas um
título honorífico pertencente àquele que foi eleito para ser o Venerável Mestre de uma Loja e que
ele mantém essa honraria vitalícia mesmo após o exercício do seu mandato, cuja experiência
adquirida é para ajudar na medida do possível, porém sem qualquer interferência, a
administração da Loja.
Infelizmente, afora ser uma medida enxertada no REAA (não existe instalação no
verdadeiro escocesismo), alguns ainda querem dar a ele a ideia de um grau e que esse tal
conselho espúrio pode se intrometer, sem ser chamado, na administração da Loja. Ora, um
Mestre Instalado, como qualquer Mestre auxilia e, em algumas oportunidades, até supre no ato
litúrgico de uma consagração se o substituto precário do titular não possuir a distinção de um
Mestre Instalado, agora, intervir nos trabalhos é qualquer coisa de ilegal.
Devo salientar que um verdadeiro Conselho de Mestres Instalado só é criado pela
Obediência através de um Ato do Grão-Mestre para a Instalação ou Reassunção de um
Venerável Mestre. Findada essa missão ele (o Conselho) é dissolvido. Fora isso, não existe, ou
pelo menos não deveria existir nenhum outro tipo de Conselho de Mestres Instalados,
sobretudo esses criados à deriva da Lei, apenas porque alguns “acham” que podem o instituir.
Lamentavelmente quando se inventam esses procedimentos espúrios, não demoram muito a
aparecer os problemas de interferência e intervenção ilegal.
Não conheço o que prevê o Regulamento da Sereníssima Grande Loja do Estado de
São Paulo nesse sentido, portanto, além das minhas considerações, oficialmente é a vossa
Obediência que deveria se manifestar sobre o assunto. A minha opinião está dada, mas é a
minha opinião. Agora, se isso estiver previsto no Regulamento, então o jeito é cumprir.
9 – PUNHOS PARA OS VIGILANTES:
Em 26/09/2016 o Respeitável Irmão Frederico Carlos Machado, Delegacia Litúrgica Região Sul do
Estado da Bahia, REAA, GOB, Estado da Bahia, formula a seguinte questão:
del.rseb15.2@hotmail.com
Solicito que me esclareça, dentro da ritualística: se o 1º e 2º Vigilantes devem usar
punho quando estão em função.
Na ritualística que Antonio Gouveia me mandou não precisava, concordando com o ritual de
Aprendiz; no ritual de Aprendiz não fica claro, remetendo para o ritual de Mestre que manda
usar os punhos.
29. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 29/37
CONSIDERAÇÕES.
Infelizmente alguns Irmãos ao tempo de esclarecer, confundiam ainda mais a
desordem ritualística. Ora, os paramentos que se apresentam no Ritual do Mestre Maçom em
vigência são os indicados para os três Graus.
Houve sim equívocos quando da publicação do ritual de Aprendiz, dentre os quais, à
época, eram os dos paramentos do Venerável Mestre, porém Isso ficou esclarecido por ocasião
da edição do Ritual do Grau 03. Assim, não há nenhuma necessidade que cada Grau simbólico
traga narrativa e apresentação de paramentos distintos para as Luzes da Loja. O que prevê o
ritual do Mestre em vigência é aplicado para os três Graus em se mencionado o dos Mestres, do
Venerável (Respeitab), dos Vigilantes (Venerab) e Mestres Instalados, ficando obviamente
restritos aos seus próprios rituais os aventais do Aprendiz e do Companheiro.
Nesse sentido, salvo os Aprendizes e Companheiros, os demais paramentos se
aplicam iguais em todos os graus simbólicos – neles não existem diferenças para as Luzes da
Loja (Venerável e os Vigilantes).
Por assim ser, afirmo que os Vigilantes usam punhos (paramentos completos) no
exercício das suas funções, tanto no na Loja de Aprendiz, como na de Companheiro e na de
Mestre – entre eles não existe diferença alguma conforme o Grau.
O que precisava realmente era extirpar as referências feitas aos paramentos do
Venerável do Ritual de Aprendiz, deixando-as apenas no Ritual de Mestre junto com as dos
Vigilantes, e dos Ex-Veneráveis (Mestres Instalados).
10 – FALA DO ORADOR E MARCHA DO COMPANHEIRO:
Em 08/08/2016 o Respeitável Irmão Paulo Fernandes Barreira, Loja Renovação e Trabalho, 2.887,
REAA, GOSP-GOB, Oriente de Assis, Estado de São Paulo, solicita esclarecimentos para o que
segue:
pfbarreira@hotmail.com
Há muito tempo que acompanho seus pronunciamentos (respostas) pela pelo “JB
News”, o que nos tem dado a oportunidade de sempre estar aprendendo cada vez mais dado
seu profundo conhecimento em Ritualística.
Esta é a primeira vez que venho valer-me de suas luzes, e espero não ser a última, pois somente
assim dúvidas serão esclarecidas já que nossos Rituais são omissos em algumas passagens.
Por isso venho consultar o Irmão sobre dois assuntos, os quais, embora antigos, recentemente
suscitaram dúvidas em minha Loja.
Estando na Maçonaria há um bom tempo, lembro-me que a orientação dada pelos mais antigos
era de que o Orador, ao usar da palavra como Irmão do Quadro, teria que ser substituído na
oratória por outro Irmão.
Há muito tempo que não vejo essa prática e outro dia, em minha Loja, o Irmão Orador
manifestou-se como Irmão do Quadro, saindo da oratória e sendo substituído, o que causou
dúvidas entre os Irmãos.
30. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 30/37
- Há ainda essa prática na substituição do mesmo em caso análogo ou o Orador não deve assim
se manifestar e fazê-lo somente sob o ponto de vista legal, sem ingerência ou opinião?
O segundo assunto refere-se à Sessão de Elevação.
Na página 88 do Ritual do Grau 2 - Companheiro-Maçom, REAA - GOB - Última Edição (2009),
assim consta:
“VEN - Ir M de CCer, conduzi o novo Ir Comp ao 2º Vig, para que o ensine a
trabalhar na P Cub, e a dar os passos do seu Grau.
O 2º Vig faz o Comp trabalhar na P Cub, dando nela a Bat, e o ensina a dar os passos
do Gr, findo o que o leva entre CCol”.
A dúvida que sempre surge, Irmão Pedro, uma vez que essa Sessão não é realizada com
frequência, é:
- Em qual lugar do Ocidente o Irmão 2º Vigilante ensina o Companheiro a dar os passos do seu
Grau (antecedido pelos passos do Apr.·.)? De fronte ao seu Altar (do 2º Vigilante) ou sobre o
Eixo do Templo, já que está registrado “... findo o que o leva entre CCol.·.”?
Como me parece às dúvidas sempre surgirão, até mesmo as mais simples e ainda mais quando
tudo que havia sobre Ritualística foi revogado pelo Soberano Grão-Mestre de nossa obediência,
o GOB. Então eu diria: Eis a questão.
E.T. Sei da demora, mas se não puder responder por e-mail (não sendo essa a norma) aguardo
as respostas no Informativo JB News.
CONSIDERAÇÕES.
Orador - Existem as situações que o Orador fala como Guarda da Lei e outras como
Obreiro da Loja. O cuidado nesse sentido é o de que como Orador ele não expresse opinião
pessoal e nem se manifeste para tal. Nesse caso ele é o Promotor Público maçônico e
representa os Diplomas Legais. Já como Obreiro, ele tem o direito de pedir a palavra nos
momentos oportunos. Em ambas as situações, tanto como Obreiro ou como Promotor ele fala
sentado e do seu lugar (da sua mesa). Se ele preferir falar em pé, ficará então à Ordem.
Obviamente que ele também fica à Ordem se o ritual assim determinar.
Não existe a prática de que ele precise ser substituído para falar como simples
membro do quadro. Existem sim são momentos distintos para o uso da palavra, ou pelo seu
ofício, ou como Obreiro, porém sempre do seu lugar em Loja e sem qualquer substituição. Note
que se a substituição procedesse então qualquer um no exercício da sua função que carecesse
falar como Obreiro teria que ser antes substituído. Obviamente que isso não procede e não faz
sentido algum e de modo corriqueiro.
De qualquer maneira, para não ser excessivamente laudatório, lembro sempre existem
casos e ocasiões que demandam medidas apropriadas, nesse sentido deve sempre imperar o
bom senso.
Marcha – Nesse momento o Segundo Vigilante, auxiliado pelo Mestre de Cerimônias,
leva o novo Companheiro até entre Colunas (do Norte e do Sul), próximo à porta no extremo do
Ocidente e ali ensina a Marcha.
Quanto ao termo usado no ritual “findo o que o leva entre Colunas”, é mais uma das
colocações equivocadas que têm assolado os nossos rituais. Ora, é evidente que ele (o
Companheiro) já está entre Colunas, daí o cuidado de se iniciar a Marcha o mais próximo
possível da porta. Lembro que a Marcha do Grau é sempre feita tendo o eixo do Templo
(equador) como referência. Para que a prática seja objetiva, o novo Companheiro é colocado
sobre o eixo e de frente para o Oriente tendo à sua direita o Segundo Vigilante (Sul) e o Mestre
de Cerimônias à sua esquerda (Norte) durante a execução da Marcha. Obedecendo a essa
posição, evita-se circulação desnecessária.
31. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 31/37
De fato os nossos rituais devem muitas explicações e supressões de elementos
contraditórios. Infelizmente existem os tais “donos dos rituais” que não admitem uma correção
acentuada e necessária. Sei bem como isso acontece, até porque por lá fiquei por alguns anos
como Secretário Geral Adjunto e não consegui arrumar nada, não por falta de iniciativa, todavia
pelo travamento burocrático e outras nuances que não valem a pena aqui serem comentadas.
11 – VERIFICAÇÃO PELOS VIGILANTES:
.
Em 09/08/2016 o Respeitável Irmão Gilson Raimundo de Sousa, Loja Constância e Lealdade,
3.139, REAA, GOB-PB, Oriente de João Pessoa, Estado da Paraíba, solicita o seguinte
esclarecimento:
gilsonbambu@gmail.com
Na abertura ritualística em Loja de Companheiro Maçom ou Mestre Maçom, os
Vigilantes percorrem as Colunas nos sinais, toques e palavras como prevê o Ritual, mas se
todos os cargos estão preenchidos nas Colunas e não ha Irmão, para ser verificado nos sinais,
toques e palavras, os Vigilantes fazem o giro previsto ou não sai de seus lugares.
CONSIDERAÇÕES.
Os Vigilantes só percorrem as suas Colunas se na oportunidade houver algum Irmão
para ser examinado. Os que ocupam cargos não passam pelo exame simplesmente porque, em
tese, eles já foram reconhecidos ao serem investidos pelo Mestre de Cerimônias.
Assim, não havendo ninguém para ser examinado, o Vigilante do seu lugar faz a
comunicação de costume, pois seria improcedente e contraproducente percorrer a Coluna num
caso desses.
A propósito, os Vigilantes ao fazerem o exame (telhamento) não fazem o giro, mas se
deslocam cada qual pela sua Coluna começando a verificação, se for o caso, começando por
aquele que estiver situado o mais próximo da parede ocidental (extremo do ocidente) até o
último que esteja o mais próximo do Oriente. Os Vigilantes nessa oportunidade não passam de
uma para outra Coluna (não cruzam o eixo do Templo) daí, no mesmo hemisfério, não existe
circulação. Findado o exame na Coluna correspondente o Vigilante retorna diretamente para o
seu lugar.
32. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 32/37
12 – CAMINHADA NO reaa:
Em 10/08/2016 o Respeitável Irmão Nonato Sampaio, Loja Vigilantes do Amazonas, 003, REAA,
Grande Oriente Amazonense, COMAB, Oriente de Manaus, Estado do Amazonas, formula o seguinte:
natocar.sampaio@hotmail.com
Durante a sessão ritualística de Loja de Mestres, ocorreu um debate acerca da forma
correta de caminhada em Loja aberta do REAA.
Estamos falando da caminhada normal sem instrumento.
O obreiro deve caminhar a coberto, ou seja, mãos sobrepostas sobre o ventre (ou púbis) ou
livremente com os braços sem qualquer sinal ou posição?
Você tem alguma matéria publicada sobre este assunto específico?
CONSIDERAÇÕES.
Caminhar a coberto! Andando com as mãos sobrepostas sobre o baixo ventre! Ora,
isso não existe.
O obreiro em deslocamento no REAA sem empunhar um objeto de trabalho, anda
normalmente (braços caídos ao longo do corpo). A única condição que ele anda com o Sinal
composto acontece quando da execução da respectiva Marcha do Grau.
Matéria específica sobre o assunto pode ser encontrado nas inúmeras respostas que
eu venho dando relacionadas aos deslocamentos e circulações em Loja no REAA. Entretanto,
em nenhuma delas, isso eu posso lhe garantir, comentei ou mencionei algo como “caminhar a
coberto” (sic).
De certa forma, quem estiver em Loja aberta, está coberto, já que tudo que acontece
em uma sessão maçônica exclusiva para maçons, deve estar a coberto – dos olhos e ouvidos
profanos (dos não iniciados). Assim, quem cobre o Templo é o Cobridor, termo esse que se
refere em manter o recinto da Loja fechado, não permitindo o ingresso de ninguém que dos
trabalhos possa tomar parte.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
SET/2016
Nota do Perguntas & Respostas: - Dentro de algumas edições o JB
News deixará de circular. Toda e qualquer dúvida poderá continuar
sendo enviada para o Irmão Pedro Juk (jukirm@hotmail.com ) que
em muito breve estará sendo respondida aos irmãos de todo o Brasil,
através de um possível Blog exclusivo que será criado e anunciado
por este informativo.
33. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 33/37
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville
26/01/1983 Humânitas Joinville
31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e
Fraternidade do Mercosul Ir
Hamilton Savi nr. 70
Florianópolis (trabalha no
recesso maçônico)
11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans
13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba
17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis
21/02/1983 Lédio Martins São José
21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió
22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá
18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau
15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis
21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna
25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau
25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque
6 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mêses de janeiro e fevereiro
34. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 34/37
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis
14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis
25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema
06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes
11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão
29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
Vem aí o IX Chuletão Templário.
O evento filantrópico Maçônico
Loja “Templários da Nova Era”
35. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 35/37
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
28 de fevereiro
A Cadeia de União – I
É formada na Loja, colocando-se os maçons ao redor do Altar, entrelaçados pelas
mãos e unidos pelos pés e pelas mentes.
É a força espiritual da Loja.
Deve ser formada obedecendo à tradição, esvaziando as mentes e abrindo o coração.
Cada maçom é um elo: foi assim forjado na Iniciação, e a união dos elos forma a
cadeia, também denominada de corrente.
Os elos são unidos uns aos outros sem solução de continuidade, e assim é toda a Loja
que se entrelaça.
A força da mente conduz à purificação do todo, e essa força somada retorna para cada
elo como energia.
A palavra semestral une as mentes quando é passada de ouvido a ouvido a todos os
elos.
Portando, após recebida a mente, apenas obedece a um comando, que é o do
Venerável Mestre; subjugada pelo amor fraternal, forma-se um único pensamento que
é dirigido àqueles que necessitam de amparo.
A cadeia de União tem mais poder que a coleta da bolsa de beneficência; ambas
constituem benesses maçônicas e elas devem ser usufruídas por todos os inscritos na
Fraternidade Branca Universal.
Todos os maçons devem contatar-se uns com os outros.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 78.
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Ir Raimundo Augusto Corado - CIM 183.481
MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737
Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e
Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182
Barreiras – GOB/BA. – escreve às terças e quintas
raimundoaugusto.corado@gmail.com
AGINDO CONTRA OS INSTINTOS
Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 11 de maio de 2015
Amanheceu triste, acabrunhado?
Indisposto, de alma sisuda?
Raivoso, intolerante, entediado?
Reflita, ore, isso ajuda.
Ore na forma do teu agrado;
Deus te ouve mesmo mudo;
Com a oração estará amparado;
Ore com coração aberto e puro.
37. JB News – Informativo nr. 2.343– Florianópolis (SC), terça-feira de carnaval, 28 de fevereiro de 2017 - Pág. 37/37
Isso já concertou muita gente;
E com você não será diferente;
A fé impulsiona ao progresso.
Nos momentos de maior agonia;
Chamo a caneta pra companhia;
E converto tudo em versos.