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PROFESSORA CAMILA – GEOGRAFIA
E.E. CARLOS AUGUSTO DE FREITAS VILLALVA JÚNIOR - 2014
Conceito de território
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Milton Santos considera que é o uso do território, e não
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O território, portanto, é...
... formado de objetos e ações; é sinônimo de
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Para Milton Santos, território pode ser
considerado o “nome político para o
espaço de um país”.
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é, necessariamente, acompanhada da
posse de um território; nem sempre
supõe a existência de um Estado.
Entretanto, não há Estado sem território.
Espaço territorial
O espaço territorial é sujeito a
transformações sucessivas.
Assim, é preciso um esforço
destinado a analisar
sistematicamente a
constituição do território.
17/03/2014
4
A formação do território brasileiro
Colonização: conquista de espaços
O processo de colonização tem como origem a expansão territorial
de um grupo.
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estruturas econômicas, por ex., as plantations.
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monocultora, trabalhada por mão de obra
escrava, com finalidade de exportação do
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Colonização do Brasil
Colônia de exploração:
- possibilitavam a acumulação; eram os lugares do capital
mercantil por excelência.
- Onde havia atrativos comerciais mas não havia população para
produção, ocorreu a migração forçada.
- As plantations foram estruturas de produção características das
colônias de exploração e são a origem do latifúndio moderno.
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recursos foram processos articulados e complementares nos
empreendimentos coloniais.
17/03/2014
6
A partilha dos espaços mundiais
Os grandes Estados europeus repartiram e
delimitaram o mundo, definindo grande
áreas de jurisdição formal, incluindo os fundos
territoriais, como foi o Tratado de Tordesilhas
(1494).
Foi assinado por Portugal e Castela (Espanha)
dois anos após a chegada de Colombo nas
terras ainda desconhecidas da América.
Estabelecia a divisão das terras descobertas e
a descobrir, a partir de um meridiano traçado
a 370 léguas (1.770 Km.) a oeste das Ilhas de
Cabo Verde (46º37’O).
As terras a leste deste meridiano
pertenceriam a Portugal e, a oeste, à
Espanha.
Caracterização do espaço colonial
O território colonial é voltado para fora; os portos são áreas de grande
importância.
A conquista e domínio territoriais sintetizam a essência da colônia e
podem ser consideradas um traço comum na maioria dos processos
coloniais de exploração (envolvendo, inclusive, o uso da violência). No
período inicial da colonização, os europeus apropriaram-se de uma
natureza e de territórios já humanizados, em maior ou menor grau, por
povos que viviam no que viria a ser o atual território brasileiro. Desse modo,
é justo afirmar que o “Brasil indígena antecede o Brasil lusitano e o Brasil
contemporâneo”.
Os espaços extrovertidos são espaços geográficos produzidos e
organizados para atender o mercado externo, e segundo a lógica da DIT.
Exemplos: espaço da agroindústria da cana-de-açúcar, espaço da
mineração, espaço do café, etc.
17/03/2014
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Brasil – Século XVI
• Economia canavieira
• Plantation
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cultivo de cana de açúcar
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índio
• Ampliação da ocupação
litorânea
• Inicia-se a ultrapassagem
do tratado de Tordesilhas
Brasil – Século XVII
• Ocupação das áreas do nordeste
pelos holandeses
• Intensificação das bandeiras para
o interior da colônia
• Ocupação de novas áreas
• Valorização da mão de obra
• Intensificação da destruição da
vegetação litorânea
• Decadência do mercado de
açúcar
• Crescimento do mercado mineiro
e da pecuária
• Intensificação da ocupação do
interior
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interior da colônia (relevo )
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hidrográficas
17/03/2014
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Brasil – Século XVIII
• Interiorização intensificada
• Diversificação econômica
• Melhoria na infra- estrutura de
transportes
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territórios
Brasil – Século XIX
• Consolidação da economia
cafeeira
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função do centro administrativo
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mineira
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urbana e dos fluxos migratórios
17/03/2014
9
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Transformações territoriais no Brasil foram motivadas:
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17/03/2014
10
Interesse na exploração de recursos
Interligação entre a produção e o escoamento
da produção
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Interesse na EXPORTAÇÃO de recursos
Criação de novos mercados
Ampliação industrial
A urbanização acompanha a atividade
econômica vigente
A decadência da atividade leva ao
desinteresse na região
Espaços extrovertidos são espaços geográficos
produzidos e organizados para atender o mercado
externo, e segundo a lógica da DIT. Exemplos: espaço
da agroindústria da cana-de-açúcar, espaço da
mineração, espaço do café, etc.
O termo “arquipélago econômico” expressa a falta de
integração entre as economias regionais que se
constituíram como espaços relativamente autônomos
de produção e consumo, guardando relações mais
estreitas com os mercados externos do que entre si.
Vale esclarecer que a expressão se aplica à economia
e à configuração geoeconômica do território brasileiro
no início do século XX, marcadas pela fragmentação
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17/03/2014
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Formação territorial brasileira

  • 1. 17/03/2014 1 Formação territorial brasileira PROFESSORA CAMILA – GEOGRAFIA E.E. CARLOS AUGUSTO DE FREITAS VILLALVA JÚNIOR - 2014 Conceito de território Para Karl Marx, estudioso alemão do séc. XIX (1818 – 1883), autor da obra “O Capital”, o território não se definia pelo domínio, mas sim pelo uso (“o que faz com que uma região da Terra seja um território, é o fato das tribos ali caçarem”). É o trabalho que qualifica o Espaço, gerando um território. Este é, portanto, uma construção social. A Geografia Crítica, movimento de renovação do conhecimento geográfico que tomou corpo nos anos de 1960-70, retomou o sentido de território a partir da concepção de Marx. Não apenas o Estado, mas os grupos humanos agem, ocupam, transformam e disputam os territórios.
  • 2. 17/03/2014 2 Milton Santos considera que é o uso do território, e não o território em si, que faz dele um objeto de análise social. Assim, esta noção deve ser objeto de constante revisão histórica. “Caminhamos, ao longo dos séculos, da antiga comunhão individual dos lugares com o Universo à comunhão hoje global: a interdependência universal dos lugares é a nova realidade do território”. O território, portanto, é... ... formado de objetos e ações; é sinônimo de espaço humano, espaço habitado, espaço geográfico. Ao definir qualquer território, devemos considerar a interdependência da materialidade (que inclui a natureza)e o seu uso (que inclui a ação humana, isto é, o trabalho, a política). Revela ações do passado e do presente, “congeladas” em objetos e ações.
  • 3. 17/03/2014 3 Para Milton Santos, território pode ser considerado o “nome político para o espaço de um país”. A existência de um país pressupõe, portanto, a existência de um território. Porém, a existência de uma nação não é, necessariamente, acompanhada da posse de um território; nem sempre supõe a existência de um Estado. Entretanto, não há Estado sem território. Espaço territorial O espaço territorial é sujeito a transformações sucessivas. Assim, é preciso um esforço destinado a analisar sistematicamente a constituição do território.
  • 4. 17/03/2014 4 A formação do território brasileiro Colonização: conquista de espaços O processo de colonização tem como origem a expansão territorial de um grupo. Para que a colonização ocorra, é necessário uma efetivação da ocupação do espaço. Expressa a instalação do elemento externo e implica a criação de novas estruturas, atreladas aos interesses da expansão. Implica haver uma metrópole. Cada país colonizador possui sua geopolítica metropolitana, que orienta a ocupação de espaços (empreendimentos privados, estatais, mistos).
  • 5. 17/03/2014 5 Colonização Tinham como elemento comum é a estrutura militar. Envolvia a conquista e submissão das populações encontradas, apropriação dos lugares. As estruturas produtivas eram incorporadas ou destruídas. Em muitos casos, a colonização criava novas estruturas econômicas, por ex., as plantations. As plantations - Foram estruturas organizadas nas colônias de exploração americanas – caracterizavam-se pela grande propriedade monocultora, trabalhada por mão de obra escrava, com finalidade de exportação do produto cultivado. Colonização do Brasil Colônia de exploração: - possibilitavam a acumulação; eram os lugares do capital mercantil por excelência. - Onde havia atrativos comerciais mas não havia população para produção, ocorreu a migração forçada. - As plantations foram estruturas de produção características das colônias de exploração e são a origem do latifúndio moderno. Porém, é preciso considerar que povoamento e exploração de recursos foram processos articulados e complementares nos empreendimentos coloniais.
  • 6. 17/03/2014 6 A partilha dos espaços mundiais Os grandes Estados europeus repartiram e delimitaram o mundo, definindo grande áreas de jurisdição formal, incluindo os fundos territoriais, como foi o Tratado de Tordesilhas (1494). Foi assinado por Portugal e Castela (Espanha) dois anos após a chegada de Colombo nas terras ainda desconhecidas da América. Estabelecia a divisão das terras descobertas e a descobrir, a partir de um meridiano traçado a 370 léguas (1.770 Km.) a oeste das Ilhas de Cabo Verde (46º37’O). As terras a leste deste meridiano pertenceriam a Portugal e, a oeste, à Espanha. Caracterização do espaço colonial O território colonial é voltado para fora; os portos são áreas de grande importância. A conquista e domínio territoriais sintetizam a essência da colônia e podem ser consideradas um traço comum na maioria dos processos coloniais de exploração (envolvendo, inclusive, o uso da violência). No período inicial da colonização, os europeus apropriaram-se de uma natureza e de territórios já humanizados, em maior ou menor grau, por povos que viviam no que viria a ser o atual território brasileiro. Desse modo, é justo afirmar que o “Brasil indígena antecede o Brasil lusitano e o Brasil contemporâneo”. Os espaços extrovertidos são espaços geográficos produzidos e organizados para atender o mercado externo, e segundo a lógica da DIT. Exemplos: espaço da agroindústria da cana-de-açúcar, espaço da mineração, espaço do café, etc.
  • 7. 17/03/2014 7 Brasil – Século XVI • Economia canavieira • Plantation • Desmatamento para cultivo de cana de açúcar • Tentativa de escravizar o índio • Ampliação da ocupação litorânea • Inicia-se a ultrapassagem do tratado de Tordesilhas Brasil – Século XVII • Ocupação das áreas do nordeste pelos holandeses • Intensificação das bandeiras para o interior da colônia • Ocupação de novas áreas • Valorização da mão de obra • Intensificação da destruição da vegetação litorânea • Decadência do mercado de açúcar • Crescimento do mercado mineiro e da pecuária • Intensificação da ocupação do interior • Dificuldade de locomoção no interior da colônia (relevo ) • Ocupação seguia linhas hidrográficas
  • 8. 17/03/2014 8 Brasil – Século XVIII • Interiorização intensificada • Diversificação econômica • Melhoria na infra- estrutura de transportes • Investimentos maciços na mineração • Surgimento de grandes centros urbanos • Várias alterações de fronteiras e tratados • Guerras e disputas por territórios Brasil – Século XIX • Consolidação da economia cafeeira • Concentração da produção em função do centro administrativo • Ampliação da malha ferroviária • Decadência da economia mineira • Abolição da escravidão • Inicio da decadência do café • Indústria nacional • Crescimento da população urbana e dos fluxos migratórios
  • 9. 17/03/2014 9 Brasil - Século XX Reorganização administrativa Crescimento urbano interiorizado Redirecionamento dos fluxos migratórios internos Abertura econômica para o capital estrangeiro O uso do território brasileiro Transformações territoriais no Brasil foram motivadas: • Interesses políticos e estratégicos • Interesses econômicos • Aspectos naturais Organização interna foi motivada: • Interesses políticos externo e interno • Interesses econômicos • Planejamento estratégico
  • 10. 17/03/2014 10 Interesse na exploração de recursos Interligação entre a produção e o escoamento da produção Ocupação estratégica militar Interesse na EXPORTAÇÃO de recursos Criação de novos mercados Ampliação industrial A urbanização acompanha a atividade econômica vigente A decadência da atividade leva ao desinteresse na região Espaços extrovertidos são espaços geográficos produzidos e organizados para atender o mercado externo, e segundo a lógica da DIT. Exemplos: espaço da agroindústria da cana-de-açúcar, espaço da mineração, espaço do café, etc. O termo “arquipélago econômico” expressa a falta de integração entre as economias regionais que se constituíram como espaços relativamente autônomos de produção e consumo, guardando relações mais estreitas com os mercados externos do que entre si. Vale esclarecer que a expressão se aplica à economia e à configuração geoeconômica do território brasileiro no início do século XX, marcadas pela fragmentação em “ilhas” regionais, em grande parte resultantes da economia colonial.