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Licenciatura em Geografia – 3º período
Disciplina: A Construção do Território Brasileiro
Geopolítica da instalação portuguesa na América
Professor: Me. Éderson Dias de Oliveira
MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia Histórica do Brasil: capitalismo, território e
periferia. São Paulo: Annablume, 2011.
MORAES, A.C.R. O que é território? In SANTOS, M. et. al. Território - Globalização e
Fragmentação.São Paulo: Hucitec, 1994.
SANTOS, M. e SILVEIRA, M.L. O Brasil – sociedade e território no início do séc. XXI. Rio de
Janeiro: Record, 2001.
• A geopolítica portuguesa
secundarizou o BR, em favor
de outras colônias;
• Interesse maior no comércio
– desprezo pelo território
primitivo e vazio da América;
COLONIZAÇÂO DO BRASIL
• Num primeiro momento o BR não oferecia atrativos
imediatos aos lusitanos;
• Não tinha os estoques metálicos da América espanhola;
• Não tinha as lucrativas especiarias;
• Nativos rudes;
• Todavia mesmo
desprezado foi apropriado
- ratificação do T.
Tordesinhas (1494) pela
Igreja em 1506;
• Mesmo não havendo
atrativos sua posse era
intrínseco a lógica
imperial;
• Controle geopolítico do
Atlântico austral e base
para as caravelas;
• As primeiras décadas
foram de exploração lenta
– atividade de escambo do
pau-brasil;
• As poucas feitorias, foram “lócus” de aclimatação e marco de
soberania – intuito proto-colonizador – trocas econômicas e
culturais;
• Todavia as feitorias estavam muito aquém da potencialidade
do novo território – alvo para outros países;
• Surge grande trânsito de navios franceses concorrendo com
Portugal no escambo colonial;
• Criação da “capitania do mar” - 1520/1530;
• Demanda de explorar
economicamente a nova
terra, dado os perigos
de perda;
• Havia a exigência da criação de uma estrutura produtiva nas
posições – demanda de capitais expressivos – ciclo do açúcar;
• Para minimizar custos de investimentos Portugal cede a
colônia para iniciativa privada – capitanias hereditárias;
• Saída viável e barata de apressar a instalação coloniais;
• Objetivo geopolítico -
garantir a posse de vários
pontos da costa;
• Explorar para não
perder;
• Além da questão
econômica, houve
desentendimento com as
populações autóctones;
• Apesar das dificuldades, as
capitanias atuaram na fixação
dos portugueses no BR;
• Apesar dos poucos núcleos
que progrediram, o
empreendimento demonstrou
a praticabilidade das colônias
agrícolas;
• Dessas capitanias, duas
tiveram destaque pelo seu
desenvolvimento econômico:
• São Vicente;
• Pernambuco.
• Em 1549 o monarca português implanta, o Governo-Geral do
Brasil, já sinalizando a intenção de centralizar a
administração da colônia.
• A par da atividade agrícola, e do escambo, o contato com os
índios alimentou a “geografia fantástica e as entradas no
sertão”;
• No início do séc.
XVI proliferam as
expedições que
demandavam o
interior em busca
de metais
preciosos, índios;
• A agricultura “ultrajava”
mais a relação do
colonizados com os nativos
do que o escambo, dada a
demanda por uma
regularidade e ritmo de
trabalho distinto;
• Proposta de aldeamento de
“aculturação” do índio para
o trabalho;
• A existência de um grande contingente de índios aldeados,
representava um fator de segurança frente ao ataque
estrangeiro e de tribos hostis - Fator geopolítico;
• Táticas de “destribalização” - “ os índios eram uma das minas
prediletas dos paulistas;
• Já os portugueses num
primeiro momento se
moveram mais por
objetivos comerciais;
• Efetivar a posse da
fachada litorânea foi a
diretriz básica da
geopolítica lusitana;
• Na 2ª metade do séc.
XVI iniciou uma
expansão aureolar nos
núcleos costeiros;
• Os espanhóis tinham uma ótica de domínio dado a
interiorização organizada dos seus nativos;
• Essas áreas contíguas, apoiadas na agricultura, gerou um
conjunto de pequenos sistemas autômatos, cada um
articulado a um porto;
• Navegação de cabotagem minimizava o isolamento dos núcleos
– incertezas do sertão;
• A história do BR no séc.
XVI elaborou-se em
trechos exíguos de
Itamaracá; Pernambuco;
Bahia; Santo Amaro e
São Vicente;
• “Os portugueses ficaram
presos a praia como
caranguejos” – ocupação
pontual e litorânea;
Território, Região e Formação colonial na América Latina
• Território - são espaços qualificados pela dominação política,
são jurisdições (legais, tributárias, militares ou religiosas),
são unidades de governo, áreas de exercício de um poder;
• Região - foi sempre pensada como uma unidade espacial
homogênea, não raro identificada no seu processos de
ocupação do solo e de apropriação dos meios naturais;
• A dimensão espacial da vida social ganha
uma centralidade ímpar – colonização
como processo de expansão territorial;
• A geografia se mostra fundamental para
interpretar a particularidade histórica
da América Latina;
• A colonização da América, resulta da expansão europeia –
montagem da economia-mundo capitalista, na qual a periferia
colonial desempenha importantes funções;
• As especificidades históricas e geopolíticas metropolitanas
emergem como elemento de diferenciação entra as colônias;
• Essas também variam de acordo com as características
internas das colônias;
• O entendimento da história
(relação homem x espaço)
possibilita melhor entender as
conjunturas atuais;
• Estados americanos modernos
= colônias – espaço geográfico
pré-colombiano diverso;
• As instalações coloniais na América representaram enclaves
que evoluem para regiões – expansão territorial dos núcleos
pioneiros difundiu a colonização do espaço, criando
economias regionais;
• Os fluxos (exploradores, povoadores, e de mercadorias)
estabelecem a demarcação de cada assentamento colonial;
• 1 – difusão areolar
contígua, induzida pela
topografia e
vegetação – expansão;
• 2 - eixo de drenagem,
facilitação logística
região mundo -
consolidação
• Território colonial - área de
soberania de uma metrópole;
• Território usado - área
apropriada para colonização;
• Fundos territoriais - área
potencial para expansão futura;
• A intensidade dos fluxos ampliou/retraiu o dinamismo
regional;
• Os territórios coloniais são âmbitos espaciais de pretensão
de soberania pactuados entre as metrópoles europeias;
• Enfim o território reflete o espaço de dominação política que
suporta várias regiões em seu interior;
• Os limites pactuados no período colonial servem de
referência geopolítica prática na delimitação posterior dos
territórios nacionais;
• Território em movimento expansivo que avançou como
mancha de óleo a partir dos núcleos de difusão litorânea;
• Séc. XVI – instalação lusitana em terras sul-americanas;
• Séc. XVII – consolidação da soberania portuguesa;
• Séc. XVIII – expansão territorial e consolidação enquanto
unidade geopolítica;
• Séc. XVIII – a unidade
BR ganha corpo no
século do ouro, quando
várias regiões
trabalham para
abastecer as minas;
• 1808 D. João faz do RJ a capital do império;
• 1822 o novo país permanece nas mão da Casa de Bragança;
• Há uma aproximação da metrópole com a colônia – adoção de
medidas administrativas geopolíticas;
• Tratado de Madri (1755);
• Tratado de Santo Ildefonso
(1775);
• Esses territórios reivindicados
não desagregaram no processo
de independência,
• Um dos principais desafios do Brasil Império foi manter o
domínio e a integralidade dos fundos territoriais;
• Era um mosaico de
assentamentos coloniais;
• O BR abrigava várias
economias regionais
entremeados por fundos
territoriais pouco
explorados;
• A transferência da corte em 1808 para o BR representou um
fator essencial notadamente em sua dimensão geopolítica;
• A interiorização da metrópole altera os fluxos/fixos – o RJ
passa a ser o centro da colônia e de todo o império português;
• Esse evento apesar de não diluir os conflitos inter-regionais,
atuou no sentido de unificação territorial do BR - 1815 status
de reino;
• O processo de independência tornou os fundos territoriais
mais evidente, ao dar autonomia e reforçar as fronteiras;
• Não houve de imediato novas regionalizações, havendo a
incorporação dos fundos territoriais, Ex. Brasil amazônico;
• Com a independência, há uma afirmação da centralidade,
agregam-se regiões num mesmo domínio e repartem-se os
fundos territoriais entre as novas unidades estatais;
• Esse quadro permite
equacionar algumas
singularidades geopolíticas
da história brasileira;
• O BR no início do séc. XIX
se mostra como um
verdadeiro arquipélago
geográfico;
• Após a independência a permanência da Casa de Bragança no
trono forneceu um argumento consistente de continuidade
político-institucional para a diplomacia europeia;
• O direito de domínio do território brasileiro não foi
questionado no plano internacional – ambição de consolidação
e ampliação territorial;
• O Império do Brasil
dispunha de um
território amplo
ainda a ser ocupado;
• A manutenção bra-
gantina possibilitou
a reafirmação do
discurso da “missão
civilizatória”;
Ideologias Geográficas na História Brasileira
• Há uma forte concepção territorialista na formação
brasileira – visão de espaço e não de sociedade;
• Nos países de formação colonial a argumentação geográfica
ganha um peso significativo na justificativa da identidade e
da unidade política;
• Sociedade que se expande sobre os “novos” – na perspectivas
do colonizador – noção de conquista territorial está na base
da colonização;
• Conquistar é apropriar de
espaços, explorar os recursos e
subordinar as pop. autóctones;
• O êxito da colonização se expressa na territorialização - O
BR se origina da colonização lusitana, todavia não há nenhum
elemento de unidade e identidade que preceda a colonização;
• O mesmo possui um mosaico de biomas, ecossistemas – as
fronteiras são elementos de construção histórica e pouco
fundada na natureza;
• Também não havia uma
unidade cultural e étnica dos
povos pré-colombianos –
inexistia nexos políticos
mesmo que num proto-
estado;
• A instalação do colonizador
criou um elemento de
unidade no BR;
• Instalou-se uma singular monarquia tropical, que pensava
como uma ampliação geográfica da civilização europeia –
“levar as Luzes a esses sertões”;
• O imperativo da conquista territorial justificava o Estado
forte, centralizador e autoritário a fim de impor sua própria
territorialidade;
• Construir o país, o
território e o aparato
estatal, confundiam-se
num mesmo propósito
autolegitimador;
• Indagação recorrente
nas elites no séc. XIX
• Com que povo
contamos para
• Respostas:
• 1) otimista - focava a natureza como garantia de progresso;
• 2) pessimista - identificava nos habitantes um obstáculo ao
desenvolvimento;
• Daí surgiu a políticas de branqueamento da população;
• Havia divergências sobre as concepções do elemento índio: ora
emergia como um aliado do colono, ora como um obstáculo o
selvagem a ser eliminado;
• A atribuição do cognome sertão a uma dada localidade
assinalava o desejo de apropriá-la e inseri-la nos circuitos
mercantil;
• Busca romper com o isolamento e
destruindo a vida tradicional.
• Esse ato de conquista e violência
justificava a missão civilizadora;
• A partir do final do séc. XIX a ideia de “moderno” se junta a
construção do espaço – urbanização; industrialização; fluxos
de pessoas e informações;
• Construir o país era modernizá-lo, o que significava equipá-lo
com próteses territoriais e sistemas de engenharia;
• Não tratava de modernizar o povo, de modo a adequá-lo a
paisagem moderna - os planos se pautavam na edificação de
formas espaciais;
• Esse afã modernizador atravessou
toda a 1ª metade do séc. XX –
ideologias geográfica;
• O Estado foi pensado como o
condutor da construção do país;
• A Era Vargas exemplifica a íntima associação entre
ideologias geográficas e políticas territoriais na formação
brasileira;
• Foi criado o IBGE que objetivava ter uma visão cientifica do
território, requisitada pelo aparato de planejamento estatal;
• Objetiva também propor uma divisão regional ainda que
assentada em termos naturais permitiu a construção de
identidades parciais – políticas regionais;
• O 2º governo de Vargas e de JK, reafirmam o binômio
modernização do território e construção nacional, porém já
mais atentos ao componente popular;
• Há a instalação de grandes próteses
territoriais e amplos sistemas de
engenharia: construção de Brasília;
usinas hidrelétricas; ampliação da malha
rodoviária;
• Segundo essa visão o BR moderno, com o estímulo do estado
deveria exportar seu dinamismo para o interior, alterando
suas estruturas arcaicas;
O Sertão: um “outro” Geográfico
• O sertão se qualifica como um lugar onde predomina o ritmo
dado pela dinâmica da natureza, onde o elemento humano é
submetido às forças do mundo natural;
• A ausência de elementos técnicos é que aparece como fator
de distinção em sua delimitação;
• O mesmo não se constitui,
portanto, como uma
materialidade criada pelos
grupos sociais em suas
relações com os lugares
terrestres;
• O sertão não se habilita
como uma figura do universo
empírico da geografia
tradicional;
• Essa não corresponde a uma materialidade terrestre
individualizável, passível de ser cartografada;
• A ideia de Sertão possui, portanto, um status teórico distinto
das noções mais usuais de habitat, ambiente, região e
território;
• Enquanto essas tem por referencias limites aferíveis, aquela
possui divisão pouco objetivas do espaço terrestres;
• O sertão passa a ser não um lugar,
mas uma condição atribuída ao
espaço geográfico – trata de
símbolos imposto, que atua como um
qualitativo local no processo de sua
valoração;
• Trata não de uma materialidade
concreta, mas de uma realidade
simbólica;
• A adjetivação sertaneja expressa uma forma preliminar de
apropriação simbólica de um dado lugar;
• Significa projetar sua valorização futura em moldes
diferentes do vigente;
• Os lugares tornam-se sertão ao atraírem o interesse de
agentes sociais que visam estabelecer novas formas e
exploração locais:
• É comumente concebido como um
espaço para expansão e
incorporação a uma órbita de poder
que lhe escapa no momento:
• Da relação entre sertão e
colonização surge a ideia de
antípoda, onde funções e formas
distintas coexistem;
• No Brasil colônia essa relação era nítido entre o litoral e o
interior;
• Ultrapassar a condição sertaneja é a meta implícita dos
discursos que buscam levantar e explicitar a sua ausência;
• A qualificação de distante ganho por vezes outros
significados além do geográfico;
• A distância é, em muito, função das condições de transporte,
numa relação onde o tempo de deslocamento emerge como
critério de medida;
• Portanto o sertão se qualifica como lugar
fora dos circuitos cotidianos de transito –
estranhamento geográfico - lugar isolado;
• O sertão também é definido como um
lugar ocupado por povos diferentes,
exóticos, qualificando-se como moradia
dos “outros”;
• “Sertanejo genérico” é entendido como ser exótico ou arcaico
dotado ou não de positividade. Ex vulgarização - Festa juninas
• Outras identidades do sertanejo: depositário dos males
inerentes à mistura de raças; produto positivo dessa
miscigenação adaptado a adversidade do meio; portador dos
valores autênticos do caráter nacional; fruto da degeneração
advindo do isolamento e abando; enfim são múltiplas a sua
definição;
• Não poucas vezes, foi definido
como o “habitat dos selvagens”, a
“terra dos tapuais” dos “índios
ferozes”;
• Outro discurso aponta os índios
como “muralhas do sertão”, numa
ótica geopolítica de defesa das
fronteiras;
• Contudo a acentuação locacional não urbana delimita e unifica
o universo sertanejo marcado pela ruralidade – identidade da
roça;
• Morada do bugre, caboclo, caipira, faxinalense; ribeirinho;
quilombola, caiçara – enfim como definimos atualmente
“populações tradicionais”;
• Em suma a denominação sertaneja seja social ou paisagística,
recobre áreas de fronteiras com povoamentos frágeis;
• Também se refere a zonas de domínios incompletos, nas
quais a ordem estatal não está consolidada;
• A designação do espaço sertanejo revela a existência de
olhares externos que lhe ambicionam – lugares para expansão
futura;
• Transformar esses territórios em espaço usado é uma
diretriz que atravessa a formação histórica do país, alçando-
se mesmo à condição de um projeto estatal-nacional básico;
• No BR império os sertões foram definidos como lócus da
barbárie, sendo sua apropriação legitimada como uma obra
civilizatória;
• O sertão como manifestação do
arcaísmo e do atraso, atravessa
todo o séc. XX, sendo que até
hoje o país se mergulhado em
movimentos de incorporação de
novos espaços;
• “País em construção” ideário
varguista, de JK e do Regime
Militar;
• O sertão se mostra como uma espécie de pecado original do
berço colonial, explorado por interesses distintos;
• Na atual perspectiva da globalização, pode ser identificado
como os lugares não integrados às redes de fluxos globais; ou
como depositário do patrimônio natural e da biodiversidade;
• Enfim é uma figura do imaginário da conquista territorial –
uma apropriação simbólica do lugar, densa de juízos
valorativos que apontam para sua transformação;
• Tem-se o sertão como um
qualificativo de lugares, um termo
da geografia colonial que reproduz
o olhar apropriador dos impérios
em expansão;
• Sinônimos – “desertos” na
Argentina e “fronteiras” nos EUA;
Atividades
1. Defina território e procure aplica-los as práticas de
territorialização que houve com a colonização lusitana no Brasil?
2. Diferencie Estado de Nação?
3. Distinga raça de etnia?
4. Estabeleça a diferença entre Estado e estado?
5. O termo Utti Possidetis proveniente do direito romano foi
usado por Portugal a fim de consolidar grande parte das
fronteiras hodiernas do Brasil. Explique esse conceito?
6. Antes da chegada dos portugueses ao Brasil, a nova terra
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7. A ideia antípoda no Brasil colônia entre litoral e interior pode
ajudar a explicar um pouco sobre o sertão. Escreva sobre essa
temática?
8. Com base na ideia que o sertão é uma figura do imaginário da
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A instalação portuguesa no Brasil e a construção do território

  • 1. Licenciatura em Geografia – 3º período Disciplina: A Construção do Território Brasileiro Geopolítica da instalação portuguesa na América Professor: Me. Éderson Dias de Oliveira MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia Histórica do Brasil: capitalismo, território e periferia. São Paulo: Annablume, 2011. MORAES, A.C.R. O que é território? In SANTOS, M. et. al. Território - Globalização e Fragmentação.São Paulo: Hucitec, 1994. SANTOS, M. e SILVEIRA, M.L. O Brasil – sociedade e território no início do séc. XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
  • 2. • A geopolítica portuguesa secundarizou o BR, em favor de outras colônias; • Interesse maior no comércio – desprezo pelo território primitivo e vazio da América; COLONIZAÇÂO DO BRASIL • Num primeiro momento o BR não oferecia atrativos imediatos aos lusitanos; • Não tinha os estoques metálicos da América espanhola; • Não tinha as lucrativas especiarias; • Nativos rudes;
  • 3. • Todavia mesmo desprezado foi apropriado - ratificação do T. Tordesinhas (1494) pela Igreja em 1506; • Mesmo não havendo atrativos sua posse era intrínseco a lógica imperial; • Controle geopolítico do Atlântico austral e base para as caravelas; • As primeiras décadas foram de exploração lenta – atividade de escambo do pau-brasil;
  • 4. • As poucas feitorias, foram “lócus” de aclimatação e marco de soberania – intuito proto-colonizador – trocas econômicas e culturais; • Todavia as feitorias estavam muito aquém da potencialidade do novo território – alvo para outros países; • Surge grande trânsito de navios franceses concorrendo com Portugal no escambo colonial; • Criação da “capitania do mar” - 1520/1530; • Demanda de explorar economicamente a nova terra, dado os perigos de perda;
  • 5. • Havia a exigência da criação de uma estrutura produtiva nas posições – demanda de capitais expressivos – ciclo do açúcar; • Para minimizar custos de investimentos Portugal cede a colônia para iniciativa privada – capitanias hereditárias; • Saída viável e barata de apressar a instalação coloniais; • Objetivo geopolítico - garantir a posse de vários pontos da costa; • Explorar para não perder; • Além da questão econômica, houve desentendimento com as populações autóctones;
  • 6. • Apesar das dificuldades, as capitanias atuaram na fixação dos portugueses no BR; • Apesar dos poucos núcleos que progrediram, o empreendimento demonstrou a praticabilidade das colônias agrícolas; • Dessas capitanias, duas tiveram destaque pelo seu desenvolvimento econômico: • São Vicente; • Pernambuco.
  • 7. • Em 1549 o monarca português implanta, o Governo-Geral do Brasil, já sinalizando a intenção de centralizar a administração da colônia. • A par da atividade agrícola, e do escambo, o contato com os índios alimentou a “geografia fantástica e as entradas no sertão”; • No início do séc. XVI proliferam as expedições que demandavam o interior em busca de metais preciosos, índios;
  • 8. • A agricultura “ultrajava” mais a relação do colonizados com os nativos do que o escambo, dada a demanda por uma regularidade e ritmo de trabalho distinto; • Proposta de aldeamento de “aculturação” do índio para o trabalho; • A existência de um grande contingente de índios aldeados, representava um fator de segurança frente ao ataque estrangeiro e de tribos hostis - Fator geopolítico; • Táticas de “destribalização” - “ os índios eram uma das minas prediletas dos paulistas;
  • 9. • Já os portugueses num primeiro momento se moveram mais por objetivos comerciais; • Efetivar a posse da fachada litorânea foi a diretriz básica da geopolítica lusitana; • Na 2ª metade do séc. XVI iniciou uma expansão aureolar nos núcleos costeiros; • Os espanhóis tinham uma ótica de domínio dado a interiorização organizada dos seus nativos;
  • 10. • Essas áreas contíguas, apoiadas na agricultura, gerou um conjunto de pequenos sistemas autômatos, cada um articulado a um porto; • Navegação de cabotagem minimizava o isolamento dos núcleos – incertezas do sertão; • A história do BR no séc. XVI elaborou-se em trechos exíguos de Itamaracá; Pernambuco; Bahia; Santo Amaro e São Vicente; • “Os portugueses ficaram presos a praia como caranguejos” – ocupação pontual e litorânea;
  • 11. Território, Região e Formação colonial na América Latina • Território - são espaços qualificados pela dominação política, são jurisdições (legais, tributárias, militares ou religiosas), são unidades de governo, áreas de exercício de um poder; • Região - foi sempre pensada como uma unidade espacial homogênea, não raro identificada no seu processos de ocupação do solo e de apropriação dos meios naturais; • A dimensão espacial da vida social ganha uma centralidade ímpar – colonização como processo de expansão territorial; • A geografia se mostra fundamental para interpretar a particularidade histórica da América Latina;
  • 12. • A colonização da América, resulta da expansão europeia – montagem da economia-mundo capitalista, na qual a periferia colonial desempenha importantes funções; • As especificidades históricas e geopolíticas metropolitanas emergem como elemento de diferenciação entra as colônias; • Essas também variam de acordo com as características internas das colônias; • O entendimento da história (relação homem x espaço) possibilita melhor entender as conjunturas atuais; • Estados americanos modernos = colônias – espaço geográfico pré-colombiano diverso;
  • 13. • As instalações coloniais na América representaram enclaves que evoluem para regiões – expansão territorial dos núcleos pioneiros difundiu a colonização do espaço, criando economias regionais; • Os fluxos (exploradores, povoadores, e de mercadorias) estabelecem a demarcação de cada assentamento colonial; • 1 – difusão areolar contígua, induzida pela topografia e vegetação – expansão; • 2 - eixo de drenagem, facilitação logística região mundo - consolidação
  • 14. • Território colonial - área de soberania de uma metrópole; • Território usado - área apropriada para colonização; • Fundos territoriais - área potencial para expansão futura; • A intensidade dos fluxos ampliou/retraiu o dinamismo regional; • Os territórios coloniais são âmbitos espaciais de pretensão de soberania pactuados entre as metrópoles europeias; • Enfim o território reflete o espaço de dominação política que suporta várias regiões em seu interior; • Os limites pactuados no período colonial servem de referência geopolítica prática na delimitação posterior dos territórios nacionais;
  • 15. • Território em movimento expansivo que avançou como mancha de óleo a partir dos núcleos de difusão litorânea; • Séc. XVI – instalação lusitana em terras sul-americanas; • Séc. XVII – consolidação da soberania portuguesa; • Séc. XVIII – expansão territorial e consolidação enquanto unidade geopolítica; • Séc. XVIII – a unidade BR ganha corpo no século do ouro, quando várias regiões trabalham para abastecer as minas;
  • 16. • 1808 D. João faz do RJ a capital do império; • 1822 o novo país permanece nas mão da Casa de Bragança; • Há uma aproximação da metrópole com a colônia – adoção de medidas administrativas geopolíticas; • Tratado de Madri (1755); • Tratado de Santo Ildefonso (1775); • Esses territórios reivindicados não desagregaram no processo de independência, • Um dos principais desafios do Brasil Império foi manter o domínio e a integralidade dos fundos territoriais;
  • 17. • Era um mosaico de assentamentos coloniais; • O BR abrigava várias economias regionais entremeados por fundos territoriais pouco explorados; • A transferência da corte em 1808 para o BR representou um fator essencial notadamente em sua dimensão geopolítica; • A interiorização da metrópole altera os fluxos/fixos – o RJ passa a ser o centro da colônia e de todo o império português; • Esse evento apesar de não diluir os conflitos inter-regionais, atuou no sentido de unificação territorial do BR - 1815 status de reino;
  • 18. • O processo de independência tornou os fundos territoriais mais evidente, ao dar autonomia e reforçar as fronteiras; • Não houve de imediato novas regionalizações, havendo a incorporação dos fundos territoriais, Ex. Brasil amazônico; • Com a independência, há uma afirmação da centralidade, agregam-se regiões num mesmo domínio e repartem-se os fundos territoriais entre as novas unidades estatais; • Esse quadro permite equacionar algumas singularidades geopolíticas da história brasileira; • O BR no início do séc. XIX se mostra como um verdadeiro arquipélago geográfico;
  • 19. • Após a independência a permanência da Casa de Bragança no trono forneceu um argumento consistente de continuidade político-institucional para a diplomacia europeia; • O direito de domínio do território brasileiro não foi questionado no plano internacional – ambição de consolidação e ampliação territorial; • O Império do Brasil dispunha de um território amplo ainda a ser ocupado; • A manutenção bra- gantina possibilitou a reafirmação do discurso da “missão civilizatória”;
  • 20. Ideologias Geográficas na História Brasileira • Há uma forte concepção territorialista na formação brasileira – visão de espaço e não de sociedade; • Nos países de formação colonial a argumentação geográfica ganha um peso significativo na justificativa da identidade e da unidade política; • Sociedade que se expande sobre os “novos” – na perspectivas do colonizador – noção de conquista territorial está na base da colonização; • Conquistar é apropriar de espaços, explorar os recursos e subordinar as pop. autóctones;
  • 21. • O êxito da colonização se expressa na territorialização - O BR se origina da colonização lusitana, todavia não há nenhum elemento de unidade e identidade que preceda a colonização; • O mesmo possui um mosaico de biomas, ecossistemas – as fronteiras são elementos de construção histórica e pouco fundada na natureza; • Também não havia uma unidade cultural e étnica dos povos pré-colombianos – inexistia nexos políticos mesmo que num proto- estado; • A instalação do colonizador criou um elemento de unidade no BR;
  • 22. • Instalou-se uma singular monarquia tropical, que pensava como uma ampliação geográfica da civilização europeia – “levar as Luzes a esses sertões”; • O imperativo da conquista territorial justificava o Estado forte, centralizador e autoritário a fim de impor sua própria territorialidade; • Construir o país, o território e o aparato estatal, confundiam-se num mesmo propósito autolegitimador; • Indagação recorrente nas elites no séc. XIX • Com que povo contamos para
  • 23. • Respostas: • 1) otimista - focava a natureza como garantia de progresso; • 2) pessimista - identificava nos habitantes um obstáculo ao desenvolvimento; • Daí surgiu a políticas de branqueamento da população; • Havia divergências sobre as concepções do elemento índio: ora emergia como um aliado do colono, ora como um obstáculo o selvagem a ser eliminado; • A atribuição do cognome sertão a uma dada localidade assinalava o desejo de apropriá-la e inseri-la nos circuitos mercantil; • Busca romper com o isolamento e destruindo a vida tradicional. • Esse ato de conquista e violência justificava a missão civilizadora;
  • 24. • A partir do final do séc. XIX a ideia de “moderno” se junta a construção do espaço – urbanização; industrialização; fluxos de pessoas e informações; • Construir o país era modernizá-lo, o que significava equipá-lo com próteses territoriais e sistemas de engenharia; • Não tratava de modernizar o povo, de modo a adequá-lo a paisagem moderna - os planos se pautavam na edificação de formas espaciais; • Esse afã modernizador atravessou toda a 1ª metade do séc. XX – ideologias geográfica; • O Estado foi pensado como o condutor da construção do país;
  • 25. • A Era Vargas exemplifica a íntima associação entre ideologias geográficas e políticas territoriais na formação brasileira; • Foi criado o IBGE que objetivava ter uma visão cientifica do território, requisitada pelo aparato de planejamento estatal; • Objetiva também propor uma divisão regional ainda que assentada em termos naturais permitiu a construção de identidades parciais – políticas regionais; • O 2º governo de Vargas e de JK, reafirmam o binômio modernização do território e construção nacional, porém já mais atentos ao componente popular; • Há a instalação de grandes próteses territoriais e amplos sistemas de engenharia: construção de Brasília; usinas hidrelétricas; ampliação da malha rodoviária;
  • 26. • Segundo essa visão o BR moderno, com o estímulo do estado deveria exportar seu dinamismo para o interior, alterando suas estruturas arcaicas;
  • 27. O Sertão: um “outro” Geográfico • O sertão se qualifica como um lugar onde predomina o ritmo dado pela dinâmica da natureza, onde o elemento humano é submetido às forças do mundo natural; • A ausência de elementos técnicos é que aparece como fator de distinção em sua delimitação; • O mesmo não se constitui, portanto, como uma materialidade criada pelos grupos sociais em suas relações com os lugares terrestres; • O sertão não se habilita como uma figura do universo empírico da geografia tradicional;
  • 28. • Essa não corresponde a uma materialidade terrestre individualizável, passível de ser cartografada; • A ideia de Sertão possui, portanto, um status teórico distinto das noções mais usuais de habitat, ambiente, região e território; • Enquanto essas tem por referencias limites aferíveis, aquela possui divisão pouco objetivas do espaço terrestres; • O sertão passa a ser não um lugar, mas uma condição atribuída ao espaço geográfico – trata de símbolos imposto, que atua como um qualitativo local no processo de sua valoração; • Trata não de uma materialidade concreta, mas de uma realidade simbólica;
  • 29. • A adjetivação sertaneja expressa uma forma preliminar de apropriação simbólica de um dado lugar; • Significa projetar sua valorização futura em moldes diferentes do vigente; • Os lugares tornam-se sertão ao atraírem o interesse de agentes sociais que visam estabelecer novas formas e exploração locais: • É comumente concebido como um espaço para expansão e incorporação a uma órbita de poder que lhe escapa no momento: • Da relação entre sertão e colonização surge a ideia de antípoda, onde funções e formas distintas coexistem;
  • 30. • No Brasil colônia essa relação era nítido entre o litoral e o interior; • Ultrapassar a condição sertaneja é a meta implícita dos discursos que buscam levantar e explicitar a sua ausência; • A qualificação de distante ganho por vezes outros significados além do geográfico; • A distância é, em muito, função das condições de transporte, numa relação onde o tempo de deslocamento emerge como critério de medida; • Portanto o sertão se qualifica como lugar fora dos circuitos cotidianos de transito – estranhamento geográfico - lugar isolado; • O sertão também é definido como um lugar ocupado por povos diferentes, exóticos, qualificando-se como moradia dos “outros”;
  • 31. • “Sertanejo genérico” é entendido como ser exótico ou arcaico dotado ou não de positividade. Ex vulgarização - Festa juninas • Outras identidades do sertanejo: depositário dos males inerentes à mistura de raças; produto positivo dessa miscigenação adaptado a adversidade do meio; portador dos valores autênticos do caráter nacional; fruto da degeneração advindo do isolamento e abando; enfim são múltiplas a sua definição; • Não poucas vezes, foi definido como o “habitat dos selvagens”, a “terra dos tapuais” dos “índios ferozes”; • Outro discurso aponta os índios como “muralhas do sertão”, numa ótica geopolítica de defesa das fronteiras;
  • 32. • Contudo a acentuação locacional não urbana delimita e unifica o universo sertanejo marcado pela ruralidade – identidade da roça; • Morada do bugre, caboclo, caipira, faxinalense; ribeirinho; quilombola, caiçara – enfim como definimos atualmente “populações tradicionais”; • Em suma a denominação sertaneja seja social ou paisagística, recobre áreas de fronteiras com povoamentos frágeis; • Também se refere a zonas de domínios incompletos, nas quais a ordem estatal não está consolidada; • A designação do espaço sertanejo revela a existência de olhares externos que lhe ambicionam – lugares para expansão futura;
  • 33. • Transformar esses territórios em espaço usado é uma diretriz que atravessa a formação histórica do país, alçando- se mesmo à condição de um projeto estatal-nacional básico; • No BR império os sertões foram definidos como lócus da barbárie, sendo sua apropriação legitimada como uma obra civilizatória; • O sertão como manifestação do arcaísmo e do atraso, atravessa todo o séc. XX, sendo que até hoje o país se mergulhado em movimentos de incorporação de novos espaços; • “País em construção” ideário varguista, de JK e do Regime Militar;
  • 34. • O sertão se mostra como uma espécie de pecado original do berço colonial, explorado por interesses distintos; • Na atual perspectiva da globalização, pode ser identificado como os lugares não integrados às redes de fluxos globais; ou como depositário do patrimônio natural e da biodiversidade; • Enfim é uma figura do imaginário da conquista territorial – uma apropriação simbólica do lugar, densa de juízos valorativos que apontam para sua transformação; • Tem-se o sertão como um qualificativo de lugares, um termo da geografia colonial que reproduz o olhar apropriador dos impérios em expansão; • Sinônimos – “desertos” na Argentina e “fronteiras” nos EUA;
  • 35. Atividades 1. Defina território e procure aplica-los as práticas de territorialização que houve com a colonização lusitana no Brasil? 2. Diferencie Estado de Nação? 3. Distinga raça de etnia? 4. Estabeleça a diferença entre Estado e estado? 5. O termo Utti Possidetis proveniente do direito romano foi usado por Portugal a fim de consolidar grande parte das fronteiras hodiernas do Brasil. Explique esse conceito? 6. Antes da chegada dos portugueses ao Brasil, a nova terra possuía algum elemento de unidade e identidade? Justifique. 7. A ideia antípoda no Brasil colônia entre litoral e interior pode ajudar a explicar um pouco sobre o sertão. Escreva sobre essa temática? 8. Com base na ideia que o sertão é uma figura do imaginário da conquista territorial, uma apropriação simbólica do lugar, densa de juízos valorativos que apontam para sua transformação. Elenque cinco exemplos de comunidades tradicionais relacionadas com o cognome sertanejo?