SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Baixar para ler offline
O Mito da Caverna
Extraído de "A República" de Platão . 6° ed. Ed. Atena, 1956, p. 287-291
SÓCRATES – Figura-te agora o estado da natureza humana, em relação à ciência e à
ignorância, sob a forma alegórica que passo a fazer. Imagina os homens encerrados em
morada subterrânea e cavernosa que dá entrada livre à luz em toda extensão. Aí, desde a
infância, têm os homens o pescoço e as pernas presos de modo que permanecem imóveis e
só vêem os objetos que lhes estão diante. Presos pelas cadeias, não podem voltar o rosto.
Atrás deles, a certa distância e altura, um fogo cuja luz os alumia; entre o fogo e os cativos
imagina um caminho escarpado, ao longo do qual um pequeno muro parecido com os
tabiques que os pelotiqueiros põem entre si e os espectadores para ocultar-lhes as molas dos
bonecos maravilhosos que lhes exibem.
GLAUCO - Imagino tudo isso.
SÓCRATES - Supõe ainda homens que passam ao longo deste muro, com figuras e objetos
que se
elevam acima dele, figuras de homens e animais de toda a espécie, talhados em pedra ou
madeira. Entre os que carregam tais objetos, uns se entretêm em conversa, outros guardam
em silêncio.
GLAUCO - Similar quadro e não menos singulares cativos!
SÓCRATES - Pois são nossa imagem perfeita. Mas, dize-me: assim colocados, poderão ver
de si mesmos e de seus companheiros algo mais que as sombras projetadas, à claridade do
fogo, na parede que lhes fica fronteira?
GLAUCO - Não, uma vez que são forçados a ter imóveis a cabeça durante toda a vida.
SÓCRATES - E dos objetos que lhes ficam por detrás, poderão ver outra coisa que não as
sombras?
GLAUCO - Não.
SÓCRATES - Ora, supondo-se que pudessem conversar, não te parece que, ao falar das
sombras que vêem, lhes dariam os nomes que elas representam?
GLAUCO - Sem dúvida.
SÓRATES - E, se, no fundo da caverna, um eco lhes repetisse as palavras dos que passam,
não julgariam certo que os sons fossem articulados pelas sombras dos objetos?
GLAUCO - Claro que sim.
SÓCRATES - Em suma, não creriam que houvesse nada de real e verdadeiro fora das
figuras que desfilaram.
GLAUCO - Necessariamente.
SÓCRATES - Vejamos agora o que aconteceria, se se livrassem a um tempo das cadeias e
do erro em que laboravam. Imaginemos um destes cativos desatado, obrigado a levantar-se
de repente, a volver a cabeça, a andar, a olhar firmemente para a luz. Não poderia fazer
tudo isso sem grande pena; a luz, sobre ser-lhe dolorosa, o deslumbraria, impedindo-lhe de
discernir os objetos cuja sombra antes via.
Que te parece agora que ele responderia a quem lhe dissesse que até então só havia visto
fantasmas, porém que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, via
com mais perfeição? Supõe agora que, apontando-lhe alguém as figuras que lhe desfilavam
ante os olhos, o obrigasse a dizer o
que eram. Não te parece que, na sua grande confusão, se persuadiria de que o que antes via
era mais real e verdadeiro que os objetos ora contemplados?
GLAUCO - Sem dúvida nenhuma.
SÓCRATES - Obrigado a fitar o fogo, não desviaria os olhos doloridos para as sombras
que poderia ver sem dor? Não as consideraria realmente mais visíveis que os objetos ora
mostrados?
GLAUCO - Certamente.
SÓCRATES - Se o tirassem depois dali, fazendo-o subir pelo caminho áspero e escarpado,
para só o liberar quando estivesse lá fora, à plena luz do sol, não é de crer que daria gritos
lamentosos e brados de cólera? Chegando à luz do dia, olhos deslumbrados pelo esplendor
ambiente, ser-lhe ia possível discernir os objetos que o comum dos homens tem por serem
reais?
GLAUCO - A princípio nada veria.
SÓCRATES - Precisaria de algum tempo para se afazer à claridade da região superior.
Primeiramente, só discerniria bem as sombras, depois, as imagens dos homens e outros
seres refletidos nas águas; finalmente erguendo os olhos para a lua e as estrelas,
contemplaria mais facilmente os astros da noite que o pleno resplendor do dia.
GLAUCO - Não há dúvida.
SÓCRATES - Mas, ao cabo de tudo, estaria, decerto, em estado de ver o próprio sol,
primeiro refletido na água e nos outros objetos, depois visto em si mesmo e no seu próprio
lugar, tal qual é.
GLAUCO - Fora de dúvida.
SÓCRATES - Refletindo depois sobre a natureza deste astro, compreenderia que é o que
produz as estações e o ano, o que tudo governa no mundo visível e, de certo modo, a causa
de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna.
GLAUCO - É claro que gradualmente chegaria a todas essas conclusões.
SÓCRATES - Recordando-se então de sua primeira morada, de seus companheiros de
escravidão e da idéia que lá se tinha da sabedoria, não se daria os parabéns pela mudança
sofrida, lamentando ao mesmo tempo a sorte dos que lá ficaram?
GLAUCO - Evidentemente.
SÓCRATES - Se na caverna houvesse elogios, honras e recompensas para quem melhor e
mais prontamente distinguisse a sombra dos objetos, que se recordasse com mais precisão
dos que precediam, seguiam ou marchavam juntos, sendo, por isso mesmo, o mais hábil em
lhes predizer a aparição, cuidas que o homem de que falamos tivesse inveja dos que no
cativeiro eram os mais poderosos e honrados? Não preferiria mil vezes, como o herói de
Homero, levar a vida de um pobre lavrador e sofrer tudo no mundo a voltar às primeiras
ilusões e viver a vida que antes vivia?
GLAUCO - Não há dúvida de que suportaria toda a espécie de sofrimentos de preferência a
viver da maneira antiga.
SÓCRATES - Atenção ainda para este ponto. Supõe que nosso homem volte ainda para a
caverna e vá assentar-se em seu primitivo lugar. Nesta passagem súbita da pura luz à
obscuridade, não lhe ficariam os olhos como submersos em trevas?
GLAUCO - Certamente.
SÓCRATES - Se, enquanto tivesse a vista confusa -- porque bastante tempo se passaria
antes que os olhos se afizessem de novo à obscuridade -- tivesse ele de dar opinião sobre as
sombras e a este respeito entrasse em discussão com os companheiros ainda presos em
cadeias, não é certo que os faria rir? Não lhe diriam que, por ter subido à região superior,
cegara, que não valera a pena o esforço, e que assim, se alguém quisesse fazer com eles o
mesmo e dar-lhes a liberdade, mereceria ser agarrado e morto?
GLAUCO - Por certo que o fariam.
SÓCRATES - Pois agora, meu caro GLAUCO, é só aplicar com toda a exatidão esta
imagem da caverna a tudo o que antes havíamos dito. O antro subterrâneo é o mundo
visível. O fogo que o ilumina é a luz do sol. O cativo que sobe à região superior e a
contempla é a alma que se eleva ao mundo inteligível. Ou, antes, já que
o queres saber, é este, pelo menos, o meu modo de pensar, que só Deus sabe se é
verdadeiro. Quanto à mim, a coisa é como passo a dizer-te. Nos extremos limites do mundo
inteligível está a idéia do bem, a qual só com muito esforço se pode conhecer, mas que,
conhecida, se impõe à razão como causa universal de tudo o que é belo e bom, criadora da
luz e do sol no mundo visível, autora da inteligência e da verdade no mundo invisível, e
sobre a qual, por isso mesmo, cumpre ter os olhos fixos para agir com sabedoria nos
negócios particulares e públicos.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (17)

O mito da_caverna
O mito da_cavernaO mito da_caverna
O mito da_caverna
 
Filosofia Aula Ii
Filosofia Aula IiFilosofia Aula Ii
Filosofia Aula Ii
 
O Mito da Caverna
O Mito da CavernaO Mito da Caverna
O Mito da Caverna
 
Alegoria da caverna
Alegoria da cavernaAlegoria da caverna
Alegoria da caverna
 
O mito da caverna
O mito da cavernaO mito da caverna
O mito da caverna
 
Alegoria da Caverna 7
Alegoria da Caverna 7Alegoria da Caverna 7
Alegoria da Caverna 7
 
Mito da Caverna
Mito da CavernaMito da Caverna
Mito da Caverna
 
Sobre a "Alegora da Caverna", de Platão
Sobre a "Alegora da Caverna", de PlatãoSobre a "Alegora da Caverna", de Platão
Sobre a "Alegora da Caverna", de Platão
 
Mito da Caverna de Platão
Mito da Caverna de PlatãoMito da Caverna de Platão
Mito da Caverna de Platão
 
Mito da caverna
Mito da cavernaMito da caverna
Mito da caverna
 
O Mito da Caverna
O Mito da CavernaO Mito da Caverna
O Mito da Caverna
 
Alegoria da Caverna 10
Alegoria da Caverna 10Alegoria da Caverna 10
Alegoria da Caverna 10
 
O Mito da Caverna - Bruno, Janieli e Janaina - 1º B
 O Mito da Caverna - Bruno, Janieli e Janaina - 1º B O Mito da Caverna - Bruno, Janieli e Janaina - 1º B
O Mito da Caverna - Bruno, Janieli e Janaina - 1º B
 
A Alegoria Da Caverna 2008 09
A Alegoria Da Caverna 2008 09A Alegoria Da Caverna 2008 09
A Alegoria Da Caverna 2008 09
 
O mito da caverna de platão
O mito da caverna de platãoO mito da caverna de platão
O mito da caverna de platão
 
Alegoria da Caverna 21
Alegoria da Caverna 21Alegoria da Caverna 21
Alegoria da Caverna 21
 
Bram stoker -_a_casa_do_juiz
Bram stoker -_a_casa_do_juizBram stoker -_a_casa_do_juiz
Bram stoker -_a_casa_do_juiz
 

Destaque (7)

El mito de la caverna
El mito de la cavernaEl mito de la caverna
El mito de la caverna
 
Procesos cognitivos complejos
Procesos cognitivos complejosProcesos cognitivos complejos
Procesos cognitivos complejos
 
Filosofía
FilosofíaFilosofía
Filosofía
 
El mito de la caverna
El mito de la cavernaEl mito de la caverna
El mito de la caverna
 
Kant
KantKant
Kant
 
Platón y el mito de la caverna
Platón y el mito de la cavernaPlatón y el mito de la caverna
Platón y el mito de la caverna
 
Paginas de matematicas
Paginas de matematicasPaginas de matematicas
Paginas de matematicas
 

Semelhante a MITO DA CAVERNA-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E SOFTWARE NOS COLÉGIOS CRUZEIRO DO SUL , ETEC. PAULA SOUZA E JOÃO XXIII VILA PRUDENTE SP.

O MUNDO DAS IDEIAS DE PLATÃO E A ATUALIDADE
O MUNDO DAS IDEIAS DE PLATÃO E A ATUALIDADEO MUNDO DAS IDEIAS DE PLATÃO E A ATUALIDADE
O MUNDO DAS IDEIAS DE PLATÃO E A ATUALIDADEHelena Brígido
 
O mito da_caverna
O mito da_cavernaO mito da_caverna
O mito da_cavernasesouff2014
 
mito da carvena-CERTO.pdf
mito da carvena-CERTO.pdfmito da carvena-CERTO.pdf
mito da carvena-CERTO.pdfmalviana1
 
O mito da caverna
O mito da cavernaO mito da caverna
O mito da cavernapascoalnaib
 
A Educação nos Mitos de Platão.ppt
A Educação nos Mitos de Platão.pptA Educação nos Mitos de Platão.ppt
A Educação nos Mitos de Platão.pptNertan Dias
 
A Educação nos Mitos de Platão.ppt
A Educação nos Mitos de Platão.pptA Educação nos Mitos de Platão.ppt
A Educação nos Mitos de Platão.pptNertan Dias
 
Alegoria da Caverna 14
Alegoria da Caverna 14 Alegoria da Caverna 14
Alegoria da Caverna 14 Filosofia
 
Síntese - O mito da caverna
Síntese - O mito da cavernaSíntese - O mito da caverna
Síntese - O mito da cavernaMatheus Alves
 
Platão e Aristótelis
Platão e AristótelisPlatão e Aristótelis
Platão e AristótelisMary Alvarenga
 
AMOR PLATONICO-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...
 AMOR PLATONICO-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI... AMOR PLATONICO-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...
AMOR PLATONICO-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...ANTONIO INACIO FERRAZ
 
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...Antonio Inácio Ferraz
 
Aulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 03 E 04 2007 Revisado
Aulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 03 E 04 2007 RevisadoAulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 03 E 04 2007 Revisado
Aulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 03 E 04 2007 Revisadoelisamello
 
FILOSOFIA GREGA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA CO...
FILOSOFIA GREGA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA CO...FILOSOFIA GREGA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA CO...
FILOSOFIA GREGA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA CO...Antonio Inácio Ferraz
 

Semelhante a MITO DA CAVERNA-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E SOFTWARE NOS COLÉGIOS CRUZEIRO DO SUL , ETEC. PAULA SOUZA E JOÃO XXIII VILA PRUDENTE SP. (18)

O MUNDO DAS IDEIAS DE PLATÃO E A ATUALIDADE
O MUNDO DAS IDEIAS DE PLATÃO E A ATUALIDADEO MUNDO DAS IDEIAS DE PLATÃO E A ATUALIDADE
O MUNDO DAS IDEIAS DE PLATÃO E A ATUALIDADE
 
O mito da_caverna
O mito da_cavernaO mito da_caverna
O mito da_caverna
 
mito da carvena-CERTO.pdf
mito da carvena-CERTO.pdfmito da carvena-CERTO.pdf
mito da carvena-CERTO.pdf
 
O mito da caverna
O mito da cavernaO mito da caverna
O mito da caverna
 
A Educação nos Mitos de Platão.ppt
A Educação nos Mitos de Platão.pptA Educação nos Mitos de Platão.ppt
A Educação nos Mitos de Platão.ppt
 
A Educação nos Mitos de Platão.ppt
A Educação nos Mitos de Platão.pptA Educação nos Mitos de Platão.ppt
A Educação nos Mitos de Platão.ppt
 
mito da caverna.docx
mito da caverna.docxmito da caverna.docx
mito da caverna.docx
 
Filos
FilosFilos
Filos
 
Platâo
PlatâoPlatâo
Platâo
 
Alegoria da Caverna 14
Alegoria da Caverna 14 Alegoria da Caverna 14
Alegoria da Caverna 14
 
Síntese - O mito da caverna
Síntese - O mito da cavernaSíntese - O mito da caverna
Síntese - O mito da caverna
 
Platão e Aristótelis
Platão e AristótelisPlatão e Aristótelis
Platão e Aristótelis
 
AMOR PLATONICO-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...
 AMOR PLATONICO-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI... AMOR PLATONICO-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...
AMOR PLATONICO-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...
 
,Platao ii-ANTONIO INACIO FERRAZ
,Platao ii-ANTONIO INACIO FERRAZ,Platao ii-ANTONIO INACIO FERRAZ
,Platao ii-ANTONIO INACIO FERRAZ
 
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...
AMOR PLATÔNICO-ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRIA E S...
 
Platão
PlatãoPlatão
Platão
 
Aulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 03 E 04 2007 Revisado
Aulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 03 E 04 2007 RevisadoAulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 03 E 04 2007 Revisado
Aulas EspecíFicas Filosofia 2 Fase Aula 03 E 04 2007 Revisado
 
FILOSOFIA GREGA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA CO...
FILOSOFIA GREGA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA CO...FILOSOFIA GREGA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA CO...
FILOSOFIA GREGA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA CO...
 

Mais de Antonio Inácio Ferraz

TERMO DE POSSE-LULA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRI...
TERMO DE POSSE-LULA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRI...TERMO DE POSSE-LULA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRI...
TERMO DE POSSE-LULA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRI...Antonio Inácio Ferraz
 
A GRAVADORA CHANTECLER-ANTONIO INACIO FERRAZ,TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁ...
A GRAVADORA CHANTECLER-ANTONIO INACIO FERRAZ,TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁ...A GRAVADORA CHANTECLER-ANTONIO INACIO FERRAZ,TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁ...
A GRAVADORA CHANTECLER-ANTONIO INACIO FERRAZ,TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁ...Antonio Inácio Ferraz
 
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL, ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCN...
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL, ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCN...DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL, ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCN...
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL, ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCN...Antonio Inácio Ferraz
 
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNI...
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNI...DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNI...
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNI...Antonio Inácio Ferraz
 
o direito da criança deficiente (especial). -ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO E...
o direito da criança deficiente (especial). -ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO E...o direito da criança deficiente (especial). -ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO E...
o direito da criança deficiente (especial). -ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO E...Antonio Inácio Ferraz
 
DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...
DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...
DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...Antonio Inácio Ferraz
 
TELEVISOR COLORADO RQ- MODELO IGUAÇU-ANO 1973- LOJA BRASIMAC EM RANCHARIA NO ...
TELEVISOR COLORADO RQ- MODELO IGUAÇU-ANO 1973- LOJA BRASIMAC EM RANCHARIA NO ...TELEVISOR COLORADO RQ- MODELO IGUAÇU-ANO 1973- LOJA BRASIMAC EM RANCHARIA NO ...
TELEVISOR COLORADO RQ- MODELO IGUAÇU-ANO 1973- LOJA BRASIMAC EM RANCHARIA NO ...Antonio Inácio Ferraz
 
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...Antonio Inácio Ferraz
 
FONTES DE LUZ ARTIFICIAIS-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROP...
FONTES DE LUZ ARTIFICIAIS-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROP...FONTES DE LUZ ARTIFICIAIS-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROP...
FONTES DE LUZ ARTIFICIAIS-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROP...Antonio Inácio Ferraz
 
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...Antonio Inácio Ferraz
 
DIREITO CANONICO ROMANO CATÓLICO PARTE I - ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ...
DIREITO CANONICO ROMANO CATÓLICO PARTE I - ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ...DIREITO CANONICO ROMANO CATÓLICO PARTE I - ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ...
DIREITO CANONICO ROMANO CATÓLICO PARTE I - ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ...Antonio Inácio Ferraz
 
PROVA COMENTADA XIX EXAME DE ORDEM, 03/04/2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO...
PROVA COMENTADA XIX EXAME DE ORDEM, 03/04/2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO...PROVA COMENTADA XIX EXAME DE ORDEM, 03/04/2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO...
PROVA COMENTADA XIX EXAME DE ORDEM, 03/04/2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO...Antonio Inácio Ferraz
 
GENESIS VI-PARTE III-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁR...
GENESIS VI-PARTE III-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁR...GENESIS VI-PARTE III-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁR...
GENESIS VI-PARTE III-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁR...Antonio Inácio Ferraz
 
RESUMO DIREITO PREVIDENCIÁRIO INSS 2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELE...
RESUMO DIREITO PREVIDENCIÁRIO INSS 2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELE...RESUMO DIREITO PREVIDENCIÁRIO INSS 2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELE...
RESUMO DIREITO PREVIDENCIÁRIO INSS 2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELE...Antonio Inácio Ferraz
 
Direito civil pessoas e bens-antonio inacio ferraz-eletronica/agropecuária, c...
Direito civil pessoas e bens-antonio inacio ferraz-eletronica/agropecuária, c...Direito civil pessoas e bens-antonio inacio ferraz-eletronica/agropecuária, c...
Direito civil pessoas e bens-antonio inacio ferraz-eletronica/agropecuária, c...Antonio Inácio Ferraz
 
JURIDIQUES-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E SOFTW...
JURIDIQUES-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E SOFTW...JURIDIQUES-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E SOFTW...
JURIDIQUES-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E SOFTW...Antonio Inácio Ferraz
 
COSAN, CORTE, CARREGAMENTO E TRANSPORTE CCT-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM...
COSAN, CORTE, CARREGAMENTO E TRANSPORTE CCT-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM...COSAN, CORTE, CARREGAMENTO E TRANSPORTE CCT-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM...
COSAN, CORTE, CARREGAMENTO E TRANSPORTE CCT-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM...Antonio Inácio Ferraz
 
COMEÇOU A SAFRA 16/17 REVISTA CANA ONLINE-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM E...
COMEÇOU A SAFRA 16/17 REVISTA CANA ONLINE-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM E...COMEÇOU A SAFRA 16/17 REVISTA CANA ONLINE-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM E...
COMEÇOU A SAFRA 16/17 REVISTA CANA ONLINE-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM E...Antonio Inácio Ferraz
 
CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E S...
CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E S...CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E S...
CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E S...Antonio Inácio Ferraz
 

Mais de Antonio Inácio Ferraz (20)

,Temer
,Temer,Temer
,Temer
 
TERMO DE POSSE-LULA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRI...
TERMO DE POSSE-LULA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRI...TERMO DE POSSE-LULA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRI...
TERMO DE POSSE-LULA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRÔNICA, AGROPECUÁRI...
 
A GRAVADORA CHANTECLER-ANTONIO INACIO FERRAZ,TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁ...
A GRAVADORA CHANTECLER-ANTONIO INACIO FERRAZ,TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁ...A GRAVADORA CHANTECLER-ANTONIO INACIO FERRAZ,TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁ...
A GRAVADORA CHANTECLER-ANTONIO INACIO FERRAZ,TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁ...
 
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL, ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCN...
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL, ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCN...DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL, ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCN...
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL, ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCN...
 
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNI...
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNI...DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNI...
DIREITO DA CRIANÇA ESPECIAL ARTIGOS 203 E 227 CF-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNI...
 
o direito da criança deficiente (especial). -ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO E...
o direito da criança deficiente (especial). -ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO E...o direito da criança deficiente (especial). -ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO E...
o direito da criança deficiente (especial). -ANTONIO INÁCIO FERRAZ, TÉCNICO E...
 
DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...
DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...
DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...
 
TELEVISOR COLORADO RQ- MODELO IGUAÇU-ANO 1973- LOJA BRASIMAC EM RANCHARIA NO ...
TELEVISOR COLORADO RQ- MODELO IGUAÇU-ANO 1973- LOJA BRASIMAC EM RANCHARIA NO ...TELEVISOR COLORADO RQ- MODELO IGUAÇU-ANO 1973- LOJA BRASIMAC EM RANCHARIA NO ...
TELEVISOR COLORADO RQ- MODELO IGUAÇU-ANO 1973- LOJA BRASIMAC EM RANCHARIA NO ...
 
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...
 
FONTES DE LUZ ARTIFICIAIS-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROP...
FONTES DE LUZ ARTIFICIAIS-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROP...FONTES DE LUZ ARTIFICIAIS-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROP...
FONTES DE LUZ ARTIFICIAIS-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROP...
 
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...
RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA...
 
DIREITO CANONICO ROMANO CATÓLICO PARTE I - ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ...
DIREITO CANONICO ROMANO CATÓLICO PARTE I - ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ...DIREITO CANONICO ROMANO CATÓLICO PARTE I - ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ...
DIREITO CANONICO ROMANO CATÓLICO PARTE I - ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ...
 
PROVA COMENTADA XIX EXAME DE ORDEM, 03/04/2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO...
PROVA COMENTADA XIX EXAME DE ORDEM, 03/04/2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO...PROVA COMENTADA XIX EXAME DE ORDEM, 03/04/2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO...
PROVA COMENTADA XIX EXAME DE ORDEM, 03/04/2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO...
 
GENESIS VI-PARTE III-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁR...
GENESIS VI-PARTE III-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁR...GENESIS VI-PARTE III-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁR...
GENESIS VI-PARTE III-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁR...
 
RESUMO DIREITO PREVIDENCIÁRIO INSS 2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELE...
RESUMO DIREITO PREVIDENCIÁRIO INSS 2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELE...RESUMO DIREITO PREVIDENCIÁRIO INSS 2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELE...
RESUMO DIREITO PREVIDENCIÁRIO INSS 2016-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELE...
 
Direito civil pessoas e bens-antonio inacio ferraz-eletronica/agropecuária, c...
Direito civil pessoas e bens-antonio inacio ferraz-eletronica/agropecuária, c...Direito civil pessoas e bens-antonio inacio ferraz-eletronica/agropecuária, c...
Direito civil pessoas e bens-antonio inacio ferraz-eletronica/agropecuária, c...
 
JURIDIQUES-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E SOFTW...
JURIDIQUES-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E SOFTW...JURIDIQUES-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E SOFTW...
JURIDIQUES-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E SOFTW...
 
COSAN, CORTE, CARREGAMENTO E TRANSPORTE CCT-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM...
COSAN, CORTE, CARREGAMENTO E TRANSPORTE CCT-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM...COSAN, CORTE, CARREGAMENTO E TRANSPORTE CCT-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM...
COSAN, CORTE, CARREGAMENTO E TRANSPORTE CCT-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM...
 
COMEÇOU A SAFRA 16/17 REVISTA CANA ONLINE-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM E...
COMEÇOU A SAFRA 16/17 REVISTA CANA ONLINE-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM E...COMEÇOU A SAFRA 16/17 REVISTA CANA ONLINE-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM E...
COMEÇOU A SAFRA 16/17 REVISTA CANA ONLINE-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM E...
 
CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E S...
CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E S...CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E S...
CANA-DE-AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E S...
 

Último

Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 

Último (20)

Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 

MITO DA CAVERNA-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONICA, AGROPECUÁRIA E SOFTWARE NOS COLÉGIOS CRUZEIRO DO SUL , ETEC. PAULA SOUZA E JOÃO XXIII VILA PRUDENTE SP.

  • 1. O Mito da Caverna Extraído de "A República" de Platão . 6° ed. Ed. Atena, 1956, p. 287-291 SÓCRATES – Figura-te agora o estado da natureza humana, em relação à ciência e à ignorância, sob a forma alegórica que passo a fazer. Imagina os homens encerrados em morada subterrânea e cavernosa que dá entrada livre à luz em toda extensão. Aí, desde a infância, têm os homens o pescoço e as pernas presos de modo que permanecem imóveis e só vêem os objetos que lhes estão diante. Presos pelas cadeias, não podem voltar o rosto. Atrás deles, a certa distância e altura, um fogo cuja luz os alumia; entre o fogo e os cativos imagina um caminho escarpado, ao longo do qual um pequeno muro parecido com os tabiques que os pelotiqueiros põem entre si e os espectadores para ocultar-lhes as molas dos bonecos maravilhosos que lhes exibem. GLAUCO - Imagino tudo isso. SÓCRATES - Supõe ainda homens que passam ao longo deste muro, com figuras e objetos que se elevam acima dele, figuras de homens e animais de toda a espécie, talhados em pedra ou madeira. Entre os que carregam tais objetos, uns se entretêm em conversa, outros guardam em silêncio. GLAUCO - Similar quadro e não menos singulares cativos! SÓCRATES - Pois são nossa imagem perfeita. Mas, dize-me: assim colocados, poderão ver de si mesmos e de seus companheiros algo mais que as sombras projetadas, à claridade do fogo, na parede que lhes fica fronteira? GLAUCO - Não, uma vez que são forçados a ter imóveis a cabeça durante toda a vida. SÓCRATES - E dos objetos que lhes ficam por detrás, poderão ver outra coisa que não as sombras? GLAUCO - Não. SÓCRATES - Ora, supondo-se que pudessem conversar, não te parece que, ao falar das sombras que vêem, lhes dariam os nomes que elas representam? GLAUCO - Sem dúvida. SÓRATES - E, se, no fundo da caverna, um eco lhes repetisse as palavras dos que passam, não julgariam certo que os sons fossem articulados pelas sombras dos objetos?
  • 2. GLAUCO - Claro que sim. SÓCRATES - Em suma, não creriam que houvesse nada de real e verdadeiro fora das figuras que desfilaram. GLAUCO - Necessariamente. SÓCRATES - Vejamos agora o que aconteceria, se se livrassem a um tempo das cadeias e do erro em que laboravam. Imaginemos um destes cativos desatado, obrigado a levantar-se de repente, a volver a cabeça, a andar, a olhar firmemente para a luz. Não poderia fazer tudo isso sem grande pena; a luz, sobre ser-lhe dolorosa, o deslumbraria, impedindo-lhe de discernir os objetos cuja sombra antes via. Que te parece agora que ele responderia a quem lhe dissesse que até então só havia visto fantasmas, porém que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, via com mais perfeição? Supõe agora que, apontando-lhe alguém as figuras que lhe desfilavam ante os olhos, o obrigasse a dizer o que eram. Não te parece que, na sua grande confusão, se persuadiria de que o que antes via era mais real e verdadeiro que os objetos ora contemplados? GLAUCO - Sem dúvida nenhuma. SÓCRATES - Obrigado a fitar o fogo, não desviaria os olhos doloridos para as sombras que poderia ver sem dor? Não as consideraria realmente mais visíveis que os objetos ora mostrados? GLAUCO - Certamente. SÓCRATES - Se o tirassem depois dali, fazendo-o subir pelo caminho áspero e escarpado, para só o liberar quando estivesse lá fora, à plena luz do sol, não é de crer que daria gritos lamentosos e brados de cólera? Chegando à luz do dia, olhos deslumbrados pelo esplendor ambiente, ser-lhe ia possível discernir os objetos que o comum dos homens tem por serem reais? GLAUCO - A princípio nada veria. SÓCRATES - Precisaria de algum tempo para se afazer à claridade da região superior. Primeiramente, só discerniria bem as sombras, depois, as imagens dos homens e outros seres refletidos nas águas; finalmente erguendo os olhos para a lua e as estrelas, contemplaria mais facilmente os astros da noite que o pleno resplendor do dia. GLAUCO - Não há dúvida.
  • 3. SÓCRATES - Mas, ao cabo de tudo, estaria, decerto, em estado de ver o próprio sol, primeiro refletido na água e nos outros objetos, depois visto em si mesmo e no seu próprio lugar, tal qual é. GLAUCO - Fora de dúvida. SÓCRATES - Refletindo depois sobre a natureza deste astro, compreenderia que é o que produz as estações e o ano, o que tudo governa no mundo visível e, de certo modo, a causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna. GLAUCO - É claro que gradualmente chegaria a todas essas conclusões. SÓCRATES - Recordando-se então de sua primeira morada, de seus companheiros de escravidão e da idéia que lá se tinha da sabedoria, não se daria os parabéns pela mudança sofrida, lamentando ao mesmo tempo a sorte dos que lá ficaram? GLAUCO - Evidentemente. SÓCRATES - Se na caverna houvesse elogios, honras e recompensas para quem melhor e mais prontamente distinguisse a sombra dos objetos, que se recordasse com mais precisão dos que precediam, seguiam ou marchavam juntos, sendo, por isso mesmo, o mais hábil em lhes predizer a aparição, cuidas que o homem de que falamos tivesse inveja dos que no cativeiro eram os mais poderosos e honrados? Não preferiria mil vezes, como o herói de Homero, levar a vida de um pobre lavrador e sofrer tudo no mundo a voltar às primeiras ilusões e viver a vida que antes vivia? GLAUCO - Não há dúvida de que suportaria toda a espécie de sofrimentos de preferência a viver da maneira antiga. SÓCRATES - Atenção ainda para este ponto. Supõe que nosso homem volte ainda para a caverna e vá assentar-se em seu primitivo lugar. Nesta passagem súbita da pura luz à obscuridade, não lhe ficariam os olhos como submersos em trevas? GLAUCO - Certamente. SÓCRATES - Se, enquanto tivesse a vista confusa -- porque bastante tempo se passaria antes que os olhos se afizessem de novo à obscuridade -- tivesse ele de dar opinião sobre as sombras e a este respeito entrasse em discussão com os companheiros ainda presos em cadeias, não é certo que os faria rir? Não lhe diriam que, por ter subido à região superior, cegara, que não valera a pena o esforço, e que assim, se alguém quisesse fazer com eles o mesmo e dar-lhes a liberdade, mereceria ser agarrado e morto? GLAUCO - Por certo que o fariam. SÓCRATES - Pois agora, meu caro GLAUCO, é só aplicar com toda a exatidão esta imagem da caverna a tudo o que antes havíamos dito. O antro subterrâneo é o mundo
  • 4. visível. O fogo que o ilumina é a luz do sol. O cativo que sobe à região superior e a contempla é a alma que se eleva ao mundo inteligível. Ou, antes, já que o queres saber, é este, pelo menos, o meu modo de pensar, que só Deus sabe se é verdadeiro. Quanto à mim, a coisa é como passo a dizer-te. Nos extremos limites do mundo inteligível está a idéia do bem, a qual só com muito esforço se pode conhecer, mas que, conhecida, se impõe à razão como causa universal de tudo o que é belo e bom, criadora da luz e do sol no mundo visível, autora da inteligência e da verdade no mundo invisível, e sobre a qual, por isso mesmo, cumpre ter os olhos fixos para agir com sabedoria nos negócios particulares e públicos.