O documento analisa o perfil clínico-epidemiológico da leptospirose humana no município de Belém, Pará, entre 2007-2017. A leptospirose atinge principalmente homens adultos e é mais comum nos meses chuvosos, nos bairros de Guamá, Montese e Jurunas. Fatores de risco incluem contato com lixo, esgoto e água de enchentes, com sintomas como febre, dor muscular e de cabeça.
1. V 7.2.3.1
Tabwin32
Programa de Análise Exploratória
DATASUS - MS
REFERÊNCIAS
CONCLUSÃO
METODOLOGIA
SAÚDE PÚBLICA
PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE
HUMANA, NO MUNICÍPIO DE BELÉM, ESTADO DO PARÁ, NO
PERÍODO DE 2007 A 2017
Neuder Wesley França da Silva
1 Mestre em Saúde e Produção Animal na Amazônia. Secretaria de Estado de Saúde Pública. E-mail nwvet@Hotmail.com
INTRODUÇÃO
Leptospirose é uma doença infecciosa bacteriana (Leptospira) com
transmissão associada de humanos com urina de roedores infectados. É
endémica tornando-se epidêmica em período chuvosos, em cidades sob
enchentes e quando em condições inadequada de saneamento e alta
infestação de roedores infectados, sendo o município de Belém, detentor
de condições favoráveis ao surgimento da doença. Desta feita, objetivou-
se analisar o perfil clínico-epidemiológico dos casos de leptospirose no
município de Belém-PA.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de
Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Acidente de trabalho com exposição a material
biológico. In: Guia de Vigilância em Saúde; volume único [Internet]. 3º ed. Brasília: Ministério da
Saúde; 2019. p. 595-614.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria MS Nº 204, de 7 de fevereiro de 2016. Define a Lista
Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos
serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá
outras providências.
RIO DE JANEIRO. Cenário epidemiológico: leptospirose no Estado RJ. 2017 e 2018 (1º
trimestre). Boletim epidemiológico leptospirose, Rio de Janeiro, 001, abri. 2018.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 3- Frequência de casos de leptospirose, segundo a situação de risco ocorrida nos 30 dias
que antecederam os primeiros sintomas, Belém/PA, 2007 a 2017.
A leptospirose em Belém representa um problema de saúde pública,
atingindo de criança a idoso, principalmente em meses de maior
pluviosidade, bem como ratifica-se a presença de diversas situações de
risco para surgimento da leptospirose, principalmente nos bairros Guamá,
Montese e Jurunas, e casos de óbitos.
Realização: Apoio:
Observou-se 595 notificações, sendo 69,08% confirmadas por critério
clínico-laboratorial e 30,92% clínico-epidemiológico, com maior
frequência em 2008 (13,61%) e menor em 2012 (4,37%); usualmente
ocorrendo entre janeiro e maio (67,06%) (Figura 1), período de maior
pluviosidade local; no sexo masculino (78,66%); atingindo adultos
(69,08%), adolescentes (16,47%), idosos (11,09%) e crianças (3,36%)
(Figura 2); dona de casa (42,26%), estudante (28,10%) e pedreiro
(10,62%); na zona urbana (99,16%); principalmente nos bairros do Guamá
(13,11%), Montese (10,92%) e Jurunas (8,40%) (Tabela 1). As situações de
risco foram: sinais de roedores (69,24%), seguido de água/lama de
enchentes (60,34%), lixo/entulho (45,38%), contato com roedores
diretamente (38,32%), terreno baldio (29,92%), fossa, caixa de gordura ou
esgoto (20,67%) (Figura 3). O ambiente de infecção foi domiciliar
(53,28%) e laboral (15,13%), sendo os principais sinais/sintomas: febre
(94,96%), mialgia (90,25%) e cefaleia (83,70%), com evoluções para cura
(78,49%) e óbito pela doença (13,95%) (Figura 4).
Realizou-se estudo descritivo quantitativo do banco de dados da
leptospirose no SINAN, por município de residência, entre 2007 e 2017.
Fonte: SINAN/SESPA
Figura 1- Frequência de casos de leptospirose, segundo mês de ocorrência, Belém/PA, 2007 a 2017.
Fonte: SINAN/SESPA
67,06%
SEXO
Idoso
(> 60 anos)
468
(78,66%)
127
(21,34%)
FAIXA ETÁRIA
20
(3,36%)
98
(16,47%)
411
(69,08%)
66
(11,09%)
Adultos
(19 e 59 anos)
Adolescente
(12 e 18 anos)
Criança
(< 12 anos)
Figura 2- Frequência de casos de leptospirose, segundo sexo e faixa etária, Belém/PA, 2007 a 2017.
Fonte: SINAN/SESPA
Figura 4- Frequência de casos de leptospirose,
segundo a evolução, Belém/PA, 2007 a 2017.
Fonte: SINAN/SESPA
BAIRROS Nº %
Guamá 78 13,11
Montese 65 10,92
Jurunas 50 8,40
Pedreira 36 6,05
Tapanã 33 5,55
Marco 29 4,87
Sacramenta 24 4,03
Outros 280 47,06
Total 595 100,00
Tabela 1- Frequência de casos de leptospirose,
segundo o bairro de residência, Belém/PA,
2007 a 2017.
Fonte: SINAN/SESPA
Apenas ilustra os meses de maior pluviosidade,
não estando relacionados aos valores no gráfico.
N= 595
N= 595
N= 595
N= 595N= 595
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