O documento discute o ensino da psicologia médica e a importância do "não fazer nada". Ele argumenta que (1) alunos de medicina têm medo de conversar com pacientes sem ter nada a oferecer, mas descobrem que os pacientes se sentem bem apenas por serem ouvidos, (2) médicos têm dificuldade em lidar com o sofrimento dos pacientes sem intervir, e (3) o avanço do conhecimento médico pode levar a intervenções desnecessárias se o médico não souber quando parar.
Comunicação de má notícias - Como sistematizar?Daniel Valente
O documento discute recomendações para comunicar más notícias aos pacientes e familiares de forma efetiva e compassiva. A preparação inclui conversar com o paciente sobre como ele deseja receber informações e escolher um ambiente calmo para a conversa. É importante ouvir atentamente as preocupações da família, validar suas emoções e esclarecer dúvidas de forma clara e simples.
O documento discute como o desenvolvimento tecnológico impactou a relação médico-paciente, trazendo mais opções de diagnóstico e tratamento, mas também riscos de fragilizar essa relação. Defende que os médicos devem avaliar criticamente como as inovações afetam cada paciente individualmente, priorizando a autonomia e qualidade de vida em vez de apenas estender a sobrevida.
2012 RESIDENTES DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE E HANSENÍASE: DESAFIOS ED...Leonardo Savassi
1) O documento discute a percepção de médicos residentes sobre a hanseníase e os desafios no diagnóstico e tratamento da doença na Atenção Primária.
2) Os médicos relataram formação insuficiente sobre a hanseníase na graduação, com conteúdo predominantemente teórico e poucos casos práticos.
3) Os principais desafios identificados foram a alta demanda nos serviços, dificuldade no diagnóstico precoce devido ao baixo nível de suspeição, e a refer
Este documento discute a proposta de incluir a prática de contar histórias, especialmente contos de fadas, na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital público para pacientes cardíacos. A narrativa de histórias pode ajudar os pacientes a dar sentido às suas experiências e lidar com ansiedades, enquanto também contribui para a humanização do ambiente hospitalar. A pesquisadora observou que os pacientes apresentaram reações positivas ao ouvirem histórias, o que pode auxiliar no processo de recuperação.
[1] O documento descreve os conceitos e importância da anamnese e exame físico na semiologia médica. A anamnese é a parte mais importante do exame clínico e envolve a relação médico-paciente. [2] O documento detalha os componentes da anamnese, incluindo identificação do paciente, queixa principal, história da doença atual, antecedentes pessoais e familiares. [3] Uma boa anamnese é essencial para estabelecer o diagnóstico e conduta terap
O documento fornece diretrizes detalhadas para a realização da anamnese médica, incluindo a identificação do paciente, queixa principal, história da doença atual, história patológica pregressa, história fisiológica, história familiar e social, e revisão de sintomas em vários sistemas do corpo. O objetivo é obter informações completas sobre os antecedentes médicos, hábitos e circunstâncias sociais do paciente para auxiliar no diagnóstico e tratamento.
O documento discute como comunicar más notícias aos pacientes de forma ética e eficaz. Ele destaca a importância de avaliar o estado emocional do paciente, fornecer informações gradualmente e oferecer apoio, além de discutir protocolos como o SPIKES para guiar a comunicação.
Comunicação de má notícias - Como sistematizar?Daniel Valente
O documento discute recomendações para comunicar más notícias aos pacientes e familiares de forma efetiva e compassiva. A preparação inclui conversar com o paciente sobre como ele deseja receber informações e escolher um ambiente calmo para a conversa. É importante ouvir atentamente as preocupações da família, validar suas emoções e esclarecer dúvidas de forma clara e simples.
O documento discute como o desenvolvimento tecnológico impactou a relação médico-paciente, trazendo mais opções de diagnóstico e tratamento, mas também riscos de fragilizar essa relação. Defende que os médicos devem avaliar criticamente como as inovações afetam cada paciente individualmente, priorizando a autonomia e qualidade de vida em vez de apenas estender a sobrevida.
2012 RESIDENTES DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE E HANSENÍASE: DESAFIOS ED...Leonardo Savassi
1) O documento discute a percepção de médicos residentes sobre a hanseníase e os desafios no diagnóstico e tratamento da doença na Atenção Primária.
2) Os médicos relataram formação insuficiente sobre a hanseníase na graduação, com conteúdo predominantemente teórico e poucos casos práticos.
3) Os principais desafios identificados foram a alta demanda nos serviços, dificuldade no diagnóstico precoce devido ao baixo nível de suspeição, e a refer
Este documento discute a proposta de incluir a prática de contar histórias, especialmente contos de fadas, na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital público para pacientes cardíacos. A narrativa de histórias pode ajudar os pacientes a dar sentido às suas experiências e lidar com ansiedades, enquanto também contribui para a humanização do ambiente hospitalar. A pesquisadora observou que os pacientes apresentaram reações positivas ao ouvirem histórias, o que pode auxiliar no processo de recuperação.
[1] O documento descreve os conceitos e importância da anamnese e exame físico na semiologia médica. A anamnese é a parte mais importante do exame clínico e envolve a relação médico-paciente. [2] O documento detalha os componentes da anamnese, incluindo identificação do paciente, queixa principal, história da doença atual, antecedentes pessoais e familiares. [3] Uma boa anamnese é essencial para estabelecer o diagnóstico e conduta terap
O documento fornece diretrizes detalhadas para a realização da anamnese médica, incluindo a identificação do paciente, queixa principal, história da doença atual, história patológica pregressa, história fisiológica, história familiar e social, e revisão de sintomas em vários sistemas do corpo. O objetivo é obter informações completas sobre os antecedentes médicos, hábitos e circunstâncias sociais do paciente para auxiliar no diagnóstico e tratamento.
O documento discute como comunicar más notícias aos pacientes de forma ética e eficaz. Ele destaca a importância de avaliar o estado emocional do paciente, fornecer informações gradualmente e oferecer apoio, além de discutir protocolos como o SPIKES para guiar a comunicação.
[1] O documento descreve os conceitos e importância da anamnese e exame físico na semiologia médica. A anamnese é a parte mais importante do exame clínico e envolve a relação médico-paciente. [2] O documento detalha os componentes da anamnese, incluindo identificação do paciente, queixa principal, história da doença atual, antecedentes pessoais e familiares. [3] Uma boa anamnese é essencial para estabelecer o diagnóstico e conduta terap
Educação em Saúde Baseado nas necessidades da clientela atendida pelo Program...Jessica Mendes
O documento discute um estudo realizado com pacientes de hanseníase em uma clínica em Gurupi, Tocantins para identificar suas necessidades e percepções sobre a doença. Grupos foram formados na sala de espera para fornecer apoio psicológico e compartilhamento de experiências. Os resultados sugerem que o apoio psicológico pode melhorar o bem-estar dos pacientes, adesão ao tratamento e relações interpessoais, reduzindo o sofrimento psíquico.
O documento introduz noções sobre câncer, psico-oncologia e internação hospitalar. Apresenta definições de câncer, suas causas e tratamentos. Discute a história da psico-oncologia e suas áreas de atuação, como prevenção, diagnóstico e apoio a pacientes, familiares e equipe. Também destaca aspectos psicológicos da internação hospitalar como adaptação à rotina e perda de autonomia.
Este documento discute a inserção de psicólogos no âmbito hospitalar no Brasil, com foco na atuação em unidades de terapia intensiva. A pesquisa entrevistou sete psicólogas intensivistas sobre sua formação, práticas e desafios. Constatou-se a carência de conteúdos nas graduações em psicologia sobre atuação em saúde e trabalho em equipes multiprofissionais. Também evidenciou a necessidade de adaptação das técnicas utilizadas para a realidade da terapia intensiva.
O documento descreve uma entrevista clínica inicial realizada com uma mulher de 64 anos diagnosticada com esquizofrenia. Na entrevista, as terapeutas conversaram com a cliente sobre o processo terapêutico e coletaram dados em três sessões utilizando entrevista aberta e um inventário de frases para completar. O objetivo era identificar as dificuldades da cliente e obter mais informações sobre sua história familiar para compreender melhor os fatores em sua vida.
Comunicação terapêutica em enfermagem: instrumento essencial do cuidadoGabriela Montargil
Este estudo analisou o processo de comunicação terapêutica entre enfermeiros e pacientes em um hospital público no Ceará, Brasil com base na teoria de Peplau. Os resultados mostraram que a comunicação ocorre desde a admissão até a alta, porém nem sempre de forma ideal devido à falta de tempo dos enfermeiros para visitar os pacientes. Pacientes têm dificuldade em distinguir enfermeiros de outros profissionais de saúde, dificultando o desenvolvimento de uma comunicação terapêutica efetiva.
Este documento descreve (1) o projeto "Nós" que explora as dificuldades de comunicação em oncologia e cuidados intensivos e o impacto da medicina narrativa; (2) a Plataforma de Medicina Narrativa "Near My Patient" (NMP) que integra a medicina baseada na narrativa na abordagem de cuidados de saúde; e (3) a equipa de investigação e desenvolvimento por detrás do projeto NMP.
O documento resume a história da psicologia hospitalar no Brasil desde 1954 e conceitos relacionados como saúde holística. Também discute a atuação do psicólogo no hospital, incluindo diferenças em relação à clínica, técnicas utilizadas e focos como o paciente, família e equipe.
1) O documento discute a importância da anamnese psiquiátrica no diagnóstico de transtornos mentais.
2) A anamnese deve ser realizada de forma a promover confiança e vínculo com o paciente para coleta de informações precisas.
3) Ela deve conter identificação do paciente, queixa principal, história da doença atual, antecedentes pessoais e familiares.
1) O objetivo do exame clínico é coletar sinais e sintomas para elaborar hipóteses de diagnóstico, seguindo uma sequência lógica e completa de anamnese e exame físico.
2) A anamnese envolve o relato espontâneo do paciente sobre sua queixa principal, história da doença atual e antecedentes pessoais e familiares, para compreender melhor o quadro clínico.
3) Fatores como hábitos de vida, incluindo vícios como tabagismo e al
1ª opção cursos técnicos texto sobre enfermagem provaErick Viqueti
O documento discute a importância da comunicação escrita e dos registros feitos por profissionais de enfermagem. Aponta que os registros no prontuário são mecanismos de comunicação entre a equipe e fundamentais para a avaliação do paciente e qualidade da assistência. No entanto, observa-se que a comunicação escrita é frequentemente negligenciada, com anotações escassas que dificultam a compreensão. Destaca a importância do hábito de leitura para embasar conceitualmente os registros.
Aspectos psicologicos do paciente oncológicoEliane Santos
O documento discute o câncer, resumindo seu conceito como o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Brevemente descreve a história do câncer desde 4000 a.C. até os desenvolvimentos modernos no século 20, como a radioterapia e a quimioterapia. Também lista os tipos mais comuns de câncer em homens e mulheres e discute a psiconcologia, o impacto emocional do câncer nos pacientes e famílias.
1) O documento discute a classificação de risco no atendimento de urgência e emergência, incluindo sua história, princípios e aplicações.
2) Há uma distinção entre condições agudas e crônicas no sistema de saúde, e a classificação de risco busca estabelecer prioridades no atendimento considerando essas variáveis clínicas.
3) A gestão da demanda nos serviços de urgência é um desafio global devido ao envelhecimento da população e transição epidemiológica
COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA EM ENFERMAGEM: UTILIZAÇÃO PELOS ENFERMEIROSElsa Chivela
Falar de comunicação é hoje comum. Talvez sem exagero se possa afirmar que se trata de um tema mediático, considerado e trabalhado em vários contextos e a propósito das mais diversas situações. Falar de comunicação é hoje comum. Talvez sem exagero se possa afirmar que se trata de um tema mediático, considerado e trabalhado em vários contextos e a propósito das mais diversas situações.
O documento apresenta uma introdução à semiologia, que estuda os sinais e sintomas das doenças humanas. Ele explica que a semiologia é importante para o diagnóstico e que irá abordar como realizar exames físicos de pacientes, incluindo entrevistas, histórico médico e avaliação das diferentes áreas do corpo usando inspeção, palpação, percussão e ausculta. O documento também fornece normas gerais para a realização de exames físicos.
Este documento compara a acuidade prognóstica de quatro métodos (estimativa clínica, PPS, PaP e PPI) em doentes oncológicos terminais. O estudo avaliou 341 doentes e comparou as previsões de sobrevivência feitas por cada método com os resultados reais. Todos os métodos mostraram boa capacidade de discriminação, mas as estimativas clínicas apresentaram a correlação mais forte com a sobrevivência real. No entanto, apenas 40% das previsões clínicas estavam corretas quanto à
O documento discute a Medicina Baseada em Evidência (MBE) e a responsabilidade da prescrição médica. Aborda os conceitos e hierarquia da MBE, os tipos de estudos científicos e como buscar evidências. Também explica sobre a prescrição de medicamentos no Brasil, os tipos de receita médica e a importância de evitar erros na prescrição.
Urgencias em psiquiatria. Onde tratar? Ricardo Manzochi AssméRicardoAssm1
O documento discute a rede de atendimento psiquiátrico de urgência e emergência, destacando a importância de uma abordagem multiprofissional e integrada entre serviços como UPAs, CAPS, hospitais gerais e psiquiátricos. Defende também a ampliação de leitos, ambulatórios e capacitação de equipes para melhor atender os pacientes psiquiátricos agudos.
O documento discute sobre pesquisa científica, trabalhos de conclusão de curso (TCC) e medicina baseada em evidências. Ele fornece orientações sobre tipos de estudos científicos, elaboração de artigos, busca bibliográfica e modalidades de TCC, incluindo revisão sistemática, protocolos e relatórios de experiência.
O documento discute os conceitos fundamentais da semiologia médica, incluindo a definição de sinais e sintomas, a importância da anamnese e do exame físico no diagnóstico, e as etapas do exame físico como inspeção, palpação, percussão e ausculta.
O documento discute transtornos de humor no pós-parto, incluindo o "blues do pós-parto", depressão pós-parto e psicose pós-parto. Ele descreve os sintomas, impactos e tratamentos desses transtornos, bem como estratégias de prevenção.
O documento discute o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), incluindo sua epidemiologia, sintomas, diagnóstico e tratamento. Aproximadamente 3-5% das mulheres em idade reprodutiva sofrem de TDPM, caracterizado por sintomas depressivos e de ansiedade que ocorrem especificamente na fase lútea do ciclo menstrual e interferem significativamente na vida da paciente. O diagnóstico é feito através da avaliação prospectiva dos sintomas ao longo de dois ciclos menstruais
[1] O documento descreve os conceitos e importância da anamnese e exame físico na semiologia médica. A anamnese é a parte mais importante do exame clínico e envolve a relação médico-paciente. [2] O documento detalha os componentes da anamnese, incluindo identificação do paciente, queixa principal, história da doença atual, antecedentes pessoais e familiares. [3] Uma boa anamnese é essencial para estabelecer o diagnóstico e conduta terap
Educação em Saúde Baseado nas necessidades da clientela atendida pelo Program...Jessica Mendes
O documento discute um estudo realizado com pacientes de hanseníase em uma clínica em Gurupi, Tocantins para identificar suas necessidades e percepções sobre a doença. Grupos foram formados na sala de espera para fornecer apoio psicológico e compartilhamento de experiências. Os resultados sugerem que o apoio psicológico pode melhorar o bem-estar dos pacientes, adesão ao tratamento e relações interpessoais, reduzindo o sofrimento psíquico.
O documento introduz noções sobre câncer, psico-oncologia e internação hospitalar. Apresenta definições de câncer, suas causas e tratamentos. Discute a história da psico-oncologia e suas áreas de atuação, como prevenção, diagnóstico e apoio a pacientes, familiares e equipe. Também destaca aspectos psicológicos da internação hospitalar como adaptação à rotina e perda de autonomia.
Este documento discute a inserção de psicólogos no âmbito hospitalar no Brasil, com foco na atuação em unidades de terapia intensiva. A pesquisa entrevistou sete psicólogas intensivistas sobre sua formação, práticas e desafios. Constatou-se a carência de conteúdos nas graduações em psicologia sobre atuação em saúde e trabalho em equipes multiprofissionais. Também evidenciou a necessidade de adaptação das técnicas utilizadas para a realidade da terapia intensiva.
O documento descreve uma entrevista clínica inicial realizada com uma mulher de 64 anos diagnosticada com esquizofrenia. Na entrevista, as terapeutas conversaram com a cliente sobre o processo terapêutico e coletaram dados em três sessões utilizando entrevista aberta e um inventário de frases para completar. O objetivo era identificar as dificuldades da cliente e obter mais informações sobre sua história familiar para compreender melhor os fatores em sua vida.
Comunicação terapêutica em enfermagem: instrumento essencial do cuidadoGabriela Montargil
Este estudo analisou o processo de comunicação terapêutica entre enfermeiros e pacientes em um hospital público no Ceará, Brasil com base na teoria de Peplau. Os resultados mostraram que a comunicação ocorre desde a admissão até a alta, porém nem sempre de forma ideal devido à falta de tempo dos enfermeiros para visitar os pacientes. Pacientes têm dificuldade em distinguir enfermeiros de outros profissionais de saúde, dificultando o desenvolvimento de uma comunicação terapêutica efetiva.
Este documento descreve (1) o projeto "Nós" que explora as dificuldades de comunicação em oncologia e cuidados intensivos e o impacto da medicina narrativa; (2) a Plataforma de Medicina Narrativa "Near My Patient" (NMP) que integra a medicina baseada na narrativa na abordagem de cuidados de saúde; e (3) a equipa de investigação e desenvolvimento por detrás do projeto NMP.
O documento resume a história da psicologia hospitalar no Brasil desde 1954 e conceitos relacionados como saúde holística. Também discute a atuação do psicólogo no hospital, incluindo diferenças em relação à clínica, técnicas utilizadas e focos como o paciente, família e equipe.
1) O documento discute a importância da anamnese psiquiátrica no diagnóstico de transtornos mentais.
2) A anamnese deve ser realizada de forma a promover confiança e vínculo com o paciente para coleta de informações precisas.
3) Ela deve conter identificação do paciente, queixa principal, história da doença atual, antecedentes pessoais e familiares.
1) O objetivo do exame clínico é coletar sinais e sintomas para elaborar hipóteses de diagnóstico, seguindo uma sequência lógica e completa de anamnese e exame físico.
2) A anamnese envolve o relato espontâneo do paciente sobre sua queixa principal, história da doença atual e antecedentes pessoais e familiares, para compreender melhor o quadro clínico.
3) Fatores como hábitos de vida, incluindo vícios como tabagismo e al
1ª opção cursos técnicos texto sobre enfermagem provaErick Viqueti
O documento discute a importância da comunicação escrita e dos registros feitos por profissionais de enfermagem. Aponta que os registros no prontuário são mecanismos de comunicação entre a equipe e fundamentais para a avaliação do paciente e qualidade da assistência. No entanto, observa-se que a comunicação escrita é frequentemente negligenciada, com anotações escassas que dificultam a compreensão. Destaca a importância do hábito de leitura para embasar conceitualmente os registros.
Aspectos psicologicos do paciente oncológicoEliane Santos
O documento discute o câncer, resumindo seu conceito como o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Brevemente descreve a história do câncer desde 4000 a.C. até os desenvolvimentos modernos no século 20, como a radioterapia e a quimioterapia. Também lista os tipos mais comuns de câncer em homens e mulheres e discute a psiconcologia, o impacto emocional do câncer nos pacientes e famílias.
1) O documento discute a classificação de risco no atendimento de urgência e emergência, incluindo sua história, princípios e aplicações.
2) Há uma distinção entre condições agudas e crônicas no sistema de saúde, e a classificação de risco busca estabelecer prioridades no atendimento considerando essas variáveis clínicas.
3) A gestão da demanda nos serviços de urgência é um desafio global devido ao envelhecimento da população e transição epidemiológica
COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA EM ENFERMAGEM: UTILIZAÇÃO PELOS ENFERMEIROSElsa Chivela
Falar de comunicação é hoje comum. Talvez sem exagero se possa afirmar que se trata de um tema mediático, considerado e trabalhado em vários contextos e a propósito das mais diversas situações. Falar de comunicação é hoje comum. Talvez sem exagero se possa afirmar que se trata de um tema mediático, considerado e trabalhado em vários contextos e a propósito das mais diversas situações.
O documento apresenta uma introdução à semiologia, que estuda os sinais e sintomas das doenças humanas. Ele explica que a semiologia é importante para o diagnóstico e que irá abordar como realizar exames físicos de pacientes, incluindo entrevistas, histórico médico e avaliação das diferentes áreas do corpo usando inspeção, palpação, percussão e ausculta. O documento também fornece normas gerais para a realização de exames físicos.
Este documento compara a acuidade prognóstica de quatro métodos (estimativa clínica, PPS, PaP e PPI) em doentes oncológicos terminais. O estudo avaliou 341 doentes e comparou as previsões de sobrevivência feitas por cada método com os resultados reais. Todos os métodos mostraram boa capacidade de discriminação, mas as estimativas clínicas apresentaram a correlação mais forte com a sobrevivência real. No entanto, apenas 40% das previsões clínicas estavam corretas quanto à
O documento discute a Medicina Baseada em Evidência (MBE) e a responsabilidade da prescrição médica. Aborda os conceitos e hierarquia da MBE, os tipos de estudos científicos e como buscar evidências. Também explica sobre a prescrição de medicamentos no Brasil, os tipos de receita médica e a importância de evitar erros na prescrição.
Urgencias em psiquiatria. Onde tratar? Ricardo Manzochi AssméRicardoAssm1
O documento discute a rede de atendimento psiquiátrico de urgência e emergência, destacando a importância de uma abordagem multiprofissional e integrada entre serviços como UPAs, CAPS, hospitais gerais e psiquiátricos. Defende também a ampliação de leitos, ambulatórios e capacitação de equipes para melhor atender os pacientes psiquiátricos agudos.
O documento discute sobre pesquisa científica, trabalhos de conclusão de curso (TCC) e medicina baseada em evidências. Ele fornece orientações sobre tipos de estudos científicos, elaboração de artigos, busca bibliográfica e modalidades de TCC, incluindo revisão sistemática, protocolos e relatórios de experiência.
O documento discute os conceitos fundamentais da semiologia médica, incluindo a definição de sinais e sintomas, a importância da anamnese e do exame físico no diagnóstico, e as etapas do exame físico como inspeção, palpação, percussão e ausculta.
O documento discute transtornos de humor no pós-parto, incluindo o "blues do pós-parto", depressão pós-parto e psicose pós-parto. Ele descreve os sintomas, impactos e tratamentos desses transtornos, bem como estratégias de prevenção.
O documento discute o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), incluindo sua epidemiologia, sintomas, diagnóstico e tratamento. Aproximadamente 3-5% das mulheres em idade reprodutiva sofrem de TDPM, caracterizado por sintomas depressivos e de ansiedade que ocorrem especificamente na fase lútea do ciclo menstrual e interferem significativamente na vida da paciente. O diagnóstico é feito através da avaliação prospectiva dos sintomas ao longo de dois ciclos menstruais
Diagnóstico e tratamento do transtorno disfórico pré-menstrualSaudeDaMente
O documento discute o diagnóstico e tratamento do transtorno disfórico pré-menstrual. Aborda a história do transtorno, critérios diagnósticos, incidência de comorbidades, medidas conservadoras e tratamentos psiquiátricos e farmacológicos como ISRS e supressão da ovulação. Conclui que a primeira linha de tratamento envolve ISRS, modificações no estilo de vida e, em segundo plano, outros psicotrópicos e supressão hormonal.
O documento discute transtornos mentais na gravidez e puerpério, incluindo depressão, disforia pós-parto e psicose puerperal. Aborda fatores de risco, sintomas, impactos no bebê e formas de tratamento como acolhimento, tratamento multidisciplinar, psicoeducação e psicoterapia.
O documento discute a depressão na gravidez e no puerpério, destacando que estas são períodos de maior vulnerabilidade para as mulheres. A detecção precoce é importante usando escalas como a EPDS. O tratamento envolve opções não farmacológicas e farmacológicas considerando o risco-benefício para a mãe e o feto.
O documento discute a avaliação psiquiátrica de pacientes, incluindo a entrevista e o exame do estado mental. A entrevista psiquiátrica é estruturada para obter informações sobre o histórico do paciente, enquanto o exame do estado mental avalia funções como pensamento, afeto e percepção para diagnosticar possíveis distúrbios psiquiátricos.
O documento discute a depressão, definindo-a como uma doença mental caracterizada por sintomas como humor deprimido e perda de interesse que duram mais de duas semanas. Explica que a depressão é causada por desequilíbrios químicos no cérebro e fatores genéticos, de estresse e médicos, e deve ser tratada com psicoterapia e medicamentos. Também lista sintomas comuns e estratégias de autocuidado para a saúde mental.
Este documento discute a depressão, especificamente na adolescência. Explica que a depressão é uma doença silenciosa que afeta pessoas de todas as idades, incluindo crianças e jovens, causando sofrimento psíquico e alterações de comportamento. Na adolescência, é comum confundir mudanças de humor com depressão, que se caracteriza por humor negativo persistente e sintomas físicos. O documento também descreve sintomas comuns de depressão e abordagens de tratamento como psicoterapia, terapia cognitiva e at
O documento discute a depressão, definindo-a como uma doença psiquiátrica crônica caracterizada por alterações de humor, como tristeza excessiva e falta de energia. Detalha os sintomas e possíveis causas, incluindo estresse, problemas de saúde e genética. Também explica os tipos de depressão e o processo de diagnóstico e tratamento, incluindo psicoterapia e medicamentos.
Ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnósticoRicardo Alexandre
O documento discute o raciocínio clínico e epidemiologia clínica, enfatizando a importância de entender as probabilidades e tomar decisões clínicas baseadas em evidências. Aborda três estratégias de raciocínio clínico - diagnóstico, causal e compilado - e descreve o Teorema de Bayes, que usa probabilidades a priori e a posteriori.
Van Potter propôs a bioética como uma nova área interdisciplinar para guiar o progresso científico de forma ética, considerando seus impactos na vida. A bioética surgiu da necessidade de estabelecer um diálogo entre ciência e humanidades. O documento discute conceitos históricos como o paternalismo médico e cartesianismo que influenciaram as relações assistenciais e a visão reducionista do paciente, e como esses fatores podem ser reconsiderados para uma abordagem mais ética.
O documento discute a relação entre medicina e arte ao longo da história, destacando exemplos como os desenhos anatômicos de Leonardo da Vinci e as pinturas de Van Gogh que podem ter sido influenciadas por sua saúde mental e tratamentos médicos da época. Também enfatiza a importância das humanidades na formação médica para ajudar os médicos a compreenderem melhor os pacientes como seres humanos.
1) O texto discute os fundamentos epistemológicos da medicina e reconhece que não é correto fundamentá-la em uma única hipótese, mas sim considerar múltiplas causas para as doenças.
2) A medicina é caracterizada como uma arte e ciência que integra dimensões socioeconômica, técnico-científica e intersubjetiva, não podendo ser reduzida a qualquer uma delas.
3) Embora a medicina incorpore cada vez mais conhecimento científico, parte do seu exercício ainda se
1. O texto discute os fundamentos epistemológicos da medicina, criticando aqueles que buscam uma única explicação para todas as doenças. Hipócrates já reconhecia a futilidade dessa abordagem.
2. O autor defende que a medicina não deve ser fundamentada em apenas uma hipótese, mas sim deve aprofundar os conhecimentos para que erros levem pouco ao desvio do caminho correto.
3. Ainda é um longo caminho para se alcançar uma ciência capaz de explicar completamente o que é o homem
O documento discute a importância da relação médico-paciente ao longo da história da medicina, desde Hipócrates até os dias atuais onde a internet alterou essa relação. A qualidade da comunicação entre médico e paciente é fundamental para o tratamento, mas é necessário considerar fatores como a cultura e condições socioeconômicas do paciente. Re-humanizar essa relação é um desafio, envolvendo respeito e compreensão do paciente como um todo.
O documento discute a evolução da Medicina como ciência ao longo da história. Originalmente, a Medicina era considerada uma ciência única, mas com o aumento dos conhecimentos, dividiu-se em diversas ciências médicas específicas, como Anatomia e Fisiologia. A semiologia médica estuda os sinais e sintomas das doenças e é um ramo híbrido entre a semiologia e a Medicina.
O texto descreve como a internet afeta a relação entre médicos e pacientes: 1) Pacientes pesquisam seus sintomas online e chegam aos consultórios com diagnósticos prévios; 2) Isso cria desafios para os médicos, que devem lidar com pacientes bem informados pela internet; 3) No entanto, a troca de informações entre pacientes online também traz benefícios, como apoio emocional e conhecimento sobre doenças raras.
Psicanalise - Marco Revolucionario do Pensamento ModernoLiliam Da Paixão
O documento discute como a psicanálise foi uma abordagem revolucionária ao permitir que os pacientes falassem sobre seus sintomas e desejos inconscientes. Ao contrário do método científico da época, Freud acreditava que escutar os pacientes poderia revelar as causas de seus problemas e aliviar seus sintomas. A psicanálise questionou ideias como a neutralidade do médico e a ideia de que os pacientes simulavam ou queriam apenas atenção.
Este documento discute a ética da pesquisa médica em países em desenvolvimento. Populações nesses países são vulneráveis à exploração devido ao baixo acesso à saúde e compreensão de riscos. Além disso, os benefícios das pesquisas geralmente vão para países desenvolvidos. É necessário proteger os indivíduos e minimizar os riscos de exploração.
Este documento introduz o livro "Clínica do Esquecimento" e discute a abordagem clínica proposta no livro. A autora descreve como sua prática clínica mudou ao se afastar da ênfase na história do paciente e passar a valorizar mais o presente. Ela também critica como a ênfase na história pode produzir uma subjetividade interiorizada. A autora defende uma abordagem clínica transdisciplinar, experimental e construtivista.
1) O documento discute os desafios da atenção primária e clínica ampliada, incluindo lidar com a incerteza, a complexidade dos casos e os danos potenciais.
2) A clínica ampliada visa considerar a singularidade do paciente e os diferentes saberes, em contraste com abordagens mais fragmentadas. Isso requer habilidades como trabalhar em equipe e articular diferentes perspectivas.
3) O Projeto Terapêutico Singular é uma ferramenta da clínica ampliada que envolve definir objetivos, tarefas e aval
O documento discute como o conceito de saúde constitui um ponto cego para a epidemiologia. A epidemiologia focou no estudo de doenças mas não desenvolveu uma definição positiva de saúde. Isso criou um desafio para atender a demanda social por entender e promover a saúde. Recentemente, houve tentativas de medir a saúde através de indicadores como DALY, mas ainda falta um marco teórico sólido para a epidemiologia incorporar plenamente o estudo da saúde.
O documento discute a importância do prontuário médico para proteger médicos éticos, ameaçar aqueles sem escrúpulos, e proteger contra reclamações de pacientes insatisfeitos.
Este documento apresenta referências bibliográficas e fontes de pesquisa sobre humanização do atendimento a adolescentes portadores de doenças crônicas. O objetivo é identificar aspectos positivos na relação médico-paciente para garantir um atendimento acolhedor e contribuir para a melhoria da educação médica nesta área. Os resultados esperados incluem fortalecer as relações entre médicos e adolescentes e promover políticas de saúde que valorizem princípios éticos e a autonomia dos pacientes.
A passagem de plantão é um dos mais importantes temas relativos a segurança do paciente. Quando bem realizada, consegue garantir a excelência dos cuidados com o paciente. O texto abordado o tema e apresenta a mnemônica SIGN OUT como exemplo de maneira estruturada de se realizar esse procedimento.
Sociologia da saúde e literacia digital na informação ao pacientePaula Saraiva
As três frases resumem o documento da seguinte forma:
1) O documento discute o papel da sociologia da saúde e da antropologia médica no entendimento das crenças e tradições culturais dos pacientes e como isso influencia a comunicação médico-paciente.
2) Também explora como as bibliotecas de saúde podem auxiliar nesse processo, agindo como mediadoras entre médicos, pacientes e informações on-line, e promovendo a alfabetização em saúde.
3) Finalmente, apresenta
1) A depressão pós-parto afeta entre 8 a 15% das mulheres e requer alta suspeição e triagem universal.
2) Os tratamentos para a depressão pós-parto, como terapia cognitivo-comportamental, antidepressivos e suplementos de ômega-3, são altamente eficazes, com taxas de resposta de até 80%.
3) É importante um diagnóstico preciso e tratamento multidisciplinar, preferencialmente em centros de psiquiatria perinatal, para prevenir a cronicidade da depressão pós-parto
Sindrome metabolismo e humor setembro 2021Elisa Brietzke
Este documento discute a relação entre transtornos do humor e metabolismo. Apresenta evidências de que a obesidade e o diabetes tipo 2 estão associados a um maior risco de depressão. Explora possíveis mecanismos fisiopatológicos, como resistência à insulina e inflamação, e discute potenciais tratamentos metabólicos para a depressão, como insulina intranasal, liraglutida e dieta cetogênica.
Transtorno Bipolar em Comorbidade com uso de substanciasElisa Brietzke
O documento discute a comorbidade entre transtorno bipolar e abuso de substâncias, incluindo a sequência temporal entre os dois, por que eles ocorrem juntos e os desafios no tratamento quando ambos estão presentes.
Ketamine in Treatment Resistant DepressionElisa Brietzke
1. Dr. Elisa Brietzke gave a presentation on intravenous ketamine as an evidence-based approach for treating depression. She discussed ketamine's mechanisms of action, pharmacokinetics, effectiveness for treating unipolar and bipolar depression based on meta-analyses and clinical studies, common side effects and their management, protocols for administration, and comparisons to esketamine.
2. Ketamine has rapid antidepressant effects within 24 hours when administered intravenously, but its effects only last 3-7 days without maintenance treatment. Repeated infusions over several weeks can provide more sustained benefits. Ketamine is generally well-tolerated but can increase blood pressure and heart rate.
3. While ket
Cópia de curso psicologia médica 2015 - atual.Elisa Brietzke
O documento descreve o cronograma de um curso de Psiquiatria para alunos do primeiro ano de medicina, com 18 semanas de aulas sobre diversos temas relacionados à formação médica e desafios da medicina contemporânea.
Este documento descreve o plano de curso para a disciplina de Psicologia Médica I. O curso abordará questões relacionadas à formação médica e construção da identidade do médico. Serão realizadas aulas expositivas e os alunos deverão escrever uma monografia em grupo sobre um tópico relacionado. A avaliação consistirá em uma prova final e na nota da monografia.
Texto "A Chegada e a Despedida" de Rubem AlvesElisa Brietzke
1) O documento discute a chegada e a despedida como parte natural da vida, comparando o nascimento à morte como momentos de passagem angustiantes através de um canal apertado.
2) Propõe a criação de uma nova especialidade médica, a "morienterapia", para cuidar com compaixão daqueles que estão morrendo, assim como a obstetrícia cuida daqueles que estão nascendo.
3) Argumenta que os médicos deveriam aceitar a morte como parte natural da vida, em vez de se sentirem
Este documento estabelece novas diretrizes curriculares nacionais para o curso de graduação em medicina no Brasil. O curso terá duração mínima de 6 anos com 7200 horas, e os graduados deverão ser formados para atuar nos diferentes níveis do sistema único de saúde com foco em promoção, prevenção e recuperação da saúde. O currículo será organizado em três áreas: atenção à saúde, gestão em saúde e educação em saúde.
Programa da Disciplina de Psicologia Médica 1 da Unifesp 2014.Elisa Brietzke
1) O documento descreve um plano de disciplina sobre psicologia médica para estudantes de medicina. 2) O curso abordará questões relacionadas à formação médica, identidade profissional e desafios atuais da medicina. 3) As aulas serão ministradas por professores especializados e incluirão leituras, debates e uma monografia.
O documento descreve o cronograma de um curso de Psiquiatria para alunos do primeiro ano de medicina, ocorrendo entre agosto e dezembro de 2014. As aulas abordarão diversos temas relacionados à formação médica e à psicologia, ministradas por diferentes professores em anfiteatros da universidade.
O documento descreve três abordagens terapêuticas: Terapia Comportamental foca na modificação de comportamentos através de técnicas de condicionamento e reforço; Terapia Cognitiva busca identificar e modificar pensamentos distorcidos ligados a emoções e comportamentos; Terapia Sistêmica analisa a família como um todo e as interações entre seus membros.
O documento discute transtornos de humor no pós-parto, incluindo o "blues do pós-parto", depressão pós-parto e psicose pós-parto. Ele descreve os sintomas, impactos e tratamentos desses transtornos, bem como estratégias de prevenção.
1. O documento discute como escrever artigos científicos, destacando a importância do título, objetivo e resumo.
2. Problemas comuns em títulos como ser muito vago ou restritivo são apontados.
3. A seção de resumo é destacada como essencial para atrair leitores.
Este artigo discute o tratamento da esquizofrenia com antipsicóticos atípicos. Os autores explicam que a esquizofrenia é uma das psicoses mais comuns que afeta cerca de 1% da população. Apresenta uma evolução crônica e gera consequências psicológicas e sociais devastadoras para os pacientes e suas famílias. O tratamento da esquizofrenia evoluiu ao longo do tempo, começando com a descoberta da clorpromazina em 1952 e mais recentemente com os antipsic
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O documento fornece informações sobre a saúde da mulher ao longo das diferentes fases da vida, incluindo cuidados na adolescência, menstruação, gravidez, anticoncepção, câncer de mama e colo do útero, menopausa e sexualidade.
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O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
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Ensinando a nao fazer nada
1. 1
PSICOLOGIA MÉDICA : ENSINANDO A "NÃO
FAZER NADA"
Julio Ricardo de Souza Noto
Professor Adjunto do Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica da Universidade Federal de
São Paulo/ Escola Paulista de Medicina
...há coisas que melhor se dizem calando-se
Machado de Assis
I- INTRODUÇÃO
O objetivo desta exposição é analisar algumas questões do ensino da disciplina de
psicologia Médica relacionando-as com o estado atual do conhecimento médico assim como com
a velocidade da produção desse conhecimento.
Para expor algumas idéias proponho, uma reflexão a partir da História tentando focalizar
a representação social do médico no século XVIII e XIX. A informação, ainda que romanceada,
que se possui é que esse profissional era um indivíduo muito respeitado, com um status muito
bem definido e cuja valorização chega até nossos dias. Por outro lado, também sabe-se dos
pouquíssimos recursos terapêuticos disponíveis na época: antes da descoberta das técnicas de
assepsia e do advento da anestesia qualquer intervenção cirúrgica era uma temeridade, ficando
quase que exclusivamente limitada às amputações. A farmacologia também não contribuía com
muito para o arsenal médico: não se contava com quase nenhum dos produtos hoje utilizados,
como por exemplo antibióticos, corticóides, antinflamatórios, neuroléticos, sem falar nos
citostáticos e nos imunossupressores.
A reflexão proposta é então, a seguinte: se não era decorrente dos recursos técnicos, de
onde seria proveniente esta valorização do médico? Ou, em outras palavras: se o médico do fim
do século XVIII e início do século XIX praticamente "não fazia nada", a que se devia o seu
prestígio?
Em primeiro lugar gostaria de deixar claro desde logo que, para mim, este "não fazer
nada" é um fazer muito e que estou usando esta expressão unicamente como recurso retórico.
Sugiro uma ponte na História, voltando ao tempo presente, para analisar alguns aspectos
da valorização do ato médico na atualidade e ao nosso meio. evidentemente esta análise será
2. 2
tendenciosa pois recorta apenas um dos fatores da causalidade dos fatos, mas que penso ser
válida para esta reflexão.
Freqüentemente surgem na imprensa estatísticas mostrando o número exagerado de
cesarianas em detrimento de partos normais. Pelo menos em termos econômicos a valorização de
um ato cirúrgico é maior do que o seria se um médico ficasse "sem fazer nada", esperando um
parto normal. Os serviços médicos que lidam com os sistemas de saúde, tanto público como
privado, sabem que a maior remuneração é proporcional ao número de "procedimentos" que
puderem ser realizados. A maior distorção, nesse sentido, está no fato que as intervenções
psicológicas, na maioria das vezes, não estão cobertas pelos seguros-saúde, ou seja, quase se
pode concluir que se um psicoterapeuta inventasse alguma maquininha que intermediasse a
relação com o paciente, provavelmente, ai sim, ele receberia alguma remuneração. Mas enquanto
ele ficar com o paciente apenas conversando e "sem fazer nada", não ganhará nada.
Eu acredito que, pelo menos em parte, esse seja um fenômeno cultural. É o preço que se
paga pelo desenvolvimento do método científico, conseguido após as idéias de Descartes, do
empirismo e do racionalismo de Bacon. Precisa-se da "res extensa" para que se possa estar
seguro da natureza científica de um fato. Penso que esta tendência está imersa na nossa Cultura
e em todos os níveis. Qual médico já não ouviu de um paciente, a célebre frase: ...Doutor, não
seria bom uma radiografia? "É a "res extensa"(materialidade) de uma placa de celulóide dando a
segurança de que a ciência fez tudo. A natureza mágica do elemento concreto talvez seja mais do
que uma consequência do cartesianismo. Assim, Levy-Strauss em sua Antropologia Cultural
conta-nos a história de Quesalid que era um indigena que queria provar os embustes dos
fenômenos xamanísticos; para tanto ele fez-se aprendiz de xamã e nas suas andanças percebe
que conseguia um efeito terapêutico muito maior quando apresentava aos doentes um elemento
concreto da doença, no caso uma pluma misturada com saliva e sangue, que habilmente havia
ficado escondida em sua boca. Seus concorrentes, que diziam que a doença era um espírito e
portanto invisível, eram facilmente desprestigiados diante da apresentação de algo que podia ser
visto e tocado, isto é, que tinha matéria.
Não obstante, nosso médico do século passado, sem tantos recursos ditos científicos e
tecnológicos ocupava um lugar importante na constelação social dos pacientes. O que é que ele
fazia? Não fazia nada. E esse nada é importante.
Especificando melhor as palavras que iniciaram o presente trabalho reitero que o objetivo
desta reflexão é o ensino da Psicologia Médica tentando estabelecer alguma relação desta com o
"nada" que era feito por esse médico imaginário do século passado.
3. 3
II - PRIMEIRO ENCONTRO DO ALUNO COM O PACIENTE
O curso de Psicologia Médica ministrado na escola Paulista de Medicina, onde desenvolvo
minha atividade docente, é ministrado nos três primeiros anos do curso e tem por objetivo a
formação do aluno mais do que a informação. Neste sentido, desde o 1º ano é fornecida ao aluno
a possibilidade de contato com os pacientes.
A experiência desenvolvida tem revelado que uma das principais ansiedades do aluno ao
defrontar-se, pela primeira vez, com um paciente poderia ser sintetizada na seguinte fala do
estudante: "...como eu vou conversar com ele(o doente) se eu não tenho nada para dar".
Este primeiro encontro visa apenas uma entrevista com o paciente procurando objetivar
uma temática mais cultural que clínica, como por exemplo, o reconhecimento de práticas de
medicina popular ou caseira com uma finalidade mais ampla que é familiarizar o estudante com as
vicissitudes da relação médico-paciente. Entretanto os temores e fantasias dos alunos adquirem
contornos bastante desproporcionais: são imaginados pacientes que se recusam a falar; doentes
que questionam a condição de estudante do entrevistador; pacientes desrespeitosos em virtude da
pouca idade do aluno; pacientes que protestam por estarem sendo feitos "de cobaia"; enfim uma
série de temores alicerçados no fato do aluno não ter nada a dar em troca das informações
pedidas aos pacientes.
Após realizada esta experiência, um novo clima forma-se entre os alunos. É uma mistura
de alivio, orgulho e satisfação. É a descoberta de um brinquedo novo. Alguns inclusive voltam, em
outros horários, para conversar com o paciente , porque perceberam que o "não fazer nada",
além de ser bom para o paciente pode fazer bem também para o médico (no caso o aluno).
A conscientização pelos alunos que a troca afetiva no relacionamento profissional é
benéfica para ambos é um ponto importante nesta etapa do curso. Eles, os alunos, descobrem que
o paciente sente-se bem e fica agradecido quando alguém dispõe-se a ficar a seu lado, a ouvir
suas histórias, a ocupar-se alguns minutos com ele, sem fazer nenhum tipo de "procedimento".
Talvez fosse isso o que fizesse o tal médico do século passado no intervalo da aplicação
de algumas ventosas ou de algumas sangrias: ficar ao lado do paciente e ouvir suas queixas.
A diferença entre o intenso medo antes e a grande satisfação depois dessa 1ª entrevista
faz-nos refletir sobre a desproporção entre o estímulo (entrevista) e a resposta(ansiedade). Esta
aparente disparidade deve corresponder a alguma proporcionalidade em outro nível (talvez
inconsciente). Dois fatos são inquestionáveis na situação examinada: alguém que está internado
num hospital tem algum tipo de desejo de ser ajudado e alguém que ingressa numa faculdade de
medicina tem que ter algum tipo de motivação em ajudar. É precisamente no 1ºano do curso que,
geralmente, observamos o pico da idealização da tarefa médica.
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Penso poder postular que a representação que os alunos tem do "ser médico " tenha duas
raízes principais: uma cultural e outra pessoal. É nessa raiz pessoal que ficam assentados todos
os elementos subjetivos da motivação vocacional. Identifico aqui o depósito de toda necessidade
inconsciente de reparação que irá contribuir na intensidade da idealização. Na verdade as
cobranças atribuídas aos pacientes, antes da 1ª entrevista (e talvez nas subseqüentes), nada mais
são que cobranças internas projetadas e que no fundo expressam a própria vocação médica.
Por outro lado é na raiz cultural que, provavelmente, encontra-se a necessidade de
parafernália tecnológica. Está arraigado em nossa cultura a necessidade de exames objetivos,
maquinárias complicadas, fatos estes já comentados no início da exposição.
Nesta 1ª entrevista, cujo objetivo é um inquérito sobre o uso de práticas de medicina
caseira, muitos alunos tentam obsessivamente obter informações "técnicas'(diagnósticos,
resultados de exames de laboratório) junto aos residentes ou no próprio prontuário do paciente a
fim de irem mais instrumentados - protegidos - para enfrentarem a 1ª relação médico-paciente.
III- O CONTATO COM A INTIMIDADE DO PACIENTE
De acordo com a estruturação do curso de Psicologia Médica, na Escola Paulista de
Medicina, é durante o 2º ano que o aluno é introduzido na investigação dos aspectos psicológicos
do paciente. Nesse sentido, entrevistas são realizadas visando obter uma história biográfica do
paciente salientando os pontos importantes para a formação da personalidade. Procura-se, assim,
evidenciar as situações de conflito vividas pelos pacientes e a relevância das mesmas no estado
psicológico atual.
Para os alunos isso equivale a pedir que mexam em "casa de marimbondo". As
ansiedades despertadas apontam para o fato deles, alunos, terem ou não o direito de abordar
questões doloridas ou constrangedoras para os pacientes e invariavelmente desembocam no
problema de o que fazer se o paciente ficar "mal".
Esta é uma questão que não é exclusiva de estudantes. Inúmeros profissionais
apresentam a mesma inibição diante das eventuais reações emocionais dos pacientes. Muitos
diagnósticos ou informações mais específicas são omitidas aos pacientes com a racionalização
que, assim, evita-se uma descarga emocional, ou, numa fantasia mais drástica, até mesmo uma
tentativa de suicídio.
É obvio que tanto o aluno como o médico formado sabem que qualquer ser humano
deprime-se diante de uma perda ou mesmo de uma ameaça de perda. Este é uma fato tido como
normal e o mesmo acontece, com maior razão, quando a perda refere-se à própria vida ou à
qualidade dela. Por que será, então, que o profissional evita ou fica intimidado em tais situações?
Penso que uma das hipóteses a ser levantada é que o médico simplesmente não consegue
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permanecer junto de quem sofre sem fazer nada: a sua "parte médica" não permitiria que ele
apenas ficasse ao lado de quem sofre. O aluno, enquanto "pessoa", até que se sai bem, como o
demonstra o seguinte fato:
Como recurso pedagógico, algumas vezes, utilizo dramatizações onde situações
conflitivas são encenadas na busca de soluções adequadas. Observa-se, por exemplo, que
quando uma cena de comunicação dolorosa é montada sem envolver o papel de médico o diálogo
flui mais facilmente , mesmo quando o montante de emoção ou sofrimento sejam equivalentes. O
aluno desempenhando outro papel que não o de médico (amigo, namorado, etc.) permite-se muito
mais entrar em contato com o sofrimento do outro.
Acredito que a visão do sofrimento funciona como um gatilho acionando a necessidade de
curar existente na vocação médica. O médico tem que "mostrar serviço", não tanto para o
paciente como para si mesmo. Penso que aqui poderia residir uma das causas do chamado "furor
curandi" dos iniciantes, que faz com que tantas intervenções ou medicações sejam feitas
desnecessariamente.
A título de ilustração, recordo que há alguns meses atrás foi apresentada numa revista
semanal, uma matéria escrita por um familiar de um paciente terminal e que relatava uma
infinidade de intervenções às quais o paciente foi submetido apesar da irreversibilidade do caso.
Como a internação fora motivada unicamente para cuidados paliativos, as reflexões do familiar
apontavam para o aspecto comercial da questão denunciando a atitude extorsiva do médico. Sem
entrar no mérito da denúncia, eu gostaria de complementar esta polêmica acrescentando este
dado que está sendo examinado, que é a compulsão do médico em fazer coisas que lhe tragam a
sensação de estar exercendo sua missão curativa ou pelo menos de que está tentando.
Estima-se, hoje em dia, que o conhecimento médico duplica a cada sete anos; desta
forma, o avanço tecnológico e as possibilidades de intervenções passam a ser tantas que o
médico pode perder-se neste emaranhado e não saber o limite de sua atuação. O médico do
século passado, freqüentemente, era obrigado a dizer a um paciente ou à família que "...agora a
questão está nas mãos de Deus". Hoje em dia não é mais assim; não se ouve mais isso. Curar
não é mais tarefa de Deus e sim dos médicos que se julgam muito bem equipados tecnicamente.
Há sempre alguma coisa a mais que pode ser feita ou algum aparelho que pode ser ligado
mantendo a vida de alguém. De tal forma esta situação evoluiu, que na década passada, alguns
hospitais de ensino norte-americanos tiveram que desenvolver normas que limitassem as
intervenções desnecessárias: são os conhecidos DNR (do not ressucitate). Pelas mesmas razões
começou-se a cogitar do direito legal a uma morte natural.
Esta armadilha na qual o médico atual pode ficar preso não é nova. Já era conhecida na
Grécia Antiga onde encontram-se os mitos que mostram alguns heróis sendo punidos por
arrogarem-se tarefas próprias dos deuses: Icaro com suas asas desejando voar e Prometeu
6. 6
ensinando aos mortais o domínio do fogo. No próprio mito de Asclépio - o deus da medicina -
encontra-se o primeiro médico punido com a morte por Zeus, pela razão de estar ressuscitando os
mortos e quebrando assim a ordem natural do Universo.
Eu chamo tal situação de armadilha porque creio que o médico que tenha conhecimentos
e recursos técnicos e deixa de usa-los num determinado paciente que não apresenta mais
condições terapêuticas, pode entrar num dilema bastante intenso pagando um preço muito alto por
ter tantos recursos em suas mãos e não usa-los. Este preço é pago em moedas tipo ansiedades,
culpas, remorsos, depressões e até mesmo suicídios.
Esta é a razão do título desta exposição: chegamos a um ponto do conhecimento médico
e iremos avançar muitíssimo mais, onde começa a ser importante ensinar ao estudante de
medicina que, em algumas circunstâncias, o mais importante é não fazer nada .
IV - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO "NÃO FAZER NADA"
1- AUDIÇÃO CATÁRTICA
O efeito benéfico da catarse foi descrito por Aristóteles enfatizando seu efeito terapêutico
através da purgação das emoções . O termo foi retomado por Freud e Breuer, em 1895, no estudo
das histerias e foi baseado nesse fenômeno que as primeiras curas psicanalíticas foram
explicadas.
Para uso do médico em geral, interessa a noção de "audição catártica" tal como foi
descrita por Ruesch: esta "expressão refere-se a uma atitude do médico que implica sua
disposição a dar ouvidos às inquietações do paciente, a seus escrúpulos emocionais e a outras
expressões, num esforço por compreender, sem interromper, guiar, aconselhar e nem refutar nada
que o paciente diga. ...É esta atitude sem crítica que inspira confiança ao aflito e o induz a falar...
Nos seres humanos existe aparentemente uma necessidade, inata ou adquirida, de compartilhar
informações; uma pessoa sente-se inquieta se deve suportar sozinha um segredo."
Embora a catarse esteja presente em todas as psicoterapias, o que acabei de descrever
não se constitue, por si só, num processo psicoterápico. Não é intenção. É importante ressaltar
aqui a diferença estabelecida por Schineider entre psicoterapia e atitude psicológica do médico,
onde esta última corresponde a um conjunto de disposições no sentido de considerar, na sua
atividade profissional, as variáveis psicológicas do paciente. Não cabe ao médico substituir o
psicoterapeuta; a psicoterapia continua tendo suas indicações precisas e normas para constituir-se
numa sub-especialidade. O que tento ressaltar é que, assim como todo paciente tem uma
pulsação e uma temperatura que precisam ser medidas, também há um psiquismo sempre
presente a ser levado em conta.
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2- CONTINÊNCIA EMOCIONAL
Muito relacionada com a audição catártica descrevo aqui a capacidade do médico em
funcionar como continente de emoções e fantasias dos pacientes.
Em 1914 no estudo "Introdução ao Narcismo", Freud assinalava que o estar doente
produzia um estado mental onde o interesse do indivíduo era retirado do mundo externo
concentrando-se no próprio ser. Postulou, na ocasião, que uma concentração desta natureza
também ocorria num dos primeiros períodos da vida correspondendo a um estágio natural do
desenvolvimento ao qual, o sujeito doente retornava por meio de um processo que denominou-se
regressão. Desta forma estes dois conceitos psicanalíticos passaram a ficar incorporados na
psicologia do adoecer. Na observação de uma pessoa doente vamos identificar situações de
dependência, passividade, alheiamento e egoísmo que corresponde a tais conceitos.
Este estado mental, próprio de quem está enfermo ,busca uma complementação na
pessoa do médico. É esta atitude específica do profissional de saúde que é denominada
continência. Como a pouco foi referido esse narcismo ou mesmo a dependência e passividade são
etapas normais do ser humano em suas primeiras fases da vida e que, ai, tem como complemento
natural a pessoa da mãe ou de sua substituta. Esta continência materna foi e é objeto de estudos
psicanalíticos sob varias denominações (maternagem, "holding", capacidade de "reverie", etc.)
Desta forma quando um indivíduo adoece e, por meio da regressão, retorna a padrões de
comportamento passados, passa a buscar por meio de transferência (outro conceito psicanalítico)
a mesma continência existente na infância, agora na pessoa do médico.
Outro conceito psicanalítico que pode ser útil na compreeensão das vicessitudes
emocionais do doente; foi dado por Kohut que, no estudo das perturbações narcisiscas, descreveu
um estado denominado self-grandioso que teria por função compensar tal perturbação. Como o
próprio nome está dizendo trata-se, esquematicamente, de um sentimento de onipotência, de uma
grandiosidade que busca neutralizar a ferida narcísica. Este estado emocional pode estar
localizado no próprio sujeito ou ser projetado no mundo esterno. É esta última eventualidade que
interessa no estudo da Psicologia Médica, visto que o paciente, desde seu desequilíbrio narcísico
acionado por uma enfermidade, freqeuntemente projeta na pessoa do médico esse self-
grandioso, passando estão a vê-lo como um Deus todo-poderoso.
Este é um ponto crucial na formação psicológica do médico pois, se por um lado procura-
se desenvolver uma atitude de continência, por outro, deve-se prepará-lo para o manejo adequado
das projeções maciças de onipotência das quais ele é o alvo. É uma corda bamba na qual é
dificial equilibrar-se: se pender para um lado deixa de ser continente; se pender para o outro pode
cair numa situação de onipotência com todos os riscos mencionados.
8. 8
A situação é bastante complicada pois a incorporação da projeção do self-grandioso pode
vir ao encontro das perturbações narcísicas de próprio médico e desta forma funcionar como um
fator de aprente equilíbrio para o psiquismo do profissional. É aqui que situo a referida artmadilha
proporcionada pelo avanço tecnológico. Atualmente, e cada vez mais, os recursos oferecidos pela
ciência tendem a funcionar como um alicerce de realidade para este jogo de projeção/introjeção
do universo psiquico, criando assim um estado de perigo permanente para o médico mais
vulnerável.
3 - ATITUDE EXPECTANTE
Os aspectos que estou abordando separadamente, nada mais são que ângulos diferentes
de observação da mesma questão e que vem a ser a atitude psicológica do médico. Isto me
obriga a uma certa repetição ou retomada de pontos já descritos. Neste sentido é que analisarei a
necessidade de intervenção do médico, muitas vezes, assumida apressadamente.
A ansiedade em aliviar um sofrimento, aliada a um sentimento de onipotência,
freqüentemente, está na raiz de intervenções iatrogênicas.
O modelo mais primitivo de ajuda, proteção, alivio e satisfação de necessidade, é sem
dúvida o da relação mãe-bebê. Tomando este relacionamento como paradigma podemos apontar
um exemplo de intervenção prejudicial: tome-se, a título de ilustração, a questão da cólica do
recém-nascido. Uma das hipóteses que tenta explicar este quadro refere-se à ansiedade da mãe
em cuidar de seu bebê. desta forma a mãe inexperiente, não aguentando o choro da criança tenta
acalmá-la agindo apressadamente e em qualquer direção: acha que o bebê está com sede e dá-
lhe água, depois acha que é fome e dá de mamar, e assim vai indo, trocando fralda, agasalhando,
desagasalhando, pegando no colo, pondo no berço e cada vez o problema agravando-se mais.
Este círculo vicioso poderia ser interrompido se alguma pessoa mais tranquila tomasse o bebê no
colo e o deixasse ficar. É outra vez o efeito mágico do "não fazer nada". Na verdade o que
ocorre é que as ansiedades do bebê são contidas por este 2º personagem em vez de serem
potencializadas pelas ansiedades da mãe.
Uma situação semelhante pode ocorrer na relação médico-paciente, onde um médico
levado pelas próprias ansiedades inicia uma série de intervenções desnecessárias o que só
contribue para o agravamento do estado do paciente. Quantos exames invasivos são pedidos e
enquadram-se neste tipo de caso?
A pessoa que procura o auxílio de um médico está, na maior parte das vezes, dominada
por uma ansiedade relacionada com sua integridade ou equilíbrio e este é um estado que
primeiramente deve ser contido pelo médico e o melhor instrumento é o que foi exposto no item
referente à audição catártica.
9. 9
No decorrer do curso de medicina o aluno vai tomando contato com os mais variados
quadros patológicos com suas respectivas e apropriadas intervenções curativas. De seus
professores aprende a clínica e a terapêutica assim como o momento adequado do uso desta
última. Na Psicologia Médica o que ele deve aprender é ser continente das emoções do paciente
assim como lidar com suas próprias. Faz parte de seu aprendizado o treino em permanecer aberto
aos aspectos psico-sociais do doente. Da mesma forma o estudante deverá ser ajudado a
reconhecer seu próprio universo psicológico incluindo aqui suas motivações e conflitos, com a
finalidade de melhor lidar com eles ou de saber procurar uma ajuda específica quando isto for
necessário.
Uma variante desta temática é o treinamento para a falibilidade do médico. Como
qualquer ser humano o médico pode errar e neste sentido deve saber manejar os seus erros. Um
erro deverá ser encarado como fonte de conhecimento e não como desencadeante de uma culpa
paralisante. Quando investido de uma sentimento de onipotência o médico fica impossibilitado de
reconhecer suas próprias limitações e assim poder utilizar seus erros como bússula no seu
caminho para um diagnóstico ou para uma terapêutica. Preso na arapuca do narcisismo ou da
onipotência ele perde a capacidade de dizer "não sei" e de ficar sem "fazer nada" até que algum
elemento novo surja do prórpio paciente ou que um outro profissional mais capacitado agregue
algo ou aponte uma saida ou mesmo reconheça que esta não existe.
Volto a insistir que esta expectativa onipotente não está apenas no médico e que
freqüentemente a sua origem encontra-se no paciente que sofrendo e sentindo-se ameaçado cria
figuras todo-poderosas como meio de controlar sua ansiedade. A nossa cultura também contribui
formando um pano-de-fundo no cenário onde se dá a relação médico-paciente. Como exemplo
trago uma crônica recentemente publicada no jornal " A Folha de São Paulo" onde a cronista
descreve o insucesso de uma amiga ao consultar-se com um médico. Os comentários feitos pela
cronista apontavam a sua indignação pelo problema da amiga não ter sido resolvido.
Aproximadamente suas palavras eram estas: "...o duro é aguentar a ignorância da Medicina..."
Suponho que o unico referencial que pode estar por trás destas palavras é o da Imortalidade; o dia
em que um médico (ou qualquer ser humano em qualquer profissão) deixar de ter dentro de si a
ignorância é porque foi atingida a Onisciência e desta forma teremos todos nos tornado deuses
deixando de existir portanto morte e sofrimento. A negação da morte como fenômeno natural é um
fato bastante difundido nos dias atuais da civilização ocidental e tem merecido, por suas
implicações, a atenção de vários estudiosos.
10. 10
4- USO DA CONTRA-TRANFERÊNCIA
Fiz referência à atribuição que o doente faz ao médico de sentimentos e atitudes que
corresponderiam a outros relacionamentos passados. Este fenômeno, a Psicanalise denominou
transferência . A mesma situação, porém com sentido inverso, é possível de ocorrer: isto é,
sentimentos vivenciados pelo médico diante de seu paciente. neste caso, independentemente de
uma origem anterior ao relacionamento atual, convencionou-se chamar de contra-transferência a
tudo o que o médico sente no contexto da relação médico-paciente. Este conjunto de sentimentos
pode funcionar como um excelente guia do raciocínio clínico do profissional, e aqui, novamente o
médico não precisa fazer nada: basta sentir. Esta é a razão pela qual este item esta incluído no
presente trabalho.
A análise da contra-transferência foi e continua sendo a pedra fundamental do protótipo
dos Grupo de Formação Psicológica para Médicos. Michael Balint, psicanalista húngaro radicado
em Londres, iniciou na década de 50 este tipo de grupo com médicos generalistas da Tavistock
Clinic. Eles discutiam seus casos clínicos enquanto que o olho do psicanalista buscava os
elementos da contra-transferência; estes médicos eram estimulados a descreverem seus
sentimentos despertados pelos pacientes e com esse novo ingrediente a discussão clínica
ampliava suas fronteiras para o campo psicológico.
Este método, na sua forma original ou com algumas variações, continua sendo um
excelente instrumento para o médico conhecer a si mesmo, no contexto do exercício de sua
atividade profissional, assim como permite encontrar melhores caminhos de acesso ao mundo
psíquico do paciente.
Por força da regressão o colorido emocional da relação médico-paciente adquire matizes
muito intensos. É bastante frequente ouvir de médicos que trabalham
com pacientes muito graves que um toque corporal(um aperto de mão ou uma mão no ombro)
faz mais que muitas palavras. É possível que pacientes nestes estados hajam regredidos tanto
que chegaram a níveis pré-verbais de comunicação onde as palavras já não dizem mais nada.
Penso que fica claro, aqui, a importância para o médico, de poder reconhecer seus próprios
estados emocionais mobilizados por mecanismos intensos de identificação projetiva.
De um modo geral os médicos não são treinados para o uso deste tipo de instrumento.
Apenas alguns poucos o utilizam de uma forma intuitiva, enquanto que os demais assumem essas
emoções sentidas como sendo provenientes únicamente do seu próprio psiquismo. Aprender a
separar o que é próprio e o que, embora sentido em sí, provem do psiquismo do paciente é uma
tarefa muito árdua e sofrida pelo estudante, pois antes deste aprendizado ele vivencia tudo como
próprio, como fruto de sua inadequação, perseguindo-se e enchendo-se de culpas.
11. 11
5-INTRANSFERIBILIDADE DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
Por tudo o que já foi exposto até o momento fica claro que encaro a relação médico-
paciente como um tipo de interação humana onde estão em jogo emoções, sentimentos e
fantasias de natureza bastante primitivas e portanto muito intensas. Tal situação não é exclusiva
da Medicina, sendo provável que ocorra também em outros tipos de relacionamentos onde um dos
membros detem o poderes sobre algo muito valorizado do outro. Esta relação de dependência
vital cria uma condição tal que não é possível haver delegação de funções. Normalmente esta
exclusividade do relacionamento fica muito patente com o uso enfático de pronomes possessivos;
por exemplo: meu advogado, meu confessor, minha noiva e evidentemente meu médico.
A ninguém ocorreria mandar um substituto caso a noiva ou namorada enviasse uma
mensagem solicitando carinho e atenção. Da mesma forma uma criança que se perde num parque
de diversões só se acalma quando a mãe reaparece.
O mesmo ocorre na relação médico-paciente. O poder que se atribui a um médico para
amputar uma perna, abrir um tórax, parar um coração, injetar o que achar conveniente é algo sem
precedente em outros relacionamentos. Quando se delega a alguém tal poder, um vínculo
fortíssimo estabelece-se imediatamente e a contra-partida disso é que a partir de então essa
pessoa será aquela em que mais se confia; essa será a pessoa que conterá as ansiedades e dela
espera-se que elucide as dúvidas. Se o médico omite-se dessas funções e a delega a outro
profissional, no mínimo, está sendo desleal.
Evidentemente o que estou expondo nada tem a ver com a condição de trabalho em
equipe. Tal modalidade de atendimento é cada dia mais importante e enriquecedora do trabalho
em saúde. O que aponto é uma distorção na divisão das funções dentro de uma equipe.
Ultimamente tenho visto a inclusão de psicólogos nas equipes de saúde, mas infelizmente com um
viés no sentido destes profissionais serem chamados a exercer funções que, por mais árduas que
sejam, são da alçada do médico. Já é quase anedótico um episódio onde um cirurgião pede a um
psicólogo que avise ao paciente que dentro de algumas horas será procedida uma amputação da
perna. A racionalização do médico é que tal comunicação por envolver uma carga emocional
deveria ser feita pelo psicólogo que é o "especialista" desta área. Felizmente, pela informação que
tenho, o psicólogo recusou essa atribuição, mantendo a especificidade de seu papel.
Para finalizar gostaria de pontuar que acredito que o ensino da Psicologia Médica não
deva ficar restrito aos alunos da graduação, mas deveria alcançar a todos os profissionais de
saúde e em especial aqueles que funcionam como modelos para os iniciantes. A reflexão
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contínua das questões aqui abordadas contribuem certamente para um atendimento mais humano
aos pacientes, mas , sem dúvida, tem no próprio médico um grande beneficiado.
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BIBLIOGRAFIA
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