O documento discute a historiografia do Antigo Regime e suas críticas. Lucien Febvre e Marc Bloch lideraram uma revolução na historiografia francesa, questionando a ênfase excessiva na história política e nos grandes homens. No século XIX, historiadores como Marx defenderam uma abordagem mais socioeconômica, enquanto a Escola dos Annales surgiu criticando a ênfase na cronologia e nos eventos políticos.
Historicismo Alemão,mostrar os diversos historiadores que ajudaram a construir essa nova corrente historiográfica na Alemanha e que também fizeram parte da criação da Escola Histórica Alemã, diferenciando em aspectos de outra corrente, o Positivismo. Também tem o intuito de mostrar o novo método científico de pesquisa criado por esses autores, em especial Leopold Von Ranke e contextualizar o principal meio de divulgação dos pensadores da época, a Historische Zeitschrift.
http://goo.gl/CCDB2V
O documento discute a história da IV Internacional fundada por Leon Trotsky em 1938 para defender os princípios do marxismo e da revolução socialista mundial. Ao longo do século XX, muitas correntes marxistas adotaram o nacionalismo em vez dos ideais internacionalistas. A IV Internacional e as ideias de Trotsky receberam pouca atenção acadêmica devido aos preconceitos contra o trotskismo propagados por Stalin.
Este documento discute a representação do passado na historiografia entre o historicismo do século XIX e o narrativismo do século XX. O historicismo enfatizou a pesquisa rigorosa de fontes para construir narrativas individuais, enquanto o narrativismo questionou a referencialidade dos textos históricos. O autor argumenta que esses paradigmas podem ser conciliados em uma abordagem que atenda tanto a filosofia da pesquisa quanto da narrativa histórica.
José D’Assunção. História Econômica: considerações sobre um campo disciplinareduardo carneiro
Este documento discute a História Econômica como um campo historiográfico. Apresenta uma breve história da História Econômica, desde suas origens no século XIX até se constituir como campo autônomo no século XX. Também define alguns conceitos fundamentais da História Econômica, como "sistema econômico", e discute a abordagem deste campo em examinar conjuntos coerentes de fatos econômicos em determinadas sociedades.
Diversas fases da escola do annales continuidade ou descontinuidadeHelio Smoly
O documento divide a história da "Escola dos Annales" em quatro fases: 1) 1900-1920, quando iniciou-se uma reação à história alemã e propostas de renovação; 2) 1920-1946, quando o projeto se expandiu através de publicações e instituições; 3) 1946-1968, quando os Annales se consolidaram institucionalmente; 4) 1968-1988, quando houve influência do movimento estudantil de 1968 e revisões na orientação.
O documento discute a imprensa no Brasil no período da independência e do primeiro reinado, argumentando que havia mais diversidade do que a periodização tradicional sugere. Apesar de a imprensa da época ser majoritariamente política e panfletária, já existiam jornais mais estáveis e informativos. O documento também analisa figuras importantes como Cairu e características como a irregularidade e efemeridade dos jornais da época.
O documento descreve as diferentes ordens internacionais ao longo da história segundo três modelos: 1) Ordem multipolar, bipolar e unipolar; 2) Quatro momentos históricos identificados por Cox; 3) Quatro ordens divididas por Hoogvelt. Também discute a ordem da Guerra Fria caracterizada pelo confronto EUA-URSS e sua dissolução nas décadas de 80-90.
A Guerra Fria foi um período de forte polarização ideológica entre o capitalismo liderado pelos EUA e o socialismo liderado pela URSS, que dividiu o mundo em blocos e resultou em disputas geopolíticas globais por mais de 40 anos, até o colapso da União Soviética em 1989.
Historicismo Alemão,mostrar os diversos historiadores que ajudaram a construir essa nova corrente historiográfica na Alemanha e que também fizeram parte da criação da Escola Histórica Alemã, diferenciando em aspectos de outra corrente, o Positivismo. Também tem o intuito de mostrar o novo método científico de pesquisa criado por esses autores, em especial Leopold Von Ranke e contextualizar o principal meio de divulgação dos pensadores da época, a Historische Zeitschrift.
http://goo.gl/CCDB2V
O documento discute a história da IV Internacional fundada por Leon Trotsky em 1938 para defender os princípios do marxismo e da revolução socialista mundial. Ao longo do século XX, muitas correntes marxistas adotaram o nacionalismo em vez dos ideais internacionalistas. A IV Internacional e as ideias de Trotsky receberam pouca atenção acadêmica devido aos preconceitos contra o trotskismo propagados por Stalin.
Este documento discute a representação do passado na historiografia entre o historicismo do século XIX e o narrativismo do século XX. O historicismo enfatizou a pesquisa rigorosa de fontes para construir narrativas individuais, enquanto o narrativismo questionou a referencialidade dos textos históricos. O autor argumenta que esses paradigmas podem ser conciliados em uma abordagem que atenda tanto a filosofia da pesquisa quanto da narrativa histórica.
José D’Assunção. História Econômica: considerações sobre um campo disciplinareduardo carneiro
Este documento discute a História Econômica como um campo historiográfico. Apresenta uma breve história da História Econômica, desde suas origens no século XIX até se constituir como campo autônomo no século XX. Também define alguns conceitos fundamentais da História Econômica, como "sistema econômico", e discute a abordagem deste campo em examinar conjuntos coerentes de fatos econômicos em determinadas sociedades.
Diversas fases da escola do annales continuidade ou descontinuidadeHelio Smoly
O documento divide a história da "Escola dos Annales" em quatro fases: 1) 1900-1920, quando iniciou-se uma reação à história alemã e propostas de renovação; 2) 1920-1946, quando o projeto se expandiu através de publicações e instituições; 3) 1946-1968, quando os Annales se consolidaram institucionalmente; 4) 1968-1988, quando houve influência do movimento estudantil de 1968 e revisões na orientação.
O documento discute a imprensa no Brasil no período da independência e do primeiro reinado, argumentando que havia mais diversidade do que a periodização tradicional sugere. Apesar de a imprensa da época ser majoritariamente política e panfletária, já existiam jornais mais estáveis e informativos. O documento também analisa figuras importantes como Cairu e características como a irregularidade e efemeridade dos jornais da época.
O documento descreve as diferentes ordens internacionais ao longo da história segundo três modelos: 1) Ordem multipolar, bipolar e unipolar; 2) Quatro momentos históricos identificados por Cox; 3) Quatro ordens divididas por Hoogvelt. Também discute a ordem da Guerra Fria caracterizada pelo confronto EUA-URSS e sua dissolução nas décadas de 80-90.
A Guerra Fria foi um período de forte polarização ideológica entre o capitalismo liderado pelos EUA e o socialismo liderado pela URSS, que dividiu o mundo em blocos e resultou em disputas geopolíticas globais por mais de 40 anos, até o colapso da União Soviética em 1989.
O documento analisa o livro "A Era das Revoluções" de Eric Hobsbawm. O livro discute as Revoluções Francesa e Industrial, analisando suas causas e consequências profundas nas sociedades entre 1789-1848. A Revolução Industrial começou na Inglaterra devido a fatores econômicos, tecnológicos e sociais. A Revolução Francesa espalhou ideias liberais na Europa e marcou a queda da monarquia com a Declaração dos Direitos do Homem. As revoluções transformaram a
1. O documento discute diferentes métodos historiográficos, incluindo o modelo clássico ou positivista, a abordagem marxista e a nova história. 2. Karl Marx via a história como definida pela luta de classes entre a classe dominante e a trabalhadora. 3. A nova história questiona verdades históricas estabelecidas e busca novas fontes como documentos e testemunhos.
O documento discute as concepções de história de Frederick Jackson Turner, um importante historiador norte-americano do século XX. Turner via a história como uma disciplina que deveria fornecer compreensão do presente através da análise do passado, rejeitando abordagens literárias ou definitivas. Ele defendia que as forças sociais e econômicas, e não apenas os eventos políticos, deveriam ser estudadas para entender a história.
Como nasceu e como morreu o marxismo ocidentalCésar Pereira
O documento discute como o "marxismo ocidental" falhou em reconhecer as questões coloniais e a violação dos direitos humanos nos países capitalistas e liberais. Isso levou a uma visão idealizada desses sistemas e uma incapacidade de criticá-los adequadamente. Autores como Mao e Ho Chi Minh, por outro lado, reconheceram a opressão racial e colonial nesses países. Essa remoção da questão colonial contribuiu para o declínio do marxismo ocidental.
Com o intuito de fornecer ao aluno um conhecimento histórico, destacando os personagens que de fato viveram durante a época estudada, foi apresentada para os alunos a história de vida da teórica marxista Rosa Luxemburgo, no âmbito do assunto abordado em sala de aula – Pós-Primeira Guerra Mundial. O descrito se deu na turma do 9° Ano “A” do Ensino Fundamental II, no turno da manhã, em 30 de maio de 2017, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena.
Este documento é uma resenha do livro "Era dos Extremos: o Breve Século XX (1914-1991)" do historiador Eric Hobsbawm. O autor da resenha resume o livro da seguinte forma:
1) Hobsbawm divide o século XX em três partes: a era da catástrofe de 1914 a 1945, a era de ouro de 1945 a 1970, e o desmoronamento de 1970 a 1991.
2) O século XX pode ser visto como o século da guerra, com as duas guerras mundiais quase se fundindo em
O documento descreve o contexto cultural e científico do século XIX, marcado pela confiança no progresso científico e surgimento do positivismo. Apresenta os principais movimentos artísticos como o realismo e o impressionismo, que procuravam retratar a realidade de forma objetiva, e a Art Nouveau, que buscava a inovação formal inspirada na natureza.
O documento discute o surgimento da "Escola dos Annales" e sua abordagem histórica. A Escola dos Annales surgiu na década de 1920 na Universidade de Estrasburgo sob a influência de Lucien Febvre e Marc Bloch. Eles propuseram uma "nova história" influenciada pelas ciências sociais, que se afastava da história política tradicional e enfatizava temas como economia e mentalidades coletivas.
The document provides results from the 2011 ALPE ADRIA Road Racing Championship in three classes: 125 Sport, 125 GP, and SSt 600. In the 125 Sport class, Stefano Schillaci from Italy finished in first place overall with 178 points. In the 125 GP class, Alessio Cappella from Italy came in first with 106 total points. In the SSt 600 class, Lukas Jasensky from Slovakia was the winner with 120 points. The document lists the ranking of the top drivers in each class based on their performances across multiple races that took place between April and August 2011.
February 21 Nestlé fy11 roadshow transcript (f)Nestlé SA
The document is a transcript from a Nestlé investor roadshow presentation in February 2012. In the presentation, Nestlé executives discuss the company's strong financial performance in 2011, with 7.5% organic growth and margin expansion. They highlight how Nestlé has consistently delivered on its business model over the past decade through organic growth, acquisitions, and divestitures. The executives also discuss opportunities in consumer trends around nutrition, health and wellness, and how Nestlé is transforming its portfolio and business model to capitalize on these trends globally.
This document contains race data and statistics for the horse Bonaria. It includes details of Bonaria's past races such as dates, locations, distances, finishing positions, and odds. It also lists the horse's breeding, ownership, jockey, and trainer information. The highest profile race was Bonaria's first place finish in the Group 2 Drake International Cup over 2500m at Moonee Valley on October 22nd, 2011.
Mark Wagner works as an account executive for Dimension Craft Inc. and has received praise from previous clients for his excellent customer service, communication skills, creativity, responsibility, and timely delivery. Jonathan Pearson, a past client, described Mark as a detailed manager with a can-do attitude who successfully balances client and company needs. Vicki Matranga, another client, said Mark is the best and provided super service for her museum exhibition project at Kendall College.
O documento discute a industrialização na Inglaterra no século XVIII e XIX, mencionando fatores que contribuíram para seu desenvolvimento como acúmulo de capitais e mão de obra disponível. Também aborda teóricos como Adam Smith e David Ricardo, as consequências do industrialismo como consolidação do capitalismo e urbanização, e diferentes correntes do socialismo como o socialismo utópico, científico e cristão.
O documento descreve a evolução da historiografia desde os gregos até a Revolução Francesa. Os gregos tinham uma visão anti-histórica, focada no eterno e não no transitório. Durante a Iluminismo, houve uma primeira contestação à narrativa dominante da história dos grandes feitos, mas foi apenas no século XIX que a "nova história" sociocultural foi marginalizada em favor da história política defendida por Ranke.
O documento descreve a evolução da escola historiográfica dos Annales em 4 fases, desde sua fundação na década de 1920 até os dias atuais. A escola promoveu uma abordagem interdisciplinar e socioeconômica da história, marginalizando temas políticos. Fernand Braudel foi líder da segunda geração e desenvolveu a noção de longa duração. Posteriormente, novos temas como a história cultural e mentalidades ganharam relevância.
O documento discute a crítica feita pelos Annales à história "tradicional" no início do século 20 e os pontos em comum entre a abordagem dos Annales e a concepção marxista de história, como a ênfase na síntese global que explique a sociedade como uma totalidade estruturada e a vinculação da pesquisa histórica com preocupações do presente.
O documento discute as diferentes versões historiográficas sobre o golpe militar de 1964 e a ditadura no Brasil. Questiona a visão de que Castelo Branco foi moderado e discute a produção recente que contesta essa interpretação. Também aborda a transição da memorialística para abordagens historiográficas profissionais do período.
O documento discute a evolução da historiografia ao longo dos séculos, desde os primeiros registros históricos na Grécia Antiga até as correntes pós-modernistas. Aborda importantes marcos como a cientifização da história no século 19, a Escola dos Annales que ampliou o escopo para além da política, e o marxismo inglês que enfatizou processos históricos e a história "de baixo para cima". Finalmente, discute os questionamentos pós-modernistas sobre a possibilidade da representação exata do
O documento analisa o livro "A Era das Revoluções" de Eric Hobsbawm. O livro discute as Revoluções Francesa e Industrial, analisando suas causas e consequências profundas nas sociedades entre 1789-1848. A Revolução Industrial começou na Inglaterra devido a fatores econômicos, tecnológicos e sociais. A Revolução Francesa espalhou ideias liberais na Europa e marcou a queda da monarquia com a Declaração dos Direitos do Homem. As revoluções transformaram a
1. O documento discute diferentes métodos historiográficos, incluindo o modelo clássico ou positivista, a abordagem marxista e a nova história. 2. Karl Marx via a história como definida pela luta de classes entre a classe dominante e a trabalhadora. 3. A nova história questiona verdades históricas estabelecidas e busca novas fontes como documentos e testemunhos.
O documento discute as concepções de história de Frederick Jackson Turner, um importante historiador norte-americano do século XX. Turner via a história como uma disciplina que deveria fornecer compreensão do presente através da análise do passado, rejeitando abordagens literárias ou definitivas. Ele defendia que as forças sociais e econômicas, e não apenas os eventos políticos, deveriam ser estudadas para entender a história.
Como nasceu e como morreu o marxismo ocidentalCésar Pereira
O documento discute como o "marxismo ocidental" falhou em reconhecer as questões coloniais e a violação dos direitos humanos nos países capitalistas e liberais. Isso levou a uma visão idealizada desses sistemas e uma incapacidade de criticá-los adequadamente. Autores como Mao e Ho Chi Minh, por outro lado, reconheceram a opressão racial e colonial nesses países. Essa remoção da questão colonial contribuiu para o declínio do marxismo ocidental.
Com o intuito de fornecer ao aluno um conhecimento histórico, destacando os personagens que de fato viveram durante a época estudada, foi apresentada para os alunos a história de vida da teórica marxista Rosa Luxemburgo, no âmbito do assunto abordado em sala de aula – Pós-Primeira Guerra Mundial. O descrito se deu na turma do 9° Ano “A” do Ensino Fundamental II, no turno da manhã, em 30 de maio de 2017, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena.
Este documento é uma resenha do livro "Era dos Extremos: o Breve Século XX (1914-1991)" do historiador Eric Hobsbawm. O autor da resenha resume o livro da seguinte forma:
1) Hobsbawm divide o século XX em três partes: a era da catástrofe de 1914 a 1945, a era de ouro de 1945 a 1970, e o desmoronamento de 1970 a 1991.
2) O século XX pode ser visto como o século da guerra, com as duas guerras mundiais quase se fundindo em
O documento descreve o contexto cultural e científico do século XIX, marcado pela confiança no progresso científico e surgimento do positivismo. Apresenta os principais movimentos artísticos como o realismo e o impressionismo, que procuravam retratar a realidade de forma objetiva, e a Art Nouveau, que buscava a inovação formal inspirada na natureza.
O documento discute o surgimento da "Escola dos Annales" e sua abordagem histórica. A Escola dos Annales surgiu na década de 1920 na Universidade de Estrasburgo sob a influência de Lucien Febvre e Marc Bloch. Eles propuseram uma "nova história" influenciada pelas ciências sociais, que se afastava da história política tradicional e enfatizava temas como economia e mentalidades coletivas.
The document provides results from the 2011 ALPE ADRIA Road Racing Championship in three classes: 125 Sport, 125 GP, and SSt 600. In the 125 Sport class, Stefano Schillaci from Italy finished in first place overall with 178 points. In the 125 GP class, Alessio Cappella from Italy came in first with 106 total points. In the SSt 600 class, Lukas Jasensky from Slovakia was the winner with 120 points. The document lists the ranking of the top drivers in each class based on their performances across multiple races that took place between April and August 2011.
February 21 Nestlé fy11 roadshow transcript (f)Nestlé SA
The document is a transcript from a Nestlé investor roadshow presentation in February 2012. In the presentation, Nestlé executives discuss the company's strong financial performance in 2011, with 7.5% organic growth and margin expansion. They highlight how Nestlé has consistently delivered on its business model over the past decade through organic growth, acquisitions, and divestitures. The executives also discuss opportunities in consumer trends around nutrition, health and wellness, and how Nestlé is transforming its portfolio and business model to capitalize on these trends globally.
This document contains race data and statistics for the horse Bonaria. It includes details of Bonaria's past races such as dates, locations, distances, finishing positions, and odds. It also lists the horse's breeding, ownership, jockey, and trainer information. The highest profile race was Bonaria's first place finish in the Group 2 Drake International Cup over 2500m at Moonee Valley on October 22nd, 2011.
Mark Wagner works as an account executive for Dimension Craft Inc. and has received praise from previous clients for his excellent customer service, communication skills, creativity, responsibility, and timely delivery. Jonathan Pearson, a past client, described Mark as a detailed manager with a can-do attitude who successfully balances client and company needs. Vicki Matranga, another client, said Mark is the best and provided super service for her museum exhibition project at Kendall College.
O documento discute a industrialização na Inglaterra no século XVIII e XIX, mencionando fatores que contribuíram para seu desenvolvimento como acúmulo de capitais e mão de obra disponível. Também aborda teóricos como Adam Smith e David Ricardo, as consequências do industrialismo como consolidação do capitalismo e urbanização, e diferentes correntes do socialismo como o socialismo utópico, científico e cristão.
O documento descreve a evolução da historiografia desde os gregos até a Revolução Francesa. Os gregos tinham uma visão anti-histórica, focada no eterno e não no transitório. Durante a Iluminismo, houve uma primeira contestação à narrativa dominante da história dos grandes feitos, mas foi apenas no século XIX que a "nova história" sociocultural foi marginalizada em favor da história política defendida por Ranke.
O documento descreve a evolução da escola historiográfica dos Annales em 4 fases, desde sua fundação na década de 1920 até os dias atuais. A escola promoveu uma abordagem interdisciplinar e socioeconômica da história, marginalizando temas políticos. Fernand Braudel foi líder da segunda geração e desenvolveu a noção de longa duração. Posteriormente, novos temas como a história cultural e mentalidades ganharam relevância.
O documento discute a crítica feita pelos Annales à história "tradicional" no início do século 20 e os pontos em comum entre a abordagem dos Annales e a concepção marxista de história, como a ênfase na síntese global que explique a sociedade como uma totalidade estruturada e a vinculação da pesquisa histórica com preocupações do presente.
O documento discute as diferentes versões historiográficas sobre o golpe militar de 1964 e a ditadura no Brasil. Questiona a visão de que Castelo Branco foi moderado e discute a produção recente que contesta essa interpretação. Também aborda a transição da memorialística para abordagens historiográficas profissionais do período.
O documento discute a evolução da historiografia ao longo dos séculos, desde os primeiros registros históricos na Grécia Antiga até as correntes pós-modernistas. Aborda importantes marcos como a cientifização da história no século 19, a Escola dos Annales que ampliou o escopo para além da política, e o marxismo inglês que enfatizou processos históricos e a história "de baixo para cima". Finalmente, discute os questionamentos pós-modernistas sobre a possibilidade da representação exata do
Aula hist. do livro. braude212121121l.pdfeverethvt
Este documento discute a vida e obra do historiador Fernand Braudel. Em três parágrafos, aborda a trajetória intelectual e carreira de Braudel, sua concepção inovadora de história que incorporava diferentes temporalidades e a interdisciplinaridade, e sua influente obra "O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo à Época de Filipe II".
1) O documento discute a Nova História Cultural, abordando seu surgimento a partir da crítica ao paradigma tradicional da história e da influência dos movimentos dos Annales e da história social marxista.
2) É apresentada a autora Lynn Hunt e seu livro "A Nova História Cultural", que deu nome ao movimento. Seus principais expoentes como Foucault, Bourdieu e as ideias de longa duração de Braudel também são discutidos.
3) O programa da Nova História Cultural é definido como uma abordagem que privilegia
A Nova História Cultural - resenha e orientaõesMelissaVicente8
1. O documento descreve a obra "A Nova História Cultural" de Lynn Hunt e o contexto em que foi escrita. Apresenta os principais conceitos da Nova História Cultural como uma abordagem que se volta para a cultura e a vida das massas.
2. Destaca os principais pensadores que influenciaram a Nova História Cultural, como os membros da Escola dos Annales, que criticaram a história política tradicional, assim como teóricos como Foucault e Thompson, que deram ênfase aos aspectos sociais e culturais.
3. Ex
História do Direito - Idade Moderna - Professora LuizaNathália Camargo
O documento descreve o desenvolvimento da história como disciplina acadêmica na Idade Moderna. A crítica erudita estabeleceu métodos para analisar documentos de forma rigorosa. Vico definiu a história como o estudo do desenvolvimento das sociedades humanas. Os iluministas ampliaram as perspectivas da história para incluir aspectos culturais e questões políticas e econômicas.
A alternativa correta é a letra a. O texto afirma que foi durante o Iluminismo que ocorreu, pela primeira vez, uma contestação ao tipo de narrativa histórica que apresentava a história como os grandes feitos de grandes chefes militares e reis, ou seja, uma história dos grandes heróis.
1. O livro analisa a evolução da percepção e atitude em relação à história ao longo dos tempos, desde a Idade Média até o século XX.
2. A obra discute como diferentes correntes de pensamento, como o marxismo e o conservadorismo, enxergam a história.
3. Também examina como o homem moderno passou a se envolver de forma diferente com a história a partir do século XVII.
Apresentação CEFE - Antecedentes Históricos Mundiais face à Terceira RevoluçãoCEFEbr
Apresentação CEFE - Antecedentes Históricos Mundiais face à Terceira Revolução
Centro de Estudos Filosóficos Espírita
http://www.filosofiaespirita.org/
O documento descreve a imprensa no Brasil no período da independência e do primeiro reinado, dividindo-a em duas fases. A primeira fase era predominantemente de jornais político-panfletários, engajados e efêmeros. A segunda fase viu o surgimento de jornais mais estáveis e informativos organizados como empresas. No entanto, o documento argumenta que essa divisão é uma simplificação, já que alguns jornais comerciais surgiram já na primeira metade do século XIX.
O documento discute a periodização da história dividida em Pré-História e História propriamente dita, e como esta é dividida em períodos como a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna/Contemporânea de acordo com marcos como o advento da escrita e queda do Império Romano. Também debate conceitos como positivismo e como a história deve ser constantemente reescrita.
O documento apresenta resumos de vários livros sobre temas históricos e políticos, incluindo a história do Brasil, a obra de Maquiavel e o positivismo no Brasil.
Manuel Teixeira Gomes descrito por Maria João Raminhos DuarteLoulet
Manuel Teixeira Gomes foi um influente escritor e político português cuja vasta obra literária refletia o Algarve e figuras da época. Sua visão estética clássica e pagã entrou em conflito com a moral conservadora do regime ditatorial, que tentou obscurecer sua reputação por seu republicanismo e sensualidade nas obras.
Resenha do texto historia das mentalidades e historia cultural r vainfasSandra Kroetz
1) O autor discute a história das mentalidades no contexto da Escola dos Annales francesa, que buscava estudar as mentalidades e modo de vida das massas, em contraposição à história focada em eventos políticos e militares.
2) É apresentada a evolução da Escola dos Annales em três fases, com ênfase inicial na economia e, posteriormente, no estudo das mentalidades.
3) O conceito de mentalidades é debatido, com dificuldades em sua definição e delimitação conceitual, contribuindo para seu de
Este documento descreve a Questão Coimbrã, um debate literário que ocorreu em Portugal entre 1865-1866 entre a geração romântica ultraconservadora liderada por António Feliciano de Castilho e a geração contestatária de 1870 liderada por Antero de Quental. O debate envolveu cartas, artigos e até um duelo e levantou questões sobre o papel da literatura na sociedade. A geração de 1870 defendia uma abordagem mais política e socialmente engajada em contraste com o romantismo oficial da g
Lucien Febvre e Marc Bloch foram os fundadores do movimento dos Annales. Embora diferentes em personalidade, trabalharam juntos por vinte anos entre as duas guerras mundiais. Na Escola Normal Superior, Febvre foi influenciado por professores interessados em aproximar história de outras ciências sociais. Sua tese de doutorado já demonstrava interesse em aspectos sociais e econômicos da história.
1) O documento discute o trabalho de Ellen Meiksins Wood sobre o "mito da plebe desocupada" na Grécia Antiga e como esse conceito influenciou interpretações sobre o mundo romano.
2) A autora argumenta que os espetáculos de gladiadores eram populares entre todas as camadas sociais romanas, não apenas a "plebe desocupada".
3) O documento defende novas abordagens para entender os espetáculos na arena romana além da visão de que eram apenas para manter a população ocupada.
Aula v a terceira geração-revisto e ampliandoHelio Smoly
A Escola dos Anais passou por três gerações. A terceira geração surgiu em um contexto de descolonização e questionamento do eurocentrismo, levando os historiadores a estudarem outras culturas e a relativizarem a história do Ocidente. Isso resultou no surgimento da antropologia histórica e de uma nova abordagem sociocultural na historiografia francesa.
Aula iii annales - programa - marc bloc - nova versãoHelio Smoly
O documento discute a expressão "nouvelle histoire", definindo-a como a história sob influência das ciências sociais que surgiu no início do século XX e se consolidou com a revista Annales d'Histoire Economique et Sociale fundada em 1929 por Lucien Febvre e Marc Bloch. A nouvelle histoire rompeu com a tradição ao adotar novos métodos e questões influenciados pelas ciências sociais.
1) O documento descreve o contexto histórico que levou ao surgimento da escola dos Annales, em especial os efeitos da Primeira Guerra Mundial e da Grande Depressão de 1929.
2) A Primeira Guerra Mundial causou um grande trauma e questionou a visão eurocêntrica da história, ao mesmo tempo em que a economia passou a ter um papel central na sociedade e na política.
3) Nesse cenário, Marc Bloch e Lucien Febvre fundaram a revista Annales em 1929 para propor uma "nova
Este documento descreve um plano de curso para a disciplina Teoria da História II, que analisa a historiografia francesa da Escola dos Annales, seu combate contra a história narrativa e o determinismo econômico, e seus desdobramentos até a terceira geração. O curso tem como objetivos permitir que os alunos compreendam os significados do movimento dos Annales e identifiquem suas principais fases, por meio de aulas expositivo-dialogadas e debates teóricos estimulados.
Este artigo discute as relações entre as ciências humanas e a necessidade de uma abordagem interdisciplinar. A história pode contribuir com seu estudo do tempo social, que não se resume ao passado, mas também influencia o presente. As outras ciências sociais precisam reconhecer a importância da duração histórica e da pluralidade de tempos na realidade social.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e bateria de longa duração. O dispositivo também possui processador mais rápido e armazenamento expansível. O novo modelo será lançado em outubro por um preço inicial de US$799.
Escola do annales surgimento da escola dos analles e o seu programaHelio Smoly
1) O documento discute o surgimento da Escola dos Annales e da nouvelle histoire no início do século XX.
2) A nouvelle histoire surgiu sob a influência das ciências sociais e se corporificou na revista Annales d'Histoire Economique et Sociale fundada por Lucien Febvre e Marc Bloch em 1929.
3) Febvre e Bloch desenvolveram esse novo enfoque histórico enquanto trabalhavam na Universidade de Estrasburgo, que enfatizava a interdisciplinaridade e levou os futuros Annal
Escola do annales surgimento da escola dos analles e o seu programa
Aula 1 teoria ii
1. O Antigo Regime na Historiografia e seus Críticos
• Lucien Febvre e Marc Bloch foram os líderes do que pode ser
denominado Revolução Francesa da Historiografia.
• Para interpretar as ações dos revolucionários, contudo, é necessário
conhecer alguma coisa do antigo regime que desejavam derrubar.
Para sua descrição e compreensão, não é suficiente permanecer nos
quadros historiográficos restritos da situação francesa do início do
século, quando Febvre e Bloch eram estudantes.
• Torna-se necessário examinar a história da historiografia na sua
longa duração.
• Desde os tempos de Heródoto e Tucídides, a história tem sido escrita
sob uma variada forma de gêneros: crônica monástica, memória
política, tratados de antiquários, e assim por diante.
• A forma dominante, porém, tem sido a narrativa dos
acontecimentos políticos e militares, apresentada como a história
dos grandes feitos de grandes homens – chefes militares e reis.
• Foi durante o Iluminismo que ocorreu, pela primeira vez, uma
contestação a esse tipo de narrativa histórica1.
1
Maiores detalhes e referências em Burke (1988).
1
2. • Por volta de meados do século XVIII, um certo número de escritores
e intelectuais, na Escócia, França, Itália, Alemanha e em outros
países, começou a preocupar-se com o que denominava a “história
da sociedade”.
• Uma história que não se limitava a guerras e à política, mas
preocupava-se com as leis e o comércio, a moral e os “costumes”,
temas que haviam sido o centro de atenção do famoso livro de
Voltaire Essai sur lés moeurs.
• Esses estudiosos abandonaram o que John Millar de Glasgow
chamara “aquela face comum dos eventos que recobre os detalhes
do historiador vulgar”, para concentrarem-se na história das
estruturas, tais como o sistema feudal ou a constituição britânica.
• Alguns deles dedicaram-se à reconstrução de comportamentos e
valores do passado, especialmente à história do sistema de valores
conhecido corno “cavalaria”; outros à história da arte, da literatura e
da música. Por volta do final do século, esse grupo internacional de
estudiosos havia produzido um conjunto de obras extremamente
importante.
• Alguns historiadores, como Edward Gibbon em seu Declínio e
Queda do Império Romano, integraram à narrativa dos
acontecimentos políticos esse novo tipo de história sociocultural.
• Contudo, uma das conseqüências da chamada “Revolução
Copernicana” na história ligada ao nome de Leopold von Ranke, foi
marginalizar, ou re-marginalizar, a história sociocultural.
2
3. • Os interesses pessoais de Ranke não se limitavam à história política.
Escreveu sobre a Reforma e a Contra-Reforma e não rejeitou a
história da sociedade, da arte, da literatura ou da ciência. Apesar
disso, o movimento por ele liderado e o novo paradigma histórico
elaborado arruinaram a “nova história” do século XVIII. Sua
ênfase nas fontes dos arquivos fez com que os historiadores que
trabalhavam a história sociocultural parecessem meros dilettanti.
• Os epígonos de Ranke foram, porém, mais intolerantes que o mestre
e, numa época em que os historiadores buscavam profissionalizar-se,
a história não-política foi excluída da nova disciplina acadêmica 2. As
novas revistas profissionais fundadas no final do século XIX, tais
como Historische Zeitschrift (1865), Revue Historique (1876) e a
English Historical Review (1886), concentravam-se na história dos
eventos políticos. O prefácio do primeiro volume da EHR declarava
sua intenção de dedicar-se aos temas da Política e do Estado”. Os
ideais dos novos historiadores profissionais foram sistematizados em
compêndios sobre o método histórico, como, por exemplo, o dos
historiadores franceses Langlois e Seignobos, Introduction aux
études historiques (1897).
• Mesmo no século XIX, alguns historiadores foram vozes
discordantes. Michelet e Burckhardt, que escreveram suas histórias
sobre o Renascimento mais ou menos na mesma época, 1865 e 1860,
respectivamente, tinham uma visão mais ampla da história do que os
seguidores de Ranke. Burckhardt interpretava a história como um
campo em que interagiam três forças:
1. – o Estado,
2
Sobre isso, consultar Gilbert (1965) e Boer (1981).
3
4. 2. - a Religião e a
3. - Cultura ,
• enquanto Michelet defendia o que hoje poderíamos descrever como
uma “história da perspectiva das classes subalternas”, em suas
próprias palavras “a história daqueles que sofreram, trabalharam,
definharam e morreram sem ter a possibilidade de descrever seus
sofrimentos” (Michelet, 1842, p.8).
• Não podemos esquecer que a obra-prima do velho historiador francês
Fustel de Coulanges, A Cidade Antiga (1864), dedicava-se antes à
história da religião, da família e da moralidade, do que aos eventos e
à política.
• Marx também oferecia um paradigma histórico alternativo ao de
Ranke. Segundo sua visão histórica, as causas fundamentais da
mudança histórica deveriam ser encontradas nas tensões existentes
no interior das estruturas socioeconômicas.
• Os historiadores econômicos foram, talvez, os opositores mais bem
organizados da história política. Gustav Schmoller, professor em
Estrasburgo, nesse tempo pertencente à Alemanha (1872), por
exemplo, foi o cabeça de uma importante escola histórica. Uma
revista de história social e econômica foi criada em 1893, a
Vierteljahrschrift fur Sozial – und Wirschaftsgeshichte.
4
5. • Na Grã-Bretanha, alguns estudos clássicos de história econômica,
como os de William Cunnigham, Growth of English Trade
(Desenvolvimento comercial Inglês), e J.E. Thorold Roger, Six
Centuries of Work and Wages [salários], datam de 1882 e 1884,
respectivamente (Coleman, 1987, pp. 38ss). Henri Hauser, Henri Sée
e Paul Mantoux, na França, começaram a escrever sobre história
econômica no final do século XIX (Hauser; 1899; Sée, 1901;
Mantoux, 1906).
• O domínio, ou como dizia Schmoller, o “imperialismo” da história
política, era freqüentemente contestado na última parte do século
XIX. J.R.Green abria sua Short History of English People afirmando
claramente ter “devotado mais espaço a Chaucer do que a Crécy,
a Caxton do que à insignificante disputa entre os yorkistas e
lancastreanos, à lei dos pobres de Elisabete do que à sua vitória
de Cadiz, à Reforma Metodista do que à fuga do Jovem
Pretendente (Charles Edward Stuart)”3.
• Os fundadores da nova disciplina, a sociologia, expressavam pontos
de vista semelhantes.
• Augusto Comte ridiculizava o que chamava de “insignificantes
detalhes estudados infantilmente pela curiosidade irracional de
compiladores cegos de anedotas inúteis”, e defendia o que chamou,
numa frase famosa, “uma história sem nomes” (Comte, 1864, lição
52).
• Herbert Spencer queixava-se de que “As biografias dos monarcas
(e nossas crianças aprendem pouco mais do que isso) pouco
esclarecem a respeito da ciência da sociedade” (Spencer, 1861, pp.
26ss).
3
Como Himmelfarb (1987) assinala, p.152, o texto de Greeen desmente algumas dessas
afirmações.
5
6. • Da mesma maneira, Durkheim despreza os acontecimentos
particulares, nada mais do que “manifestações superficiais”; a
história aparente mais do que a história real de uma determinada
nação (Durkheim, 1896, p.v.).
• Por volta de 1900, as críticas à história política eram particularmente
agudas, e as sugestões para sua substituição bastante férteis4.
• Na Alemanha, nesses anos, ocorreu a chamada “controvérsia de
Lamprecht”. Karl Lamprecht, professor em Leipzig, colocava em
oposição à história política – nada mais do que uma história de
indivíduos – a história cultural ou econômica, considerada como a
história do povo. Posteriormente, definiu a história
“primordialmente como uma ciência sociopsicológica”5.
• Nos Estados Unidos, o famoso estudo de Frederick Jackson Turner
sobre “o significado da fronteira na história americana” (1893)
produziu uma clara ruptura com a história dos acontecimentos
políticos, ao passo que, no início do novo século, um movimento foi
lançado por James Harvey Robinson sob a bandeira da “Nova
História”.
• De acordo com Robinson, “História inclui qualquer traço ou
vestígio das coisas que o homem fez ou pensou, desde o seu
surgimento sobre a terra”. Por método, “A Nova História deverá
utilizar-se de todas as descobertas sobre a humanidade, que estão
sendo feitas por antropólogos, economistas, psicólogos e
sociólogos”6.
4
Cf. Iggers (1975), pp. 27 ss, sobre o que ele denomina “A crise da concepção convencional da
História ‘científica’”.
5
Lamprecht (1894), prefácio: Lamprecht (1904). Sobre ele, ver Weintraub (1966), cap. 4.
6
Robinson (1912). A seu respeito ver Hendricks (1946).
6
7. • Nessa mesma época, na França, a natureza da história tornou-se o
objeto de um intenso debate. A estreiteza intelectual do
establishment histórico não deve ser, porém, exagerada. O fundador
da Revue Historique, Gabriel Monod, conciliava seu entusiasmo
pela “história científica” alemã com sua admiração por Michelet, a
quem conhecera pessoalmente e cuja biografia escrevera. Era por sua
vez admirado por seus alunos Hauser e Fcbvre.
• Por outro lado, Ernest Lavisse, um dos mais importantes
historiadores em atividade na época, era o editor geral da História da
França, publicada em dez volumes, entre 1900 e 1912.
• Seus interesses pessoais estavam voltados para a história política, de
Frederico, o Grande, a Luís XIV. Contudo, a concepção histórica
subjacente a esses dez volumes era muito mais abrangente. A seção
introdutória foi escrita por um geógrafo, o volume dedicado ao
Renascimento, por um historiador da cultura, e o próprio balanço da
época de Luís XIV, escrito por Lavisse, dedicou parte substancial às
artes e, particularmente, à política das artes 7. Portanto, é inexato
pensar que os historiadores profissionais desse período estivessem
exclusivamente envolvidos com a narrativa dos acontecimentos
políticos.
• De qualquer forma, os historiadores eram vistos dessa maneira pelos
cientistas sociais. O desprezo de Durkheim pelos eventos já foi
mencionado; seu seguidor, o economista François Simiand, foi mais
longe nesse sentido, quando, num famoso artigo, atacou o que
chamou de “os ídolos da tribo dos historiadores”.
• Segundo ele, havia três ídolos que deveriam ser derrubados:
7
Lavisse (1900-1912). O geógrafo era Paul Vidal de Ia Blache e o Historiador cultural I Henri
Lemonnier. Sobre Lavisse, Boer (1987).
7
8. I. “o ídolo político”, “a eterna preocupação com a história
política, os fatos políticos, as guerras, etc., que conferem a
esses eventos uma exagerada importância”;
II. o “ídolo individual”, isto é, a ênfase excessiva nos chamados
grandes homens, de forma que mesmo estudos sobre
instituições eram apresentados como “Pontchartrain e o
Parlamento de Paris”, ou coisas desse gênero; e, finalmente,
III. o “ídolo cronológico”, ou seja, “o hábito de perder-se nos
estudos das origens” (Simiand, 1903).
• Os três temas seriam caros aos Annales, e a eles retornaremos.
• O ataque aos ídolos da tribo dos historiadores fazia uma referência
particular a um dos chefes tribais, o protegido de Lavisse, Charles
Seignobos, professor da Sorbonne e co-autor de uma das mais
conhecidas introduções ao estudo da história8. Talvez tenha sido por
essa razão que Seignobos se transformou no símbolo de tudo aquilo
a que os reformadores se opunham.
• De fato, ele não era exclusivamente um historiador político, pois
escrevera também sobre civilização.
8
Langlois e Seignobos (1897). A seu respeito, ver Boer (1987).
8
9. • Estava interessado na relação entre a história e as ciências sociais,
embora não tivesse a mesma visão dessa relação que Simiand ou
Febvre.
• Estes publicaram duras críticas a seu trabalho. A crítica de Simiand
apareceu numa nova revista, a Revue de Synthèse Historique,
fundada por um grande empreendedor intelectual, Henri Berr.
• Sua intenção, encorajar historiadores a colaborar com outras
disciplinas, especialmente com a psicologia e a sociologia, na
esperança de produzir o que ele chamava de “psicologia histórica”
ou “coletiva” (Siegel, 1983).
• Em outras palavras, o que os americanos chamam de “psico-
história” é consideravelmente anterior aos anos 50 e ao famoso
estudo de Erik Erikson sobre o Young Man Luther (Erikson, 1954).
• O ideal de Berr, uma psicologia histórica construída através de uma
cooperação interdisciplinar, teve grande ressonância em dois jovens
que escreveram para a sua revista. Seus nomes: Lucien Febvre e
Marc Bloch.
9