O documento descreve a evolução histórica do tratamento da loucura na Europa, desde a Idade Média até o século XVIII. Resume as 3 principais ideias:
1) Na Idade Média, os leprosos eram o foco da exclusão, mas no século XVII os loucos passaram a ocupar esse papel nas estruturas de exclusão.
2) No século XVII, houve uma expansão de casas de internação na Europa, onde eram internados loucos, pobres e doentes, sem critérios médicos, marcando
O documento descreve diferentes transtornos de personalidade, incluindo suas definições, características e critérios de diagnóstico. É apresentada uma classificação dos transtornos em três grupos (A, B e C), e são detalhados os transtornos borderline, histriônico, anti-social, narcisista, paranóide, esquizóide, esquiva, dependente e obsessivo-compulsivo.
O documento descreve a história da reforma psiquiátrica no Brasil e no mundo, desde os movimentos de desinstitucionalização na Inglaterra e Itália nas décadas de 1950-1960 até os desafios atuais. Destaca os principais marcos no Brasil como a criação dos CAPS na década de 1980 e a Lei 10.216 de 2001, que redirecionou a assistência priorizando serviços comunitários. Aponta a necessidade contínua de ampliar a rede extra-hospitalar e garantir acesso e equidade no atendimento em sa
Este documento discute a obra "A História da Loucura" de Michel Foucault e alguns elementos centrais dela, como a exclusão da loucura da sociedade civilizada e a grande internamento no século XVII, assim como o nascimento da psiquiatria e do manicômio no final do século XVIII.
Este documento resume os principais tópicos abordados em um curso de psicopatologia sobre os transtornos mentais. Ele discute as principais funções psíquicas e suas possíveis alterações patológicas, incluindo a afetividade, linguagem, vontade, inteligência e personalidade. Também descreve vários transtornos específicos como ansiedade, depressão, transtornos de personalidade e alterações da cognição.
O documento discute psicoses, com foco na esquizofrenia e transtorno bipolar. Resume as definições de psicose e esquizofrenia, incluindo sintomas, epidemiologia, critérios diagnósticos e tratamento com antipsicóticos. Também resume brevemente o transtorno bipolar, incluindo critérios, sintomas de mania e hipomania, e etiologia multifatorial.
A Reforma Psiquiátrica no Brasil visa garantir os direitos e cidadania das pessoas com transtornos mentais, substituindo os manicômios por uma rede de serviços comunitários e descentralizados para tratamento e inclusão social dessas pessoas. A lei federal de saúde mental de 2001 regulamenta este processo, garantindo o acesso ao tratamento e protegendo os direitos dessas pessoas.
O documento descreve a reforma psiquiátrica no Brasil e em outros países, começando com o fechamento de hospitais psiquiátricos na Inglaterra e França na década de 1950 e nos Estados Unidos na década de 1960. A reforma psiquiátrica brasileira redirecionou a assistência à saúde mental para serviços comunitários a partir da Lei 10.216 de 2001, porém não extinguiu completamente os manicômios. Entre 1996-2005, o número de leitos em hospitais psiquiátricos no Bras
O documento descreve os principais conceitos e técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). A TCC integra abordagens cognitiva e comportamental, focando em identificar e modificar pensamentos, crenças e comportamentos disfuncionais. O terapeuta trabalha com o paciente para reestruturar cognições através de técnicas como registro de pensamentos automáticos e questionamento socrático.
O documento descreve diferentes transtornos de personalidade, incluindo suas definições, características e critérios de diagnóstico. É apresentada uma classificação dos transtornos em três grupos (A, B e C), e são detalhados os transtornos borderline, histriônico, anti-social, narcisista, paranóide, esquizóide, esquiva, dependente e obsessivo-compulsivo.
O documento descreve a história da reforma psiquiátrica no Brasil e no mundo, desde os movimentos de desinstitucionalização na Inglaterra e Itália nas décadas de 1950-1960 até os desafios atuais. Destaca os principais marcos no Brasil como a criação dos CAPS na década de 1980 e a Lei 10.216 de 2001, que redirecionou a assistência priorizando serviços comunitários. Aponta a necessidade contínua de ampliar a rede extra-hospitalar e garantir acesso e equidade no atendimento em sa
Este documento discute a obra "A História da Loucura" de Michel Foucault e alguns elementos centrais dela, como a exclusão da loucura da sociedade civilizada e a grande internamento no século XVII, assim como o nascimento da psiquiatria e do manicômio no final do século XVIII.
Este documento resume os principais tópicos abordados em um curso de psicopatologia sobre os transtornos mentais. Ele discute as principais funções psíquicas e suas possíveis alterações patológicas, incluindo a afetividade, linguagem, vontade, inteligência e personalidade. Também descreve vários transtornos específicos como ansiedade, depressão, transtornos de personalidade e alterações da cognição.
O documento discute psicoses, com foco na esquizofrenia e transtorno bipolar. Resume as definições de psicose e esquizofrenia, incluindo sintomas, epidemiologia, critérios diagnósticos e tratamento com antipsicóticos. Também resume brevemente o transtorno bipolar, incluindo critérios, sintomas de mania e hipomania, e etiologia multifatorial.
A Reforma Psiquiátrica no Brasil visa garantir os direitos e cidadania das pessoas com transtornos mentais, substituindo os manicômios por uma rede de serviços comunitários e descentralizados para tratamento e inclusão social dessas pessoas. A lei federal de saúde mental de 2001 regulamenta este processo, garantindo o acesso ao tratamento e protegendo os direitos dessas pessoas.
O documento descreve a reforma psiquiátrica no Brasil e em outros países, começando com o fechamento de hospitais psiquiátricos na Inglaterra e França na década de 1950 e nos Estados Unidos na década de 1960. A reforma psiquiátrica brasileira redirecionou a assistência à saúde mental para serviços comunitários a partir da Lei 10.216 de 2001, porém não extinguiu completamente os manicômios. Entre 1996-2005, o número de leitos em hospitais psiquiátricos no Bras
O documento descreve os principais conceitos e técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). A TCC integra abordagens cognitiva e comportamental, focando em identificar e modificar pensamentos, crenças e comportamentos disfuncionais. O terapeuta trabalha com o paciente para reestruturar cognições através de técnicas como registro de pensamentos automáticos e questionamento socrático.
O documento resume os principais aspectos da esquizofrenia, incluindo: (1) A esquizofrenia acomete cerca de 1% da população mundial, geralmente entre 15-35 anos; (2) Os sintomas incluem delírios, alucinações, desorganização do pensamento e comportamento; (3) O tratamento envolve medicamentos antipsicóticos, psicoterapia e apoio familiar.
O documento discute a avaliação psiquiátrica de pacientes, incluindo a entrevista e o exame do estado mental. A entrevista psiquiátrica é estruturada para obter informações sobre o histórico do paciente, enquanto o exame do estado mental avalia funções como pensamento, afeto e percepção para diagnosticar possíveis distúrbios psiquiátricos.
Psicopatologia I- Aula 4: Alterações da ConsciênciaAlexandre Simoes
Este documento resume uma aula de Psicopatologia I sobre alterações da consciência. Apresenta os principais tipos de alterações quantitativas e qualitativas da consciência, incluindo obnubilação, sopor, coma, hipervigilância, estados crepusculares, dissociação da consciência e transe. Também discute demência, prevalência de demência e a diferença entre demência e oligofrenia.
1) O documento descreve a história e evolução do tratamento da saúde mental ao longo dos séculos.
2) Inicialmente, a loucura era vista como contato divino, mas passou a ser entendida como doença a partir do século 18 com Philippe Pinel e outros psiquiatras.
3) O hospital psiquiátrico de La Salpêtrière em Paris é descrito, desde sua fundação até se tornar um centro de tratamento psiquiátrico moderno.
O documento discute o transtorno de personalidade borderline, definindo-o como uma condição mental grave e complexa caracterizada por instabilidade nas relações interpessoais, autoimagem, afetos e impulsividade. Afetando cerca de 2-3% da população, o transtorno está associado a altos níveis de conflitos nas relações, medo de abandono e dificuldade em controlar emoções. O tratamento envolve psicoterapia e, em alguns casos, medicamentos.
O documento discute a psicologia aplicada à enfermagem e enfatiza:
1) A importância da equipe de trabalho e da comunicação entre os membros para o cuidado eficaz dos pacientes;
2) Os diferentes estilos de liderança e como eles afetam a dinâmica da equipe;
3) As relações interpessoais entre os profissionais de saúde e como elas influenciam no resultado do tratamento.
- O pensamento é constituído por conceitos, juízos e raciocínio e pode sofrer alterações nestes elementos ou no seu processo. As alterações podem levar a diferentes formas de pensamento como o mágico, derreísta ou obsessivo.
O documento discute transtornos do humor (afetivos), incluindo definições de afetividade e humor, classificações do CID-10, características e formas de transtorno afetivo bipolar, sintomas de mania e depressão, e tratamentos com medicamentos e psicoterapia.
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA - CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIASolangerubim111
Este documento fornece uma visão geral da história da psiquiatria, desde períodos antigos até os desenvolvimentos modernos. Aborda como as doenças mentais eram entendidas e tratadas ao longo dos séculos, desde visões sobrenaturais até a psiquiatria se estabelecer como especialidade médica no século XIX. Também discute contribuições importantes de figuras como Freud, Bleuler e o desenvolvimento de tratamentos farmacológicos modernos.
O documento discute os serviços substitutivos ao modelo hospitalocêntrico de atendimento à saúde mental no Brasil, como os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), NAPS (Núcleos de Apoio Psicossocial) e CERSAMs (Centros de Referência à Saúde Mental). Esses serviços visam acolher pacientes com transtornos mentais em seus territórios, oferecendo atendimento clínico e de reabilitação psicossocial para promover a inclusão social.
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.Alexandre Simoes
[1] O documento apresenta informações sobre a disciplina de Psicopatologia I no 5o período do curso de Psicologia da FUNEDI/UEMG, ministrada pelo professor Alexandre Simões. [2] A disciplina abordará conceitos fundamentais da Psicopatologia como semiologia, nosografia, nosologia e biopoder. [3] Também analisará noções como pathos, normalidade, patologia e como estas concepções influenciaram a constituição do campo da saúde mental.
O documento discute a história do tratamento da saúde mental ao longo dos tempos, desde as civilizações antigas até à era moderna. Aborda figuras importantes como Hipócrates, Aristóteles e Galeno na Grécia Antiga, e o trabalho pioneiro de Philippe Pinel no desenvolvimento da psiquiatria moderna no século XVIII. Também descreve o desenvolvimento dos hospitais psiquiátricos e da psiquiatria em Portugal desde o século XIX.
O documento descreve sintomas comuns de esquizofrenia como ilusões bizarras, afeto inadequado e alucinações. Também discute perturbações de ansiedade como ansiedade generalizada e perturbações obsessivo-compulsivas. Explica ainda mecanismos neurais associados à depressão e papel da amígdala na ansiedade.
O documento descreve a história e funções dos hospitais, destacando que originalmente eram locais para abrigar pobres e doentes sem recursos. Também discute a atuação do psicólogo em hospitais, enfatizando que eles trabalham na promoção da saúde dos pacientes e familiares, oferecendo apoio emocional e ajudando no ajuste à vida hospitalar.
[1] O documento discute vários transtornos mentais, incluindo esquizofrenia, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de personalidade borderline e transtorno de estresse pós-traumático. [2] Fornece definições, sintomas, causas e outros detalhes relevantes sobre cada transtorno. [3] O documento também aborda diagnóstico, prevalência e características associadas a alguns desses transtornos.
O documento discute os fundamentos teóricos e o desenvolvimento da terapia cognitivo-comportamental. A abordagem surgiu nos anos 1950 e combina intervenções cognitivas para modificar pensamentos disfuncionais com técnicas comportamentais. A terapia foca em três níveis de processamento cognitivo e tem demonstrado eficácia no tratamento de diversos transtornos psiquiátricos.
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeAroldo Gavioli
O documento discute os conceitos de saúde mental, desenvolvimento da personalidade e fatores que influenciam transtornos mentais. Aborda as teorias de Freud sobre a estrutura da personalidade e estágios do desenvolvimento, além de definir diferentes transtornos da personalidade, incluindo comportamentos estranhos, dramáticos, ansiosos.
Psicopatologia I- Aula 7: Alterações da PercepçãoAlexandre Simoes
O documento discute as alterações da percepção no contexto da psicopatologia, definindo conceitos como sensação, percepção, ilusão e alucinação. Aborda os tipos de alterações quantitativas e qualitativas da percepção, incluindo hiper/hipoestesia e anestesia. Detalha os tipos de alucinação, especialmente a auditiva, e como podem ser acompanhadas de delírios e automatismos mentais.
Trabalho realizado para disciplina de Planejamento, Gestão e avaliação de serviços de saúde. Faculdade FAEME Teresina- Piauí . Aluna: Joanna de Angelis Lopes Magalhaes
Este documento discute conceitos fundamentais sobre consciência, atenção e orientação. Apresenta definições de consciência segundo Husserl e sua base neuropsicológica no sistema reticular ativador ascendente. Também aborda alterações normais da consciência no sono e sonhos, e alterações quantitativas e qualitativas da consciência em distúrbios mentais. Por fim, conceitua os componentes da atenção e sua base neuropsicológica, assim como possíveis alterações da atenção em doenças psiquiátricas.
O documento descreve a evolução histórica dos conceitos de loucura na Grécia Antiga, Idade Média e nos períodos pré-clássico e clássico da psiquiatria, desde as explicações sobrenaturais até a emergência da psiquiatria como disciplina médica com Pinel e Esquirol. Também apresenta brevemente o trabalho seminal de Freud e o desenvolvimento da psicanálise.
O documento discute a história da loucura ao longo dos tempos, desde a pré-história até os dias atuais, mostrando como a visão sobre a loucura evoluiu de algo espiritual ou demoníaco para o entendimento atual como doença a ser tratada. A loucura foi marginalizada e os doentes mentais isolados em instituições ao longo da história, mas houve avanços como o movimento antimanicomial e a desinstitucionalização no Brasil.
O documento resume os principais aspectos da esquizofrenia, incluindo: (1) A esquizofrenia acomete cerca de 1% da população mundial, geralmente entre 15-35 anos; (2) Os sintomas incluem delírios, alucinações, desorganização do pensamento e comportamento; (3) O tratamento envolve medicamentos antipsicóticos, psicoterapia e apoio familiar.
O documento discute a avaliação psiquiátrica de pacientes, incluindo a entrevista e o exame do estado mental. A entrevista psiquiátrica é estruturada para obter informações sobre o histórico do paciente, enquanto o exame do estado mental avalia funções como pensamento, afeto e percepção para diagnosticar possíveis distúrbios psiquiátricos.
Psicopatologia I- Aula 4: Alterações da ConsciênciaAlexandre Simoes
Este documento resume uma aula de Psicopatologia I sobre alterações da consciência. Apresenta os principais tipos de alterações quantitativas e qualitativas da consciência, incluindo obnubilação, sopor, coma, hipervigilância, estados crepusculares, dissociação da consciência e transe. Também discute demência, prevalência de demência e a diferença entre demência e oligofrenia.
1) O documento descreve a história e evolução do tratamento da saúde mental ao longo dos séculos.
2) Inicialmente, a loucura era vista como contato divino, mas passou a ser entendida como doença a partir do século 18 com Philippe Pinel e outros psiquiatras.
3) O hospital psiquiátrico de La Salpêtrière em Paris é descrito, desde sua fundação até se tornar um centro de tratamento psiquiátrico moderno.
O documento discute o transtorno de personalidade borderline, definindo-o como uma condição mental grave e complexa caracterizada por instabilidade nas relações interpessoais, autoimagem, afetos e impulsividade. Afetando cerca de 2-3% da população, o transtorno está associado a altos níveis de conflitos nas relações, medo de abandono e dificuldade em controlar emoções. O tratamento envolve psicoterapia e, em alguns casos, medicamentos.
O documento discute a psicologia aplicada à enfermagem e enfatiza:
1) A importância da equipe de trabalho e da comunicação entre os membros para o cuidado eficaz dos pacientes;
2) Os diferentes estilos de liderança e como eles afetam a dinâmica da equipe;
3) As relações interpessoais entre os profissionais de saúde e como elas influenciam no resultado do tratamento.
- O pensamento é constituído por conceitos, juízos e raciocínio e pode sofrer alterações nestes elementos ou no seu processo. As alterações podem levar a diferentes formas de pensamento como o mágico, derreísta ou obsessivo.
O documento discute transtornos do humor (afetivos), incluindo definições de afetividade e humor, classificações do CID-10, características e formas de transtorno afetivo bipolar, sintomas de mania e depressão, e tratamentos com medicamentos e psicoterapia.
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA - CONTRIBUIÇÕES PARA O ESTUDO DA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIASolangerubim111
Este documento fornece uma visão geral da história da psiquiatria, desde períodos antigos até os desenvolvimentos modernos. Aborda como as doenças mentais eram entendidas e tratadas ao longo dos séculos, desde visões sobrenaturais até a psiquiatria se estabelecer como especialidade médica no século XIX. Também discute contribuições importantes de figuras como Freud, Bleuler e o desenvolvimento de tratamentos farmacológicos modernos.
O documento discute os serviços substitutivos ao modelo hospitalocêntrico de atendimento à saúde mental no Brasil, como os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), NAPS (Núcleos de Apoio Psicossocial) e CERSAMs (Centros de Referência à Saúde Mental). Esses serviços visam acolher pacientes com transtornos mentais em seus territórios, oferecendo atendimento clínico e de reabilitação psicossocial para promover a inclusão social.
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.Alexandre Simoes
[1] O documento apresenta informações sobre a disciplina de Psicopatologia I no 5o período do curso de Psicologia da FUNEDI/UEMG, ministrada pelo professor Alexandre Simões. [2] A disciplina abordará conceitos fundamentais da Psicopatologia como semiologia, nosografia, nosologia e biopoder. [3] Também analisará noções como pathos, normalidade, patologia e como estas concepções influenciaram a constituição do campo da saúde mental.
O documento discute a história do tratamento da saúde mental ao longo dos tempos, desde as civilizações antigas até à era moderna. Aborda figuras importantes como Hipócrates, Aristóteles e Galeno na Grécia Antiga, e o trabalho pioneiro de Philippe Pinel no desenvolvimento da psiquiatria moderna no século XVIII. Também descreve o desenvolvimento dos hospitais psiquiátricos e da psiquiatria em Portugal desde o século XIX.
O documento descreve sintomas comuns de esquizofrenia como ilusões bizarras, afeto inadequado e alucinações. Também discute perturbações de ansiedade como ansiedade generalizada e perturbações obsessivo-compulsivas. Explica ainda mecanismos neurais associados à depressão e papel da amígdala na ansiedade.
O documento descreve a história e funções dos hospitais, destacando que originalmente eram locais para abrigar pobres e doentes sem recursos. Também discute a atuação do psicólogo em hospitais, enfatizando que eles trabalham na promoção da saúde dos pacientes e familiares, oferecendo apoio emocional e ajudando no ajuste à vida hospitalar.
[1] O documento discute vários transtornos mentais, incluindo esquizofrenia, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de personalidade borderline e transtorno de estresse pós-traumático. [2] Fornece definições, sintomas, causas e outros detalhes relevantes sobre cada transtorno. [3] O documento também aborda diagnóstico, prevalência e características associadas a alguns desses transtornos.
O documento discute os fundamentos teóricos e o desenvolvimento da terapia cognitivo-comportamental. A abordagem surgiu nos anos 1950 e combina intervenções cognitivas para modificar pensamentos disfuncionais com técnicas comportamentais. A terapia foca em três níveis de processamento cognitivo e tem demonstrado eficácia no tratamento de diversos transtornos psiquiátricos.
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeAroldo Gavioli
O documento discute os conceitos de saúde mental, desenvolvimento da personalidade e fatores que influenciam transtornos mentais. Aborda as teorias de Freud sobre a estrutura da personalidade e estágios do desenvolvimento, além de definir diferentes transtornos da personalidade, incluindo comportamentos estranhos, dramáticos, ansiosos.
Psicopatologia I- Aula 7: Alterações da PercepçãoAlexandre Simoes
O documento discute as alterações da percepção no contexto da psicopatologia, definindo conceitos como sensação, percepção, ilusão e alucinação. Aborda os tipos de alterações quantitativas e qualitativas da percepção, incluindo hiper/hipoestesia e anestesia. Detalha os tipos de alucinação, especialmente a auditiva, e como podem ser acompanhadas de delírios e automatismos mentais.
Trabalho realizado para disciplina de Planejamento, Gestão e avaliação de serviços de saúde. Faculdade FAEME Teresina- Piauí . Aluna: Joanna de Angelis Lopes Magalhaes
Este documento discute conceitos fundamentais sobre consciência, atenção e orientação. Apresenta definições de consciência segundo Husserl e sua base neuropsicológica no sistema reticular ativador ascendente. Também aborda alterações normais da consciência no sono e sonhos, e alterações quantitativas e qualitativas da consciência em distúrbios mentais. Por fim, conceitua os componentes da atenção e sua base neuropsicológica, assim como possíveis alterações da atenção em doenças psiquiátricas.
O documento descreve a evolução histórica dos conceitos de loucura na Grécia Antiga, Idade Média e nos períodos pré-clássico e clássico da psiquiatria, desde as explicações sobrenaturais até a emergência da psiquiatria como disciplina médica com Pinel e Esquirol. Também apresenta brevemente o trabalho seminal de Freud e o desenvolvimento da psicanálise.
O documento discute a história da loucura ao longo dos tempos, desde a pré-história até os dias atuais, mostrando como a visão sobre a loucura evoluiu de algo espiritual ou demoníaco para o entendimento atual como doença a ser tratada. A loucura foi marginalizada e os doentes mentais isolados em instituições ao longo da história, mas houve avanços como o movimento antimanicomial e a desinstitucionalização no Brasil.
O documento fornece um resumo histórico da psiquiatria e enfermagem psiquiátrica. Ele descreve como as doenças mentais eram vistas em diferentes períodos, desde a pré-história até a psiquiatria contemporânea, e como os tratamentos evoluíram ao longo do tempo, de abordagens baseadas em demônios e espíritos para métodos científicos. Figuras importantes como Pinel, Kraeplin e Freud são destacadas por suas contribuições à compreensão e tratamento das doenças mentais.
O documento discute a visão da psiquiatria brasileira sobre mediunidade entre 1900-1950. Duas correntes emergiram: uma via mediunidade como perigosa à saúde mental e defendia medidas repressivas; a outra teve uma abordagem mais culturalista, não considerando fenômenos mediúnicos como patológicos necessariamente. A psiquiatria passou a reconhecer a obsessão espiritual como doença da alma a partir de 1998.
O documento descreve a evolução histórica do tratamento de doenças mentais na Europa entre os séculos XVII e XVIII. Destaca as contribuições de médicos franceses, ingleses, alemães e italianos, e como eles começaram a classificar e tratar distúrbios mentais de forma mais humana e científica. Também discute o surgimento de hospitais psiquiátricos e as mudanças no tratamento dos pacientes dentro dessas instituições.
O documento resume a história da loucura e da saúde mental ao longo dos séculos. Começa com visões antigas da loucura como condição natural ou socialmente construída, e como a razão passou a definir a desrazão como algo a ser excluído. Também descreve como a loucura foi tratada em diferentes períodos, do mitológico/religioso ao médico, e a função do manicômio ao longo do tempo.
O documento discute a loucura e sua relação com a arte e a poesia ao longo da história. Aborda diferentes perspectivas sobre loucura desde a Grécia Antiga até o século XX, incluindo exemplos de artistas e pacientes psiquiátricos que produziram obras de arte.
CRIAÇÃO DO SANATÓRIO ESPÍRITA DE UBERABA.pdfWagnerDaCruz2
O documento discute a história da saúde mental no Brasil desde a pré-história até os dias atuais, incluindo a evolução do tratamento de doenças mentais ao longo dos séculos e as políticas implementadas no país. Aborda ainda alguns distúrbios psiquiátricos comuns como esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão.
Saúde Mental (3). a historia do doente mental no mundokadrikasecomerce
O documento descreve a história do tratamento da saúde mental ao longo dos tempos, desde a pré-história até os dias atuais. Os primeiros tratamentos eram brutais e baseados em religião, como trepanação, tortura e exorcismo. Ao longo dos séculos, desenvolveram-se asilos e hospitais psiquiátricos, mas as condições permaneceram precárias. No século XX, testaram-se novos tratamentos invasivos e perigosos como eletrochoques, lobotomia e terapia de insul
O documento descreve a história da compreensão e tratamento da saúde mental ao longo dos tempos, desde a pré-história até a atualidade. Ele aborda como as doenças mentais eram vistas como possessão demoníaca ou castigo divino e tratadas com violência. Também discute o desenvolvimento da psiquiatria moderna e os problemas encontrados nos antigos hospitais psiquiátricos e nos tratamentos como a lobotomia.
O documento descreve o contexto histórico e filosófico do surgimento da psicanálise, desde o pensamento moderno até Freud. Apresenta os principais conceitos de Descartes, a visão da doença mental no século XIX e o trabalho pioneiro de Freud, que rompeu com a visão médica reducionista e fundou a psicanálise.
Este documento fornece um resumo da história da psicanálise e de suas influências. (1) A psicanálise foi criada por Sigmund Freud entre 1895-1939 e se baseou em influências anteriores como Charcot, Breuer e Darwin. (2) Freud introduziu novas ideias como o inconsciente, pulsões e mecanismos de defesa que revolucionaram a psicologia. (3) A psicanálise evoluiu a partir das primeiras ideias sobre a mente inconsciente e tratamentos mais humanos para doenças mentais.
1 historia do surgimento da psicanaliseEdleusa Silva
1) O documento descreve o contexto histórico e filosófico que levou ao surgimento da psicanálise, incluindo o pensamento moderno inaugurado por Descartes, que valorizava o indivíduo e a subjetividade.
2) No século XIX, a loucura era vista como desrazão e a psiquiatria buscava explicações anatômicas para as doenças mentais. A psicanálise criticou essa abordagem ao enfatizar a dimensão inconsciente.
3) A metapsicologia freudiana estudou process
Fenomelogia é a disciplina que se ocupa da descrição, definição e classificação dos sinais, sintomas e síndromes mentais. Quem são os teóricos da fenomenologia; a abordagem descritiva; estudos fenomenológicos.
Acesse www.psiquiatraportoalegre.com.br para saber mais.
O documento resume a evolução histórica da compreensão e tratamento da esquizofrenia desde a antiguidade até a reforma psiquiátrica. Aborda as primeiras menções na Bíblia, teorias dos gregos sobre humores, métodos de tratamento na idade média como exorcismo, e desenvolvimento da psiquiatria moderna a partir do século XVII com énfase na medicalização dos hospitais no século XVIII.
O documento descreve a história da loucura ao longo dos tempos segundo os estudos de Michel Foucault. Inicialmente, a loucura era vista como desrazão, possessão demoníaca ou sagrada. Posteriormente, passou a ser entendida como problema social e patologia médica. Foucault analisa como o conceito de loucura se transformou de acordo com cada época, sendo medicalizado ao longo dos séculos.
O documento resume a história da psiquiatria e das explicações para os transtornos mentais ao longo dos tempos, desde explicações espirituais na Grécia Antiga e Idade Média até as abordagens biológicas, psicológicas e sociais modernas. Destaca também a evolução do tratamento dos pacientes mentais de instituições asilares para modelos comunitários e ambulatoriais no Brasil a partir da década de 1990.
O homem integral livro!!!!!!!!!!!!!!!!! -1 - imprimirAntonio SSantos
Este documento descreve três fatores principais de perturbação no homem: 1) Guerras sucessivas que dizimaram vidas e povos no século 19 e início do século 20; 2) Materialismo e busca por posses que transformaram o homem em um ser orgânico pensante a caminho da aniquilação; 3) Medo, cinismo e crimes cometidos em nome de ideologias e liberdade que reduziram o homem a uma condição ínfima.
Encontro com o Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Mansão do Caminho.
Apresentação do dia 16 de março 2019.
Tema: ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS IV
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1) O documento apresenta o resumo de um curso ministrado por Michel Foucault no College de France entre 1974-1975 sobre os anormais.
2) O curso abordou temas como os exames psiquiátricos em matéria penal, a loucura e o crime, e as três figuras que constituem o domínio da anomalia (o monstro humano, o indivíduo a ser corrigido e a criança masturbadora).
3) Foucault analisou também a passagem do monstro ao anormal, a emergência da psi
Cards das Espécies da Coleção-Carpoteca Temática Itinerante sediada no Labora...jenneferbarbosa21
JENNEFER AGUIAR BARBOSA e LÚCIA FILGUEIRAS BRAGA
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Ciências Biológicas “Recursos didáticos para o ensino de Ciências da natureza, utilizando uma Carpoteca temática e itinerante com Espécies fornecedoras de Produtos Florestais Não Madeireiros” - Universidade do Estado de Mato Grosso -Campus de Alta Floresta.
EVOLUÇÃO-EVOLUÇÃO- A evolução pode ser definida como a mudança na forma e no ...jenneferbarbosa21
JENNEFER AGUIAR BARBOSA e LÚCIA FILGUEIRAS BRAGA
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Ciências Biológicas “Recursos didáticos para o ensino de Ciências da natureza, utilizando uma Carpoteca temática e itinerante com Espécies fornecedoras de Produtos Florestais Não Madeireiros” - Universidade do Estado de Mato Grosso.
Taxonomia: é a ciência que classifica os seres vivos, estabelecendo critérios...jenneferbarbosa21
Taxonomia: é a ciência que classifica os seres vivos, estabelecendo critérios para classificar todos os seres vivos em grupos, de acordo com as características fisiológicas, evolutivas, anatômicas e ecológicas.
3. Foco da exclusão na Idade Média: Leprosos.
A partir da Alta Idade Média e até o final das
Cruzadas, os leprosários tinham multiplicado por
toda a superfície da Europa sua cidades malditas.
(Michel Foucault. História da Loucura)
4. SÉCULO XVII:
Desaparecida a lepra, as estruturas de exclusão se
mantém, emerge uma percepção do louco como
doente. Eles assumirão o papel que, antes, cabia ao
leproso.
Destituição da loucura de seu lugar de saber –
loucura como ausência de pensamento.
5. Das Primeiras Instituições de Encarceramento e do
Alienismo
Século XVII: século da fundação da ciência moderna e do
racionalismo cartesiano como fundamento metafísico da
ciência.
Evidência de que o mundo da loucura vai tornar-se o
mundo da exclusão e do silêncio
6. Século XVII: Redução da loucura ao silêncio.
Marco desta redução: Pensamento de Descartes com a
formulação da teoria do Cogito.
Como poderia eu negar que estas mãos e este corpo
sejam meus, se não que eu me comparo a certos
insensatos, de que o cérebro está tão perturbado e
ofuscado pelos negros vapores da bílis que asseguram
constantemente que são reis quando são muito pobres,
que estão vestidos de ouro e de púrpura quando estão
nus, e que se imaginam serem moringas ou de ter um
corpo de vidro.
(Descartes, R. Discurso do Método)
7. No entanto, essa analogia entre ele mesmo ( o filósofo na
busca da certeza) e a loucura (denominada por ele de
insensatez) é rapidamente abandonada em nome de uma
distinção importante que fundamentará o enclausuramento
da insensatez:
cometer um ERRO (2+2=5) ou uma ILUSÃO (acreditar em
sereias, em animais fantásticos) é uma coisa pois,
subjacente ao erro está a verdade; mas a LOUCURA não
traz a verdade como pano de fundo.
8. Essa distinção, entre ERRO e ILUSÂO de um lado e
LOUCURA de outro, está fundamentada no seguinte ponto:
Todo pensamento tem características de pensamento
porque está referido à verdade, ainda que este pensamento
esteja errado ou seja uma ilusão.
Na LOUCURA não há pensamento porque não está referida à
verdade.
PENSAMENTO CERTO: CLARO E DISTINTO.
LOUCURA: AUSÊNCIA DE PENSAMENTO, TREVAS,
ESCURIDÃO.
9. Das Primeiras Instituições de Encarceramento e do
Alienismo
Século XVII: Expansão das casas de internação por toda a Europa,
onde conviviam loucos, pobres, órfãos, mendigos, pessoas com
doenças venéreas, rebeldes.
1. França.
2. Itália.
3. Holanda
4. Inglaterra
GRANDE INTERNAÇÃO ou GRANDE ENCLAUSURAMENTO DOS POBRES: Sem relação
com o saber médico ou com a consolidação da medicina como fundamento
terapêutico da internação.
10. GRANDE ENCLAUSURAMENTO DOS POBRES – EUROPA DO
SÉCULO XVII
Edito do Rei Luis XIV (1676): Construção do Hospital Geral por
toda a França.
Lyon: Primeiro Hospital Geral de internação dos desempregados
e mendigos que habitavam Paris desde 1530.
• 1530: 30.000 pessoas na medicância em uma população de
100.000 habitantes.
• 1532: Parlamento de Paris decide mandar prender mendigos e
obrigá-los a trabalhar nos esgotos da cidade, amarrados, dois
a dois, por correntes.
11. GRANDE ENCLAUSURAMENTO DOS POBRES – EUROPA DO
SÉCULO XVII
• Século XVII: O desempregado não é mais punido. Ele é preso,
mas à ele se dá o trabalho – trabalho de baixa remuneração
(1/4 da produção).
• Tipos de Trabalho desenvolvidos no Hospital Geral:
• Fiação.
• Aplainar madeira.
• Polimento de lentes ópticas.
• Moer farinha.
12. GRANDE ENCLAUSURAMENTO DOS POBRES – EUROPA DO
SÉCULO XVII
1. França - Hospital Geral:
• La Salpétrière (mulheres e meninas)
• Bicêtre (homens)
• Pitié (meninos)
2. Itália – Hospícios.
3. Holanda – Rasp Raus
4. Inglaterra – Work Houses
13. Critério para estabelecer o processo de exclusão e enclausuramento:
percepção social da loucura (produzida pela igreja, polícia, justiça, famíli
– sem critério médico.
4 legiões de proscritos:
1.Quem extrapolava o bom uso dos corpos: prostitutas, doentes venéreo
sodomitas, devassos.
2.Profanadores do sagrado que, tomados pela desordem da alma e do
coração, deslocavam-se para o erro , o engano e a ilusão: praticantes de
magia, feitiçaria ou alquimia, suicidas.
3. Aqueles que, articulando a liberdade de pensamento com a força das
paixões, subordinavam a razão aos desvarios dos desejos do coração:
libertinos.
4. Loucos.
20. ILUMINISMO: A partir de 1770 na Inglaterra e na França - hospitais e
prisões se convertem em temas de discussão nos círculos de
intelectuais.
É um escândalo que as prisões tenham o estatuto que tem no século
XVII-XVIII: uma escola de vício e crime; um lugar desprovido de
higiene, um recurso inadequado para o capitalismo em ascensão.
Medida biopolítica no final do século XVIII: o discurso médico
interfere no discurso jurídico, definindo como um corpo se deteriora
e definha nestes lugares.
21. Paradoxo: Os alienistas do final do século XVIII objetivam a
separação entre loucura – objeto do saber médico – e
delinquência, objeto da intervenção jurídica.
Problema: Por que a medicina começará a se interessar pela
delinquência ?
Medida biopolítica no final do século XVIII: a medicina se tornou
importante no final do século XVIII por funcionar como higiene
pública e fundamento das decisões relativas a manutenção da
ordem na cidade.
.
22. São fundamentalmente psiquiátricas (e não
psicanalíticas) as suposições de que:
1. A loucura é sem lógica.
2. O internamento asilar, é a direção de tratamento
que, através da figura do alienista, permitirá a
recuperação da razão.
23. Século XVIII:
Processo econômico de expansão do capitalismo
imposição de um princípio de distinção entre todos os
que estavam sob o enclausuramento.
Nascimento de uma nova reflexão sobre a doença a partir
do princípio de classificação, que começaria a pensar a
loucura como doença segundo os mesmos critérios de
classificação das doenças orgânicas.
24. O GESTO DE PHILIPPE PINEL
(SÉCULO XVIII)
Loucas da Salpêtrière (Tony Robert-Fleury, 1886)
25. Philippe Pinel (1745-1826), o conceito de Alienação
Mental e o Tratamento Moral
A loucura, objeto de meus estudos, era até agora uma
ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar
que é um continente.
Machado de Assis. O Alienista.
26. O GESTO DE PHILIPPE PINEL
(EUROPA DO SÉCULO XVIII – Bicêtre).
27. FUNDAÇÃO DA CLÍNICA – ATO DE PINEL (1745-1826)
A loucura, objeto de meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a
suspeitar que é um continente.
Machado de Assis. O Alienista.
1. Ruptura com o modelo do enclausuramento.
2. Transformação na apreensão da loucura:
ausência de pensamento alienação mental
3. Entrada do saber médico na elucidação da alienação mental:
inspiração empirista: a clínica reproduz, na sintaxe da
linguagem, a ordem dos encadeamentos naturais. Essa ordem é
dada pela natureza.
Traço nominalista: as denominações para as formas clínica da
alienação mental não seriam conceitos, mas classes de base
empírica.
28. MÉTODO CLÍNICO – PINEL:
1. Observação e descrição dos fenômenos clínicos percebidos.
2. Agrupamento dos fenômenos clínicos percebidos.
3. Classificação, em nomes, dos fenômenos clínicos percebidos a
partir de suas analogias e diferenças.
29. ALIENAÇÃO MENTAL:
Entidade nosológica que define a unidade da doença mental (não
há diagnóstico diferencial em Pinel, mas uma preocupação em
distinguir binariamente entre o louco e o não louco), e a subdivide
em um grupo de fenômenos específicos ou tipos clínicos, distintos
das demais doenças tratadas pela medicina, de modo que todos
os tipos clínicos derivam do mesmo conjunto de causas físicas e
morais.
Tomemos a definição elaborada por Pinel (Tratado Médico-
filosófico sobre a alienação mental e a mania)
(...) um delírio mais ou menos marcado sobre quase todos os objetos com os quais se
vincula e um estado de agitação e furor constituem a ’mania’. O delírio pode ser
exclusivo ou estar vinculado a um conjunto particular de objetos, pode estar
acompanhado de estupor ou de afecções profundas, denominando-se ‘melancolia’. Em
certas ocasiões, uma debilidade geral atinge as funções intelectuais e afetivas, como na
velhice, e se denomina ‘demência’. Por fim, uma obliteração da razão com instantes
rápidos e automáticos de arrebatamento designa-se ‘idiotismo’. Essas são as quatro
espécies que indicam, de modo geral, a alienação mental.
30. Classificação da alienação mental em cinco grandes classes
clínicas:
Mania: delírio generalizado (sobre quase todos os objetos),
estado de agitação e furor, lesão de várias funções, como
percepção, memória, julgamento, etc.
Mania sem delírio: sem lesão das funções do entendimento.
Melancolia: ocorrência de delírio, que pode ser exclusivo ou estar
vinculado a um conjunto particular de objetos (delírio parcial,
limitado), com ou sem estupor. Comportamento coerente, afeto
triste ou alegre.
Demência: abolição do pensamento, incoerência nas
manifestações das faculdades mentais. atinge as funções
intelectuais e afetivas, como na velhice.
Idiotismo: obliteração das faculdades mentais e afetivas, com
instantes rápidos e automáticos de arrebatamento.
31. O Tratamento Moral - direção de tratamento para a alienação mental
:
Imposição de uma disciplina à razão.
Sendo assim, Pinel interroga criticamente a direção de tratamento
baseada em técnicas como: imersão em água gelada, golpes,
torturas, sangrias. E propõe novos eixos de tratamento (o tratamento
moral):
dirigir os alienados
repressão enérgica
confrontar fortemente a imaginação de um alienado
Intimidar o alienado
Tratado Médico-filosófico sobre a alienação mental e a mania (capítulo IV, Polícia interior e
regras a seguir no estabelecimento): pensará a arquitetura do asilo a partir da consideração
dos meios de repressão à serem admitidos, dos cuidados na preparação da dieta e nos
exercícios. O que mostra que o tratamento moral exigirá uma reorganização da arquitetura
asilar em conformidade com os tipos de alienação: os melancólicos se situariam mais perto
do pátio central, e o restante dos pacientes mais longe, de acordo com sua periculosidade.
32. O PANOPTICO
ILUMINISMO: A partir de 1770 na Inglaterra e na França - hospitais
e prisões se convertem em temas de discussão nos círculos de
intelectuais.
É um escândalo que as prisões tenham o estatuto que tem no
século XVII-XVIII: uma escola de vício e crime; um lugar desprovido
de higiene.
33. Paradoxo: Os alienistas do final do século XVIII objetivam a
separação entre loucura – objeto do saber médico – e
delinquência, objeto da intervenção jurídica.
Problema: Por que a medicina começará a se interessar pela
delinquência ?
Medida biopolítica no final do século XVIII: a medicina se tornou
importante no final do século XVIII por funcionar como higiene
pública e fundamento das decisões relativas a manutenção da
ordem na cidade. - HIGIENE PÚBLICA
.
34. O PANOPTICO
Diderot, d’Alembert, Voltaire e Rosseau , elaboradores da
Encyclopédie. Temas da Encyclopédie:
• Duração da vida humana.
• Novos conceitos para o planejamento de hospitais.
• Problemática dos indivíduos “enjeitados”.
• Relação entre mortalidade e crescimento populacional.
• Propostas para sistemas de atendimento à saúde.
35. O PANOPTICO
De fato, no século XVIII:
• Demografia.
• Desenvolvimento de estruturas urbanas.
• Problema da mão-de-obra industrial.
Impulsionou a medicina na direção das questões biológicas
referentes a:
• Condições de vida das populações.
• Condições de moradia.
• Condições de alimentação.
• Cálculo da natalidade.
• Investigação das patologias e suas formas de epidemia.
.
36. O PANOPTICO
Corpo social: A biopolítica o converte em realidade biológica e
campo de intervenção médica.
Médico: Passa a ser um técnico social.
Medicina: Uma higiene pública.
.
37. O PANOPTICO
Esse novo estatuto da medicina e do médico se reflete na
arquitetura do arquipélago carcerário.
Médico: Passa a ser um técnico social.
Medicina: Uma higiene pública.
.
38. O PANOPTICO
Jeremy Bentham (1748-1832): Formulador do Panóptico - um
dispositivo arquitetônico projetado com o objetivo de proporcionar
as melhores condições para a prática da vigilância e do controle.
Este tipo de configuração representou a materialização, na
arquitetura, dos conceitos de disciplina e da vigilância do seu
exercício.
39. O PANOPTICO
O princípio é conhecido: na periferia uma construção em anel; no
centro uma torre; esta é vazada de largas janelas que se abrem
sobre a face interna do anel; a construção periférica é dividida em
celas, cada uma atravessando toda a espessura da construção; elas
têm duas janelas, uma para o interior, correspondendo às janelas da
torre; outra para o exterior, permite que a luz atravesse a cela de
lado a lado. Basta então colocar um vigia na torre central, e em
cada cela trancar um louco, um doente, um condenado, um operário
ou um escolar. (Foucault, Vigiar e Punir, p. 177)
41. O PANOPTICO NA ARQUITETURA HOSPITALAR
Marco:
Incêndio do Hôtel-Dieu, de Paris, em 1782, que provocou uma
completa reformulação do seu planejamento. O Hôtel-Dieu,
construído entre a Catedral de Notre Dame e o Rio Sena, ainda
no período medieval, foi um exemplo dos problemas da falta de
planejamento e do crescimento desordenado. O hospital
chegou a ocupar as duas margens do rio, interligadas por meio
de passarelas cobertas.
45. Jean-Étienne Esquirol (1772-1840) e a noção de Monomania.
Especificação do interesse da medicina: mania sem delírio -
O crime contra a natureza – O GRANDE MONSTRO
PSIQUIATRIA – CRIME: PATOLOGIA DO MONSTRUOSO
Casos elencados por Michel Foucault (1978/2004):
1. Caso relatado por Metzger
2. Caso de Sélestat
3. Henriette Cornier
4. Catherine Ziegler
5. John Howison
6. Abraham Prescott
46. Jean-Étienne Esquirol (1772-1840) e a noção de Monomania.
Formula a noção de ‘tipos de paixões’ como diferenciação
nosológica no campo da alienação mental. Essa tipologia das
paixões situa dois polos:
Depressivo (lipemania): caracterizado pela ocorrência das paixões
tristes, debilitantes ou opressivas.
Expansivo (monomania): caracterizado pela irrupção de paixões
cuja força o paciente não consegue reprimir, causando a
proliferação indefinida dos delírios.
47. Jean-Étienne Esquirol (1772-1840) e a noção de Monomania.
Ênfase na noção de delírio parcial na medida em que os casos
clínicos evidenciam a ocorrência de um tipo de delírio limitado a
um determinado objeto ou grupo de objetos, continuando a
inteligência a funcionar normalmente em todas as demais
atividades.
Importância da vontade como um fator mais fundamental para
definir a presença da loucura.
Relevância da categoria de monomania na redefinição
classificatória da alienação mental.
48. Jean-Étienne Esquirol (1772-1840) e a noção de Monomania.
Monomania como uma unidade composta por três grandes
subtipos, que se opõem a dois dos tipos de alienação mental
formulados por Pinel - a demência e a idiotia – onde se verifica
ausência de inteligência:
Monomania intelectual: ocorrência de uma lesão parcial da inteligência, que
caracteriza uma desordem concentrada num único objetivo ou numa série
limitada de objetos, presente no delírio.
Monomania afetiva: a desordem se apresenta no comportamento, sem alterar
a inteligência, mas os hábitos, o caráter e as paixões.
Monomania instintiva, ou "monomania sem delírio": afeta a vontade. A
alienação, nesse caso, não é uma desordem intelectual nem moral; o alienado
é impulsionado por uma força irresistível, por arrebatamento que não pode
vencer, por um impulso cego, ou uma determinação irrefletida, sem interesses,
sem motivos.
49. A CONSOLIDAÇÃO DO MODELO MANICOMIAL NO SÉCULO XIX BRASILEIRO.
CRIAÇÃO DO HOSPISTAL NACIONAL DE ALIENADOS PEDRO II.
50. BRASIL
HOSPÍCIO PEDRO II: Marco do processo de medicalização da loucura no
Brasil e de localização do Rio de Janeiro como o mais importante núcleo de
formulação do pensamento alienista:
1. Criação do Hospício Pedro II (1852).
2. Criação da disciplina de clínica psiquiátrica no curso de Medicina da
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
3. Criação do Serviço de Assistência aos Alienados (1890).
4. Elaboração progressiva de teses defendidas na disciplina de Psiquiatria
e Moléstias Nervosas da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
5. Integração entre saber e prática alienista, a partir da criação do
Pavilhão de Observação no Hospício Nacional de Alienados (1892).
6. Produção crescente de artigos e memórias sobre alienação mental pela
comunidade científica do Rio de Janeiro, publicados nos periódicos
gerais de medicina, nos periódicos especializados em psiquiatria e
medicina legal.
7. Fundação da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, Neurologia e Medicina
Legal (1907).
51. ESTRUTURA DO HOSPÍCIO PEDRO II
CAPACIDADE: 350 LEITOS.
• 01 ANO DEPOIS DA INAUGURAÇÃO: LOTAÇÃO ESGOTADA.
• ANO DE 1903: 800 INTERNOS
• ENTRE 1905 E 1914: POPULAÇÃO DE INTERNOS EM SUA MAIORIA
COMPOSTA POR MESTIÇOS E BRANCOS, SENDO 31% DE
ESTRANGEIROS.
• ANO DE 1933:
2.000 INTERNOS – 350 LEITOS.
• UTILIZAÇÃO DO HOSPÍCIO COMO ESPAÇO DE SEGREGAÇÃO: SE
VERIFICA PELO ESTATUTO DO TRABALHO – TRABALHO AGRÍCOLA E
EM PEQUENAS OFICINAS COMO TERAPÊUTICA MORAL
52. Hospício Pedro II – Direção de tratamento: ascensão da
ciência médica e convivência com a perspectiva moral
• Meios farmacológicos: brometo de potássio, iodeto de potássio,
cloral, cloridrato de morfina, em injeções hipodérmicas.
• Meios terapêuticos morais eram os mais utilizados:
1. Aplicação de duchas e trabalhos manuais diferenciado entre os
homens e mulheres.
2. Castigos na forma de privação de visitas, redução de passeios e
alimentação.
3. Contenção por camisa de força.
55. TABELA 1. CRIAÇÃO DE HOSPÍCIOS NO BRASIL A PARTIR DO ANO DE
1852
PROVÍNCIA ANO ESTABELECIMENTO
RIO DE JANEIRO 1852 Hospício para Alienados
Pedro II
SÃO PAULO 1852 Hospício Provisório de
Alienados de São Paulo
PERNAMBUCO 1864 Hospício de Alienados de
Recife-Olinda
PARÁ 1873 Hospício Provisório de
Alienados
BAHIA 1874 Asilo de Alienados São
João de Deus
RIO GRANDE DO SUL 1884 Hospício de Alienados São
Pedro
CEARÁ 1886 Hospício de Alienados São
Vicente de Paula
56. Modelo Manicomial no Brasil (1976 -1991).
Análise do modelo manicomial implementado no Brasil (Relatório “A
Questão das Novas Tecnologias de Cuidado”, in II Conferência Nacional de
Saúde Mental):
1. Situação dos manicômios, no final dos anos 50: superlotação, deficiência
de pessoal qualificado, maus tratos, condições de hotelaria tão más ou
piores do que nos piores presídios atualizando a análise de Juliano Moreira
(1905).
2. III Congresso Mineiro de Psiquiatria (1979): denúncias sobre as
condições humilhantes em que eram mantidos os pacientes do Hospital
Colônia de Barbacena chocaram a opinião pública.
3. Ano de 1991: denúncias gravíssimas foram publicadas na imprensa sobre
a Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi provocando uma reação
semelhante.
57. Tabela 2. Incidência de morbidades psicológicas na
população da América Latina (Relatório da I Conferência
de Saúde Mental, 1987).
MORBIDADES PSICOLÓGICAS INCIDÊNCIA
PSICOSE 1.5 A 5 %
NEUROSES GRAVES 5.0 A 20%
ALCOOLISMO Acima de 5.0%
CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS
PSICOATIVAS
5%
RETARDO MENTAL E EPILEPSIA 1%
58. Anos Hospitais
Públicos
Hospitais Privados
/Filantrópicos
Total
1941 23 39 62
1961 54 81 135
1971 72 269 341
1981 73 357 430
1991 54 259 313
Tabela 3. Evolução do Número de Hospitais Psiquiátricos no Brasil,
segundo o Prestador (1941-1991).
Fonte: Ministério da Saúde (1992) II Conferência de Saúde Mental. A Reestrutração da Saúde mental no Brasil: Modelo Assistencial. Direito à
Cidadania. Distrito Federal: Ministério da Saúde, p.51.
59. Relatórios elaborados pelo Movimento dos Trabalhadores da Saúde
Mental (MTSM):
Localizavam o INPS e sua política de compra de serviços da rede privada
como um dos piores retrocessos no campo da saúde. Tal sistema
ocasionava uma gama de problemas, dentre os quais destacam-se:
1. Pagamento de serviços que não eram produzidos (ex: medicamentos
não utilizados, pacientes fantasmas).
2. Pagamento de serviços que apesar de produzidos não se faziam
necessários (ex: internações sem prescrição de tratamento ambulatorial).
3. Privatização da saúde mental (nos anos 70, era considerado como um
dos setores da saúde mais privatizado).
Esses dados mostram claramente que a mercantilização do setor ocorria de
forma acelerada. A partir deste quadro, os agentes da Reforma Psiquiátrica
propuseram o retorno da estatização, sustentando que o investimento
feito no setor privado em detrimento do setor publico estava entre os
motivos de sua deterioração.
60. TEXTO FINAL DA LEI – LEI 10.216
ALTERAÇÕES FUNDAMENTAIS QUANTO AO ITEM DA
INTERNAÇÃO
A LEI 10.216 E A INTERNAÇÃO
61. LEI 10.216-01:
DISPÕE SOBRE A PROTEÇÃO E OS DIREITOS DAS PESSOAS
PORTADORAS DE TRANSTORNOS MENTAIS E REDIRECIONA O
MODELO ASSISTENCIAL EM SAÚDE MENTAL.
PORTARIA 2.391-02 (III Conferência Nacional de Saúde Mental):
REGULAMENTA O CONTROLE DAS IPI E IPV E PROCEDIMENTOS DE
NOTIFICAÇÃO DE IPI E IPV AO MINISTÉRIO DA SAÚDE PELOS
ESTABELECIMENTOS DE SAUDE INTEGRANTES, OU NÃO, DA REDE
SUS.
A LEI 10.216 E A INTERNAÇÃO
62. EIXOS DA LEI 10.216-01:
1. PROTEÇÃO E DIREITOS DAS PESSOAS PORTADORAS
DE TRANSTORNOS MENTAIS.
2. REDIRECIONAMENTO DO MODELO ASSISTENCIAL EM
SAÚDE MENTAL.
COM MANUTENÇÃO DA ESTRUTURA HOSPITALAR
A LEI 10.216 E A INTERNAÇÃO
63. 13 ARTIGOS ASSIM DISPOSTOS:
•Art. 1 e 2: Sobre os direitos das pessoas com transtorno mental.
•Art.3: Estabelece a responsabilidade do Estado.
•Art.4 ao 10: Define e regulamentam os tipos de internação.
•Art.11: Trata das pesquisas que envolvem pacientes.
•Art. 12: Cria a Comissão Nacional para o acompanhamento da
implementação da Lei.
•Art. 13: Vigora a lei a partir da data de sua publicação.
A LEI 10.216 E A INTERNAÇÃO
67. DSM-5 (2015):
Ausência de qualquer referência aos processos psíquicos que estão em
jogo no desencadeamento da psicose.
Consolidação da psicose como transtorno com espectros.
Desaparição do par neurose e psicose
68. O espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos incluem esquizofrenia,
outros transtornos psicóticos e transtorno (da personalidade) esquizotípica. Esses
transtornos são definidos por anormalidades em um ou mais dos cinco domínios a
seguir: delírios, alucinações, pensamento (discurso) desorganizado,
comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo
catatonia) e sintomas negativos.
(DSM-5, 2015, p. 87).
69. Psicanálise:
•Sentido da hipótese da causalidade psíquica: as estruturas psíquicas
se definem pelo modo de relação da pulsão com o inconsciente.
•Paradigma Schreber - ênfase na distribuição pulsional e seus quadros
de desestabilização na psicose (paranoia, esquizofrenia e melancolia):
Retração do investimento pulsional na representação de pessoas e
coisas.
Desestruturação (irrupção dos fenômenos elementares).
Tentativas posteriores de reconexão objetal a partir do delírio.
70. Desencadeamento na psicose:
Retração do investimento pulsional em relação a representação de
pessoas e coisas.
Desestruturação (irrupção dos fenômenos elementares).
Estabilização:
Tentativas posteriores de reconexão objetal a partir do delírio –
especificamente, da metáfora delirante.
71. Psicanálise / DSM-5:
A estrutura psíquica não é um transtorno
não se constitui como uma psicopatologia em si.
A estrutura se distribui entre as classes de neurose e psicose.
Processos psíquicos de recalcamento e foraclusão
Ordenação dos sintomas nas neuroses e dos fenômenos
elementares nas psicoses.
A ocorrência do desencadeamento nas estruturas define a
indicação de uma psicopatologia.
72. Hipótese freudiana da causalidade psíquica
Relevância da investigação dos processos de recalcamento e
foraclusão na formação das estruturas.
Localização da especificidade do conteúdo discursivo em cada
estrutura.
73. As primeiras formulações de Freud sobre a psicose:
As neuropsicoses de defesa (1894/200)
Rascunho G – Melancolia (7 de janeiro de 1895)
Rascunho H – Paranoia (24 de janeiro de 1895)
Rascunho K- As Neuroses de defesa (1 de janeiro de 1896)
Carta 55 (11 de janeiro de 1897)
Carta 125 (9 de dezembro de 1899).
74. Caso Schreber (Notas Psicanalíticas sobre um Relato
Autobiográfico de um Caso de Paranoia – Dementia Paranoides,
1911), Sobre o Narcisismo: Uma Introdução (1914) e Luto e
Melancolia (1917[1915])
1911: Etiologia psíquica da paranoia
1914: Etiologia psíquica da esquizofrenia
1917(1915): Etiologia psíquica da melancolia
75. As primeiras formulações de Freud sobre a psicose
Aplica a hipótese da causalidade psíquica simultaneamente à
neurose e à psicose, concedendo, a esta o status de conceito.
Inicialmente define a paranoia como psiconeurose de defesa,
cuja especificidade residiria na prevalência dos processos psíquicos
de rejeição e projeção.
76. FINEZA CLÍNICA
Formulação psicanalítica de uma hipótese etiológica específica e original em
relação ao saber psiquiátrico. No caso específico da psicose, trata-se da hipótese
da foraclusão ou rejeição, que torna a psicose uma estrutura psíquica distinta da
neurose.
PSICOSES
PARANOIA
ESQUIZOFRENIA
MANIA-MELANCOLIA
77. HISTÓRIA CLÍNICA – SCHREBER
Ano Conjuntura de
desestabilização
Quadro clínico de
desencadeamento
Posição em
relação à
Flechsig
Alta
1884 Outubro:
Candidatura às eleições em Chemnitz
pelo Partido Nacional Liberal = derrota
nas eleições./Ironia do jornal local:
Quem afinal conhece o Dr. Schreber?
1.Hipocondria severa (imagina ter
perdido de 15 a 20 quilos; demanda
para ser fotografado).
2.Hipersensibilidade auditiva.
3. Humor irritável e lábil.
4.Duas tentativas de suicídio.
5. Incapacidade de caminhar.
6. Certeza de que o enganam
intencionalmente quanto ao seu peso
corporal.
Testemunho de gratidão,
por parte de sua mulher a
Flechsig: por lhe ter
devolvido o marido.
1885
1893 Recebe a indicação para o
Senatsprasident da Corte de Dresden =
Toma posse como juiz-presidente da
Corte de Apelação de Dresden.
1. Crises de angústia e insônia.
2. Ideias hipocondríacas com, queixa
de amolecimento do cérebro, morte
iminente, hiperestesia.
3. Ideias de perseguição baseadas em
alucinações; os pensamentos, aos
poucos, passam a girar em torno de
alucinações visuais e auditivas.
4. Estupor alucinatório.
5. Vivências de influência corporal
onde seu corpo deveria ser
transformado em corpo de mulher e
ser copulado: estava morto, sofria de
uma praga, era manipulado de forma
revoltante.
6. Delírio de transformação em mulher:
delírios religiosos e sexuais que
envolviam ser escolhido e enviado de
Deus, ser engravidado por Deus para
gerar uma nova humanidade.
Sentimento de
perseguição. O Dr.
Flechsig, é um mentiroso e
passa a ser chamado de
assassino de almas.
Gritava pelo hospital:
Pequeno Flechsig (ênfase
no pequeno).
1894
78. O QUE SÃO OS FENÔMENOS ELEMENTARES?
Marco do emprego da noção por Jacques Lacan:
Na tese sobre Marguerite Anzieu – o Caso Aimée (1932).
Ao longo de O Seminário. Livro 3. As Psicoses (1955-1956).
Extraída da pesquisa psicopatológica conduzida pelo psiquiatra francês
Gaetan Gatian de Clérambault (1872-1934) em torno do fenômeno do
automatismo mental nas psicoses (síndromeS).
Característica do automatismo mental:
Define um grupo elementar de sintomas de natureza alucinatório-
sensorial para as psicoses – constituinte.
Característica mecânica, desprovida de sentido emocional.
79. Clérambault (1872-1934):
Desencadeamento da psicose – irrupção da Síndrome S.
Define a experiência subjetiva de sentir:
Que o pensamento está sendo penetrado por ideias estranhas.
Que a linguagem está sendo repetida.
Que as palavras são comentadas por outros.
São fenômenos que ressoam em seu íntimo e são sentidos como
alheios à própria subjetividade.
80. Quadro-síntese dos Fenômenos Elementares (NO CADERNO: p.48 e TABELA 16)
FENÔMENOS ELEMENTARES CARACTERÍSTICAS “Perturbação” psíquica
Fenômenos elementares que
concernem ao sentido e à
verdade.
Vivências delirantes primárias:
Humor delirante
Percepção delirante
Ocorrência delirante
Interpretação delirante
Desrealização
REAL: evidenciam a presença
da CERTEZA, da
DESLOCALIZAÇÃO da
PULSÃO e da PERPLEXIDADE.
Fenômenos elementares de
automatismo mental.
Alterações do pensamento:
Difusão do pensamento
Leitura de pensamento
Inserção do pensamento
Roubo do pensamento
Eco ou sonorização do
pensamento
Alterações da linguagem:
Descarrilamento
Alucinações auditivas ou
verbais
SIMBÓLICO: com destaque
para as alucinações auditivas
ou verbais por se referirem
diretamente à história do
sujeito simbólico;
Fenômenos elementares de
automatismo corporal.
Vivências de influência
corporal: alucinações
cenestésicas e do esquema
corporal.
IMAGINÁRIO: Por se referir à
relação entre o eu e o corpo.
81. O Caso Schreber à luz fenômenos elementares
FENOMENOS ELEMENTARES SCHREBER
Fenômenos elementares que concernem ao sentido e à
verdade.
O testemunho de Schreber quanto à certeza de que estava coberto de
nervos de voluptuosidade feminina e que ele gradualmente se
transformava em mulher, é precisamente captado por Freud (Freud,
1911/2006, p.27) ao isolar a posição subjetiva da certeza
Fenômenos elementares de automatismo mental.
Evidente na ocasião do segundo desencadeamento, ocorrido em 1893 –
época em que Schreber recebera a indicação para o Senatsprasident da
Corte de Dresden, tomando posse como juiz-presidente da Corte de
Apelação: nessa época testemunha a irrupção de idéias de perseguição
baseadas em alucinações e de alucinações visuais e auditivas que
culminam no estupor alucinatório.
Fenômenos elementares de automatismo corporal.
Schreber dá o testemunho quanto a ocorrência de uma série de
perturbações na relação com o próprio corpo: a excessiva sensibilidade à
luz e ao barulho, as queixas de amolecimento cerebral, de estar morto e
em decomposição, a experiência de dilaceramento, apodrecimento e
despedaçamento de diversas partes do corpo. Ressalta-se aqui, ainda, a
particularidade do primeiro desencadeamento de Schreber por ocasião da
derrota das eleições em Chemnitz em outubro de 1884. Ao ser internado
em oito de dezembro desse mesmo ano, o próprio Schreber deu o
testemunho de ter sido um período muito cansativo, caracterizado por um
quadro em que vigoraram os fenômenos de automatismo corporal:
hipocondria severa (imaginara ter perdido de 15 a 20 quilos quando na
verdade engordara dois quilos; demandara, por seis vezes, para ser
fotografado), certeza de que o enganavam intencionalmente quanto ao
seu peso corporal, hipersensibilidade auditiva, sentimento de debilidade e
incapacidade de caminhar.