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Caderno de Alimentação Escolar
II- Educação Alimentar e Nutricional no âmbito
escolar
Introdução:
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), regido pela Lei nº 11.947/2009/FNDE e
Resolução nº 26/2013/FNDE, considera importantes ações educativas que perpassem pelo
currículo escolar e que abordem o tema alimentação e nutrição. Incentiva, ainda, a inclusão da
educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, por meio de práticas
saudáveis de vida e da segurança alimentar e nutricional.
A Resolução determina como diretrizes da alimentação escolar, entre outros:
I – o emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos
variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis,
contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento
escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que
necessitam de atenção específica;
II – a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que
perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de
práticas saudáveis de vida na perspectiva da segurança alimentar e nutricional.
O ponto chave do PNAE é contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a
aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos,
por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as
suas necessidades nutricionais durante o período letivo.
Educação Alimentar e Nutricional (EAN) é um campo de conhecimento e de prática contínua e
permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que visa promover a prática
autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis. A prática da EAN deve fazer uso de
abordagens e recursos educacionais problematizadores e ativos que favoreçam o diálogo,
considerando todas as fases da vida, etapas de sistema alimentar e as interações e significados
que compõem o comportamento alimentar. Ao longo dos anos, a discussão sobre educação
alimentar e nutricional foi se fortalecendo e notou-se que não se pode utilizar somente “educação
nutricional” ou “educação alimentar”. O termo completo se torna mais abrangente, ou seja, se
refere a aspectos relacionados ao alimento e à alimentação, aos processos de produção,
abastecimento e transformação até os aspectos nutricionais.
A Resolução registra que as ações de educação alimentar e nutricional deverão ser planejadas,
executadas, avaliadas e documentadas, considerando a faixa etária, as etapas e as modalidades
de ensino.
Neste Caderno, pretende-se esclarecer sobre Educação Alimentar e Nutricional aliada ao
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) a fim de incentivar a inclusão deste assunto
no currículo escolar. Este trabalho pretende nortear os educadores e ser utilizado como uma
ferramenta de exemplos práticos a serem inseridos nas disciplinas que lecionam.
1 Educação Alimentar e Nutricional
Educação Alimentar e Nutricional (EAN) é uma das principais estratégias para a promoção da
alimentação adequada e saudável, envolvendo um conjunto de ações fundamentais para se
alcançar a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e para garantir o Direito Humano à
Alimentação Adequada (DHAA).
Educar no âmbito da alimentação e nutrição é a construção conjunta de processos permanentes e
contínuos para aprimorar a produção, a distribuição, a seleção e o consumo de alimentos, de
forma adequada, saudável e segura. Também, como uma diretriz da educação alimentar e
nutricional, encontra-se a valorização de hábitos e tradições culturais de cada indivíduo e do seu
grupo social de convívio, além da conscientização cidadã sobre o desperdício de alimentos e sua
utilização integral.
Existem diversas politicas públicas que incentivam e fortificam a necessidade da implementação e
execução dessas ações nas escolas, pois se sabe que as mesmas beneficiam as crianças por
meio de orientação adequada sobre ingestão energética e de micronutrientes, além de
promoverem modificações comportamentais precocemente.
Fornecer essas habilidades a crianças nas escolas estimula e aumenta o conhecimento sobre a
alimentação saudável. E, portanto, a oferta de informações promove o conhecimento
(desmitificando algumas crenças e tabus) sobre alimentos e nutrição, deixando clara a
importância da educação alimentar e nutricional no currículo escolar.
1.1 Mitos sobre a Alimentação Saudável
A alimentação saudável possui um significado maior do que apenas garantir as necessidades
alimentares e nutricionais do corpo. O ato de comer está relacionado a valores sociais, culturais,
afetivos e sensoriais e, na maioria das vezes, é um momento de prazer e confraternização com
nossos amigos e familiares.
As características sensoriais dos alimentos tornam-se mais um atrativo, e, portanto, apreciamos
cores, aromas e sentimos o sabor e textura. Existem muitas pessoas que entendem por
alimentação saudável um cardápio caro e nada saboroso ou depositam poder demais a um único
alimento.
Nesse jogo de sensações, precisamos buscar informações corretas e saber quais os mitos
(incorporados ao longo dos anos) e verdades sobre os alimentos.
MITOS VERDADE
A alimentação saudável é
sempre muito cara.
A alimentação saudável não precisa ser
cara, pois pode ser feita com alimentos
naturais produzidos na região em que
vivemos. Trata-se de alimentos básicos
presentes em nosso dia a dia como: alho,
tomate, arroz, feijão, etc.
Alimentos saudáveis não são
saborosos, por isso as
crianças são mais resistentes
a esses alimentos.
A criança deve ter opções. A alimentação
precisa ser variada, a fim de que a criança
conheça os alimentos, e, ainda, atrativa e de
qualidade. A mídia atualmente é um fator
que incentiva o consumo de alimentos ricos
em gordura, sódio, açúcar, corantes e entre
outros através da associação de
personagens infantis com o alimento
vendido.
Jantar engorda. Devemos lembrar que todo o alimento
fornece energia e, portanto, se ingerido em
demasia engordará. É importante fazer seis
refeições durante o dia e distribuir as
calorias de forma adequada, a fim de que
não ultrapassem as energias necessárias e
resultem em aumento de peso.
Devemos excluir todo o tipo
de gordura da dieta.
Nenhum alimento deve ser totalmente
excluído da dieta; todos têm sua função no
organismo. A gordura é importante para a
proteção dos órgãos internos do corpo,
manutenção da temperatura corporal, e para
a formação das nossas células, mas deve
ser consumida moderadamente. A
alimentação saudável é sinônimo de
equilíbrio.
A pessoa magra é sempre
saudável.
Vários fatores determinam o estado de
saúde do indivíduo, não só o peso, pois este
pode estar adequado. Para ser considerada
saudável em relação à alimentação, a dieta
ingerida deve atender às necessidades
nutricionais do ser humano, ou seja, ser rica
em nutrientes necessários.
Procuro um nutricionista
somente quando quero
emagrecer.
O nutricionista não é o profissional do
emagrecimento; ele orienta o planejamento
de uma alimentação saudável para o bom
funcionamento do organismo e promoção e
manutenção da saúde dos indivíduos de
todas as idades.
2 Desenvolvimento de ações para a introdução no currículo escolar
Ao longo da vida humana, podemos identificar fases que se destacam por apresentarem
características próprias, como a infância. Nesta fase, há formação de hábitos e práticas
comportamentais em geral e especificamente alimentares.
Nessa perspectiva, a escola é um espaço privilegiado para a construção e a consolidação das
práticas alimentares saudáveis em crianças, pois é um ambiente no qual atividades voltadas à
educação alimentar e nutricional podem apresentar grande repercussão.
A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) deve estar no currículo escolar e pode ser trabalhada
de diversas formas. A seguir destacaremos algumas formas para que a prática aconteça na
escola.
2.1 Multiplicadores das ações nas escolas
Sabe-se que a alimentação é um dos principais fatores que influenciam no rendimento escolar.
Problemas como déficit de atenção, hiperativismo, falta de memória, entre outros, podem estar
ligados à alimentação inadequada.
Na esfera da educação a EAN deverá observar os princípios do Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE), considerando a legitimidade dos saberes vindos da cultura, religião
e ciência. Sabe-se que as práticas alimentares são adquiridas durante toda a vida e a escola
exerce influência na formação de crianças e adolescentes. A escola se constitui em um centro de
convivência e ensino-aprendizagem, onde deve haver envolvimento de toda comunidade escolar
– alunos, professores, funcionários, pais e nutricionistas – para atuação integrada em estratégias
e programas de promoção da alimentação saudável, garantindo a qualidade das refeições
servidas e a oferta de alimentos nos espaços escolares.
No âmbito da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) do Rio Grande do Sul (RS), o
nutricionista age como parceiro e articulador das ações de EAN, interagindo com representantes
das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), servidores responsáveis pela alimentação
escolar em sua região, diretores de escolas, professores e agentes educacionais I-alimentação,
garantindo que o tema alimentação e nutrição sejam trabalhados de forma transversal,
interdisciplinar em um processo permanente, gerador de autonomia e participação ativa.
Devemos definir a promoção da alimentação saudável nas escolas com base em alguns eixos
prioritários, considerando e respeitando os hábitos alimentares como expressão de manifestações
culturais e regionais, estimulando a produção de hortas escolares para a realização de atividades
com os alunos e a utilização dos alimentos produzidos na alimentação ofertada na escola.
Em cada atitude dos educadores (pais e professores, agentes educacionais I-alimentação e
diretores de escola) há um ensinamento para os mais jovens, de modo implícito ou explicito. E,
portanto, devem ser exemplos e colocados em prática.
2.1.1 Vamos à prática: EAN de forma interdisciplinar no âmbito escolar
Em outros tópicos deste Caderno, a interdisciplinaridade em relação ao tema EAN se faz
presente. Exemplificamos ações especificas a serem desenvolvidas em cada disciplina junto aos
alunos:
Geografia
-Trabalhar com os alunos as comidas típicas da região;
-Trabalhar a vocação agrícola da região;
- Solicitar aos alunos pesquisa sobre os hábitos alimentares
culturais no seu estado, país ou mundo;
-Fazer feiras na escola sobre a importância de cada país na alimentação atual;
-Explorar as hortas escolares e mostrar o benefício do alimento natural;
-Realizar pesquisas em sala de aula sobre os diferentes hábitos alimentares entre os alunos nas
suas residências;
-Trabalhar as Leis relacionadas à alimentação escolar e Segurança Alimentar e
Nutricional em comparação com a situação de outros países.
Ciências ou Química
- Trabalhar a importância do colorido dos alimentos por seus
componentes bioquímicos
-Trabalhar as contaminações possíveis pelo alimento: intoxicação alimentar ou química;
-Efeitos bioquímicos dos alimentos no organismo;
-Demonstrar os malefícios no corpo causados pelos agrotóxicos e pelos corantes contidos nas
guloseimas;
-Trabalhar a diferença de alimentos tratados com agrotóxicos e alimentos orgânicos;
-Trabalhar os sentidos do corpo através dos alimentos (tato, olfato e paladar);
-Trazer o conhecimento da origem dos alimentos: árvore (nos galhos ou no tronco) ou terra (sob a
terra ou abaixo da terra) ou água;
-Identificar os estados físicos utilizando os alimentos: líquido, solido e gasoso;
-Identificar micro-organismos a partir das más práticas de higiene adotadas com os alimentos.
História
- De onde vêm os alimentos?;
-Alimentos mais antigos no mundo;
- Hábitos alimentares anteriores aos anos 2000;
-Reflexão: os alimentos atuais são mais saudáveis comparados aos de anos atrás ?;
-Jogo da memória (figura do alimento e o par deve conter suas características e benefícios).
Matemática
- Trabalhar a porcentagem e porções com base na pirâmide dos
alimentos;
-Trabalhar a importância do porcionamento da alimentação
escolar;
- Trabalhar de forma prática as unidades de medida;
-Formar conceito para os alunos sobre os parâmetros de peso corporal de acordo com a faixa
etária.
Português
-Incentivar a pesquisa que resulte em redação sobre
alimentos saudáveis e econômicos;
-Trazer temas sobre segurança alimentar e nutricional para serem dissertados e apresentados em
sala de aula;
-Determinar a pesquisa de leis que incentivem a alimentação saudável para dissertação;
-Dissertações sobre a relação da alimentação e agravos de doenças não transmissíveis
(diabetes, hipertensão, doenças coronarianas, entre outros);
-Incentivar a criação de historinhas sobre as frutas e hortaliças;
-Introduzir a leitura infantil de livros ilustrativos sobre os alimentos.
Educação Física
- Aproximar a relação alimentação e esporte;
-Trabalhar a importância da alimentação saudável e os
prejuízos causados pelos anabolizantes;
-Incentivar entrega de trabalhos relacionados a pesquisas
dos diferentes grupos nutricionais para que aja entendimento
sobre o tema;
-Realizar projetos com os alunos sobre avaliação alimentar e nutricional.
Artes
-Planejar peças de teatros que contem a história de personagens que
carreguem o nome de alimentos;
-Trabalhar em salda de aula através de grupos criações que mostrem a
riqueza de cores dos alimentos.
Atividades complementares que abordem a EAN:
-Trabalhar o assunto com os pais e comunidade;
-Buscar palestras sobre o funcionamento da alimentação escolar para a escola;
-Preencher na ficha de matrícula o peso e altura dos alunos e as patologias relacionadas aos
alimentos que o aluno possui (sempre anexar laudo trazido pelos pais);
-Informar sobre a higienização da caixa d´água no âmbito escolar;
-Repassar informativos enviados pelas nutricionistas da Seduc para os alunos e/ ou comunidade.
Destaca-se que todas as ações sugeridas devem ser desenvolvidas com o objetivo de incentivar
hábitos saudáveis, visão social própria dos alunos e/ou comunidade sobre os alimentos e, ainda,
buscar a disponibilidade a mudanças por parte do público atendido.
2.2 Ações na infância:
Os hábitos alimentares das crianças nos primeiros anos de vida sofrem interferência das atitudes
dos pais em relação aos alimentos. Por isso, estratégias são importantes para auxiliarem no
desenvolvimento em relação à escolha dos alimentos de forma correta e adequada.
Os alimentos nessa faixa etária deverão ser oferecidos para satisfazer as necessidades
alimentares e nutricionais, a fim de cobrir as energias gastas com as atividades das crianças no
dia a dia. Algumas ações poderão ser praticadas para influenciar os bons hábitos alimentares, tais
como:
 Servir pequenas porções no prato, incentivando a criança a pedir mais se tiver fome,
permitindo fixar suas próprias metas em termos de quantidades de alimentos. Além disso, as
crianças preferem copos pequenos, podendo deixar a si mesmas a servirem suas bebidas;
 Orientar as crianças a servir a si mesmas, em pequenas quantidades;
 Não recolher o prato com a refeição antes de oferecer a sobremesa, deixar a criança se
satisfazer plenamente;
 As crianças adoram ser incluídas na preparação das refeições e gostam de comer
alimentos que ajudaram a preparar. Preparar, servir e apreciar o alimento pode promover não só o
crescimento físico, mas também o emocional em cada fase da vida da criança.
 Não forçar os alimentos que as crianças não gostam, oferecendo a elas outro alimento
similar; as crianças na fase pré-escolar frequentemente passam por preferência por um só
alimento, comendo apenas um tipo do grupo alimentar.
 Ensinar as crianças a pegar os alimentos com as mãos, aprendendo, assim, as texturas
dos alimentos consumidos;
 As crianças costumam preferir os alimentos isolados ao invés de combinações, como
ensopados ou cozidos, pois se trata de um período de aprendizagem linguística; Elas gostam de
aprender os nomes de alimentos e serem capazes de reconhecê-los. Logo, oferecer às crianças
maior variabilidade de alimentos ajuda na construção de bons hábitos alimentares, atingindo,
assim, as necessidades de vitaminas, minerais e proteínas;
 Havendo espaço e oportunidade, envolver a criança no plantio e cuidado de frutas e
hortaliças, oportunizando que ela observe uma variedade de formas e cores, bem como a
descoberta de novos alimentos;
 Oferecer porções de verduras e frutas cruas crocantes, possibilitando o consumo com as
mãos.
 Os alimentos devem ser servidos mornos e pouco temperados – as crianças têm a boca
muito sensível nesta faixa etária e possuem muitas papilas gustativas.
Nos primeiros anos de vida, os pais e/ou escola devem aproveitar para influenciar nas escolhas
alimentares. Às crianças que frequentam a escola, por estarem no turno de aula distante dos pais,
escapam alguns hábitos alimentares que estavam sendo firmados junto a estes. Essas crianças
tronam-se mais independentes, realizando suas preferências na alimentação, muitas vezes, no
bar e/ou cantina da escola, situação que reforça a importância de oportunizar aprendizagens
positivas na sala de aula ao trabalhar a Educação Alimentar e Nutricional.
2.3 Ações para escolares adolescentes:
Na adolescência os bons hábitos alimentares podem sofrer modificações já que nesta faixa etária
o indivíduo procura desenvolver sua própria identidade, alterando os costumes da infância. É
neste período que ocorre um aumento considerável da estatura, diminuição da densidade dos
ossos e dos músculos.
Uma alimentação equilibrada e que atinja as necessidades nutricionais proporciona o crescimento
adequado, evitando o sobrepeso e obesidade nessa faixa etária.
Deve a educação alimentar evitar que os adolescentes, a fim de diminuir seu peso, façam a pré-
seleção dos alimentos, garantindo ao organismo os nutrientes indispensáveis ao seu
funcionamento.
Pressões físicas e psicológicas influenciam os hábitos alimentares dos adolescentes,
principalmente no que se refere ao controle da aparência, fazendo com que sigam em alguns
casos dietas inadequadas, rígidas, “autoimpostas” para perda de peso, capazes de determinar
doenças alimentares como anorexia e bulimia.
Os hábitos alimentares dos adolescentes refletem menor incidência dos pais sobre os mesmos,
mas maior pressão do grupo de amigos ou o desejo de a ele se adequar. Algumas ações podem
ajudar na aquisição de hábitos alimentares nessa faixa etária:
 Estimular o consumo do café da manhã, refeição do dia menos consumida pelos
adolescentes;
 Beliscar: os adolescentes apresentam a possibilidade de comer qualquer tipo de alimento
a qualquer hora do dia; torna-se importante proporcionar em sala de aula o conhecimento das
melhores escolhas alimentares em momentos do dia que não constituem ameaça à saúde ou
estado nutricional;
 Consumo de álcool: o consumo de álcool precocemente pode comprometer o estado
nutricional, especialmente em termos de ácido fólico. Sociedade, escolas e pais podem utilizar
meios na prevenção do consumo de álcool na adolescência;
 Ensinar o modo correto da leitura dos rótulos nutricionais, possibilitando a escolha
consciente dos alimentos a serem consumidos.
2.4 Ações para escolares adultos:
Quando os adolescentes atingem a maioridade, enfrentam um período de modificações
relacionadas ao amadurecimento individual. As necessidades básicas de energia e nutrientes de
cada adulto naturalmente variam conforme as situações de vida e de trabalho.
Os primeiros anos da fase adulta refletem pressões sociais e econômicas de uma educação
ininterrupta que prepara a responsabilidade do adulto e o início de uma carreira. Diferenças
distintas nos padrões de crescimento que surgiram na adolescência entre homens e mulheres são
fortalecidas na fase adulta e as necessidades nutricionais desse período centralizam-se na
energia, proteínas e micronutrientes.
A promoção da saúde para esse público pode ser realizada através da pirâmide alimentar, que
oferece um padrão visual para as escolhas alimentares a partir de cinco grupos alimentares
básicos. Além disso, o autocuidado poderá ser trabalhado, ou seja, a noção do próprio corpo
tornando-se sujeito de sua conduta alimentar. A educação nutricional é uma ferramenta que
proporciona autonomia ao educando para que ele possa assumir com plena consciência a
responsabilidade de suas escolhas. A didática a ser utilizada entre esses escolares poderá ser a
troca de experiências e ideias para interagirem entre si; registro alimentar e apostilas explicativas.
3 Relação da Educação Alimentar e Nutricional com a avaliação nutricional
A avaliação do estado nutricional é uma etapa fundamental no estudo do escolar, para que
possamos verificar se o crescimento está se afastando do padrão esperado por doença e/ou por
condições sociais desfavoráveis. O objetivo desta avaliação é verificar o crescimento e as
proporções corporais, tornando possível a partir dos resultados ações que auxiliem na prevenção
ou manutenção do diagnóstico, sendo uma destas a educação alimentar e nutricional.
O ambiente escolar é um local importante para o desenvolvimento de estratégias de intervenção
para a formação de hábitos de vida saudáveis, podendo propiciar aos escolares opções de
lanches nutricionalmente equilibrados, exercícios físicos regulares e programas de educação
nutricional.
A aplicação de programas contínuos de educação nutricional desde a infância parece ser a
melhor maneira de se tentar reverter o quadro de consumo alimentar inadequado. Há
possibilidade da redução de peso, IMC (índice de massa corporal) e consumo de alimentos
energéticos, além de mudanças nas atitudes relacionadas à alimentação. A educação alimentar e
nutricional pode reduzir os índices de composição corporal e consumo calórico, principalmente em
indivíduos obesos e com sobrepeso, sinalizando a importância desse tipo de intervenção
nutricional.
Lembramos que, no âmbito escolar, a avaliação nutricional deve ser um instrumento trabalhado
na perspectiva da educação alimentar, por meio dos professores de educação física, por terem
conhecimentos específicos de avaliação nutricional em sua formação.
4 Educação alimentar e nutricional versus bares/cantinas escolares
Os bares/cantinas escolares, em sua maioria, deixam expostos em destaque alimentos ricos em
açúcar, sódio e gorduras, tais como salgadinhos, refrigerantes, salgados, biscoitos recheados,
sorvetes, refrescos e outros alimentos industrializados. Alternativas mais saudáveis, como frutas,
alimentos integrais, sucos naturais, entre outros, geralmente não são disponibilizados como
opção.
O Ministério da Saúde elaborou o Manual das Cantinas Escolares Saudáveis, intitulado
"Promovendo a alimentação saudável", com o objetivo de incentivar estes estabelecimentos a se
transformarem em bares/cantinas saudáveis, vendendo alimentos nutritivos e menos calóricos.
Lembra-se que a alimentação escolar é direito dos alunos, regida pela Lei nº 11.947/FNDE e
Resolução nº26/2013/FNDE, legislações que preconizam diversas obrigações a fim de que a
alimentação escolar ofertada aos alunos atenda as necessidades nutricionais destes e seja
saúdavel, segura e adequada.
Existem politicas públicas, como já citado, que trabalham esta reeducação dedicada aos
bares/cantinas escolares, como a Portaria Interministerial 1.010 de 2006. No Rio Grande do Sul, a
Lei nº 13.027/2008 dispõe sobre a comercialização de lanches e de bebidas em escolas no
âmbito do Estado no sentido de adequar e trazer os bares/cantinas escolares para o mesmo
objetivo do Programa Nacional de Alimentação Escolar, já abordado anteriormente.
Cabe reforçar que a alimentação fornecida na escola é um direito do aluno garantido em Lei.
Embora a existência da cantina na escola seja facultativa, optando pela decisão de abertura da
cantina na escola, deverão ser observadas as Leis e resoluções pertinentes ao assunto.
5 Educação Alimentar e Nutricional versus influência da mídia
A propaganda é uma das principais formas de divulgar produtos, utilizando-se veículos de
comunicação como rádio, televisão revistas. Seu papel é tornar o produto anunciado algo mais
desejável e necessário e, muitas vezes, para conseguir esse resultado, a propaganda passa a
ideia de sucesso e modernidade ao produto que está sendo divulgado.
A rapidez com que novos produtos são colocados no mercado os transforma em algo descartável,
o que resulta em um grande ciclo de consumo.
As propagandas são sedutoras e convincentes, fazendo com que a
maioria do público se encante pelo anuncio ou até mesmo pelo brinde
oferecido, principalmente as crianças. O apelo nessas propagandas
acaba incentivando o consumo de alimentos que nem sempre são essenciais ou fazem bem para
a saúde.
A população habituou-se a comer esses alimentos somente para saciar desejos e estar “na
moda”, sem considerar que os excessos podem trazer problemas à saúde. Assim, os produtos
industrializados se tornam cada vez mais atrativos, mas com baixo valor nutricional, pois alguns
ingredientes são acrescentados em quantidades elevadas, como por exemplo o açúcar, a gordura
saturada, a gordura trans e o sódio. Todos esses produtos em excesso podem favorecer o
aparecimento de doenças como hipertensão, diabetes e obesidade.
É de extrema importância o papel da família e da escola na
educação alimentar e nutricional, buscando divulgar os benefícios
de uma alimentação saudável, com alimentos naturais, como
frutas e verduras, e incentivando a prática de atividade física e o
consumo de água, resistindo aos apelos das propagandas.
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Tarso Genro
GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Jose Clovis de Azevedo
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO
Maria Eulalia Nascimento
SECRETÁRIA-ADJUNTA DA EDUCAÇÃO
Vera Regina Ignácio Amaro
DIRETORA DO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO
Fernanda Marques da Silva – CRN2 8897
NUTRICIONISTA RESPONSÁVEL TÉCNICA PELA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
Fernanda Maria da Silva – CRN2 9526
Luana Petrini de Almeida – CRN2 9093
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  • 1. Caderno de Alimentação Escolar II- Educação Alimentar e Nutricional no âmbito escolar
  • 2. Introdução: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), regido pela Lei nº 11.947/2009/FNDE e Resolução nº 26/2013/FNDE, considera importantes ações educativas que perpassem pelo currículo escolar e que abordem o tema alimentação e nutrição. Incentiva, ainda, a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, por meio de práticas saudáveis de vida e da segurança alimentar e nutricional. A Resolução determina como diretrizes da alimentação escolar, entre outros: I – o emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica; II – a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida na perspectiva da segurança alimentar e nutricional. O ponto chave do PNAE é contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos,
  • 3. por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo. Educação Alimentar e Nutricional (EAN) é um campo de conhecimento e de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que visa promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis. A prática da EAN deve fazer uso de abordagens e recursos educacionais problematizadores e ativos que favoreçam o diálogo, considerando todas as fases da vida, etapas de sistema alimentar e as interações e significados que compõem o comportamento alimentar. Ao longo dos anos, a discussão sobre educação alimentar e nutricional foi se fortalecendo e notou-se que não se pode utilizar somente “educação nutricional” ou “educação alimentar”. O termo completo se torna mais abrangente, ou seja, se refere a aspectos relacionados ao alimento e à alimentação, aos processos de produção, abastecimento e transformação até os aspectos nutricionais. A Resolução registra que as ações de educação alimentar e nutricional deverão ser planejadas, executadas, avaliadas e documentadas, considerando a faixa etária, as etapas e as modalidades de ensino. Neste Caderno, pretende-se esclarecer sobre Educação Alimentar e Nutricional aliada ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) a fim de incentivar a inclusão deste assunto no currículo escolar. Este trabalho pretende nortear os educadores e ser utilizado como uma ferramenta de exemplos práticos a serem inseridos nas disciplinas que lecionam. 1 Educação Alimentar e Nutricional Educação Alimentar e Nutricional (EAN) é uma das principais estratégias para a promoção da alimentação adequada e saudável, envolvendo um conjunto de ações fundamentais para se alcançar a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e para garantir o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Educar no âmbito da alimentação e nutrição é a construção conjunta de processos permanentes e contínuos para aprimorar a produção, a distribuição, a seleção e o consumo de alimentos, de forma adequada, saudável e segura. Também, como uma diretriz da educação alimentar e nutricional, encontra-se a valorização de hábitos e tradições culturais de cada indivíduo e do seu grupo social de convívio, além da conscientização cidadã sobre o desperdício de alimentos e sua utilização integral. Existem diversas politicas públicas que incentivam e fortificam a necessidade da implementação e execução dessas ações nas escolas, pois se sabe que as mesmas beneficiam as crianças por
  • 4. meio de orientação adequada sobre ingestão energética e de micronutrientes, além de promoverem modificações comportamentais precocemente. Fornecer essas habilidades a crianças nas escolas estimula e aumenta o conhecimento sobre a alimentação saudável. E, portanto, a oferta de informações promove o conhecimento (desmitificando algumas crenças e tabus) sobre alimentos e nutrição, deixando clara a importância da educação alimentar e nutricional no currículo escolar. 1.1 Mitos sobre a Alimentação Saudável A alimentação saudável possui um significado maior do que apenas garantir as necessidades alimentares e nutricionais do corpo. O ato de comer está relacionado a valores sociais, culturais, afetivos e sensoriais e, na maioria das vezes, é um momento de prazer e confraternização com nossos amigos e familiares. As características sensoriais dos alimentos tornam-se mais um atrativo, e, portanto, apreciamos cores, aromas e sentimos o sabor e textura. Existem muitas pessoas que entendem por alimentação saudável um cardápio caro e nada saboroso ou depositam poder demais a um único alimento. Nesse jogo de sensações, precisamos buscar informações corretas e saber quais os mitos (incorporados ao longo dos anos) e verdades sobre os alimentos. MITOS VERDADE A alimentação saudável é sempre muito cara. A alimentação saudável não precisa ser cara, pois pode ser feita com alimentos naturais produzidos na região em que vivemos. Trata-se de alimentos básicos presentes em nosso dia a dia como: alho, tomate, arroz, feijão, etc. Alimentos saudáveis não são saborosos, por isso as crianças são mais resistentes a esses alimentos. A criança deve ter opções. A alimentação precisa ser variada, a fim de que a criança conheça os alimentos, e, ainda, atrativa e de qualidade. A mídia atualmente é um fator que incentiva o consumo de alimentos ricos em gordura, sódio, açúcar, corantes e entre outros através da associação de personagens infantis com o alimento vendido. Jantar engorda. Devemos lembrar que todo o alimento
  • 5. fornece energia e, portanto, se ingerido em demasia engordará. É importante fazer seis refeições durante o dia e distribuir as calorias de forma adequada, a fim de que não ultrapassem as energias necessárias e resultem em aumento de peso. Devemos excluir todo o tipo de gordura da dieta. Nenhum alimento deve ser totalmente excluído da dieta; todos têm sua função no organismo. A gordura é importante para a proteção dos órgãos internos do corpo, manutenção da temperatura corporal, e para a formação das nossas células, mas deve ser consumida moderadamente. A alimentação saudável é sinônimo de equilíbrio. A pessoa magra é sempre saudável. Vários fatores determinam o estado de saúde do indivíduo, não só o peso, pois este pode estar adequado. Para ser considerada saudável em relação à alimentação, a dieta ingerida deve atender às necessidades nutricionais do ser humano, ou seja, ser rica em nutrientes necessários. Procuro um nutricionista somente quando quero emagrecer. O nutricionista não é o profissional do emagrecimento; ele orienta o planejamento de uma alimentação saudável para o bom funcionamento do organismo e promoção e manutenção da saúde dos indivíduos de todas as idades. 2 Desenvolvimento de ações para a introdução no currículo escolar
  • 6. Ao longo da vida humana, podemos identificar fases que se destacam por apresentarem características próprias, como a infância. Nesta fase, há formação de hábitos e práticas comportamentais em geral e especificamente alimentares. Nessa perspectiva, a escola é um espaço privilegiado para a construção e a consolidação das práticas alimentares saudáveis em crianças, pois é um ambiente no qual atividades voltadas à educação alimentar e nutricional podem apresentar grande repercussão. A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) deve estar no currículo escolar e pode ser trabalhada de diversas formas. A seguir destacaremos algumas formas para que a prática aconteça na escola. 2.1 Multiplicadores das ações nas escolas Sabe-se que a alimentação é um dos principais fatores que influenciam no rendimento escolar. Problemas como déficit de atenção, hiperativismo, falta de memória, entre outros, podem estar ligados à alimentação inadequada. Na esfera da educação a EAN deverá observar os princípios do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), considerando a legitimidade dos saberes vindos da cultura, religião e ciência. Sabe-se que as práticas alimentares são adquiridas durante toda a vida e a escola exerce influência na formação de crianças e adolescentes. A escola se constitui em um centro de convivência e ensino-aprendizagem, onde deve haver envolvimento de toda comunidade escolar – alunos, professores, funcionários, pais e nutricionistas – para atuação integrada em estratégias e programas de promoção da alimentação saudável, garantindo a qualidade das refeições servidas e a oferta de alimentos nos espaços escolares. No âmbito da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) do Rio Grande do Sul (RS), o nutricionista age como parceiro e articulador das ações de EAN, interagindo com representantes das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), servidores responsáveis pela alimentação escolar em sua região, diretores de escolas, professores e agentes educacionais I-alimentação, garantindo que o tema alimentação e nutrição sejam trabalhados de forma transversal, interdisciplinar em um processo permanente, gerador de autonomia e participação ativa. Devemos definir a promoção da alimentação saudável nas escolas com base em alguns eixos prioritários, considerando e respeitando os hábitos alimentares como expressão de manifestações culturais e regionais, estimulando a produção de hortas escolares para a realização de atividades com os alunos e a utilização dos alimentos produzidos na alimentação ofertada na escola.
  • 7. Em cada atitude dos educadores (pais e professores, agentes educacionais I-alimentação e diretores de escola) há um ensinamento para os mais jovens, de modo implícito ou explicito. E, portanto, devem ser exemplos e colocados em prática. 2.1.1 Vamos à prática: EAN de forma interdisciplinar no âmbito escolar Em outros tópicos deste Caderno, a interdisciplinaridade em relação ao tema EAN se faz presente. Exemplificamos ações especificas a serem desenvolvidas em cada disciplina junto aos alunos: Geografia -Trabalhar com os alunos as comidas típicas da região; -Trabalhar a vocação agrícola da região; - Solicitar aos alunos pesquisa sobre os hábitos alimentares culturais no seu estado, país ou mundo; -Fazer feiras na escola sobre a importância de cada país na alimentação atual; -Explorar as hortas escolares e mostrar o benefício do alimento natural; -Realizar pesquisas em sala de aula sobre os diferentes hábitos alimentares entre os alunos nas suas residências; -Trabalhar as Leis relacionadas à alimentação escolar e Segurança Alimentar e Nutricional em comparação com a situação de outros países. Ciências ou Química - Trabalhar a importância do colorido dos alimentos por seus componentes bioquímicos
  • 8. -Trabalhar as contaminações possíveis pelo alimento: intoxicação alimentar ou química; -Efeitos bioquímicos dos alimentos no organismo; -Demonstrar os malefícios no corpo causados pelos agrotóxicos e pelos corantes contidos nas guloseimas; -Trabalhar a diferença de alimentos tratados com agrotóxicos e alimentos orgânicos; -Trabalhar os sentidos do corpo através dos alimentos (tato, olfato e paladar); -Trazer o conhecimento da origem dos alimentos: árvore (nos galhos ou no tronco) ou terra (sob a terra ou abaixo da terra) ou água; -Identificar os estados físicos utilizando os alimentos: líquido, solido e gasoso; -Identificar micro-organismos a partir das más práticas de higiene adotadas com os alimentos. História - De onde vêm os alimentos?; -Alimentos mais antigos no mundo; - Hábitos alimentares anteriores aos anos 2000; -Reflexão: os alimentos atuais são mais saudáveis comparados aos de anos atrás ?; -Jogo da memória (figura do alimento e o par deve conter suas características e benefícios). Matemática - Trabalhar a porcentagem e porções com base na pirâmide dos alimentos; -Trabalhar a importância do porcionamento da alimentação escolar; - Trabalhar de forma prática as unidades de medida; -Formar conceito para os alunos sobre os parâmetros de peso corporal de acordo com a faixa etária.
  • 9. Português -Incentivar a pesquisa que resulte em redação sobre alimentos saudáveis e econômicos; -Trazer temas sobre segurança alimentar e nutricional para serem dissertados e apresentados em sala de aula; -Determinar a pesquisa de leis que incentivem a alimentação saudável para dissertação; -Dissertações sobre a relação da alimentação e agravos de doenças não transmissíveis (diabetes, hipertensão, doenças coronarianas, entre outros); -Incentivar a criação de historinhas sobre as frutas e hortaliças; -Introduzir a leitura infantil de livros ilustrativos sobre os alimentos. Educação Física - Aproximar a relação alimentação e esporte; -Trabalhar a importância da alimentação saudável e os prejuízos causados pelos anabolizantes; -Incentivar entrega de trabalhos relacionados a pesquisas dos diferentes grupos nutricionais para que aja entendimento sobre o tema; -Realizar projetos com os alunos sobre avaliação alimentar e nutricional. Artes -Planejar peças de teatros que contem a história de personagens que carreguem o nome de alimentos; -Trabalhar em salda de aula através de grupos criações que mostrem a riqueza de cores dos alimentos.
  • 10. Atividades complementares que abordem a EAN: -Trabalhar o assunto com os pais e comunidade; -Buscar palestras sobre o funcionamento da alimentação escolar para a escola; -Preencher na ficha de matrícula o peso e altura dos alunos e as patologias relacionadas aos alimentos que o aluno possui (sempre anexar laudo trazido pelos pais); -Informar sobre a higienização da caixa d´água no âmbito escolar; -Repassar informativos enviados pelas nutricionistas da Seduc para os alunos e/ ou comunidade. Destaca-se que todas as ações sugeridas devem ser desenvolvidas com o objetivo de incentivar hábitos saudáveis, visão social própria dos alunos e/ou comunidade sobre os alimentos e, ainda, buscar a disponibilidade a mudanças por parte do público atendido. 2.2 Ações na infância: Os hábitos alimentares das crianças nos primeiros anos de vida sofrem interferência das atitudes dos pais em relação aos alimentos. Por isso, estratégias são importantes para auxiliarem no desenvolvimento em relação à escolha dos alimentos de forma correta e adequada. Os alimentos nessa faixa etária deverão ser oferecidos para satisfazer as necessidades alimentares e nutricionais, a fim de cobrir as energias gastas com as atividades das crianças no dia a dia. Algumas ações poderão ser praticadas para influenciar os bons hábitos alimentares, tais como:  Servir pequenas porções no prato, incentivando a criança a pedir mais se tiver fome, permitindo fixar suas próprias metas em termos de quantidades de alimentos. Além disso, as crianças preferem copos pequenos, podendo deixar a si mesmas a servirem suas bebidas;  Orientar as crianças a servir a si mesmas, em pequenas quantidades;  Não recolher o prato com a refeição antes de oferecer a sobremesa, deixar a criança se satisfazer plenamente;
  • 11.  As crianças adoram ser incluídas na preparação das refeições e gostam de comer alimentos que ajudaram a preparar. Preparar, servir e apreciar o alimento pode promover não só o crescimento físico, mas também o emocional em cada fase da vida da criança.  Não forçar os alimentos que as crianças não gostam, oferecendo a elas outro alimento similar; as crianças na fase pré-escolar frequentemente passam por preferência por um só alimento, comendo apenas um tipo do grupo alimentar.  Ensinar as crianças a pegar os alimentos com as mãos, aprendendo, assim, as texturas dos alimentos consumidos;  As crianças costumam preferir os alimentos isolados ao invés de combinações, como ensopados ou cozidos, pois se trata de um período de aprendizagem linguística; Elas gostam de aprender os nomes de alimentos e serem capazes de reconhecê-los. Logo, oferecer às crianças maior variabilidade de alimentos ajuda na construção de bons hábitos alimentares, atingindo, assim, as necessidades de vitaminas, minerais e proteínas;  Havendo espaço e oportunidade, envolver a criança no plantio e cuidado de frutas e hortaliças, oportunizando que ela observe uma variedade de formas e cores, bem como a descoberta de novos alimentos;  Oferecer porções de verduras e frutas cruas crocantes, possibilitando o consumo com as mãos.  Os alimentos devem ser servidos mornos e pouco temperados – as crianças têm a boca muito sensível nesta faixa etária e possuem muitas papilas gustativas. Nos primeiros anos de vida, os pais e/ou escola devem aproveitar para influenciar nas escolhas alimentares. Às crianças que frequentam a escola, por estarem no turno de aula distante dos pais, escapam alguns hábitos alimentares que estavam sendo firmados junto a estes. Essas crianças tronam-se mais independentes, realizando suas preferências na alimentação, muitas vezes, no bar e/ou cantina da escola, situação que reforça a importância de oportunizar aprendizagens positivas na sala de aula ao trabalhar a Educação Alimentar e Nutricional. 2.3 Ações para escolares adolescentes: Na adolescência os bons hábitos alimentares podem sofrer modificações já que nesta faixa etária o indivíduo procura desenvolver sua própria identidade, alterando os costumes da infância. É neste período que ocorre um aumento considerável da estatura, diminuição da densidade dos ossos e dos músculos.
  • 12. Uma alimentação equilibrada e que atinja as necessidades nutricionais proporciona o crescimento adequado, evitando o sobrepeso e obesidade nessa faixa etária. Deve a educação alimentar evitar que os adolescentes, a fim de diminuir seu peso, façam a pré- seleção dos alimentos, garantindo ao organismo os nutrientes indispensáveis ao seu funcionamento. Pressões físicas e psicológicas influenciam os hábitos alimentares dos adolescentes, principalmente no que se refere ao controle da aparência, fazendo com que sigam em alguns casos dietas inadequadas, rígidas, “autoimpostas” para perda de peso, capazes de determinar doenças alimentares como anorexia e bulimia. Os hábitos alimentares dos adolescentes refletem menor incidência dos pais sobre os mesmos, mas maior pressão do grupo de amigos ou o desejo de a ele se adequar. Algumas ações podem ajudar na aquisição de hábitos alimentares nessa faixa etária:  Estimular o consumo do café da manhã, refeição do dia menos consumida pelos adolescentes;  Beliscar: os adolescentes apresentam a possibilidade de comer qualquer tipo de alimento a qualquer hora do dia; torna-se importante proporcionar em sala de aula o conhecimento das melhores escolhas alimentares em momentos do dia que não constituem ameaça à saúde ou estado nutricional;  Consumo de álcool: o consumo de álcool precocemente pode comprometer o estado nutricional, especialmente em termos de ácido fólico. Sociedade, escolas e pais podem utilizar meios na prevenção do consumo de álcool na adolescência;  Ensinar o modo correto da leitura dos rótulos nutricionais, possibilitando a escolha consciente dos alimentos a serem consumidos. 2.4 Ações para escolares adultos: Quando os adolescentes atingem a maioridade, enfrentam um período de modificações relacionadas ao amadurecimento individual. As necessidades básicas de energia e nutrientes de cada adulto naturalmente variam conforme as situações de vida e de trabalho. Os primeiros anos da fase adulta refletem pressões sociais e econômicas de uma educação ininterrupta que prepara a responsabilidade do adulto e o início de uma carreira. Diferenças distintas nos padrões de crescimento que surgiram na adolescência entre homens e mulheres são
  • 13. fortalecidas na fase adulta e as necessidades nutricionais desse período centralizam-se na energia, proteínas e micronutrientes. A promoção da saúde para esse público pode ser realizada através da pirâmide alimentar, que oferece um padrão visual para as escolhas alimentares a partir de cinco grupos alimentares básicos. Além disso, o autocuidado poderá ser trabalhado, ou seja, a noção do próprio corpo tornando-se sujeito de sua conduta alimentar. A educação nutricional é uma ferramenta que proporciona autonomia ao educando para que ele possa assumir com plena consciência a responsabilidade de suas escolhas. A didática a ser utilizada entre esses escolares poderá ser a troca de experiências e ideias para interagirem entre si; registro alimentar e apostilas explicativas. 3 Relação da Educação Alimentar e Nutricional com a avaliação nutricional A avaliação do estado nutricional é uma etapa fundamental no estudo do escolar, para que possamos verificar se o crescimento está se afastando do padrão esperado por doença e/ou por condições sociais desfavoráveis. O objetivo desta avaliação é verificar o crescimento e as proporções corporais, tornando possível a partir dos resultados ações que auxiliem na prevenção ou manutenção do diagnóstico, sendo uma destas a educação alimentar e nutricional. O ambiente escolar é um local importante para o desenvolvimento de estratégias de intervenção para a formação de hábitos de vida saudáveis, podendo propiciar aos escolares opções de lanches nutricionalmente equilibrados, exercícios físicos regulares e programas de educação nutricional. A aplicação de programas contínuos de educação nutricional desde a infância parece ser a melhor maneira de se tentar reverter o quadro de consumo alimentar inadequado. Há possibilidade da redução de peso, IMC (índice de massa corporal) e consumo de alimentos energéticos, além de mudanças nas atitudes relacionadas à alimentação. A educação alimentar e nutricional pode reduzir os índices de composição corporal e consumo calórico, principalmente em indivíduos obesos e com sobrepeso, sinalizando a importância desse tipo de intervenção nutricional. Lembramos que, no âmbito escolar, a avaliação nutricional deve ser um instrumento trabalhado na perspectiva da educação alimentar, por meio dos professores de educação física, por terem conhecimentos específicos de avaliação nutricional em sua formação. 4 Educação alimentar e nutricional versus bares/cantinas escolares
  • 14. Os bares/cantinas escolares, em sua maioria, deixam expostos em destaque alimentos ricos em açúcar, sódio e gorduras, tais como salgadinhos, refrigerantes, salgados, biscoitos recheados, sorvetes, refrescos e outros alimentos industrializados. Alternativas mais saudáveis, como frutas, alimentos integrais, sucos naturais, entre outros, geralmente não são disponibilizados como opção. O Ministério da Saúde elaborou o Manual das Cantinas Escolares Saudáveis, intitulado "Promovendo a alimentação saudável", com o objetivo de incentivar estes estabelecimentos a se transformarem em bares/cantinas saudáveis, vendendo alimentos nutritivos e menos calóricos. Lembra-se que a alimentação escolar é direito dos alunos, regida pela Lei nº 11.947/FNDE e Resolução nº26/2013/FNDE, legislações que preconizam diversas obrigações a fim de que a alimentação escolar ofertada aos alunos atenda as necessidades nutricionais destes e seja saúdavel, segura e adequada. Existem politicas públicas, como já citado, que trabalham esta reeducação dedicada aos bares/cantinas escolares, como a Portaria Interministerial 1.010 de 2006. No Rio Grande do Sul, a Lei nº 13.027/2008 dispõe sobre a comercialização de lanches e de bebidas em escolas no âmbito do Estado no sentido de adequar e trazer os bares/cantinas escolares para o mesmo objetivo do Programa Nacional de Alimentação Escolar, já abordado anteriormente. Cabe reforçar que a alimentação fornecida na escola é um direito do aluno garantido em Lei. Embora a existência da cantina na escola seja facultativa, optando pela decisão de abertura da cantina na escola, deverão ser observadas as Leis e resoluções pertinentes ao assunto. 5 Educação Alimentar e Nutricional versus influência da mídia A propaganda é uma das principais formas de divulgar produtos, utilizando-se veículos de comunicação como rádio, televisão revistas. Seu papel é tornar o produto anunciado algo mais desejável e necessário e, muitas vezes, para conseguir esse resultado, a propaganda passa a ideia de sucesso e modernidade ao produto que está sendo divulgado. A rapidez com que novos produtos são colocados no mercado os transforma em algo descartável, o que resulta em um grande ciclo de consumo. As propagandas são sedutoras e convincentes, fazendo com que a maioria do público se encante pelo anuncio ou até mesmo pelo brinde oferecido, principalmente as crianças. O apelo nessas propagandas
  • 15. acaba incentivando o consumo de alimentos que nem sempre são essenciais ou fazem bem para a saúde. A população habituou-se a comer esses alimentos somente para saciar desejos e estar “na moda”, sem considerar que os excessos podem trazer problemas à saúde. Assim, os produtos industrializados se tornam cada vez mais atrativos, mas com baixo valor nutricional, pois alguns ingredientes são acrescentados em quantidades elevadas, como por exemplo o açúcar, a gordura saturada, a gordura trans e o sódio. Todos esses produtos em excesso podem favorecer o aparecimento de doenças como hipertensão, diabetes e obesidade. É de extrema importância o papel da família e da escola na educação alimentar e nutricional, buscando divulgar os benefícios de uma alimentação saudável, com alimentos naturais, como frutas e verduras, e incentivando a prática de atividade física e o consumo de água, resistindo aos apelos das propagandas. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério do Desenvolvimento e Combate à fome. Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional. Brasília, 2012. ACCIOLY, E. A escola como promotora da alimentação saudável. Ciência em Tela, volume. 2,nº 2,2009. LUZ, F. L., RAMOS, O. M. e BASTOS, A. V. Alimentação Escolar Saudável: Aproximando agricultura familiar, alimentação escolar, educação alimentar e ambiental. Maquiné, 2011. BRASIL. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Alimentação Saudável: Fique Esperto. BRASIL. GUIA SERASA DE ORIENTAÇÃO AO CIDADÃO. Série SERASA, Outubro de 2007. BRASIL. CONSEA. Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Pernambuco/Olinda, 2004.
  • 16. BRASIL. O Direito Humano à Alimentação Adequada e o Sistema nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Brasília: ABRANDH, 2013. MAHAN, L. K. ; Strump E. S. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 9ª. edição. São Paulo: Roca, 1998. DANELON, S.A.M., DANELON, S.M., SILVA, V. M. Serviços de alimentação destinados ao público escolar: análise da convivência do Programa de Alimentação Escolar e das cantinas, Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, 13(1): 85-94, 2006. BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDICAÇÃO. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Resolução/CD/FNDE nº 26, de 17 de junho de 2013. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE. BRASIL. EDUCAÇÃO EM SAÚDE. Planejando as Ações Educativas. Teoria e Prática. MANUAL PARA OPERACIONALIZAÇÃO DAS AÇÕES EDUCATIVAS NO SUS- SÃO PAULO. São Paulo, 1997. STURION,Gilma Lucazechi et al. Fatores condicionantes da adesão dos alunos ao Programa de Alimentação Escolar no Brasil. Rev. Nutr. [Online]. 2005, vol.18, n.2, pp. 167-181. ISSN 1415-5273. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732005000200001. GUEDES, Dartagnan Pinto; MIRANDA NETO, Jaime Tolentino; ALMEIDA, Maria João and SILVA, António José Rocha Martins e. Impacto de fatores sociodemográficos e comportamentais na prevalência de sobrepeso e obesidade de escolares. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum. [online]. 2010, vol.12, n.4, pp. 221-231. ISSN 1980-0037. http://dx.doi.org/10.5007/1980-0037.2010V12N4P221. FERNANDES, Patrícia S.; BERNARDO, Carla de O.; CAMPOS, Rosângela M. M. B. and VASCONCELOS, Francisco de A. G. de. Avaliação do efeito da educação nutricional na prevalência de sobrepeso/obesidade e no consumo alimentar de escolares do ensino fundamental. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2009, vol.85, n.4, pp. 315-321. ISSN 0021-7557. http://dx.doi.org/10.1590/S0021- 75572009000400008. YOKOTA, Renata Tiene de Carvalho et al. Projeto "a escola promovendo hábitos alimentares saudáveis": comparação de duas estratégias de educação nutricional no Distrito Federal, Brasil. Rev. Nutr. [online]. 2010, vol.23, n.1, pp. 37-47. ISSN 1415-5273. http://dx.doi.org/10.1590/S1415- 52732010000100005. BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências naturais/ Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. WOEHLERT, P. A. e al. Nutrição e Pedagogia. O Caminho do Sucesso á Educação Alimentar e Nutricional em Escolas de Educação Infantil. Editora: Nova Prova 2007. LINDEN, S. EDUCAÇÃO Alimentar e Nutricional: algumas ferramentas de ensino. Livraria Varela Ltda.2ª edição. São Paulo, 2011. GARCIA, R.W.D. e MANCUSO, C.M.A., Nutrição e Metabolismo. MUDANÇAS ALIMENTARES E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL. Editora: Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2012. WILLIAMS, S.R. FUNDAMENTOS DE NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA. 6ª edição. Porto Alegre: Artmed, 1997.
  • 17. BUSS, PM. Promoção e educação em saúde no âmbito da Escola de Governo em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública. Cad Saude Publica. 1999;15 Suppl 2:177-85. LEÃO LS; ARAÚJO, L.M; MORAES, L.T. ; ASSIS, A.M. Prevalência de obesidade em escolares de Salvador. Bahia. Arq Bras Endocrinol Metab. 2003;47:151-7. TRICHES, R.M; Giuliani, E.R. Obesidade, práticas alimentares e conhecimentos de nutrição em escolares. Rev.Saude Publica. 2005;39(4):541-7 Tarso Genro GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Jose Clovis de Azevedo SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO Maria Eulalia Nascimento SECRETÁRIA-ADJUNTA DA EDUCAÇÃO Vera Regina Ignácio Amaro
  • 18. DIRETORA DO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO Fernanda Marques da Silva – CRN2 8897 NUTRICIONISTA RESPONSÁVEL TÉCNICA PELA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR Fernanda Maria da Silva – CRN2 9526 Luana Petrini de Almeida – CRN2 9093 NUTRICIONISTAS EQUIPE TÉCNICA/ACESSORIA DE APOIO À ALIMENTAÇÃO ESCOLAR Ana Paula Castanho Camila Ramos Del Sant Isadora Pérez Levices COLABORADORAS FECHAMENTO Assessoria de Comunicação Social da Seduc