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Endocrinologia
FUNORTE
Medicina Veterinária
Prof. Antônio Egídio – Dida
Médico Veterinário
1
Conceitos gerais de endocrinologia
• Hormônio (grego = hormao = excitar).
• Sistema endócrino e o sistema nervoso –
meios de transmissão de informações entre
diferentes células e tecidos do organismo.
• Endócrino X exócrino
• Hormônio – ações mediadas pelas ligações
a receptores – são efetores alostéricos.
2
HORMÔNIOS
• São substâncias químicas produzidas pelas
glândulas endócrinas, ou até mesmo por células
isoladas, que quando lançadas na corrente
sanguínea, agirão à distância, inibindo ou
estimulando a função de certos órgãos-alvos.
• Atuam como mensageiros, transmitindo
informações aos órgãos-alvos, para que estes
executem funções.
• Devido a esse mecanismo, o sistema hormonal
é importante para auxiliar na manutenção da
homeostase.
3
Para o controle da função corporal existem
dois sistemas:
• Sistema nervoso: secreta neurotransmissores nas
junções sinápticas o que desencadeia o impulso
nervoso para a regulação das funções.
• Sistema endócrino: secretos hormônios através de
glândulas na corrente sanguínea e estes chagam as
células alvo onde desempenham sua função de
controle.
• Ambos os sistemas citados acima atuam em
conjunto para o controle das funções corporais.
4
Hormônios
definição:
Substâncias químicas,
secretadas para o sangue
por céls. especializadas,
que regulam a(s)
função(ões) metabólica(s)
de outras céls. do
organismo.
composição
química:
derivados de aas ou de
colesterol
produção:
glândulas endócrinas
ou tecido
neurossecretor
transporte:
no sangue: livres ou
ligados às proteínas
plasmáticas
atuação:
nas células-alvo
(com receptor)
degradação:
pelo fígado (fezes) e
excreção renal
Conceitos gerais sobre os hormônios
5
SISTEMA ENDÓCRINO
• A hipófise, o hipotálamo, a tireóide, as
supra-renais, o pâncreas e as gônadas
(ovários e testículos) são os órgãos
principais que formam o sistema endócrino.
6
7
Hipófise
Cão
VISÃO GERAL DO
SISTEMA ENDÓCRINO 8
Citocinas
Insulina
H. Hipofisários
H. Hipotalâmicos
Liberação Hormonal - Ação
9
Prot[eicos:
Hormônios
• H. Hipotalâmicos.
• H. Hipofisários.
• H. Paratireoides.
Derivado aa:
• H. Tiroidianos
• Catecolaminas.
Esteróides:
• H. Sexuais.
• Cortisol.
Eicosanóides:
• Prostaglandinas.
• Leucotrienos
Tipos de Hormônios
10
Classificação química dos hormônios
• Derivados de várias classes de componentes
usados pelo organismo com propósitos
funcionais gerais.
• Derivados de aminoácidos, colesterol,
fosfolipídios.
Eicosanóides
11
Tipos de hormônios
Genes celulares
Enzimas
Oncogenes
Dieta
Proteínas ou peptídeos
Aminoácidos ou análogos
Esteróides
Eicosanóides
Produtos de oncogenes
Vitaminas
Proteínas reguladoras
Neurotransmissores
Hormônios
Fatores autócrinos e/ou
parácrinos
12
Tipos de hormônios
• Em termos gerais:
– Peptídeos ou proteínas: derivados de
aminoácidos.
– Esteróides: derivados do colesterol.
– Eicosanóides: (fosfolipídios).
13
Classe de ação hormonal
• Classificados de acordo com a ação que
mediam.
– Glicocorticóides: regulação dos carboidratos.
– Mineralocorticóides: regulação dos sais.
– Hormônios tróficos:gonadotrofinas.
Pelo nome da glândula:
Paratormônio.
14
Ação dos hormônios
• Efeito no desenvolvimento fetal.
• Crescimento celular.
• Efeitos no SNC.
• Efeitos no metabolismo.
• Efeito na função cardiovascular e renal.
• Efeito no metabolismo mineral e na água.
• Efeito na função esquelética.
• Efeito na função reprodutiva. 15
Síntese, armazenamento e secreção
• Componentes subcelulares da síntese,
armazenamento e secreção.
– RER
– Golgi
– Vesículas secretoras
– Mitocôndrias
16
Síntese, armazenamento e secreção
• Uma vez que as proteínas e hormônios
peptídicos são armazenados em grânulos
secretores, é necessário para sua síntese
ocorrer o empacotamento em estruturas
especializadas.
17
Síntese, armazenamento e secreção
• Dentro do retículo endoplasmático, a
proteína passa para o complexo de golgi por
fusão de vesículas nas quais os hormônios
começam a ser clivados por ação de
peptidases até tornar-se biologicamente
ativo.
18
Síntese, armazenamento e secreção
• Frequentemente são co-secretados fragmentos do
hormônio ativo.
• A síntese de hormônios esteróides ocorre nas
mitocôndrias e retículo endoplasmático rugoso e
não requer expressão de gene imediata.
• Requer a presença de enzimas espécíficas que
convertem colesterol no esteróide apropriado.
• São expressadas enzimas diferentes para
esteróides diferentes, e a expressão é controlada
através de hormônios tróficos. 19
Síntese, armazenamento e secreção
• Os hormônios derivados das aminas, como
as catecolaminas, melatonina, e serotonina
são formadas por modificações da cadeia
lateral de uma tirosina ou do triptofano,
enquanto a família dos eicosanóides é
formada por fosfolipídios.
20
• Hormônios peptídicos e protéicos – são
muito hidrofílicos – não precisam de
transportadores.
• Hormônios esteróides e tireodianos –
solubilidade reduzida – circulam ligados a
proteínas plasmáticas.
Transporte Hormonal no Sangue
21
Transporte Hormonal no sangue
• Os hormônios esteróides e tireoidianos são
menos solúveis em solução aquosa que os
hormônios protêicos e mais de 90%
circulam no sangue complexados a sais ou
proteínas plasmáticas específicas ou a
albumina. Hormônios complexados e livre
estão em equilíbrio.
22
Transporte hormonal no sangue
• Geralmente é aceito que os hormônios
livres são biologicamente ativos e o
hormônio complexado provê um
reservatório circulante.
• Mais recentemente foi sugerido que as
globulinas específicas não sejam apenas
transportadores passivos, mas podem
interagir com receptores de membrana e
iniciar uma rota de transdução notável. 23
Transporte hormonal no sangue
• A maioria das proteínas carregadoras são
sintetizadas no fígado, e alterações nas
concentrações no soro destas proteínas
altera as concentrações séricas totais de um
hormônio complexado, mas pode ter muito
menos efeito nas concentrações de
hormônio livre.
24
INTERAÇÃO HORMÔNIO-
CÉLULA
• Apesar dos hormônios estarem distribuídos
através do corpo, somente as células com
receptores apropriados são afetadas.
• Os receptores hormonais tem duas funções
principais:
– Reconhecer e ligar-se especificamente ao seu
hormônio particular.
– Iniciar um sinal da célula alvo a um hormônio de
acordo com a concentração de hormônio.
25
Metabolismo dos hormônios
• Conversão metabólica – perda de atividade
hormonal.
• Podem ocorrer no tecido-alvo, fígado e rins
– eliminação pela urina.
• Reações catalisadas por enzimas – reações
de redução e/ou conjugação.
• Taxa de eliminação alterada por vários
fatores.
26
MECANISMOS DE
REGULAÇÃO HORMONAL
• Para manter a homeostase, a secreção de
hormônios deve ser “ligada” e “desligada”,
quando necessário.
• Ajustes nas velocidades de secreção podem ser
executados por dois mecanismos diferentes:
• Mecanismos de feedback (retroalimentação)
• Mecanismos neurais
27
MECANISMOS NEURAIS
• São ilustrados pela secreção de
catecolaminas:
– Nervos simpáticos fazem sinapse na medula
adrenal e, quando estimulados causam
secreção das catecolaminas (epinefrina,
norepinefrina e dopamina) na circulação.
28
MECANISMOS POR
FEEDBACK
• Os mecanismos por feedback são mais comuns
do que os neurais.
• O termo feedback significa que algum elemento
da resposta fisiológica a um hormônio
“retroalimenta ”, direta ou indiretamente, a
glândula endócrina que secretou o hormônio,
fazendo com que haja alteração na velocidade de
secreção desse hormônio.
29
MECANISMOS POR
FEEDBACK
• O feedback pode ser negativo ou
positivo.
• O feedback negativo é o mecanismo mais
importante e comum para regular a
secreção hormonal.
• O feedback positivo é raro.
30
FEEDBACK NEGATIVO
• Os fundamentos do feedback negativo sustentam a
regulação homeostática praticamente em todos os
sistemas do organismo.
• Nesse sistema as concentrações aumentadas de
hormônio resultam na sua menor produção.
• Os efeitos dos hormônios são proporcionais às suas
concentrações sanguíneas, portanto o controle de tais
concentrações é um importante meio de garantir a
função fisiológica está sendo cumprida.
31
FEEDBACK NEGATIVO
• Nos sistemas endócrinos o feedback negativo significa
que alguma característica da ação hormonal, direta ou
indiretamente, inibe a secreção posterior do hormônio.
– Exemplo: o hipotálamo secreta um hormônio
liberador, que estimula a secreção de um hormônio
da adenohipófise.
• Este, por sua vez, atua sobre uma glândula
endócrina periférica (p. ex., os testículos), que
atua em tecidos-alvo (p.ex. músculo esquelético)
produzindo as ações fisiológicas.
–Os hormônios retroalimetam na hipófise
anterior e no hipotálamo, inibindo as suas
secreções hormonais.
32
REGULAÇÃO HORMONAL
Retroalimentação (-)
33
34
FEEDBACK POSITIVO
• O feedback positivo é raro.
• Com o feedback positivo, alguma característica
hormonal provoca mais secreção do hormônio.
• Quando comparado com o feedback negativo, que
é autolimitante, o feedback positivo é
autocrescente.
• Embora raro nos sistema biológicos, quando o
feedback positivo ocorre, ele conduz a um evento
explosivo.
35
A hipófise, seus hormônios e a
regulação de suas secreções
Sistema Endócrino
36
A Hipófise
hipófise anterior
hipófise posterior
A Hipófise e sua origem embrionária
cavidade oral
primitiva
hipófise anterior
ou adenohipófise
hipófise posterior
ou neurohipófise
A Hipófise possui três porções: a anterior (ou adenohipófise), a posterior (ou neurohipófise) e a intermédia (não
visível no esquema acima). No esquema acima é possível observar as diferenças básicas entre a adenohipófise e a
neurohipófise: a adenohipófise origina-se do epitélio que evagina e se destaca do palato duro (bolsa de Rathke), migrando em
direção ao tubo neural e a neurohipófise é uma evaginação do assoalho do diencéfalo.
A Hipófise e sua origem embrionária
40
A HIPÓFISE E SUAS RELAÇÕES COM O HIPOTÁLAMO
Posterior
Anterior
41
A IRRIGAÇÃO DA HIPÓFISE
Adenohipófise (pelo sistema porta-hipotalâmico-hipofisário originado na
eminência mediana) e da neurohipófise.
Posterior
Anterior
42
hipotálamo
• O hipotálamo é localizado acima da hipófise e
produz hormônios que atuam diretamente na
mesma, para estimular ou inibir a liberação
dos hormônios hipofisários.
43
hipotálamo
44
Os núcleos hipotalâmicos
Diagrama do
hipotálamo
humano,
ilustrando seus
principais
núcleos
45
Axônios de
neurônios
hipotalâmicos
Sistema
porta-
hipotalâmico-
hipofisário
Os núcleos hipotalâmicos
46
A HIPÓFISE E SUAS RELAÇÕES COM O HIPOTÁLAMO
47
O CONTROLE DA HIPÓFISE ANTERIOR E POSTERIOR PELO HIPOTÁLAMO
48
A HIPÓFISE E SUAS RELAÇÕES COM O HIPOTÁLAMO
Posterior Anterior
49
O SISTEMA
PORTA
HIPOTALÂMICO-
HIPOFISÁRIO
50
A REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DA ADENOHIPÓFISE PELOS
HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS
51
ONDE É PRODUZIDO CADA HORMÔNIO
52
Hormônios da adenohipófise:
Hormônio folículo-estimulante (FSH)
Hormônio luteinizante (LH)
Hormônio tireo-estimulante (TSH)
Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)
Prolactina (PRL)
Hormônio do crescimento (GH)
AADENOHIPÓFISE, SEUS HORMÔNIOS E OS HORMÔNIOS
REGULADORES HIPOTALÂMICOS
53
Hormônios da adenohipófise:
Hormônio folículo-estimulante (FSH)
Hormônio luteinizante (LH)
Hormônio tireo-estimulante (TSH)
Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)
Prolactina (PRL)
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Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH)
Hormônio liberador de tireotrofina (TRH)
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Hormônio liberador de Prolactina (TRH)
Hormônio inibidor de Prolactina (Dopamina)
Hormônio liberador de GH (GHRH)
Hormônio inibidor de GH (Somatostatina)
AADENOHIPÓFISE, SEUS HORMÔNIOS E OS HORMÔNIOS
REGULADORES HIPOTALÂMICOS
54
HORMÔNIOS DAADENOHIPÓFISE E SEUS ÓRGÃOS-ALVO
55
O CONTROLE DA SECREÇÃO HIPOTALÂMICA E ADENOHIPOFISÁRIA:
RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA exemplo:
56
HORMÔNIOS DA NEUROHIPÓFISE
ADH (Hormônio antidiurético ou vasopressina)
Neurohipófise
urina concentrada
e volume reduzido
urina diluída e
volume aumentado
água corporal água corporal
osmolaridade
do sangue
sede
Hormônio
Antidiurético
reabsorção
de água
reabsorção
de água
osmolaridade
do sangue
Hipotálamo
57
HORMÔNIOS DA NEUROHIPÓFISE
ADH (Hormônio antidiurético ou vasopressina)
58
sem ADH
com ADH
HORMÔNIOS DA NEUROHIPÓFISE
ADH (Hormônio antidiurético ou vasopressina)
Ação no néfron distal (TCD e ducto coletor)
59
Ocitocina
envolvida no parto e na lactação (ejeção láctea)
Hipotálamo
Neurohipófise
aferência
sensorial
contração
do miométrio
Ocitocina
parto
útero
+
sucção mamilar
ejeção láctea
aferência
sensorial
Na ejeção do leite (ou galactocinese), assim como nas demais espécies
de mamíferos, em humanos a ocitocina é fundamental para a
ocorrência da lactação.
60
Células acinares
Exocitose de
grânulos com leite
Células mioepiteliais
Ácino mamário
Luz do ácino
mamário
OCITOCINA
+
PROLACTINA
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extraído enquanto disponível de: http://mammary.nih.gov/reviews/development/Hennighausen001/index.html
Alvéolo (ou ácino) da
glândula mamária
61
Alvéolo (ou ácino) da glândula mamária
P: a progesterona inibe a lactação durante a gravidez
62
Hormônios da Adenohipófise:
Prolactina (PRL)
e do Crescimento (GH)
63
Secreção de Prolactina pela adenohipófise
O reflexo neuroendócrino da galactogênese e ejeção láctea
64
Adenohipófise
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Hipotálamo
P I H
Dopamina
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P R F
Ocitocina(?)
+
PIH: Horm. Inibidor da secreção de Prolactina
PRF: Fator liberador de Prolactina
Prolactina
aferência
sensorial
Secreção de Prolactina pela adenohipófise
O reflexo neuroendócrino da galactogênese e ejeção
láctea
TRH
65
Regulação neuroendócrina da lactação
Reflexo neuroendócrino causado pela sucção no mamilo, levando à secreção de Ocitocina e Prolactina. Por sua vez, estes
hormônios induzem a ejeção do leite (galactocinese) e a produção contínua do leite (galactopoiese). A PRL também induz
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66
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67
Hormônio da adenohipófise:
Hormônio do crescimento (GH)
A ADENOHIPÓFISE, SEUS HORMÔNIOS E OS HORMÔNIOS
REGULADORES HIPOTALÂMICOS
Hormônios hipotalâmicos:
Hormônio liberador de GH (GHRH)
Hormônio inibidor de GH (Somatostatina ou GHIH)
Saladin, 2002; veja apresentação competa aqui
68
A secreção de GH ocorre em pulsos. Por quê?
69
Porque a secreção de GH depende de diversos
reguladores intra e extra-hipotalâmicos
70
A secreção de GH é regulada primeiramente pelo
GHRH e GHIH
GHRH e GHRIH, por sua vez, são
influenciados por diversos fatores,
permitindo, assim, a regulação fina da
secreção de GH.
A secreção de GH é
regulada por dois
hormônios peptídicos
secretados por céls.
neurosecretoras:
Hormônio Liberador
de GH (GHRH) que
estimula sua síntese e
liberação e o
Hormônio inibidor da
liberação de GH
(GHRIH ou GHIH) ou
somatostatina
que diminui sua síntese
e secreção.
71
A secreção de GH é regulada primeiramente
pelo GHRH e GHIH
Quando o GHRH predomina, ocorre a secreção de GH
GH
GHRH e GHRIH, por sua vez, são
influenciados por diversos fatores,
permitindo, assim, a regulação fina da
secreção de GH.
A secreção de GH é
regulada por dois
hormônios peptídicos
secretados por céls.
neurosecretoras:
Hormônio Liberador
de GH (GHRH) que
estimula sua síntese e
liberação e o
Hormônio inibidor da
liberação de GH
(GHRIH ou GHIH) ou
somatostatina
que diminui sua síntese
e secreção.
72
O GH estimula a
produção de fatores de
crescimento
semelhantes à Insulina
(IGFs) em diversos
órgãos, em especial no
fígado.
GH e IGF1
Medeiam os efeitos
do próprio GH
modificando a secreção
de GH por
retroalimentação
negativa
A secreção de GH é regulada primeramente pelo
GHRH e GHIH
A secreção de GH promove uma série de efeitos fisiológicos
73
O GH estimula a
produção de fatores de
crescimento
semelhantes à Insulina
(IGFs) em diversos
órgãos, em especial no
fígado.
GH e IGF1
Medeiam os efeitos
do próprio GH
modificando a secreção
de GH por
retroalimentação
negativa

O aumento da secreção de GH inibe, por si, a secreção de GHRH
e estimula a secreção de GHIH, que inibe a secreção de GHRH
74
Fatores que estimulam ou suprimem a secreção de GH sob
condições fisiológicas
SST: somatostatina ou GHRIH ou SRIH 75

GH estimula
produção de
insulina.
IGF-1 (fator de
crescimento de
tipo insulina 1 ou
somatomedina
Também, a secreção de GH estimula a síntese e secreção de IGF-I que,
por sua vez, inibe a secreção de GHRH e estimula a secreção de GHRIH
76
As ações fisiológicas do GH/IGF-I
77
Eixo hipotalâmico-
hipofisário-
hepático da
regulação da
secreção do
Hormônio do
Crescimento (GH)
e fatores que
influenciam a sua
secreção.
ALS: subunidade ácido-lábil; GHBP:
proteína de ligação do GH; GHRH:
Hormônio Liberador de GH; IGFBP:
proteína de ligação dos fatores de
crescimento semelhantes à insulina (IGF-
1); IGF-1: fator de crescimento
semelhante à insulina, do tipo 1; SS:
Somatostatina. 78
Tecido ósseo
osteoblastos
osteoclastos
Ações do GH e IGF´s na fisiologia óssea
AS AÇÕES DO GH SOBRE O CRESCIMENTO DO ESQUELETO SE
DEVEM À PROLIFERAÇÃO CELULAR E AO ESTÍMULO DA SÍNTESE
DE COLÁGENO, PRINCIPAL COMPONENTE DA MATRIZ ORGÂNICA,
NA PLACA EPIFISÁRIA.
PORÉM, ESTAS AÇÕES SÃO MEDIADAS PELOS IGF´S,
PRINCIPALMENTE IGF-I PARÁCRINO E AUTÓCRINO.
A PLACA EPIFISÁRIA (COM PRÉ-CONDRÓCITOS) SINTETIZA IGF-I EM
RESPOSTAAO GH 79
Tecido ósseo
osteoblastos
osteoclastos
Ações do GH e IGF´s na fisiologia óssea
O IGF-I SINTETIZADO NA PLACA EPIFISÁRIAAGE PARACRINA E
AUTOCRINAMENTE NAS DEMAIS CÉLULAS DO DISCO EPIFISÁRIO.
PRINCIPALAÇÃO: ATIVAÇÃO DA MITOGÊNESE
PORÉM, O FECHAMENTO DO DISCO EPIFISÁRIO IMPEDE O EFEITO
NO CRESCIMENTO LONGITUDINAL ÓSSEO, EXCETO EM OSSOS
PLANOS, CURTOS OU IRREGULARES, QUE AINDA POSSUEM
RESQUÍCIOS DE TECIDO CARTILAGINOSO (COMO OSSOS FRONTAIS,
MANDÍBULA E FALANGES DISTAIS) QUE PODEM SOFRER AÇÃO DE
EVENTUAL EXCESSO DE GH/IGF-I. 80
Perfil de secreção de GH ao longo da vida
81
Gigantismo em coelhos
82
Gigantismo em Bovino
83
Gigantismo em Felinos
84
Gigantismo em Suínos
85
Gigantismo: excesso
de GH na infância
ALTERAÇÕES DA SECREÇÃO DE GH NA INFÂNCIA.
Robert P. Wadlow ao lado do irmão Aos 20 anos, ao lado da mãe.
Nanismo: falta ou deficiência na infância
These girls are
sisters. The girl
on the left lacked
growth hormone.
In this picture
she was 18cm
shorter than her
sister, despite
being one and a
half years older.
http://www.schoo
lscience.co.uk/co
ntent/4/biology/a
bpi/hormones/ho
rm3.html Não
encontrado
http://www.altonweb.com/history/wadlow/
86
Acromegalia: excesso de secreção de GH após a puberdade.
Repare na estrutura
óssea da face e das
mãos
ALTERAÇÕES NA SECREÇÃO DE GH NA VIDA ADULTA
87
SHREK EXISTIU...
...e falava 14 idiomas. O personagem de desenho animado que é sucesso em todo mundo
provavelmente foi criado a partir de uma máscara mortuária do francês Maurice Tillet. Poeta, ator e
lutador de luta livre profissional, com o nome de "assustador ogro dos ringues“, Tillet morreu aos 51 anos
de idade.
Acromegalia: excesso de secreção de GH após a puberdade.
ALTERAÇÕES NA SECREÇÃO DE GH NA VIDA ADULTA
88
Acral enlargement in acromegaly.
Comparison with a normal
subject.
Intradental separation and
prognathism in a patient with
acromegaly.
Acromegalia: excesso de secreção de GH após a puberdade.
ALTERAÇÕES NA SECREÇÃO DE GH NA VIDA ADULTA
89
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Endócrina daqui a pouco...
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Funorte endocrinologia

  • 1. Endocrinologia FUNORTE Medicina Veterinária Prof. Antônio Egídio – Dida Médico Veterinário 1
  • 2. Conceitos gerais de endocrinologia • Hormônio (grego = hormao = excitar). • Sistema endócrino e o sistema nervoso – meios de transmissão de informações entre diferentes células e tecidos do organismo. • Endócrino X exócrino • Hormônio – ações mediadas pelas ligações a receptores – são efetores alostéricos. 2
  • 3. HORMÔNIOS • São substâncias químicas produzidas pelas glândulas endócrinas, ou até mesmo por células isoladas, que quando lançadas na corrente sanguínea, agirão à distância, inibindo ou estimulando a função de certos órgãos-alvos. • Atuam como mensageiros, transmitindo informações aos órgãos-alvos, para que estes executem funções. • Devido a esse mecanismo, o sistema hormonal é importante para auxiliar na manutenção da homeostase. 3
  • 4. Para o controle da função corporal existem dois sistemas: • Sistema nervoso: secreta neurotransmissores nas junções sinápticas o que desencadeia o impulso nervoso para a regulação das funções. • Sistema endócrino: secretos hormônios através de glândulas na corrente sanguínea e estes chagam as células alvo onde desempenham sua função de controle. • Ambos os sistemas citados acima atuam em conjunto para o controle das funções corporais. 4
  • 5. Hormônios definição: Substâncias químicas, secretadas para o sangue por céls. especializadas, que regulam a(s) função(ões) metabólica(s) de outras céls. do organismo. composição química: derivados de aas ou de colesterol produção: glândulas endócrinas ou tecido neurossecretor transporte: no sangue: livres ou ligados às proteínas plasmáticas atuação: nas células-alvo (com receptor) degradação: pelo fígado (fezes) e excreção renal Conceitos gerais sobre os hormônios 5
  • 6. SISTEMA ENDÓCRINO • A hipófise, o hipotálamo, a tireóide, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas (ovários e testículos) são os órgãos principais que formam o sistema endócrino. 6
  • 8. VISÃO GERAL DO SISTEMA ENDÓCRINO 8
  • 10. Prot[eicos: Hormônios • H. Hipotalâmicos. • H. Hipofisários. • H. Paratireoides. Derivado aa: • H. Tiroidianos • Catecolaminas. Esteróides: • H. Sexuais. • Cortisol. Eicosanóides: • Prostaglandinas. • Leucotrienos Tipos de Hormônios 10
  • 11. Classificação química dos hormônios • Derivados de várias classes de componentes usados pelo organismo com propósitos funcionais gerais. • Derivados de aminoácidos, colesterol, fosfolipídios. Eicosanóides 11
  • 12. Tipos de hormônios Genes celulares Enzimas Oncogenes Dieta Proteínas ou peptídeos Aminoácidos ou análogos Esteróides Eicosanóides Produtos de oncogenes Vitaminas Proteínas reguladoras Neurotransmissores Hormônios Fatores autócrinos e/ou parácrinos 12
  • 13. Tipos de hormônios • Em termos gerais: – Peptídeos ou proteínas: derivados de aminoácidos. – Esteróides: derivados do colesterol. – Eicosanóides: (fosfolipídios). 13
  • 14. Classe de ação hormonal • Classificados de acordo com a ação que mediam. – Glicocorticóides: regulação dos carboidratos. – Mineralocorticóides: regulação dos sais. – Hormônios tróficos:gonadotrofinas. Pelo nome da glândula: Paratormônio. 14
  • 15. Ação dos hormônios • Efeito no desenvolvimento fetal. • Crescimento celular. • Efeitos no SNC. • Efeitos no metabolismo. • Efeito na função cardiovascular e renal. • Efeito no metabolismo mineral e na água. • Efeito na função esquelética. • Efeito na função reprodutiva. 15
  • 16. Síntese, armazenamento e secreção • Componentes subcelulares da síntese, armazenamento e secreção. – RER – Golgi – Vesículas secretoras – Mitocôndrias 16
  • 17. Síntese, armazenamento e secreção • Uma vez que as proteínas e hormônios peptídicos são armazenados em grânulos secretores, é necessário para sua síntese ocorrer o empacotamento em estruturas especializadas. 17
  • 18. Síntese, armazenamento e secreção • Dentro do retículo endoplasmático, a proteína passa para o complexo de golgi por fusão de vesículas nas quais os hormônios começam a ser clivados por ação de peptidases até tornar-se biologicamente ativo. 18
  • 19. Síntese, armazenamento e secreção • Frequentemente são co-secretados fragmentos do hormônio ativo. • A síntese de hormônios esteróides ocorre nas mitocôndrias e retículo endoplasmático rugoso e não requer expressão de gene imediata. • Requer a presença de enzimas espécíficas que convertem colesterol no esteróide apropriado. • São expressadas enzimas diferentes para esteróides diferentes, e a expressão é controlada através de hormônios tróficos. 19
  • 20. Síntese, armazenamento e secreção • Os hormônios derivados das aminas, como as catecolaminas, melatonina, e serotonina são formadas por modificações da cadeia lateral de uma tirosina ou do triptofano, enquanto a família dos eicosanóides é formada por fosfolipídios. 20
  • 21. • Hormônios peptídicos e protéicos – são muito hidrofílicos – não precisam de transportadores. • Hormônios esteróides e tireodianos – solubilidade reduzida – circulam ligados a proteínas plasmáticas. Transporte Hormonal no Sangue 21
  • 22. Transporte Hormonal no sangue • Os hormônios esteróides e tireoidianos são menos solúveis em solução aquosa que os hormônios protêicos e mais de 90% circulam no sangue complexados a sais ou proteínas plasmáticas específicas ou a albumina. Hormônios complexados e livre estão em equilíbrio. 22
  • 23. Transporte hormonal no sangue • Geralmente é aceito que os hormônios livres são biologicamente ativos e o hormônio complexado provê um reservatório circulante. • Mais recentemente foi sugerido que as globulinas específicas não sejam apenas transportadores passivos, mas podem interagir com receptores de membrana e iniciar uma rota de transdução notável. 23
  • 24. Transporte hormonal no sangue • A maioria das proteínas carregadoras são sintetizadas no fígado, e alterações nas concentrações no soro destas proteínas altera as concentrações séricas totais de um hormônio complexado, mas pode ter muito menos efeito nas concentrações de hormônio livre. 24
  • 25. INTERAÇÃO HORMÔNIO- CÉLULA • Apesar dos hormônios estarem distribuídos através do corpo, somente as células com receptores apropriados são afetadas. • Os receptores hormonais tem duas funções principais: – Reconhecer e ligar-se especificamente ao seu hormônio particular. – Iniciar um sinal da célula alvo a um hormônio de acordo com a concentração de hormônio. 25
  • 26. Metabolismo dos hormônios • Conversão metabólica – perda de atividade hormonal. • Podem ocorrer no tecido-alvo, fígado e rins – eliminação pela urina. • Reações catalisadas por enzimas – reações de redução e/ou conjugação. • Taxa de eliminação alterada por vários fatores. 26
  • 27. MECANISMOS DE REGULAÇÃO HORMONAL • Para manter a homeostase, a secreção de hormônios deve ser “ligada” e “desligada”, quando necessário. • Ajustes nas velocidades de secreção podem ser executados por dois mecanismos diferentes: • Mecanismos de feedback (retroalimentação) • Mecanismos neurais 27
  • 28. MECANISMOS NEURAIS • São ilustrados pela secreção de catecolaminas: – Nervos simpáticos fazem sinapse na medula adrenal e, quando estimulados causam secreção das catecolaminas (epinefrina, norepinefrina e dopamina) na circulação. 28
  • 29. MECANISMOS POR FEEDBACK • Os mecanismos por feedback são mais comuns do que os neurais. • O termo feedback significa que algum elemento da resposta fisiológica a um hormônio “retroalimenta ”, direta ou indiretamente, a glândula endócrina que secretou o hormônio, fazendo com que haja alteração na velocidade de secreção desse hormônio. 29
  • 30. MECANISMOS POR FEEDBACK • O feedback pode ser negativo ou positivo. • O feedback negativo é o mecanismo mais importante e comum para regular a secreção hormonal. • O feedback positivo é raro. 30
  • 31. FEEDBACK NEGATIVO • Os fundamentos do feedback negativo sustentam a regulação homeostática praticamente em todos os sistemas do organismo. • Nesse sistema as concentrações aumentadas de hormônio resultam na sua menor produção. • Os efeitos dos hormônios são proporcionais às suas concentrações sanguíneas, portanto o controle de tais concentrações é um importante meio de garantir a função fisiológica está sendo cumprida. 31
  • 32. FEEDBACK NEGATIVO • Nos sistemas endócrinos o feedback negativo significa que alguma característica da ação hormonal, direta ou indiretamente, inibe a secreção posterior do hormônio. – Exemplo: o hipotálamo secreta um hormônio liberador, que estimula a secreção de um hormônio da adenohipófise. • Este, por sua vez, atua sobre uma glândula endócrina periférica (p. ex., os testículos), que atua em tecidos-alvo (p.ex. músculo esquelético) produzindo as ações fisiológicas. –Os hormônios retroalimetam na hipófise anterior e no hipotálamo, inibindo as suas secreções hormonais. 32
  • 34. 34
  • 35. FEEDBACK POSITIVO • O feedback positivo é raro. • Com o feedback positivo, alguma característica hormonal provoca mais secreção do hormônio. • Quando comparado com o feedback negativo, que é autolimitante, o feedback positivo é autocrescente. • Embora raro nos sistema biológicos, quando o feedback positivo ocorre, ele conduz a um evento explosivo. 35
  • 36. A hipófise, seus hormônios e a regulação de suas secreções Sistema Endócrino 36
  • 38.
  • 39. A Hipófise e sua origem embrionária cavidade oral primitiva hipófise anterior ou adenohipófise hipófise posterior ou neurohipófise
  • 40. A Hipófise possui três porções: a anterior (ou adenohipófise), a posterior (ou neurohipófise) e a intermédia (não visível no esquema acima). No esquema acima é possível observar as diferenças básicas entre a adenohipófise e a neurohipófise: a adenohipófise origina-se do epitélio que evagina e se destaca do palato duro (bolsa de Rathke), migrando em direção ao tubo neural e a neurohipófise é uma evaginação do assoalho do diencéfalo. A Hipófise e sua origem embrionária 40
  • 41. A HIPÓFISE E SUAS RELAÇÕES COM O HIPOTÁLAMO Posterior Anterior 41
  • 42. A IRRIGAÇÃO DA HIPÓFISE Adenohipófise (pelo sistema porta-hipotalâmico-hipofisário originado na eminência mediana) e da neurohipófise. Posterior Anterior 42
  • 43. hipotálamo • O hipotálamo é localizado acima da hipófise e produz hormônios que atuam diretamente na mesma, para estimular ou inibir a liberação dos hormônios hipofisários. 43
  • 45. Os núcleos hipotalâmicos Diagrama do hipotálamo humano, ilustrando seus principais núcleos 45
  • 47. A HIPÓFISE E SUAS RELAÇÕES COM O HIPOTÁLAMO 47
  • 48. O CONTROLE DA HIPÓFISE ANTERIOR E POSTERIOR PELO HIPOTÁLAMO 48
  • 49. A HIPÓFISE E SUAS RELAÇÕES COM O HIPOTÁLAMO Posterior Anterior 49
  • 51. A REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DA ADENOHIPÓFISE PELOS HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS 51
  • 52. ONDE É PRODUZIDO CADA HORMÔNIO 52
  • 53. Hormônios da adenohipófise: Hormônio folículo-estimulante (FSH) Hormônio luteinizante (LH) Hormônio tireo-estimulante (TSH) Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) Prolactina (PRL) Hormônio do crescimento (GH) AADENOHIPÓFISE, SEUS HORMÔNIOS E OS HORMÔNIOS REGULADORES HIPOTALÂMICOS 53
  • 54. Hormônios da adenohipófise: Hormônio folículo-estimulante (FSH) Hormônio luteinizante (LH) Hormônio tireo-estimulante (TSH) Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) Prolactina (PRL) Hormônio do crescimento (GH) Hormônios hipotalâmicos: Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) Hormônio liberador de tireotrofina (TRH) Hormônio liberador de corticotrofina (CRH) Hormônio liberador de Prolactina (TRH) Hormônio inibidor de Prolactina (Dopamina) Hormônio liberador de GH (GHRH) Hormônio inibidor de GH (Somatostatina) AADENOHIPÓFISE, SEUS HORMÔNIOS E OS HORMÔNIOS REGULADORES HIPOTALÂMICOS 54
  • 55. HORMÔNIOS DAADENOHIPÓFISE E SEUS ÓRGÃOS-ALVO 55
  • 56. O CONTROLE DA SECREÇÃO HIPOTALÂMICA E ADENOHIPOFISÁRIA: RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA exemplo: 56
  • 57. HORMÔNIOS DA NEUROHIPÓFISE ADH (Hormônio antidiurético ou vasopressina) Neurohipófise urina concentrada e volume reduzido urina diluída e volume aumentado água corporal água corporal osmolaridade do sangue sede Hormônio Antidiurético reabsorção de água reabsorção de água osmolaridade do sangue Hipotálamo 57
  • 58. HORMÔNIOS DA NEUROHIPÓFISE ADH (Hormônio antidiurético ou vasopressina) 58
  • 59. sem ADH com ADH HORMÔNIOS DA NEUROHIPÓFISE ADH (Hormônio antidiurético ou vasopressina) Ação no néfron distal (TCD e ducto coletor) 59
  • 60. Ocitocina envolvida no parto e na lactação (ejeção láctea) Hipotálamo Neurohipófise aferência sensorial contração do miométrio Ocitocina parto útero + sucção mamilar ejeção láctea aferência sensorial Na ejeção do leite (ou galactocinese), assim como nas demais espécies de mamíferos, em humanos a ocitocina é fundamental para a ocorrência da lactação. 60
  • 61. Células acinares Exocitose de grânulos com leite Células mioepiteliais Ácino mamário Luz do ácino mamário OCITOCINA + PROLACTINA + extraído enquanto disponível de: http://mammary.nih.gov/reviews/development/Hennighausen001/index.html Alvéolo (ou ácino) da glândula mamária 61
  • 62. Alvéolo (ou ácino) da glândula mamária P: a progesterona inibe a lactação durante a gravidez 62
  • 63. Hormônios da Adenohipófise: Prolactina (PRL) e do Crescimento (GH) 63
  • 64. Secreção de Prolactina pela adenohipófise O reflexo neuroendócrino da galactogênese e ejeção láctea 64
  • 65. Adenohipófise + Hipotálamo P I H Dopamina - P R F Ocitocina(?) + PIH: Horm. Inibidor da secreção de Prolactina PRF: Fator liberador de Prolactina Prolactina aferência sensorial Secreção de Prolactina pela adenohipófise O reflexo neuroendócrino da galactogênese e ejeção láctea TRH 65
  • 66. Regulação neuroendócrina da lactação Reflexo neuroendócrino causado pela sucção no mamilo, levando à secreção de Ocitocina e Prolactina. Por sua vez, estes hormônios induzem a ejeção do leite (galactocinese) e a produção contínua do leite (galactopoiese). A PRL também induz amenorréia lactacional. 66
  • 68. Hormônio da adenohipófise: Hormônio do crescimento (GH) A ADENOHIPÓFISE, SEUS HORMÔNIOS E OS HORMÔNIOS REGULADORES HIPOTALÂMICOS Hormônios hipotalâmicos: Hormônio liberador de GH (GHRH) Hormônio inibidor de GH (Somatostatina ou GHIH) Saladin, 2002; veja apresentação competa aqui 68
  • 69. A secreção de GH ocorre em pulsos. Por quê? 69
  • 70. Porque a secreção de GH depende de diversos reguladores intra e extra-hipotalâmicos 70
  • 71. A secreção de GH é regulada primeiramente pelo GHRH e GHIH GHRH e GHRIH, por sua vez, são influenciados por diversos fatores, permitindo, assim, a regulação fina da secreção de GH. A secreção de GH é regulada por dois hormônios peptídicos secretados por céls. neurosecretoras: Hormônio Liberador de GH (GHRH) que estimula sua síntese e liberação e o Hormônio inibidor da liberação de GH (GHRIH ou GHIH) ou somatostatina que diminui sua síntese e secreção. 71
  • 72. A secreção de GH é regulada primeiramente pelo GHRH e GHIH Quando o GHRH predomina, ocorre a secreção de GH GH GHRH e GHRIH, por sua vez, são influenciados por diversos fatores, permitindo, assim, a regulação fina da secreção de GH. A secreção de GH é regulada por dois hormônios peptídicos secretados por céls. neurosecretoras: Hormônio Liberador de GH (GHRH) que estimula sua síntese e liberação e o Hormônio inibidor da liberação de GH (GHRIH ou GHIH) ou somatostatina que diminui sua síntese e secreção. 72
  • 73. O GH estimula a produção de fatores de crescimento semelhantes à Insulina (IGFs) em diversos órgãos, em especial no fígado. GH e IGF1 Medeiam os efeitos do próprio GH modificando a secreção de GH por retroalimentação negativa A secreção de GH é regulada primeramente pelo GHRH e GHIH A secreção de GH promove uma série de efeitos fisiológicos 73
  • 74. O GH estimula a produção de fatores de crescimento semelhantes à Insulina (IGFs) em diversos órgãos, em especial no fígado. GH e IGF1 Medeiam os efeitos do próprio GH modificando a secreção de GH por retroalimentação negativa  O aumento da secreção de GH inibe, por si, a secreção de GHRH e estimula a secreção de GHIH, que inibe a secreção de GHRH 74
  • 75. Fatores que estimulam ou suprimem a secreção de GH sob condições fisiológicas SST: somatostatina ou GHRIH ou SRIH 75
  • 76.  GH estimula produção de insulina. IGF-1 (fator de crescimento de tipo insulina 1 ou somatomedina Também, a secreção de GH estimula a síntese e secreção de IGF-I que, por sua vez, inibe a secreção de GHRH e estimula a secreção de GHRIH 76
  • 77. As ações fisiológicas do GH/IGF-I 77
  • 78. Eixo hipotalâmico- hipofisário- hepático da regulação da secreção do Hormônio do Crescimento (GH) e fatores que influenciam a sua secreção. ALS: subunidade ácido-lábil; GHBP: proteína de ligação do GH; GHRH: Hormônio Liberador de GH; IGFBP: proteína de ligação dos fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGF- 1); IGF-1: fator de crescimento semelhante à insulina, do tipo 1; SS: Somatostatina. 78
  • 79. Tecido ósseo osteoblastos osteoclastos Ações do GH e IGF´s na fisiologia óssea AS AÇÕES DO GH SOBRE O CRESCIMENTO DO ESQUELETO SE DEVEM À PROLIFERAÇÃO CELULAR E AO ESTÍMULO DA SÍNTESE DE COLÁGENO, PRINCIPAL COMPONENTE DA MATRIZ ORGÂNICA, NA PLACA EPIFISÁRIA. PORÉM, ESTAS AÇÕES SÃO MEDIADAS PELOS IGF´S, PRINCIPALMENTE IGF-I PARÁCRINO E AUTÓCRINO. A PLACA EPIFISÁRIA (COM PRÉ-CONDRÓCITOS) SINTETIZA IGF-I EM RESPOSTAAO GH 79
  • 80. Tecido ósseo osteoblastos osteoclastos Ações do GH e IGF´s na fisiologia óssea O IGF-I SINTETIZADO NA PLACA EPIFISÁRIAAGE PARACRINA E AUTOCRINAMENTE NAS DEMAIS CÉLULAS DO DISCO EPIFISÁRIO. PRINCIPALAÇÃO: ATIVAÇÃO DA MITOGÊNESE PORÉM, O FECHAMENTO DO DISCO EPIFISÁRIO IMPEDE O EFEITO NO CRESCIMENTO LONGITUDINAL ÓSSEO, EXCETO EM OSSOS PLANOS, CURTOS OU IRREGULARES, QUE AINDA POSSUEM RESQUÍCIOS DE TECIDO CARTILAGINOSO (COMO OSSOS FRONTAIS, MANDÍBULA E FALANGES DISTAIS) QUE PODEM SOFRER AÇÃO DE EVENTUAL EXCESSO DE GH/IGF-I. 80
  • 81. Perfil de secreção de GH ao longo da vida 81
  • 86. Gigantismo: excesso de GH na infância ALTERAÇÕES DA SECREÇÃO DE GH NA INFÂNCIA. Robert P. Wadlow ao lado do irmão Aos 20 anos, ao lado da mãe. Nanismo: falta ou deficiência na infância These girls are sisters. The girl on the left lacked growth hormone. In this picture she was 18cm shorter than her sister, despite being one and a half years older. http://www.schoo lscience.co.uk/co ntent/4/biology/a bpi/hormones/ho rm3.html Não encontrado http://www.altonweb.com/history/wadlow/ 86
  • 87. Acromegalia: excesso de secreção de GH após a puberdade. Repare na estrutura óssea da face e das mãos ALTERAÇÕES NA SECREÇÃO DE GH NA VIDA ADULTA 87
  • 88. SHREK EXISTIU... ...e falava 14 idiomas. O personagem de desenho animado que é sucesso em todo mundo provavelmente foi criado a partir de uma máscara mortuária do francês Maurice Tillet. Poeta, ator e lutador de luta livre profissional, com o nome de "assustador ogro dos ringues“, Tillet morreu aos 51 anos de idade. Acromegalia: excesso de secreção de GH após a puberdade. ALTERAÇÕES NA SECREÇÃO DE GH NA VIDA ADULTA 88
  • 89. Acral enlargement in acromegaly. Comparison with a normal subject. Intradental separation and prognathism in a patient with acromegaly. Acromegalia: excesso de secreção de GH após a puberdade. ALTERAÇÕES NA SECREÇÃO DE GH NA VIDA ADULTA 89
  • 90. Veja mais sobre Química Fisiológica Endócrina daqui a pouco... 90