Estudo de Caso do projeto Sesc Pompeia da arquiteta Lina Bo Bardi.
UNIESP Barddal - Florianópolis / Santa Catarina / Brasil
Arquitetura e Urbanismo
Acadêmico: François Urban
1. LINA
BO
BARDI
SESC
POMPÉIA
Florianópolis18/04/2015
UNIESP | FACULDADE DE FLORIANÓPOLIS
ARQUITETURA E URBANISMO
ACADÊMICO:
FRANÇOIS
URBAN
RAFAEL
Análises
de
Intervenções
Contemporâneas
nas
Edi7icações
Históricas
2. A
ARQUITETA
Nome
completo:
Achilina
Bo
Bardi
Nascimento:
5
de
dezembro
de
1914
-‐
Roma,
Itália
Morte:
20
de
março
de
1992
(77
anos)
-‐
São
Paulo,
Brasil
Nacionalidade:
Italiana
e
Brasileira
(Naturalizada)
Habilidades:
Figurinista,
Ilustrador,
Designer,
Arquiteto.
Movimento:
moderno
Obras
notáveis:
MASP;
SESC
Pompeia
Formação:
Arquitetura
da
Universidade
de
Roma
em
1930
No
Brasil,
Lina
encontra
uma
nova
potência
para
suas
idéias.
Existe,
para
a
arquiteta,
uma
possibilidade
de
concre^zação
das
idéias
propostas
pela
arquitetura
moderna.
3. EDIFICAÇÃO
HISTÓRICA
Esse
lugar,
o
Sesc
Pompeia,
foi
fruto
de
um
longo
e
dedicado
trabalho
de
projeto
iniciado
quase
seis
anos
antes,
quando
a
arquiteta
Lina
Bo
Bardi
entrou
pela
primeira
vez
na
antiga
fábrica
de
tambores
dos
irmãos
Mauser,
no
coração
da
Pompeia,
bairro
operário
não
distante
do
centro
de
São
Paulo.
A
convite
do
Sesc,
que
havia
adquirido
o
imóvel
anos
antes
e
ali
pretendia
construir
um
novo
Centro
Cultural
e
Desportivo,
Lina
foi
contratada
para
realizar
o
projeto
que
viria
a
mudar
a
vida
cultural
da
cidade
e
do
país.
4. A
OBRA
Arquitetos:
Lina
Bo
Bardi
Localização:
Rua
Clélia,
93
-‐
Lapa,
São
Paulo,
Brasil
Área:
23.571
m2
Ano
Do
Projeto:
1986
Projeto
do
SESC
Pompéia
propõe
a
manutenção
do
espaço
livre
dos
galpões,
as
funções
seriam
reprojetadas
e
o
projeto
de
tecnologia
fabril
seria
deglu^do
por
um
projeto
moderno.
A
par^r
de
conceito
básico
comum,
encontrar
expressões
arquitetônicas
com
forte
iden^dade.
fez
com
que
se
tornasse
ponto
de
par^da
de
inúmeras
outras
obras
de
reciclagem
e
memória
urbana
e
industrial
em
todo
o
país.
5. PROJETO
Projeto
do
SESC
Pompéia
concre^za
a
rua
interna
da
fábrica
transformando-‐a
centro
cultural
para
manifestações
espontâneas
ou
para
apresentação
agendada.
A
rua,
em
declive,
perpassa
o
programa
cultural
e
de
serviço,
e
conduz
o
visitante
para
uma
área
mais
reservada,
que
abriga
sobretudo
o
balneário
e
o
programa
de
esportes.
No
interior
do
lote
há
um
encontro
de
“vias”
de
pedestres:
a
rua
principal
com
a
rua
construída
sobre
o
Córrego
das
Águas
Pretas.
Com
essas
situações
Lina
trás
o
ambiente
urbano
para
dentro
do
ediqcio.
A
rua
interna
do
SESC
prolonga
o
espaço
da
cidade
para
o
terreno.
6. ESPAÇO
INTERNO
Telhados
reformulados
com
estrutura
metálica
e
cobertura
com
telha
de
barro
e
vidro.
Mesmo
dentro
do
lote,
o
projeto
concebe
um
espaço
extraordinariamente
urbano.
7. ELEMENTOS
ESTRUTURAIS
Extensa
programação
cultural,
com
espetáculos,
eventos
e
exposições
de
grande
ressonância
na
vida
da
cidade
e
mesmo
do
país.
Vigas
e
Pilares
em
concreto
armado,
com
fechamento
em
^jolos
de
Barro.
Concreto
Aparente
nos
pisos,
blocos
de
concreto
nas
referidas
nas
partes
novas.
11. PROGRAMA
1. Conjunto
espor^vo
com
piscina,
ginásio
e
quadras
15
pavimentos
duplos.
2. Lanchonete,
ves^ários,
sala
de
ginás^ca,
lutas
e
danças
(11
pavimentos)
3. Torre
da
caixa
d’água
4. Grande
Deck/Solarium
com
espelho
d’água
e
cachoeira.
5. Almoxarifado
e
Oficinas
de
manutenção.
6. Ateliers
de
cerâmica,
pintura,
marcenaria,
tapeçaria,
gravura
e
^pografia.
7. Laboratório
fotográfico,
estúdio
musical,
sala
de
danças
e
ves^ários
(13
pavimentos).
8. Teatro
com
1200
lugares.
9. Vesxbulo
coberto
do
teatro
para
espetáculos.
10. Restaurante
self-‐service
para
2000
refeições
e
choperia
(noite).
11. Cozinha
industrial.
12. Ves^ários
e
refeitórios
dos
funcionários
(2
pavimentos).
13. Grande
espaço
de
estar,
jogos
de
salão,
espetáculos
e
mostras
exposi^vas
com
grande
lareira
e
espelho
d’água.
14. Biblioteca
de
lazer,
lajes
abertas
de
leitura
e
videoteca.
15. Pavilhão
das
grandes
exposições
temporárias.
16. Administração
geral
do
centro
(2
pavimentos).
15. INTERVENÇÃO
O
programa
extenso
exige
ver^calização
e
a
distância
dos
dois
espaços
edificáveis
sugere
uma
solução
simples,
mas
nem
por
isso
menos
eficiente
e
poé^ca,
a
ocupação
do
espaço
aéreo
do
córrego
por
robustas
passarelas.
Pontes
unem
os
dois
ediqcios
principais
da
Pompéia
e
servem
para
que
os
jovens,
após
os
suores
dos
espaçosos
ginásios
que
a
grande
torre
abriga,
regressem
aos
ves^ários
da
torre
pequena.
O
conjunto
escultórico
dos
dois
gigantes
e
a
úl^ma
torre
cilíndrica
e
alta
como
uma
chaminé
possuem
uma
dimensão
carregadamente
expressiva”.
16. CORTE
E
ELEVAÇÃO
Três
blocos
isolados
em
concreto
configuram
a
nova
construção:
O
1º
em
um
prisma
estrutural
regular
des^nado
as
piscinas
e
as
quadras
espor^vas,
sobrepostas
em
4
andares
de
pé
direito
duplo
e
piso
em
grelha
de
concreto
protendido
para
liberar
áreas
de
30
por
40
m.
O
2º
um
pouco
mais
esguio
é
ligado
ao
1º
por
passarelas
de
concreto
protendido
des^nados
aos
ves^ários
e
sala
de
exercícios
tem
uma
das
faces
marcadas
pela
escada
de
emergência
e
respec^vos
terraços
de
circulação.
Um
longo
cilindro
completa
o
conjunto
que
abriga
a
caixa
d’água.
17. ESPAÇO
INTERNO
Interior das Quadras
Decoradas com cores que representam as 4 estações do ano.
19. UNIDADE
/
CONJUNTO
A
intevenção
possui
formas
geométricas
simples,
compostas
de
forma
que
caracterize
uma
unidade
fabril.
20. HIERARQUIA
A
intervenção
é
a
protagonista
na
obra
pelo
seu
volume
e
desenho
arquitetonico
moderno.
21. ILUMINAÇÃO
E
ABERTURAS
As
janelas
se
localizam
nas
faces
menores,
leste
e
oeste,
do
prisma
maior.
São
quatro
de
cada
lado
por
andar.
Configuram
simplesmente
aberturas
irregulares,
criadas
a
par^r
de
moldes
de
isopor
embu^dos
durante
a
concretagem.
23. CIRCULAÇAO
A
circulação
horizontal
é
feita
pelas
passarelas
e
a
circulação
horizontal
é
feito
pelo
prisma
menor
por
meio
de
escadas
externas
localizada
nos
peitoris
e
elevadores.
24. CIRCULAÇAO
Cada
uma
das
passarelas
elevadas
apresenta
um
desenho
diferente,
ainda
que
sob
as
mesmas
regras:
partem
de
uma
mesma
abertura
no
prisma
menor
e
se
ramificam
levando
a
duas
aberturas
simétricas
no
prisma
maior.
25. PARTIDO
O
que
mais
chamou
a
atenção
da
arquiteta,
porém,
foi
o
espaço
que,
durante
os
finais
de
semana
era
povoado
por
famílias
com
crianças
brincando
e
jovens
se
diver^ndo.
A
arquiteta,
percebendo
a
espontaneidade
e
veracidade
daquelas
a^vidades,
considerou
a
situação
presenciada
para
o
par^do
do
projeto:
“Pensei:
isso
tudo
deve
con^nuar
assim,
com
toda
esta
alegria”.
O
co^diano
dos
an^gos
trabalhadores
operários
e
o
desejo
de
qualificar
o
ambiente
com
as
expecta^vas
da
população
para
uma
possibilidade
de
lazer
que
era
de
primordial
importância
para
o
par^do
do
projeto
em
questão.