O documento discute a evolução do ensino de língua portuguesa no Brasil nas últimas décadas, passando de um foco na gramática para um enfoque na linguagem como instrumento de comunicação e interação social. Também aborda propostas curriculares recentes para o ensino de leitura e produção de texto que enfatizam diferentes gêneros textuais e sua relação com esferas sociais.
3 circulación de saberes sobre enseñanza en propuestas curriculares
Htpc leitura contexto histórico
1. Diretoria de Ensino
Região de Avaré
ESTUDOS sobre as aulas de
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
Setembro/2009
2. CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM E PROPOSTAS
PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Nas últimas três décadas houve paulatina e
progressiva alteração das práticas em sala de aula
Centradas nos
estudos
Categorias gramaticais e
leitura e interpretação
de textos
(crônicas ou trechos de
obras da literatura
infanto-juvenil)
3. ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
LINGUAGEM COMO
EXPRESSÃO DO
PENSAMENTO
LINGUAGEM COMO
INSTRUMENTO DE
COMUNICAÇÃO
Língua como código capaz
de transmitir mensagem
ao receptor
Gramática
tradicional
Teoria da
comunicação
4. Década de 80: estudos linguísticos partem
de uma outra concepção
LINGUAGEM
Forma de interação entre
um sujeito que age sobre o
outro
“constituindo compromissos
e vínculos que não pré-existiam
antes da fala”
(GERALDI, 1984)
5. ESTUDO DA LÍNGUA na perspectiva da
linguística da enunciação
• compreender as relações que se
estabelecem através da interlocução dos
sujeitos e das
“condições que devem ser preenchidas por um
falante para falar da forma que fala em
determinada situação concreta de
interação.”
(GERALDI,1984)
6. OUTRA VERTENTE FLEXIBILIZOU O ENTENDIMENTO
DAS DUAS CORRENTES
O ESTUDO DA LÍNGUA
DEVE POSSIBILITAR O
DOMÍNIO DA
VARIEDADE-PADRÃO
SEM O DESPRESTÍGIO DA
VARIEDADE LOCAL
7. DESDOBRAMENTOS NA POLÍTICA
EDUCACIONAL
1984 – Publicação da Proposta Curricular de Língua
Portuguesa para o 1º grau do Estado de São
Paulo
– Desloca objeto de ensino dos conteúdos
conceituais para o uso da língua;
– Reação ao currículo cristalizado nos Guias
Curriculares Nacionais e práticas escolares, que
privilegiava o estudo da gramática;
– Atendimento a outro perfil de aluno que
passava a ocupar os bancos escolares.
8. Conjuntura político-histórica dos anos 80:
tempo de valorização e resgate da
experiência democrática
• Grande movimentação de implementação da
Proposta Curricular (SEE/SP);
• Mobilização de professores da rede estadual;
• Busca dos professores pela compreensão do
novo discurso em circulação.
9. AANNOOSS 9900
• Documentos oficiais passam a orientar práticas de
leitura e produção de textos de diferentes gêneros
textuais, na perspectiva das esferas discursivas em que
eles circulam
bbaassee tteeóórriiccaa
PARTICIPAÇÃO
LLIINNGGUUAAGGEEMM PARTICIPAÇÃO
SOCIAL
SOCIAL
10. BASE TEÓRICA
centra esforços em pesquisas para a
compreensão da natureza das interações
dos sujeitos com relação aos diferentes
campos de atuação humana em que ela
acontece
DOMÍNIO DOS
GÊNEROS
TEXTUAIS
COMPETÊNCIA
IMPRESCINDÍVEL PARA
A INSERÇÃO CIDADÃ NO
MUNDO
CONTEMPORÂNEO
11. COMPETÊNCIA IMPRESCINDÍVEL PARA A
• Continuidade nos estudos;
• Atuação e a atualização profissional;
• Fruição do que a arte produz;
• Apreensão crítica de toda a construção e
circulação de sentidos que constituem o
conteúdo dos variados discursos com os quais o
indivíduo interage todos os dias.
12. NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS
ESTUDO SOBRE GÊNEROS ENTROU PELOS
PORTÕES DA ESCOLA
parâmetros, orientações e propostas
curriculares
nacionais e locais
cursos de formação
inicial e continuada em serviço
13. QUAL O NÍVEL DE APROPRIAÇÃO DOS
PROFESSORES DA REDE ACERCA DOS
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS QUE ESTÃO NO
BOJO DO
ESTUDO SOBRE GÊNEROS?
??
14. TEXTO LITERÁRIO: fenômeno
linguístico e artístico
LINGUAGEM
Forma de
interação entre
um sujeito que
age sobre o
outro
ELABORAÇÃO
ARTÍSTICA
Experiência
estética de caráter
humanizante
15. CARÁTER HUMANIZANTE DA
LITERATURA
“o exercício da reflexão, a aquisição do
saber, a boa disposição para com o
próximo, o afinamento das emoções, a
capacidade de penetrar nos problemas
da vida, o senso da beleza, a percepção
da complexidade do mundo e dos seres,
o cultivo do humor”
Antonio Candido
16. Parafraseando Anatol Rosenfeld...
• à maneira pela qual o leitor se apropria do
mundo imaginário comunicado pelos
diferentes gêneros literários (e diferentes
linguagens), corresponde uma certa atitude
compreensiva em face das experiências a que
é exposto
17. Em outras palavras,
quanto maior o acesso aos variados fenômenos
literários e seus modos característicos de
representação do mundo,
bem como a exposição às diferentes linguagens
artísticas e às formas de recepção que cada
uma delas suscita,
maior será o repertório de referências do leitor e
mais possibilidades ele terá para pensar o
mundo e interagir com ele
nas relações humanas que se estabelecem
18. Na perspectiva de uma abordagem
sociointeracionista
as diferentes linguagens
(lembrando que, no interior de uma delas,
residem os diferentes gêneros literários)
confrontam-se nas práticas sociais e na história
e fazem com que a circulação de sentidos
produza formas sensoriais e cognitivas
diferenciadas
19. Como é possível apropriar-se do
fenômeno literário, na riqueza de
experiências que ele pode
proporcionar, com práticas de
leitura lineares e literais que se
limitam a atividades elementares
para a compreensão do texto?
20. 22000055 –– HHOORRAA DDAA LLEEIITTUURRAA
• Inclusão de uma aula semanal na matriz
curricular do Ensino Fundamental para
práticas de leitura
2009 – LEITURA E PRODUÇÃO DE
TEXTO
• Inclusão de duas aulas semanais na matriz
curricular do Ensino Fundamental para
práticas de leitura e produção escrita
• Inclusão de duas aulas semanais na matriz
curricular do Ensino Fundamental para
práticas de leitura e produção escrita
21. 2008 - PROPOSTA CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL – CICLO II
LÍNGUA PORTUGUESA
ORGANIZADA POR TIPOLOGIA TEXTUAL
ÊNFASE NOS GÊNEROS NÃO-LITERÁRIOS
5ª. SÉRIE NARRAR
6ª. SÉRIE RELATAR
7ª. SÉRIE PRESCREVER
8ª. SÉRIE ARGUMENTAR
22. LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
• ÊNFASE NA LEITURA DE TEXTOS LITERÁRIOS,
EM SEUS DIFERENTES GÊNEROS (classificação
aristotélica)
Épico (textos Narrativos)
Lírico (textos poéticos)
Dramático (textos teatrais)
23. LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
• PRODUÇÃO ORAL E ESCRITA DE GÊNEROS TEXTUAIS DE
DIFERENTES DOMÍNIOS SOCIAIS DE COMUNICAÇÃO
(DOLZ E SCHNEUWLY, 2004)
Cultura literária ficcional: exploração de
possibilidades estéticas
Documentação e memorização das ações humanas:
relato, crônica social, ensaio, biografia
24. LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
Discussão de problemas sociais controversos:
carta de leitor, debate regrado, artigo de
opinião
Transmissão e construção de saberes: texto
expositivo, exposição oral, seminário,
tomada de notas, resenha