FILOSOFIA GREGA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA COM ENFASE EM HARDWARE, SOFTWARE, MONITOR, MICRO INFORMÁTICA NO COLÉGIO JOÃO XIII NA VILA PRUDENTE COM PROF. PAULO DA FEI E FUNCIONÁRIO DA GM BRASIL EM SÃO CAETANO DO SUL SP
O documento descreve a vida e as ideias filosóficas de Platão. Ele foi influenciado por Sócrates e fundou a Academia para educar futuros líderes. Platão acreditava em verdades eternas e imutáveis representadas por formas ideais, não visíveis, em oposição ao mundo sensível mutável. Ele ilustrou essa ideia no Mito da Caverna, onde os prisioneiros vêem apenas sombras das formas reais.
Platão (428-347 a.C.) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, o mais importante continuador da obra de Sócrates, autor de diversos diálogos e criador da Academia de Atenas.
É ele quem dá à filosofia a sua primeira grande sistematização, desenvolvendo o foco da filosofia como a busca da verdade inteligível, que não está no mundo material. Essa concepção exerce grande influência na filosofia ocidental e nos pensadores futuros.
Essa concepção de filosofia influencia todo pensamento da Idade Média até a Idade Moderna, somente no período Contemporâneo que a filosofia volta a se tornar um saber mais amplo e relativo, retomando seu caráter prático.
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Este importante filósofo grego nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas ideias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das ideias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria).
Filho de uma família de aristocratas, começou seus trabalhos filosóficos após estabelecer contato com outro importante pensador grego: Sócrates. Platão torna-se seguidor e discípulo de Sócrates. Em 387 a.C, fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as ideias e pensamentos socráticos. Convidado pelo rei Dionísio, passa um bom tempo em Siracusa, ensinando filosofia na corte.
Ao voltar para Atenas, passa a administrar e comandar a Academia, destinando mais energia no estudo e na pesquisa em diversas áreas do conhecimento: ciências, matemática, retórica (arte de falar em público), além da filosofia. Suas obras mais importantes e conhecidas são: Apologia de Sócrates, em que valoriza os pensamentos do mestre; O Banquete, fala sobre o amor de uma forma dialética; e A República, em que analisa a política grega, a ética, o funcionamento das cidades, a cidadania e questões sobre a imortalidade da alma.
Ideias de Platão para a educação
Platão valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento. De acordo com Platão, os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida. A educação deveria funcionar como forma de desenvolver o homem moral. A educação deveria dedicar esforços para o desenvolvimento intelectual e físico dos alunos. Aulas de retórica, debates, educação musical, geometria, astronomia e educação militar. Para os alunos de classes menos favorecidas, Platão dizia que deveriam buscar em trabalho a partir dos 13 anos de idade. Afirmava também que a educação da mulher deveria ser a mesma educação aplicada aos homens.
Frases de Platão
"O belo é o esplendor da verdade".
"O que mais vale não é viver, mas viver bem".
"Vencer a si próprio é a maior de todas as vitórias".
"O amor é uma perigosa doença mental".
"Praticar injustiças é pior que sofrê-las".
"A harmonia se consegue através da virtude".
"Teme a velhice, pois ela nunca vem só".
"A educação deve possibitar ao corpo e à alma toda a perfeição e a beleza que podem ter".
Após a morte de Sócrates, seus seguidores se dispersaram, pois não podiam mais confiar na democracia ateniense como antes. Platão foi o seu discípulo mais famoso e com ele a filosofia passou a se preocupar ainda mais com o homem. Platão (427–347 a.C.) era cidadão de Atenas, filho de uma das mais tradicionais famílias dessa cidade-Estado.
Platão (428-347 a.C.) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, o mais importante continuador da obra de Sócrates, autor de diversos diálogos e criador da Academia de Atenas.
É ele quem dá à filosofia a sua primeira grande sistematização, desenvolvendo o foco da filosofia como a busca da verdade inteligível, que não está no mundo material. Essa concepção exerce grande influência na filosofia ocidental e nos pensadores futuros.
Essa concepção de filosofia influencia todo pensamento da Idade Média até a Idade Moderna, somente no período Contemporâneo que a filosofia volta a se tornar um saber mais amplo e relativo, retomando seu caráter prático.
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Este importante filósofo grego nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas ideias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das ideias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria).
Filho de uma família de aristocratas, começou seus trabalhos filosóficos após estabelecer contato com outro importante pensador grego: Sócrates. Platão torna-se seguidor e discípulo de Sócrates. Em 387 a.C, fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as ideias e pensamentos socráticos. Convidado pelo rei Dionísio, passa um bom tempo em Siracusa, ensinando filosofia na corte.
Ao voltar para Atenas, passa a administrar e comandar a Academia, destinando mais energia no estudo e na pesquisa em diversas áreas do conhecimento: ciências, matemática, retórica (arte de falar em público), além da filosofia. Suas obras mais importantes e conhecidas são: Apologia de Sócrates, em que valoriza os pensamentos do mestre; O Banquete, fala sobre o amor de uma forma dialética; e A República, em que analisa a política grega, a ética, o funcionamento das cidades, a cidadania e questões sobre a imortalidade da alma.
Ideias de Platão para a educação
Platão valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento. De acordo com Platão, os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida. A educação deveria funcionar como forma de desenvolver o homem moral. A educação deveria dedicar esforços para o desenvolvimento intelectual e físico dos alunos. Aulas de retórica, debates, educação musical, geometria, astronomia e educação militar. Para os alunos de classes menos favorecidas, Platão dizia que deveriam buscar em trabalho a partir dos 13 anos de idade. Afirmava também que a educação da mulher deveria ser a mesma educação aplicada aos homens.
Frases de Platão
"O belo é o esplendor da verdade".
"O que mais vale não é viver, mas viver bem".
"Vencer a si próprio é a maior de todas as vitórias".
"O amor é uma perigosa doença mental".
"Praticar injustiças é pior que sofrê-las".
"A harmonia se consegue através da virtude".
"Teme a velhice, pois ela nunca vem só".
"A educação deve possibitar ao corpo e à alma toda a perfeição e a beleza que podem ter".
Após a morte de Sócrates, seus seguidores se dispersaram, pois não podiam mais confiar na democracia ateniense como antes. Platão foi o seu discípulo mais famoso e com ele a filosofia passou a se preocupar ainda mais com o homem. Platão (427–347 a.C.) era cidadão de Atenas, filho de uma das mais tradicionais famílias dessa cidade-Estado.
"O Banquete (o amor, o belo)" é um livro de diálogos de Platão atribuído a ele mesmo e não a Sócrates, seu mestre. O pano de fundo são os sete discursos acerca do deus Eros, o deus do amor. Diz-se que depois de muitas festas, com bebidas em excesso, resolveram dar uma trégua à orgia e instituíram um encontro filosófico sobre o elogio ao deus Eros
Sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles, ideias socráticas, caverna de Platão, Aristóteles, Ética aristotélica, Filosofia Grega, Grandes pensadores gregos,ÉTICA, LÓGICA ARISTOTÉLICA, POLÍTICA GRÉCIA ANTIGA,
slides da apresentação sobre filósofos pré-socráticos e origem da filosofia dos alunos do 1° ano do ensino médio da escola Sagrado Coração de Maria de Vitória - ES
Azərbaycan Təhlükəsizlik və Müdafiə Sektorunda insan haqlarının durumu - HESA...Jasur Mammadov Sumerinli
“Azərbaycanın Təhlükəsizlik və Müdafiə Sektorunda İnsan Haqlarının Monitorinqi” adlı layihə 2015-ci ilin yanvar-oktyabr aylarında qeyd edilən sektora aid edilən 6 qurumu (Müdafiə Nazirliyi, Daxili Qoşunlar, Dövlət Sərhəd Xidməti, Hərbi Prokurorluq, Milli Təhlükəsizlik Nazirliyi, Müdafiə Sənayesi Nazirliyi) əhatə edib. Araşdırma nəticəsində qeyd edilən dövlət qurumlarının fəaliyyətinə bu və digər dərəcədə təsir göstərən indikatorlar (əsgər ölümləri, insan haqları, korrupsiya və rüşvətxorluq, sosial təminat, informasiya siyasəti, hesabatlılıq, şəffaflıq və perspektivlər) nəzərə alınıb. Həyata keçirilmiş araşdırma onu göstərir ki, Azərbaycan Təhlükəsizlik və Müdafiə Sektorunda (bundan sonra : TMS) insan haqlarının durumu ilə bağlı vəziyyət gərgin olaraq qalır. Araşdırma media (online, çap mətbuatı, TV, sosial şəbəkələr) üzərində aparılmış monitorinq nəticəsində hazırlanıb.
Hesabatla www.caspiandefense.wordpress.com səhifəsində də tanış ola bilərsiniz. Əlavə sual və təkliflərinizi caspiandefense@gmail.com ünvanına yazmağınızı xahiş edirik.
"O Banquete (o amor, o belo)" é um livro de diálogos de Platão atribuído a ele mesmo e não a Sócrates, seu mestre. O pano de fundo são os sete discursos acerca do deus Eros, o deus do amor. Diz-se que depois de muitas festas, com bebidas em excesso, resolveram dar uma trégua à orgia e instituíram um encontro filosófico sobre o elogio ao deus Eros
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Azərbaycan Təhlükəsizlik və Müdafiə Sektorunda insan haqlarının durumu - HESA...Jasur Mammadov Sumerinli
“Azərbaycanın Təhlükəsizlik və Müdafiə Sektorunda İnsan Haqlarının Monitorinqi” adlı layihə 2015-ci ilin yanvar-oktyabr aylarında qeyd edilən sektora aid edilən 6 qurumu (Müdafiə Nazirliyi, Daxili Qoşunlar, Dövlət Sərhəd Xidməti, Hərbi Prokurorluq, Milli Təhlükəsizlik Nazirliyi, Müdafiə Sənayesi Nazirliyi) əhatə edib. Araşdırma nəticəsində qeyd edilən dövlət qurumlarının fəaliyyətinə bu və digər dərəcədə təsir göstərən indikatorlar (əsgər ölümləri, insan haqları, korrupsiya və rüşvətxorluq, sosial təminat, informasiya siyasəti, hesabatlılıq, şəffaflıq və perspektivlər) nəzərə alınıb. Həyata keçirilmiş araşdırma onu göstərir ki, Azərbaycan Təhlükəsizlik və Müdafiə Sektorunda (bundan sonra : TMS) insan haqlarının durumu ilə bağlı vəziyyət gərgin olaraq qalır. Araşdırma media (online, çap mətbuatı, TV, sosial şəbəkələr) üzərində aparılmış monitorinq nəticəsində hazırlanıb.
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Semelhante a FILOSOFIA GREGA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA COM ENFASE EM HARDWARE, SOFTWARE, MONITOR, MICRO INFORMÁTICA NO COLÉGIO JOÃO XIII NA VILA PRUDENTE COM PROF. PAULO DA FEI E FUNCIONÁRIO DA GM BRASIL EM SÃO CAETANO DO SUL SP
Evolução Histórica da Reflexão sobre a Condição HumanaIuri Guedes
Uma breve história da filosofia clássica, medieval e moderna. Ativida Programada e Orientada (APO) da Disciplina Antropologia Filosófica - Faculdade Castro Alves - Salvador/BA - 2011.1
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TELEVISOR COLORADO RQ- MODELO IGUAÇU-ANO 1973- LOJA BRASIMAC EM RANCHARIA NO ...Antonio Inácio Ferraz
ANTONIO INACIO FERRAZ PARA ENTENDER DE ELETRONICA ESTUDOU NO SENAI E COLÉGIO EM SÃO MIGUEL PAULISTA, E NO SENAI DO TATUAPÉ, RUA TEXEIRA DE MELO 106, NO COLÉGIO JOÃO XXIII VILA PRUDENTE, MICRO INFORMÁTICA NO CENTRO PAULA SOUZA EM QUATÁ SP.
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FILOSOFIA GREGA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA COM ENFASE EM HARDWARE, SOFTWARE, MONITOR, MICRO INFORMÁTICA NO COLÉGIO JOÃO XIII NA VILA PRUDENTE COM PROF. PAULO DA FEI E FUNCIONÁRIO DA GM BRASIL EM SÃO CAETANO DO SUL SP
1. ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM
ELETRONICAE AGROPECUÁRIA
Platão era de uma família ateniense aristocrática. Quando jovem, passou grande parte do
tempo discutindo idéias com Sócrates, por quem tinha grande admiração. É, sobretudo por
intermédio dos escritos de Platão que conhecemos o pensamento de Sócrates. Platão pensou em
entrar para a política ateniense, mas, após a condenação de Sócrates, desistiu da idéia.
Platão estava com 29 anos de idade quando Sócrates morreu, mas não se sabe em que
período começou a escrever os vários diálogos (muitos dos quais chegaram até nós) em que
Sócrates aparece como figura central. Sócrates exerceu uma profunda influência sobre Platão,
cujas idéias só nas últimas obras se tornaram nitidamente distintas das idéias socráticas.
Platão estava provavelmente na casa dos 50 anos quando fundou sua escola, junto com o
matemático Teeteto. O nome da escola, Academia, era uma homenagem ao lendário herói
grego Academos. Com a Academia, Platão esperava proporcionar uma boa educação aos
futuros governantes de Atenas e de outras cidades-estados. As matérias ensinadas eram
filosofia, astronomia, ginástica e matemática, em especial geometria. A inscrição no alto da
porta de entrada da Academia dizia: “aquele que for ignorante em geometria aqui não
entrara”. Entre os alunos estava Aristóteles, que, assim como Platão, viria a ser um dos
filósofos mais influentes de todos os tempos.
Platão foi para a Sicília já no final da vida, a fim de educar o jovem Dioniso II, mas
voltou para Atenas. Lá ele morreu aos 80 anos de idade.
Verdades eternas
Platão estava interessado na relação entre aquilo que, de um lado, é eterno e imutável,
e aquilo que, de outro, “flui”. Os sofistas e Sócrates puseram de lado a reflexão sobre as
questões da filosofia natural e se concentraram nos problemas relacionados ao homem e à
sociedade. Estavam interessados na moral humana e nos ideais, ou virtudes, da sociedade.
Em poucas palavras, os sofistas pensavam que as percepções do errado e do certo variariam de
uma cidade-estado para outra, e de uma geração para outra. Assim, certo ou errado seriam algo
“fluido”. Isso, para Sócrates, era totalmente inaceitável. Ele acreditava na existência de
regras eternas e absolutas para o certo e o errado. Pelo uso do bom senso todos nós
seríamos capazes de alcançar essas normas imutáveis, uma vez que a razão humana seria
eterna e imutável.
Platão se ocupava tanto do que se pensa ser eterno e imutável na Natureza quanto do
que se imagina eterno e imutável na moral e na sociedade. Para Platão, esses dois
problemas se resumiam a um só. Ele procurava compreender uma “realidade” eterna e
imutável.
Mito da Caverna.
Platão não acreditava que todos os seres humanos teriam esse anseio de libertar a alma.
Essa seria uma maneira própria do filósofo, mas muitos outros continuaram a viver
completamente alheios ao fato de que o mundo ao redor estaria repleto de cópias inferiores de
um outro reino, perfeito. Platão relata um mito que ilustra isso. É o Mito da Caverna.
O Mito da Caverna narrado por Platão no livro VII do Republica é, talvez, uma das mais
poderosas metáforas imaginadas pela filosofia, em qualquer tempo, para descrever a situação
geral em que se encontra a humanidade. Para o filósofo, todos nós estamos condenados a ver
sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras. Essa poderosa crítica à condição dos
2. homens, escrita há quase 2500 anos atrás, inspirou e ainda inspira inúmeras reflexões pelos
tempos a fora. A mais recente delas é o livro de José Saramago A Caverna.
Imagine um grupo e pessoas que habita o interior de uma caverna. Elas estão sentadas
de costas para a entrada da caverna, com as mãos e os pés acorrentados, de modo que só
podem ver a parede do fundo da caverna. Atrás delas se ergue um muro alto, e por detrás
desse muro passam criaturas semelhantes a seres humanos, sustentando outras figuras que se
elevam acima da borda do muro. Como há uma fogueira atrás dessas figuras, suas sombras
bruxuleantes se projetam sobre a parede do fundo da caverna. Assim, a única coisa que os
habitantes da caverna podem ver é esse teatro de sombras. Eles estão sentados nessa posição
desde que nasceram, e por isso acham que as sombras são as únicas coisas que existe.
Imagine agora que um dos habitantes da caverna consiga se libertar dos grilhões. O que
você acha que acontece quando ele se volta para as figuras e as vêem elevadas para além da
borda do muro? Para começar, a luz solar é tão intensa que ele fica ofuscado. Se conseguir
escalar o muro e passar pela fogueira e chegar ao mundo exterior, ficará ainda mais ofuscado.
Pela primeira vez verá cores e formas claras. Verá animais e flores reais, dos quais as sombras
na caverna eram apenas reflexos inferiores. Em seguida verá o Sol no céu, e entenderá que é
ele que dá vida a essas flores e esses animais, assim como o fogo é que tornava as sombras
visíveis.
Ele então retorna para tentar convencer os demais de que as sombras na caverna não passam
de reflexos bruxuleantes das coisas “reais”. Mas ninguém acredita nele. Apontam para a parede
da caverna e dizem que aquilo que vêem é a única coisa que existe. Por fim, acabam matando -
o.
Há, pois dois mundos. O visível é aquele em que a maioria da humanidade está presa,
condicionada pelas ilusões da caverna, crendo, iludida que as sombras são a realidade. O outro
mundo, o inteligível, é o abrigo de alguns poucos. Os que conseguem superar a ignorância em
que nasceram e, rompendo com os ferros que os prendiam ao subterrâneo, ergueram-se para a
esfera da luz em busca das essências maiores do bem e do belo. O visível é o império dos
sentidos, captado pelo olhar e dominado pela subjetividade; o inteligível é o reino da inteligência
percebido pela razão. O primeiro é o território do homem comum preso às coisas do cotidiano, o
outro, é a seara do homem sábio que se volta para a objetividade, descortinando um universo
diante de si.
O que Platão procurou mostrar com o Mito da Caverna é o caminho que o filósofo percorre
das imagens imprecisas às idéias verdadeiras que estão por trás dos fenômenos naturais. Platão
acreditava que todos os fenômenos da natureza seriam meras sombras das formas eternas, ou
idéias. Provavelmente, também pensava em Sócrates, a quem os “habitantes da caverna”
3. mataram por ter colocado em dúvida suas idéias convencionais e tentado mostrar o caminho do
verdadeiro conhecimento.
Amor Platônico
Platão dedicou uma de suas obras exclusivamente ao discurso sobre o amor: O
Banquete. (...)
Há na doutrina platônica sobre a alma, um elemento importante: Eros, o amor. Platão
ensinava que Eros é uma força que instiga a alma para atingir o bem; ele não cessa de mover a
alma enquanto essa não for satisfeita. O bem almejado é determinado pela parte da alma que
prevalecer sobre as outras. Se fosse a sensual, por exemplo, a alma não buscaria um bem
verdadeiro, pois procuraria a satisfação dos desejos que Platão julgava os mais baixos, como o
apetite e a ganância. Segundo o filósofo, o melhor é que a alma seja conduzida por sua parte
racional e que utilize a energia inesgotável do amor para se dirigir ao bem verdadeiro - que
compreende a justiça, a honra, a fidelidade; em suma, as virtudes supremas.
Para Platão, que usa Sócrates como personagem, o amor é a insuficiência de algo e o
desejo de conquistar aquilo de que sentimos falta. O amor dirige-se para o bem, cuja aparência
externa é a beleza. Existiriam muitas formas de beleza, mas a sabedoria seria a maior de todas.
A filosofia defende Platão, é o único caminho para contemplar essa suprema verdade. Para
realizar-se, o filósofo é capaz de desligar-se da paixão por outro indivíduo e dedicar-se à pura
contemplação da beleza.
Atualmente a expressão “amor platônico” é um amor à distância, que não se aproxima,
não toca, não envolve. Reveste-se de fantasias e de idealização. O objeto do amor é o ser
perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem máculas. Parece que o amor platônico
distancia-se da realidade e, como foge do real, mistura-se com o mundo do sonho e da fantasia.