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Jornal do Agrupamento Escolas Clara de Resende
DeClaranº24,junho2019
DeClaraS
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Professor Francisco FradinhoE.V./E.T. 6ºA e 6ºB
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Agrupamento Clara de Resende
EDITORIAL
AS NOSSAS ESCOLHAS ...
SUGESTÕES DO MÊS
O QUE ACONTECEU ...
DESAFIOS DO MÊS
APECR ESCREVEU...
É BOM SABER ...
TRABALHOS DOS ALUNOS
O QUE VAI ACONTECER...
DeClara, nº 24 junho 2019
Editorial
A Escola do século XXI deve fazer a diferença, tem
de ser diferente relativamente à escola do século
XX e do século XIX, ir mais além, desafiar o
sistema e ousar!
Fala-se muito de tecnologia, de inovação
tecnológica, de ferramentas digitais mas as
escolas continuam muito aquém do esperado.
Não tem capacidade de acompanhar a evolução
dos tempos em termos informáticos. A sala de
aula não tem computadores e os telemóveis
ainda não são legalmente permitidos. Pedem-nos
que façamos omeletes sem ovos! No entanto, às
voltas com toda a burocracia exigida pelo
ministério, os professores fazem o possível,
inventam-se e reinventam-se para ter uma sala de
aula onde predomine a motivação e o ânimo,
para ir ao encontro dos jovens, alunos que se
movimentam à vontade no mundo da internet,
onde tudo acontece a grande velocidade, mundo
onde os jovens gostam de estar. É assim o nosso
tempo! É assim na nossa escola: há professores
que abrem portas e janelas aos alunos, que os
ensinam a ler o mundo de diferentes formas, a
fazer fazendo, aprender a fazer e fazer a aprender,
conseguem mostrar-lhes que o conhecimento
está em todo o lado e por isso os motivam e
levam a participar em diferentes atividades,
projetos, visitas de estudo, clubes, exposições de
trabalhos…E ainda bem que assim é, que temos
professores e alunos que se deixam conquistar,
conduzir e fazem a diferença.
Parabéns a todos pelo trabalho desenvolvido.
Bom São João!
Isabel Santos Pereira
DeClara, nº 24 junho 2019
3
RESPOSTAS AOS
DE MAIO
DESAFIOS DE JUNHO
O João tem 13 moedas no bolso. Cada moeda é de
5 ou de 10 cêntimos.
Qual dos seguintes valores não pode ser o valor
total das moedas do João.
Solução: B) 60 cêntimos
Desafio 1
Desafio 1
O ano de 2012 foi ano bissexto, isto significa
que o mês de fevereiro teve29 dias.
No dia 15 de março de 2012 os patinhos do
meu avô tinham 20 dias de idade.
Quando é que eles eclodiram dos seus ovos?
Prof. Artur Neri
Desafio 2
Descobre as 7 diferenças
Desafio 2
Descobre
Secas do mês
Atenção: Estas anedotas são
extremamente secas.
Mesmo muito secas!
As mais secas que já alguma vez
ouviste!
4
SUGESTÕES DO MÊS
Uma vez conheci uma rapariga que não tinha
uma perna. Tinha duas.
-Menino Artur, onde está o seu TPC com a
palavra «coube» escrita 50 vezes?
-Está aqui, professora.
-Mas aqui só estão 49 palavras…
-Já não cabeu.
Cinco em seis cientistas afirmam que a roleta
russa é segura.
Francisco Rodrigues, 9.ºB
DeClara, nº 24 junho 2019
Searching for Neverland
Este mês vou falar de um filme sobre a vida de um
cantor conhecido como o “rei da POP”. Este filme relata
vida de Michael Jackson, contada pelos seus seguranças,
Bill e Javon.
Quando estes começaram a
trabalhar para o cantor e para a
sua família, quase abandonaram
as suas, pois tinham de fazer as
viagens que o cantor fazia.
Principalmente Bill começou a
ter uma relação muito forte com
Michael e com a sua família
tornando-se amigo e confidente destes. Michael só
queria o melhor para a sua família e queria que os seus
filhos tivessem uma vida normal, longe das câmaras e da
comunicação social. Michael estava afogado em dívidas
e, para as pagar, era obrigado a fazer muitos espetáculos,
bastante exigentes a nível físico que o deixavam exausto!
Durante uma sessão fotográfica, Michael fez amizade
com um estudante de cinema, no qual confiou a chefia
da sua equipa de segurança. Passado algum tempo este
despediu Bill e Javon, às escondidas de Michael, e eles
voltaram para junto das suas famílias. Mas Michael,
sentindo a falta de Bill, telefonou-lhe e pediu-lhe para ir
ao seu encontro.
Enquanto Bill fazia as malas viu na televisão a notícia da
morte de Michael Jackson, que, no dia 25 de Junho de
2009, devido a todo o stress e pressão que lhe foram
submetidos faleceu, na sua mansão, com uma paragem
cardíaca. Bill não chegou a tempo de conversaremntes
da su “partida”!
Existem muitas teorias, maioritariamente dos grandes
fãs de Michael, que este fingiu a sua morte para escapar
das dívidas, da fama, da falta de privacidadade e em
busca de uma vida melhor. Mas os factos apontam para a
real morte da estrela conhecida como o “rei do POP”.
Recomendo este filme a todos os que gostam de Michael
Jackson e de histórias de vida emocionantes!
Gonçalo Martins Torrão, 7º D
SUGESTÕES DO MÊS -
FILME
Informação inútil:
O animal mais velho do mundo é uma
ostra gigante com, pelo menos, 523 anos
de idade que foi descoberta nos Açores e
está de boa saúde. Já o maior vertebrado
do mundo é um Tubarão-da-Gronelândia
com cerca de 400 anos.
5
SUGESTÕES DO MÊS
LEITURA
DeClara, nº 24 junho 2019
Situado em Maycomb, uma cidade fictícia no interior do Alabama, o
romance conta a vida na sociedade racista do sul dos EUA nos anos 30. A
história é narrada pela protagonista, Jean Louise (Scout) Finch, que é criada
com o irmão pelo pai viúvo, Atticus Finch, um advogado, que lhes fala
como se fossem capazes de entender as suas ideias, encorajando-os a
refletirem, em vez de se deixarem arrastar pela ignorância e o preconceito.
Tudo parecia normal até que Atticus foi nomeado para defender Tom
Robinson, um dos habitantes negros da cidade, acusado de violar uma
habitante branca. Esta obra aborda temas controversos, como o racismo, o
preconceito social e o conformismo, típicos da sociedade dos anos 30.
Francisco Manta Rodrigues, 9.ºB
3º Ciclo: “Mataram a Cotovia”, de Harper Lee
Em 1960, Cuba vive momentos efervescentes. A revolução triunfou e todos
foram afetados. O romance de Pedro Juan Gutiérrez, narra-nos a história de
dois jovens que partilham a busca incessante pela liberdade e a realização de
sonhos num regime autoritário e opressor. Fabián e Pedro Juan, amigos
improváveis, ansiosos por novas experiências culturais, interpessoais ou
sexuais, e que se deparam com a repressão da família, da religião e do regime
politico.
Pedro Juan é um sedutor insolente que leva uma vida caótica. Fabián, ao
contrário, é um pianista recluso, frágil, medroso e homossexual. Apesar das
diferenças, ambos possuem condutas que não se ajustam aos princípios
ideológicos do novo governo cubano.
Biblioteca Escolar
Ensino Secundário: “Fabián e o Caos” de Pedro Juan Gutiérrez
Nestes textos de viagem, Cadilhe ocupa-se dos seus temas habituais:
aventuras e contratempos, encontros e reencontros,
subdesenvolvimento e choque cultural, pasmo e beleza, solidariedade
e fé num mundo melhor.
Pela Patagónia abaixo, pela Indonésia acima, pelas ilhas do Pacífico e
do Índico, pelos mares da Tasmânia ou das Caraíbas, pelas cidades dos
Andes, da Europa e de África, o olhar maravilhado do viajante percorre
a Terra com uma certeza: a Lua pode esperar.
Só te falta ir à Lua?, dizem-lhe. Á Lua para quê?, responde. Tudo o que
me interessa está aqui, na terra.
Biblioteca Escolar
“A Lua pode esperar” de Gonçalo Cadilhe
Ó meu rico S. João
Amante do amor e da folia
Põe nos homens mais razão
Abstinência na copofonia
Melindrados correm pela cidade
Outros celebram em poleiros
Nem todos conhecem a direção
Festejos pregoeiros
Manjerico, alho-porro
Muito cravo e hortelã
Dá de saia moça saloia
Até ao romper da manhã
Nessa turbulência prazenteira
Podes perder o coração
Porque não o pregas em promessa
Ao querido S. João?
23/6/2008
Henedina Barbosa
Cascata de Sonhos
Poema do mês de junho
6
SUGESTÕES DO MÊS
DeClara, nº 24 junho 2019
Benefícios dos livros
Biblioteca Escolar
Curiosidade do mês de junho
TRABALHOS DOS
ALUNOS – 5º ANO
7
DeClara, nº 24 junho 2019
MAQ U ETES EN TRE TA KES:
UMA VIAGEM HISTÓRICO-GEOGRÁFICA
“O SO N H O ESTRA N H O ”
Por Adriana Serman - N.º 1
Era uma vez um professor de História que desejava conhecer a América antes dos espanhóis lá terem
chegado. O interesse dele era tanto que não falava de mais nada a não ser dos Maias, das antigas
dos seus templos, ...
A mulher dele já tinha ouvido tantas vezes falar sobre os Maias que já sabia o que ele ia dizer, não lhe
prestava grande atenção e os poucos amigos que tinha riam-se nas costas dele.
Certa vez, numa feira medieval, em Santa Maria da Feira, os amigos, em jeito de gozo, desafiaram-no a
ir junto de uma bruxa velha, muito velha, com uma verruga no nariz a pedir que ela fizesse um feitiço e o
levasse para um desses templos de que tanto falava.
O professor, que não acreditava em bruxas e muito menos em magia, entrando na brincadeira foi junto
da bruxa e pediu-lhe que o levasse para o templo de Kukulcán, ao que a bruxa respondeu:
- O quê?! Onde fica?! O professor lá explicou e a bruxa, entre outras coisas, ficou a saber que o templo
de Kukulcán fica no México. A bruxa disse-lhe para ele comprar um bilhete de avião.
Ao que o professor exclamou: - Não,não! Eu gostaria de lá ir, mas antes dos espanhóis terem lá
chegado.
A bruxa perguntou-lhe para que ano ele queria viajar. O professor respondeu que teria de ser antes de
1492.
A bruxa concordou em conceder-lhe essa possibilidade. Mas em troca ficaria com o cão.
O professor aceitou, pensando que obviamente as viagens no tempo não existiam e ele nunca ia perder
o seu cão, que era o único que o ouvia com entusiasmo.
De repente, o professor encontrou-se no meio de uma multidão á volta do templo de Kukulcán.
Observou que as pessoas têm a pele pintada e com penas subitamente o professor lembrou-se que os
Maias faziam rituais que envolviam sacrifícios humanos. Desejou sair dali o mais rápido possível. Ficou
com tanto medo que acordou. Percebeu que estava na sua própria cama. Ouve a porta do quarto a abrir
com muita força e vê a mulher a entrar com grande velocidade e exclamou:
- O nosso cão fugiu! O cão fugiu!
8
DeClara, nº 24 junho 2019
“FU G IR D O ATO M IU M ”
Por António Gago - N.º 3
No dia 14 de junho de 2019, os chefes da polícia AR (anti roubos) chamaram-me para ir ao Atomium, em
Bruxelas, pois bandidos e ladrões ficaram a ocupar o Atomium. Também me disseram que podia escolher
cinco membros da AR para me ajudarem na missão pois se fosse sozinho era provável que dois segundos
depois já estivesse morto. Então apresentaram-me dez pessoas e eu escolhi o Quico, o Martin, o Vicente, o
Leonard e o João. De seguida preparamos as malas e apanhamos o voo para Bruxelas. Quando chegamos a
Bruxelas fomos diretamente para lá.
Já na cena do crime, vimos muitos guardas e aí entendi porque é que precisaria de mais cinco membros do
meu lado. De repente, eu vejo uma luz seguida de muitas outras mas não era uma luz qualquer. A partir de
cada uma saía uma máquina gigantesca que derrubava qualquer pessoa, era quase invencível. Pouco tempo
depois, percebi que essa força vinha da bola do meio do Atomium. De seguida, disse aos meus amigos para
entrarmos no Atomium para não nos tornarmos comida para as máquinas. Conseguimos entrar sem ninguém
reparar e disse- lhes que teríamos de entrar na bola do meio.
O João reparou que havia um elevador para a bola do meio então esgueiramo-nos até ao elevador e aí
percebemos que o elevador não funcionava. Encurralados, fomos descobertos e eu, o Quico, o Martin e o
Vicente levamos um tiro paralisador e caímos para o lado. Já Leonard e João levam com um tiro também mas
um tiro diferente, tornou-os monstros.
No dia seguinte, à noite, acordamos, eu, Quico, Martin e Vicente, na bola de cima. Olhamos pela janela e
percebemos que estávamos a falhar na nossa missão pois metade da cidade estava em cinzas.
Não podíamos fazer nada porque a única saída era pelo elevador e ele estava avariado.
Passado pouco tempo, as luzes do Atomium desligaram-se e andamos à procura de uma lanterna. A única
que encontramos, estava presa a um quadro com a seguinte inscrição: “Ceci n’est pas une lanterne”. Quando
encontramos a lanterna, o elevador começou a abrir porque o Quico estava a tentar arrombar a porta.
para o andar de baixo, a bola do meio. Andávamos a explorar e, a meio da exploração, um homem com
chapéu de coco e com a cara tapada com uma maçã começou a perseguir-me.
Ele perseguiu-me até entrar numa sala com uma exposição do Magritte.
Não sei porquê, ele não teve coragem de entrar nessa outra bola. Quando entrei vi uma exposição do
Magritte e decidi tirar algumas fotos em cada local para ter provas do crime. No meio encontrei três frascos
suspeitos que recolhi e que se viriam a tornar importantes mais tarde.
De seguida voltei para a bola do meio, de pistola na mão para se aquele homem/quadro aparecesse à
minha frente. Felizmente encontrei o Quico e o Martin no núcleo das máquinas mas eles disseram-me que o
Vicente foi perseguido pelo homem/quadro. Como estávamos no núcleo das máquinas, decidimos explodir
com aquilo para a cidade não ficar toda em cinzas. Quando já estávamos a começar a explodir tudo, aparece
o homem/quadro e três monstros, Leonard, João e Vicente. Vicente havia sido apanhado e transformado
também em monstro. Naquele momento não vi qualquer saída. Íamos morrer. Olhei para os frascos que
no bolso e reparei que diziam: “Ceci n’est pas un antidote”.
Arrisquei tudo e atirei os frascos ao Leonard, João e Vicente. Felizmente, os frascos eram mesmo um
antídoto que transformava os monstros em humanos outra vez. Mais fortes que nunca, nós os seis,
derrotamos o homem/quadro e as máquinas pararam e ficaram imóveis e disfuncionais. Então saímos do
Atomium e voltamos para casa.
No dia a seguir, já em casa, descobrimos que nos tornamos heróis nacionais na Bélgica.
FIM
9
DeClara, nº 24 junho 2019
“A M IN H A AVEN TU RA N A UN IVERSIDAD E D E CO IM BRA”
Por António Sá Costa - N.º 4
Na primavera de 2018, eu, juntamente com os meus pais, fomos visitar a Universidade de Coimbra.
A minha mãe e eu gostamos muito de visitar a universidade pela primeira vez. Já para o meu pai, voltar à
sua antiga universidade foi uma emoção!
Depois de ver toda a Faculdade de Direito, a Via Latina, a Sala dos Capelos, o Pátio das Escolas, os Gerais e
a torre Cabra, fomos à de Ciências. Aí havia uma sala de animais com mutações encontrados na floresta e no
bosque.
Durante a visualização dessa sala, um dos animais ganhou vida e perseguiu toda a gente. Eu, os meus pais
e mais outras pessoas escondemo-nos em salas de aula. O animal batia, batia e batia até que parou… o meu
pai abriu a porta cuidadosamente, mas o bicho ainda estava lá.
Começamos a fugir e o meu pai empatou-o com um livro da sala de aula. Nós corríamos muito até que o
meu pai encontrou uma coisa que o podia deixar inconsciente, um cano de metal caído no chão. O meu pai
arremessou-o para a sua cabeça e o animal ficou inconsciente.
A partir daí, mais nenhum animal saiu da sua «jaula» e o meu pai ficou idolatrado na Universidade de
Coimbra.
“O ARCO D O TRIU N FO ”
Por Inês Saleiro - N.º 9
Existe um monumento,
Na cidade de Paris.
Dele 12 avenidas saem
Que o fazem parecer,
O centro do relógio,
Podem crer!
Que monumento poderá ser?
O grande “Arco do Triunfo”!
Em honra de Napoleão
Lembrando as grandes conquistas
Que glorificaram a Nação!
10
DeClara, nº 24 junho 2019
“UM A AVEN TU RA N A TO RRE EIFFEL”
Por Leonor Gomes Cerqueira - N.º 13
Chegou o grande dia! Dia 31 de janeiro, esse foi o dia que eu fui para Paris. Toda a gente acordou cedo,
toda a gente feliz e ansiosa até que chegamos ao aeroporto.
- Catarina, já estamos a levantar voo?
- Está quase a levantar.
Num piscar de olhos já estávamos em Paris!
Nessas mini férias lá, no último dia fomos á torre Eiffel.
Foi uma grande aventura, quando subíamos de elevador parecia que estávamos numa montanha russa!
Até podia estar a ser divertido mas tínhamos um voo para cumprir e já era tarde ainda tínhamos de
apanhar o avião, verificar as malas com risco de alguém ficar lá preso…
E para complicar a situação perderam uma mala!
Mas é claro que a dona da mala ia começar a chorar, pensar quem poderia ter roubado a mala e nisso tudo
“claro que perdemos o avião”. Mas… a nossa sorte é que o avião atrasou!
E nisso as pessoas acalmaram e lá fomos para casa!
FIM
“O BIG BEN ”
Por Manuel Castro - N.º 16
Nas últimas férias da Páscoa fui a Londres com os meus pais. Eles acharam que era o destino certo para
treinar o meu inglês.
Ficamos hospedados no hotel London Hilton, em frente ao Hyde Park.
Nos primeiros dias visitamos o museu Madame Tussaud’s, andamos na roda gigante “London Eye”, fomos
ao palácio de Buekingham, às casas do parlamento e ao Big Ben.
Gostei de todos, mas o Big Ben teve um sabor especial.
No dia em que visitamos as casas do parlamento aproveitamos para visitar, a torre do Big Ben. No entanto,
já era tarde e faltavam apenas 30 minutos até encerrarem as portas.
A Torre estava quase vazia. Só nós para visitar um edifício tão importante aquela hora. Subimos muitas
escadas até chegarmos ao topo onde estava o relógio gigante. Enquanto os meus pais falavam um com o
outro, apercebi-me da entrada de uma mulher, com ar suspeito, com uma mala, numa sala que dizia na porta
“Proibida a entrada a pessoas estranhas ao serviço”. Mas ela era bastante estranha! Aproximei-me para ver o
que estava a acontecer. Passados 10 minutos a senhora saiu e dirigiu-se para a saída. Será que ela levava
bomba na mala? Foi o que eu pensei imediatamente. Certifiquei-me que não havia ninguém nos corredores e
entrei na sala. Encontrei rapidamente a mala que a Sra. levara escondida debaixo dos cacifos dos seguranças.
Continua...
11
DeClara, nº 24 junho 2019
A mala estava pesada, mas não tinha trinque de segurança e, portanto, não hesitei em
abri-la. Não queria acreditar no que acabara de ver. Uma mala cheia de joias. A mulher
teria roubado aquelas joias todas e preparava-se para fugir com elas. Arrastei a mala até ao
corredor e chamei um segurança. Pelo que ele me disse aquelas joias eram as joias
roubadas da rainha Isabel II.
Entretanto, eu e o segurança montamos um plano para apanhar a mulher. Colocamos a
mala no mesmo sítio e escondemo-nos atrás dos cacifos.
Aguardamos 20 minutos até que ela chegou.
Empurramos os cacifos, prendemo-la e chamamos a polícia.
Os meus pais ficaram muito preocupados comigo, no entanto perceberam que tinha
encontrado uma das maiores ladras de joias da Europa. Como forma de agradecimento, a
rainha convidou-me a mim e aos meus pais para um jantar com a família real. Deu para
treinar o meu inglês!
“TORRE DE PISA”
Por Pedro David - N.º 21
A Torre de Pisa sempre me encantou!
Desde pequeno que a ideia de endireitar a torre não me sai da cabeça.
Finalmente, aos 40 anos e com a minha equipa de construção, conseguimos definir a melhor forma
de resolver o problema. Foi uma tarefa difícil de executar, mas, em conjunto, conseguimos.
Para começar, colocámos vigas de aço a sustentar a torre. Estas vigas foram colocadas por baixo do
edifício. De seguida, escavámos uma fundação e colocámos uma base de betão, bem resistente.
Posteriormente, com a ajuda de máquinas fortíssimas, começámos a endireitar a torre.
Este processo teve de decorrer muito lentamente para não danificar o edifício antigo.
Os trabalhos ficaram concluídos ao fim de seis meses, envolvendo muitos técnicos especializados e
máquinas.
Toda a equipa ficou satisfeita com o resultado alcançado: a torre “torta” passou a estar “direita”.
No dia da inauguração, o Presidente de República Italiana deu os parabéns pessoalmente a todos e
entregou medalhas de mérito.
12
DeClara, nº 24 junho 2019
“VIAGEM ÀS PIRÂMIDES DE GIZÉ”
Por Sara Rothes Ganço N.º 24
Era uma vez, três exploradores portugueses que decidiram ir visitar as pirâmides de Gizé.
Os três exploradores fizeram uma grande viagem até lá, começaram por visitar a grande pirâmide de Gizé,
a pirâmide de Quéops.
Quando chegaram perto do grande monumento, ficaram deslumbrados com a altura e a imensidão do
monumento.
Eles foram para o outro lado da pirâmide, porque estava muito ruído. Ao chegar ao outro lado viram uma
pequena porta em que ninguém tinha reparado e entraram discretamente.
Estava tudo muito escuro, por isso acenderam uma vela para alumiar o caminho.
Andaram por corredores esguios até verem um grande buraco que tinham de passar para prosseguir.
A aventureira mais inteligente, Maria, viu que atrás dela estava uma grande liana cor de musgo, pegou
nela atou-a ao teto, seguraram-se a ela e atravessaram.
Tempos depois, mais outra armadilha. Desta vez era uma bola gigante feita de pedra que os esmagaria. O
mais destemido, o Rui, procurou logo uma forma de escapar, até que viu uma parte da parede mais de fora.
Foi espreitar e era um local para se esconderem até a que a gigantesca bola de pedra passasse. Esconderam-
se lá e, após ela ter passado, saíram. Mas tinham chegado a um beco sem saída.
Procuraram, coscuvilharam mas era mesmo um beco sem saída. O mais preguiçoso de lá, Samuel,
cansado, deita-se no chão e move um bloco para colocar a cabeça fazendo mexer uma parede e seguiram
caminho.
Quando deram por ela à sua frente tinham uma caixa pequena com umas dezassete chaves, mas não
sabiam para que é que as chaves serviam, nem porque havia uma porta sem fechadura. Procuram por um
sítio onde poderiam por as chaves. Verificaram que as chaves encaixavam em cada ranhura da porta. Ao
colocar as chaves, a porta abriu-se e revelou uma grande fortuna! Ficaram incrivelmente impressionados. Os
aventureiros ficaram os três ricos! E os artefactos foram distribuídos pelos vários museus à volta do mundo.
13
DeClara, nº 24 junho 2019
“PIRÂ M ID ES D O EG IPTO ”
Por Vasco Lemos Silva - N.º 27
Nas últimas férias de verão, eu e a minha família fomos uma semana para o Egipto.
Ficamos hospedados no hotel Aldahir, perto da cidade do Cairo.
O Cairo é uma cidade muito confusa e movimentada, onde facilmente nos podemos perder. Tem cerca de
9,5 milhões de habitantes a juntar a muitos turistas que lá chegam.
Tem muitos monumentos e ruas antigas para visitar, onde podemos contactar e conhecer uma cultura
muito diferente, a cultura árabe.
É uma cidade muto quente e também é poluída, o que nos dificulta a visita, pois não estamos habituados,
mas só desta forma é que podemos descobrir as suas riquezas culturais.
Nos arredores desta cidade encontra-se a mais famosa pirâmide egípcia: necrópole de Gizé.
Uma das grandes atrações que esta cidade tem são as grandes pirâmides, construídas no período do
antigo Egipto. Mas, os meus pais não tinham muito interesse em visitá-las, logo tive que os convencer.
No terceiro dia estava, finalmente, a concretizar um dos meus sonhos. Fui visitar a tão famosa necrópole
de Gizé.
Enquanto observava tudo ao pormenor, reparei que existia uma abertura para o interior da pirâmide.
Fiquei super curioso e resolvi distrair os meus pais e entrar com o meu irmão. Podia ser perigoso ir sozinho.
Subimos um pouco no escuro. A passagem tornou-se larga. Fomos “às apalpadelas” até que tropeçamos num
objeto que, depois de o agarrar, demos conta que era um osso antigo.
Depois de continuar, bati com a cabeça numa coisa baixa e dura: o túmulo de um faraó.
Entretanto vi que passava um pequeno feixe de luz atrás e percebemos que estava ali mais alguém: era o
esqueleto atrás do seu osso.
Aterrorizados de tanto medo, fugimos mais depressa que o Usain Bolt e saímos rapidamente dali
“O SO N H O ”
Por Matilde Santos Sousa - N.º 29
Ontem, estive a ler um livro sobre o Coliseu de Roma.
Quando fui para a cama sonhei que entrava no livro e podia ser um gladiador, um espectador, uma
ou um ator de Teatro.
Eu experimentei-os todos mas, do que gostei mais foi de ser uma mosca, porque podia ver os gladiadores
a lutar pondo a sua própria vida em risco. Também conseguia ver e ouvir os espectadores a rir, a chorar e a
fazer comentários. Era ainda possível ver e ouvir as peças de Teatro mais bonitas, mais realistas e mais
românticas da minha vida de mosca. Mas, o pior daquela peça de Teatro era quando na história morria
alguém. Aí trocavam o ator por outra pessoa e matavam essa mesma pessoa.
Quando acordei disse logo à minha mãe que queria visitar o Coliseu de Roma, para ver como tinha ficado
depois de tantos anos.
Agora, desafio-vos a inventarem uma história com uma das personagens que eu referi no início.
14
DeClara, nº 24 junho 2019
“UM A VIAG EM N O TEM PO ”
Por Rafael Barbosa Mariz - N.º 35
Rafael e a sua família tinham acabado de chegar à antiga cidade de Chichén Itzá, no México. Era a sua
viagem das férias de verão e estava muito entusiasmado e curioso em finalmente conhecer o Templo de
Kukulcán, a maqueta que tinha feito para o trabalho de História! Durante a viagem de camioneta até ao local,
o Rafael explicou à sua pequena irmã alguns detalhes do templo:
- Sabias que na entrada principal há duas serpentes? E que nos equinócios a luz do sol faz aparecer uma
serpente gigante a descer as escadas? É pena não ser agora. Gostava tanto de ver! - disse o Rafael com ar
assustador e, ao mesmo tempo, divertido.
A irmã assustou-se e agarrou-se à mãe:
- Há serpentes?! Para, Rafael! Mãe, o Rafael está a dizer coisas assustadoras...- disse a irmã a chorar.
- Rafael, para com isso. Quando chegarmos, não te afastes de nós. Está muita gente - disseram os pais
preocupados, mal a camioneta da excursão parou para os turistas saírem.
- Sim, eu tenho cuidado. Estou tão entusiasmado! Falta muito? - disse, já impaciente.
O guia deu a indicação para todos seguirem juntos. Lá ao longe já se via o famoso “El Castillo”. Tinha a
forma de uma pirâmide com um pequeno templo no topo. O Rafael conhecia bem as suas formas e
identificou-o logo quando viu as quatro grandes escadarias.
- Olha, está ali o templo! Vamos lá! já não aguento mais! Pai, dá-me o teu telemóvel para eu tirar uma foto.
- Tem calma, Rafael, já vamos. - disse o pai, dando-lhe o telemóvel para mão.
Nem tinha acabado a frase já ele corria ansioso até se aproximar do templo.
- Onde estão as serpentes?! – exclamou o Rafael.
Depois lembrou-se que estava na entrada oposta à principal e apressou-se a contornar o templo. Ali
estavam elas.
- Vamos tirar uma foto, cada um dos irmãos do lado de uma das serpentes- disseram os pais.
O Rafael meteu o telemóvel do pai no bolso dos calções enquanto se preparava para tirar a foto. É então
que repara numa gravura estranha na pedra por cima do olho da serpente que estava ao seu lado: uma cruz
bem desenhada que parecia brilhar num tom avermelhado. Decidiu tocar-lhe. De repente, sente uma
luminosidade intensa nos seus olhos e uma sensação de estar a cair num poço sem fim...
- Ahhhh! Socorro, o que está a acontecer? - exclamou o Rafael, assustado.
Quando abriu os olhos estava sentado no chão. Olhou para o lado e lá estava a serpente, mas já não via a
cruz que tinha tocado e esta estava toda pintada de vermelho. Olhou para trás e o templo também estava
todo coberto com uma tinta vermelha. A multidão de turistas tinha desaparecido. E reparou que o sol ainda
não tinha nascido.
- Onde é que está toda a gente?! Os meus pais, a minha irmã?! – disse Rafael, confuso e com medo. - O
templo está intacto e pintado de vermelho. Não estou a entender! - Exclamou o Rafael, pensativo. Procurou
telemóvel que tinha colocado no bolso, mas não tinha rede. Como ia pedir ajuda?
- Sinceramente, no México não há rede?! - disse o Rafael, desesperado.
Continua...
15
DeClara, nº 24 junho 2019
Estava tão concentrado em encontrar rede para o telemóvel que nem reparou que um menino, que
ter a sua idade, vestido de uma forma estranha, o observava com curiosidade. O menino estava vestido com
um pano branco à volta da cintura, um colar colorido com penas e a cara pintada à volta dos olhos. Tinha o
cabelo preto e com um corte esquisito. Parecia um menino maia que tinha visto numa pesquisa na internet
quando fez o trabalho para História. Mas como poderia ser? Seria uma peça de teatro em pleno Chichen Itzá?
O menino aproximou-se e falou numa língua que o Rafael não compreendeu. Apontou para si e disse várias
vezes:
- Yaxkin! Yaxkin!
O Rafael primeiro pensou que ele estava a espirrar mas depois percebeu que o menino estava a dizer o seu
nome e fez o mesmo. Apontou para si e disse várias vezes: - Rafael! Rafael!
- Bem-vindo, Rafael. Vamos, é perigoso se os outros te virem, pequeno viajante do tempo. Estava à tua
espera...
Viajante do tempo?! Rafael arregalou os olhos. Nem queria acreditar. Tinha viajado para o tempo dos
Maias? Seria possível?
- Mas, mas... Falas português? - disse Rafael, assustado.
- Sim, entendo várias línguas. Não és o primeiro viajante. Só alguns o conseguem fazer e só num
determinado momento no tempo. Eu e os membros da minha família mantemos este segredo. Já sabemos
quando é hora de vos receber. Anda, está quase no momento da chegada de Kukulcán... - disse Yaxkin.
- Do equinócio?! Mas é verão! Já passou o equinócio! - exclamou o Rafael.
- Equinócio? O que é isso? - perguntou Yaxkin
- Uma palavra que significa que o dia é igual à noite – explicou o Rafael.
- Chiu, fala baixo Rafael! É perigoso se te descobrem. Sim, hoje o dia é igual à noite! Equinócio. Viajaste no
tempo. Lembras-te? Os viajantes do tempo vêm sempre neste dia, todos os anos. - disse, Yaxkin, divertido.
- Tens um nome estranho, Yaxkin. - sussurrou o Rafael
- O teu é que é estranho, Rafael! Yaxkin significa “novo sol”. E o teu?
- Humm... Não sei. - disse Rafael
- Vai começar a cerimónia. O sol está quase a nascer. Anda precisas de te vestir e pintar-te para não seres
reconhecido- disse Yaxkin, apressado.
Foram até à casa do menino maia onde a sua família recebeu o Rafael. Vestiram-no com roupas típicas,
deram-lhe uma máscara com plumas coloridas para cobrir a cara. Estava irreconhecível. Durante esses
momentos, Yaxkin contou ao Rafael mais coisas sobre a cultura maia: a forma como viviam, o que ia
acontecer. O Rafael narrou coisas do seu tempo. Mostrou-lhe o seu relógio de pulso, a bússola no telemóvel.
Yaxkin e a sua família observaram espantados.
- Que pena que não te posso mostrar o Google, Yaxkin - suspirou Rafael.
- Porquê, Rafael? É o teu Deus? - disse o menino, preocupado.
Rafael deu uma gargalhada, divertido.
- Ah, ah! Para algumas pessoas, se calhar é!
Continua...
16
DeClara, nº 24 junho 2019
Yaxkin ensinou o Rafael a ler o céu, a orientar-se pelas estrelas enquanto esperavam pelo nascer do sol. O
Rafael falou-lhe da escola e do que fazia no seu dia a dia. Falou das coisas boas e más do mundo no seu
tempo. Yaxkin e a sua família ouviram-no atentos. No final, deram-lhe um colar com o símbolo em que o
Rafael tocou na serpente e que o fez viajar no tempo. Rafael agradeceu e disse que gostou muito de os
conhecer e aprender mais sobre os Maias.
Quando o sol começou a aparecer, dirigiram-se todos para o templo. Alguns traziam presentes como
animais e peças de cerâmica, colocando-as no fundo das escadas. De repente apareceram uns homens
cobertos de plumas e com o corpo pintado de escamas de serpente a entoar uns cânticos. O Rafael sussurrou
ao ouvido de Yaxkin: - Estes homens estão vestidos como o teu Deus Serpente? Kukulcán?
- Exato, Rafael. Nesta altura do ano, celebramos a sua descida à Terra. Olha para ali. Apontou para o topo
da pirâmide. À medida que o sol nascia, a sombra dos degraus da pirâmide criou o efeito de uma serpente a
descer devagar as escadas principais do templo até chegar à cabeça da serpente.
- Não acredito que estou a ver isto ao vivo! E no tempo dos Maias! - disse o Rafael ao ouvido de Yaxkin.
Foi uma aventura inesquecível, mas estava na hora de regressar.
Quando todos voltaram a casa, Yaxkin levou o Rafael à beira das serpentes e despediram-se.
- Adeus, viajante do tempo! Gostei muito de te conhecer - disse Yaxkin, com alguma tristeza.
- Adeus Yaxkin. Obrigado por me ensinares mais sobre a tua cultura. Não te vou esquecer- disse Rafael,
também com alguma tristeza por se ir embora.
Já com as suas roupas normais, tocou novamente o símbolo na serpente e voltou a sentir a mesma
sensação de estar a cair num poço sem fim. Quando abriu os olhos ouviu a mãe a chamar repetidamente o
seu nome:
- Rafael, Rafael! Então, não querias uma foto? Parece que estás a dormir! Estás com a cabeça na lua?
Rafael sorriu e disse: - Não, mãe. Estava a sonhar que estava no tempo dos Maias... Teria sido real tudo o
que se tinha passado? Que estranho...
Foi então que colocou a mão no pescoço e reparou que tinha o colar que Yaxkin lhe tinha oferecido... Que
aventura inesquecível!
Professores
Maria Antónia Magalhães
Abel Cruz
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DeClara, nº 24 junho 2019
Apresentação do Projeto “O que á a Felicidade?”
Disciplina de Cidadania e Desenvolvimento
Alunos do 5 º E
A nossa turma decidiu tratar a “Felicidade”, que constitui um direito de todos nós, no âmbito da disciplina de
Cidadania e Desenvolvimento.
Para além de termos investigado sobre esta temática e de termos participado num concurso promovido pela
Rede de Bibliotecas da Unesco, “A Felicidade tem as cores do arco-íris”, realizámos um inquérito para
recolhermos informação sobre o grau de felicidade dos alunos desta Escola e o que é importante na
construção dessa felicidade. É esse nosso trabalho que abaixo se descreve de forma resumida.
Inquérito
1. Objetivo
O objetivo do inquérito foi recolher dados para conhecer em que consiste a felicidade dos nossos colegas
inquiridos. Assim, no primeiro item, os alunos deveriam selecionar, dos conceitos abaixo, os quatro que
mais contribuem para a construção da felicidade: família; liberdade; amor; amigos; paz; saúde;
dedicação; igualdade; educação; respeito; habitação; gratidão. No segundo item, questionámos o grau de
felicidade dos inquiridos, numa escala de 1 (grau mais baixo) e 5 (grau mais elevado). No terceiro item, os
nossos colegas deveriam identificar, entre três fatores, o que mais contribui para o seu grau de felicidade
(condições económicas, ambiente familiar, ambiente escolar).
2. A amostra
A amostra que definimos obedeceu aos seguintes critérios: inquirir alunos de todos os anos de
escolaridade, entre o 4.º e o 12.º anos, selecionando 5 por turma: 1.º ciclo – 4.º ano (A, B) 2.º ciclo (5.º A
e 6.º B); 3.º ciclo (7.º C, 8.º D, 9.º E), ensino secundário (10.º F, 11.º G, 12.º B). Os números de ordem dos
alunos selecionados foram: 3; 6; 9; 12;15. Determinou-se, para o caso de algum aluno não estar presente,
que o inquérito seria aplicado ao aluno com o número seguinte e, se persistisse a ausência, para o
anterior.
3. Aplicação do inquérito
A preparação da aplicação do inquérito foi feita do modo seguinte: analisámos os horários das turmas
selecionadas, identificámos as turmas e os professores que estavam em aulas em horário compatível com
o da nossa turma, enviámos mensagem eletrónica aos mesmos professores a solicitar a sua colaboração,
ajustámos as nossas visitas às suas disponibilidades e, finalmente, dirigimo-nos, em pares, às salas de
aula, tendo previamente definido a forma de nos dirigirmos a professores e alunos.
4. Tratamento dos dados
Após recolha dos inquéritos, trabalhámos em grupo, para apurarmos os resultados obtidos através das
repostas dos nossos colegas. Assim, no primeiro item, os resultados foram: família - 32; amor – 31; amigos
– 30; saúde – 23; liberdade – 17; paz – 14; respeito – 10; educação – 7; Igualdade – 6; gratidão – 4;
dedicação – 1; habitação – 0. No segundo item, não obtivemos qualquer resposta que indicasse o grau 1
de felicidade, tendo obtido 1 resposta com nível 2; seis com nível 3; 23 com nível 4; 17 com nível 5. No
terceiro item, contabilizamos 41 respostas incidindo no ambiente familiar; 6 no ambiente escolar e 0 nas
condições económicas.
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DeClara, nº 24 junho 2019
Interpretação dos dados obtidos
Os colegas inquiridos valorizam de uma forma muito significativa o ambiente familiar, dando pouco
significado às condições económicas e atribuindo uma pequeníssima importância ao ambiente escolar. Estes
resultados estão de acordo com a questão 1, uma vez que a família se encontra na primeira posição nas suas
escolhas. Depois de conversarmos sobre esta opção, concluímos que a família assume grande relevo, porque:
• É a base da socialização das crianças;
• É o primeiro contexto de aprendizagem;
• Transmite os valores de educação e respeito;
• Influencia muito a forma de as crianças se comportarem;
• É um fator de proteção dos seus membros;
• Ajuda e apoia na resolução dos problemas.
• Podemos nela depositar confiança.
Os valores obtidos no item 1 revelam que os alunos valorizam, para além da família, o amor, os amigos e a
saúde, desvalorizando conceitos como a habitação, a dedicação e a gratidão. Refletimos sobre o assunto e
consideramos estar de acordo com o esperado o que se relaciona com os afetos. No que respeita à não
consideração da habitação como conceito relevante, é nossa opinião que é por esta necessidade estar
satisfeita, ou seja, por todos os alunos inquiridos viverem em boas condições de habitação. Consideramos
que a pouca importância dada à igualdade se deve ao facto de vivermos num país em que a mesma se vai
construindo todos os dias. Achamos também que, se o inquérito fosse aplicado em países onde os direitos
fundamentais são negados a algumas comunidades ou grupos, as escolhas seriam bem diferentes.
Conclusão
Assim, concluímos que os colegas inquiridos se sentem bastante felizes. Este elevado grau de felicidade
parece dever-se não só às condições de vida de cada um, mas também ao facto de vivermos num país onde
não tem havido guerra, onde há liberdade de expressão, onde estão disponíveis instituições de educação e
saúde e onde caminhamos para uma sociedade mais igual.
Cidadania e Desenvolvimento 5ºE
Participação Concurso da Unesco
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Professora Maria Antónia Magalhães
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TRABALHOS DOS
ALUNOS – 6º ANO
Módulo de habitação Hexagonal
Construções Modulares
Construir e decorar um modulo de habitação
Trabalho individual E.T. Turmas 6ºA / 6ºB / 6ºC
Objetivos: compreensão do conceito de escala a fazer. Qualificar o espaço (unidade de habitação
hexagonal)
Professor Francisco Fradinho
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ARCOS DE SÃO JOÃO
O nosso Santo Popular
6º C
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Professor Francisco Fradinho
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TRABALHOS DOS
ALUNOS – 8º ANO
Exposição de trabalhos
A LUZ - 8º E
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Professora Isabel Pinto
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TRABALHOS DOS
ALUNOS – 10º ANO
Cidadania e Desenvolvimento de 10º ano
No âmbito da Cidadania e Desenvolvimento de
10º ano, os alunos da turma do 10º D visionaram
na disciplina de matemática o filme "Elementos
Secretos" e realizaram através do filme as
seguintes reflexões sobre Direitos Humanos.
Professora Isabel Hortas
Reflexão sobre os direitos Humanos, através
do filme “Elementos Secretos”
O filme “Elementos Secretos” retrata a sociedade dos
Estados Unidos na década de 60. Muito resumidamente, a
história do filme mostra como, no início da década de 60
em plena guerra fria entre os EUA e a União Soviética, 3
mulheres afro-americanas conseguem alcançar o sucesso,
apesar de a segregação racial e sexual ser uma realidade.
Numa época em que os computadores ainda eram muito
básicos os cérebros brilhantes destas senhoras o seu
cálculo matemático contribuem para que os EUA
consigam colocar um homem em órbita da Terra.
Hoje em dia é completamente reconhecido a igualdade de
direitos entre raças e até há políticas de discriminação
positiva para tentar acabar com algumas das injustiças
que foram uma realidade durante grande parte do sec.
XX
XX
.
.
Acontece que não só as desigualdades criadas estão
ainda longe de serem eliminadas, como ainda existe, nos
países mais desenvolvidos, um grande enviesamento, no
acesso às oportunidades, entre a raça branca e as outras e
entre homens e mulheres. Ainda existe bastante racismo
apesar dos EUA já terem tido um presidente negro.
Isto é de tal maneira verdade que o rendimento médio
dos negros nos EUA é menor do que o rendimento médio
dos negros em grande parte dos países africanos.
Oficialmente, grande parte da discriminação feita nas
empresas, lojas, instituições públicas, etc..., desapareceu
na totalidade. Os exemplos mostrados no filme de
discriminação são, hoje em dia, ilegais. Lojas que só
permitem a entrada de brancos, ou empresas com casas
de banho para brancos e casas de banho para pessoas de
cor, ou bibliotecas com uma secção para brancos e outra
para pessoas de cor, são coisas completamente absurdas
no nosso país e no mundo desenvolvido. Existem inclusive
algumas áreas em que se faz o que se chama
discriminação positiva, isto é, criam-se quotas especiais
(na entrada para a universidade, por exemplo) para
pessoas de cor para tentar recuperar anos e anos de
discriminação. Mas, embora já se tenham passado 50
anos, ainda existe uma grande segregação racial e de
género. Isso vê-se, por exemplo, olhando para quantos
diretores de empresas ou políticos de topo são mulheres
ou de uma raça que não branca.
Nos EUA esta realidade é particularmente visível uma vez
que a população não branca tem vindo a aumentar, mas
os principais diretores de empresas, a maioria dos
congressistas ou senadores, e até de outros cargos
menores são essencialmente brancos.
O filme ajudou-nos a compreender, por um lado, o
quanto evoluímos nos últimos 60 anos do ponto de vista
de direitos humanos essenciais; mas também nos ajudou
a compreender que houve um conjunto de pessoas que
apenas por causa da cor da pele passaram por períodos
muito complicados. Tiveram que lutar muito mais do que
as pessoas de cor branca para terem acesso às mesmas
oportunidades de emprego e educação. Este tipo de
filmes faz-nos ficar mais atentos ao que se passa à nossa
volta para garantirmos que a nossa geração não irá
permitir que injustiças deste tipo voltem a acontecer.
Temos que assegurar que vivemos num mundo onde
todos, independentemente da raça, género, religião,
orientação sexual, etc, são tratados de igual forma, com
os mesmos direitos e com o mesmo acesso a
oportunidades.
O filme torna claro que o que é efetivamente
importante é o valor de cada um, é o que cada um é
capaz de fazer e de dar à sociedade. Por isso
recomendamos a todos a verem o filme e a refletirem
sobre a sociedade e a realidade em que vivemos.
Trabalho realizado por:
Diogo Dias
Eduardo Ribeirinho
Henrique Guedes
Henrique Aires
Miguel Ala
Rodrigo Borgas
RACISMO
O que é o Racismo? Racismo tem como definição o
preconceito e a discriminação com base em perceções
sociais baseadas em diferenças biológicas entre povos.
Muitas vezes toma a forma de ações socias, práticas ou
crenças ou sistemas políticos. Mas qual o motivo de
todo este preconceito e discriminação nos dias de hoje?
Porque é que as pessoas de raça negra sofrem racismo?
Porquê a intolerância religiosa em reconhecer e
respeitar diferenças ou crenças religiosas? Ou uma
religião diferente da nossa? Será que as nossas religiões
são assim tao diferentes? Não adoramos todos um
Deus? Esse Deus apenas toma diferentes nomes e feitios
e diferentes formas de ser adorado também. Então
porque haver tanto racismo na sociedade? Talvez pela
ignorância. Hoje em dia, a religião não passa de uma
mera forma de fazer marketing e também uma desculpa
para matar pessoas. Que crença é esta num Deus em
nome do qual se pode matar pessoas sem qualquer
consciência do correto ou do válido? Este Deus que
todas as pessoas falam e adoram, não deveria ser uma
forma de não perder a fé? uma forma de nos sentirmos
protegidos e seguros? Então porque é que existe o
racismo? Porque é que as pessoas não se vêm como
Rawls defendia: estaríamos numa posição original,
cobertos pelo véu da ignorância, onde ninguém é
julgado pelas suas características naturais, sociais ou
económicas. Porque é que não podemos ser uma
sociedade assim? Onde ninguém é julgado pelas suas
características.
Como vemos no filme Elementos Secretos, um claro
exemplo do racismo, as mulheres “de cor” eram tão ou
mais inteligentes que os outros, mas eram tratadas
como extraterrestres, tinham casa de banho exclusivas
para elas, mas distantes das outras, as suas salas de
trabalho eram piores em condições. Mas a verdade é
que sem estas mulheres o Homem nunca teria
conseguido levar uma pessoa ao espaço e até mesmo à
lua. Outro dos exemplos do racismo verificado no filme
é
é
quando uma das três protagonistas é convidada a tirar
um curso de engenharia por um dos seus companheiros
de trabalho, mas esse curso requisitado era apenas
aceite se fosse frequentado numa Universidade para
“pessoas brancas”, o que era claramente um entrave
propositado para que não pudesse evoluir. Mais uma
vez
vez
fazemos referência a Rawls: onde é que aqui se
verifica o principio de igualdade de oportunidades, onde
cada um deve ter as mesmas condições de acesso às
várias funções e posições socias?
Mais uma vez, pensamos que a causa deste problema
reside na ignorância e preconceito da etnia branca-
caucasiana. O racismo e preconceito estão interligados.
O racismo é um tipo de preconceito étnico, uma ideia
pré-concebida e pejorativa a respeito de uma etnia ou
grupo social.
Ao longo do século XX, a humanidade presenciou
importantes momentos que ajudaram e marcar a luta
contra preconceitos que permeiam as sociedades há
séculos. A luta contra o racismo e a garantia dos direitos
humanos aos negros, mulheres e homossexuais foram
alguns dos movimentos mais significativos durante as
últimas décadas. Ainda existem inúmeras barreiras a
serem ultrapassadas, mas com certeza os seres
humanos
humanos
já deram um grande passo contra a
discriminação, seja ela racial, social ou sexual.
Fazemos uma resumida referência a alguns dos
momentos que retratam o combate contra a
intolerância
intolerância
e preconceito no mundo!
1. O fim do Apartheid.
2. A primeira mulher negra a estudar numa escola
para brancos nos EUA.
3. Morte de Martin Luther King Jr.
4. Revolta de Stonewall.
5. Mulheres conquistam direito de votar no Brasil.
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DeClara, nº 24 junho 2019
Terminamos com uma frase, simples, mas profunda.
Reflitamos!!!
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua
pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para
odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem
aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”.
Nelson Mandela
Trabalho realizado por:
Inês Sinclair
Joana Ribeiro
Marta Oliveira
Rita Silva
Maria João Granja
Projeto cidadania – Direitos Humanos
Não é mentira que há bem pouco tempo os dias eram
passados em sofrimento e em silêncio por milhares
espalhados pelo mundo. Eram passados em modo
sobrevivência. É difícil para muitos compreender esta
realidade, mas ela está lá e é recente, só corrigimos o
nosso futuro se conhecermos o nosso passado. Ninguém
é menos que ninguém e, desse modo, ninguém deve ser
oprimido ou abusado por aquilo que é ou por aquilo que
tem.
Embora a opressão e as desigualdades sejam menores,
ainda existem e temos de aprender com elas.
A religião e a raça são um dos principais pontos de
discriminação no mundo. O que antes era ignorado por
muitos e era de certo modo legal e normal, hoje é
ensinado nas escolas e é ilegal.
Os casos históricos mais notáveis de segregação foram o
antissemitismo, na Alemanha (Holocausto) e o apartheid,
na África do Sul. O antissemitismo é o preconceito,
hostilidade ou discriminação contra judeus baseada em
ódio contra o seu histórico étnico, cultural e/ou religioso.
O holocausto foi o genocídio ou assassinato em massa de
cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda
Guerra Mundial, no maior genocídio do século XX. O
apartheid foi um regime de segregação racial
implementado na África do Sul em 1948 e adotado até
1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional, no
qual os direitos da maioria dos habitantes foram
cerceados pela minoria branca no poder.
Duas importantes figuras no combate à segregação e às
desigualdades foram Martin Luther King Jr, e Nelson
Mandela. Martin Luther King Jr, pastor protestante e
ativista político estadunidense tornou- se um dos mais
importantes líderes do movimento dos direitos civis dos
negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma
campanha de não violência e de amor ao próximo.
Nelson Mandela foi o mais poderoso símbolo da luta
contra o regime segregacionista do Apartheid e modelo
mundial de resistência. Até 2009, ele havia dedicado 67
anos de sua vida à causa que defendeu como advogado
de direitos humanos e pela qual se tornou prisioneiro de
um regime de segregação racial, até ser eleito o primeiro
presidente da África do Sul livre.
Hoje, a segregação é ilegal, contudo ainda existe. É
necessário informar os mais jovens e formá-los de
maneira a que respeitem tudo e todos e a que deem
valor aquilo que têm e aquilo que os nossos
antepassados conquistaram.
A desigualdade entre géneros é, talvez, um dos principais
focos da sociedade de hoje. É um aspeto muito
importante e que deve ser levado até existir justiça para
ambos os lados. Essa desigualdade é principal no lado
das mulheres, no entanto não quer dizer que não exista
no lado contrário.
Apenas há alguns anos atrás, as mulheres tinham
pouquíssimos direitos, e os que tinham eram
condicionados. No trabalho, por exemplo, as mulheres
trabalhavam menos que os homens e ficavam em casa
com os filhos, quando trabalhavam mais ganhavam
menos. Exceções existem e havia raros casos em que o
marido trabalhava menos e estava mais presente por
casa, mas não justifica a remuneração desigual. Não
tinham direito à palavra, à expressão, ao voto.
Atualmente, com a emancipação feminina as mulheres
trabalham e ganham mais e têm um maior
reconhecimento pelo seu trabalho. Já não é tão esperado
pela sociedade que fiquem em casa a cuidar dos filhos e
é-lhes permitido, de um certo modo, investir mais tempo
nas suas carreiras. Têm mais liberdade de expressão, mas
o direito à palavra ainda é de difícil acesso e não está ao
dispor de todas nós.
Com a ditadura que foi imposta na sociedade contra as
mulheres e como consequência da opressão da mulher
no mundo do trabalho, existiu a invisibilidade de muitas
mentes brilhantes.
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DeClara, nº 24 junho 2019
Seres humanos esforçados e trabalhadores de mentes
excecionais que, por acaso, nasceram mulheres. Será
que
que
lhes dá menos direito? Exemplos de mulheres que
foram negligenciadas quanto as suas capacidades foram
Katherine Johnson, Dorothy Vaughn e Mary Jackson,
matemáticas negras que tiveram de lutar contra o
preconceito para ascender na hierarquia da NASA.
Concluímos que conhecer a história e o nosso passado é
fundamental para prosseguirmos com um futuro pronto
para aceitar todos. Não é a religião, a raça, o sexo ou as
posses que temos que nos definem, não é nada disso
que faz de nós piores ou melhores. O carácter de uma
pessoa deve ser moldado e formado através das
experiências e conhecimentos que se vai tendo. Mais
acima questionamos se ser mulher dava menos direito
ao seu reconhecimento, a resposta é não, mas na
verdade, ser-se homem, negro, homossexual,
transgénero ou o que quer que qualquer pessoa decida
ser não dá menos direito.
Estamos a viver num tempo que não há espaço para
mentes retrógradas, temos de crescer e ser superiores
aquilo que nos separa.
Juntos somos um todo, separados somos parte de um
nada.
Trabalho realizado por:
Carolina Santo Leonor Vilaça
Margarida Folhadela
Marta Portugal
Rita Cardoso
Rita Seabra
DISCRIMINAÇÃO RACIAL
Estivemos a assistir na aula de Matemática a um filme,
denominado Elementos Secretos, que contava a corrida
ao espaço das duas maiores potências mundiais na
altura, EUA e URSS, em 1961.
No entanto, o que mais suscitou interesse foi a
discriminação praticada às pessoas de cor,
especialmente
especialmente
às três mulheres afro-americanas
protagonistas do filme. As mesmas, contra todas as
expectativas sociais, chegaram a posições fulcrais na
corrida espacial contra a Rússia. O ocorrido não nos foi
indiferente e refletimos um pouco sobre o assunto.
A segregação racial é a separação de raças imposta de
forma legal nos Estados Unidos que consiste em
instalações públicas, privadas e outros serviços que
dividem os “brancos” das “pessoas de cor”, como se
pôde verificar quando a personagem principal tinha de
percorrer várias centenas de metros para aceder a uma
casa de banho. De facto, o chefe da mesma, ao
aperceber-se daquilo, dirigiu-se à casa de banho
feminina e deitou abaixo a placa que indicava “só para
brancos”. Este episódio foi o ponto de viragem, no filme,
para o fim da discriminação (conforme a origem étnica).
Há, tanto em Portugal, como no mundo, problemas
sérios de racismo, provocados por práticas e discursos
racistas sistemáticos e por uma racialização da
desigualdade social.
Assim, na nossa opinião, falando particularmente da
realidade portuguesa, embora sejam poucos os
relatórios e as estatísticas acerca da situação racial em
Portugal, no que concerne à discriminação racial, apesar
de haver registo de alguns casos de violência na história
recente do nosso país, existem algumas respostas para
minimizar este problema, pois discriminar uma pessoa
apenas por esta ser fisicamente diferente
(concretamente por diferença de raça) é uma atitude
incorreta.
É preciso incutir à comunidade social, e em particular, às
crianças, valores que não consintam na discriminação,
num acérrimo combate ao preconceito, para que
possamos viver de forma homogénea, global e
harmoniosamente com as minorias, nomeadamente,
com a africana. Embora, deva-se salientar, que desde a
década de 80 que Portugal assiste a uma vaga migratória
para o seu território, também por parte de povos
oriundos da América do Sul e da Europa de Leste.
Em jeito de conclusão, a palavra de ordem é
TOLERÂNCIA E RESPEITO PELA DIFERENÇA!
Trabalho realizado por:
António Duarte
Bernardo Rocha
Daniel Afonso
Diogo Borges
Eduardo Teixeira
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DeClara, nº 24 junho 2019
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O QUE ACONTECEU …
DeClara, nº 24 junho 2019
Visita de estudo à Fundação Serralves
Joana Vasconcelos - I'M YOUR MIRROR
O grupo de 10 alunos do ensino especial da Escola Básica e Secundária Clara de Resende foram em
visita de estudo, dia 11 de junho de 2019, durante a manhã, à Fundação Serralves.
O objetivo da visita foi contactar com a obra artística da mundialmente famosa Joana Vasconcelos e à
sua exposição I’m your mirror, que se encontra em exibição no Museu de Arte Contemporânea da
referida fundação.
As obras mais apreciadas pelos estudantes foram:
- a máscara I’ll be your mirror (2018)
- os sapatos Marylin (2009),
Continua...
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DeClara, nº 24 junho 2019
- o anel Solitário (2018), - o Bule Pavillon de Thé (2017),
- o quadro Finisterra (2018)
- e as faianças Bordalo Pinheiro Invicto (2018) e Osuna (2015).
Foi uma manhã bem passada com a orientação das professoras Ana, Ausenda, Isabel e Susana, que
nos acompanharam, ensinaram a interpretar e a apreciar a beleza das obras de arte.
João Miguel Pereira, João Pedro Pereira, Mateus Correia e Pedro Mota
39
DeClara, nº 24 junho 2019
Da Arte e do Corpo Humano à História
No passado dia 7 de maio, as turmas 9ºF e 9ºG visitaram as Exposições “ Corpo Humano “ e “Exposição
de Escher”, patentes no Edifício da Alfandega do Porto, no âmbito dos programas curriculares das
disciplinas de Ciências Naturais, Matemática e Educação Visual. Se, entre outros objetivos, procurou-se
mobilizar conhecimentos adquiridos nas aulas destas três disciplinas, a disciplina de História viu-se
também representada pela excelente visita ao Edifício da Alfândega do Porto, dinamizada pela
Curadora do Museu da Alfândega. Muito agradecemos à Dra. Sofia Cavadas, mãe de um dos nossos
alunos, por ter diligenciado um acolhimento tão especial e enriquecedor. A visita excedeu a
de todos os intervenientes. Aqui deixamos algumas fotos.
Professoras e Dt´s do 9ºF e 9ºG
Isolina Silva, Cristina Almeida, Glória Lemos e Helga Lopes
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DeClara, nº 24 junho 2019
Visita de estudo ao Jardim Botânico do
Porto e à Exposição
“Pour ma Sophie”
A visita de estudo ao Jardim Botânico do Porto e à
Exposição “Pour ma Sophie”, realizada no âmbito
das comemorações do centenário do nascimento de
Sophia de Mello Breyner Andresen, da turma B do
7.º ano ocorreu a vinte de fevereiro de 2019, entre
as 14 e as 17 horas, e contou com a participação de
todos os alunos, acompanhados pela Diretora de
Turma, Maria Jorge Urbano, e pela professora de
Ciências, Sónia Magalhães. Os alunos e as
professoras acompanhantes deslocaram-se a pé e a
visita decorreu em ameno convívio.
A visita, da iniciativa da Diretora de Turma, teve
como objetivos divulgar aos alunos o património
cultural da cidade; sensibilizar os alunos para a
importância da biodiversidade; reconhecer a
importância da escritora portuguesa Sophia de
Mello Breyner Andresen a nível internacional; dar a
conhecer aos alunos um dos espaços que serviu de
inspiração à obra da autora; articular o conteúdo da
visita com os conteúdos programáticos das
disciplinas de Ciências, Português, Francês e
Cidadania e Desenvolvimento; e proporcionar aos
alunos aprendizagem fora do contexto de sala de
aula.
No que diz respeito à relação entre a visita e os
conteúdos das disciplinas, no âmbito da
disciplina de Ciências e do estudo da
biodiversidade, foi fundamental a visita ao
jardim e a apreciação das árvores, das flores e
das plantas; no domínio da disciplina de
Português, foi importante a visita à casa dos
avós de Sophia, na medida em que na casa há
muitos sítios que nos lembram livros que ela
escreveu, nomeadamente, as fontes e os jardins
relembram “A Menina do Mar”, a estátua de
bronze e as flores remetem para “O Rapaz de
Bronze”.
Dentro da casa, foi possível ver mais de
trezentos livros da biblioteca pessoal de Sophia,
com dedicatórias escritas pelos escritores desses
livros, em homenagem a Sophia, nas quais a cuja
palavra mais utilizada é Admiração. A exposição
reuniu ainda postais e rasurados da autora.
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DeClara, nº 24 junho 2019
No que se refere às expectativas dos alunos
relativamente à visita de estudo, estes esperavam
encontrar uma grande diversidade de plantas;
adquirir mais conhecimento sobre a biodiversidade;
que a exposição fosse interessante e ensinasse mais
sobre a vida de Sophia; que nos mostrasse mais
livros interessantes da escritora; que criasse mais
interesse sobre a biodiversidade e o estudo da obra
de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Os locais visitados no decurso da visita foram os
seguintes:
• a casa principal foi construída com o objetivo de
ser uma fábrica. É pintada de cor de vinho, pois
o avô de Sophia tinha um negócio de vinho. No
teto do átrio da casa, encontra-se o esqueleto
de uma baleia jovem, pois o sonho do seu avô
era tê-lo, apesar de quando este foi colocado, o
avô de Sophia, João, já ter falecido;
• o 1º jardim, que tem o nome de Jardim do
Liquidâmbar por ter um Liquidâmbar e a
segunda maior árvore do Jardim Botânico, o
Carvalho. Foi neste Carvalho que Sophia se
inspirou para escrever uma das personagens da
história “O Rapaz de Bronze”;
• o 2º jardim é um jardim pequeno e diferente e,
quando as pessoas entravam, viam sempre
flores diferentes. Tinha árvores de bucho com
pequenas folhas perenes e, deste modo, não se
nota o corte, têm um crescimento lento, são
resistentes e, por isso, não é necessário estar
sempre a cortá-las;
• o 3º jardim fica em frente dos antigos salões de
festa da casa, donde se via o jardim com o
“design” do tapete preferido da avó de Sophia.
Antigamente, era constituído apenas por
roseirais e árvores de bucho, mas, atualmente,
contém plantas aromáticas, como a erva caril ou
falso caril, que dura o ano inteiro e dá flor na
primavera, e a alfazema azul. Durante a
primavera, as roseiras dão flor;
• o 4º jardim é um jardim constituído por uma
fonte com uma estátua de bronze, na qual
Sophia se inspirou para escrever a personagem
Rapaz de Bronze da história com o mesmo
título. Apesar de a estátua ser uma rapariga,
Sophia achou que ficaria melhor representar um
rapaz;
• o 5º jardim denomina-se por “Jardim do Peixe”,
porque tinha o desenho de um peixe, pois o
sonho do avô de Sophia era ter um esqueleto de
uma baleia em sua casa. Antigamente, era uma
zona de cultivo onde se cultivavam espargos,
alface e feijão; agora, é uma zona de pequenos
espetáculos ao ar livre e tem pequenas
plantações de citrinos;
• o 6º jardim, antigamente, era um campo de
ténis e, agora, é um jardim pavimentado com
xisto, com imitações de socalcos e ramadas,
fazendo lembrar as paisagens do Alto Douro
Vinhateiro. Tem lagos circulares para plantas
aquáticas como o papiro e, deste modo, lembra
os lagares. Foi neste jardim, a Clareira dos
Plátanos, onde Sophia se inspirou para escrever
a festa descrita no “Rapaz de Bronze”;
• o 7º jardim era onde se situava a casa dos
caseiros e tinha estufas para o cultivo de
plantas exóticas. Atualmente, uma das
estufas está sem o teto de vidro, devido ao
Abacateiro estar demasiado grande e não o
cortaram, porque era muito importante para
a família. Outras estufas são a de plantas
desérticas e a de plantas tropicais.
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DeClara, nº 24 junho 2019
Os aspetos da visita considerados mais relevantes
foram os seguintes: a infância de Sophia foi passada
em casa dos avós, local onde ela escreveu os seus
livros; vivia na rua da casa dos seus avós, o Jardim
Botânico; João (o fundador) queria o jardim dividido
em vários jardins, então colocou camélias entre os
jardins; nas ilhas, as camélias eram usadas para
fazer chá; nos jardins, João e Joana mudavam as
flores destes, para terem sempre interesse e para
mostrarem que eram ricos ao terem sempre flores
diferentes; o roseiral tinha a forma do tapete que
Sophia adorava; o avô de Sophia era comerciante de
vinho do Porto, por isso, a casa era cor de vinho;
antigamente, da varanda da casa era possível ver o
rio e o mar e, deste modo, conseguia controlar as
embarcações de vinho para o estrangeiro; a estátua
em que foi baseada “O Rapaz de Bronze”, era uma
rapariga e não um rapaz, no entanto, a escritora,
para dar mais ênfase à história, preferiu retratar um
rapaz em vez de uma rapariga; a família fez um
jardim em forma de peixe, pois esta tinha muita
ligação ao mar devido ao comércio marítimo. Esta é
a história do tão misterioso Jardim Botânico.
Quanto ao grau de satisfação das expectativas
pessoais, podemos afirmar que a guia, Daniela
Santos, explicou detalhadamente a história do
terreno de quatro hectares e as muitas histórias
associadas à casa e aos jardins. Explicou ainda
adequadamente que os jardins tinham glicínias,
buchos, laranjeiras, o que era de esperar no
Jardim Botânico e que optaram por escolher
plantas perenes, para que a beleza do local
pudesse durar as quatro estações.
A turma saiu do Museu com mais conhecimento
sobre Sophia, as suas histórias, a da casa e dos
jardins.
A exposição “Pour ma Sophie” revelou-se
interessante, pois a turma conheceu mais sobre o
passado de Sophia e os autores que a admiravam.
Posto isto, o grau de satisfação é bastante bom.
Quanto ao ambiente em que decorreu a visita, este
não poderia ter sido melhor: à hora combinada, os
alunos reuniram-se no átrio da escola.
Quando chegámos ao Jardim Botânico, a guia
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DeClara, nº 24 junho 2019
Daniela Santos, acolheu-nos bem, foi muito
simpática, compreensiva e dominava muito bem os
assuntos a transmitir. Teve muita paciência
connosco, apesar do falatório que se ouvia.
O convívio entre professores e alunos foi bom,
embora com algumas chamadas de atenção. De
uma maneira geral, podemos dizer que a visita de
estudo correu bem.
Os aspetos que foram mais conseguidos na visita de
estudo foram os seguintes: o trajeto foi efetuado
com muita organização e os alunos foram muito
responsáveis; foi explicada a importância da
biodiversidade das plantas; foi explicada a
importância da casa dos avós de Sophia de Mello
Breyner Andresen como património cultural da
cidade; a guia foi clara e simpática na explicação
dada aos alunos; foi dada a conhecer a importância
da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen
tanto a nível nacional como internacional.
Para além disso, foram previamente distribuídos
folhetos preparatórios ou motivadores: um deles
sobre o “Centro de Ciência Viva”, que explicava a
Galeria da Biodiversidade como um espaço original,
onde a arte se cruza com a ciência e a literatura
através da exposição de uma seleção de objetos
reais, e explicava o Jardim Botânico do Porto, como
um espaço de referência ecológico e estético de
quatro hectares; e outro folheto sobre a exposição
temporária “Pour ma Sophie”. Esta exposição de
fotografias e instalação de Oxana Ianin esteve
patente ao público de 25 de janeiro a 22 de
fevereiro de 2019.
O aspeto menos conseguido da visita foi a guia ter
explicado com demasiado pormenor alguns
aspetos, o que causou dispersão da atenção entre
alguns discentes.
Os alunos da turma consideraram que iniciativas
semelhantes deverão ser promovidas no próximo
ano letivo por serem sensibilizadoras para a Arte e
para a Cultura, motivadoras para o estudo e
desenvolverem a interação e o relacionamento
interpessoal entre alunos e alunos e professores.
29 de maio de 2019
A Turma 7.º B
Professora Maria Jorge Urbano
Redação dos textos realizada pelos alunos da
turma
Reportagem fotográfica a cargo do aluno Rodrigo
Campos
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DeClara, nº 24 junho 2019
A cidadania é, e será sempre, uma aprendizagem indispensável, aos que ambicionam estar
integrados na vida social e cívica, do seu País. Este projeto “Parlamento dos Jovens”criado em
1995, por uma Deputada do Porto e da freguesia de Ramalde, faz hoje, parte integrante, de
um projeto da Assembleia da República, que abriu aos jovens portugueses, do Continente,
Regiões Autónomas e dos Círculos Eleitorais da Europa e Fora da Europa, um espaço de
intervenção política, que lhes permite debater e produzir documentos, que em tudo, se
podem equiparar, ao que os Deputados produzem, nas reuniões de Comissão. Movimenta,
anualmente mais de seiscentas Escolas, num universo de vários milhares de alunos, com
debates internos, em que o contraditório é uma aprendizagem, que os faz crescer, enquanto
Jovens, numa perspetiva de futuro, numa sociedade que procura a diminuição das
desigualdades e das assimetrias sociais.
Portugal, enquanto País da UE, tem que manter uma crescente ambição, mas essa exige que a
preparação dos jovens seja uma prioridade, não apenas curricular, mas também cívica e em
paralelo. O Parlamento dos Jovens, em cooperação com a Escola, tem esse objetivo e foi esse
o espírito que esteve subjacente, na sua criação.
Quase vinte e cinco anos depois, atinge-os em 2020, os objetivos iniciais foram
completamente atingidos. Todos os jovens que tiveram a oportunidade de participar são
unânimes em afirmar que a sua participação, os incentivou para o debate, e lhes mostrou
que, a sua formação, ficaria incompleta e sem sentido, sem esta complemento, que lhes
aponta caminhos e os prepara para futuras decisões.
O Deputado Porfírio Silva, com o seu livro “O Ideário Constitucional no Parlamento dos
Jovens,” trouxe ao debate político a importância destes projetos, como indispensáveis na
formação dos que, no futuro, vão ser chamados às grandes decisões.
A Escola Clara de Resende, tem aberto esse espaço de debate aos seus alunos, o que nos
orgulha, pois sem uma participação empenhada da Comunidade Educativa, este projeto não
se teria consolidado.
Julieta Sampaio
(Criadora do Parlamento Jovem 71995)
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Desporto Escolar
Realizou-se no dia 25 de maio a Final da CLDE Porto da modalidade de Badminton nos
escalões de Infantis A e B, onde a Marta Silva, aluno do 6º. G representou a nossa escola.
A competição disputou-se na Escola Secundária Garcia de Orta, no Porto.
Professora Manuela Almeida
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Decorreu no passado dia 30 de
maio pelas 12:30, na Sala de Música e
Expressão Dramática, o concerto final da
turma F do 5ºano, integrado na disciplina
de Educação Musical e foram
apresentadas algumas atividades
desenvolvidas ao longo do ano letivo.
Os alunos apresentaram três actividades, a
primeira, “Pizzicato”, uma interpretação e
execução instrumental baseada na peça
musical “Ballet Sylvia” do compositor Léo
Delibes, seguidamente “O Anzol”, um
arranjo musical baseado na canção com o
mesmo nome da banda portuguesa Rádio Macau e por último, “Jornal em Movimento”,
uma performance experimental onde foi explorado o som de uma fonte não convencional,
baseada na peça “The Comedians” do compositor Dmitry Kabalevsky. Os alunos
demonstraram muito empenho e responsabilidade, executando todo o concerto com
dedicação e mestria.
Estiveram presentes os encarregados de
educação e membros do corpo docente da escola.
Este concerto realizou-se no âmbito do Mestrado
da Professora Estagiária Sofia Cardoso, numa parceria
entre a Escola Básica e Secundária Clara de Resende e a
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do
Porto. Contou com a supervisão da Dra. Maria do Carmo
Figueiredo que coordenou e orientou o estágio
pedagógico da professora estagiária, que antes do início
do concerto, fez questão de agradecer a comparência
dos encarregados de educação e à Dra. Maria do Carmo
Figueiredo pela presença em todas as aulas de estágio,
pela sua sabedoria e orientação.
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DeClara, nº 24 junho 2019
Concerto final – 5ºB
No passado dia 30 de maio, a turma do 5ºB realizou o concerto final de ano
integrado na disciplina de Educação Musical. A apresentação contou com a presença
de alguns familiares dos alunos que no fim vieram parabenizar toda a turma pelo
excelente trabalho que apresentaram.
Neste concerto, foram interpretadas obras apenas de compositores
portugueses como: “Canção dos abraços” de Sérgio Godinho, “Só gosto de ti” de
Heróis do Mar e o rap “Paz” de Inês Lima, professora da turma.
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Participantes na final do concurso GOT TALENT
Parabéns a todos os participantes
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Visita ao Ipatimup – tipagem sanguínea
Durante o 2º e 3º período várias turmas do 9º ano, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais, visitaram o
Laboratório Aberto do Ipatimup e realizaram uma atividade Laboratorial intitulada “ ABC das Hemácias”.
“O sangue é um dos tecidos mais importantes do nosso organismo. É através dele que todo o organismo
obtém os nutrientes necessários para o normal funcionamento, que ocorrem as trocas gasosas entre as
células e o exterior, e que as defesas atuam e protegem o organismo.” (in site Laboratório Aberto).
Nesta atividade laboratorial os alunos revisitaram vários conceitos abordados durante as aulas de Ciências
Naturais, tais como: Constituição sanguínea; noção de Antigénio e Anticorpo; Grupos sanguíneos; Sistema
ABO e Rh; Incompatibilidade Sanguínea; tiveram a oportunidade de observar os constituintes do sangue ao
microscópio; determinar o grupo sanguíneo de amostras; e prever quais as incompatibilidades existentes
entre os diferentes grupos sanguíneos. A atividade revestiu-se de grande interesse pedagógico e científico
tendo sido do agrado de alunos e professores.
Grupo 520
Biologia e Geologia
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Final dos Concursos
Ortografia e Gramática e Speling and Grammar Contest
5º, 6º e 7ºanos
Dias 12 e 14 de Junho na Biblioteca da Escola
Decorreu nos dias 12 e 14 de junho, na Biblioteca da Escola, a final dos concursos de Ortografia e
Spelling Contest, no âmbito das atividades do PNL, dinamizado pelo Departamento de Línguas para os
5º, 6º e 7º ano de Escolaridade.
Todos os alunos receberam uns docinhos e os respetivos certificados de participação.
Os vencedores da final foram:
• Spelling and Grammar Contest - Carolina Laia 5ºE
• Spelling and Grammar Contest - Franciaco Amorim 6ºB
• Ortografia e Gramática 5º - Filipe Castro Neves – 5ºD
• Ortografia e Gramática 6º - Leonor Gomes, 6ºF
• Ortografia e Gramática 7º - Sofia Outor, 7ºB
Parabéns aos vencedores e a todos os participantes!
As professoras responsáveis:
Ana Paula Velasquez (Coordenadora do PNL)
Ângela Viegas
Fernanda Moura
Luísa Santos
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Equipas participantes no concurso Jovens empreendedores da Fundação da Juventude
Professora Isabel Pinto
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Coordenadora de projetos
Professora Isabel Pinto
Equipa vencedora Lock It
A equipa Lock It , da nossa escoa constituída pelas alunas
Ana Rita Esteves, Maria do Rosário Mariz Maria Leonor Brito e Faro, Maria Leonor
Russo e Maria Pimenta ganharam o primeiro lugar para o ensino secundário na área
de intervenção Empreendedorismo Social no valor de 750 euros
Parabéns e votos de sucesso para o vosso negócio .
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DeClara, nº 24 junho 2019
“Não lixes” pela tua sobrevivência e
pelo bem do nosso Planeta
No passado dia 11 de junho foi organizada uma
palestra pela Associação de Pais e Encarregados de
Educação da Escola Clara de Resende (APECR),
subordinada ao tema do ambiente e oferecida
pelo Joca, membro do movimento cívico
ambientalista "Não Lixes".
A palestra decorreu no auditório da escola e
contou com a presença de muitos alunos de
diversas turmas, que mostraram grande
entusiasmo pelo tema. Entre outras questões, foi
abordada a importância urgente de mudarmos de
hábitos de consumo por forma a garantirmos a
sobrevivência do nosso planeta – a Terra. Das
várias "dicas" que o Joca sugeriu à plateia,
destacamos:
– Evitar comprar alimentos envolvidos em plástico,
substituindo-os por sacos de papel ou sacos de
pano;
– Apanhar diariamente o lixo que encontramos nos
sítios por onde passamos de forma a evitarmos
que vá parar ao mar;
– Usar guardanapos de pano em vez de papel;
– Evitar comprar água embalada, comprar uma
garrafa de alumínio, encher com água da rede
pública (de preferência filtrada) permitindo
reutilizar a garrafa vezes sem conta;
– Substituir tudo o que for possível por objetos
reutilizáveis ou reciclados, como por exemplo,
privilegiar escovas de dentes feitas em bambu em
vez de plástico;
– Etc.
Importa pois termos presente o quanto é urgente
a
a
mudança de hábitos para salvarmos a nossa
espécie da extinção precoce, isso passa por
praticarmos o máximo de respeito pelo planeta
que é a casa grande onde todos habitamos. Não
esperes que os outros resolvam por ti, aproveita as
dicas do Joca e começa já a fazer a diferença, antes
que seja tarde demais.
Associação de Pais
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DeClara, nº 24 junho 2019
Notícias da Associação de Pais
A Dominó's Pizza em colaboração com a Associação de Pais e Encarregados de Educação
da Escola Clara de Resende (APECR) ofereceu 50 pizzas, num total de 600 fatias aos
alunos da escola para comemorar o ultimo dia de aulas.
Muito obrigada à Dominó's Pizza!!
Eduarda Miranda
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A nossa homenagem a Agustina Bessa-Luís
A escritora que não tinha medo de nada…
A escrita, o medo, o amor, a mulher: 20 frases para lembrar Agustina Bessa-Luís
“Penso que tenho a escrita como um dom que tenho o dever de valorizar e cultivar da
melhor maneira que consigo. Procuro explorar esse dom, de uma forma constante e
renovada sempre com o mesmo empenhamento.”
Entrevista à Ensino Magazine Online (setembro de 2001)
"Quando aprendi a ler, no mundo fez-se luz e passei a compreender tudo."
O Livro de Agustina" (2007)
“Desde criança que me apercebi que o medo era o grande mistério. Era o caminho para
o poder. Refiro-me à noção de poder que é dada numa família em que o rapaz está
votado a um triunfo de qualquer maneira, às vezes exigente demais para as forças que
tem, e a menina vive mais na sombra.”
Entrevista ao Diário de Notícias (2003)
“Querem atribuir à escrita aquilo que não atribuem à própria vida. Os meus livros são
mais reais que essa realidade engarrafada que nos é transmitida.”
Documentário para a RTP (2005)
“Escrever é isto: comover para desconvocar a angústia e aligeirar o medo, que é sempre
experimentado nos povos como uma infusão de laboratório, cada vez mais sofisticada.
Eu penso que o escritor com maior sucesso (não de livraria, mas de indignação social
profunda) é aquele que protege os homens do medo: por audácia, delírio, fantasia,
piedade ou desfiguração.”
Continua…
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DeClara, nº 24 junho 2019
“O meu ídolo era a gramática portuguesa, à qual faço constantes heresias.”
"O Livro de Agustina" (2007)
“O amor está relacionado com a memória. Ama-se só o que nos recorda alguma coisa ou
alguém. A memória é um estado de afeição. Em amor, a improvisação não existe.”
"Crónica da Manhã" (outubro de 1978)
“Eu tenho só uma [vocação], que é escrever. Usar a palavra, dar-lhe vida, confiar nela para
que nela vejam verdades poderosas, como a de sermos destinados a coisas maravilhosas.
Falar no maravilhoso, hoje em dia, é um risco muito grande. Que digo eu? Um risco, não;
uma espécie de loucura. Sejamos loucos quando os sensatos falham, e vamos pensando
como encarar o maravilhoso.”
"Dicionário Imperfeito" (2008)
“A realidade é outra coisa e acho que o artista que rende homenagem à realidade do mundo
e da vida é realmente o grande artista”
Entrevista ao Jornal de Letras (junho de 2004)
“O que mais me atrai na Literatura, julgo, é aquilo que pode oferecer, em termos de
conhecimento das outras pessoas , do mundo e de nós próprios.”
Entrevista à Ensino Magazine Online (setembro de 2001)
“Nasce-se inocente mas com conhecimento daquilo que se é - aquilo que depois se procura
através da arte, através de tantas manifestações humanas: de onde viemos, o que somos,
para onde vamos. A criança sabe e depois vai perdendo essas faculdades. Mas nascer adulto
e morrer criança, que é o que eu quero, isso é que é difícil.”
Entrevista ao Diário de Notícias (2002)
“Nunca tive a ambição de ser conhecida. Se a literatura tem qualidade, sobrevive. Jamais
procurei relações ou amizades para me promover.”
Entrevista ao El País (20 de outubro de 2000)
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DeClara, nº 24 junho 2019
“A mulher não tem o sentimento de desespero que o homem tem. Porque a mulher
completa-se em si mesma, na sua própria criação, como ser que se reproduz e dá vida a
outro ser. Portanto, ela não se exprime pela desesperação. O homem sim.”
Entrevista ao Jornal de Letras (junho de 2004)
“Há muitas pessoas que são respeitáveis, mas que não são capazes dessa franqueza. O
dizer as coisas, às vezes até de uma maneira seca e brutal…”
Entrevista à Revista Selecções do Reader’s Digest (janeiro de 2006)
“Sou perigosa porque conheço profundamente a natureza humana.”
Entrevista ao Público (junho de 2004)
“Cada um é um profeta na sua casa e ninguém acha isso estranho porque, mais ou menos,
todos são profetas.”
"O Livro de Agustina" (2007)
“A busca do êxito fácil provoca grandes fiascos.”
Entrevista ao El País (20 de outubro de 2000)
“Segundo o meu ponto de vista, o homem necessita da crueldade porque necessita da
culpa. Necessita de culpar-se para ser um criador. Porque é que o homem é violento e
gosta da guerra? Eu tenho resposta para isso mas como não é uma resposta que tenha
consolação, prefiro guardá-la para mim. ”
Documentário na RTP (2005)
“A melhor prova duma real amizade está em evitar os compromissos entre aqueles que se
estimam. Ainda que devendo muito aos que muito me louvam, eu não quero ser-lhes
obrigada pela gratidão. Mas sim grata porque estou com eles, devido a circunstâncias que
a todos nós agradam e são um laço mais entre nós, sem constituírem um dever.”
"Dicionário Imperfeito" (2008)
“Os homens que não têm o coração tão preenchido morrem dele, sem queixas e sem
sofrimento. Mas não se pode dizer que viveram.”
"O Livro de Agustina" (2007)
In O Observador
Biblioteca Escolar
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DESAFIOS DE LEITURA E ESCRITA JUNHO 2019O QUE ESTÁ A
ACONTECER...
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APECR ESCREVEU...
Eleitos representantes dos PEE para o Conselho Geral do Agrupamento
No passado dia 4 de junho reuniu, no auditório da Escola Básica e Secundária Clara de Resende, a
Assembleia Geral de Pais e Encarregados de Educação de todas as escolas do mesmo agrupamento,
tendo como única ordem de trabalhos a eleição dos representantes dos Pais e Encarregados de Educação
para o Conselho Geral do Agrupamento.
Esta eleição contou com a presença de dois representantes da Confederação Nacional das Associações de
Pais (CONFAP) e dois representantes da Federação Concelhia das Associações de Pais do Porto (FECAP),
que esclareceram as dúvidas colocadas por diversos Encarregados de Educação quanto ao seu propósito,
explicando que apenas poderia existir uma lista para votação, a que fosse apresentada pelas Associações
de Pais eleitas este ano letivo e atualmente em funções. Assim, nenhuma outra lista foi aceite para
votação.
Passados a votos, e mais uma vez contando com um auditório cheio, foi eleita por voto secreto a “Lista
A”, com 51 votos a favor, 39 votos contra e 5 votos nulos/em branco, proposta pelas Associações de Pais
do Agrupamento de Escolas Clara de Resende, constituídas pela Associação de Pais e Encarregados de
Educação da EB1 João de Deus (APJD) e Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica
e Secundária Clara de Resende (APECR).
Segue assim a lista eleita dos representantes dos Pais e Encarregados de Educação para o Conselho Geral
do Agrupamento: Eduarda Miranda, Elsa Marques, Manuel Moura, Paula Amaral (efetivos); Alda
Gonçalves, Sónia Silva, Rita Ramalho, Mónica Campos (suplentes).
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Clube de Robótica “CR2”
No início deste ano, a associação de pais (APECR), juntamente com outros pais interessados,
começou a averiguar a possibilidade de se criar na escola um “clube de robótica”. As dificuldades
foram várias e, por isso, houve que fazer a listagem dos obstáculos e descobrir forma de serem
ultrapassados.
Assim, com a colaboração da direção da escola, conseguiu arranjar-se uma sala em que já foram
dadas as 4 aulas do primeiro turno de oito alunos do 2º ciclo. Com a colaboração, apoiando
financeiramente, da Junta de Freguesia de Ramalde, conseguiu-se a aquisição dum número
suficiente de “robots” em kit. Finalmente, com a colaboração dum pai, Paulo Borba (o verdadeiro
mentor deste processo), com conhecimentos relevantes nesta área de conhecimento, e
oferecendo os seus serviços “pro bono”, conseguiu-se um ensino de qualidade.
Se o atrás descrito foi vital, não foi contudo, a nosso ver, o mais importante; a vontade e o
interesse dos alunos! Foi extremamente gratificante verificar que a assiduidade foi de 100% e o
atraso às aulas foi de 0%. Mais, no final de cada sessão saiam com pena de ter acabado e ansiosos
pela próxima aula. No final do curso, todos sugeriam formas de continuar a sua aprendizagem
nestes domínios. Esta foi a essência daquilo que, a nosso ver, se traduziu num enorme sucesso;
iniciar, estes alunos, numa área de conhecimento que se revelará fundamental a curto prazo,
extraindo prazer dessa aprendizagem e, como acreditamos, aprender fazendo!
Como os nomes “CR7”(o nosso Cristiano) e “R2D2” (quem viu a Guerra das Estrelas?) estavam já
ocupados, e como “Clara de Resende” e “Clube de Robótica” começam pelas mesmas iniciais, a
designação escolhida foi: “CR2”!
Manuel Moura
Sabias que nos próximos anos, em Portugal, serão eliminados mais de 1.000.000 de
postos de trabalho devido à robótica?
P.S. Se quiseres saber mais informações sobre o CR2, envia um email para:
clubederoboticacr2@gmail.com
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É BOM SABER ...
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Cinco Curiosidades sobre Fernando Pessoa
Ilustrações: João Fazenda
Há 131 anos (13 de junho de 1888) nascia Fernando Pessoa, o poeta que foi muitos (‘A minha arte é ser
eu. Eu sou muitos’).
Conhecemos alguns pormenores sobre a sua vida na África do Sul, dos heterónimos mais populares –
sempre de mãos dadas com o seu ortónimo e criador -, e já todos ouvimos falar da sua paixão pela
astrologia, que resultou na criação de mapas astrais para as suas diferentes personalidades (ou,
inclusive, para clientes).
Mas sabia que um dos seus heterónimos, Maria José, era uma jovem corcunda de 19 anos? E tem
conhecimento que há um vinho batizado em honra desta incontornável figura maior da literatura? E
alguma vez ouviu dizer que Pessoa tentava comunicar com os espíritos, através da sua escrita?
Aqui ficam algumas das curiosidades sobre o desassossegado poeta que tinha em si todos os sonhos do
mundo.
1. O PRIMEIRO POEMA?
Numa carta de 1935, a Adolfo Casais Monteiro, Fernando Pessoa afirma que tinha seis anos
quando começou a interagir com o cavaleiro francês Chevalier de Pas, com quem trocava cartas
e “cuja figura, não inteiramente vaga, ainda conquista aquela parte da minha afeição que confina
com a saudade”.
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DeClara, nº 24 junho 2019
É na escrita que encontra consolo para o seu isolamento, principalmente após a morte do pai e, um ano
mais tarde, do irmão. Sensivelmente nesta altura, escreve aquele que aparenta ser o seu primeiro
poema, dedicado à sua mãe: “Ó terras de Portugal / Ó terras onde eu nasci / Por muito que goste delas /
Inda gosto mais de ti.”
2. MARIA JOSÉ, A JOVEM CORCUNDA
Entre os vários heterónimos de Pessoa, há um heterónimo feminino, utilizado uma única vez: Maria
José. Uma jovem com 19 anos, com pouco tempo de vida, em consequência da tuberculose. Além de
corcunda, sofria também de um problema nas pernas, que lhe limitava a mobilidade.
Era uma mulher presa no seu corpo, daquelas figuras que vêem passar o mundo pela janela, sem nunca
o experimentar. É por essa janela que se apaixona pelo serralheiro, o Sr. António, que por ela passa
todos os dias. Sem coragem para lhe falar, confessa o seu amor em forma de carta, que começa em tom
de despedida: “O senhor nunca há-de ver esta carta, nem eu a hei-de ver segunda vez porque estou
tuberculosa, mas eu quero escrever-lhe ainda que o senhor o não saiba, porque se não escrevo abafo”.
Foto: O meu Pessoa
3. O FLAGRANTE DELITRO
Era comum Fernando Pessoa, quando se encontrava a trabalhar, levantar-se, pegar no chapéu, ajeitar os
óculos e dizer que ia até ao Abel. Este hábito do poeta intrigou um colega de trabalho, Luiz Pedro
Moitinho de Almeida, que se apercebeu, algum tempo depois, que as idas ao Abel eram, nada mais nada
menos, que uma visita ao depósito mais próximo, da casa Abel Pereira da Fonseca, fundador
da Companhia Agrícola do Sanguinhal, para tomar um copo de vinho.
Em homenagem ao poeta e ao fundador desta empresa, foi recriada a marca de vinhos Casabel. Nos
rótulos, foi reproduzida a dedicatória que Pessoa fez a Carlos Queirós (1907-1949): “Carlos: Isto sou eu
no Abel, já próximo do paraíso terrestre, aliás perdido”.
Ofélia, eterna namorada do autor de Livro do Desassossego, e tia de Carlos Queirós, quis uma fotografia
igual à recebida pelo sobrinho e, quando Pessoa lhe fez a vontade, ofereceu-a com uma dedicatória:
“Fernando Pessoa em flagrante delitro”.
4. EM CONVERSA COM OS ESPÍRITOS
Teresa Rita Lopes é uma das mais reconhecidas investigadoras pessoanas em Portugal. Estuda a obra
de Fernando Pessoa há mais de meio século e, em 2016, deu uma entrevista ao jornal Sol sobre a sua
relação com o poeta.
66
DeClara, nº 24 junho 2019
Nela, revela que Pessoa fazia escrita mediúnica, com o intuito de perceber se os espíritos se
manifestavam através dele. “Ele estava sempre no limiar entre acreditar e brincar com isso“. Deu dois
exemplos – um poema com a assinatura de um espírito, que lhe disse “No good” e um outro onde, no
fim, escreve “Vardur [um dos espíritos) + Pessoa”, que obtém uma resposta de Vardur: “This poem is
yours, my boy”.
5. AS DUAS TENTATIVAS DE 'POESIA DA MESQUINHEZ'
“Conto de fadas de quem não tem imaginação”, “poesia da mesquinhez”. Foi assim que Fernando
Pessoa descreveu o romance, género literário de que nunca gostou particularmente. Apesar disso,
existem dois romances que — como muitos outros textos — ficaram por acabar. Reacção e Marcos
Alves foram escritos por volta de 1909, estando agora acessíveis ao público no livro A Porta e Outras
Ficções, editado pela Assírio & Alvim.
Os dois romances, que se juntam a sete contos inéditos na ficção pessoana, são os únicos do género
encontrados no seu espólio. Fernando Pessoa achava “difícil, senão impossível, manter, num longo
texto, a perfeição desejada”.
Arte: Teresa Almeida
A Obra de Pessoa
67
DeClara, nº 24 junho 2019
Junho é o mês dos Santos Populares com festas e arraiais
por todo o país nas noites de Santo António, de São João e
de São Pedro.
De 12 para 13 de junho, celebra-se o dia de Santo António.
De 23 para 24 de junho, o S. João. Estas festas são duma
grande animação, em que o povo vem para a rua comer,
beber e divertir-se pelas ruas dos bairros populares,
engalanadas com arcos, balões coloridos e cheiros de
manjerico.
A 29 de junho comemora-se ainda o São Pedro, também
com festas populares em várias localidades do país, como
Sintra ou Évora, ambas na lista do Património Mundial.
Informação de:http://biblioparchal.blogspot.com/
68
DeClara, nº 24 junho 2019
TAO – A Sabedoria do Silêncio Interno
Pense no que vai dizer antes de abrir a boca. Seja breve
e preciso, já que cada vez que deixa sair uma palavra,
deixa sair uma parte do seu Chi (energia). Assim,
aprenderá a desenvolver a arte de falar sem perder
energia.
Nunca faça promessas que não possa cumprir. Não se
queixe, nem utilize palavras que projetem imagens
negativas, porque se reproduzirá ao seu redor tudo o
que tenha fabricado com as suas palavras carregadas de
Chi.
Se não tem nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é
melhor não dizer nada. Aprenda a ser como um espelho:
observe e reflita a energia. O Universo é o melhor
exemplo de um espelho que a natureza nos deu, porque
aceita, sem condições, os nossos pensamentos, emoções,
palavras e ações, e envia-nos o reflexo da nossa própria
energia através das diferentes circunstâncias que se
apresentam nas nossas vidas.
Se se identifica com o êxito, terá êxito. Se se identifica
com o fracasso, terá fracasso. Assim, podemos observar
que as circunstâncias que vivemos são simplesmente
manifestações externas do conteúdo da nossa conversa
interna. Aprenda a ser como o universo, escutando e
refletindo a energia sem emoções densas e sem
preconceitos.
Porque, sendo como um espelho, com o poder mental
tranquilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se
impor com as suas opiniões pessoais, e evitando reações
emocionais excessivas, tem oportunidade de uma
comunicação sincera e fluída.
Não se dê demasiada importância, e seja humilde, pois
quanto mais se mostra superior, inteligente e prepotente,
mais se torna prisioneiro da sua própria imagem e vive
num mundo de tensão e ilusões. Seja discreto, preserve a
sua vida íntima. Desta forma libertar-se-á da opinião dos
outros e terá uma vida tranquila e benevolente invisível,
misteriosa, indefinível, insondável como o TAO.
Não entre em competição com os demais, a terra que
nos nutre dá-nos o necessário. Ajude o próximo a
perceber as suas próprias virtudes e qualidades, a brilhar.
O espírito competitivo faz com que o ego cresça e,
inevitavelmente, crie conflitos. Tenha confiança em si
mesmo. Preserve a sua paz interior, evitando entrar na
provação e nas trapaças dos outros. Não se comprometa
facilmente, agindo de maneira precipitada, sem ter
consciência profunda da situação.
Tenha um momento de silêncio interno para considerar
tudo que se apresenta e só então tome uma decisão.
Assim desenvolverá a confiança em si mesmo e a
Sabedoria. Se realmente há algo que não sabe, ou para
que não tenha resposta, aceite o fato. Não saber é muito
incómodo para o ego, porque ele gosta de saber tudo, ter
sempre razão e dar a sua opinião muito pessoal. Mas, na
realidade, o ego nada sabe, simplesmente faz acreditar
que sabe.
Evite julgar ou criticar. O TAO é imparcial nos seus juízos:
não critica ninguém, tem uma compaixão infinita e não
conhece a dualidade. Cada vez que julga alguém, a única
coisa que faz é expressar a sua opinião pessoal, e isso é
uma perda de energia, é puro ruído. Julgar é uma
maneira de esconder as nossas próprias fraquezas.
O Sábio tolera tudo sem dizer uma palavra. Tudo o que o
incomoda nos outros é uma projeção do que não venceu
em si mesmo. Deixe que cada um resolva os seus
problemas e concentre a sua energia na sua própria vida.
Ocupe-se de si mesmo, não se defenda. Quando tenta
defender-se, está a dar demasiada importância às
palavras dos outros, a dar mais força à agressão deles.
Se aceita não se defender, mostra que as opiniões dos
demais não o afetam, que são simplesmente opiniões, e
que não necessita de os convencer para ser feliz. O seu
silêncio interno torna-o impassível. Faça uso regular do
silêncio para educar o seu ego, que tem o mau costume
de falar o tempo todo.
Pratique a arte de não falar. Tome algumas horas para se
abster de falar. Este é um exercício excelente para
conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, em vez
de tentar explicar o que é o TAO. Progressivamente
desenvolverá a arte de falar sem falar, e a sua verdadeira
natureza interna substituirá a sua personalidade artificial,
deixando aparecer a luz do seu coração e o poder da
sabedoria do silêncio.
Graças a essa força, atrairá para si tudo o que necessita
para a sua própria realização e completa libertação.
Porém, tem que ter cuidado para que o ego não se
infiltre… O Poder permanece quando o ego se mantém
tranquilo e em silêncio. Se o ego se impõe e abusa desse
Poder, este converter-se-á num veneno, que o
envenenará rapidamente.
Fique em silêncio, cultive o seu próprio poder interno.
Respeite a vida de tudo o que existe no mundo. Não
force, manipule ou controle o próximo. Converta-se no
seu próprio Mestre e deixe os demais serem o que têm a
capacidade de ser. Por outras palavras, viva seguindo a
via sagrada do TAO.
(Texto Taoísta)
69
DeClara, nº 24 junho 2019
Não te rendas…
Não te rendas, ainda estás a tempo
de alcançar e começar de novo,
aceitar as tuas sombras
enterrar os teus medos,
largar o lastro,
retomar o voo.
Não te rendas que a vida é isso,
continuar a viagem,
perseguir os teus sonhos,
destravar os tempos,
arrumar os escombros,
e destapar o céu.
Não te rendas, por favor, não cedas,
ainda que o frio queime,
ainda que o medo morda,
ainda que o sol se esconda,
e se cale o vento:
ainda há fogo na tua alma
ainda existe vida nos teus sonhos.
Porque a vida é tua, e teu é também o
desejo,
porque o quiseste e eu te amo,
porque existe o vinho e o amor,
porque não existem feridas que o tempo
não cure.
Abrir as portas,
tirar os ferrolhos,
abandonar as muralhas que te protegeram,
viver a vida e aceitar o desafio,
recuperar o riso,
ensaiar um canto,
baixar a guarda e estender as mãos,
abrir as asas
e tentar de novo
celebrar a vida e relançar-se no infinito.
Não te rendas, por favor, não cedas:
mesmo que o frio queime,
mesmo que o medo morda,
mesmo que o sol se ponha e se cale o vento,
ainda há fogo na tua alma,
ainda existe vida nos teus sonhos.
Porque cada dia é um novo início,
porque esta é a hora e o melhor momento.
Porque não estás só, por eu te amo.
Mario Benedetti
(escritor de origem uruguaia)

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DeClara 24 junho 2019

  • 1. Jornal do Agrupamento Escolas Clara de Resende DeClaranº24,junho2019 DeClaraS Ã O J O Ã O - P O R T O 2 0 1 9 Professor Francisco FradinhoE.V./E.T. 6ºA e 6ºB
  • 2. 2 Agrupamento Clara de Resende EDITORIAL AS NOSSAS ESCOLHAS ... SUGESTÕES DO MÊS O QUE ACONTECEU ... DESAFIOS DO MÊS APECR ESCREVEU... É BOM SABER ... TRABALHOS DOS ALUNOS O QUE VAI ACONTECER... DeClara, nº 24 junho 2019 Editorial A Escola do século XXI deve fazer a diferença, tem de ser diferente relativamente à escola do século XX e do século XIX, ir mais além, desafiar o sistema e ousar! Fala-se muito de tecnologia, de inovação tecnológica, de ferramentas digitais mas as escolas continuam muito aquém do esperado. Não tem capacidade de acompanhar a evolução dos tempos em termos informáticos. A sala de aula não tem computadores e os telemóveis ainda não são legalmente permitidos. Pedem-nos que façamos omeletes sem ovos! No entanto, às voltas com toda a burocracia exigida pelo ministério, os professores fazem o possível, inventam-se e reinventam-se para ter uma sala de aula onde predomine a motivação e o ânimo, para ir ao encontro dos jovens, alunos que se movimentam à vontade no mundo da internet, onde tudo acontece a grande velocidade, mundo onde os jovens gostam de estar. É assim o nosso tempo! É assim na nossa escola: há professores que abrem portas e janelas aos alunos, que os ensinam a ler o mundo de diferentes formas, a fazer fazendo, aprender a fazer e fazer a aprender, conseguem mostrar-lhes que o conhecimento está em todo o lado e por isso os motivam e levam a participar em diferentes atividades, projetos, visitas de estudo, clubes, exposições de trabalhos…E ainda bem que assim é, que temos professores e alunos que se deixam conquistar, conduzir e fazem a diferença. Parabéns a todos pelo trabalho desenvolvido. Bom São João! Isabel Santos Pereira
  • 3. DeClara, nº 24 junho 2019 3 RESPOSTAS AOS DE MAIO DESAFIOS DE JUNHO O João tem 13 moedas no bolso. Cada moeda é de 5 ou de 10 cêntimos. Qual dos seguintes valores não pode ser o valor total das moedas do João. Solução: B) 60 cêntimos Desafio 1 Desafio 1 O ano de 2012 foi ano bissexto, isto significa que o mês de fevereiro teve29 dias. No dia 15 de março de 2012 os patinhos do meu avô tinham 20 dias de idade. Quando é que eles eclodiram dos seus ovos? Prof. Artur Neri Desafio 2 Descobre as 7 diferenças Desafio 2 Descobre
  • 4. Secas do mês Atenção: Estas anedotas são extremamente secas. Mesmo muito secas! As mais secas que já alguma vez ouviste! 4 SUGESTÕES DO MÊS Uma vez conheci uma rapariga que não tinha uma perna. Tinha duas. -Menino Artur, onde está o seu TPC com a palavra «coube» escrita 50 vezes? -Está aqui, professora. -Mas aqui só estão 49 palavras… -Já não cabeu. Cinco em seis cientistas afirmam que a roleta russa é segura. Francisco Rodrigues, 9.ºB DeClara, nº 24 junho 2019 Searching for Neverland Este mês vou falar de um filme sobre a vida de um cantor conhecido como o “rei da POP”. Este filme relata vida de Michael Jackson, contada pelos seus seguranças, Bill e Javon. Quando estes começaram a trabalhar para o cantor e para a sua família, quase abandonaram as suas, pois tinham de fazer as viagens que o cantor fazia. Principalmente Bill começou a ter uma relação muito forte com Michael e com a sua família tornando-se amigo e confidente destes. Michael só queria o melhor para a sua família e queria que os seus filhos tivessem uma vida normal, longe das câmaras e da comunicação social. Michael estava afogado em dívidas e, para as pagar, era obrigado a fazer muitos espetáculos, bastante exigentes a nível físico que o deixavam exausto! Durante uma sessão fotográfica, Michael fez amizade com um estudante de cinema, no qual confiou a chefia da sua equipa de segurança. Passado algum tempo este despediu Bill e Javon, às escondidas de Michael, e eles voltaram para junto das suas famílias. Mas Michael, sentindo a falta de Bill, telefonou-lhe e pediu-lhe para ir ao seu encontro. Enquanto Bill fazia as malas viu na televisão a notícia da morte de Michael Jackson, que, no dia 25 de Junho de 2009, devido a todo o stress e pressão que lhe foram submetidos faleceu, na sua mansão, com uma paragem cardíaca. Bill não chegou a tempo de conversaremntes da su “partida”! Existem muitas teorias, maioritariamente dos grandes fãs de Michael, que este fingiu a sua morte para escapar das dívidas, da fama, da falta de privacidadade e em busca de uma vida melhor. Mas os factos apontam para a real morte da estrela conhecida como o “rei do POP”. Recomendo este filme a todos os que gostam de Michael Jackson e de histórias de vida emocionantes! Gonçalo Martins Torrão, 7º D SUGESTÕES DO MÊS - FILME Informação inútil: O animal mais velho do mundo é uma ostra gigante com, pelo menos, 523 anos de idade que foi descoberta nos Açores e está de boa saúde. Já o maior vertebrado do mundo é um Tubarão-da-Gronelândia com cerca de 400 anos.
  • 5. 5 SUGESTÕES DO MÊS LEITURA DeClara, nº 24 junho 2019 Situado em Maycomb, uma cidade fictícia no interior do Alabama, o romance conta a vida na sociedade racista do sul dos EUA nos anos 30. A história é narrada pela protagonista, Jean Louise (Scout) Finch, que é criada com o irmão pelo pai viúvo, Atticus Finch, um advogado, que lhes fala como se fossem capazes de entender as suas ideias, encorajando-os a refletirem, em vez de se deixarem arrastar pela ignorância e o preconceito. Tudo parecia normal até que Atticus foi nomeado para defender Tom Robinson, um dos habitantes negros da cidade, acusado de violar uma habitante branca. Esta obra aborda temas controversos, como o racismo, o preconceito social e o conformismo, típicos da sociedade dos anos 30. Francisco Manta Rodrigues, 9.ºB 3º Ciclo: “Mataram a Cotovia”, de Harper Lee Em 1960, Cuba vive momentos efervescentes. A revolução triunfou e todos foram afetados. O romance de Pedro Juan Gutiérrez, narra-nos a história de dois jovens que partilham a busca incessante pela liberdade e a realização de sonhos num regime autoritário e opressor. Fabián e Pedro Juan, amigos improváveis, ansiosos por novas experiências culturais, interpessoais ou sexuais, e que se deparam com a repressão da família, da religião e do regime politico. Pedro Juan é um sedutor insolente que leva uma vida caótica. Fabián, ao contrário, é um pianista recluso, frágil, medroso e homossexual. Apesar das diferenças, ambos possuem condutas que não se ajustam aos princípios ideológicos do novo governo cubano. Biblioteca Escolar Ensino Secundário: “Fabián e o Caos” de Pedro Juan Gutiérrez Nestes textos de viagem, Cadilhe ocupa-se dos seus temas habituais: aventuras e contratempos, encontros e reencontros, subdesenvolvimento e choque cultural, pasmo e beleza, solidariedade e fé num mundo melhor. Pela Patagónia abaixo, pela Indonésia acima, pelas ilhas do Pacífico e do Índico, pelos mares da Tasmânia ou das Caraíbas, pelas cidades dos Andes, da Europa e de África, o olhar maravilhado do viajante percorre a Terra com uma certeza: a Lua pode esperar. Só te falta ir à Lua?, dizem-lhe. Á Lua para quê?, responde. Tudo o que me interessa está aqui, na terra. Biblioteca Escolar “A Lua pode esperar” de Gonçalo Cadilhe
  • 6. Ó meu rico S. João Amante do amor e da folia Põe nos homens mais razão Abstinência na copofonia Melindrados correm pela cidade Outros celebram em poleiros Nem todos conhecem a direção Festejos pregoeiros Manjerico, alho-porro Muito cravo e hortelã Dá de saia moça saloia Até ao romper da manhã Nessa turbulência prazenteira Podes perder o coração Porque não o pregas em promessa Ao querido S. João? 23/6/2008 Henedina Barbosa Cascata de Sonhos Poema do mês de junho 6 SUGESTÕES DO MÊS DeClara, nº 24 junho 2019 Benefícios dos livros Biblioteca Escolar Curiosidade do mês de junho
  • 7. TRABALHOS DOS ALUNOS – 5º ANO 7 DeClara, nº 24 junho 2019 MAQ U ETES EN TRE TA KES: UMA VIAGEM HISTÓRICO-GEOGRÁFICA “O SO N H O ESTRA N H O ” Por Adriana Serman - N.º 1 Era uma vez um professor de História que desejava conhecer a América antes dos espanhóis lá terem chegado. O interesse dele era tanto que não falava de mais nada a não ser dos Maias, das antigas dos seus templos, ... A mulher dele já tinha ouvido tantas vezes falar sobre os Maias que já sabia o que ele ia dizer, não lhe prestava grande atenção e os poucos amigos que tinha riam-se nas costas dele. Certa vez, numa feira medieval, em Santa Maria da Feira, os amigos, em jeito de gozo, desafiaram-no a ir junto de uma bruxa velha, muito velha, com uma verruga no nariz a pedir que ela fizesse um feitiço e o levasse para um desses templos de que tanto falava. O professor, que não acreditava em bruxas e muito menos em magia, entrando na brincadeira foi junto da bruxa e pediu-lhe que o levasse para o templo de Kukulcán, ao que a bruxa respondeu: - O quê?! Onde fica?! O professor lá explicou e a bruxa, entre outras coisas, ficou a saber que o templo de Kukulcán fica no México. A bruxa disse-lhe para ele comprar um bilhete de avião. Ao que o professor exclamou: - Não,não! Eu gostaria de lá ir, mas antes dos espanhóis terem lá chegado. A bruxa perguntou-lhe para que ano ele queria viajar. O professor respondeu que teria de ser antes de 1492. A bruxa concordou em conceder-lhe essa possibilidade. Mas em troca ficaria com o cão. O professor aceitou, pensando que obviamente as viagens no tempo não existiam e ele nunca ia perder o seu cão, que era o único que o ouvia com entusiasmo. De repente, o professor encontrou-se no meio de uma multidão á volta do templo de Kukulcán. Observou que as pessoas têm a pele pintada e com penas subitamente o professor lembrou-se que os Maias faziam rituais que envolviam sacrifícios humanos. Desejou sair dali o mais rápido possível. Ficou com tanto medo que acordou. Percebeu que estava na sua própria cama. Ouve a porta do quarto a abrir com muita força e vê a mulher a entrar com grande velocidade e exclamou: - O nosso cão fugiu! O cão fugiu!
  • 8. 8 DeClara, nº 24 junho 2019 “FU G IR D O ATO M IU M ” Por António Gago - N.º 3 No dia 14 de junho de 2019, os chefes da polícia AR (anti roubos) chamaram-me para ir ao Atomium, em Bruxelas, pois bandidos e ladrões ficaram a ocupar o Atomium. Também me disseram que podia escolher cinco membros da AR para me ajudarem na missão pois se fosse sozinho era provável que dois segundos depois já estivesse morto. Então apresentaram-me dez pessoas e eu escolhi o Quico, o Martin, o Vicente, o Leonard e o João. De seguida preparamos as malas e apanhamos o voo para Bruxelas. Quando chegamos a Bruxelas fomos diretamente para lá. Já na cena do crime, vimos muitos guardas e aí entendi porque é que precisaria de mais cinco membros do meu lado. De repente, eu vejo uma luz seguida de muitas outras mas não era uma luz qualquer. A partir de cada uma saía uma máquina gigantesca que derrubava qualquer pessoa, era quase invencível. Pouco tempo depois, percebi que essa força vinha da bola do meio do Atomium. De seguida, disse aos meus amigos para entrarmos no Atomium para não nos tornarmos comida para as máquinas. Conseguimos entrar sem ninguém reparar e disse- lhes que teríamos de entrar na bola do meio. O João reparou que havia um elevador para a bola do meio então esgueiramo-nos até ao elevador e aí percebemos que o elevador não funcionava. Encurralados, fomos descobertos e eu, o Quico, o Martin e o Vicente levamos um tiro paralisador e caímos para o lado. Já Leonard e João levam com um tiro também mas um tiro diferente, tornou-os monstros. No dia seguinte, à noite, acordamos, eu, Quico, Martin e Vicente, na bola de cima. Olhamos pela janela e percebemos que estávamos a falhar na nossa missão pois metade da cidade estava em cinzas. Não podíamos fazer nada porque a única saída era pelo elevador e ele estava avariado. Passado pouco tempo, as luzes do Atomium desligaram-se e andamos à procura de uma lanterna. A única que encontramos, estava presa a um quadro com a seguinte inscrição: “Ceci n’est pas une lanterne”. Quando encontramos a lanterna, o elevador começou a abrir porque o Quico estava a tentar arrombar a porta. para o andar de baixo, a bola do meio. Andávamos a explorar e, a meio da exploração, um homem com chapéu de coco e com a cara tapada com uma maçã começou a perseguir-me. Ele perseguiu-me até entrar numa sala com uma exposição do Magritte. Não sei porquê, ele não teve coragem de entrar nessa outra bola. Quando entrei vi uma exposição do Magritte e decidi tirar algumas fotos em cada local para ter provas do crime. No meio encontrei três frascos suspeitos que recolhi e que se viriam a tornar importantes mais tarde. De seguida voltei para a bola do meio, de pistola na mão para se aquele homem/quadro aparecesse à minha frente. Felizmente encontrei o Quico e o Martin no núcleo das máquinas mas eles disseram-me que o Vicente foi perseguido pelo homem/quadro. Como estávamos no núcleo das máquinas, decidimos explodir com aquilo para a cidade não ficar toda em cinzas. Quando já estávamos a começar a explodir tudo, aparece o homem/quadro e três monstros, Leonard, João e Vicente. Vicente havia sido apanhado e transformado também em monstro. Naquele momento não vi qualquer saída. Íamos morrer. Olhei para os frascos que no bolso e reparei que diziam: “Ceci n’est pas un antidote”. Arrisquei tudo e atirei os frascos ao Leonard, João e Vicente. Felizmente, os frascos eram mesmo um antídoto que transformava os monstros em humanos outra vez. Mais fortes que nunca, nós os seis, derrotamos o homem/quadro e as máquinas pararam e ficaram imóveis e disfuncionais. Então saímos do Atomium e voltamos para casa. No dia a seguir, já em casa, descobrimos que nos tornamos heróis nacionais na Bélgica. FIM
  • 9. 9 DeClara, nº 24 junho 2019 “A M IN H A AVEN TU RA N A UN IVERSIDAD E D E CO IM BRA” Por António Sá Costa - N.º 4 Na primavera de 2018, eu, juntamente com os meus pais, fomos visitar a Universidade de Coimbra. A minha mãe e eu gostamos muito de visitar a universidade pela primeira vez. Já para o meu pai, voltar à sua antiga universidade foi uma emoção! Depois de ver toda a Faculdade de Direito, a Via Latina, a Sala dos Capelos, o Pátio das Escolas, os Gerais e a torre Cabra, fomos à de Ciências. Aí havia uma sala de animais com mutações encontrados na floresta e no bosque. Durante a visualização dessa sala, um dos animais ganhou vida e perseguiu toda a gente. Eu, os meus pais e mais outras pessoas escondemo-nos em salas de aula. O animal batia, batia e batia até que parou… o meu pai abriu a porta cuidadosamente, mas o bicho ainda estava lá. Começamos a fugir e o meu pai empatou-o com um livro da sala de aula. Nós corríamos muito até que o meu pai encontrou uma coisa que o podia deixar inconsciente, um cano de metal caído no chão. O meu pai arremessou-o para a sua cabeça e o animal ficou inconsciente. A partir daí, mais nenhum animal saiu da sua «jaula» e o meu pai ficou idolatrado na Universidade de Coimbra. “O ARCO D O TRIU N FO ” Por Inês Saleiro - N.º 9 Existe um monumento, Na cidade de Paris. Dele 12 avenidas saem Que o fazem parecer, O centro do relógio, Podem crer! Que monumento poderá ser? O grande “Arco do Triunfo”! Em honra de Napoleão Lembrando as grandes conquistas Que glorificaram a Nação!
  • 10. 10 DeClara, nº 24 junho 2019 “UM A AVEN TU RA N A TO RRE EIFFEL” Por Leonor Gomes Cerqueira - N.º 13 Chegou o grande dia! Dia 31 de janeiro, esse foi o dia que eu fui para Paris. Toda a gente acordou cedo, toda a gente feliz e ansiosa até que chegamos ao aeroporto. - Catarina, já estamos a levantar voo? - Está quase a levantar. Num piscar de olhos já estávamos em Paris! Nessas mini férias lá, no último dia fomos á torre Eiffel. Foi uma grande aventura, quando subíamos de elevador parecia que estávamos numa montanha russa! Até podia estar a ser divertido mas tínhamos um voo para cumprir e já era tarde ainda tínhamos de apanhar o avião, verificar as malas com risco de alguém ficar lá preso… E para complicar a situação perderam uma mala! Mas é claro que a dona da mala ia começar a chorar, pensar quem poderia ter roubado a mala e nisso tudo “claro que perdemos o avião”. Mas… a nossa sorte é que o avião atrasou! E nisso as pessoas acalmaram e lá fomos para casa! FIM “O BIG BEN ” Por Manuel Castro - N.º 16 Nas últimas férias da Páscoa fui a Londres com os meus pais. Eles acharam que era o destino certo para treinar o meu inglês. Ficamos hospedados no hotel London Hilton, em frente ao Hyde Park. Nos primeiros dias visitamos o museu Madame Tussaud’s, andamos na roda gigante “London Eye”, fomos ao palácio de Buekingham, às casas do parlamento e ao Big Ben. Gostei de todos, mas o Big Ben teve um sabor especial. No dia em que visitamos as casas do parlamento aproveitamos para visitar, a torre do Big Ben. No entanto, já era tarde e faltavam apenas 30 minutos até encerrarem as portas. A Torre estava quase vazia. Só nós para visitar um edifício tão importante aquela hora. Subimos muitas escadas até chegarmos ao topo onde estava o relógio gigante. Enquanto os meus pais falavam um com o outro, apercebi-me da entrada de uma mulher, com ar suspeito, com uma mala, numa sala que dizia na porta “Proibida a entrada a pessoas estranhas ao serviço”. Mas ela era bastante estranha! Aproximei-me para ver o que estava a acontecer. Passados 10 minutos a senhora saiu e dirigiu-se para a saída. Será que ela levava bomba na mala? Foi o que eu pensei imediatamente. Certifiquei-me que não havia ninguém nos corredores e entrei na sala. Encontrei rapidamente a mala que a Sra. levara escondida debaixo dos cacifos dos seguranças. Continua...
  • 11. 11 DeClara, nº 24 junho 2019 A mala estava pesada, mas não tinha trinque de segurança e, portanto, não hesitei em abri-la. Não queria acreditar no que acabara de ver. Uma mala cheia de joias. A mulher teria roubado aquelas joias todas e preparava-se para fugir com elas. Arrastei a mala até ao corredor e chamei um segurança. Pelo que ele me disse aquelas joias eram as joias roubadas da rainha Isabel II. Entretanto, eu e o segurança montamos um plano para apanhar a mulher. Colocamos a mala no mesmo sítio e escondemo-nos atrás dos cacifos. Aguardamos 20 minutos até que ela chegou. Empurramos os cacifos, prendemo-la e chamamos a polícia. Os meus pais ficaram muito preocupados comigo, no entanto perceberam que tinha encontrado uma das maiores ladras de joias da Europa. Como forma de agradecimento, a rainha convidou-me a mim e aos meus pais para um jantar com a família real. Deu para treinar o meu inglês! “TORRE DE PISA” Por Pedro David - N.º 21 A Torre de Pisa sempre me encantou! Desde pequeno que a ideia de endireitar a torre não me sai da cabeça. Finalmente, aos 40 anos e com a minha equipa de construção, conseguimos definir a melhor forma de resolver o problema. Foi uma tarefa difícil de executar, mas, em conjunto, conseguimos. Para começar, colocámos vigas de aço a sustentar a torre. Estas vigas foram colocadas por baixo do edifício. De seguida, escavámos uma fundação e colocámos uma base de betão, bem resistente. Posteriormente, com a ajuda de máquinas fortíssimas, começámos a endireitar a torre. Este processo teve de decorrer muito lentamente para não danificar o edifício antigo. Os trabalhos ficaram concluídos ao fim de seis meses, envolvendo muitos técnicos especializados e máquinas. Toda a equipa ficou satisfeita com o resultado alcançado: a torre “torta” passou a estar “direita”. No dia da inauguração, o Presidente de República Italiana deu os parabéns pessoalmente a todos e entregou medalhas de mérito.
  • 12. 12 DeClara, nº 24 junho 2019 “VIAGEM ÀS PIRÂMIDES DE GIZÉ” Por Sara Rothes Ganço N.º 24 Era uma vez, três exploradores portugueses que decidiram ir visitar as pirâmides de Gizé. Os três exploradores fizeram uma grande viagem até lá, começaram por visitar a grande pirâmide de Gizé, a pirâmide de Quéops. Quando chegaram perto do grande monumento, ficaram deslumbrados com a altura e a imensidão do monumento. Eles foram para o outro lado da pirâmide, porque estava muito ruído. Ao chegar ao outro lado viram uma pequena porta em que ninguém tinha reparado e entraram discretamente. Estava tudo muito escuro, por isso acenderam uma vela para alumiar o caminho. Andaram por corredores esguios até verem um grande buraco que tinham de passar para prosseguir. A aventureira mais inteligente, Maria, viu que atrás dela estava uma grande liana cor de musgo, pegou nela atou-a ao teto, seguraram-se a ela e atravessaram. Tempos depois, mais outra armadilha. Desta vez era uma bola gigante feita de pedra que os esmagaria. O mais destemido, o Rui, procurou logo uma forma de escapar, até que viu uma parte da parede mais de fora. Foi espreitar e era um local para se esconderem até a que a gigantesca bola de pedra passasse. Esconderam- se lá e, após ela ter passado, saíram. Mas tinham chegado a um beco sem saída. Procuraram, coscuvilharam mas era mesmo um beco sem saída. O mais preguiçoso de lá, Samuel, cansado, deita-se no chão e move um bloco para colocar a cabeça fazendo mexer uma parede e seguiram caminho. Quando deram por ela à sua frente tinham uma caixa pequena com umas dezassete chaves, mas não sabiam para que é que as chaves serviam, nem porque havia uma porta sem fechadura. Procuram por um sítio onde poderiam por as chaves. Verificaram que as chaves encaixavam em cada ranhura da porta. Ao colocar as chaves, a porta abriu-se e revelou uma grande fortuna! Ficaram incrivelmente impressionados. Os aventureiros ficaram os três ricos! E os artefactos foram distribuídos pelos vários museus à volta do mundo.
  • 13. 13 DeClara, nº 24 junho 2019 “PIRÂ M ID ES D O EG IPTO ” Por Vasco Lemos Silva - N.º 27 Nas últimas férias de verão, eu e a minha família fomos uma semana para o Egipto. Ficamos hospedados no hotel Aldahir, perto da cidade do Cairo. O Cairo é uma cidade muito confusa e movimentada, onde facilmente nos podemos perder. Tem cerca de 9,5 milhões de habitantes a juntar a muitos turistas que lá chegam. Tem muitos monumentos e ruas antigas para visitar, onde podemos contactar e conhecer uma cultura muito diferente, a cultura árabe. É uma cidade muto quente e também é poluída, o que nos dificulta a visita, pois não estamos habituados, mas só desta forma é que podemos descobrir as suas riquezas culturais. Nos arredores desta cidade encontra-se a mais famosa pirâmide egípcia: necrópole de Gizé. Uma das grandes atrações que esta cidade tem são as grandes pirâmides, construídas no período do antigo Egipto. Mas, os meus pais não tinham muito interesse em visitá-las, logo tive que os convencer. No terceiro dia estava, finalmente, a concretizar um dos meus sonhos. Fui visitar a tão famosa necrópole de Gizé. Enquanto observava tudo ao pormenor, reparei que existia uma abertura para o interior da pirâmide. Fiquei super curioso e resolvi distrair os meus pais e entrar com o meu irmão. Podia ser perigoso ir sozinho. Subimos um pouco no escuro. A passagem tornou-se larga. Fomos “às apalpadelas” até que tropeçamos num objeto que, depois de o agarrar, demos conta que era um osso antigo. Depois de continuar, bati com a cabeça numa coisa baixa e dura: o túmulo de um faraó. Entretanto vi que passava um pequeno feixe de luz atrás e percebemos que estava ali mais alguém: era o esqueleto atrás do seu osso. Aterrorizados de tanto medo, fugimos mais depressa que o Usain Bolt e saímos rapidamente dali “O SO N H O ” Por Matilde Santos Sousa - N.º 29 Ontem, estive a ler um livro sobre o Coliseu de Roma. Quando fui para a cama sonhei que entrava no livro e podia ser um gladiador, um espectador, uma ou um ator de Teatro. Eu experimentei-os todos mas, do que gostei mais foi de ser uma mosca, porque podia ver os gladiadores a lutar pondo a sua própria vida em risco. Também conseguia ver e ouvir os espectadores a rir, a chorar e a fazer comentários. Era ainda possível ver e ouvir as peças de Teatro mais bonitas, mais realistas e mais românticas da minha vida de mosca. Mas, o pior daquela peça de Teatro era quando na história morria alguém. Aí trocavam o ator por outra pessoa e matavam essa mesma pessoa. Quando acordei disse logo à minha mãe que queria visitar o Coliseu de Roma, para ver como tinha ficado depois de tantos anos. Agora, desafio-vos a inventarem uma história com uma das personagens que eu referi no início.
  • 14. 14 DeClara, nº 24 junho 2019 “UM A VIAG EM N O TEM PO ” Por Rafael Barbosa Mariz - N.º 35 Rafael e a sua família tinham acabado de chegar à antiga cidade de Chichén Itzá, no México. Era a sua viagem das férias de verão e estava muito entusiasmado e curioso em finalmente conhecer o Templo de Kukulcán, a maqueta que tinha feito para o trabalho de História! Durante a viagem de camioneta até ao local, o Rafael explicou à sua pequena irmã alguns detalhes do templo: - Sabias que na entrada principal há duas serpentes? E que nos equinócios a luz do sol faz aparecer uma serpente gigante a descer as escadas? É pena não ser agora. Gostava tanto de ver! - disse o Rafael com ar assustador e, ao mesmo tempo, divertido. A irmã assustou-se e agarrou-se à mãe: - Há serpentes?! Para, Rafael! Mãe, o Rafael está a dizer coisas assustadoras...- disse a irmã a chorar. - Rafael, para com isso. Quando chegarmos, não te afastes de nós. Está muita gente - disseram os pais preocupados, mal a camioneta da excursão parou para os turistas saírem. - Sim, eu tenho cuidado. Estou tão entusiasmado! Falta muito? - disse, já impaciente. O guia deu a indicação para todos seguirem juntos. Lá ao longe já se via o famoso “El Castillo”. Tinha a forma de uma pirâmide com um pequeno templo no topo. O Rafael conhecia bem as suas formas e identificou-o logo quando viu as quatro grandes escadarias. - Olha, está ali o templo! Vamos lá! já não aguento mais! Pai, dá-me o teu telemóvel para eu tirar uma foto. - Tem calma, Rafael, já vamos. - disse o pai, dando-lhe o telemóvel para mão. Nem tinha acabado a frase já ele corria ansioso até se aproximar do templo. - Onde estão as serpentes?! – exclamou o Rafael. Depois lembrou-se que estava na entrada oposta à principal e apressou-se a contornar o templo. Ali estavam elas. - Vamos tirar uma foto, cada um dos irmãos do lado de uma das serpentes- disseram os pais. O Rafael meteu o telemóvel do pai no bolso dos calções enquanto se preparava para tirar a foto. É então que repara numa gravura estranha na pedra por cima do olho da serpente que estava ao seu lado: uma cruz bem desenhada que parecia brilhar num tom avermelhado. Decidiu tocar-lhe. De repente, sente uma luminosidade intensa nos seus olhos e uma sensação de estar a cair num poço sem fim... - Ahhhh! Socorro, o que está a acontecer? - exclamou o Rafael, assustado. Quando abriu os olhos estava sentado no chão. Olhou para o lado e lá estava a serpente, mas já não via a cruz que tinha tocado e esta estava toda pintada de vermelho. Olhou para trás e o templo também estava todo coberto com uma tinta vermelha. A multidão de turistas tinha desaparecido. E reparou que o sol ainda não tinha nascido. - Onde é que está toda a gente?! Os meus pais, a minha irmã?! – disse Rafael, confuso e com medo. - O templo está intacto e pintado de vermelho. Não estou a entender! - Exclamou o Rafael, pensativo. Procurou telemóvel que tinha colocado no bolso, mas não tinha rede. Como ia pedir ajuda? - Sinceramente, no México não há rede?! - disse o Rafael, desesperado. Continua...
  • 15. 15 DeClara, nº 24 junho 2019 Estava tão concentrado em encontrar rede para o telemóvel que nem reparou que um menino, que ter a sua idade, vestido de uma forma estranha, o observava com curiosidade. O menino estava vestido com um pano branco à volta da cintura, um colar colorido com penas e a cara pintada à volta dos olhos. Tinha o cabelo preto e com um corte esquisito. Parecia um menino maia que tinha visto numa pesquisa na internet quando fez o trabalho para História. Mas como poderia ser? Seria uma peça de teatro em pleno Chichen Itzá? O menino aproximou-se e falou numa língua que o Rafael não compreendeu. Apontou para si e disse várias vezes: - Yaxkin! Yaxkin! O Rafael primeiro pensou que ele estava a espirrar mas depois percebeu que o menino estava a dizer o seu nome e fez o mesmo. Apontou para si e disse várias vezes: - Rafael! Rafael! - Bem-vindo, Rafael. Vamos, é perigoso se os outros te virem, pequeno viajante do tempo. Estava à tua espera... Viajante do tempo?! Rafael arregalou os olhos. Nem queria acreditar. Tinha viajado para o tempo dos Maias? Seria possível? - Mas, mas... Falas português? - disse Rafael, assustado. - Sim, entendo várias línguas. Não és o primeiro viajante. Só alguns o conseguem fazer e só num determinado momento no tempo. Eu e os membros da minha família mantemos este segredo. Já sabemos quando é hora de vos receber. Anda, está quase no momento da chegada de Kukulcán... - disse Yaxkin. - Do equinócio?! Mas é verão! Já passou o equinócio! - exclamou o Rafael. - Equinócio? O que é isso? - perguntou Yaxkin - Uma palavra que significa que o dia é igual à noite – explicou o Rafael. - Chiu, fala baixo Rafael! É perigoso se te descobrem. Sim, hoje o dia é igual à noite! Equinócio. Viajaste no tempo. Lembras-te? Os viajantes do tempo vêm sempre neste dia, todos os anos. - disse, Yaxkin, divertido. - Tens um nome estranho, Yaxkin. - sussurrou o Rafael - O teu é que é estranho, Rafael! Yaxkin significa “novo sol”. E o teu? - Humm... Não sei. - disse Rafael - Vai começar a cerimónia. O sol está quase a nascer. Anda precisas de te vestir e pintar-te para não seres reconhecido- disse Yaxkin, apressado. Foram até à casa do menino maia onde a sua família recebeu o Rafael. Vestiram-no com roupas típicas, deram-lhe uma máscara com plumas coloridas para cobrir a cara. Estava irreconhecível. Durante esses momentos, Yaxkin contou ao Rafael mais coisas sobre a cultura maia: a forma como viviam, o que ia acontecer. O Rafael narrou coisas do seu tempo. Mostrou-lhe o seu relógio de pulso, a bússola no telemóvel. Yaxkin e a sua família observaram espantados. - Que pena que não te posso mostrar o Google, Yaxkin - suspirou Rafael. - Porquê, Rafael? É o teu Deus? - disse o menino, preocupado. Rafael deu uma gargalhada, divertido. - Ah, ah! Para algumas pessoas, se calhar é! Continua...
  • 16. 16 DeClara, nº 24 junho 2019 Yaxkin ensinou o Rafael a ler o céu, a orientar-se pelas estrelas enquanto esperavam pelo nascer do sol. O Rafael falou-lhe da escola e do que fazia no seu dia a dia. Falou das coisas boas e más do mundo no seu tempo. Yaxkin e a sua família ouviram-no atentos. No final, deram-lhe um colar com o símbolo em que o Rafael tocou na serpente e que o fez viajar no tempo. Rafael agradeceu e disse que gostou muito de os conhecer e aprender mais sobre os Maias. Quando o sol começou a aparecer, dirigiram-se todos para o templo. Alguns traziam presentes como animais e peças de cerâmica, colocando-as no fundo das escadas. De repente apareceram uns homens cobertos de plumas e com o corpo pintado de escamas de serpente a entoar uns cânticos. O Rafael sussurrou ao ouvido de Yaxkin: - Estes homens estão vestidos como o teu Deus Serpente? Kukulcán? - Exato, Rafael. Nesta altura do ano, celebramos a sua descida à Terra. Olha para ali. Apontou para o topo da pirâmide. À medida que o sol nascia, a sombra dos degraus da pirâmide criou o efeito de uma serpente a descer devagar as escadas principais do templo até chegar à cabeça da serpente. - Não acredito que estou a ver isto ao vivo! E no tempo dos Maias! - disse o Rafael ao ouvido de Yaxkin. Foi uma aventura inesquecível, mas estava na hora de regressar. Quando todos voltaram a casa, Yaxkin levou o Rafael à beira das serpentes e despediram-se. - Adeus, viajante do tempo! Gostei muito de te conhecer - disse Yaxkin, com alguma tristeza. - Adeus Yaxkin. Obrigado por me ensinares mais sobre a tua cultura. Não te vou esquecer- disse Rafael, também com alguma tristeza por se ir embora. Já com as suas roupas normais, tocou novamente o símbolo na serpente e voltou a sentir a mesma sensação de estar a cair num poço sem fim. Quando abriu os olhos ouviu a mãe a chamar repetidamente o seu nome: - Rafael, Rafael! Então, não querias uma foto? Parece que estás a dormir! Estás com a cabeça na lua? Rafael sorriu e disse: - Não, mãe. Estava a sonhar que estava no tempo dos Maias... Teria sido real tudo o que se tinha passado? Que estranho... Foi então que colocou a mão no pescoço e reparou que tinha o colar que Yaxkin lhe tinha oferecido... Que aventura inesquecível! Professores Maria Antónia Magalhães Abel Cruz
  • 17. 17 DeClara, nº 24 junho 2019 Apresentação do Projeto “O que á a Felicidade?” Disciplina de Cidadania e Desenvolvimento Alunos do 5 º E A nossa turma decidiu tratar a “Felicidade”, que constitui um direito de todos nós, no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento. Para além de termos investigado sobre esta temática e de termos participado num concurso promovido pela Rede de Bibliotecas da Unesco, “A Felicidade tem as cores do arco-íris”, realizámos um inquérito para recolhermos informação sobre o grau de felicidade dos alunos desta Escola e o que é importante na construção dessa felicidade. É esse nosso trabalho que abaixo se descreve de forma resumida. Inquérito 1. Objetivo O objetivo do inquérito foi recolher dados para conhecer em que consiste a felicidade dos nossos colegas inquiridos. Assim, no primeiro item, os alunos deveriam selecionar, dos conceitos abaixo, os quatro que mais contribuem para a construção da felicidade: família; liberdade; amor; amigos; paz; saúde; dedicação; igualdade; educação; respeito; habitação; gratidão. No segundo item, questionámos o grau de felicidade dos inquiridos, numa escala de 1 (grau mais baixo) e 5 (grau mais elevado). No terceiro item, os nossos colegas deveriam identificar, entre três fatores, o que mais contribui para o seu grau de felicidade (condições económicas, ambiente familiar, ambiente escolar). 2. A amostra A amostra que definimos obedeceu aos seguintes critérios: inquirir alunos de todos os anos de escolaridade, entre o 4.º e o 12.º anos, selecionando 5 por turma: 1.º ciclo – 4.º ano (A, B) 2.º ciclo (5.º A e 6.º B); 3.º ciclo (7.º C, 8.º D, 9.º E), ensino secundário (10.º F, 11.º G, 12.º B). Os números de ordem dos alunos selecionados foram: 3; 6; 9; 12;15. Determinou-se, para o caso de algum aluno não estar presente, que o inquérito seria aplicado ao aluno com o número seguinte e, se persistisse a ausência, para o anterior. 3. Aplicação do inquérito A preparação da aplicação do inquérito foi feita do modo seguinte: analisámos os horários das turmas selecionadas, identificámos as turmas e os professores que estavam em aulas em horário compatível com o da nossa turma, enviámos mensagem eletrónica aos mesmos professores a solicitar a sua colaboração, ajustámos as nossas visitas às suas disponibilidades e, finalmente, dirigimo-nos, em pares, às salas de aula, tendo previamente definido a forma de nos dirigirmos a professores e alunos. 4. Tratamento dos dados Após recolha dos inquéritos, trabalhámos em grupo, para apurarmos os resultados obtidos através das repostas dos nossos colegas. Assim, no primeiro item, os resultados foram: família - 32; amor – 31; amigos – 30; saúde – 23; liberdade – 17; paz – 14; respeito – 10; educação – 7; Igualdade – 6; gratidão – 4; dedicação – 1; habitação – 0. No segundo item, não obtivemos qualquer resposta que indicasse o grau 1 de felicidade, tendo obtido 1 resposta com nível 2; seis com nível 3; 23 com nível 4; 17 com nível 5. No terceiro item, contabilizamos 41 respostas incidindo no ambiente familiar; 6 no ambiente escolar e 0 nas condições económicas.
  • 18. 18 DeClara, nº 24 junho 2019 Interpretação dos dados obtidos Os colegas inquiridos valorizam de uma forma muito significativa o ambiente familiar, dando pouco significado às condições económicas e atribuindo uma pequeníssima importância ao ambiente escolar. Estes resultados estão de acordo com a questão 1, uma vez que a família se encontra na primeira posição nas suas escolhas. Depois de conversarmos sobre esta opção, concluímos que a família assume grande relevo, porque: • É a base da socialização das crianças; • É o primeiro contexto de aprendizagem; • Transmite os valores de educação e respeito; • Influencia muito a forma de as crianças se comportarem; • É um fator de proteção dos seus membros; • Ajuda e apoia na resolução dos problemas. • Podemos nela depositar confiança. Os valores obtidos no item 1 revelam que os alunos valorizam, para além da família, o amor, os amigos e a saúde, desvalorizando conceitos como a habitação, a dedicação e a gratidão. Refletimos sobre o assunto e consideramos estar de acordo com o esperado o que se relaciona com os afetos. No que respeita à não consideração da habitação como conceito relevante, é nossa opinião que é por esta necessidade estar satisfeita, ou seja, por todos os alunos inquiridos viverem em boas condições de habitação. Consideramos que a pouca importância dada à igualdade se deve ao facto de vivermos num país em que a mesma se vai construindo todos os dias. Achamos também que, se o inquérito fosse aplicado em países onde os direitos fundamentais são negados a algumas comunidades ou grupos, as escolhas seriam bem diferentes. Conclusão Assim, concluímos que os colegas inquiridos se sentem bastante felizes. Este elevado grau de felicidade parece dever-se não só às condições de vida de cada um, mas também ao facto de vivermos num país onde não tem havido guerra, onde há liberdade de expressão, onde estão disponíveis instituições de educação e saúde e onde caminhamos para uma sociedade mais igual. Cidadania e Desenvolvimento 5ºE Participação Concurso da Unesco
  • 19. 19 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 20. 20 DeClara, nº 24 junho 2019 Professora Maria Antónia Magalhães
  • 21. 21 DeClara, nº 24 junho 2019 TRABALHOS DOS ALUNOS – 6º ANO Módulo de habitação Hexagonal Construções Modulares Construir e decorar um modulo de habitação Trabalho individual E.T. Turmas 6ºA / 6ºB / 6ºC Objetivos: compreensão do conceito de escala a fazer. Qualificar o espaço (unidade de habitação hexagonal) Professor Francisco Fradinho
  • 22. 22 DeClara, nº 24 junho 2019 ARCOS DE SÃO JOÃO O nosso Santo Popular 6º C
  • 23. 23 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 24. 24 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 25. 25 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 26. 26 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 27. 27 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 28. 28 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 29. 29 DeClara, nº 24 junho 2019 Professor Francisco Fradinho
  • 30. 30 DeClara, nº 24 junho 2019 TRABALHOS DOS ALUNOS – 8º ANO Exposição de trabalhos A LUZ - 8º E
  • 31. 31 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 32. 32 DeClara, nº 24 junho 2019 Professora Isabel Pinto
  • 33. 33 DeClara, nº 24 junho 2019 TRABALHOS DOS ALUNOS – 10º ANO Cidadania e Desenvolvimento de 10º ano No âmbito da Cidadania e Desenvolvimento de 10º ano, os alunos da turma do 10º D visionaram na disciplina de matemática o filme "Elementos Secretos" e realizaram através do filme as seguintes reflexões sobre Direitos Humanos. Professora Isabel Hortas Reflexão sobre os direitos Humanos, através do filme “Elementos Secretos” O filme “Elementos Secretos” retrata a sociedade dos Estados Unidos na década de 60. Muito resumidamente, a história do filme mostra como, no início da década de 60 em plena guerra fria entre os EUA e a União Soviética, 3 mulheres afro-americanas conseguem alcançar o sucesso, apesar de a segregação racial e sexual ser uma realidade. Numa época em que os computadores ainda eram muito básicos os cérebros brilhantes destas senhoras o seu cálculo matemático contribuem para que os EUA consigam colocar um homem em órbita da Terra. Hoje em dia é completamente reconhecido a igualdade de direitos entre raças e até há políticas de discriminação positiva para tentar acabar com algumas das injustiças que foram uma realidade durante grande parte do sec. XX XX . . Acontece que não só as desigualdades criadas estão ainda longe de serem eliminadas, como ainda existe, nos países mais desenvolvidos, um grande enviesamento, no acesso às oportunidades, entre a raça branca e as outras e entre homens e mulheres. Ainda existe bastante racismo apesar dos EUA já terem tido um presidente negro. Isto é de tal maneira verdade que o rendimento médio dos negros nos EUA é menor do que o rendimento médio dos negros em grande parte dos países africanos. Oficialmente, grande parte da discriminação feita nas empresas, lojas, instituições públicas, etc..., desapareceu na totalidade. Os exemplos mostrados no filme de discriminação são, hoje em dia, ilegais. Lojas que só permitem a entrada de brancos, ou empresas com casas de banho para brancos e casas de banho para pessoas de cor, ou bibliotecas com uma secção para brancos e outra para pessoas de cor, são coisas completamente absurdas no nosso país e no mundo desenvolvido. Existem inclusive algumas áreas em que se faz o que se chama discriminação positiva, isto é, criam-se quotas especiais (na entrada para a universidade, por exemplo) para pessoas de cor para tentar recuperar anos e anos de discriminação. Mas, embora já se tenham passado 50 anos, ainda existe uma grande segregação racial e de género. Isso vê-se, por exemplo, olhando para quantos diretores de empresas ou políticos de topo são mulheres ou de uma raça que não branca. Nos EUA esta realidade é particularmente visível uma vez que a população não branca tem vindo a aumentar, mas os principais diretores de empresas, a maioria dos congressistas ou senadores, e até de outros cargos menores são essencialmente brancos. O filme ajudou-nos a compreender, por um lado, o quanto evoluímos nos últimos 60 anos do ponto de vista de direitos humanos essenciais; mas também nos ajudou a compreender que houve um conjunto de pessoas que apenas por causa da cor da pele passaram por períodos muito complicados. Tiveram que lutar muito mais do que as pessoas de cor branca para terem acesso às mesmas oportunidades de emprego e educação. Este tipo de filmes faz-nos ficar mais atentos ao que se passa à nossa volta para garantirmos que a nossa geração não irá permitir que injustiças deste tipo voltem a acontecer. Temos que assegurar que vivemos num mundo onde todos, independentemente da raça, género, religião, orientação sexual, etc, são tratados de igual forma, com os mesmos direitos e com o mesmo acesso a oportunidades.
  • 34. O filme torna claro que o que é efetivamente importante é o valor de cada um, é o que cada um é capaz de fazer e de dar à sociedade. Por isso recomendamos a todos a verem o filme e a refletirem sobre a sociedade e a realidade em que vivemos. Trabalho realizado por: Diogo Dias Eduardo Ribeirinho Henrique Guedes Henrique Aires Miguel Ala Rodrigo Borgas RACISMO O que é o Racismo? Racismo tem como definição o preconceito e a discriminação com base em perceções sociais baseadas em diferenças biológicas entre povos. Muitas vezes toma a forma de ações socias, práticas ou crenças ou sistemas políticos. Mas qual o motivo de todo este preconceito e discriminação nos dias de hoje? Porque é que as pessoas de raça negra sofrem racismo? Porquê a intolerância religiosa em reconhecer e respeitar diferenças ou crenças religiosas? Ou uma religião diferente da nossa? Será que as nossas religiões são assim tao diferentes? Não adoramos todos um Deus? Esse Deus apenas toma diferentes nomes e feitios e diferentes formas de ser adorado também. Então porque haver tanto racismo na sociedade? Talvez pela ignorância. Hoje em dia, a religião não passa de uma mera forma de fazer marketing e também uma desculpa para matar pessoas. Que crença é esta num Deus em nome do qual se pode matar pessoas sem qualquer consciência do correto ou do válido? Este Deus que todas as pessoas falam e adoram, não deveria ser uma forma de não perder a fé? uma forma de nos sentirmos protegidos e seguros? Então porque é que existe o racismo? Porque é que as pessoas não se vêm como Rawls defendia: estaríamos numa posição original, cobertos pelo véu da ignorância, onde ninguém é julgado pelas suas características naturais, sociais ou económicas. Porque é que não podemos ser uma sociedade assim? Onde ninguém é julgado pelas suas características. Como vemos no filme Elementos Secretos, um claro exemplo do racismo, as mulheres “de cor” eram tão ou mais inteligentes que os outros, mas eram tratadas como extraterrestres, tinham casa de banho exclusivas para elas, mas distantes das outras, as suas salas de trabalho eram piores em condições. Mas a verdade é que sem estas mulheres o Homem nunca teria conseguido levar uma pessoa ao espaço e até mesmo à lua. Outro dos exemplos do racismo verificado no filme é é quando uma das três protagonistas é convidada a tirar um curso de engenharia por um dos seus companheiros de trabalho, mas esse curso requisitado era apenas aceite se fosse frequentado numa Universidade para “pessoas brancas”, o que era claramente um entrave propositado para que não pudesse evoluir. Mais uma vez vez fazemos referência a Rawls: onde é que aqui se verifica o principio de igualdade de oportunidades, onde cada um deve ter as mesmas condições de acesso às várias funções e posições socias? Mais uma vez, pensamos que a causa deste problema reside na ignorância e preconceito da etnia branca- caucasiana. O racismo e preconceito estão interligados. O racismo é um tipo de preconceito étnico, uma ideia pré-concebida e pejorativa a respeito de uma etnia ou grupo social. Ao longo do século XX, a humanidade presenciou importantes momentos que ajudaram e marcar a luta contra preconceitos que permeiam as sociedades há séculos. A luta contra o racismo e a garantia dos direitos humanos aos negros, mulheres e homossexuais foram alguns dos movimentos mais significativos durante as últimas décadas. Ainda existem inúmeras barreiras a serem ultrapassadas, mas com certeza os seres humanos humanos já deram um grande passo contra a discriminação, seja ela racial, social ou sexual. Fazemos uma resumida referência a alguns dos momentos que retratam o combate contra a intolerância intolerância e preconceito no mundo! 1. O fim do Apartheid. 2. A primeira mulher negra a estudar numa escola para brancos nos EUA. 3. Morte de Martin Luther King Jr. 4. Revolta de Stonewall. 5. Mulheres conquistam direito de votar no Brasil. 34 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 35. Terminamos com uma frase, simples, mas profunda. Reflitamos!!! “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”. Nelson Mandela Trabalho realizado por: Inês Sinclair Joana Ribeiro Marta Oliveira Rita Silva Maria João Granja Projeto cidadania – Direitos Humanos Não é mentira que há bem pouco tempo os dias eram passados em sofrimento e em silêncio por milhares espalhados pelo mundo. Eram passados em modo sobrevivência. É difícil para muitos compreender esta realidade, mas ela está lá e é recente, só corrigimos o nosso futuro se conhecermos o nosso passado. Ninguém é menos que ninguém e, desse modo, ninguém deve ser oprimido ou abusado por aquilo que é ou por aquilo que tem. Embora a opressão e as desigualdades sejam menores, ainda existem e temos de aprender com elas. A religião e a raça são um dos principais pontos de discriminação no mundo. O que antes era ignorado por muitos e era de certo modo legal e normal, hoje é ensinado nas escolas e é ilegal. Os casos históricos mais notáveis de segregação foram o antissemitismo, na Alemanha (Holocausto) e o apartheid, na África do Sul. O antissemitismo é o preconceito, hostilidade ou discriminação contra judeus baseada em ódio contra o seu histórico étnico, cultural e/ou religioso. O holocausto foi o genocídio ou assassinato em massa de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, no maior genocídio do século XX. O apartheid foi um regime de segregação racial implementado na África do Sul em 1948 e adotado até 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pela minoria branca no poder. Duas importantes figuras no combate à segregação e às desigualdades foram Martin Luther King Jr, e Nelson Mandela. Martin Luther King Jr, pastor protestante e ativista político estadunidense tornou- se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo. Nelson Mandela foi o mais poderoso símbolo da luta contra o regime segregacionista do Apartheid e modelo mundial de resistência. Até 2009, ele havia dedicado 67 anos de sua vida à causa que defendeu como advogado de direitos humanos e pela qual se tornou prisioneiro de um regime de segregação racial, até ser eleito o primeiro presidente da África do Sul livre. Hoje, a segregação é ilegal, contudo ainda existe. É necessário informar os mais jovens e formá-los de maneira a que respeitem tudo e todos e a que deem valor aquilo que têm e aquilo que os nossos antepassados conquistaram. A desigualdade entre géneros é, talvez, um dos principais focos da sociedade de hoje. É um aspeto muito importante e que deve ser levado até existir justiça para ambos os lados. Essa desigualdade é principal no lado das mulheres, no entanto não quer dizer que não exista no lado contrário. Apenas há alguns anos atrás, as mulheres tinham pouquíssimos direitos, e os que tinham eram condicionados. No trabalho, por exemplo, as mulheres trabalhavam menos que os homens e ficavam em casa com os filhos, quando trabalhavam mais ganhavam menos. Exceções existem e havia raros casos em que o marido trabalhava menos e estava mais presente por casa, mas não justifica a remuneração desigual. Não tinham direito à palavra, à expressão, ao voto. Atualmente, com a emancipação feminina as mulheres trabalham e ganham mais e têm um maior reconhecimento pelo seu trabalho. Já não é tão esperado pela sociedade que fiquem em casa a cuidar dos filhos e é-lhes permitido, de um certo modo, investir mais tempo nas suas carreiras. Têm mais liberdade de expressão, mas o direito à palavra ainda é de difícil acesso e não está ao dispor de todas nós. Com a ditadura que foi imposta na sociedade contra as mulheres e como consequência da opressão da mulher no mundo do trabalho, existiu a invisibilidade de muitas mentes brilhantes. 35 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 36. Seres humanos esforçados e trabalhadores de mentes excecionais que, por acaso, nasceram mulheres. Será que que lhes dá menos direito? Exemplos de mulheres que foram negligenciadas quanto as suas capacidades foram Katherine Johnson, Dorothy Vaughn e Mary Jackson, matemáticas negras que tiveram de lutar contra o preconceito para ascender na hierarquia da NASA. Concluímos que conhecer a história e o nosso passado é fundamental para prosseguirmos com um futuro pronto para aceitar todos. Não é a religião, a raça, o sexo ou as posses que temos que nos definem, não é nada disso que faz de nós piores ou melhores. O carácter de uma pessoa deve ser moldado e formado através das experiências e conhecimentos que se vai tendo. Mais acima questionamos se ser mulher dava menos direito ao seu reconhecimento, a resposta é não, mas na verdade, ser-se homem, negro, homossexual, transgénero ou o que quer que qualquer pessoa decida ser não dá menos direito. Estamos a viver num tempo que não há espaço para mentes retrógradas, temos de crescer e ser superiores aquilo que nos separa. Juntos somos um todo, separados somos parte de um nada. Trabalho realizado por: Carolina Santo Leonor Vilaça Margarida Folhadela Marta Portugal Rita Cardoso Rita Seabra DISCRIMINAÇÃO RACIAL Estivemos a assistir na aula de Matemática a um filme, denominado Elementos Secretos, que contava a corrida ao espaço das duas maiores potências mundiais na altura, EUA e URSS, em 1961. No entanto, o que mais suscitou interesse foi a discriminação praticada às pessoas de cor, especialmente especialmente às três mulheres afro-americanas protagonistas do filme. As mesmas, contra todas as expectativas sociais, chegaram a posições fulcrais na corrida espacial contra a Rússia. O ocorrido não nos foi indiferente e refletimos um pouco sobre o assunto. A segregação racial é a separação de raças imposta de forma legal nos Estados Unidos que consiste em instalações públicas, privadas e outros serviços que dividem os “brancos” das “pessoas de cor”, como se pôde verificar quando a personagem principal tinha de percorrer várias centenas de metros para aceder a uma casa de banho. De facto, o chefe da mesma, ao aperceber-se daquilo, dirigiu-se à casa de banho feminina e deitou abaixo a placa que indicava “só para brancos”. Este episódio foi o ponto de viragem, no filme, para o fim da discriminação (conforme a origem étnica). Há, tanto em Portugal, como no mundo, problemas sérios de racismo, provocados por práticas e discursos racistas sistemáticos e por uma racialização da desigualdade social. Assim, na nossa opinião, falando particularmente da realidade portuguesa, embora sejam poucos os relatórios e as estatísticas acerca da situação racial em Portugal, no que concerne à discriminação racial, apesar de haver registo de alguns casos de violência na história recente do nosso país, existem algumas respostas para minimizar este problema, pois discriminar uma pessoa apenas por esta ser fisicamente diferente (concretamente por diferença de raça) é uma atitude incorreta. É preciso incutir à comunidade social, e em particular, às crianças, valores que não consintam na discriminação, num acérrimo combate ao preconceito, para que possamos viver de forma homogénea, global e harmoniosamente com as minorias, nomeadamente, com a africana. Embora, deva-se salientar, que desde a década de 80 que Portugal assiste a uma vaga migratória para o seu território, também por parte de povos oriundos da América do Sul e da Europa de Leste. Em jeito de conclusão, a palavra de ordem é TOLERÂNCIA E RESPEITO PELA DIFERENÇA! Trabalho realizado por: António Duarte Bernardo Rocha Daniel Afonso Diogo Borges Eduardo Teixeira 36 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 37. 37 O QUE ACONTECEU … DeClara, nº 24 junho 2019 Visita de estudo à Fundação Serralves Joana Vasconcelos - I'M YOUR MIRROR O grupo de 10 alunos do ensino especial da Escola Básica e Secundária Clara de Resende foram em visita de estudo, dia 11 de junho de 2019, durante a manhã, à Fundação Serralves. O objetivo da visita foi contactar com a obra artística da mundialmente famosa Joana Vasconcelos e à sua exposição I’m your mirror, que se encontra em exibição no Museu de Arte Contemporânea da referida fundação. As obras mais apreciadas pelos estudantes foram: - a máscara I’ll be your mirror (2018) - os sapatos Marylin (2009), Continua...
  • 38. 38 DeClara, nº 24 junho 2019 - o anel Solitário (2018), - o Bule Pavillon de Thé (2017), - o quadro Finisterra (2018) - e as faianças Bordalo Pinheiro Invicto (2018) e Osuna (2015). Foi uma manhã bem passada com a orientação das professoras Ana, Ausenda, Isabel e Susana, que nos acompanharam, ensinaram a interpretar e a apreciar a beleza das obras de arte. João Miguel Pereira, João Pedro Pereira, Mateus Correia e Pedro Mota
  • 39. 39 DeClara, nº 24 junho 2019 Da Arte e do Corpo Humano à História No passado dia 7 de maio, as turmas 9ºF e 9ºG visitaram as Exposições “ Corpo Humano “ e “Exposição de Escher”, patentes no Edifício da Alfandega do Porto, no âmbito dos programas curriculares das disciplinas de Ciências Naturais, Matemática e Educação Visual. Se, entre outros objetivos, procurou-se mobilizar conhecimentos adquiridos nas aulas destas três disciplinas, a disciplina de História viu-se também representada pela excelente visita ao Edifício da Alfândega do Porto, dinamizada pela Curadora do Museu da Alfândega. Muito agradecemos à Dra. Sofia Cavadas, mãe de um dos nossos alunos, por ter diligenciado um acolhimento tão especial e enriquecedor. A visita excedeu a de todos os intervenientes. Aqui deixamos algumas fotos. Professoras e Dt´s do 9ºF e 9ºG Isolina Silva, Cristina Almeida, Glória Lemos e Helga Lopes
  • 40. 40 DeClara, nº 24 junho 2019 Visita de estudo ao Jardim Botânico do Porto e à Exposição “Pour ma Sophie” A visita de estudo ao Jardim Botânico do Porto e à Exposição “Pour ma Sophie”, realizada no âmbito das comemorações do centenário do nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen, da turma B do 7.º ano ocorreu a vinte de fevereiro de 2019, entre as 14 e as 17 horas, e contou com a participação de todos os alunos, acompanhados pela Diretora de Turma, Maria Jorge Urbano, e pela professora de Ciências, Sónia Magalhães. Os alunos e as professoras acompanhantes deslocaram-se a pé e a visita decorreu em ameno convívio. A visita, da iniciativa da Diretora de Turma, teve como objetivos divulgar aos alunos o património cultural da cidade; sensibilizar os alunos para a importância da biodiversidade; reconhecer a importância da escritora portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen a nível internacional; dar a conhecer aos alunos um dos espaços que serviu de inspiração à obra da autora; articular o conteúdo da visita com os conteúdos programáticos das disciplinas de Ciências, Português, Francês e Cidadania e Desenvolvimento; e proporcionar aos alunos aprendizagem fora do contexto de sala de aula. No que diz respeito à relação entre a visita e os conteúdos das disciplinas, no âmbito da disciplina de Ciências e do estudo da biodiversidade, foi fundamental a visita ao jardim e a apreciação das árvores, das flores e das plantas; no domínio da disciplina de Português, foi importante a visita à casa dos avós de Sophia, na medida em que na casa há muitos sítios que nos lembram livros que ela escreveu, nomeadamente, as fontes e os jardins relembram “A Menina do Mar”, a estátua de bronze e as flores remetem para “O Rapaz de Bronze”. Dentro da casa, foi possível ver mais de trezentos livros da biblioteca pessoal de Sophia, com dedicatórias escritas pelos escritores desses livros, em homenagem a Sophia, nas quais a cuja palavra mais utilizada é Admiração. A exposição reuniu ainda postais e rasurados da autora.
  • 41. 41 DeClara, nº 24 junho 2019 No que se refere às expectativas dos alunos relativamente à visita de estudo, estes esperavam encontrar uma grande diversidade de plantas; adquirir mais conhecimento sobre a biodiversidade; que a exposição fosse interessante e ensinasse mais sobre a vida de Sophia; que nos mostrasse mais livros interessantes da escritora; que criasse mais interesse sobre a biodiversidade e o estudo da obra de Sophia de Mello Breyner Andresen. Os locais visitados no decurso da visita foram os seguintes: • a casa principal foi construída com o objetivo de ser uma fábrica. É pintada de cor de vinho, pois o avô de Sophia tinha um negócio de vinho. No teto do átrio da casa, encontra-se o esqueleto de uma baleia jovem, pois o sonho do seu avô era tê-lo, apesar de quando este foi colocado, o avô de Sophia, João, já ter falecido; • o 1º jardim, que tem o nome de Jardim do Liquidâmbar por ter um Liquidâmbar e a segunda maior árvore do Jardim Botânico, o Carvalho. Foi neste Carvalho que Sophia se inspirou para escrever uma das personagens da história “O Rapaz de Bronze”; • o 2º jardim é um jardim pequeno e diferente e, quando as pessoas entravam, viam sempre flores diferentes. Tinha árvores de bucho com pequenas folhas perenes e, deste modo, não se nota o corte, têm um crescimento lento, são resistentes e, por isso, não é necessário estar sempre a cortá-las; • o 3º jardim fica em frente dos antigos salões de festa da casa, donde se via o jardim com o “design” do tapete preferido da avó de Sophia. Antigamente, era constituído apenas por roseirais e árvores de bucho, mas, atualmente, contém plantas aromáticas, como a erva caril ou falso caril, que dura o ano inteiro e dá flor na primavera, e a alfazema azul. Durante a primavera, as roseiras dão flor;
  • 42. • o 4º jardim é um jardim constituído por uma fonte com uma estátua de bronze, na qual Sophia se inspirou para escrever a personagem Rapaz de Bronze da história com o mesmo título. Apesar de a estátua ser uma rapariga, Sophia achou que ficaria melhor representar um rapaz; • o 5º jardim denomina-se por “Jardim do Peixe”, porque tinha o desenho de um peixe, pois o sonho do avô de Sophia era ter um esqueleto de uma baleia em sua casa. Antigamente, era uma zona de cultivo onde se cultivavam espargos, alface e feijão; agora, é uma zona de pequenos espetáculos ao ar livre e tem pequenas plantações de citrinos; • o 6º jardim, antigamente, era um campo de ténis e, agora, é um jardim pavimentado com xisto, com imitações de socalcos e ramadas, fazendo lembrar as paisagens do Alto Douro Vinhateiro. Tem lagos circulares para plantas aquáticas como o papiro e, deste modo, lembra os lagares. Foi neste jardim, a Clareira dos Plátanos, onde Sophia se inspirou para escrever a festa descrita no “Rapaz de Bronze”; • o 7º jardim era onde se situava a casa dos caseiros e tinha estufas para o cultivo de plantas exóticas. Atualmente, uma das estufas está sem o teto de vidro, devido ao Abacateiro estar demasiado grande e não o cortaram, porque era muito importante para a família. Outras estufas são a de plantas desérticas e a de plantas tropicais. 42 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 43. Os aspetos da visita considerados mais relevantes foram os seguintes: a infância de Sophia foi passada em casa dos avós, local onde ela escreveu os seus livros; vivia na rua da casa dos seus avós, o Jardim Botânico; João (o fundador) queria o jardim dividido em vários jardins, então colocou camélias entre os jardins; nas ilhas, as camélias eram usadas para fazer chá; nos jardins, João e Joana mudavam as flores destes, para terem sempre interesse e para mostrarem que eram ricos ao terem sempre flores diferentes; o roseiral tinha a forma do tapete que Sophia adorava; o avô de Sophia era comerciante de vinho do Porto, por isso, a casa era cor de vinho; antigamente, da varanda da casa era possível ver o rio e o mar e, deste modo, conseguia controlar as embarcações de vinho para o estrangeiro; a estátua em que foi baseada “O Rapaz de Bronze”, era uma rapariga e não um rapaz, no entanto, a escritora, para dar mais ênfase à história, preferiu retratar um rapaz em vez de uma rapariga; a família fez um jardim em forma de peixe, pois esta tinha muita ligação ao mar devido ao comércio marítimo. Esta é a história do tão misterioso Jardim Botânico. Quanto ao grau de satisfação das expectativas pessoais, podemos afirmar que a guia, Daniela Santos, explicou detalhadamente a história do terreno de quatro hectares e as muitas histórias associadas à casa e aos jardins. Explicou ainda adequadamente que os jardins tinham glicínias, buchos, laranjeiras, o que era de esperar no Jardim Botânico e que optaram por escolher plantas perenes, para que a beleza do local pudesse durar as quatro estações. A turma saiu do Museu com mais conhecimento sobre Sophia, as suas histórias, a da casa e dos jardins. A exposição “Pour ma Sophie” revelou-se interessante, pois a turma conheceu mais sobre o passado de Sophia e os autores que a admiravam. Posto isto, o grau de satisfação é bastante bom. Quanto ao ambiente em que decorreu a visita, este não poderia ter sido melhor: à hora combinada, os alunos reuniram-se no átrio da escola. Quando chegámos ao Jardim Botânico, a guia 43 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 44. Daniela Santos, acolheu-nos bem, foi muito simpática, compreensiva e dominava muito bem os assuntos a transmitir. Teve muita paciência connosco, apesar do falatório que se ouvia. O convívio entre professores e alunos foi bom, embora com algumas chamadas de atenção. De uma maneira geral, podemos dizer que a visita de estudo correu bem. Os aspetos que foram mais conseguidos na visita de estudo foram os seguintes: o trajeto foi efetuado com muita organização e os alunos foram muito responsáveis; foi explicada a importância da biodiversidade das plantas; foi explicada a importância da casa dos avós de Sophia de Mello Breyner Andresen como património cultural da cidade; a guia foi clara e simpática na explicação dada aos alunos; foi dada a conhecer a importância da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen tanto a nível nacional como internacional. Para além disso, foram previamente distribuídos folhetos preparatórios ou motivadores: um deles sobre o “Centro de Ciência Viva”, que explicava a Galeria da Biodiversidade como um espaço original, onde a arte se cruza com a ciência e a literatura através da exposição de uma seleção de objetos reais, e explicava o Jardim Botânico do Porto, como um espaço de referência ecológico e estético de quatro hectares; e outro folheto sobre a exposição temporária “Pour ma Sophie”. Esta exposição de fotografias e instalação de Oxana Ianin esteve patente ao público de 25 de janeiro a 22 de fevereiro de 2019. O aspeto menos conseguido da visita foi a guia ter explicado com demasiado pormenor alguns aspetos, o que causou dispersão da atenção entre alguns discentes. Os alunos da turma consideraram que iniciativas semelhantes deverão ser promovidas no próximo ano letivo por serem sensibilizadoras para a Arte e para a Cultura, motivadoras para o estudo e desenvolverem a interação e o relacionamento interpessoal entre alunos e alunos e professores. 29 de maio de 2019 A Turma 7.º B Professora Maria Jorge Urbano Redação dos textos realizada pelos alunos da turma Reportagem fotográfica a cargo do aluno Rodrigo Campos 44 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 45. 45 DeClara, nº 24 junho 2019 A cidadania é, e será sempre, uma aprendizagem indispensável, aos que ambicionam estar integrados na vida social e cívica, do seu País. Este projeto “Parlamento dos Jovens”criado em 1995, por uma Deputada do Porto e da freguesia de Ramalde, faz hoje, parte integrante, de um projeto da Assembleia da República, que abriu aos jovens portugueses, do Continente, Regiões Autónomas e dos Círculos Eleitorais da Europa e Fora da Europa, um espaço de intervenção política, que lhes permite debater e produzir documentos, que em tudo, se podem equiparar, ao que os Deputados produzem, nas reuniões de Comissão. Movimenta, anualmente mais de seiscentas Escolas, num universo de vários milhares de alunos, com debates internos, em que o contraditório é uma aprendizagem, que os faz crescer, enquanto Jovens, numa perspetiva de futuro, numa sociedade que procura a diminuição das desigualdades e das assimetrias sociais. Portugal, enquanto País da UE, tem que manter uma crescente ambição, mas essa exige que a preparação dos jovens seja uma prioridade, não apenas curricular, mas também cívica e em paralelo. O Parlamento dos Jovens, em cooperação com a Escola, tem esse objetivo e foi esse o espírito que esteve subjacente, na sua criação. Quase vinte e cinco anos depois, atinge-os em 2020, os objetivos iniciais foram completamente atingidos. Todos os jovens que tiveram a oportunidade de participar são unânimes em afirmar que a sua participação, os incentivou para o debate, e lhes mostrou que, a sua formação, ficaria incompleta e sem sentido, sem esta complemento, que lhes aponta caminhos e os prepara para futuras decisões. O Deputado Porfírio Silva, com o seu livro “O Ideário Constitucional no Parlamento dos Jovens,” trouxe ao debate político a importância destes projetos, como indispensáveis na formação dos que, no futuro, vão ser chamados às grandes decisões. A Escola Clara de Resende, tem aberto esse espaço de debate aos seus alunos, o que nos orgulha, pois sem uma participação empenhada da Comunidade Educativa, este projeto não se teria consolidado. Julieta Sampaio (Criadora do Parlamento Jovem 71995)
  • 46. 46 DeClara, nº 24 junho 2019 Desporto Escolar Realizou-se no dia 25 de maio a Final da CLDE Porto da modalidade de Badminton nos escalões de Infantis A e B, onde a Marta Silva, aluno do 6º. G representou a nossa escola. A competição disputou-se na Escola Secundária Garcia de Orta, no Porto. Professora Manuela Almeida
  • 47. 47 DeClara, nº 24 junho 2019 Decorreu no passado dia 30 de maio pelas 12:30, na Sala de Música e Expressão Dramática, o concerto final da turma F do 5ºano, integrado na disciplina de Educação Musical e foram apresentadas algumas atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo. Os alunos apresentaram três actividades, a primeira, “Pizzicato”, uma interpretação e execução instrumental baseada na peça musical “Ballet Sylvia” do compositor Léo Delibes, seguidamente “O Anzol”, um arranjo musical baseado na canção com o mesmo nome da banda portuguesa Rádio Macau e por último, “Jornal em Movimento”, uma performance experimental onde foi explorado o som de uma fonte não convencional, baseada na peça “The Comedians” do compositor Dmitry Kabalevsky. Os alunos demonstraram muito empenho e responsabilidade, executando todo o concerto com dedicação e mestria. Estiveram presentes os encarregados de educação e membros do corpo docente da escola. Este concerto realizou-se no âmbito do Mestrado da Professora Estagiária Sofia Cardoso, numa parceria entre a Escola Básica e Secundária Clara de Resende e a Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto. Contou com a supervisão da Dra. Maria do Carmo Figueiredo que coordenou e orientou o estágio pedagógico da professora estagiária, que antes do início do concerto, fez questão de agradecer a comparência dos encarregados de educação e à Dra. Maria do Carmo Figueiredo pela presença em todas as aulas de estágio, pela sua sabedoria e orientação.
  • 48. 48 DeClara, nº 24 junho 2019 Concerto final – 5ºB No passado dia 30 de maio, a turma do 5ºB realizou o concerto final de ano integrado na disciplina de Educação Musical. A apresentação contou com a presença de alguns familiares dos alunos que no fim vieram parabenizar toda a turma pelo excelente trabalho que apresentaram. Neste concerto, foram interpretadas obras apenas de compositores portugueses como: “Canção dos abraços” de Sérgio Godinho, “Só gosto de ti” de Heróis do Mar e o rap “Paz” de Inês Lima, professora da turma.
  • 49. 49 DeClara, nº 24 junho 2019 Participantes na final do concurso GOT TALENT Parabéns a todos os participantes
  • 50. 50 DeClara, nº 24 junho 2019 Visita ao Ipatimup – tipagem sanguínea Durante o 2º e 3º período várias turmas do 9º ano, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais, visitaram o Laboratório Aberto do Ipatimup e realizaram uma atividade Laboratorial intitulada “ ABC das Hemácias”. “O sangue é um dos tecidos mais importantes do nosso organismo. É através dele que todo o organismo obtém os nutrientes necessários para o normal funcionamento, que ocorrem as trocas gasosas entre as células e o exterior, e que as defesas atuam e protegem o organismo.” (in site Laboratório Aberto). Nesta atividade laboratorial os alunos revisitaram vários conceitos abordados durante as aulas de Ciências Naturais, tais como: Constituição sanguínea; noção de Antigénio e Anticorpo; Grupos sanguíneos; Sistema ABO e Rh; Incompatibilidade Sanguínea; tiveram a oportunidade de observar os constituintes do sangue ao microscópio; determinar o grupo sanguíneo de amostras; e prever quais as incompatibilidades existentes entre os diferentes grupos sanguíneos. A atividade revestiu-se de grande interesse pedagógico e científico tendo sido do agrado de alunos e professores. Grupo 520 Biologia e Geologia
  • 51. 51 DeClara, nº 24 junho 2019 Final dos Concursos Ortografia e Gramática e Speling and Grammar Contest 5º, 6º e 7ºanos Dias 12 e 14 de Junho na Biblioteca da Escola Decorreu nos dias 12 e 14 de junho, na Biblioteca da Escola, a final dos concursos de Ortografia e Spelling Contest, no âmbito das atividades do PNL, dinamizado pelo Departamento de Línguas para os 5º, 6º e 7º ano de Escolaridade. Todos os alunos receberam uns docinhos e os respetivos certificados de participação. Os vencedores da final foram: • Spelling and Grammar Contest - Carolina Laia 5ºE • Spelling and Grammar Contest - Franciaco Amorim 6ºB • Ortografia e Gramática 5º - Filipe Castro Neves – 5ºD • Ortografia e Gramática 6º - Leonor Gomes, 6ºF • Ortografia e Gramática 7º - Sofia Outor, 7ºB Parabéns aos vencedores e a todos os participantes! As professoras responsáveis: Ana Paula Velasquez (Coordenadora do PNL) Ângela Viegas Fernanda Moura Luísa Santos
  • 52. 52 DeClara, nº 24 junho 2019 Equipas participantes no concurso Jovens empreendedores da Fundação da Juventude Professora Isabel Pinto
  • 53. 53 DeClara, nº 24 junho 2019 Coordenadora de projetos Professora Isabel Pinto Equipa vencedora Lock It A equipa Lock It , da nossa escoa constituída pelas alunas Ana Rita Esteves, Maria do Rosário Mariz Maria Leonor Brito e Faro, Maria Leonor Russo e Maria Pimenta ganharam o primeiro lugar para o ensino secundário na área de intervenção Empreendedorismo Social no valor de 750 euros Parabéns e votos de sucesso para o vosso negócio .
  • 54. 54 DeClara, nº 24 junho 2019 “Não lixes” pela tua sobrevivência e pelo bem do nosso Planeta No passado dia 11 de junho foi organizada uma palestra pela Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Clara de Resende (APECR), subordinada ao tema do ambiente e oferecida pelo Joca, membro do movimento cívico ambientalista "Não Lixes". A palestra decorreu no auditório da escola e contou com a presença de muitos alunos de diversas turmas, que mostraram grande entusiasmo pelo tema. Entre outras questões, foi abordada a importância urgente de mudarmos de hábitos de consumo por forma a garantirmos a sobrevivência do nosso planeta – a Terra. Das várias "dicas" que o Joca sugeriu à plateia, destacamos: – Evitar comprar alimentos envolvidos em plástico, substituindo-os por sacos de papel ou sacos de pano; – Apanhar diariamente o lixo que encontramos nos sítios por onde passamos de forma a evitarmos que vá parar ao mar; – Usar guardanapos de pano em vez de papel; – Evitar comprar água embalada, comprar uma garrafa de alumínio, encher com água da rede pública (de preferência filtrada) permitindo reutilizar a garrafa vezes sem conta; – Substituir tudo o que for possível por objetos reutilizáveis ou reciclados, como por exemplo, privilegiar escovas de dentes feitas em bambu em vez de plástico; – Etc. Importa pois termos presente o quanto é urgente a a mudança de hábitos para salvarmos a nossa espécie da extinção precoce, isso passa por praticarmos o máximo de respeito pelo planeta que é a casa grande onde todos habitamos. Não esperes que os outros resolvam por ti, aproveita as dicas do Joca e começa já a fazer a diferença, antes que seja tarde demais. Associação de Pais
  • 55. 55 DeClara, nº 24 junho 2019 Notícias da Associação de Pais A Dominó's Pizza em colaboração com a Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Clara de Resende (APECR) ofereceu 50 pizzas, num total de 600 fatias aos alunos da escola para comemorar o ultimo dia de aulas. Muito obrigada à Dominó's Pizza!! Eduarda Miranda
  • 56. 56 DeClara, nº 24 junho 2019 A nossa homenagem a Agustina Bessa-Luís A escritora que não tinha medo de nada… A escrita, o medo, o amor, a mulher: 20 frases para lembrar Agustina Bessa-Luís “Penso que tenho a escrita como um dom que tenho o dever de valorizar e cultivar da melhor maneira que consigo. Procuro explorar esse dom, de uma forma constante e renovada sempre com o mesmo empenhamento.” Entrevista à Ensino Magazine Online (setembro de 2001) "Quando aprendi a ler, no mundo fez-se luz e passei a compreender tudo." O Livro de Agustina" (2007) “Desde criança que me apercebi que o medo era o grande mistério. Era o caminho para o poder. Refiro-me à noção de poder que é dada numa família em que o rapaz está votado a um triunfo de qualquer maneira, às vezes exigente demais para as forças que tem, e a menina vive mais na sombra.” Entrevista ao Diário de Notícias (2003) “Querem atribuir à escrita aquilo que não atribuem à própria vida. Os meus livros são mais reais que essa realidade engarrafada que nos é transmitida.” Documentário para a RTP (2005) “Escrever é isto: comover para desconvocar a angústia e aligeirar o medo, que é sempre experimentado nos povos como uma infusão de laboratório, cada vez mais sofisticada. Eu penso que o escritor com maior sucesso (não de livraria, mas de indignação social profunda) é aquele que protege os homens do medo: por audácia, delírio, fantasia, piedade ou desfiguração.” Continua…
  • 57. 57 DeClara, nº 24 junho 2019 “O meu ídolo era a gramática portuguesa, à qual faço constantes heresias.” "O Livro de Agustina" (2007) “O amor está relacionado com a memória. Ama-se só o que nos recorda alguma coisa ou alguém. A memória é um estado de afeição. Em amor, a improvisação não existe.” "Crónica da Manhã" (outubro de 1978) “Eu tenho só uma [vocação], que é escrever. Usar a palavra, dar-lhe vida, confiar nela para que nela vejam verdades poderosas, como a de sermos destinados a coisas maravilhosas. Falar no maravilhoso, hoje em dia, é um risco muito grande. Que digo eu? Um risco, não; uma espécie de loucura. Sejamos loucos quando os sensatos falham, e vamos pensando como encarar o maravilhoso.” "Dicionário Imperfeito" (2008) “A realidade é outra coisa e acho que o artista que rende homenagem à realidade do mundo e da vida é realmente o grande artista” Entrevista ao Jornal de Letras (junho de 2004) “O que mais me atrai na Literatura, julgo, é aquilo que pode oferecer, em termos de conhecimento das outras pessoas , do mundo e de nós próprios.” Entrevista à Ensino Magazine Online (setembro de 2001) “Nasce-se inocente mas com conhecimento daquilo que se é - aquilo que depois se procura através da arte, através de tantas manifestações humanas: de onde viemos, o que somos, para onde vamos. A criança sabe e depois vai perdendo essas faculdades. Mas nascer adulto e morrer criança, que é o que eu quero, isso é que é difícil.” Entrevista ao Diário de Notícias (2002) “Nunca tive a ambição de ser conhecida. Se a literatura tem qualidade, sobrevive. Jamais procurei relações ou amizades para me promover.” Entrevista ao El País (20 de outubro de 2000)
  • 58. 58 DeClara, nº 24 junho 2019 “A mulher não tem o sentimento de desespero que o homem tem. Porque a mulher completa-se em si mesma, na sua própria criação, como ser que se reproduz e dá vida a outro ser. Portanto, ela não se exprime pela desesperação. O homem sim.” Entrevista ao Jornal de Letras (junho de 2004) “Há muitas pessoas que são respeitáveis, mas que não são capazes dessa franqueza. O dizer as coisas, às vezes até de uma maneira seca e brutal…” Entrevista à Revista Selecções do Reader’s Digest (janeiro de 2006) “Sou perigosa porque conheço profundamente a natureza humana.” Entrevista ao Público (junho de 2004) “Cada um é um profeta na sua casa e ninguém acha isso estranho porque, mais ou menos, todos são profetas.” "O Livro de Agustina" (2007) “A busca do êxito fácil provoca grandes fiascos.” Entrevista ao El País (20 de outubro de 2000) “Segundo o meu ponto de vista, o homem necessita da crueldade porque necessita da culpa. Necessita de culpar-se para ser um criador. Porque é que o homem é violento e gosta da guerra? Eu tenho resposta para isso mas como não é uma resposta que tenha consolação, prefiro guardá-la para mim. ” Documentário na RTP (2005) “A melhor prova duma real amizade está em evitar os compromissos entre aqueles que se estimam. Ainda que devendo muito aos que muito me louvam, eu não quero ser-lhes obrigada pela gratidão. Mas sim grata porque estou com eles, devido a circunstâncias que a todos nós agradam e são um laço mais entre nós, sem constituírem um dever.” "Dicionário Imperfeito" (2008) “Os homens que não têm o coração tão preenchido morrem dele, sem queixas e sem sofrimento. Mas não se pode dizer que viveram.” "O Livro de Agustina" (2007) In O Observador Biblioteca Escolar
  • 59. 59 DeClara, nº 24 junho 2019 DESAFIOS DE LEITURA E ESCRITA JUNHO 2019O QUE ESTÁ A ACONTECER...
  • 60. 60 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 61. 61 DeClara, nº 24 junho 2019 APECR ESCREVEU... Eleitos representantes dos PEE para o Conselho Geral do Agrupamento No passado dia 4 de junho reuniu, no auditório da Escola Básica e Secundária Clara de Resende, a Assembleia Geral de Pais e Encarregados de Educação de todas as escolas do mesmo agrupamento, tendo como única ordem de trabalhos a eleição dos representantes dos Pais e Encarregados de Educação para o Conselho Geral do Agrupamento. Esta eleição contou com a presença de dois representantes da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) e dois representantes da Federação Concelhia das Associações de Pais do Porto (FECAP), que esclareceram as dúvidas colocadas por diversos Encarregados de Educação quanto ao seu propósito, explicando que apenas poderia existir uma lista para votação, a que fosse apresentada pelas Associações de Pais eleitas este ano letivo e atualmente em funções. Assim, nenhuma outra lista foi aceite para votação. Passados a votos, e mais uma vez contando com um auditório cheio, foi eleita por voto secreto a “Lista A”, com 51 votos a favor, 39 votos contra e 5 votos nulos/em branco, proposta pelas Associações de Pais do Agrupamento de Escolas Clara de Resende, constituídas pela Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1 João de Deus (APJD) e Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica e Secundária Clara de Resende (APECR). Segue assim a lista eleita dos representantes dos Pais e Encarregados de Educação para o Conselho Geral do Agrupamento: Eduarda Miranda, Elsa Marques, Manuel Moura, Paula Amaral (efetivos); Alda Gonçalves, Sónia Silva, Rita Ramalho, Mónica Campos (suplentes).
  • 62. 62 DeClara, nº 24 junho 2019 Clube de Robótica “CR2” No início deste ano, a associação de pais (APECR), juntamente com outros pais interessados, começou a averiguar a possibilidade de se criar na escola um “clube de robótica”. As dificuldades foram várias e, por isso, houve que fazer a listagem dos obstáculos e descobrir forma de serem ultrapassados. Assim, com a colaboração da direção da escola, conseguiu arranjar-se uma sala em que já foram dadas as 4 aulas do primeiro turno de oito alunos do 2º ciclo. Com a colaboração, apoiando financeiramente, da Junta de Freguesia de Ramalde, conseguiu-se a aquisição dum número suficiente de “robots” em kit. Finalmente, com a colaboração dum pai, Paulo Borba (o verdadeiro mentor deste processo), com conhecimentos relevantes nesta área de conhecimento, e oferecendo os seus serviços “pro bono”, conseguiu-se um ensino de qualidade. Se o atrás descrito foi vital, não foi contudo, a nosso ver, o mais importante; a vontade e o interesse dos alunos! Foi extremamente gratificante verificar que a assiduidade foi de 100% e o atraso às aulas foi de 0%. Mais, no final de cada sessão saiam com pena de ter acabado e ansiosos pela próxima aula. No final do curso, todos sugeriam formas de continuar a sua aprendizagem nestes domínios. Esta foi a essência daquilo que, a nosso ver, se traduziu num enorme sucesso; iniciar, estes alunos, numa área de conhecimento que se revelará fundamental a curto prazo, extraindo prazer dessa aprendizagem e, como acreditamos, aprender fazendo! Como os nomes “CR7”(o nosso Cristiano) e “R2D2” (quem viu a Guerra das Estrelas?) estavam já ocupados, e como “Clara de Resende” e “Clube de Robótica” começam pelas mesmas iniciais, a designação escolhida foi: “CR2”! Manuel Moura Sabias que nos próximos anos, em Portugal, serão eliminados mais de 1.000.000 de postos de trabalho devido à robótica? P.S. Se quiseres saber mais informações sobre o CR2, envia um email para: clubederoboticacr2@gmail.com
  • 63. 63 DeClara, nº 24 junho 2019
  • 64. 64 É BOM SABER ... DeClara, nº 24 junho 2019 Cinco Curiosidades sobre Fernando Pessoa Ilustrações: João Fazenda Há 131 anos (13 de junho de 1888) nascia Fernando Pessoa, o poeta que foi muitos (‘A minha arte é ser eu. Eu sou muitos’). Conhecemos alguns pormenores sobre a sua vida na África do Sul, dos heterónimos mais populares – sempre de mãos dadas com o seu ortónimo e criador -, e já todos ouvimos falar da sua paixão pela astrologia, que resultou na criação de mapas astrais para as suas diferentes personalidades (ou, inclusive, para clientes). Mas sabia que um dos seus heterónimos, Maria José, era uma jovem corcunda de 19 anos? E tem conhecimento que há um vinho batizado em honra desta incontornável figura maior da literatura? E alguma vez ouviu dizer que Pessoa tentava comunicar com os espíritos, através da sua escrita? Aqui ficam algumas das curiosidades sobre o desassossegado poeta que tinha em si todos os sonhos do mundo. 1. O PRIMEIRO POEMA? Numa carta de 1935, a Adolfo Casais Monteiro, Fernando Pessoa afirma que tinha seis anos quando começou a interagir com o cavaleiro francês Chevalier de Pas, com quem trocava cartas e “cuja figura, não inteiramente vaga, ainda conquista aquela parte da minha afeição que confina com a saudade”.
  • 65. 65 DeClara, nº 24 junho 2019 É na escrita que encontra consolo para o seu isolamento, principalmente após a morte do pai e, um ano mais tarde, do irmão. Sensivelmente nesta altura, escreve aquele que aparenta ser o seu primeiro poema, dedicado à sua mãe: “Ó terras de Portugal / Ó terras onde eu nasci / Por muito que goste delas / Inda gosto mais de ti.” 2. MARIA JOSÉ, A JOVEM CORCUNDA Entre os vários heterónimos de Pessoa, há um heterónimo feminino, utilizado uma única vez: Maria José. Uma jovem com 19 anos, com pouco tempo de vida, em consequência da tuberculose. Além de corcunda, sofria também de um problema nas pernas, que lhe limitava a mobilidade. Era uma mulher presa no seu corpo, daquelas figuras que vêem passar o mundo pela janela, sem nunca o experimentar. É por essa janela que se apaixona pelo serralheiro, o Sr. António, que por ela passa todos os dias. Sem coragem para lhe falar, confessa o seu amor em forma de carta, que começa em tom de despedida: “O senhor nunca há-de ver esta carta, nem eu a hei-de ver segunda vez porque estou tuberculosa, mas eu quero escrever-lhe ainda que o senhor o não saiba, porque se não escrevo abafo”. Foto: O meu Pessoa 3. O FLAGRANTE DELITRO Era comum Fernando Pessoa, quando se encontrava a trabalhar, levantar-se, pegar no chapéu, ajeitar os óculos e dizer que ia até ao Abel. Este hábito do poeta intrigou um colega de trabalho, Luiz Pedro Moitinho de Almeida, que se apercebeu, algum tempo depois, que as idas ao Abel eram, nada mais nada menos, que uma visita ao depósito mais próximo, da casa Abel Pereira da Fonseca, fundador da Companhia Agrícola do Sanguinhal, para tomar um copo de vinho. Em homenagem ao poeta e ao fundador desta empresa, foi recriada a marca de vinhos Casabel. Nos rótulos, foi reproduzida a dedicatória que Pessoa fez a Carlos Queirós (1907-1949): “Carlos: Isto sou eu no Abel, já próximo do paraíso terrestre, aliás perdido”. Ofélia, eterna namorada do autor de Livro do Desassossego, e tia de Carlos Queirós, quis uma fotografia igual à recebida pelo sobrinho e, quando Pessoa lhe fez a vontade, ofereceu-a com uma dedicatória: “Fernando Pessoa em flagrante delitro”. 4. EM CONVERSA COM OS ESPÍRITOS Teresa Rita Lopes é uma das mais reconhecidas investigadoras pessoanas em Portugal. Estuda a obra de Fernando Pessoa há mais de meio século e, em 2016, deu uma entrevista ao jornal Sol sobre a sua relação com o poeta.
  • 66. 66 DeClara, nº 24 junho 2019 Nela, revela que Pessoa fazia escrita mediúnica, com o intuito de perceber se os espíritos se manifestavam através dele. “Ele estava sempre no limiar entre acreditar e brincar com isso“. Deu dois exemplos – um poema com a assinatura de um espírito, que lhe disse “No good” e um outro onde, no fim, escreve “Vardur [um dos espíritos) + Pessoa”, que obtém uma resposta de Vardur: “This poem is yours, my boy”. 5. AS DUAS TENTATIVAS DE 'POESIA DA MESQUINHEZ' “Conto de fadas de quem não tem imaginação”, “poesia da mesquinhez”. Foi assim que Fernando Pessoa descreveu o romance, género literário de que nunca gostou particularmente. Apesar disso, existem dois romances que — como muitos outros textos — ficaram por acabar. Reacção e Marcos Alves foram escritos por volta de 1909, estando agora acessíveis ao público no livro A Porta e Outras Ficções, editado pela Assírio & Alvim. Os dois romances, que se juntam a sete contos inéditos na ficção pessoana, são os únicos do género encontrados no seu espólio. Fernando Pessoa achava “difícil, senão impossível, manter, num longo texto, a perfeição desejada”. Arte: Teresa Almeida A Obra de Pessoa
  • 67. 67 DeClara, nº 24 junho 2019 Junho é o mês dos Santos Populares com festas e arraiais por todo o país nas noites de Santo António, de São João e de São Pedro. De 12 para 13 de junho, celebra-se o dia de Santo António. De 23 para 24 de junho, o S. João. Estas festas são duma grande animação, em que o povo vem para a rua comer, beber e divertir-se pelas ruas dos bairros populares, engalanadas com arcos, balões coloridos e cheiros de manjerico. A 29 de junho comemora-se ainda o São Pedro, também com festas populares em várias localidades do país, como Sintra ou Évora, ambas na lista do Património Mundial. Informação de:http://biblioparchal.blogspot.com/
  • 68. 68 DeClara, nº 24 junho 2019 TAO – A Sabedoria do Silêncio Interno Pense no que vai dizer antes de abrir a boca. Seja breve e preciso, já que cada vez que deixa sair uma palavra, deixa sair uma parte do seu Chi (energia). Assim, aprenderá a desenvolver a arte de falar sem perder energia. Nunca faça promessas que não possa cumprir. Não se queixe, nem utilize palavras que projetem imagens negativas, porque se reproduzirá ao seu redor tudo o que tenha fabricado com as suas palavras carregadas de Chi. Se não tem nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor não dizer nada. Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia. O Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, porque aceita, sem condições, os nossos pensamentos, emoções, palavras e ações, e envia-nos o reflexo da nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam nas nossas vidas. Se se identifica com o êxito, terá êxito. Se se identifica com o fracasso, terá fracasso. Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo da nossa conversa interna. Aprenda a ser como o universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem preconceitos. Porque, sendo como um espelho, com o poder mental tranquilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com as suas opiniões pessoais, e evitando reações emocionais excessivas, tem oportunidade de uma comunicação sincera e fluída. Não se dê demasiada importância, e seja humilde, pois quanto mais se mostra superior, inteligente e prepotente, mais se torna prisioneiro da sua própria imagem e vive num mundo de tensão e ilusões. Seja discreto, preserve a sua vida íntima. Desta forma libertar-se-á da opinião dos outros e terá uma vida tranquila e benevolente invisível, misteriosa, indefinível, insondável como o TAO. Não entre em competição com os demais, a terra que nos nutre dá-nos o necessário. Ajude o próximo a perceber as suas próprias virtudes e qualidades, a brilhar. O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos. Tenha confiança em si mesmo. Preserve a sua paz interior, evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros. Não se comprometa facilmente, agindo de maneira precipitada, sem ter consciência profunda da situação. Tenha um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta e só então tome uma decisão. Assim desenvolverá a confiança em si mesmo e a Sabedoria. Se realmente há algo que não sabe, ou para que não tenha resposta, aceite o fato. Não saber é muito incómodo para o ego, porque ele gosta de saber tudo, ter sempre razão e dar a sua opinião muito pessoal. Mas, na realidade, o ego nada sabe, simplesmente faz acreditar que sabe. Evite julgar ou criticar. O TAO é imparcial nos seus juízos: não critica ninguém, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade. Cada vez que julga alguém, a única coisa que faz é expressar a sua opinião pessoal, e isso é uma perda de energia, é puro ruído. Julgar é uma maneira de esconder as nossas próprias fraquezas. O Sábio tolera tudo sem dizer uma palavra. Tudo o que o incomoda nos outros é uma projeção do que não venceu em si mesmo. Deixe que cada um resolva os seus problemas e concentre a sua energia na sua própria vida. Ocupe-se de si mesmo, não se defenda. Quando tenta defender-se, está a dar demasiada importância às palavras dos outros, a dar mais força à agressão deles. Se aceita não se defender, mostra que as opiniões dos demais não o afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessita de os convencer para ser feliz. O seu silêncio interno torna-o impassível. Faça uso regular do silêncio para educar o seu ego, que tem o mau costume de falar o tempo todo. Pratique a arte de não falar. Tome algumas horas para se abster de falar. Este é um exercício excelente para conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, em vez de tentar explicar o que é o TAO. Progressivamente desenvolverá a arte de falar sem falar, e a sua verdadeira natureza interna substituirá a sua personalidade artificial, deixando aparecer a luz do seu coração e o poder da sabedoria do silêncio. Graças a essa força, atrairá para si tudo o que necessita para a sua própria realização e completa libertação. Porém, tem que ter cuidado para que o ego não se infiltre… O Poder permanece quando o ego se mantém tranquilo e em silêncio. Se o ego se impõe e abusa desse Poder, este converter-se-á num veneno, que o envenenará rapidamente. Fique em silêncio, cultive o seu próprio poder interno. Respeite a vida de tudo o que existe no mundo. Não force, manipule ou controle o próximo. Converta-se no seu próprio Mestre e deixe os demais serem o que têm a capacidade de ser. Por outras palavras, viva seguindo a via sagrada do TAO. (Texto Taoísta)
  • 69. 69 DeClara, nº 24 junho 2019 Não te rendas… Não te rendas, ainda estás a tempo de alcançar e começar de novo, aceitar as tuas sombras enterrar os teus medos, largar o lastro, retomar o voo. Não te rendas que a vida é isso, continuar a viagem, perseguir os teus sonhos, destravar os tempos, arrumar os escombros, e destapar o céu. Não te rendas, por favor, não cedas, ainda que o frio queime, ainda que o medo morda, ainda que o sol se esconda, e se cale o vento: ainda há fogo na tua alma ainda existe vida nos teus sonhos. Porque a vida é tua, e teu é também o desejo, porque o quiseste e eu te amo, porque existe o vinho e o amor, porque não existem feridas que o tempo não cure. Abrir as portas, tirar os ferrolhos, abandonar as muralhas que te protegeram, viver a vida e aceitar o desafio, recuperar o riso, ensaiar um canto, baixar a guarda e estender as mãos, abrir as asas e tentar de novo celebrar a vida e relançar-se no infinito. Não te rendas, por favor, não cedas: mesmo que o frio queime, mesmo que o medo morda, mesmo que o sol se ponha e se cale o vento, ainda há fogo na tua alma, ainda existe vida nos teus sonhos. Porque cada dia é um novo início, porque esta é a hora e o melhor momento. Porque não estás só, por eu te amo. Mario Benedetti (escritor de origem uruguaia)