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SAÚDE MENTAL
HISTORIA DA PSIQUIATRIA
Curso Técnico em Enfermagem
Docente: Joice Lima
Curso Profissionalizante de Enfermagem de Itaperuna - CPEI
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA
Os primeiros hospitais psiquiátricos
 As instituições para loucos, ao decorrer da história, receberam diversas
denominações tais como:
 hospícios;
 Asilos;
 Manicômios;
 hospitais psiquiátricos.
Mas independente do nome como eram conhecidas, todas elas tinham a mesma
finalidade: esconder o que não se desejava ser visto.
As primeiras instituições com a finalidade de esconder aquilo que
não se queria mostrar datam do século XV, iniciadas na Europa,
particularmente na Espanha em Zaragoza, e na Itália em Florença.
Vale ressaltar que muitas bibliografias apontam o primeiro hospício
sendo fundado em Valência, na Espanha, em 1410.
Na verdade, esta instituição não passava de um hospital geral com
caráter de albergues para pobres.
No século XVII os manicômios abrigavam além dos doentes mentais
também os demais marginalizados da sociedade, que igualmente
perturbavam a ordem social, dentre os quais se cita os mendigos,
desempregados, criminosos, prostitutas, doentes crônicos,
alcoólatras e pessoas sem domicílio.
 O enclausuramento coletivo destas pessoas, consideradas incômodas
à sociedade, ocorreu no intuito de esconder a miséria que era gerada
pela desordem social e econômica da época. O cuidado, nestas
instituições era prestado por religiosas que almejavam o perdão de
seus pecados.
INÍCIO DAS INSTITUIÇÕES
HOSPITALARES NO BRASIL
 A loucura no Brasil só começa a ser objeto de intervenção do
Estado a partir da chegada da família Real. Então muitas mudanças
ocorrem no período que segue, exigindo um controle efetivo sobre
o crescimento da sociedade.
 Desta forma, a medicina, enquanto mecanismo social passa a
desenhar o projeto do qual emerge a psiquiatria brasileira.
 O tratamento oferecido aos loucos
era de péssima qualidade.
 Os doentes mentais ficavam sob a
responsabilidade das santas casas de
misericórdia, sendo abrigados em
porões.
 O atendimento oferecido não incluía cuidados médicos, visto que a principal
finalidade era fornecer abrigo, alimento e cuidados religiosos aos alienados.
 Era necessário reestruturar o atendimento prestado a estas pessoas.
 Em 1830, a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro realizou um
diagnóstico da situação dos loucos na cidade. Sendo assim, os loucos
passaram a ser reconhecidos como doentes mentais, e como tal mereciam
um espaço próprio para tratamento e recuperação..
 Assim, a medicina reivindicava os espaços para tratar a doença mental, e
solicitava a abertura de instituições específicas para esta clientela, com o lema:
“Aos loucos o hospício!”.
 Isso ocorreu na intenção do que os loucos, de fato, tivessem o direito ao
tratamento médico e cuidado de saúde.
 Na intenção de expor uma posição crítica da classe médica e entendendo a
clausura como forma de tratamento, foi iniciada a luta pela abertura dos
hospitais psiquiátricos.
 O isolamento de Pinel ainda permanecia em voga, sendo compreendido como
uma boa e adequada terapêutica
 Este movimento pela criação de instituições específicas para doentes mentais resultou na
instalação do primeiro hospital psiquiátrico brasileiro. Este foi inaugurado em 1852,
durante o Segundo Reinado, denominado Hospício de Alienados Pedro II, no Rio de
Janeiro. Posteriormente, por seu grande porte e pelas decorações de luxo que possuía
ficou conhecido como “palácio dos loucos”.
E no período de 1852 a 1886 muitas instituições psiquiátricas foram criadas em todo
território nacional, devido a necessidade de atender a esta demanda.
OS HOSPITAIS
PSIQUIÁTRICOS HOJE
 Algumas mudanças foram realizadas nos hospitais psiquiátricos. Em alguns locais, no
momento da internação, o paciente não é mais obrigado a deixar todos os seus pertences
pessoais com os familiares.
 Pode permanecer com aqueles que não representam risco de vida como relógios,
pulseiras, brincos, as próprias roupas, visto que em muitos lugares não se utiliza mais o
uniforme.
 Outra mudança observada em
alguns locais é a convivência entre
homens e mulheres. As alas são
separadas, mas há espaços em
comum a ambos os sexos.
 Isto favorece o seu
reconhecimento enquanto homem
ou mulher, permitindo
relacionarem-se entre si.
 Reconhece-se a transformação
da instituição hospitalar, mas no
ponto mais crítico do tratamento
o hospital não apresentou
nenhuma mudança ou avanço:
continua segregando, excluindo e
estigmatizando o doente mental.
 As mudanças que têm ocorrido
somente são observadas no
interior da instituição; a sociedade
não percebe essas mudanças.
 Então a imagem do paciente
psiquiátrico como louco perigoso e
incapaz ainda é muito presente,
persistindo a antiga ideia do
isolamento.
 Não há ações efetivas no hospital
psiquiátrico de reinserção na
sociedade, de retorno do paciente
ao seu meio familiar e social.
 Tanto isso é verdade que o número
de reinternações é muito elevado,
mostrando e reafirmando a
ineficiência deste modelo excludente.
 Chegamos ao momento de repensar
essa prática que não vê o paciente
como o ator principal e, por isso,
não o valoriza enquanto beneficiário
do sistema.
 As ações desenvolvidas devem
atender às necessidades do paciente
e não ser aquelas que a equipe, a
sociedade e a instituição determinam
que seja importantes e suficientes.
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  • 1. SAÚDE MENTAL HISTORIA DA PSIQUIATRIA Curso Técnico em Enfermagem Docente: Joice Lima Curso Profissionalizante de Enfermagem de Itaperuna - CPEI
  • 2. HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA Os primeiros hospitais psiquiátricos  As instituições para loucos, ao decorrer da história, receberam diversas denominações tais como:  hospícios;  Asilos;  Manicômios;  hospitais psiquiátricos. Mas independente do nome como eram conhecidas, todas elas tinham a mesma finalidade: esconder o que não se desejava ser visto.
  • 3. As primeiras instituições com a finalidade de esconder aquilo que não se queria mostrar datam do século XV, iniciadas na Europa, particularmente na Espanha em Zaragoza, e na Itália em Florença.
  • 4. Vale ressaltar que muitas bibliografias apontam o primeiro hospício sendo fundado em Valência, na Espanha, em 1410. Na verdade, esta instituição não passava de um hospital geral com caráter de albergues para pobres.
  • 5. No século XVII os manicômios abrigavam além dos doentes mentais também os demais marginalizados da sociedade, que igualmente perturbavam a ordem social, dentre os quais se cita os mendigos, desempregados, criminosos, prostitutas, doentes crônicos, alcoólatras e pessoas sem domicílio.
  • 6.  O enclausuramento coletivo destas pessoas, consideradas incômodas à sociedade, ocorreu no intuito de esconder a miséria que era gerada pela desordem social e econômica da época. O cuidado, nestas instituições era prestado por religiosas que almejavam o perdão de seus pecados.
  • 7. INÍCIO DAS INSTITUIÇÕES HOSPITALARES NO BRASIL  A loucura no Brasil só começa a ser objeto de intervenção do Estado a partir da chegada da família Real. Então muitas mudanças ocorrem no período que segue, exigindo um controle efetivo sobre o crescimento da sociedade.  Desta forma, a medicina, enquanto mecanismo social passa a desenhar o projeto do qual emerge a psiquiatria brasileira.  O tratamento oferecido aos loucos era de péssima qualidade.  Os doentes mentais ficavam sob a responsabilidade das santas casas de misericórdia, sendo abrigados em porões.
  • 8.  O atendimento oferecido não incluía cuidados médicos, visto que a principal finalidade era fornecer abrigo, alimento e cuidados religiosos aos alienados.  Era necessário reestruturar o atendimento prestado a estas pessoas.  Em 1830, a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro realizou um diagnóstico da situação dos loucos na cidade. Sendo assim, os loucos passaram a ser reconhecidos como doentes mentais, e como tal mereciam um espaço próprio para tratamento e recuperação..
  • 9.  Assim, a medicina reivindicava os espaços para tratar a doença mental, e solicitava a abertura de instituições específicas para esta clientela, com o lema: “Aos loucos o hospício!”.  Isso ocorreu na intenção do que os loucos, de fato, tivessem o direito ao tratamento médico e cuidado de saúde.  Na intenção de expor uma posição crítica da classe médica e entendendo a clausura como forma de tratamento, foi iniciada a luta pela abertura dos hospitais psiquiátricos.  O isolamento de Pinel ainda permanecia em voga, sendo compreendido como uma boa e adequada terapêutica
  • 10.  Este movimento pela criação de instituições específicas para doentes mentais resultou na instalação do primeiro hospital psiquiátrico brasileiro. Este foi inaugurado em 1852, durante o Segundo Reinado, denominado Hospício de Alienados Pedro II, no Rio de Janeiro. Posteriormente, por seu grande porte e pelas decorações de luxo que possuía ficou conhecido como “palácio dos loucos”. E no período de 1852 a 1886 muitas instituições psiquiátricas foram criadas em todo território nacional, devido a necessidade de atender a esta demanda.
  • 11. OS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS HOJE  Algumas mudanças foram realizadas nos hospitais psiquiátricos. Em alguns locais, no momento da internação, o paciente não é mais obrigado a deixar todos os seus pertences pessoais com os familiares.  Pode permanecer com aqueles que não representam risco de vida como relógios, pulseiras, brincos, as próprias roupas, visto que em muitos lugares não se utiliza mais o uniforme.
  • 12.  Outra mudança observada em alguns locais é a convivência entre homens e mulheres. As alas são separadas, mas há espaços em comum a ambos os sexos.  Isto favorece o seu reconhecimento enquanto homem ou mulher, permitindo relacionarem-se entre si.  Reconhece-se a transformação da instituição hospitalar, mas no ponto mais crítico do tratamento o hospital não apresentou nenhuma mudança ou avanço: continua segregando, excluindo e estigmatizando o doente mental.
  • 13.  As mudanças que têm ocorrido somente são observadas no interior da instituição; a sociedade não percebe essas mudanças.  Então a imagem do paciente psiquiátrico como louco perigoso e incapaz ainda é muito presente, persistindo a antiga ideia do isolamento.  Não há ações efetivas no hospital psiquiátrico de reinserção na sociedade, de retorno do paciente ao seu meio familiar e social.
  • 14.  Tanto isso é verdade que o número de reinternações é muito elevado, mostrando e reafirmando a ineficiência deste modelo excludente.  Chegamos ao momento de repensar essa prática que não vê o paciente como o ator principal e, por isso, não o valoriza enquanto beneficiário do sistema.  As ações desenvolvidas devem atender às necessidades do paciente e não ser aquelas que a equipe, a sociedade e a instituição determinam que seja importantes e suficientes.