1. Os muçulmanos invadiram a Península Ibérica em 711 trazendo novas culturas e tecnologias como a numeração árabe e a bússola.
2. A reconquista cristã começou no século VIII liderada por Pelágio para recuperar os territórios perdidos.
3. Portugal emergiu como reino independente no século XII sob o reinado de Afonso Henriques após derrotar as tropas de sua mãe na Batalha de São Mamede.
1. 1
ApoioaoEstudo_ElisaDias
Os Muçulmanos na Península Ibérica
Os Muçulmanos ou Mouros
No ano de 711, a Península Ibérica foi invadida pelos Muçulmanos. Estes falavam a
língua árabe e tinham uma cultura avançada.
Desenvolveram-se em muitas áreas:
Ø Agricultura: - introduziram a nora e várias culturas (amendoeira e laranjeira).
Ø Matemática: - introduziram a numeração árabe.
Ø Ciência: - Deixaram invenções como a bússola
Este povo conquistou quase toda a Península, com exceção de uma pequena região a
norte que continuou cristã.
No século VIII (711) a Península Ibérica foi de novo invadida, desta vez
pelos Muçulmanos vindos do Norte de África.
Quem eram os Muçulmanos?
Os Árabes são originários da Península da Arábia, uma zona desértica da Ásia, situada
entre o Mar Vermelho e o Golfo Pérsico. Muito pobres, viviam divididos em tribos,
dedicavam-se à pastorícia e ao transporte de mercadorias através do deserto.
A sua principal cidade era Meca onde, no século VII, Maomet funda uma nova religião
- o Islamismo - a que se converteram todas as tribos.
Os seguidores desta religião são os Muçulmanos.
Por que se expandiram os Muçulmanos?
Após a morte de Maomet, os Muçulmanos iniciaram a sua expansão para a Ásia, o
Norte de África e a Península Ibérica.
Pretendiam:
1 - Expandir o Islamismo, procurando converter outros povos à sua religião;
2 -Procurar novas terras e riquezas, para melhorar as suas condições de vida.
Em 711, os Muçulmanos invadem a Península Ibérica, derrotam os Visigodos na
batalha de Guadalete e em poucos anos ocupam todo o território, à exceção de uma
zona a Norte, as Astúrias.
2. 2
ApoioaoEstudo_ElisaDias
O período da Reconquista
A Reconquista foi lenta, feita de avanços e recuos e durou cerca de oitoséculos...
Mas nem sempre cristãos e muçulmanos estavam em guerra.
Houve também períodos de paz onde a convivência entre os dois povos era maior,
permitindo a tolerância e o respeito por tradições, costumes, e até pela religião de
cada um.
O Islamismo
Atualmente, os Muçulmanos são mais de 800 milhões, distribuídos principalmente
pela Ásia e pela África.
Em Portugal vivem cerca de 16 000 muçulmanos.
A HERANÇA MUÇULMANA
Os Muçulmanos tinham uma civilização muito desenvolvida. Por isso, trouxeram
muitos conhecimentos para os povos peninsulares, sobretudo, na agricultura, ciências,
técnicas, arte, música, literatura.
Os Muçulmanos na Península Ibérica
OS MUÇULMANOS NA PENÍNSULA IBÉRIC
3. 3
ApoioaoEstudo_ElisaDias
Reconquista Cristã
Reconquista Cristã teve início no século VIII, as batalhas pelas terras ibéricas têm inicio
quando os visigodos cristãos, liderados por Pelágio, decidem enfrentar os muçulmanos
numa tentativa de recuperação dos territórios perdidos aquando da invasão das
hordas árabes por volta do ano 711.
Após as primeiras vitórias, a norte da península, começam as ser fundados vários
reinos cristãos, nomeadamente o das Astúrias, o de Leão e o de Navarra.
No entanto, as discórdias entre os chefes cristãos resultariam num enfraquecimento
que seria aproveitado pelos árabes para voltarem a ocupar territórios antes perdidos.
Destes avanços e recuos resulta a morosidade e a complexidade do processo da
Reconquista Cristã. Seria só no século XI que os cristãos voltariam a ter poder de
iniciativa e continuar com a Reconquista Cristã.
Pela mão de Fernando I, Rei de Leão e Castela (reino fundado como resultado das
disputas entre os próprios cristãos), voltam para o seu controlo uma importante
quantidade de territórios, entre os quais Coimbra, alargando assim definitivamente os
limites da Reconquista Cristã até ao Mondego.
Este monarca desenvolveu o território entre o Douro e Mondego, o qual aparece
designado por Portucale, o condado que viria a dar origem ao reino independente de
Portugal, fundado por Afonso Henriques no século XII depois uma disputa com a sua
própria mãe, Dona Teresa.
A Batalha de São Mamede – Guimarães, que ocorreu em 24 de Junho de 1128 e que
opôs as tropas de D. Teresa e do conde galego Fernão Peres de Trava às do seu filho e
da qual Dom Afonso Henriques acabaria por sair vitorioso, é o marco histórico que
consolida a vontade do jovem cavaleiro de fundar um estado independente.
A partir dessa data, Dom Afonso Henriques inicia, ele próprio, a sua própria
Reconquista Cristã, enfrentando e vencendo os árabes na luta por muitas das cidades
que constituem atualmente o território nacional.
No entanto, Dom Afonso Henriques, ou Afonso I, Rei de Portugal, teria de se preocupar
também com as constantes investidas do Rei de Leão e Castela, Afonso VII, que nunca
se conformou com a perca das terras portuguesas, o que viria a dificultar e a atrasar
consideravelmente a luta contra os exércitos muçulmanos.
4. 4
ApoioaoEstudo_ElisaDias
Só em 1143, na Conferência de Zamora, Afonso VII viria a reconhecer Dom Afonso
Henriques como legítimo Rei de Portugal, deixando espaço ao monarca lusitano para
alargar o território do novo país.
Conquistou-se Santarém, Lisboa, Palmela, Almada, Alcácer do Sal, Évora e Beja,
levando muito para sul os limites de Portugal. Dom Afonso Henriques, Afonso I de
Portugal, morreria em 1185, deixando a seu filho, D. Sancho I, a tarefa de consolidar e
alargar as fronteiras do reino, um processo que viria a terminar mais de um século
depois quando Afonso III conquistou definitivamente a cidade de Silves e com ela o
território do Algarve.
Seguem-se anos de luta pelos territórios do Alentejo e do Algarve entre Portugal e
Castela, até que, em 1297, pela mão de Dom Dinis, Portugal estabelece as suas
fronteiras definitivas com o Tratado de Alcanises, limites que perduram até à
atualidade e que fazem do país o estado mais antigo da Europa.
Entretanto, segundo algumas correntes históricas, o processo da Reconquista viria a
ser ressuscitado aquando da expansão marítima portuguesa que foi precedida da
conquista de várias praças fortes do norte de África.
Esta linha de pensamento vê a expansão marítima e a constituição do Império de
Portugal como um recomeço da Reconquista iniciada vários séculos antes no território
da Península Ibérica, alargada agora a um espaço bastante mais amplo.