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Iracema 
De : José de Alencar
Biografia do autor 
fdgg José Martiniano de Alencar nascido na cidade de 
Messejana - CE, mais exatamente em 1 de maio de 
1829 , e falecido em 1877 na cidade do Rio de Janeiro 
, para onde fora ainda menino. 
Filho de um senador, também se tornou político pelo 
Partido Conservador. De senador passou a ser ministro 
da justiça. Dedicou-se igualmente a advocacia e ao 
jornalismo, além de ser escritor. 
Defendia a escravidão e o casamento entre nativos 
e europeus colonizadores. Suas idéias e seu 
posicionamento político e social estão em todas as 
suas obras diversificadas.
José de Alencar foi o maior romancista da literatura 
brasileira. Escreveu obras indianistas, histórias urbanas e 
regionalistas, também crônicas, críticas e algumas peças 
teatrais. 
Seu objetivo foi a construção da cultura brasileira, na 
qual o romance indianista ( O guaraní ) adiquiriu papel de 
destaque . 
José Martiniano de Alencar
Conteúdo Histórico
Personagens 
Martim - Colonizador europeu. 
Iracema - Jovem índia tabajara que guarda o segredo da 
jurema, uma planta alucinógena. 
Poti - Guerreiro pitiguara e amigo de Martim. 
Araquém - Pai de iracema e pajé da tribo tabajara. 
Caubi - Valoroso guerreiro tabajara, irmão de iracema. 
Irapuã - Chefe dos tabajara e inimigo de Martim. 
Andira - Velho guerreiro , irmão de araquém. 
Cajaúna - Chefe dos potiguaras 
Moacir - Filho de Iracema e Martim 
Japi - O cão de Martim
Enredo 
Martim e Moacir deixam a costa do Ceará 
em uma embarcação, quando o vento lhes traz 
aos ouvidos o nome de Iracema. 
No segundo capítulo, a narrativa retrocede 
no tempo até o nascimento de Iracema. A 
personagem é então apresentada ao leitor: 
“Virgem dos lábios de mel, que tinha os 
cabelos mais negros que a asa da graúna, e 
mais longos que seu talhe de palmeira”.
A índia é descrita como uma linda e 
excelente guerreira tabajara, “mais rápida que 
a ema selvagem”. Por isso mesmo, sua reação 
ao avistar o explorador Martim é desferir-lhe 
uma flechada certeira. Essa é também uma 
referência à flecha de cupido, já que, desde o 
primeiro olhar trocado pelos personagens, se 
percebe o amor que floresce entre os dois. 
Martim desiste de atacar a índia assim que 
põe os olhos nela. Iracema, por sua vez, 
parece atirar a flecha por puro reflexo, pois 
logo depois se arrepende do gesto e salva o 
estrangeiro, levando-o até sua aldeia.
Martim é recolhido à aldeia pelo pajé Araquém, 
pai de Iracema, e apresenta-se a ele como um 
aliado de seus inimigos potiguaras que se 
perdera durante uma caçada. O pajé o trata 
com grande hospitalidade e garante 
hospedagem, mulheres e a proteção de mil 
guerreiros. 
Iracema oferece mulheres a Martim, que 
prontamente as recusa e revela sua paixão por 
ela. O amor de Martim é cristão, idealizado. O 
de Iracema também, mas por motivo diverso: 
ela guarda o segredo da jurema, por isso 
precisa manter-se virgem .
Amor proibido 
As proibições reforçam ainda mais o amor 
entre a índia e o português. São as primeiras 
de muitas provações que tal união terá de 
enfrentar. Em linhas gerais, o romance 
estrutura-se no embate entre tudo o que une e 
o que separa os dois amantes. 
Irapuã é o chefe guerreiro tabajara e 
funcionará, no esquema narrativo da obra, 
como um antagonista de Martim. Na primeira 
desavença entre os dois, o velho pajé Andira, 
irmão de Araquém, intervém em favor do 
estrangeiro.
Iracema pergunta ao amado o motivo de 
sua tristeza e, percebendo que ele tinha 
saudade de seu povo, pergunta se uma noiva 
branca espera pelo seu guerreiro. “Ela não é 
mais doce do que Iracema”, responde Martim. 
Irapuã nutre amor não correspondido pela 
virgem e logo reconhece no português um 
inimigo mortal. 
Iracema conduz Martim ao bosque sagrado, 
onde lhe ministra uma poção alucinógena. O 
guerreiro branco delira, e a índia adormece 
entre os seus braços.
Enquanto isso, Itapuã continua alimentando 
planos para se livrar do estrangeiro. O amor 
entre os protagonistas parece impossível de se 
concretizar, por isso Martim é coagido por 
Iracema a voltar para sua terra. Caubi, irmão 
de Iracema, acompanha-os. No caminho de 
volta, porém, são atacados por guerreiros 
liderados por Irapuã. Martim, Iracema e Caubi 
refugiam-se na taba do pajé Araquém, que usa 
de um truque para salvar o português da ira do 
chefe guerreiro.
Sucede-se o encontro amoroso entre 
Martim e Iracema, narrado delicadamente pelo 
autor. Martim está inconsciente por ter ingerido 
a bebida da jurema e a índia deita-se ao seu 
lado. A frase “Tupã já não tinha sua virgem na 
terra dos tabajaras” é a sutil indicação de que a 
união amorosa se realizara. 
Os acontecimentos que se seguem têm 
como pano de fundo a guerra entre potiguaras 
e tabajaras. Martim escapa de seus inimigos 
tabajaras e une-se aos vencedores potiguaras. 
Iracema, porém, sente-se profundamente triste 
pela morte dos entes queridos e não suporta 
viver na terra de seus inimigos.
O casal muda-se então para uma cabana 
afastada, localizada numa praia idílica. Com 
eles vai Poti, o grande amigo de Martim. Lá 
vivem um tempo de felicidade, culminando com 
a gravidez de Iracema e o batismo indígena de 
Martim, que recebe o nome de Coatiabo, ou 
“gente pintada”. Com o passar do tempo, 
contudo, o português se entristece por não 
poder dar vazão a seu espírito guerreiro e por 
estar com muita saudade de sua gente. A bela 
índia tabajara também se mostra cada vez 
mais triste.
Numa ocasião em que Martim e Poti saem 
para uma batalha, nasce o filho, Moacir. 
Quando os dois amigos voltam da guerra, 
encontram Iracema à beira da morte. O corpo 
da índia é enterrado aos pés de um coqueiro, 
em cujas folhas se pode ouvir um lamento. Daí 
vem o nome Ceará, canto de sua jandaia de 
estimação, uma ave que sempre a 
acompanhava.
Conclusão 
Iracema, por amor a Martim, abandona 
família, povo, religião e deus. É uma clara 
referência à submissão do indígena ao 
colonizador português. Alguns dizem que o 
nome Iracema é também um anagrama de 
América.
Trabalho realizado por : 
Brenno Rodrigues Resende 
Carolina Rodrigues Rezende

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Análise a respeito da obra de José de Alencar, Iracema.

  • 1. Iracema De : José de Alencar
  • 2. Biografia do autor fdgg José Martiniano de Alencar nascido na cidade de Messejana - CE, mais exatamente em 1 de maio de 1829 , e falecido em 1877 na cidade do Rio de Janeiro , para onde fora ainda menino. Filho de um senador, também se tornou político pelo Partido Conservador. De senador passou a ser ministro da justiça. Dedicou-se igualmente a advocacia e ao jornalismo, além de ser escritor. Defendia a escravidão e o casamento entre nativos e europeus colonizadores. Suas idéias e seu posicionamento político e social estão em todas as suas obras diversificadas.
  • 3. José de Alencar foi o maior romancista da literatura brasileira. Escreveu obras indianistas, histórias urbanas e regionalistas, também crônicas, críticas e algumas peças teatrais. Seu objetivo foi a construção da cultura brasileira, na qual o romance indianista ( O guaraní ) adiquiriu papel de destaque . José Martiniano de Alencar
  • 5. Personagens Martim - Colonizador europeu. Iracema - Jovem índia tabajara que guarda o segredo da jurema, uma planta alucinógena. Poti - Guerreiro pitiguara e amigo de Martim. Araquém - Pai de iracema e pajé da tribo tabajara. Caubi - Valoroso guerreiro tabajara, irmão de iracema. Irapuã - Chefe dos tabajara e inimigo de Martim. Andira - Velho guerreiro , irmão de araquém. Cajaúna - Chefe dos potiguaras Moacir - Filho de Iracema e Martim Japi - O cão de Martim
  • 6. Enredo Martim e Moacir deixam a costa do Ceará em uma embarcação, quando o vento lhes traz aos ouvidos o nome de Iracema. No segundo capítulo, a narrativa retrocede no tempo até o nascimento de Iracema. A personagem é então apresentada ao leitor: “Virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira”.
  • 7. A índia é descrita como uma linda e excelente guerreira tabajara, “mais rápida que a ema selvagem”. Por isso mesmo, sua reação ao avistar o explorador Martim é desferir-lhe uma flechada certeira. Essa é também uma referência à flecha de cupido, já que, desde o primeiro olhar trocado pelos personagens, se percebe o amor que floresce entre os dois. Martim desiste de atacar a índia assim que põe os olhos nela. Iracema, por sua vez, parece atirar a flecha por puro reflexo, pois logo depois se arrepende do gesto e salva o estrangeiro, levando-o até sua aldeia.
  • 8. Martim é recolhido à aldeia pelo pajé Araquém, pai de Iracema, e apresenta-se a ele como um aliado de seus inimigos potiguaras que se perdera durante uma caçada. O pajé o trata com grande hospitalidade e garante hospedagem, mulheres e a proteção de mil guerreiros. Iracema oferece mulheres a Martim, que prontamente as recusa e revela sua paixão por ela. O amor de Martim é cristão, idealizado. O de Iracema também, mas por motivo diverso: ela guarda o segredo da jurema, por isso precisa manter-se virgem .
  • 9. Amor proibido As proibições reforçam ainda mais o amor entre a índia e o português. São as primeiras de muitas provações que tal união terá de enfrentar. Em linhas gerais, o romance estrutura-se no embate entre tudo o que une e o que separa os dois amantes. Irapuã é o chefe guerreiro tabajara e funcionará, no esquema narrativo da obra, como um antagonista de Martim. Na primeira desavença entre os dois, o velho pajé Andira, irmão de Araquém, intervém em favor do estrangeiro.
  • 10. Iracema pergunta ao amado o motivo de sua tristeza e, percebendo que ele tinha saudade de seu povo, pergunta se uma noiva branca espera pelo seu guerreiro. “Ela não é mais doce do que Iracema”, responde Martim. Irapuã nutre amor não correspondido pela virgem e logo reconhece no português um inimigo mortal. Iracema conduz Martim ao bosque sagrado, onde lhe ministra uma poção alucinógena. O guerreiro branco delira, e a índia adormece entre os seus braços.
  • 11. Enquanto isso, Itapuã continua alimentando planos para se livrar do estrangeiro. O amor entre os protagonistas parece impossível de se concretizar, por isso Martim é coagido por Iracema a voltar para sua terra. Caubi, irmão de Iracema, acompanha-os. No caminho de volta, porém, são atacados por guerreiros liderados por Irapuã. Martim, Iracema e Caubi refugiam-se na taba do pajé Araquém, que usa de um truque para salvar o português da ira do chefe guerreiro.
  • 12. Sucede-se o encontro amoroso entre Martim e Iracema, narrado delicadamente pelo autor. Martim está inconsciente por ter ingerido a bebida da jurema e a índia deita-se ao seu lado. A frase “Tupã já não tinha sua virgem na terra dos tabajaras” é a sutil indicação de que a união amorosa se realizara. Os acontecimentos que se seguem têm como pano de fundo a guerra entre potiguaras e tabajaras. Martim escapa de seus inimigos tabajaras e une-se aos vencedores potiguaras. Iracema, porém, sente-se profundamente triste pela morte dos entes queridos e não suporta viver na terra de seus inimigos.
  • 13. O casal muda-se então para uma cabana afastada, localizada numa praia idílica. Com eles vai Poti, o grande amigo de Martim. Lá vivem um tempo de felicidade, culminando com a gravidez de Iracema e o batismo indígena de Martim, que recebe o nome de Coatiabo, ou “gente pintada”. Com o passar do tempo, contudo, o português se entristece por não poder dar vazão a seu espírito guerreiro e por estar com muita saudade de sua gente. A bela índia tabajara também se mostra cada vez mais triste.
  • 14. Numa ocasião em que Martim e Poti saem para uma batalha, nasce o filho, Moacir. Quando os dois amigos voltam da guerra, encontram Iracema à beira da morte. O corpo da índia é enterrado aos pés de um coqueiro, em cujas folhas se pode ouvir um lamento. Daí vem o nome Ceará, canto de sua jandaia de estimação, uma ave que sempre a acompanhava.
  • 15. Conclusão Iracema, por amor a Martim, abandona família, povo, religião e deus. É uma clara referência à submissão do indígena ao colonizador português. Alguns dizem que o nome Iracema é também um anagrama de América.
  • 16. Trabalho realizado por : Brenno Rodrigues Resende Carolina Rodrigues Rezende