O documento descreve os mecanismos de defesa do sistema imunitário, incluindo a imunidade humoral mediada pelos linfócitos B e anticorpos, e a imunidade celular mediada pelos linfócitos T. Também discute os desequilíbrios que podem ocorrer, como alergias, doenças autoimunes e imunodeficiências, e como a vacinação pode induzir proteção imunológica contra doenças infecciosas.
1. Escola Secundária c/3º Ciclo de Marco de Canaveses
Ano Lectivo 2008/2009
12º ano
Biologia
Imunidade e controlo de
doenças
2. 1.2 Mecanismos de defesa
específicos/imunidade adquirida
Assenta nos linfócitos que são dirigidos de forma especifica
contra um determinado tipo de agente agressor.
Existem dois tipos de linfócitos:
Linfócitos B e linfócitos T.
3.
4. Os linfócitos B são responsáveis pela imunidade humoral –
mediada por anticorpos.
Os linfócitos T são responsáveis pela imunidade celular –
mediada por células.
5. Maturação dos linfócitos:
- Adquirem moléculas específicas – receptores de antigénios
(molécula que se encontra na superfície dos organismos
patogénicos que desencadeia uma resposta de um linfócitos)
– que permite reconhecê-los, tornando-se
imunocompetentes.
- Adquirem capacidade de distinguir o que é próprio do que é
estranho ao organismo.
7. 1. Ligação do antigénio ao receptor existente à
superfície dos linfócitos e lhe é complementar.
Activação dos
linfócitos
2. Clonagem – após serem activados os linfócitos
multiplicam-se originando dois grupos
diferentes de clones.
Plasmócitos
Células - Memória
8. Plasmócitos:
- Possuem um retículo endoplasmático muito desenvolvido
responsável pela síntese de anticorpos
Interagem com os antigénios
de modo a neutralizá-los.
Células-Memória:
- Não actuam durante a resposta mas permanecem vivas e
assim estão prontas para responder caso o organismo volte a
reconhecer o mesmo antigénio novamente.
9. Anticorpo
Cada molécula de anticorpo tem uma estrutura única que
permite com que ela se ligue especificamente a um antigénio.
Mas todos os anticorpos possuem a mesma estrutura geral,
sendo também conhecidos como imunoglobulinas.
11. São formados por:
• Quatro cadeias polipeptídicas que se encontram ligadas por
pontes de dissulfito (duas cadeias longas, cadeias pesadas, e
duas cadeias curtas, cadeias leves);
• Uma região constante que não só interage com outros
elementos do sistema imunitário como determina a classe a
que pertence a imunoglobulina;
• Uma região variável na porção terminal das cadeias leves e
pesadas. Esta confere a especificidade que caracteriza os
anticorpos.
12.
13. Antigénio
- São constituídos por determinantes antigénicos ou építopos
onde se ligam os anticorpos. A um antigénio podem ligar-se
vários tipos de anticorpos diferentes, conforme os diferentes
tipos de determinantes antigénicos que possui.
14. Complexo Antigénio - Anticorpo
Formam-se quando as
imunoglobulinas e os
antigénios se ligam.
Este complexo vai conduzir
à destruição dos agentes
estranhos ao organismo.
15. Actuação dos anticorpos/ inactivação dos antigénios
• Neutralização – ligação dos antigénios ao anticorpo.
Nos vírus: resulta da ligação das imunoglobulinas a moléculas
indispensáveis à infecção das células pelo mesmo.
Nas bactérias: cobrem a sua superfície até que sejam eliminadas
por células fagocitárias.
• Aglutinação – Formação de complexos de grandes dimensões que
são posteriormente fagocitados por macrófagos.
• Precipitação – difere da aglutinação apenas no facto de se realizar
com moléculas dissolvidas. Quando as imunoglobulinas se ligam
formam complexos insolúveis que são fagocitados.
16. • Activação do sistema complemento – após a activação da 1ª
proteína do complemento pelo complexo é iniciada a
activação sequencial das outras proteínas. Algumas dessas
proteínas conduzem à lise da célula uma vez que aumenta a
porosidade da sua membrana.
• Estimulação da fagocitose – os macrófagos possuem
receptores capazes de identificar anticorpos ligados a
antigénios e são estimulados a realizar a fagocitose.
20. • A imunidade celular, para além de ser importante no combate
a agentes infecciosos tem ainda um papel importante em:
Reconhecimento e eliminação de células cancerosas;
Rejeição de implantes;
Transplante de órgãos (antigénios diferentes).
21. Memória imunitária
• A resposta imunitária primária traduz-se pelo aumento
da produção de anticorpos para um determinado
antigénio até atingir um valor máximo, começando de
seguida a baixar gradualmente.
• O primeiro contacto com o antigénio provoca a
proliferação e diferenciação de células efectoras
(Linfócitos T auxiliares, Linfócitos T citolíticos, Linfócitos
T supressores) e de células-memória.
• As células – memória são responsáveis pela resposta
imunitária secundária mais rápida, de maior
intensidade e de duração mais longa, dado que o
antigénio específico é reconhecido e há maior eficácia
na proliferação de células efectoras para o seu combate
e produção de mais células – memória.
22.
23. Imunização
• A imunização é definida como a aquisição de
protecção imunológica contra uma doença
infecciosa. Prática que tem como objectivo
aumentar a resistência de um indivíduo contra
infecções.
• A imunidade pode desenvolver-se
naturalmente, ou pode ser induzida. Esta
pode ser induzida através de vacinas
(imunidade activa) ou através da
24. Vacinas
• Uma vacina é uma substância derivada, ou quimicamente
semelhante, a um agente infeccioso particular, causador de
doença. Esta substância é reconhecida pelo sistema
imunitário do indivíduo vacinado e suscita da parte deste
uma resposta que o protege de uma doença associada ao
agente. A vacina, portanto, induz o sistema imunitário a
reagir como se tivesse realmente sido infectado pelo
agente.
• Não são 100% seguras
• Actualmente, recorrendo á engenharia genética, é possível
produzir proteínas de alguns microrganismos que, por
terem actividade antigénica, funcionam como vacinas mais
seguras.
25. Soros
Os soros promovem uma imunização passageira. Isto porque
os anticorpos contidos nos soros combatem as toxinas antes
que elas activem o sistema imunitário da pessoa; com o
tempo, o nível de anticorpos reduz-se no organismo até
desaparecer. O soro não estimula a produção de anticorpos, e
sua acção é preventiva, diferente da vacina que estimula a
produção de anticorpos pois é inoculado no anticorpo um
antigénio atenuado ou morto e sua acção é preventiva e
duradoura.
26.
27. 1.3 Desequilíbrios e Doenças
Resultam do rompimento do equilíbrio dos mecanismos de
regulação do funcionamento do sistema imunitário.
São traduzidos de forma mais violenta devido a uma
hipersensibilidade do sistema imunitário ou a
imunodeficiências.
28. Alergias
São respostas exageradas a determinados
antigénios do meio ambiente, alergénios,
devido a uma hipersensibilidade do sistema
imunitário.
29.
30. Doenças Auto-Imunes
As doenças auto-imunes ocorrem quando o sistema
imunitário se torna hipersensível a antigénios específicos das
suas próprias células ou tecido.
Exemplos:
Diabetes insulino-dependente, esclerose
múltipla, lupús, artrite reumatóide.
31. Imunideficiência
Redução da capacidade imunitária para
combater agentes patogénicos
Inata Adquirida
(Ausência de (Destrói os linfócitos TH e
linfócitos B e T) macrófagos)
Sobrevive em condições Enfraquece o sistema imunitário
completamente esterilizadas Exemplos: SIDA