O documento descreve a epidemiologia descritiva da febre maculosa brasileira no estado de São Paulo entre 1985-2013, com três pontos principais: 1) A doença tem sido endêmica no estado desde 1929, com surtos entre 1970-80 e casos concentrados nas bacias dos rios; 2) Houve um aumento no número de casos e óbitos entre 2007-2012, com variações sazonais e de letalidade entre regiões; 3) Os casos são distribuídos de forma desigual entre as regiões de vigilância epidemiológica do estado.
1. Secretaria
de
Saúde
do
Estado
de
São
Paulo
Coordenadoria
de
Controle
de
Doenças
Centro
de
Vigilância
Epidemiológica
FEBRE
MACULOSA
BRASILEIRA:
Epidemiologia
DescriFva
Ana
Cecília
Costa
França
Outubro
de
2013
III
Simpósio
Estadual
de
Doenças
TransmiFdas
por
Carrapatos
Campinas
-‐
SP
3. Febre
Maculosa
em
São
Paulo
• 1929
as
primeiras
descrições
na
capital
(Sumaré,
Perdizes
e
Pinheiros)
• Expansão
para
região
metropolitana
de
Mogi
das
Cruzes,
Diadema
e
Santo
André
• Ressurgimento
1970
–
80:
região
metropolitana
de
São
Paulo
• Em
1985
endêmica
nas
bacias
hidrográficas
dos
rios
AQbaia,
Jaguari
e
Camanducaia
6. Febre
Maculosa
em
São
Paulo
• Em
1996:
agravo
de
noQficação
compulsória
no
ESP
(Campinas
e
São
João
da
Boa
Vista)
• Em
2001:
noQficação
compulsória
Nacional
7. Histórico
do
Grupo
de
Trabalho
2012
Objeto
de
Discussão:
definir
de
pontos
críQcos
do
sistema
de
vigilância
de
Febre
Maculosa
para
determinar
questões
teórico-‐práQcas
que
subsidiassem
um
planejamento
incluindo
a
necessidade
de
fomentar
pesquisas
nos
diversos
eixos
9. Distribuição
do
n°
de
casos,
n°
de
óbitos
e
letalidade
de
FMB,
ESP
1985
a
2011
60
100
90
50
80
70
40
30
50
Letalidade
(%)
n°
de
casos
60
40
20
30
20
10
10
0
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
n°
de
casos
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
1995
1996
n°
de
óbitos
Fonte:
SinanW
e
SinanNet
(atualizado:
11.07.11)
Letalidade
med
casos
0
med
letalidade
10. Distribuição
do
n°
de
casos,
n°
de
óbitos
e
letalidade
de
FMB,
ESP
2007
a
2012
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
2007
2008
2009
Óbito
pelo
agravo
noQficado
Fonte:
Sinan,
Div.
Zoonoses
CVE/CCD/SES-‐SP.
Atualizado
em
25/10/2012
2010
Casos
2011
Letalidade
2012
11. Febre
Maculosa
Brasileira
Distribuição
do
número
de
casos
confirmados
de
Febre
Maculosa,
segundo
mês
de
início
de
sintomas,
ESP
no
período
de
2006
a
2013
60
50
40
30
20
10
0
Jan
Fev
Mar
Fonte:
Sinan,
Div.
Zoonoses
CVE/CCD/SES-‐SP.
Atualizado
em
25/10/2012
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
12. Febre
Maculosa
em
São
Paulo
• ANÁLISE
E
QUESTIONAMENTOS:
• ÚlQmas
décadas:
Detecção
de
casos
e
implementação
do
Sistema
de
Vigilância
Epidemiológica.
• Letalidade
• 2012
mais
elevada?
• Implementação
de
novas
técnicas
diagnósQcas
para
os
casos
mais
graves?
• SubnoQficação
de
casos
leves?
• A
letalidade
varia
com
a
área
de
ocorrência?
• Existe
diferença
de
acordo
com
o
local
de
ocorrência
para
a
sazonalidade?
14. 2011
Fonte:
Sinan,
Div.
Zoonoses
CVE/CCD/SES-‐SP.
Atualizado
em
08.2011
15. 2012
Fonte:
Sinan,
Div.
Zoonoses
CVE/CCD/SES-‐SP.
Atualizado
em
25/10/2012
16. Febre
Maculosa
Brasileira
Distribuição
do
número
de
casos
confirmados
de
Febre
Maculosa,
segundo
GVE
de
Residência,
ESP
2007
a
2013
Fonte:
Sinan,
Div.
Zoonoses
CVE/CCD/SES-‐SP.
Atualizado
em
25/10/2012
17. Febre
Maculosa
Brasileira
Distribuição
do
número
de
casos
confirmados
de
Febre
Maculosa,
segundo
Mês
de
sintomas
e
GVE
de
Residência,
ESP
2007
a
2013
1342
GVE
17
CAMPINAS
35
1332
GVE
7
SANTO
ANDRE
10
9
30
8
25
7
6
20
5
15
4
10
3
2
5
1
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Fonte:
Sinan,
Div.
Zoonoses
CVE/CCD/SES-‐SP.
Atualizado
em
25/10/2012
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
18. Febre
Maculosa
Brasileira
Distribuição
do
número
de
casos
confirmados
de
Febre
Maculosa,
segundo
Mês
de
sintomas
e
GVE
de
Residência,
ESP
2007
a
2013
1576
GVE
28
CARAGUATATUBA
3,5
1353
GVE
31
SOROCABA
4,5
4
3
3,5
2,5
3
2
2,5
1,5
2
1,5
1
1
0,5
0,5
0
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Fonte:
Sinan,
Div.
Zoonoses
CVE/CCD/SES-‐SP.
Atualizado
em
25/10/2012
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
20. Febre
Maculosa
Brasileira
Distribuição
percentual
dos
casos
confirmados
de
Febre
Maculosa
segundo
sexo,
ESP
2006
a
2013
F
26%
M
74%
Distribuição
dos
casos
confirmados
de
Febre
Maculosa
segundo
faixa
etária,
ESP
2006
a
2013
35
30
25
20
15
10
5
0
1
a
4
anos
Fonte:
Sinan,
Div.
Zoonoses
CVE/CCD/SES-‐SP.
Atualizado
em
08.2011
5
a
9
anos
10
a
14
anos
15
a
19
anos
20
a
29
anos
30
a
39
anos
40
a
49
anos
50a
59
anos
60
a
69
anos
22. Febre
Maculosa
Brasileira
Distribuição
percentual
dos
casos
de
Febre
Maculosa
segundo
critério
de
confirmação,
ESP
2006
a
2013
Clínico-‐
Epidemiológico
Ignorado
3%
5%
Laboratorial
92%
Fonte:
Sinan,
Div.
Zoonoses
CVE/CCD/SES-‐SP.
Atualizado
em
08.2011
23. Febre
Maculosa
Brasileira
Distribuição
dos
casos
confirmados
de
Febre
Maculosa
segundo
exposição
de
risco/
contato
com
animais,
ESP
2006
a
2013
120
100
80
60
40
20
0
Carrapato
Capivara
Cão/Gato
sim
não
ignorado
Fonte:
Sinan,
Div.
Zoonoses
CVE/CCD/SES-‐SP.
Atualizado
em
08.2011
Bovinos
Equinos
Outros
24. Febre
Maculosa
Brasileira
Distribuição
dos
casos
confirmados
de
Febre
Maculosa
segundo
zona
LPI,
ESP
2006
a
2013
Ignorado
30%
Rural
14%
Urbana
25%
Peri-‐Urbana
31%
Distribuição
dos
casos
confirmados
de
Febre
Maculosa
segundo
ambiente
do
LPI,
ESP
2006
a
2013
Domiciliar
23%
Ignorado
38%
Trabalho
18%
Lazer
21%
Outro
0%
Fonte:
Sinan,
Div.
Zoonoses
CVE/CCD/SES-‐SP.
Atualizado
em
08.2011
25. Febre
Maculosa
em
São
Paulo
Expansão
das
áreas
de
transmissão
Ocorrência
de
casos
em
áreas
urbanas
e
peri-‐urbanas
Elevada
letalidade
Áreas
sem
transmissão?
26. Febre
Maculosa
ObjeFvos
Vigilância
epidemiológica
e
ambiental
•
Detectar
e
tratar
precocemente
os
casos
suspeitos
visando
reduzir
letalidade
•
InvesQgar
e
controlar
surtos,
mediante
adoção
de
medidas
de
controle
•
Conhecer
a
distribuição
da
doença,
segundo
lugar,
tempo
e
pessoa
•
IdenQficar
e
invesQgar
os
locais
prováveis
de
infecção
•
Recomendar
e
adotar
medidas
de
controle
e
prevenção
Fonte:
Guia
de
vigilância
epidemiológica
/
MS
27. Pontos
CríFcos
1. Definiçôes de área de risco e caracterização dos espaços em relação aos
agentes etiológicos
2. Métodos diagnósticos
3. Tratamento
4. Medidas Educativas
28. Agradecimentos
•
Coordenadoria
de
Controle
de
Doenças
-‐
Prof.
Dr.
Marcos
Boulos
•
Centro
de
Vigilância
Epidemiológica
-‐
Ana
Freitas
Ribeiro
•
Divisão
de
Zoonoses
– Ana
Cecília
França
– Ruth
Moreira
Leite
•
Grupos
de
Vigilância
Epidemiológica
-‐
Diretores
e
Equipe
Técnica
•
Vigilância
Epidemiológica
Municipais
-‐
Diretores
e
Equipe
Técnica
Contatos:
(11)
3066-‐8292
dvzoo@saude.sp.gov.br
acfranca@saude.sp.gov.br