Os corticosteróides são hormônios esteróides produzidos no córtex adrenal a partir do colesterol. O córtex adrenal é dividido em três zonas que secretam diferentes hormônios, incluindo glicocorticoides, mineralocorticoides e hormônios sexuais."
Endocrinologia: Glândulas Adrenais e hormônios Corticosteroides.
1. Glândulas Adrenais e Corticosteroides
Visão Geral da Corticoterapia
Glicocorticoides Sintéticos
Paulo Henrique Barbosa do Nascimento
Iniciação cientifica – Escola Paulista de Medicina. Universidade Federal de São Paulo
Departamento de Farmacologia . Setor de Endocrinologia Experimental
Setembro de 2016
2. • As duas glândulas adrenais, cada uma pesando aproximadamente 4 gramas, localizam-se
nos polos superiores dos rins.
http://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/adrenal.pdf
(Acesso em 10/07/2016 às 12:55)
3. • Cada glândula é composta por duas regiões distintas: Medula adrenal e Córtex adrenal.
http://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/adrenal.pdf
(Acesso em 10/07/2016 às 12:55)
4. • Possui células cromafins que realizam a síntese e secreção de catecolaminas e opióides
endógenos.
• A medula adrenal esta funcionalmente relacionada com o sistema nervoso autônomo
(simpático), uma vez que sintetiza e secreta as catecolaminas epinefrina e norepinefrina em
resposta ao estimulo simpático.
• A epinefrina e a norepinefrina sintetizadas e secretadas pela medula adrenal causam
praticamente os mesmos efeitos que a estimulação direta dos nervo simpáticos nas diferentes
partes do corpo.
http://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/adrenal.pdf
(Acesso em 10/07/2016 às 12:55)
(aproximadamente 10 % do peso da glândula)
• CATECOLAMINAS: DOPAMINA, ADRENALINA E NORADRENALINA.
Primeira maior parte da secreção é de epinefrina (adrenalina).
Segunda maior parte da secreção é de norepinefrina (noradrenalina).
5. • A adrenalina compõe 80% das catecolaminas secretadas pela medula adrenal.
• A adrenalina é a única catecolamina que não é sintetizada fora da medula adrenal, pois as outras catecolaminas
também podem ser sintetizadas por neurônios adrenérgicos e dopaminérgicos.
• Os precursores das catecolaminas são os aminoácidos Tirosina (Tyr) ou Fenilalanina (Phe).
Síntese a partir da Tyrosine (Tyr)
• Quando são sintetizadas através do Phe, este aminoácido é convertido em Tyr por ação da enzima Phe-hidroxilase
• A metabolização das catecolaminas ocorre pela ação da catecol-O-metil transferase e da monoamino oxidase (MAO).
Quando transformadas, as catecolaminas são hidrossolúveis e excretadas na urina.
http://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/adrenal.pdf (Acesso em 26/07/2016)
6. • O Córtex adrenal sintetiza e secreta os hormônios Corticosteroides.
• Os corticosteroides são sintetizados a partir do colesterol (lipídeo).
• Tipos de corticosteroides secretados pelo córtex adrenal (hormônios adrenocorticais):
- Glicocorticoides
- Mineralocorticoides
- Hormônios Sexuais Femininos e Masculinos*.
*maior secreção de andrógenos quando comparado com a secreção de estrógenos.
http://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/adrenal.pdf
(Acesso em 10/07/2016 às 12:55)
7. • O córtex adrenal possui 3 camadas (Zonas) distintas, sendo:
- Zona Glomerulosa
- Zona Fasciculada
- Zona Reticular
Guyton & Hall – Tratado de Fisiologia Médica, 12 edição.http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/glandula-suprarenal/
(Acesso em 10/07/2016 às 14:23)
“Os corticosteróides são hormônios esteróides produzidos no córtex adrenal a partir do colesterol”
8. ZONA GLOMERULOSA
• Fina camada de células.
• Camada mais externa, localizada logo abaixo da capsula da glândula.
• Constitui cerca de 15% do córtex adrenal.
• Essas células da zona glomerulosa são as únicas da glândula adrenal, que secreta
quantidades significativas de aldosterona, por conterem a enzima aldosterona síntase,
que é necessária para sua síntese.
• A secreção dessas células é controladas, principalmente, pelas concentrações de
angiotensina II e Potássio, no líquido extracelular; Ambos estimulam a secreção de
Aldosterona, além do ACTH que também estimula a síntese e secreção de Aldosterona.
10. ZONA FASCICULADA
• Camada (Zona) do meio, ou seja, fica entre a zona glomerulosa e a zona fasciculada.
• A zona mais larga entre as três zonas presentes no córtex adrenal.
• Constitui cerca de 75% do córtex adrenal.
• Secreta cortisol e corticosterona, bem como pequenas quantidades de androgênios e
estrogênios adrenais.
• A atividade de secreção dessas células é controlada principalmente pelo ACTH
(Hormônio Adrenocorticotrópico) liberado pela adenohipófise.
12. ZONA RETICULAR
• Camada (Zona) mais profunda do córtex adrenal.
• Secreta hormônios sexuais, maior quantidade de androgênios e menor quantidade de
estrogênios, além de pequenas quantidades de glicocorticoides.
• O ACTH (Hormônio adrenocorticotrópico) controlam a atividade secretora dessas células,
embora outros fatores como o hormônio estimulante do androgênio cortical, liberado
pela hipófise, também possa estar envolvidos nessas estimulação para secreção.
14. • Hormônio hipotalâmico liberador: Fator liberador de corticotropina (CRF ou CRH).
- CRF possui 41 aminoácidos.
• Hormônio hipofisário: ACTH (Hormônio Adrenocorticotrópico)
- Produzido pelas células corticotropos da adenohipófise.
• ACTH age nas células da zona fasciculada, estimulando a produção e liberação de corticosteroides, como
o CORTISOL.
• Aumento de cortisol no sangue, gera feed-back negativo no hipotálamo e na hipófise;
No hipotálamo reduzindo a formação de CRF e na Hipófise reduzindo a formação de ACTH.
18. • TODOS OS HORMÔNIOS ESTERÓIDES HUMANOS, SÃO SINTETIZADOS Á PARTIR DO
COLESTEROL.
• O Córtex adrenal é capaz de sintetizar o colesterol a partir do acetato (20%), e 80%
restante do colesterol utilizado é proveniente das LDL do sangue circulante.
• Pela ação do LDL, o colesterol entra nas células da zonas especificas, e é
armazenado em vesículas no citoplasma.
• Quando necessário a produção de hormônios adrenocorticais, o colesterol entra
na mitocôndria, e na mitocôndria ocorre a formação de PREGNENOLONA pela
enzima colesterol desmolase, e a partir dela temos a origem dos hormônios
esteroides, através de múltiplas reações enzimáticas.
19. • As LDLs, com alta concentração de colesterol, se difundem do plasma para o líquido
intersticial.
• Daí ligam-se em receptores específicos, que encontram-se nas Depressões revestidas
na membrana das células adrenocorticais.
• Ocorre internalização por endocitose, formando vesículas, que por fim fundem-se
com lisossomos celulares, e então ocorre liberação do colesterol através de enzimas
do lisossomo, que então pode ser utilizado para síntese de corticosteroides.
20. • Quanto mais estimulo nas células de uma zona
especifica, mais colesterol é convertido em
pregnenolona nas mitocôndrias das células, para que
assim seja possível a síntese de corticosteroides.
• Pregnenolona precursor comum de todos os hormônios
corticosteroides.
21.
22.
23. • A maior parte do cortisol circulante está ligado a proteínas plasmáticas.
Cortisol: Aproximadamente 90% a 95% ligado a proteínas plasmáticas.
Especial: Globulina ligadora de cortisol (transcortina).
Isso faz com que o cortisol tenha uma meia-vida mais longa que a
aldosterona. (Aldosterona é cerca de 60% ligada a proteínas plasmáticas).
24. Os esteroides adrenais são degradados principalmente no fígado, formando especialmente ácido glicurônico
e, em menor quantidades sulfatos (ambos não apresentam atividades glicocorticoide e mineralocorticoide).
Após a formação desses produtos, no fígado, 25% é excretado pela bile, compondo as fezes.
O restante que não foram excretados pela bile, acessam a corrente sanguínea, são filtrados pelos rins e
excretados na urina.
Doenças hepáticas: Diminuem a inativação dos corticosteróides.
Doenças Renais: Diminuem a excreção desses produtos inativos.
25. • O cortisol é lipossolúvel, e pode se difundir facilmente pela membrana celular, entrando na célula.
• Ligação com receptor proteico no citoplasma, formando o complexo hormônio-receptor.
• O receptor sofre uma alteração que expõe um domínio ligante de DNA.
• Complexo hormônio-receptor vai para o núcleo celular (através do citoesqueleto).
• O receptor é reciclado em um processo dependente de ATP e é novamente combinada as HPSs no citoplasma.
• Existem ação de glicocorticoides “ mediadas por receptores, não genômicas” ação em poucos minutos.
• No núcleo celular o complexo hormônio-receptor interage com sequencia especifica do DNA
(sequências regulatórias= elementos de resposta a glicocorticoides) REPRIMINDO OU INDUZINDO A TRANSCRIÇÃO GÊNICA.
• Os glicocorticoides aumentam ou diminuem a transcrição de muitos genes, alterando a síntese de RNAm que gera as
proteínas que medeiam seus múltiplos efeitos fisiológicos.
• Assim, a maior parte dos efeitos metabólicos do cortisol não é imediata, mas precisa de 45 a 60 minutos para que as
proteínas sejam sintetizadas e de até muitas horas ou dias para que se desenvolvam plenamente.
26. • Receptores citoplasmáticos de glicocorticoides:
GRα (777 resíduos de aminoácidos) e GRβ (não parece funcionar como receptor in vivo).
• Em seu estado de “repouso” não ligado, o receptor fica no citoplasma como parte de um complexo de
proteínas que incluem as proteínas de choque térmico (HSPs, heat shock proteins) 56 e 90.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302006000600003
27. • Cortisol (muito potente, responsável por cerca de 95% do total da atividade glicocorticoide em
humanos).
• Corticosterona (menos potente que o cortisol, responsável por cerca de 4% do total da atividade
glicocorticoide em humanos).
Em roedores o principal glicocorticoide é a corticosterona.
PRINCIPAIS CORTICOSTEROIDES COM ATIVIDADE GLICOCORTICÓIDE SECRETADOS PELO CORTÉX ADRENAL:
“GLICOCORTICOIDES NATURAIS”
28. • Aldosterona ( muito potente, responsável por cerca de 90% do total da atividade
mineralocorticoide).
• Cortisol e Corticosterona ( fraca atividade mineralocorticoide).
PRINCIPAIS CORTICOSTEROIDES COM ATIVIDADE MINERALOCORTICOIDE SECRETADOS PELO CORTÉX ADRENAL:
29. • É EVIDENTE QUE ALGUNS DESSES HORMÔNIOS APRESENTAM TANTO ATIVIDADE GLICOCORTICOIDE QUANTO
MINERALOCORTICOIDE !
Esteroides Concentração Plasmática Média
(Livre e Ligada, μg/100 mL)
Concentração Média
secretada (mg/24h)
Atividade Glicocorticoide Atividade Mineralocorticoide
ESTERÓIDES ADRENAL (NATURAL)
cortisol 12 15 1,0 1,0
corticosterona 0,4 3 0,3 15,0
aldosterona 0,006 0,15 0,3 3.000
desoxicorticosterona 0,006 0,2 0,2 100
desidroepiandrosterona 175 20 ---- ----
ALGUNS ESTERÓIDES SINTÉTICOS
Cortisona ------ ------- 0,8 1,0
Prednisolona ------ ------ 4 0,8
Metilprednisona ------ ------ 5 -----
Dexametasona ------ ------ 30 -----
9α-fluorocortisol ------ ------ 10 125
“As atividades Glicocorticoide e Mineralocorticoide dos esteroides são relativas ao cortisol, cuja atividade é de 1,0.”
30. A intensidade secretória do CRF, ACTH e do Cortisol são em
seres humanos:
- Mais altas no inicio da manhã;
- Mais baixas no final da noite.
Melhor período para administração de
corticosteróides sintéticos na corticoterapia.
35. Glândula Adrenal
2 regiões
distintas
Córtex Adrenal
Medula Adrenal
3 zonas
distintas
Zona Glomerulosa
Zona Fasciculada
Zona Reticular
Secreção de
Hormônios
Corticosteroides
Aldosterona
Cortisol e Corticosterona
Androgênios e Estrogênios
principalmente
principalmente
principalmente
36. Glândula Adrenal
2 regiões
distintas
Córtex Adrenal
Medula Adrenal
3 zonas
distintas
Zona Glomerulosa
Zona Fasciculada
Zona Reticular
Secreção de
Hormônios
Corticosteroides
Catecolaminas
Opióides Endógenos
Obs.: Opióides endógenos podem levar a uma redução no cortisol sérico.
37. Oxido-redutases: São todas as enzimas que catalisam reações de oxidação-redução. O
substrato oxidado é um hidrogênio ou doador de elétron. O nome mais comum é
“desidrogenase” (sempre que possível). “Oxidase” é também usado quando o O2 é um
aceptor. São classificadas em sub-classes pois atuam em diferentes grupos doadores ou
aceptores. No caso das oxidoredutases, são 22 sub-grupos (1.1 a 1.21 e 1.97).
http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme
40. USOS TERAPÊUTICOS DE CORTICOSTERÓIDES SINTÉTICOS:
CORTICOTERAPIA
A. Distúrbios endócrinos
B. Doenças não endócrinas.
41. Indicações Terapêuticas:
• Endocrinológicas:
Insuficiência adrenal aguda e crônica, Hiperplasia adrenal congênita, Oftalmopatia de Graves.
• Reumatológicas:
Lúpus eritematoso sistêmico e vasculites (poliarterite nodosa, granulomatose de wegener, arterite de células
gigantes), artrite reumatoide, osteoartrite, tendinites, bursites, sarcoidose, artrite gotosa aguda, polimiosite,
dermatomiosite, polimialgia reumática, lombalgia, distrofias musculares, espondiloartropatias.
• Renais:
Síndrome nefrótica com lesões mínimas, nefropatia por IgA, glomerulonefrite membranosa, glomerulonefrite
rapidamente progressiva, síndrome de Goodpasture, glomerulopatias secundárias, transplante renais.
• Alérgicas:
Anafilaxia, doença do sono, hipersensibilidade a droga, urticária, angioedema.
42. • Pneumológicas:
Asma, DPOC, extubação de recém-nascidos, bronquiolite aguda em crianças, doenças intersticiais difusas,
fibrose cística, sarcoidose.
• Infecciosas:
Pneumocitose no paciente com HIV com hipoxemia moderada a grave, meningite por Haemophilus influenzae
Tipo b, choque séptico, febre reumática.
• Dermatológicas:
Pênfigo, dermatite atópica, alopecia areata, líquen, psoríase.
• Gastrenterológicas:
Doença de Chohn, retocolite ulcerativa, hepatite autoimune, hepatite crônica, transplante hepático.
43. • Hematológicas:
Leucemia linfocítica aguda e linfomas, trombocitopenia, anemia hemolítica, anemia perniciosa, púrpura
trombocitopênica autoimune, mieloma múltiplo.
• Neurológicas:
Edema cerebral, lesão medular aguda, trauma craniencefálico, paralisia de Bell, esclerose múltipla, miastenia grave.
• Outras:
Transplante de órgãos, dores oncológicas, cirurgias de grande e médio porte em pacientes com possível supressão
Adrenal, náuseas e vômitos pós-quimioterapia
Indicações Diagnósticas:
Administrar 1 mg (2 cps de 0,5 mg) de dexametasona VO (em crianças 0,3 mg/m²) às 23 h e colher sangue para
Dosar cortisol sérico às 7 h da manhã seguinte. O resultado normal é de supressão do eixo, com cortisol sérico
<1,8 μg/dL)
44.
45. • Oftálmicas:
Catarata
Coriorretinopatia
Glaucoma
Exoftalmopatia
• Cardiovasculares:
Hipertensão arterial
Doença cardiovascular
Precipitação de insuficiência cardíaca congestiva
Edema
Ruptura miocárdica pós-infarto
• Gastrintestinais:
Aumento do apetite
Úlcera péptica, gastrite
Ruptura de vísceras
Esteatose hepática
• Dermatológicas:
Acne
Alopecia
Eritema facial
Estrias violáceas
Hipertricose
Petéquias e equimoses
Dificuldade de cicatrização
• Musculoesqueléticas:
Miopatia
Osteoporose
Necrose avascular da cabeça do fêmur,
do úmero e de outros ossos.
• Neuropsiquiátricas:
Convulsões
Hipertensão intracraniana benigna
Alterações de humor (depressão, mania)
Psicose
Vertigem
Insônia
Perda de memória
• Endócrino-Metabólicas:
Síndrome de Cushing
Depósito de gordura central e giba
Hirsutismo, disfunção erétil e menstrual
Diminuição da fertilidade
Supressão do crescimento
Hiperglicemia
Retenção de Sódio, alcalose hipocalêmica
Insuficiência adrenal secundária (supressão
do eixo HHA)
Catabolismo proteico
46. HIPERGLICEMIA
ATROFIA MUSCULAR
OBESIDADE CENTRAL
FACE DE LUA CHEIA
GORDURA SUPRACLAVICULAR
CORCOVA DE BÚFALO
ÓSTEOPOROSE
VIRILIZAÇÃO E DISTÚRBIOS MENSTRUAIS EM MULHERES
HIPERTENSÃO ARTERIAL
AUMENTO DA SUSCEPTIBILIDADE ÁS INFECÇÕES
DISTURBIOS DE COMPORTAMENTO
CRISE DE GLAUCOMA
SUPRESSÃO EHHA
ÚLCERA PÉPTICA, GASTRITE
CARDIOPATIA COM HIPERTENSÃO E ICC.
OSTEOPOROSE
GLAUCOMA
PSICOSES
!!!
!!!
51. EXISTEM CONSIDERAÇÕES QUE SEVEM SER FEITAS ANTES
DE INICIAR A CORTICOTERAPIA!
o Gravidade da doença de base.
o Tempo previsto para o tratamento.
o Qual a preparação do GC a ser empregado ?
o Dose terapêutica mínimo efetiva.
o Se existe Predisposição para efeitos colaterais.
o Há como associar outras drogas, visando reduzir a dose do GC e efeitos colaterais?
o O esquema pode ser usado em dias alternados ?
54. Resumidamente, usados para suprimir a inflamação e as respostas imunológicas associadas a
certos distúrbios como asma, artrite reumatoide e rejeição de órgãos após o transplante.
55. • Cortisol (hidrocortisona)
• Cortisona
• Prednisona
• Prednisolona
• Metilprednisolona
• Metilprednisona
• Triancinolona
• Betametasona
• Dexametasona (30x mais potente que o cortisol)
56. • Ação curta: Cortisona e Cortisol (hidrocortisona).
Suprimem o ACTH por 8 a 12 horas.
• Ação média: Prednisona, Prednisolona, Metilprednisolona e Triancinolona.
Suprimem o ACTH por 12 a 36 horas.
• Ação longa: Dexametasona e Betametasona
Suprimem o ACTH por 36 a 72 horas.
57. Suspensão abrupta da terapia com Glicocorticoides (GC) pode resultar em INSUFICIÊNCIA SUPRA-RENAL AGUDA!
Hipotensão e choque
Hipertermia
Taquicardia
Desidratação
Náusea e Vômito
Anorexia
Fraqueza e apatia
Hipoglicemia
Confusão mental
Desorientação
(POR ISSO É IMPORTANTE O CORRETO DESMAME DE GLICOCORTICOIDE!)
SINAISESINTOMAS
Doses > 40 mg/dia por mais de 1 semana = supressão do Eixo HHA.
Doses < 20 mg/dia = Supressão do Eixo HHA somente após 30 dias de uso.
Se desenvolver uma insuficiência supra-renal aguda, é necessário:
TERAPIA DE REPOSIÇÃO: Hidrocortisona ou Cortisona.
60. Paulo Henrique Barbosa do Nascimento
A. DISTÚRBIOS ENDÓCRINOS (TERAPIA DE REPOSIÇÃO):
• TERAPIA DE REPOSIÇÃO (SUBSTITUIÇÃO)
Hipofunção do córtex adrenal
Na terapêutica substitutiva os corticosteróides são indicados nos seguintes casos:
- Insuficiência Adrenal Aguda (Crise Adrenal).
- Insuficiência Adrenal Crônica (Doença de Addison).
- Hiperplasia Adrenal Congênita.
Insuficiência suprarrenal primária: Reposição de Glicocorticoides e Mineralocorticoides.
Insuficiência suprarrenal secundária: Reposição somente de Glicocorticoides.
61. O Tratamento da hipofunção do córtex adrenal tem como objetivo a reposição de
Mineralocorticoides e/ou Glicocorticoides, nas menores doses efetivas possíveis, de modo a
minimizar os efeitos adversos do excesso crônico desses fármacos.
Na terapia de Reposição com glicocorticoides sintéticos os escolhidos são:
- Cortisol (hidrocortisona)
- Cortisona.
Possuem curta duração e baixa atividade glicocorticoide quando comparados com outros
corticosteroides sintéticos.
Corticosteroides sintéticos na Terapia de Reposição:
63. • O tratamento crônico com glicocorticoides deve ser reduzido lentamente e de modo gradativo (desmame
do glicocorticoide).
- A interrupção abrupta de glicocorticoides sistêmicos pode resultar em insuficiência suprarrenal aguda.
• Os glicocorticoides com maior potência anti-inflamatória geralmente apresentam duração de ação mais
longa.
• Não se deve substituir abruptamente os glicocorticoides orais em altas doses por formulações inaladas.
Considerações terapêuticas dos glicocorticoides
64. Ação sistêmica X Ação local
• Glicocorticoides de ação sistêmica
• Glicocorticoides de ação local
Glicocorticoides inalados ou intranasal
Glicocorticoides cutâneos
Glicocorticoides de depósito
65. Aspectos farmacocinéticos dos glicocorticoides:
• Os glicocorticoides podem ser administrados por várias vias.
• Todos “podem” ser administrados sistemicamente por via intramuscular ou intravenosa. A maioria é ativa por via
oral.
• A maioria pode também ser administrado topicamente- por injeção intra-articular, na forma de aerossol pelo trato
respiratório, como colírio ou gotas nasais, ou aplicadas em cremes ou pomadas na pele.
• A administração tópica diminui a probabilidade de efeitos tóxicos sistêmicos, a não ser que seja utilizado em
grandes quantidades.
• Tratamentos em dias alternados pode reduzir os efeitos adversos.
• Os esteroides ligados a DBG e à Albumina são biologicamente inativos.
• Por serem moléculas lipofílicas pequenas os glicocorticoides entram na células por difusão simples.
66. MUITA ATENÇÃO!
Como os glicocorticoides inalados são aplicados diretamente sobre o órgão inflamado, mas
não na circulação sistêmica, é necessário uma dose menor de glicocorticoide inalado do
que de glicocorticoide oral para controlar a inflamação das vias respiratórias.
PRINCIPAIS GLICOCORTICOIDES INALATÓRIOS :
fluticasona budenisona beclometasona flunisolida
triancinolona
Glicocorticoides sintéticos X Sistema Respiratório
(Glicocorticoides Inalatórios)
67. Asma crônica e glicocorticoides inalados
- Método de escolha para o tratamento crônico da asma.
- Os glicocorticoides reduzem os sintomas da asma ao inibir as respostas inflamatórias da
asma.
- Inibição da liberação de citocinas e a inibição subsequente da resposta inflamatória.
68. • Uma complicação local potencial da terapia com glicocorticoides inalados, uma vez que
quantidades de glicocorticoides atingem diretamente as mucosas oral e faríngea
resultando em imunossupressão e possibilitando a ocorrência de infecção por
microrganismos oportunistas.
• Pode evitar-se a candidíase orofaríngea enxaguando a boca com agua após cada dose de
glicocorticoide usado em aerossol ou utilizando colutório com antifúngico.
A candidíase orofaríngea e os glicocorticoides inalados: