1. O artigo analisa os fundamentos políticos por trás dos discursos de liberdade na internet e como eles revelam disputas de poder.
2. Examina como as narrativas coletivas de eventos públicos funcionam como laboratórios para essas disputas.
3. Discute a passagem de um modelo de mídia informacional para um modelo comunicacional de multi-mídias na internet.
Este documento discute o poder crescente dos consumidores na era digital e a importância das interações entre empresas e consumidores nas redes sociais. A convergência de mídia e tecnologia faz com que os consumidores gerem conteúdo online e expressem opiniões livremente, aumentando seu poder. Isso força as empresas a monitorarem redes sociais para entenderem os consumidores e responderem rápido a comentários. O documento também analisa como os consumidores produzem conteúdo sem perceber que isso é uma forma de "trabalho imaterial", benefici
Aula 4 - Produção Editorial em Hipermídia
Curso de Comunicação Social - Produção Editorial - UFSM
Professora LIliane Dutra Brignol
Tema: Cultura da convergência
[1] O documento discute a cultura da convergência e como ela muda o papel do consumidor e dos meios de comunicação;
[2] A convergência é entendida como um processo no qual diferentes mídias, conteúdos e experiências se cruzam, e o consumidor assume um papel mais ativo na circulação e interação com esses conteúdos;
[3] Três pilares centrais da cultura da convergência são a convergência de mídias, a cultura participativa e a inteligência coletiva.
Resumo do livro "Cultura da Convergência", de Henry JenkinsWilson Ferreira
O documento resume o livro "Cultura da Convergência" de Henry Jenkins, discutindo como a convergência de mídias levou a uma cultura participativa onde consumidores se envolvem ativamente na criação e distribuição de conteúdo. Exemplos como Survivor, Matrix e Harry Potter ilustram como as narrativas se espalham por várias plataformas.
Convergência de Mídias no blog Brainstorm#9guesta08be6
O documento discute a cultura da convergência e como as novas mídias permitem maior participação do usuário. 1) As novas mídias possibilitam a transição de um usuário passivo para um participativo, com a internet e dispositivos convergentes encorajando conexões entre conteúdos e pessoas. 2) A Web 2.0 e blogs permitem que usuários produzam e compartilhem conteúdo de forma descentralizada. 3) O blog Brainstorm#9 é analisado como exemplo por convergir mídias em seu conteúdo e design, permitindo
O documento discute o uso da internet e das redes sociais para mobilização de movimentos sociais globais. Apresenta como exemplos a Primavera Árabe em 2011 e os protestos no Brasil em 2013, destacando que as redes permitiram a rápida organização e projeção dessas manifestações em nível global de forma descentralizada.
“UM PANORAMA GERAL DA CONVERGÊNCIA MIDIÁTICA”Rodrigo Galhano
Este trabalho tem como objetivo elaborar um panorama geral sobre a convergência midiática e seus desdobramentos, tais como o impacto nas empresas e no público, as formas de apropriação das novas tecnologias. Os desafios e as possibilidades das narrativas transmidiáticas também são abordadas. Como principal suporte teórico foi usado o livro Cultura da Convergência, do professor de Estudos de Mídia Comparada da MIT (Massachussets Institute of Technology), Henry Jenkins.
A cultura de convergência é um conceito onde os velhos meios de comunicação passivos "colidem" com os novos meios interativos, resultando em conteúdos distribuídos em várias plataformas e usuários que produzem e difundem informação, provocando mudanças tecnológicas, culturais, econômicas e sociais.
Este documento discute o poder crescente dos consumidores na era digital e a importância das interações entre empresas e consumidores nas redes sociais. A convergência de mídia e tecnologia faz com que os consumidores gerem conteúdo online e expressem opiniões livremente, aumentando seu poder. Isso força as empresas a monitorarem redes sociais para entenderem os consumidores e responderem rápido a comentários. O documento também analisa como os consumidores produzem conteúdo sem perceber que isso é uma forma de "trabalho imaterial", benefici
Aula 4 - Produção Editorial em Hipermídia
Curso de Comunicação Social - Produção Editorial - UFSM
Professora LIliane Dutra Brignol
Tema: Cultura da convergência
[1] O documento discute a cultura da convergência e como ela muda o papel do consumidor e dos meios de comunicação;
[2] A convergência é entendida como um processo no qual diferentes mídias, conteúdos e experiências se cruzam, e o consumidor assume um papel mais ativo na circulação e interação com esses conteúdos;
[3] Três pilares centrais da cultura da convergência são a convergência de mídias, a cultura participativa e a inteligência coletiva.
Resumo do livro "Cultura da Convergência", de Henry JenkinsWilson Ferreira
O documento resume o livro "Cultura da Convergência" de Henry Jenkins, discutindo como a convergência de mídias levou a uma cultura participativa onde consumidores se envolvem ativamente na criação e distribuição de conteúdo. Exemplos como Survivor, Matrix e Harry Potter ilustram como as narrativas se espalham por várias plataformas.
Convergência de Mídias no blog Brainstorm#9guesta08be6
O documento discute a cultura da convergência e como as novas mídias permitem maior participação do usuário. 1) As novas mídias possibilitam a transição de um usuário passivo para um participativo, com a internet e dispositivos convergentes encorajando conexões entre conteúdos e pessoas. 2) A Web 2.0 e blogs permitem que usuários produzam e compartilhem conteúdo de forma descentralizada. 3) O blog Brainstorm#9 é analisado como exemplo por convergir mídias em seu conteúdo e design, permitindo
O documento discute o uso da internet e das redes sociais para mobilização de movimentos sociais globais. Apresenta como exemplos a Primavera Árabe em 2011 e os protestos no Brasil em 2013, destacando que as redes permitiram a rápida organização e projeção dessas manifestações em nível global de forma descentralizada.
“UM PANORAMA GERAL DA CONVERGÊNCIA MIDIÁTICA”Rodrigo Galhano
Este trabalho tem como objetivo elaborar um panorama geral sobre a convergência midiática e seus desdobramentos, tais como o impacto nas empresas e no público, as formas de apropriação das novas tecnologias. Os desafios e as possibilidades das narrativas transmidiáticas também são abordadas. Como principal suporte teórico foi usado o livro Cultura da Convergência, do professor de Estudos de Mídia Comparada da MIT (Massachussets Institute of Technology), Henry Jenkins.
A cultura de convergência é um conceito onde os velhos meios de comunicação passivos "colidem" com os novos meios interativos, resultando em conteúdos distribuídos em várias plataformas e usuários que produzem e difundem informação, provocando mudanças tecnológicas, culturais, econômicas e sociais.
Convergência midiática e comunicação:cenários, atores e práticasGrupo COMERTEC
1. O documento discute a convergência midiática e as práticas de comunicação em diferentes cenários, atores e contextos.
2. Ele é composto por uma série de artigos escritos por pesquisadores que analisam temas como redes sociais, política, movimentos sociais, jornalismo, narrativa transmídia e novas tecnologias.
3. O livro visa estimular debates sobre como as práticas comunicativas e a produção cultural são afetadas pelo cenário de apropriação social, econômica e política das tecnologias.
Este artigo apresenta estudo sobre o uso de cartazes de protesto como forma de comunicação entre ativistas políticos e ciberativistas. Fundamentado nas teorias da Folkcomunicação, atualizadas no que diz respeito à comunicação nos movimentos sociais e aos meios nele utilizados, e também no que se refere à cultura da convergência, cibercultura e redes sociais na internet, o objetivo é analisar como os grupos se apropriaram, tanto da internet, quanto de um meio simples de comunicação, os cartazes, para transmitir frases de efeito e vozes de comando durante os recentes manifestos contra a corrupção no Brasil.
Trabalho apresentado no GP Folkcomunicação, XIII Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação, evento componente do XXXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.
Cultura da Convergência - Henry Jenkins [resenha]Tarcízio Silva
O documento resume o livro "Cultura da Convergência" de Henry Jenkins, que discute como a convergência dos meios de comunicação, cultura participativa e inteligência coletiva estão transformando a produção e consumo de mídia. O autor analisa como franquias como Survivor, Matrix e Guerra nas Estrelas usam múltiplas plataformas para engajar fãs e como isso afeta a publicidade e narrativas. Ele também discute como novas tecnologias permitem que o público crie e distribua conteúdo de forma mais democrática
O documento discute o potencial democrático dos meios de comunicação de massa e da internet. Apresenta diferentes perspectivas sobre como esses meios podem ser usados para fins democráticos ou comerciais. Também discute os desafios colocados pelas corporações e governos para controlar a internet, e os movimentos contra-hegemônicos que defendem a liberdade na rede.
Henry Jenkins é um professor que estuda a convergência cultural entre mídias. Ele descreve a convergência como a mistura de conteúdos entre plataformas, a cooperação entre indústrias de mídia e o comportamento do público que consome conteúdo em múltiplos canais. Jenkins também discute inteligência coletiva e cultura participativa como conceitos centrais na era da convergência.
O AVANÇO DOS MEIOS DIGITAIS E A PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO: Como as redes sociais...Karina Perussi
O documento discute como as redes sociais estão transformando a comunicação, o jornalismo e a sociedade de 3 maneiras: (1) permitindo que todos produzam e recebam informações, levando a uma cultura colaborativa; (2) tornando o Twitter uma importante fonte de notícias, como na morte de Bin Laden; (3) possibilitando mobilizações políticas e sociais, como os protestos no Irã e a eleição de Obama.
Aula sobre a Cultura da Convergência, conceito do estudioso de mídias Henry Jenkins. Disciplina Mídia II, Escola de Comunicação Social / Publicidade e Propaganda - Facha (RJ). Prof. Luiz Agner.
As mídias sociais colocando em xeque o monopólio da fala dos grandes veículosFlávia Lopes
No atual ambiente sociotécnico, a informação tem ganhado novos suportes, ocasionando uma mudança de paradigmas na maneira como as pessoas produzem e buscam conteúdo noticioso na atualidade. Hoje não se pode falar em produtores e consumidores de mídia como ocupantes de papéis separados, mas como “participantes interagindo de acordo com um novo conjunto de regras”. A partir dessa percepção, torna-se oportuno analisar como as ferramentas de mídias sociais, em especial o Twitter, têm atuado na reconfiguração das relações de poder e na mudança do jogo de sentidos no qual imprensa se insere. O monopólio da fala dos grandes veículos parece ter sido colocado em xeque. A partir de casos como “Cala Boca Galvao”, o “erro na publicidade do Extra” e a “fala de Dilma” no Twitter, pretende-se avaliar como a população e mesmo os veículos de comunicação estão tendo a percepção de que “a imprensa está nua”.
O documento discute a obra "Convergência Cultural" de Henry Jenkins. Resume que o livro explora como as mídias tradicionais e novas estão convergindo, onde a cultura corporativa e alternativa se cruzam de maneiras imprevisíveis. Também discute como a convergência está mudando as indústrias midiáticas e os comportamentos dos consumidores, levando a uma cultura mais participativa.
O documento discute a cultura da convergência, definida como a convergência dos meios de comunicação, a cultura participativa e a inteligência coletiva. A cultura da convergência permite que os consumidores interajam com conteúdo de mídia de maneiras novas através de vários dispositivos.
Este documento discute a possível união entre o webjornalismo e jogos eletrônicos em um gênero chamado newsgames. Apresenta as teorias da mídiamorfose e cibercultura para analisar esta fusão e sugere um projeto de game design para testar a ideia de informar os leitores por meio de jogos.
O documento discute a teoria midiática e o ciberativismo. A teoria midiática de McLuhan argumenta que os meios de comunicação moldam a sociedade mais do que o conteúdo transmitido. O ciberativismo usa a internet para defender causas políticas e sociais de forma descentralizada. Exemplos mostram como movimentos online mobilizaram pessoas em torno de questões ambientais e de direitos humanos. Há uma ligação entre esses temas na medida em que novos meios alteram as relações de poder e democratizam o acesso à informação.
As Novas Tecnologias O Individuo E A Sociedadeclaudia amaral
O documento discute como as novas tecnologias, especialmente a internet, afetam os indivíduos e a sociedade. Apresenta três principais pontos: 1) Como a internet trouxe novas formas de comunicação que destroem barreiras geográficas, mas também podem isolar as pessoas; 2) Como a internet cria novas oportunidades para as pessoas construírem identidades online, mas também desenvolve dependência da comunicação; 3) Como a experiência do tempo é alterada na comunicação online em comparação com a comunicação offline.
O documento discute como a internet está transformando a opinião pública em inteligência coletiva, permitindo que as pessoas compartilhem e discutam ideias livremente online. A censura em países autoritários está ficando mais difícil com o crescimento do ciberespaço, e a internet pode enfraquecer ditaduras à medida que mais pessoas se conectam e têm acesso à diversidade de opiniões globais.
O documento resume as ideias do professor Yochai Benkler sobre como a produção colaborativa na internet está criando uma nova economia e esfera pública. Benkler argumenta que a internet permite que as pessoas cooperem de forma voluntária para produzir bens de forma descentralizada e compartilhada. Isso representa um desafio para os modelos capitalistas tradicionais e permite maior autonomia individual.
Mobilização de Pessoas pelas Mídias Sociais - Paula Diniz e Kalyl Rachid -Kalyl Rachid
Mobilização de Pessoas pelas Mídias Sociais - Paula Diniz e Kalyl Rachid. Atividade realizada na #HubEscola de Inverno 2011.
http://www.hubescola.com.br
http://www.kalylrachid.com
Hermes introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011claudiocpaiva
O documento discute o deus Hermes na mitologia grega e sua relevância para a comunicação moderna. Hermes era o mensageiro dos deuses e patrono da comunicação, comércio e diplomacia. Sua imagem representa a mediação e o equilíbrio nas trocas de informações. O documento também analisa como as redes sociais atualizaram o papel de Hermes na disseminação colaborativa de conteúdo.
Cultura convergencia upe antropologia geografiaItalo Alan
1. O documento discute a convergência de mídias segundo Henry Jenkins, incluindo a cultura participativa e a inteligência coletiva emergentes.
2. A convergência cultural refere-se à mudança na lógica da cultura com ênfase no fluxo de conteúdo entre canais midiáticos.
3. A inteligência coletiva se refere à capacidade das comunidades virtuais de alavancar conhecimentos compartilhados.
Trabalho apresentado ao NT “Sociabilidade, novas tecnologias, política e ativismo”, do II Simpósio em Tecnologias Digitais e Sociabilidade (SimSocial), realizado em Salvador/BA, em 11 de outubro de 2012.
1. O documento discute a transformação da sociedade para uma "sociedade em rede" devido ao uso crescente de tecnologias digitais e redes, com impactos na economia, organização social e política.
2. Castells argumenta que o poder na sociedade em rede está ligado ao controle dos fluxos de informação e recursos nas redes globais. Instituições precisam se adaptar aos novos conceitos de tempo e espaço digital.
3. As políticas devem ajudar a transição para a sociedade em rede, especialmente reformando o setor
1. O documento discute o impacto das novas tecnologias na sociedade e conceitos da Sociedade da Informação e Sociedade Digital.
2. Apresenta definições de informação e Sociedade da Informação, destacando a importância crescente da informação e da tecnologia na sociedade contemporânea.
3. Aborda o desenvolvimento da Sociedade Digital e da internet, analisando como isso influenciou a esfera pública, práticas sociais, economia e exclusão digital.
Convergência midiática e comunicação:cenários, atores e práticasGrupo COMERTEC
1. O documento discute a convergência midiática e as práticas de comunicação em diferentes cenários, atores e contextos.
2. Ele é composto por uma série de artigos escritos por pesquisadores que analisam temas como redes sociais, política, movimentos sociais, jornalismo, narrativa transmídia e novas tecnologias.
3. O livro visa estimular debates sobre como as práticas comunicativas e a produção cultural são afetadas pelo cenário de apropriação social, econômica e política das tecnologias.
Este artigo apresenta estudo sobre o uso de cartazes de protesto como forma de comunicação entre ativistas políticos e ciberativistas. Fundamentado nas teorias da Folkcomunicação, atualizadas no que diz respeito à comunicação nos movimentos sociais e aos meios nele utilizados, e também no que se refere à cultura da convergência, cibercultura e redes sociais na internet, o objetivo é analisar como os grupos se apropriaram, tanto da internet, quanto de um meio simples de comunicação, os cartazes, para transmitir frases de efeito e vozes de comando durante os recentes manifestos contra a corrupção no Brasil.
Trabalho apresentado no GP Folkcomunicação, XIII Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação, evento componente do XXXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.
Cultura da Convergência - Henry Jenkins [resenha]Tarcízio Silva
O documento resume o livro "Cultura da Convergência" de Henry Jenkins, que discute como a convergência dos meios de comunicação, cultura participativa e inteligência coletiva estão transformando a produção e consumo de mídia. O autor analisa como franquias como Survivor, Matrix e Guerra nas Estrelas usam múltiplas plataformas para engajar fãs e como isso afeta a publicidade e narrativas. Ele também discute como novas tecnologias permitem que o público crie e distribua conteúdo de forma mais democrática
O documento discute o potencial democrático dos meios de comunicação de massa e da internet. Apresenta diferentes perspectivas sobre como esses meios podem ser usados para fins democráticos ou comerciais. Também discute os desafios colocados pelas corporações e governos para controlar a internet, e os movimentos contra-hegemônicos que defendem a liberdade na rede.
Henry Jenkins é um professor que estuda a convergência cultural entre mídias. Ele descreve a convergência como a mistura de conteúdos entre plataformas, a cooperação entre indústrias de mídia e o comportamento do público que consome conteúdo em múltiplos canais. Jenkins também discute inteligência coletiva e cultura participativa como conceitos centrais na era da convergência.
O AVANÇO DOS MEIOS DIGITAIS E A PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO: Como as redes sociais...Karina Perussi
O documento discute como as redes sociais estão transformando a comunicação, o jornalismo e a sociedade de 3 maneiras: (1) permitindo que todos produzam e recebam informações, levando a uma cultura colaborativa; (2) tornando o Twitter uma importante fonte de notícias, como na morte de Bin Laden; (3) possibilitando mobilizações políticas e sociais, como os protestos no Irã e a eleição de Obama.
Aula sobre a Cultura da Convergência, conceito do estudioso de mídias Henry Jenkins. Disciplina Mídia II, Escola de Comunicação Social / Publicidade e Propaganda - Facha (RJ). Prof. Luiz Agner.
As mídias sociais colocando em xeque o monopólio da fala dos grandes veículosFlávia Lopes
No atual ambiente sociotécnico, a informação tem ganhado novos suportes, ocasionando uma mudança de paradigmas na maneira como as pessoas produzem e buscam conteúdo noticioso na atualidade. Hoje não se pode falar em produtores e consumidores de mídia como ocupantes de papéis separados, mas como “participantes interagindo de acordo com um novo conjunto de regras”. A partir dessa percepção, torna-se oportuno analisar como as ferramentas de mídias sociais, em especial o Twitter, têm atuado na reconfiguração das relações de poder e na mudança do jogo de sentidos no qual imprensa se insere. O monopólio da fala dos grandes veículos parece ter sido colocado em xeque. A partir de casos como “Cala Boca Galvao”, o “erro na publicidade do Extra” e a “fala de Dilma” no Twitter, pretende-se avaliar como a população e mesmo os veículos de comunicação estão tendo a percepção de que “a imprensa está nua”.
O documento discute a obra "Convergência Cultural" de Henry Jenkins. Resume que o livro explora como as mídias tradicionais e novas estão convergindo, onde a cultura corporativa e alternativa se cruzam de maneiras imprevisíveis. Também discute como a convergência está mudando as indústrias midiáticas e os comportamentos dos consumidores, levando a uma cultura mais participativa.
O documento discute a cultura da convergência, definida como a convergência dos meios de comunicação, a cultura participativa e a inteligência coletiva. A cultura da convergência permite que os consumidores interajam com conteúdo de mídia de maneiras novas através de vários dispositivos.
Este documento discute a possível união entre o webjornalismo e jogos eletrônicos em um gênero chamado newsgames. Apresenta as teorias da mídiamorfose e cibercultura para analisar esta fusão e sugere um projeto de game design para testar a ideia de informar os leitores por meio de jogos.
O documento discute a teoria midiática e o ciberativismo. A teoria midiática de McLuhan argumenta que os meios de comunicação moldam a sociedade mais do que o conteúdo transmitido. O ciberativismo usa a internet para defender causas políticas e sociais de forma descentralizada. Exemplos mostram como movimentos online mobilizaram pessoas em torno de questões ambientais e de direitos humanos. Há uma ligação entre esses temas na medida em que novos meios alteram as relações de poder e democratizam o acesso à informação.
As Novas Tecnologias O Individuo E A Sociedadeclaudia amaral
O documento discute como as novas tecnologias, especialmente a internet, afetam os indivíduos e a sociedade. Apresenta três principais pontos: 1) Como a internet trouxe novas formas de comunicação que destroem barreiras geográficas, mas também podem isolar as pessoas; 2) Como a internet cria novas oportunidades para as pessoas construírem identidades online, mas também desenvolve dependência da comunicação; 3) Como a experiência do tempo é alterada na comunicação online em comparação com a comunicação offline.
O documento discute como a internet está transformando a opinião pública em inteligência coletiva, permitindo que as pessoas compartilhem e discutam ideias livremente online. A censura em países autoritários está ficando mais difícil com o crescimento do ciberespaço, e a internet pode enfraquecer ditaduras à medida que mais pessoas se conectam e têm acesso à diversidade de opiniões globais.
O documento resume as ideias do professor Yochai Benkler sobre como a produção colaborativa na internet está criando uma nova economia e esfera pública. Benkler argumenta que a internet permite que as pessoas cooperem de forma voluntária para produzir bens de forma descentralizada e compartilhada. Isso representa um desafio para os modelos capitalistas tradicionais e permite maior autonomia individual.
Mobilização de Pessoas pelas Mídias Sociais - Paula Diniz e Kalyl Rachid -Kalyl Rachid
Mobilização de Pessoas pelas Mídias Sociais - Paula Diniz e Kalyl Rachid. Atividade realizada na #HubEscola de Inverno 2011.
http://www.hubescola.com.br
http://www.kalylrachid.com
Hermes introdução - hermes e a complexidade da comunicação 13.05.2011claudiocpaiva
O documento discute o deus Hermes na mitologia grega e sua relevância para a comunicação moderna. Hermes era o mensageiro dos deuses e patrono da comunicação, comércio e diplomacia. Sua imagem representa a mediação e o equilíbrio nas trocas de informações. O documento também analisa como as redes sociais atualizaram o papel de Hermes na disseminação colaborativa de conteúdo.
Cultura convergencia upe antropologia geografiaItalo Alan
1. O documento discute a convergência de mídias segundo Henry Jenkins, incluindo a cultura participativa e a inteligência coletiva emergentes.
2. A convergência cultural refere-se à mudança na lógica da cultura com ênfase no fluxo de conteúdo entre canais midiáticos.
3. A inteligência coletiva se refere à capacidade das comunidades virtuais de alavancar conhecimentos compartilhados.
Trabalho apresentado ao NT “Sociabilidade, novas tecnologias, política e ativismo”, do II Simpósio em Tecnologias Digitais e Sociabilidade (SimSocial), realizado em Salvador/BA, em 11 de outubro de 2012.
1. O documento discute a transformação da sociedade para uma "sociedade em rede" devido ao uso crescente de tecnologias digitais e redes, com impactos na economia, organização social e política.
2. Castells argumenta que o poder na sociedade em rede está ligado ao controle dos fluxos de informação e recursos nas redes globais. Instituições precisam se adaptar aos novos conceitos de tempo e espaço digital.
3. As políticas devem ajudar a transição para a sociedade em rede, especialmente reformando o setor
1. O documento discute o impacto das novas tecnologias na sociedade e conceitos da Sociedade da Informação e Sociedade Digital.
2. Apresenta definições de informação e Sociedade da Informação, destacando a importância crescente da informação e da tecnologia na sociedade contemporânea.
3. Aborda o desenvolvimento da Sociedade Digital e da internet, analisando como isso influenciou a esfera pública, práticas sociais, economia e exclusão digital.
A Internet é um sistema de informação global interconectado por protocolos como o IP que permite comunicações usando TCP/IP e fornece serviços públicos e privados. A Internet modificou as relações sociais ao permitir novas comunidades virtuais baseadas em interesses comuns em vez de proximidade geográfica. As redes sociais online também permitem novas formas de construir redes sociais e espalhar conteúdo na web.
URRESTI, Marcelo. Ciberculturas juveniles: vida cotidiana, subjetividad y pertenencia entre los jovenes ante el impacto de las nuevas tecnologias de la comunicación y la información. URREST, Marcelo (Ed.) Ciberculturas juveniles. Buenos Aires: La crujia, 2008, p.13-66
O julgamento do mensalão e as redes sociais de interpretação. Pistas para uma...claudiocpaiva
1. O documento discute o julgamento do mensalão e sua projeção nas redes sociais, oferecendo pistas para uma interpretação hermenêutica deste fenômeno político a partir da comunicação e cultura midiática compartilhada.
2. Analisa como as redes sociais permitiram o monitoramento do julgamento e a formação de um espaço público digital, contribuindo para novos agenciamentos ético-políticos.
3. Defende uma abordagem interdisciplinar que considere as interfaces entre informação, comunicação e política
1. O documento discute o julgamento do mensalão e sua projeção nas redes sociais, que permitiram novas formas de interpretação e participação dos cidadãos.
2. As redes sociais distribuíram amplamente as informações sobre o julgamento e permitiram que os usuários interagissem e debatessem o processo.
3. Isso representou novos agenciamentos ético-políticos e democráticos na discussão do caso, que teve grande relevância para a história política brasileira.
Cibercultura e a Inteligência Coletiva - Leandro WanderleyLeandro Couto
Artigo escrito para aquisição de nota na material de Filosofia, no curso de Sistemas de Informação do IFAL. O texto trata da cibercultura, o ciberespaço que serve de suporte para tal, alguns problemas adventos da temática e alguns casos de controle da internet, como o da China.
O documento discute os conceitos de cibercultura, sociedade da informação e transparência na era digital. Apresenta as ideias de pensadores como Pierre Levy, Manuel Castells e a organização Wikileaks, que promovem a liberdade de expressão e acesso à informação através da internet e da abertura de dados governamentais.
Medindo influência nas mídias sociais: estudo de caso do Índice TAErika Heidi
1) O documento discute o poder de influenciadores nas mídias sociais, especificamente no Twitter, e quais métricas são relevantes para medir a influência de um usuário nesta plataforma.
2) É apresentado um algoritmo chamado "ranking ta" que classifica o nível de influência de usuários do Twitter de forma eficaz.
3) Este algoritmo é utilizado na ferramenta "tweetauditor" para medir a influência de um determinado usuário.
O documento discute como as redes sociais estão transformando a comunicação, o jornalismo e a sociedade de três maneiras: (1) permitindo que todos produzam e recebam informações, tornando os leitores ativos; (2) revolucionando o jornalismo ao fornecer notícias em tempo real e dando voz aos cidadãos; (3) permitindo novas formas de mobilização social e protesto.
1) Os três princípios da cibercultura segundo Lemos e Levy são: liberação da palavra, conectividade e reconfiguração. Isso significa produção, distribuição e consumo livres de informações, conexão global entre pessoas e novas formas de produção cultural.
Este documento discute o papel das redes sociais na mobilização política durante a Primavera Árabe. Ele explica como as redes sociais organizaram os protestos e contornaram a censura dos meios de comunicação oficiais, permitindo que as informações sobre os protestos se espalhassem. Também analisa como o jornalismo cidadão e as novas formas de comunicação online estão transformando o jornalismo tradicional.
O documento apresenta o tema da redação do ENEM 2011 sobre os limites entre o público e o privado na era digital. A coletânea de textos discute a declaração da ONU sobre o acesso à internet como direito humano, os riscos da exposição online e a vigilância em massa através de câmeras. A introdução propõe analisar como as redes sociais revolucionaram a sociedade e mobilizaram grupos, bem como os riscos à privacidade online.
Yochai Benkler é um professor de direito da Universidade de Harvard que estuda o impacto da produção colaborativa na internet e como ela cria um novo sistema econômico. Ele analisa como comunidades online cooperam espontaneamente para produzir bens compartilhados e como isso representa uma nova forma de organização social do trabalho. Benkler argumenta que a internet permite uma "esfera pública interconectada" que é mais democrática do que a dominada pelos grandes veículos de comunicação.
O documento descreve uma nova estratégia de campanha eleitoral na internet que usa redes sociais para engajar cidadãos de forma colaborativa. A estratégia centraliza as ferramentas de mídia social em uma rede para multiplicar apoiadores e ativistas online de forma viral. O objetivo é colocar os cidadãos no centro das ações para que eles informem e tomem decisões democráticas.
O documento descreve uma nova estratégia de campanha eleitoral na internet que usa redes sociais para engajar cidadãos de forma colaborativa e horizontal. A estratégia envolve ouvir ideias dos cidadãos, envolvê-los nas discussões e formular políticas públicas com base na participação popular.
1) O documento discute a mutação das mídias com a emergência da internet, que tornou a comunicação mais interativa, descentralizada e com potencial de produção por todos;
2) Isso levou a novas formas de comunidade virtual e jornalismo cidadão na web 2.0, com mais autonomia dos atores sociais;
3) As mídias passaram de um modelo massivo para um pós-massivo de escolha individualizada e produção descentralizada.
Compartilhar: um estudo sobre os usos da tecnologia entre os jovensAlberto Pereira
Análise da categoria "compartilhar" do ponto de vista da comunicação e da antropologia, em conjunto com o progresso dos novos meios de interação online.
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Analysis of the category "sharing"(share with) in terms of communication and anthropology, together with the progress of new ways to interact online.
Há uma transformação tecnológica de dimensões históricas em curso atualmente: a integração de vários modos de comunicação em uma rede interativa.
Pela primeira vez na história, um mesmo sistema é capaz de integrar comunicação humana nas modalidades escrita, oral e audiovisual. Surge uma nova forma de comunicação baseada em hipertexto e metalinguagem.
Semelhante a Gt1 henrique %20antoun_%20f%e1bio_malini (20)
Este documento discute a formação de comunidades virtuais de aprendizagem em blogs. Analisa a interação entre membros de duas turmas de escolas públicas por meio de comentários e links postados em um blog comum. Os resultados apontam as características de uma comunidade virtual de aprendizagem e o potencial dos blogs para aprendizagem colaborativa na internet.
O documento discute o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e como elas estão modificando a sociedade. Apresenta como as tecnologias estão permitindo mais escolhas e interatividade, mas na prática as pessoas interagem mais em atividades de entretenimento do que informação. Também discute como a televisão se tornou um importante mediador social, especialmente diante da crise de outras instituições.
O documento discute a importância de se integrar diferentes mídias e recursos tecnológicos nos contextos educacionais para apoiar o desenvolvimento integral do indivíduo. Ele argumenta que as tecnologias digitais oferecem novas oportunidades para os alunos aprenderem de maneiras mais interativas e contextualizadas. Além disso, defende que as propostas educacionais precisam ser repensadas para considerar as demandas atuais da sociedade e como os indivíduos realmente aprendem e se desenvolvem.
Este documento discute a formação de comunidades virtuais de aprendizagem em blogs. Analisa a interação entre estudantes de duas escolas públicas por meio de comentários e links postados em um blog colaborativo. Os resultados mostram que blogs têm potencial para aprendizagem colaborativa online e características específicas de comunidades virtuais de aprendizagem se desenvolvem nesses ambientes.
1) O documento discute as limitações das teorias tradicionais de aprendizagem (behaviorismo, cognitivismo e construtivismo) no mundo digital atual e propõe uma nova teoria chamada conectivismo.
2) As teorias tradicionais não descrevem adequadamente a aprendizagem que ocorre fora das pessoas e nas organizações com o uso da tecnologia.
3) O conectivismo enfatiza a formação de conexões entre informações, a habilidade de reconhecer padrões e a auto-organ
O documento descreve recursos de sistemas wiki como o PBworks, incluindo como criar e editar páginas de forma colaborativa, adicionar links e imagens, e convidar outros usuários. O PBworks oferece armazenamento gratuito de até 2GB e funcionalidades como customização da interface.
O documento lista 10 usos educacionais do Twitter sugeridos por um especialista, como comunicar mudanças na aula, pedir resumos de textos limitados a 140 caracteres e estimular o intercâmbio cultural entre alunos de diferentes países. Além disso, discute que o Twitter requer rapidez e capacidade de síntese devido ao limite de caracteres, mas pode ser uma ferramenta útil para a educação se usado de forma adequada.
Este documento fornece um resumo de um trabalho acadêmico sobre o Twitter produzido por um grupo de mestrandas da Universidade Federal de Juiz de Fora no ano de 2012. O trabalho descreve o que é o Twitter, como usá-lo e seu público-alvo, e discute tendências no uso do Twitter por organizações e como uma ferramenta pedagógica.
O documento descreve as atividades de verão realizadas por professores da SEEDUC-RJ em 2013/2014, incluindo: (1) exposições de arte, como de máscaras africanas e do Colégio Estadual Almirante Tamandaré; (2) cursos online sobre jogos educativos, PowerPoint e mídias; (3) visitas a locais como cachoeiras em Guapimirim. (3) Parabeniza os professores pelo esforço para tornar o projeto uma realidade.
Durante as férias de verão de 2013/2014, professores da SEEDUC-RJ realizaram atividades que incluíram: 1) uma exposição releitura das máscaras africanas; 2) um curso sobre o desenvolvimento de jogos educacionais; e 3) um curso básico sobre PowerPoint. Muitos professores também compartilharam imagens de suas atividades de verão e passeios a locais como praias e cachoeiras.
Durante as férias de verão de 2013/2014, professores da SEEDUC-RJ realizaram atividades que incluíram: 1) uma exposição releitura das máscaras africanas; 2) um curso sobre o desenvolvimento de jogos educacionais; e 3) cursos básicos de PowerPoint e sobre fotografia.
Este documento contém imagens e descrições de atividades realizadas por professores da SEEDUC-RJ durante as férias de verão de 2013/2014, incluindo uma exposição de releitura de máscaras africanas, cursos online sobre desenvolvimento de jogos educacionais e PowerPoint, e produção de vídeos para canais literários no YouTube.
As atividades de verão dos professores da SEEDUC-RJ incluíram uma exposição sobre máscaras africanas, visitas a praias e cachoeiras de Saquarema com os alunos, e um curso sobre fotografia com o título "Tópicos em Mídias".
O documento descreve atividades de verão realizadas por professores da SEDUC-RJ em 2013/2014, incluindo uma exposição sobre máscaras africanas pelo professor Saulo Maia Pinto e uma oficina sobre contos populares pela professora Fernanda Cavalcanti.
O documento discute o tema da água e está organizado em 6 aulas. A primeira aula trata dos estados físicos da água, a segunda das características da água potável e poluída, e a terceira da importância da água. As aulas subsequentes abordam o ciclo da água, a escassez hídrica e a compreensão da conta de água.
Homengagem as crianças criança diz cada umaMaria Flores
Crianças oferecem definições únicas e humorísticas de palavras como amor, adulto, alegria, cobra, chocolate, dever, borboleta, felicidade, vento, esperança, saudade e rede. As definições fornecem perspectivas inocentes e criativas sobre esses conceitos.
O Dia das Crianças foi instituído no Brasil pelo deputado Galdino do Valle Filho na década de 1920 e oficializado pelo presidente Arthur Bernardes em 12 de outubro de 1924. Em 1960, fabricantes de brinquedos promoveram a "Semana do Bebê Robusto" para aumentar vendas, fazendo o dia das Crianças ser ressurgido, e hoje é comemorado em datas diferentes em outros países, como em 20 de novembro pela ONU.
O Dia das Crianças foi instituído no Brasil pelo deputado Galdino do Valle Filho na década de 1920 e oficializado pelo presidente Arthur Bernardes em 12 de outubro de 1924. Em 1960, fabricantes de brinquedos promoveram a "Semana do Bebê Robusto" para aumentar vendas, fazendo o dia das Crianças ser ressurgido, e hoje é comemorado em datas diferentes em outros países, como em 15 de novembro na Índia e em 20 de novembro como o Dia Universal da Criança reconhecido pela O
A origem do Dia das Mães remonta à Grécia Antiga, quando era celebrada em honra à deusa Rhea. No século XVII, a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães. Nos EUA, a escritora Julia Ward Howe sugeriu a criação de uma data em 1872, mas foi Anna Jarvis que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães em 1905, após a morte de sua mãe. Em 1914, o presidente Woodrow Wilson estabeleceu o Dia das M
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
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ONTOLOGIA DA LIBERDADE NA REDE1
as multi-mídias e os dilemas da narrativa coletiva dos
acontecimentos
Henrique Antoun 2
Fábio Malini3
Resumo: Esse artigo visa, em retrospectiva, analisar os fundamentos políticos que
regem os discursos de liberdade que são disseminados pelos atores que constroem a
internet de hoje e de ontem. Esta análise visa extrair um modo de compreender a
economia do poder em disputa, instaurada pelos diferentes atores em conflito da
sociedade em rede. Para tanto vamos avaliar os processos de narração coletiva dos
acontecimentos públicos, entendidos como laboratórios dessas disputas. Desta
avaliação vai emergir que as novas narrativas multitudinárias vão fazer a
passagem do modelo informacional das mídias, que privilegia a acumulação
quantitativa proprietária de elementos, para o modelo comunicacional das multi-
mídias, que privilegia a coordenação da ação coletiva nos movimentos.
Palavras-Chave: Acontecimento; Biopolítica; Cibercultura; Comum; Multidão.
1. Introdução
Na década de 1990, o uso da internet, associado às dinâmicas de produção e consumo
de sites, transformou a rede num enorme laboratório da publicidade de grupos que povoavam
a internet, sobretudo, as corporações e instituições estatais. E, de certa forma, até o final dos
90, a dinâmica de fragmentação, legitimada pela infinidades de redes de pequenos mundos,
empurrava a web para uma experiência majoritariamente baseada no download de páginas,
que deveriam – dentro da utopia de felicidade eterna da nova economia - se revelar, antes,
como start ups de modelos empresariais do capitalismo de risco.
A internet de hoje se transmutou, sem dúvida. A atuação social, a mobilização e o
engajamento viraram um valor da rede, contrapondo aquele pensamento de felicidade eterna
da web comercial, que contaminava a economia e a política (Bifo, 2005). Em grande medida,
essa metamorfose tem a ver com a emergência das dinâmicas ativistas, já no final dos 90, que
1
Trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho “<Comunicação e Cibercultura>”, do XIX Encontro da Compós,
na PUC-RJ, Rio de janeiro, RJ, em junho de 2010.
2
Universidade Federal do Rio de Janeiro, hantoun@gmail.com
3
Universidade Federal do Espírito Santo, fabiomalini@gmail.com
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fizeram resgatar o sentido originário peer to peer da internet, dando a ela um novo uso, ao
promover diversas inovações que vão do Napster ao Pirate Bay, dos blogs aos mashups, dos
sistemas de troca de arquivo às mídias sociais colaborativas, do jornalismo cidadão
neozapatista à tuitagem iraniana.
Daí que, por ora, há todo um conjunto novo de disputas e conflitos sobre a produção e a
regulação da liberdade na internet, na medida em que todo o valor capitalista está radicado
em fazer os conectados livres permanecer dentro de limites programáveis e de conexões pré-
estabelecidas, para recolher destes toda a sua produção social. É o paradigma de produção
colaborativa do “tudo é meu” (Malini, 2008). Na contra mão deste movimento, há todo um
movimento que visa inflar de liberdade a rede, a partir da disseminação de dispositivos que
aceleram a socialização e o compartilhamento de conhecimentos, informação e dados,
seguindo novos modelos de direito público, abrindo um conflito com a governança capitalista
da liberdade na rede.
Esse artigo visa, em retrospectiva, analisar os fundamentos políticos que regem os
discursos de liberdade que são disseminados pelos atores que constroem a internet de hoje e
de ontem. Esta análise visa extrair um modo de compreender a economia do poder em
disputa, instaurada pelos diferentes atores em conflito da sociedade em rede. Para tanto
vamos avaliar os processos de narração coletiva dos acontecimentos públicos, entendidos
como laboratórios dessas disputas. Desta avaliação vai emergir que as novas narrativas
multitudinárias vão fazer a passagem do modelo informacional das mídias, que privilegia a
acumulação quantitativa proprietária de elementos, para o modelo comunicacional das multi-
mídias, que privilegia a coordenação da ação coletiva nos movimentos.
2. A liberdade “negativa”, ou o biopoder na internet
A internet é um campo social, como muitos outros, onde a liberdade está em disputa.
Na verdade, quando dizemos “liberdade” entende-se aí os mecanismos e atos autônomos de
cooperação social que permitem o exercício do poder (e contrapoder), a produção social e a
ativação psicológica de afetos. Em certo sentido, essa definição se complementa à acepção
spinosista que define o homem livre como aquele que se realiza na sociedade civil, onde se
vive de acordo com leis comuns, e não na solidão e no isolamento, onde se obedece apenas a
si mesmo. A liberdade, de longe, não se esgota no sentido liberal d “direito de ter
propriedade” (de ideias, de mercado, de terras etc), nem mesmo no sentido hobbesiano de
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“ter força para suplantar o outro”. Hoje o cerne do debate sobre liberdade está no direito de
produção autônoma de formas de vida, que não sejam atravessadas pela força estatal nem
pela mercantilização do capital, mas por “direitos comuns” que as protejam e as liberem ao
mesmo tempo. Não é á toa que o movimento social mais importante da primeira década do
século XXI foi a disputa pelo controle dessa produção comum protegida e partilhada.
Disputas endógenas ao capital - como a que contrapõe o Google à Microsoft exprimindo a
forte tensão entre a computação em nuvem e a indústria do licenciamento - e exógenas a ele –
a disputa entre a cultura da colaboração p2p e a cultura da permissão proprietária.
Na internet, o que se percebe é todo um movimento de redução da oferta de liberdade
(travestida de inflação), que tem a ver com as medidas de cercamento (enclosures) da
liberdade em sistemas controlados de informação – o império da liberdade mercantilizada na
rede. Nesse sentido, tal como analisa Castells (2009, p. 421), dispositivos, como os da web
2.0, se transformam em estupendos instrumentos de negócios com a estratégia da
mercantilização da liberdade para a acumulação de capital realizando o “cercamento da terra
comum da comunicação livre para vender às pessoas ocesso às redes de comunicação globais
em troca da renúncia à sua privacidade e de sua conversão em alvo da publicidade”.
Essa mercantilização da vida, ou das imagens da vida na internet, guarda relação com o
debate teórico, aberto por Foucault, ao descrever que há um nova arte de governar a liberdade
dos sujeitos, o biopoder, que investe na vida como um todo, ativando-a e a pondo a atuar.
Essa nova arte opera com mecanismos que têm por função “produzir, insuflar, ampliar as
liberdades, introduzir um 'a mais' de liberdade por meio de um 'a mais' de controle e de
intervenção” (Foucault, 1977, p.92). Na lógica do biopoder, já não se governa somente o
corpo da população, mas todo o seu meio ambiente, a sua comunicação, os seus
conhecimentos e seus afetos, através da geração incessante de riscos, para limitar a
independência (portanto, a ação livre), expandir o medo e a aceitação dos discursos e práticas
de segurança, ora comunitária, do tipo guetizada, cuja sociedade dos perfis da internet serve
de bom exemplo disso, pela sua configuração que dilui o comum e valoriza a solidão dos
ególatras; ora informacional, em que o discurso da “credibilidade da informação” da grande
mídia e seus gatekeepers é usada como algo seguro em oposição à multiplicidade de pontos
de vista tecidos na cobertura informativa dos acontecimentos sociais, muitas vezes, realizada
de forma absolutamente pessoal, por milhares de sujeitos na rede, que são logo
estigmatizados como amadores ou quaisquer um.
4. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação
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Nesse sentido, a liberdade na rede, para aqueles que querem transformá-la em
commoditie 2.0, é uma liberdade negativa, porque, antes, uma liberdade regulada por leis de
direito autorais e propriedade intelectual, que permitem que o sonho fordista das corporações
de mídia seja realizado: “transformar-se em grande fábrica que monitora as atividades de
todos online” (Barbrook, 2002, Lemos, 2002; Bruno, 2008; Rheinghold, 2003; Sibília, 2009).
E com isso são capazes de mobilizar um biopoder que produz discursos, práticas cotidianas,
atitudes e processos de aprendizagem que são constituídas nas máquinas participativas da
internet. Essa estratégia das corporações de mídia online acaba por intensificar a cultura dos
fãs, que povoa a internet com a reprodução dos bordões e temas disseminados nos canais da
mídia massa, ocupando a internet participativa com assuntos de momentos e uma agenda
social efêmera e especular. A profusão dos sites de fãs de ídolos e programas da cultura de
massa, as conversas recorrentes sobre os temas das TVs e grandes jornais, e as repetições em
cascata de bordões e ritornelos propagandísticos erguem um gigantesco tsunami onde se
guarda a maior parte do que existe na internet (Jenkins, 2006), em tudo distante da
recombinação criadora e da atitude libertária preconizada em vários mantras (Terranova,
2004).
Além de mídias de fãs e celebridades (Jenkins, 2009; Primo, 2009), a internet
participativa se vê mergulhada na lógica dos “pequenos Roberto Marinho” - uma classe de
(micro) blogueiros e perfis de redes sociais cuja principal tarefa será a de caçar usuários pára-
quedistas, pautando-se exclusivamente por assuntos do momento e por trocas incestuosa de
links com outros blogueiros. Eles criam um campo restrito de perspectivas e configuram uma
ecologia na qual as idéias e as informações são sempre as mesmas em diferentes blogs. Na
verdade, trata-se de uma estratégia de extrair vantagens financeiras, publicitárias e de
audiência, que transbordará, depois, na busca por modelos de negócio baseados na reunião
desses micros pop stars da irrelevância online, que, ao final, funcionam como pequenas
árvores em pequenos rizomas, à medida que buscam criar uma centralidade de acumulação
(de capital todo o tipo) que vai trazer, somente para si, os dividendos políticos e monetários
dessa cultura massiva dos fãs online, através da criação de comunidades virtuais que
funcionam mais como efeitos especiais e, para usar um termo de Baudrillard, comunidades de
ausentes (Baudrillard, 2006).
Para outros autores (Lessig, Benkler, Stallmann, Amadeu, Negri & Hardt, Bifo),
ligados ao campo da análise da economia política da sociedade em rede, o efeito colateral
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dessa “liberdade negativa”, promovida pelas corporações de mídia online, será a propriedade
e a fragmentação dos bens comuns (commonwealth), mais do que uma busca incessante pela
produção de repetições balbuciantes dos fãs online. Nessa perspectiva, a cultura se vê
ameaçada pelos códigos de copyright estabelecidos pelo capital midiático, que estabelece os
modos pelos quais os bens culturais devem circular e serem usados. Na onda 2.0, dá-se com
uma mão para se retirar com a outra. “Nunca o copyright protegeu um leque tão amplo de
direitos, contra um leque tão amplo de atores, por um tempo tão longo” (Lessig, 2005). A
ponto de conteúdos inteiros dos cidadãos, ao ser transferidos por sites colaborativos da
internet, tornarem-se propriedade intelectual de proprietários destes últimos. Exercido por
uma multiplicidade de sujeitos, o poder de criar em rede (a colaboração) vai sendo cada vez
mais freiado pelo poder de “pagar para criar em rede” (a permissão) praticado pelos
oligopólios industriais da cultura e da mídia, que instauram uma espécie de feudalismo
digital, em que o internauta torna-se preso à terra que ele mesmo povoa. Esses autores
corroboram com a visão de Antonio Negri e Michael Hardt (2005), que sustentam que a
propriedade privada dos bens informacionais só reduzem as capacidades de cooperação e de
comunicação, que são as bases da inovação numa economia em que o valor se concentra na
qualidade imaterial do trabalho, ou seja, na competência de incorporar nos processos e nos
produtos informação, cultura e afeto. Daí que brota a crítica, pois que, sendo cooperativo o
trabalho imaterial, o seu produto não se limita a ser propriedade um único indivíduo, senão de
uma atividade comum cooperativa. Nesse sentido, a internet, na sua configuração econômica
atual, veicula uma ideologia de liberdade desregulada, quando, na prática, é subsumida a
arquiteturas e protocolos que mantém a cultura sobre-determinada a um biopoder capaz de
estimular a criação de subjetividades.
3. A liberdade positiva, ou a biopolítica na rede
A existência de um biopoder midiático na internet, que controla a vida e se apropria da
riqueza produzida em comum nas redes mais avançadas de computação em nuvem, não
significa entoar um refrão apocalíptico que expresse somente a subsunção da vida no capital.
Isso porque o trabalho imaterial da multidão não se esgota numa relação de comando ao
biopoder. Todo processo de dominação encontra um limite, que pode se transformar em
resistência. Nesse sentido, partir da noção de biopolítica reinventada por Antonio Negri, a
partir do termo foucautiano e aprimorada por outros autores negrianos (Cocco, Hardt,
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Antoun, Lazaratto, Pelbart, Bifo, Marazzi, Moulier-Boutang, Bentes, Szanieck,), a biopolítica
é a potência da vida governar-se, os “espaços nos quais se desenvolvem lutas, relações e
produções de poder”; e o biopoder, um poder contra a autonomia da vida, procurando fazê-la
submeter-se a centros transcendentes de governo.
A biopolítica é um conjunto de atos de resistência e de contra insurgência de vidas que
não se deixam capturar pelo controle e reivindicam uma economia da cooperação que
mantenha os bens comuns dentro de um direito e de um espaço público, para além da noção
que este deva ser regulado e garantido por um estado, portanto, por um agente de força
exterior aos indivíduos, sem que isso seja uma experiência anárquica, mas de uma
democracia que se constitui por direitos sempre abertos e potencializador da liberdade.
Na prática, num momento em que o biopoder cria e programa redes {de captura do
comum}, não é de se estranhar que as redes de contrapoder funcionarem da mesma forma, ou
seja, criando e programando redes autônomas, antecipando sempre novos direitos e por
desejar a democracia. Em sua teorização, Antonio Negri (2003) associa a biopolítica “como a
representação material da capacidade do trabalho vivo (imaterial) de apresentar-se como
excedente”. Isso significa que, mesmo em regime comando pós-moderno de destruição do
comum e expropriação da cooperação, o trabalho imaterial excede o biopoder, porque pode
ser realizado fora de uma relação de comando empresarial. E por ainda produzir resultados,
no campo da inovação e da linguagem, por exemplo, que não ficam encarnados
exclusivamente na empresa, mas diluídos em cada uma das singularidade que cooperaram
para produzi-los. Daí que muitos autores probletizam a dimensão biopolítica da cópia, que,
para além da fobia autoral capitalista, é ao mesmo tempo a condição para constituição de
novos valores de uso, e também de troca, o que joga o capitalismo das redes para uma
infindável contradição, pois que, sem socialização das cópias, não há novos usos criativos,
logo não há valor de troca. Talvez o fenômeno biopolítico mais intenso, nesse sentido, seja o
movimentos de compartilhamento de arquivos peer to peer na internet, que foram capazes de
fazer, numa espécie de darwinismo tecnológico do bem, arquiteturas de uso ilesas ao controle
do biopoder, algo tematizado em trabalhos anteriores (Malini, 2002; Malini, 2005; Malini,
2009, Antoun & Peccini, 2007).
Podemos pensar que o poder da mídia de massa deixou de ser um poder moderno, sob a
forma de uma ação sobre a ação presente, para se tornar um poder de controle, investindo a
ação sobre a ação futura (Deleuze, 1992; Foucault, 2008). Mais do que um lugar disciplinar
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de irradiação e circulação de palavras de ordem (Deleuze & Guattari, 1980; Foucault, 1977a),
ele se revela como um poder de atualização da memória nas comunicações. No caso da mídia
massiva trata-se de um monopólio sobre a atualização das informações; um poder de
mobilizar, processar e narrar o passado, tornando-o atual. A massa só pode acessar o passado
comum através das atualizações feitas pela grande mídia corporativa. Isto configura um
imenso poder sobre os mecanismos de lembrança e esquecimento social das populações.
Através dele eu relaciono um passado qualquer com um acontecimento da atualidade para
balizar a decisão de agir do sujeito social. Este passado vai ser apresentado sob a forma de
grafos e diagramas, dando foros de previsibilidade às imagens estratigráficas do que já foi
que se transforma desta maneira em um será. Este passado é atualizado para mobilizar as
esferas de decisão e ação social sendo preferencialmente investido para endossar ou inibir os
programas eleitorais de candidatos a cargos executivos, as imagens públicas de candidatos
majoritários em épocas de eleição e às discussões legais acopladas a decisões parlamentares
para criação ou transformação de leis existentes.
A entrada em cena da internet veio quebrar esse monopólio da narração. Através de
suas interfaces qualquer usuário podia tornar atualizável qualquer informação, liberando sua
comunicação. O investimento comunicacional dos movimentos sociais e coletivos passava a
responder pelo alcance ou freqüência de uma informação qualquer, conectando entre si
diferentes interfaces e promovendo sua disseminação (Antoun, 2004a). Não só os usuários
podem conectar qualquer informação antiga que esteja na rede com uma atual; como eles
podem determinar o alcance de uma informação atual, replicando-a por diferentes interfaces.
A comunicação partilhada nas interfaces coletivas de parceria (peer-to-peer) reposicionam o
tipo de passado que importa na decisão de ação. A estatística preditiva das imagens
estratigráficas cede lugar aos projetos comuns dos coletivos comunicacionais. A questão
deixa de ser a eliminação do que nos ameaça para se tornar a construção ou invenção do que
nos interessa (Antoun, Lemos & Pecini, 2007). É, nesse sentido, que essa biopolítica da rede
se ativa como uma liberdade positiva, no sentido que essa atividade dos usuários, de
construírem de forma singular, e nem por isso disputado, conflitivo e contraditório, um
campo mais extenso dos significados dos acontecimentos sociais, em que entrelaçam
narrativas que esmiúçam fatos, ideias dados, imagens, que ampliam a capacidade da rede de
revelar sentidos que até então se reprimia na lógica gatekeeper dos mídias online tradicionais,
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com a sua política para internet baseada na lógica baseada no olhe, mas não toque, em que
desacreditar e descredenciar as mídias participativa dos usuários.
Temos neste debate dois pólos importantes. De um lado está em jogo a relação dos
meios com as populações enquanto constituem um público; onde vai sobressair a questão do
lugar que este público ocupa nesta relação. Trata-se de saber se ele é um consumidor
relativamente passivo formado pelos produtos oferecidos pelo meio – produtos estes que
participam ativamente de sua formação cultural conformando sua subjetividade -; ou se o
público participa como um usuário, determinando ativamente os produtos de sua própria
formação. Nasce daí a noção de que um amplo monitoramento e uma incessante vigilância
devem fazer parte desta relação, pois aí estaria em jogo a formação dos sujeitos sociais e o
comando da ação coletiva. Caberia às mídias cuidarem para os sujeitos fazerem parte da
renovação da demanda social; seja preenchendo os papéis necessários à continuação da
sociedade, seja querendo os produtos e serviços oferecidos pelas empresas. Caberia ao
público não abdicar de seu lugar ativo em sua própria formação, rejeitando tudo o que
pudesse subjugá-lo ou submetê-lo aos ditames da soberania social em detrimento da
formação de sua subjetividade. São questões do saber cultural e do poder governamental
envoltas na comunicação social (Antoun, 2009b).
Mas no outro pólo está a relação do sujeito com a verdade contida ou ausente no meio
aonde ele vai se formar. Trata-se de pensar quais chances ele tem de desenvolver uma
subjetividade própria, de pôr em questão as escolhas que o meio lhe oferece ou interdita em
função de tornar-se este ou aquele sujeito (Foucault, 2004, p. 253-280). Um meio perverso
recusaria ao sujeito qualquer chance de se furtar a um destino social tornado provável que o
aguardasse e lhe acenasse antes mesmo de seu nascimento. A questão reconsiderada nesta
perspectiva nos faz perceber o envolvimento da questão da justiça neste jogo do sujeito com a
verdade de sua própria formação. Um meio de formação que predeterminasse completamente
o sujeito seria totalmente injusto; o destino do sujeito teria sido escrito muito antes dele vir a
existir e as narrativas de sua história sempre desembocariam em um certo grupo de resultados
pré existentes ao seu surgimento (Deleuze, 1991, p. 93-116).
4. Narrativa das multi-mídias: dos meios de informação aos meios de coordenação
Assim, a notícia, que sempre esteve atrelada àqueles que detinham a capacidade de
irradiar informação, hoje está em todos os lugares virtuais, que se comportam cada vez mais
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como mídias de multidão (multi-mídias), ou seja, mídias cujas produções se dão de forma
articulada e cooperativa, cujo produto final é exibido de forma pública e livre, para públicos
específicos, que ao mesmo tempo, são mídias para outros públicos. A natureza das multi-
mídias é de portar uma linguagem desencarnada da mediação da mídia irradiada,
desorganizando o modo tradicional da notícia, ao mesmo tempo em que elas organizam uma
linguagem cooperativa, dialógica, múltipla e comum. Esta linguagem vai criar uma onda
integrada, revelando as perspectivas independentes de opinião. Talvez o exemplo atual mais
amadurecido seja o do que aconteceu nos conflitos iranianos ocorridos após a reeleição de
Ahmadinejad. O exemplo ilustra como a biopolítica das multi-mídias sofre tentativas de
bloqueios do poder soberano, do poder disciplinar, do biopoder, ao mesmo tempo em que
excede todos eles através da potência coordenadora da comunicação.
O caso é por demais conhecido. Em 12 de junho, após derrota nas urnas, Hossein
Mousavi reinvindica a vitória, acusando governo de fraudar as eleições, beneficiando assim o
candidato da situação, Ahmadinejad. Um dia depois do resultado, ao mesmo tempo, nas ruas
de Teerã, enquanto os apoiadores de Ahmadinejad comemoram a vitória, os de Mousavi,
convocados via sms, entram em choque com a polícia. O resultado dos conflitos, no outro
dia, foi a suspensão da rede de internet e de telefonia móvel, numa tentativa de desacelara o
processo de socialização e mobilização dos militantes. No contra ataque, hackers passam a
oferecer endereço de proxy via direct message no Twitter, reconectando a cibercultura
iraniana, que estava sem acesso aos serviços de telefonia local. A partir daí a internet torna-se
o locus da informação e do compartilhamento de opinião sobre a insurgência iraniana. E o
caso virará paradigma na história da comunicação por demonstrar que a narração dos
acontecimentos públicos na web não prescinde de um encadeamento com a mídia irradiada,
mas somente um entrelaçamento com a esfera de publicação dos próprio públicos das redes e
mídias sociais online. Essa invenção biopolítica criou um novo uso para a web, a cobertura
jornalística p2p das multi-mídias, em tempo real, baseada na hashtag, que será massificada
através de seus para descrever micro acontecimentos cotidianos e grandes eventos
internacionais. Não se tratava de participação, senão da construção de mídia livres e
autônomas.
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No Twitter a multidão coopera adotando a hashtag4 #iranelection. São 220 mil
tweets/dia usando a palavra-chave, distribuindo fotos, vídeos, textos, áudios, enfim, todo
uma gama de registros históricos que nenhum grupo de mídia detinha.
Em pouco tempo, o movimento era tão grande que, revoltados contra a pouca
informação sobre os acontecimentos veiculada pela CNN, os usuários começaram a usar uma
hashtag adicional: a #cnnfail, empurrando a rede de televisão americana para dentro da
agenda midiática da multidão. “Tiger Woods não é a história mais importante no mundo hoje
#CNNfail”5
, afirmava o tuiteiro @lilobri, que criticava a insistência do canal de tevê em
valorizar escândalos sexuais nos EUA no lugar de uma cobertura ampla sobre os assuntos
globais. O #cnnfail foi subproduto de um dos maiores temores do biopoder online, o
comentário. Este geralmente tem a função de revelar não somente omissões, mas as posições
políticas, históricas e de classe do poder em rede . Não é á toa que os mídias tradicionais só
liberam comentários naquelas reportagens que agitam os facistas ou acalmam os ingênuos. A
partir do momento que o comentário ganha mais audiência do que a própria agenda midiática,
as mídias são forçadas a mencioná-los, quando não investigá-los. No caso da eleição iraniana,
como em outros casos, a multidão conectada executa um panóptico às avessas, em que as
celas não param de monitorar a torre, disputando com a mídia corporativa a primazia da
comunicação. Esse monitoramento vigilante contínuo das celas, numa cobertura multi-mídias,
serve como um depurador da construção social dos acontecimentos na grande imprensa, em
proveito próprio, por fazer esta martelar as idéias comuns que a multidão defende.
Mas o ciberativismo não reduziu a força policial contra os manifestantes. Nas ruas de
Teerã os protestos se tornaram ainda mais violentos, após uma semana do fim das eleições. E
o ativismo na rede, idem. A rede virou um campo de batalha entre os verdes e o governo de
Ahmadinejad, que não vai inovar em nada no modo em que o poder exercido na internet e
fora dela, sobretudo, quando os governos (democráticos ou não) são afrontados pela
inteligência de enxame da rede. Ahmadinejad ativa, contra os militantes e suas multi-mídias,
os três modos de poder clássico, o arcaico, o disciplinar e o biopoder. Ou seja, a polícia
soberana arcaica entra nas manifestações com o direito de matar. E mata.
4
Palavra chave que funciona como metadados, estimulando a agregação de upgrades pelos agentes de
busca. Para o usuário, mostra as atualizações em tempo real sobre determinada temática, o que facilita a leitura
de tendências de opinião na rede.
5
Tradução nossa para “Tiger Woods is NOT the most important story in the world today #CNNfail"
Sobre o #cnnfail, acesse http://cnnfail.com/.
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Na comunicação a face disciplinar se revela com a supressão da atuação dos jornalistas
correspondentes internacionais. Só o oficialismo disciplina as mentes nos canais de tevê
públicos e privados. O efeito colateral será a transformação da internet em refugo da
liberdade. Mais do que isso. O paradigma da cobertura multi-mídias nas revoltas dos verdes
iranianos revela que os filtros humanos dos perfis na web são capazes de depurar as
informações das bobagens, destinando aos seus público aquilo que verdadeiramente interessa.
Ou seja, foi possível narra os acontecimentos sem a intermediação da mìdia tradicional.
As multi-mídias já estavam instaladas, mas submetidas a um regime de controle e
disputas. A elite teocrática passa a apoiar busca de Ips de blogueiros e tuiteiros no país, para
que estes fossem prsos e torturados (em alguns casos, executados). A pressão do biopoder
que provoca uma solução fantástica de dentro dos protestos: os iranianos pedem a blogueiros
e tuiteiros globais que modifiquem o status de seus perfis para a “time zone + 3.30” (referente
ao Irã). A lógica “todos somos iranianos” funciona, à medida que todos “cooperam” com o
controle, criam um banco de dados que mais confunde do que monitora.
pls everyone change your location on tweeter to IRAN inc timezone GMT+3.30 hrs
- #Iranelection - cont....5:24 p.m. June 16 (persiankiwi)
Ao mesmo tempo, o governo passa a criar perfis falsos na rede, simulando controversas
e conflitos dentro do campo “verde”. Usava a mesmo anonimato do usuários verdes,
seguindo, assim, a cartilha da guerra em rede. A atividade fake provoca no “mar dos verdes”,
inversamente, o mesmo que a alteração da time zone no biopoder: dúvida e diluição da
capacidade de articulação, o que forçava os indivíduos em rede a solicitar aos parceiros que
não retuitassem (RT) os upgrades antes de confirmarem as informações. Os RTs, que se
traduziam como uma operação de pertencimento à insurgência, construída ali, em tempo real,
sofria um duro golpe na sua capacidade de espalhamento. O biopoder exercitava aquilo que
mais gosta de espalhar sobre o que significa a internet: uma máquina de mentiras onde as
informações, feitas, à revelia subjetiva e com contornos passionais, se transformam em
narrativas de intolerância e ansiedade.
ok - tonight twitter is full of gov usernames. all users IGNORE all post except from
reliable sources - #Iranelection 3:36 p.m. June 16 (persiankiwi)
5. Conclusão
A experiência iraniana, que depois se repetirá, em outros casos, como o de #honduras,
#michaeljacson, #forasarney, #haiti, provocou uma nova linguagem jornalística, a “hashtag
storytelling”, uma espécie de Napster da narrativa noticiosa, em que os internautas têm
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acesso a tudo o que se publica na rede, de forma direta, ponto a ponto, de baixo pra cima,
criando e participando um grande mural conversacional e uma comunidade virtual de notícia.
Na prática, a narrativa noticiosa baseada em hashtags foi utilizada para troca de informação
mútua, organização tática dos protestos, globalização dos fatos, localização de
testemunhas/fontes, relatos multimídia de registros do cotidiano, promoção de ideologias,
conversação social e agendamento da mídia.
Os protestos no Irã foram derrotados. E não houve nenhuma revolução tão
euforicamente alastrada pelo mundo ocidental. Mas o saldo biopolítico foi o de colaborar
com a paisagem das multi-mídias que excedem a “infra-censura” dos controles e bloqueios da
rede. E diferente dos veículos tradicionais de imprensa, que são meios de informação, o que a
biopolítica da multidão online tem empregado é a transformação das mídias sociais em
mídias de coordenação. E mais do que isso, a “narrativa dos muitos”, com uso de hashtag,
ultrapassa e reinventa a noção breaking news. Ela traz a autonomia para o modelo da mídia
online, porque faz da vida e da história as condutoras do tempo real, ao não pararalizar o
tempo, mas apropriar-se dele e reterritorializá-lo com a narrativa coordenadora da ação
coletiva.
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