O documento discute o patrimônio cultural como algo comunitário que emerge de um grupo humano compartilhando história, presente e futuro. Em seguida, resume a carreira do arquiteto Ângelo Bruhns de Carvalho, destacando seu projeto vencedor do concurso para a Escola Normal do Rio de Janeiro em 1928, em estilo neocolonial.
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Escola Normal RJ
1. Ora, o patrimônio [...] é antes de tudo de natureza comunitária, emana
de um grupo humano diverso e complexo, vivendo em um território e
compartilhando uma história, um presente, um futuro, modos de vida,
crises e esperanças. (VARINE, 2012:44)
2. Ângelo Bruhns de Carvalho
• Com atuação profissional centrada no Rio de Janeiro, então
capital federal, Ângelo Bruhns de Carvalho (Rio de Janeiro,
1896-1975) foi um profissional de excepcional importância
durante as décadas de 1920, 1930 e 1940, pela sua atividade
intensa e participação na elaboração de projetos de grande
repercussão, tanto no campo da arquitetura, quanto do
urbanismo. No campo da arquitetura foi um dos principais
expoentes do Movimento Neocolonial, projetando casas e
prédios públicos e participando de concursos. Em 1928,
participou e venceu o concurso da Escola Normal do Rio de
Janeiro, feito em parceria com o arquiteto português José
Cortez.
3. Escola Normal do Rio de Janeiro
• Em 1927 o Prefeito adquiriu o terreno da Rua Mariz e Barros e instituiu um
concurso para arquitetos para escolha do projeto da Escola Normal. São escolhidos
o projeto dos arquitetos Brunhs & Cortez, e a construção, em estilo neocolonial, foi
construída entre 1928 a 1930 pela Sociedade Comercial e Construtora Ltda.
4. Rua Mariz e Barros, 273
Bairro da tijuca, – RJ
Implantação
• Em uma área de 14.720 m²
(originalmente 18.000 m², mas
parte do terreno foi doado para
formar o Colégio Prado Júnior na
década de 60).
5. Projeto
Planta
quadrangular, que
se desenvolve ao
redor do pátio
central em forma
de claustro,
circundado por
três galerias
superpostas que
dão acesso as salas
de aula.
6. Setorização do pavimento térreo
Circulação horizontal
Administração
(2º pavimento)
Circulação vertical
Apoio
Setor didático
Espaço de vivência
7. Fachada
Quando estamos
diante da fachada da
escola, vemos elementos
compositivos e
decorativos, a platibanda
curvilínea, as janelas
com as vergas à mostra e
os elementos vazados
lembrando o rococó e o
barroco das antigas
igrejas do período
colonial.
8. •pátio interno
como área de
convívio,
conforto e de
formalidades.
•Ao centro uma
fonte arremata
a composição.
9. Sala de Aula
• Todas as paredes das
salas de aula são
duplas, com mais de
50 centímetros de
espessura, que além
de serem estruturais
proporcionam
conforto ambiental e
acústico. Grandes
janelas para
iluminação natural e
ventilação.
10. Salas de Aula
•
- A imagem fotográfica
enquadrada
horizontalmente, na
qual alunos da Escola
Primária, sentados em
grupos organizados. A
sala, situada no andar
térreo do prédio, é
ampla, bem iluminada,
com pé-direito alto,
imensas janelas
envidraçadas e paredes
cobertas por murais e
cartazes
11. Salas de Aula
• O fotógrafo capta a atitude
interessada e ao mesmo
tempo organizada dos
alunos, que demonstram
autonomia e disciplina.
Alguns se dedicam à leitura
ou escrita, numa atitude
mais individualista, mas a
disposição das carteiras,
favorecendo o
agrupamento de alguns
deles, sugere uma ação
cooperativa e solidária.
12. Privilegiava a parte administrativa da
escola, situada no segundo
pavimento, com vista para o pátio,
espaço para onde e de onde emerge
toda a vida escolar, que poderia,
assim, ser mais bem controlada. Esse
pavimento abrigava o espaço de
poder: a sala da direção, dos
administradores, a sala dos inspetores
responsáveis pela disciplina, a
biblioteca – centro de referência da
cultura renovada – e as instalações da
Escola de Professores, que ocupava o
primeiro lugar na hierarquia dos
cursos da instituição, razão maior de
sua existência.
2º Pavimento
15. Cobertura
• A cobertura em
telhas de barro
capa e canal e o
pórtico de acesso
aterraçado são
aspectos de
destaque da época.
16. Telhas
• Um detalhe interessante é que na varanda do terceiro
andar, as telhas das extremidades têm porcelana na
parte de baixo. Na porcelana foram pintadas corujas, o
símbolo da filosofia.
17. • Antiga foto aérea mostrando o colégio na época de
sua inauguração.
Levantamento Fotográfico