(1) A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária transmitida pelo caramujo d'água e causada pelo parasita Schistosoma mansoni que afeta principalmente os órgãos hepáticos e intestinais; (2) Foi trazida para o Brasil por escravos africanos e é endêmica em 18 estados brasileiros; (3) Seu tratamento é feito com medicamentos como praziquantel e a prevenção inclui medidas de saneamento básico e controle de caramujos transmissores.
2. No Brasil a doença foi trazida pelos escravos
africanos no período colonial.
Descoberta pelo médico Augusto Pirajá da Silva
no Estado da Bahia em 1 de agosto de 1908 no
qual publicou o primeiro trabalho sobre a
esquistossomose no Brasil, intitulado
“Contribuição para o estudo da Schistosomíase na
Bahia” através da revista Brasil Médico.
Atualmente a esquistossomose é considerada
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como
a segunda doença parasitária mais devastadora,
atrás apenas da malária.
Esquistossomose Mansônica
3. Também conhecida como “Barriga d’água” ou
“doença dos caramujos”
Doença parasitária
Agente etiológico: Schistosoma mansoni.
Forma
intermediária
Caramujo
aquático
(Biomphalaria)
Hospedeiro
intermediário
Principal meio de transmissão
Forma adulta
Corrente
sanguínea
Hospedeiro
definitivo
(homem)
Esquistossomose Mansônica
5. Manifestações clinicas
• Fase aguda
Assintomática geralmente na infância, pode ser
confundida com outras doenças dessa idade.
Sintomática dermatite cercariana (penetração das
larvas na pele), febre de Katayama (febre, cefaleia,
anorexia, dor abdominal, diarreia e vômitos).
• Fase crônica (6 meses após a infecção)
1- Forma hepatointestinal- aumento do fígado.
2- Forma hepática- fibrose hepática.
3- Hepatoesplência compensada- varizes no esôfago,
crescimento do baço e hemorragia digestiva.
4- hepatoesplênica descompensada- perda do estado
funcional do fígado, presença de ovos no sistema
nervoso central (neuroesquistossomose), óbito.
Esquistossomose Mansônica
6. 5- Pseudoneoplástica- tumores ou neoplasias.
Observação:
A esquistossomose pode ser confundida com doenças como: febre tifoide,
malária, amebíase, doença de chagas aguda e até leucemia.
Esquistossomose Mansônica
7. Aspectos epidemiológicos
A esquistossomose mansônica é uma doença de
ocorrência tropical, registrada em 54
países,principalmente na África e América.
No Brasil, a doença foi descrita em 18 estados e no
Distrito Federal, sendo que sua ocorrência está
diretamente ligada à presença dos moluscos
transmissores.
Estima-se que cerca de 25 milhões de pessoas vivem
em áreas sob o risco de contrair a doença.
Esquistossomose Mansônica
9. Casos de Esquistossomose no Brasil ano 2011
37263
40000
26999
20000
417
0
51
62
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
Esquistossomose Mansônica
10. Óbitos por esquistossomose ano 2011
347
400
166
200
0
0
2
9
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
Esquistossomose Mansônica
11. Tratamento
Existem dois medicamentos disponíveis
para tratamento de crianças e adultos
portadores de S. mansoni: o
praziquantel e a oxaminiquina, que são
distribuídos secretarias de estado da
saúde (SES), pela Secretaria de
Vigilância em Saúde,do Ministério da
Saúde.
No Brasil a vacina contra
esquistossomose ou barriga d'água
desenvolvida e patenteada pelo
Instituto Oswaldo Cruz (IOC), pode
chegar ao mercado em até 4 anos.
Esquistossomose Mansônica
12. Prevenção
• Tratamento dos portadores da doença.
• Medidas de saneamento ambiental como:
aterro, drenagem ou retificação de coleções
hídricas; revestimento e canalização de cursos
d’água; limpeza e remoção da vegetação marginal
e flutuante; abastecimento de água para consumo
humano; esgotamento sanitário; controle do
represamento de águas; correção de sistemas de
irrigação; melhoria da infraestrutura sanitária;
instalações hídricas e sanitárias domiciliares.
Esquistossomose Mansônica