REPOSIÇÃO DE GH NO ADULTO
Deficiência do hormônio de crescimento (gh) no adulto e no envelhecimento (quando clinicamente e laboratorialmente comprovado deficiência). A deficiência de hormônio do crescimento inicialmente descoberto em crianças com atraso no desenvolvimento, hoje, também é uma deficiência clínica bem estabelecida no adulto, graças ao avanço da biotecnologia hoje já possível o seu tratamento com hormônio bioidêntico, hormônio do crescimento recombinante humano (GH), e sua reposição têm um impacto de extrema importância sobre a qualidade de vida do paciente por tornar o indivíduo mais apto socialmente e economicamente.
Hormônio de crescimento (GH) na prevenção e tratamento da Osteoporose
1. A ação do hormônio do GH na
prevenção e tratamento da
osteoporose
2. Dr. Leonardo Higashi
Especialista em Clinica Medica pela AMB
Titular em Nutrologia pela ABRAN
Pós graduado em Pratica Ortomolecular FAPES
Fellow em Endocrinologia do envelhecimento pela Hertoghe Medical School/
WOSSAM Bélgica
Titular em Endocrinologia e Metabologia pela SBEM
Diretor médico da Clinica Higashi
Ortomoleculardrhigashi.med.br
Clinicahigashi.com.br
Centromedicoathenas.com.br
3. Osteoporose
É uma desordem comum caracterizada por:
1. Perda da massa óssea
2. Disfunção da microarquitetura do osso
3. Fragilidade óssea
4. Aumentando o risco de fraturas, principalmente em coluna, quadril, punho, úmero
e pélvis.
As fraturas osteoporóticas geralmente ocorrem por trauma mínimo como queda
própria altura.
Em 2000 ocorreram 9 milhões de fraturas osteoporóticas sendo que 1.6 milhões de
quadril, 1.7 milhões de membros superiores e 1.4 milhões de vertebrais.
Fraturas de quadril e coluna resultam em óbitos em 10-20 % dos casos.
Frequentemente levam a limitação da deambulação, depressão, perda da
independência, dores crônicas alterando muito a qualidade de vida.
Osteoporos Int. 2006; 17 (12):1726
4. Remodelação óssea (processo
dinâmico)
1. Reabsorção do osso velho pelos
Osteoclastos.
2. Formação de ossos novos através dos
Osteoblastos.
3. Ação reparadora dos Osteóides.
6. GH e IGF 1 na formação óssea
• O GH estimula a
formação e
diferenciação do
osteoblasto.
• O IGF1 reduz
apoptose do
osteoblasto e
promove a
osteoblastogênese
7. .
• O IGF1 promove a osteoblastogênese via aumento da Wnt.
• IGF1 estimula a síntese de RANKL e consequentemente a osteoclastogênese
• GH induz a osteoprotegerina (balanceando os efeitos reabsortivos)
• Ocorre produção local de IGF 1 nos osteoblastos
8. Fatores que predispõem a Osteoporose
Fatores que influenciam o Pico de massa óssea (geralmente na terceira década):
1. Genético
2. Étnico (negros maior BMD e orientais menor em relação aos brancos)
3. Ambientais: crescimento pobre, maturação tardia, mal nutrição, deficiência
muscular, sedentarismo, inflamação crônica, medicamentos (principalmente os
glicocorticoide).
Deficiência de esteroides sexuais (A grande maioria das mulheres com
osteoporose).
Deficiência de Vitamina D e cálcio.
Cigarro e álcool.
Baixo peso.
Outras desordens endócrinas: hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, síndrome de
cushing, osteogênese imperfecta, DM e outros
Causas secundárias (câncer, doenças disabsortivas, inflamatórias, medicamentos e
etc.)
10. Tratamentos clássicos de osteoporose
Cálcio
Vitamina D
Esteroides sexuais
Bisfosfonados
PTH recombinante
Denosumab
Ranelato de estrôncio
Serms
Calcitonina
11. Tratamento com GH
1. Em adultos e crianças com DGH.
2. Em adultos sem deficiência do hormônio do crescimento:
A. Mulheres com osteoporose pós menopausa.
B. Homens com osteoporose idiopática.
13. GH é um hormônio predominante
pituitário
5 genes relacionados ao GH
localizado no cromossomo 17q24.2
Expresso na hipófise, placenta e
linfócitos (parácrina e autocrina).
A forma predominante de GH é
monomérica (forma mais ativa em
relação as oligoméricas), com 191
aa, com peso de 22 k
Pertence a super família das
proteínas citocinas
19. Que não há duvidas da importância do GH no pico da massa ósseo
Os pacientes dom DGH tem massa óssea menor e com maior risco de fraturas
A descontinuação do GH pode piorar a composição corporal
A reposição do GH é uma terapia possível para evitar a diminuição da massa
óssea mesmo na fase adulta
20. O GH não deve ser descontinuado após o
termino do crescimento devido ao maior
risco de osteoporose
21. A Dose inicial média
do GH foi de 0,98
mg/d e foi
diminuindo
progressivamente
chegando 0,43 mg/d
após 5 anos
Melhora do BMC total, lombar e
de colo de fêmur com aumento
de 2,7,6 % respectivamente.
22. Terapia com hormônio do crescimento
melhora a massa óssea em pacientes com
DGH no adulto
Houve aumento do BMD lombar e do
colo do fêmur tanto em Z como T score
com o tratamento de reposição de GH
Benéfico evidente
da terapia com
HGH em adultos
deficientes
23. O tratamento com GH
aumenta massa óssea,
porem ainda incerto a
diminuição do risco de
fraturas
25. Conclusão dos Benefícios do tratamento
em pacientes com DGH
1. Recomendamos que o GH melhora a composição corporal e a capacidade de
atividade física
2. Sugerimos que o GH oferece benéfico clínicos significantes na integridade
esquelética.
3. Recomenda-se a continuação do GH após o termino do crescimento para atingir o
pico de massa óssea e muscular (após comprovada a persistência da deficiência).
4. Sugerimos que o terapia com GH melhora os parâmetros cardiovascular como:
melhora da função endotelial, diminuição dos marcadores inflamatórios de risco
cardíaco, perfil das lipoproteínas, espessamento da intima media da carótida e
aspectos da função do miocárdio, mas parece aumentar a resistência insulínica.
5. Sugerimos que a mortalidade geral de pacientes com DHG é maior, porem ainda
não podemos afirmar que o tratamento diminui o risco.
6. Sugerimos o que terapia com GH melhora a qualidade de vida na maioria dos
pacientes.
28. 1. Stress oxidativo
2. Disfunção mitocondrial
3. Queda de outros
hormônios anabólicos
4. O declínio da secreção do
GH é paralelo a perda
massa muscular e óssea
5. Resistencia a ação
anabólica do IGF1 no
musculo e osso por
diminuição da eficácia na
sinalização intracelular
⬇ de 5-20x
O envelhecimento
reduz a eficiência do
eixo GH/IGF 1 em
varias etapas, levando
a uma redução da
função e estrutura
musculo esquelética.
29.
30. Tratamento com GH na osteoporose e no
metabolismo ósseo
Grande variabilidade entre os estudos:
1. Idade entre 22-81 anos
2. 0,0015 mg/kg ate 0,75 mg/kg
3. 3 dias até 3 anos
Foram estudados pessoas saudáveis, mulheres com osteoporose pós
menopausa, e homens com osteoporose idiopática.
Na maioria dos estudos foi demostrada uma significativa reabsorção e
formação óssea com predominância anabólica.
Não foram todos os estudos que o BMD foi analisado por DEXA.
31. Conclusão
Em grande parte dos estudos houve aumento significativo da formação óssea, do
BMC, e BMD.
Maior estudo foi de 3 anos com melhora de 14 % do BMC em conjunto com E2 em
mulheres pós menopausa.
Poucos estudos não mostraram benefícios, e geralmente por dose baixa, fatores
nutricionais e tempo insuficiente de tratamento.
O GH não consegue melhorar o BMD em pacientes com deficiência de esteroides
sexuais.
O efeito colateral mais comum foi por retenção hídrica e as vezes síndrome do
túnel do carpo que foi facilmente resolvido do parada ou diminuição do GH.
O efeito é tempo (mínimo de 1 ano ou mais) e dose dependente.
É um tratamento que pode ser considerado, mas ainda necessita de maiores
estudos para uma indicação precisa.
36. 1. Média de BMD de -2,7 T
score.
2. 80 mulheres
menopausadas.
3. 56 % tinham fraturas
osteoporóticas.
4. Todas mulheres usaram
TH + cálcio 750 mg +
Vitamina D 400 ui
5. 1 ui GH X 2.5 ui x placebo
6. 3 anos de tratamento e
mais 2 anos de
seguimento.
37. Níveis de IGF 1 em tratamento
1. Administração de GH
por 3 anos
2. Após a suspensão do
hormônio ainda
continuava o
acompanhamento por
mais 2 anos
38. Total BMC
Após 18 meses melhora do BMC no
grupo de GH 2.5 u x placebo
39. Lombar BMC
Após 3 anos aumento do BMC lombar
em todos os grupos
Aumento de 14 %
em relação ao não
tratados
40. Femoral BMC
Após 3 anos Femoral BMC aumentou
somente no grupo com GH porem
não significativo entre os grupos
42. Resultado após 4 anos
Melhora significativa no
BMC total, lombar, colo
de fêmur e radial após
4 anos.
43. Conclusão
O aumento maior foi de até 14 % do BMC da coluna no grupo GH com 2.5 ui/dia
A média de aumento do BMD e o BMC foi 4% após os 5 anos do estudo.
O GH inicialmente estimula a reabsorção e em seguida a formação óssea.
O tempo mínimo 18 meses de tratamento com GH para nova formação e mineralização óssea.
A melhora do BMC após a suspensão do GH, pode ser explicada que os efeitos anabólicos
foram contrabalanceados pelo alto turnover ósseo que é suspenso com a parada do
tratamento.
E2 inibe reabsorção ósseo e GH aumenta a formação.
Poucos efeitos colaterais.
Tempo e dose dependente.
A terapia com GH + E2 pode ser considerada em mulheres com osteoporose pós menopausa.
Maiores estudos são necessários para ampla indicação deste tratamento.
45. Grupos de tratamentos:
1. Grupo A: 0,4 mg (1.2 ui) /dia
2. Grupo B: 0,8 mg (2.4 ui) /dia por 2
semanas a cada 3 meses
46. BMD e BMC corporal total
Grupo A ⬆ de 2.6 %
Grupo B ⬆ 2.7 %
Após 24 M
Grupo A ⬆ de 3.7 %
Grupo B ⬆ de 3.2 %
Após 36 m
Grupo A ⬆ de 4 %
Grupo B ⬆ de 3,3%
Após 36 m
Melhora do BMD e BMC total
após os 12 m de tratamento,
com tendência a piora nos
primeiros 6 M
47. BMD e BMC na Coluna Lombar
⬇ 3 % após 6 m
Grupo A
⬆ 4.1 % após 24 m
grupo A
Grupo A ⬆ de 6.6 %
Grupo B ⬆ 8.3 %
Após 36 M⬆ 4.6 % no grupo A
⬆ 6.6 % grupo B
após 36 M
Piora do BMD lombar do
grupo A (1.2 ui/dia) nos
primeiros 6 M, com
respectiva melhora após
os 12 M e até após a
suspensão do GH
48. BMD e BMC no Fêmur
Estatisticamente não
houve melhora
significativa do colo de
fêmur
49. Conclusão
Ocorreu uma redução do BMD e BMC lombar e total nos primeiros 6 meses.
Não houve aumento do BMD ou BMC até 12 meses de tratamento.
A melhora da massa ósseo iniciou após 1 ano de tratamento com melhora
significativa em BMD e BMC lombar e total, mostrando resultado semelhantes com
outros estudos.
Parece que o GH de maneira cíclica ou intermitente é mais vantajoso pois não
piorou o BMD nos primeiros 6 m.
Após o 2 anos de tratamento mesmo com a suspensão do GH ainda houve melhora
da formação óssea em lombar e total.
O tratamento foi bem tolerado e com poucos efeitos colaterais.
O tratamento com GH pode ser considerado em homens com osteoporose
idiopática.
Maiores estudos são necessários.
50. Revisão de artigos
do uso de GH,
testosterona e
terapia combinada
com GH + T em
idosos saudáveis.
51. Mecanismos que levam a fragilidade no
idoso
Perda da
funcionalidade
Perda da
independência
Aumento da fadiga
Maior risco de quedas
e acidentes
52. Conclusão
Que a diminuição dos hormônios anabólicos como: GH, testosterona e DHEA são os
grandes responsáveis por alguns efeitos do envelhecimento levando a diminuição
da massa magra, aumento da gordura, diminuição da força e da mobilidade e
afetando a qualidade de vida.
A terapia com GH combinado a testosterona são os principais hormônios para
tentativa de evitar ou melhorar este processo.
A reposta é dose e tempo dependente.
O exercício sozinho não consegue evitar este processo, mas ele é necessário estar
em conjunto com o tratamento.
A grande maioria dos estudos do tratamento combinado (GH + T) mostrou
benefícios na composição corporal, na função muscular e capacidade física , por
estas razão pode prevenir ou atrasar o mecanismo de fragilidade.
E o terapia de ambos é segura, pelo menos no tempo e doses estudadas.
Maiores estudos ainda são necessários para indicações mais precisas.