O documento discute o potencial democrático dos meios de comunicação de massa e da internet. Apresenta diferentes perspectivas sobre como esses meios podem ser usados para fins democráticos ou comerciais. Também discute os desafios colocados pelas corporações e governos para controlar a internet, e os movimentos contra-hegemônicos que defendem a liberdade na rede.
Aula 5 do curso Economia Política da Comunicação na Amazônia, oferecido na disciplina Estudo de Temas Contemporâneos, do curso de Comunicação da UFPA, no 1o semestre de 2012. Prof. Dr. Fábio Fonseca de Castro.
Trabalho apresentado ao NT “Sociabilidade, novas tecnologias, política e ativismo”, do II Simpósio em Tecnologias Digitais e Sociabilidade (SimSocial), realizado em Salvador/BA, em 11 de outubro de 2012.
Aula 5 do curso Economia Política da Comunicação na Amazônia, oferecido na disciplina Estudo de Temas Contemporâneos, do curso de Comunicação da UFPA, no 1o semestre de 2012. Prof. Dr. Fábio Fonseca de Castro.
Trabalho apresentado ao NT “Sociabilidade, novas tecnologias, política e ativismo”, do II Simpósio em Tecnologias Digitais e Sociabilidade (SimSocial), realizado em Salvador/BA, em 11 de outubro de 2012.
URRESTI, Marcelo. Ciberculturas juveniles: vida cotidiana, subjetividad y pertenencia entre los jovenes ante el impacto de las nuevas tecnologias de la comunicación y la información. URREST, Marcelo (Ed.) Ciberculturas juveniles. Buenos Aires: La crujia, 2008, p.13-66
Princípios e conceitos para a comunicação pública em mídias sociaisMurilo Pinto
Apresentação do caso do STJ no Facebook e outras mídias sociais com foco nos princípios e conceitos que embasam a atuação.
Preparada para palestra no curso Planejamento estratégico de comunicação digital para o setor público do Nino Carvalho.
Qual é o papel do consumidor em um cenário em que os conteúdos convergem, enquanto o hardware diverge? Este é a chave por trás do conceito de Cultura da Convergência, do pesquisador norte-americano Henry Jenkins. Dentro de um cenário fluido de novas mídias, o conceito de Cultura da Convergência é fundamental para entender o processo de produção de conteúdo - seja ele transmidiático ou não -, ao lado da Teoria do Meio (McLuhan) e da Teoria do Hipertexto.
XPROG Labs apresenta o projeto Clipping.cc, uma comunidade colaborativa do conhecimento, para os consultores de plano de negócios da Maratona de Empreendedorismo da UFRGS
URRESTI, Marcelo. Ciberculturas juveniles: vida cotidiana, subjetividad y pertenencia entre los jovenes ante el impacto de las nuevas tecnologias de la comunicación y la información. URREST, Marcelo (Ed.) Ciberculturas juveniles. Buenos Aires: La crujia, 2008, p.13-66
Princípios e conceitos para a comunicação pública em mídias sociaisMurilo Pinto
Apresentação do caso do STJ no Facebook e outras mídias sociais com foco nos princípios e conceitos que embasam a atuação.
Preparada para palestra no curso Planejamento estratégico de comunicação digital para o setor público do Nino Carvalho.
Qual é o papel do consumidor em um cenário em que os conteúdos convergem, enquanto o hardware diverge? Este é a chave por trás do conceito de Cultura da Convergência, do pesquisador norte-americano Henry Jenkins. Dentro de um cenário fluido de novas mídias, o conceito de Cultura da Convergência é fundamental para entender o processo de produção de conteúdo - seja ele transmidiático ou não -, ao lado da Teoria do Meio (McLuhan) e da Teoria do Hipertexto.
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Portugal. Da Revolução de 25 de Abril à estabilização da Democraciahome
Resenha do processo revolucionário iniciado pelo Movimento das Forças Armadas, que resultou na Revolução de 25 de Abril e na ação política consequente até à estabilização da Democracia e conclusão do processo de descolonização.
Especial: É tudo um assunto só!
http://goo.gl/cpC8H3
Os que são hoje donos da mídia querem que a sociedade não compreenda os meios de comunicação como bens de interesse público, desconheça seu direito a ter acesso a um conjunto diversificado de informações e opiniões e não possua espaços para fazer denúncias e cobrar reparação diante de notícias falsas, distorções, preconceitos ou do silêncio imposto aos movimentos sociais. Com isso, eles limitam a discussão, a
participação da sociedade e suas possíveis conquistas.
Afinal, uma sociedade que não conhece seus direitos não pode reivindicá-los.
Especial: É tudo um assunto só!
http://goo.gl/cpC8H3
O poder do consumidor na cultura de convergência. A importância das interações das empresas com os novos consumidores sociais. por Vera Lúcia Vieira, professora universitária, trabalho apresentado no Congresso Sincult 2015 em Salvador BA
Apresentação utilizada na Oficina nº03, como parte dos Seminários sobre Mídias Livres e Comunicação do Outras Palavras.
Autoras: Célia Regina e Clarissa Barbosa
O QUE OS MASS MEDIA E A INTERNET SOCIAL PODEM FAZER PELA DELIBERAÇÃO PÚBLICA?Samuel Barros
O presente artigo discute a configuração dos fluxos da deliberação pública no atual ambiente comunicacional, o qual é constituido majoritariamente pelos mass media e pela web social. Neste sentido, este trabalho concluiu que, para o estudo dos efeitos da internet para os mass media, é preciso evitar uma chave interpretativa prévia de ruptura ou de continuidade; é preciso considerar separadamente a morfologia e os usos das diferentes
plataformas e ambientes online; a web social e os mass media podem desempenhar papeis complementares, nomeadamente na discussão e visibilidade dos temas e questões que ocupam a agenda política.
Aula 9 do curso Economia Política da Comunicação na Amazônia, oferecido na disciplina Estudo de Temas Contemporâneos, do curso de Comunicação da UFPA, no 1o semestre de 2012. Prof. Dr. Fábio Fonseca de Castro.
Curso para Jornalistas - Jornalista 2.0: Novas ferramentas de comunicação na ...
Apresentação: Internet, Democracia e Mercado
1. Práticas Interacionais em Rede
Salvador - 10 e 11 de outubro de 2012
INTERNET, DEMOCRACIA
E MERCADO
Por Gabriela da Fonseca
2. Potencial democrático dos meios
de comunicação de massa
• A internet trouxe grande expectativa de renovação da esfera pública
e da democracia participativa.
• Mas isso quer dizer que os tradicionais meios de comunicação de
massa não possuam potencial democrático?
• Brecht via o rádio como um meio político e educativo, que pode e
deve ir além de simplesmente transmitir um fato ou notícia limitada
ao relato do acontecimento.
É preciso transformar o rádio, convertê-lo de aparelho de distribuição em
aparelho de comunicação. O rádio seria o mais fabuloso meio de comunicação
imaginável na vida pública, um fantástico sistema de canalização. Isto é, seria
se não somente fosse capaz de emitir, como também de receber; portanto, se
conseguisse não apenas se fazer escutar pelo ouvinte, mas também pôr-se
em comunicação com ele. (ZUCULOTO apud BRECHT, 2005, p. 8).
3. • Marshall McLuhan afirmou que a imprensa, o rádio e a televisão
tornaram o ambiente urbano “agressivamente pedagógico”.
O rádio em particular estimulou o retorno à discussão em grupo seleto e
em mesa-redonda. Mas a imprensa e a fotografia auxiliaram também o
movimento espontâneo em direção à adoção do seminário e da discussão
em aula como processo de aprendizado, à medida que desafiaram o
monopólio do livro. (MCLUHAN, 2005, p. 148)
• Para compreender o potencial democrático dos diferentes meios,
vale a pena rever a análise proposta por Thompson. Ele destaca
quatro características fundamentais dos meios técnicos:
1. Fixação: produção de registros que substituem a memória;
2. Reprodução: capacidade de produzir cópias de uma mensagem;
3. Distanciamento espaço-temporal: o quão distante a mensagem
pode ser deslocada e em quantos diferentes momentos a
mensagem pode ser recebida;
4. Competências cognitivas: diferentes capacidades cognitivas que
cada meio exige.
4. • Conclusão:
É impossível julgar a politicidade das diferentes mídias, pois
todas contêm ambigüidades do ponto de vista de seu
impacto democratizante. Assim, a imprensa tem maior
controle sobre a reprodução, pequeno distanciamento
espaço-temporal, é excludente do ponto de vista cognitivo,
pois exige leitura, mas, por outro lado, tem alta fixação. O
rádio e a televisão, por sua vez, são mais inclusivos com
relação às capacidades cognitivas, grande distanciamento
espaço-temporal e grande capacidade de reprodução, mas,
no quesito fixação, são meios fracos. Já a internet é forte
nos atributos fixação, reprodução e distanciamento espaço-
temporal, mas é altamente excludente devido às suas
exigências cognitivas.
Sendo assim, o problema não reside nos meios, mas no
modo como eles são utilizados.
5. Comercialização do rádio e da TV
• Laurindo Leal Filho, “a qualidade da programação está sempre
intrinsecamente ligada ao modelo institucional adotado” (2000,
p.158).
• Na década de 20, três modelos institucionais para o rádio foram
adotados em diferentes países:
- No Leste Europeu, o Estado assumia o controle;
- Na Europa Ocidental, o modelo público se consolidava;
- Nos Estados Unidos, foi adotado o padrão comercial.
Tais modelos foram utilizados mais tarde para a implantação das
emissoras de televisão.
• No Brasil, o modelo comercial acabou se impondo, sem debate
público, e sem instituir formas de controle social (códigos,
conselhos e comissões). Aqui, a autonomia dos meios de
comunicação de massa é enorme e a briga pelos maiores índices
de audiência impera.
6. • Embora os meios de comunicação de massa levem a má fama por
culpa dos resultados da comercialização, este é um processo que
atinge a produção cultural de maneira geral, como argumenta
Arlindo Machado:
O fenômeno da banalização é resultado de uma apropriação industrial da
cultura e pode ser hoje estendido a toda e qualquer forma de produção
intelectual do homem. Exemplo particularmente sintomático desse
fenômeno é a transformação das livrarias, tradicionais pólos de encontro
das camadas intelectuais, em supermercados da cultura, especializados
em best sellers e digestivos, para onde corre um público de massa, que
lota seus carrinhos de compra com uma subliteratura de consolo e
manuais de auto-ajuda. (MACHADO, 2005, p. 9)
• Portanto, o modelo institucional adotado é fundamental para
determinar as diretrizes e o conteúdo da programação dos
sistemas de rádio e televisão. E, como vimos, o mercado está
sempre à procura de novos negócios, impondo a sua lógica de que
o mais importante é o lucro, e encarando os cidadãos como meros
consumidores. Nos países que adotaram o modelo comercial, o
potencial democrático dos meios de comunicação de massa
simplesmente sucumbiu. Com a internet seria diferente?
7. Corporações ameaçam a internet
• A proposta daqueles que conceberam a internet era de que ela
fosse uma plataforma libertária, sem chefe, sem centro e sem
controle. Porém, tamanha liberdade tem incomodado tanto
governos como corporações.
• Existe uma tendência global por parte dos países para impor
filtros e controles. 31 países firmaram um acordo comercial, o
Acta (Acordo Comercial Antifalsificação), que pretende controlar a
transmissão de conteúdo, sob o pretexto de estarem perseguindo
contrabandistas.
• Projetos de lei tentam criminalizar práticas comuns na rede –
Sopa e Pipa, nos EUA, e o projeto de crimes cibernéticos, no
Brasil.
• Por trás destas legislações estão interesses de grandes
corporações, mas elas não convergem com relação às leis que
vêm sendo debatidas.
8. • Há pelo menos três blocos com interesses distintos nesta disputa:
1. A indústria do copyright: defende os direitos autorais das
indústrias fonográfica, cinematográfica e grandes editoras, por
isso, é a favor da vigilância e da criminalização das práticas de
compartilhamento.
2. As operadoras de telecomunicações: querem quebrar a
neutralidade na rede (princípio que garante que todo e qualquer
conteúdo esteja igualmente acessível), impondo filtros e
permitindo que o provedor da internet controle o fluxo de
informação.
3. Empresas como o Google e o Facebook: lucram das atividades
dos internautas na rede, por isso, não são a favor do controle,
mas, por outro lado, ameaçam os direitos civis ao quebrarem a
privacidade dos usuários, acessando os seus dados pessoais.
• Empresas já vêm utilizando filtros criados a partir dos dados dos
usuários para ofertar-lhes produtos na rede. Mais grave ainda é a
utilização desta lógica para ofertar informações, o que não deixa
de ser um controle do fluxo de informação, que passa a sofrer
interferências, comprometendo o acesso dos usuários à
diversidade de opiniões e ideias, algo que é fundamental para a
democracia e para o debate público.
9. O marketing político na rede
• O uso das ferramentas online por atores políticos também
têm seguido a lógica da publicidade. Estudos sobre
campanhas políticas online no Brasil mostram que elas
ainda deixam a desejar no quesito interação e diálogo com
os eleitores; que os recursos para interação com os
usuários são subutilizados (FLORES et al., 2011;
CHIMENTO, 2010); e que elas têm utilizado as ferramentas
online com a mesma lógica dos meios tradicionais, nos
quais os eleitores são vistos como meros receptores
(SILVA; PESSÔA, 2012).
• Tais formas de apropriação das ferramentas digitais
continuam após as eleições. Estudos demonstram que os
sites de parlamentares estão mais relacionados à
publicidade, informação e auto-promoção do que à oferta
de chances reais de participação e de diálogo na
internet (MARQUES, 2007; BRAGA et al., 2012).
10. Movimentos contra-hegemônicos
• Do outro lado, há um movimento que não apenas defende a
liberdade na rede, mas, também, rechaça o modo de produção e a
lógica imposta pelo sistema capitalista. Os movimentos do
ativismo político virtual, conhecidos como hackerativismo, já
perceberam que não é possível garantir a liberdade da sociedade
junto com a liberdade do capital.
• Trata-se de grupos heterogêneos e descentralizados, que reúnem
ativistas com diversas ideologias em defesa da liberdade na rede
e contra qualquer tipo de controle, seja pelos governos ou pelo
capital.
• Estes grupos agem de várias formas, desde atacando sites de
governos, bancos e corporações para protestar, até oferecendo
navegação e troca de e-mails anônimas, livres de gravação de IPs
(número que identifica o computador). Eles também têm apoiado
uma série de protestos em várias partes do mundo, como a
Primavera Árabe; as manifestações no Brasil contra a aprovação
do Código Florestal; o Movimento Occupy, que têm promovido
diversas manifestações pelo mundo contra a desigualdade
econômica e social, a ganância, a corrupção.
11. Considerações Finais
• Aspectos importantes:
- As empresas não convergem com relação a uma estrutura
para a internet, e isso as fragilizam enquanto bloco de
poder;
- Articulação global entre os diversos movimentos;
- Busca por novas práticas políticas e econômicas, como
formas coletivas e descentralizadas de gestão, modos
democráticos de deliberação, dentre outros;
- As armas utilizadas pelos hackerativistas vão além da
pressão que a sociedade civil pode exercer nas ruas. Eles
ameaçam governos e corporações, pois possuem grande
conhecimento de linguagem computacional.