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Gabriel Dotta
R5 do Serviço de Cardiologia – EPM/UNIFESP
Mestrando do Programa de Pós-graduação – EPM/UNIFESP
e-mail: gdotta@gmail.com
Introdução
• EAP é comum e potencialmente fatal
• Necessita de abordagem rápida.
• EAP cardiogênico X não-cardiogênico (SARA)
• Mortalidade de 15 a 20% sendo maior se
relacionado a IAM e disfunção valvar aguda.
Fisiopatologia
• Aumento agudo de fluido no pulmão por
extravasamento dos vasos para o interstício e
alvéolos.
Fatores desencadeantes
• É desencadeado por disfunção sistólica ou
diastólica do VE, doença valvar importante,
crise hipertensiva ou aumento de líquido
corporal por dificuldade de excreção como na
insuficiência renal.
Fatores desencadeantes
Mais comuns:
Dispneia progressiva
Tosse seca
Expectoração rósea
Ortopneia
Principais sinais:
Taquipneia
Diaforese
Taquicardia
Agitação psicomotora
Estertores crepitantes bilateral
Sibilos (asma cardíaca)
Terceira bulha (B3)
Turgência jugular
Hepatomegalia
Refluxo hepatojugular
Edema de MMII
HAS ou Hipotensão
Perfusão lentificada
Extremidades frias
Cianose
Quadro Clínico
Anamnese direcionada
• Importante investigar:
– Dor torácica
– Medicações de uso habitual
– Palpitações
– Insuficiência cardíaca crônica
– Insuficiência renal
– Valvopatia conhecida
Diagnóstico e exames complementares
• ECG (em até 10 minutos)
– Triagem de SCA: alterações de segmento ST (supra ou infra) e
onda T (inversão)
– Taquiarritmias, bradiarritmias
• Rx Tórax (em até 1 hora)
– Cardiomegalia, redistribuição vascular (cefalização da trama),
linhas B de Kerley, edema alveolar, derrame pleural, infiltrado
bilateral.
– O edema geralmente só é visível quando o acúmulo de líquido
aumentar em 30% (pode demorar até 12h após o início dos
sintomas)
• Exames laboratoriais:
– Marcadores de necrose miocárdica (CK-MB, TnT ou TnI,
gasometria arterial (suspeita de EAP não cardiogênico), lactato
arterial, BNP e NT pró-BNP (eleva-se após 2h e não deve ser
considerado em pacientes com disfunção valvar).
Imagem
• Radiografia de Tórax
• As linhas B de Kerley caracterizam-se por
linhas curtas de 1-2cm perpendiculares e
contíguas à pleura.
• As linhas A de Kerley são mais longas (2-6cm)
e orientam-se para o hilo pulmonar.
• TC de Tórax predomina padrão septal
(espessamento peribroncovascular)
Imagem
• (Fig A) Imagem localizada de radiografia frontal do tórax mostra
linhas B de Kerley na periferia da base pulmonar direita em
paciente com edema pulmonar cardiogênico. Em corte de TC (fig. B)
há espessamento de septos interlobulares (setas) – padrão septal.
Linhas B de Kerley
Tratamento
• Visa redistribuir o excesso de fluido intersticial e
alveolar.
• Medidas para diminuir pré-carga e volemia
corpórea (diuréticos) e pós-carga
(vasodilatadores).
• Tratar causa deflagradora do EAP (SCA, IC)
• Avaliações repetidas para avaliar a resposta de
cada medida adotada.
• Alta gravidade
Tratamento – Medidas Gerais
• Levar a sala de emergência, decúbito elevado
• M - monitorização cardíaca e oximetria
• O - fornecer oxigênio (VNI – CPAP, BIPAP ou
alto fluxo de O2)
• V - acesso venoso periférico calibroso e coleta
de LAB
• Anamnese e exame físico concomitante
buscando fator desencadeante
Instalar imediatamente.
Reduz Mortalidade.
Reduz Necessidade de IOT.
Fácil de Usar.
Ventilação Não Invasiva:
CPAP ou BiPAP
Tratamento
• DIMINUIÇÃO DA PRÉ-CARGA E VOLEMIA:
– Furosemida: 1 mg/kg IV podendo ser repetida ou associada a
outros diuréticos.
• DIMINUIÇÃO DA PÓS-CARGA
– Nitrato sublingual 5mg (até 3x de 5/5min)
– Nitroglicerina: 10 a 20 ug/min
– Nitroprussiato de sódio: 3-5 ug/kg/min
• DIMIUIÇÃO DOS SINTOMAS E VASODILATAÇÃO:
– Morfina: 2 a 4 mg IV/ a cada 5 a 30 min
• SE HOUVER BAIXO DÉBITO:
– Inotrópicos (dobutamina 2 a 20ug/kg/min) – 4 amp em 170mL de
SF ou SG. Iniciar 5 a 10 ug/kg/min
• VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI)
• INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL SE FALÊNCIA DA VNI
Caso Clínico
Obrigado!
Gabriel Dotta
e-mail: gdotta@gmail.com

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  • 1. Gabriel Dotta R5 do Serviço de Cardiologia – EPM/UNIFESP Mestrando do Programa de Pós-graduação – EPM/UNIFESP e-mail: gdotta@gmail.com
  • 2. Introdução • EAP é comum e potencialmente fatal • Necessita de abordagem rápida. • EAP cardiogênico X não-cardiogênico (SARA) • Mortalidade de 15 a 20% sendo maior se relacionado a IAM e disfunção valvar aguda.
  • 3. Fisiopatologia • Aumento agudo de fluido no pulmão por extravasamento dos vasos para o interstício e alvéolos.
  • 4.
  • 5.
  • 6. Fatores desencadeantes • É desencadeado por disfunção sistólica ou diastólica do VE, doença valvar importante, crise hipertensiva ou aumento de líquido corporal por dificuldade de excreção como na insuficiência renal.
  • 8.
  • 9. Mais comuns: Dispneia progressiva Tosse seca Expectoração rósea Ortopneia Principais sinais: Taquipneia Diaforese Taquicardia Agitação psicomotora Estertores crepitantes bilateral Sibilos (asma cardíaca) Terceira bulha (B3) Turgência jugular Hepatomegalia Refluxo hepatojugular Edema de MMII HAS ou Hipotensão Perfusão lentificada Extremidades frias Cianose Quadro Clínico
  • 10. Anamnese direcionada • Importante investigar: – Dor torácica – Medicações de uso habitual – Palpitações – Insuficiência cardíaca crônica – Insuficiência renal – Valvopatia conhecida
  • 11. Diagnóstico e exames complementares • ECG (em até 10 minutos) – Triagem de SCA: alterações de segmento ST (supra ou infra) e onda T (inversão) – Taquiarritmias, bradiarritmias • Rx Tórax (em até 1 hora) – Cardiomegalia, redistribuição vascular (cefalização da trama), linhas B de Kerley, edema alveolar, derrame pleural, infiltrado bilateral. – O edema geralmente só é visível quando o acúmulo de líquido aumentar em 30% (pode demorar até 12h após o início dos sintomas) • Exames laboratoriais: – Marcadores de necrose miocárdica (CK-MB, TnT ou TnI, gasometria arterial (suspeita de EAP não cardiogênico), lactato arterial, BNP e NT pró-BNP (eleva-se após 2h e não deve ser considerado em pacientes com disfunção valvar).
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19. Imagem • Radiografia de Tórax • As linhas B de Kerley caracterizam-se por linhas curtas de 1-2cm perpendiculares e contíguas à pleura. • As linhas A de Kerley são mais longas (2-6cm) e orientam-se para o hilo pulmonar. • TC de Tórax predomina padrão septal (espessamento peribroncovascular)
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23. Imagem • (Fig A) Imagem localizada de radiografia frontal do tórax mostra linhas B de Kerley na periferia da base pulmonar direita em paciente com edema pulmonar cardiogênico. Em corte de TC (fig. B) há espessamento de septos interlobulares (setas) – padrão septal.
  • 24. Linhas B de Kerley
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33. Tratamento • Visa redistribuir o excesso de fluido intersticial e alveolar. • Medidas para diminuir pré-carga e volemia corpórea (diuréticos) e pós-carga (vasodilatadores). • Tratar causa deflagradora do EAP (SCA, IC) • Avaliações repetidas para avaliar a resposta de cada medida adotada. • Alta gravidade
  • 34. Tratamento – Medidas Gerais • Levar a sala de emergência, decúbito elevado • M - monitorização cardíaca e oximetria • O - fornecer oxigênio (VNI – CPAP, BIPAP ou alto fluxo de O2) • V - acesso venoso periférico calibroso e coleta de LAB • Anamnese e exame físico concomitante buscando fator desencadeante
  • 35. Instalar imediatamente. Reduz Mortalidade. Reduz Necessidade de IOT. Fácil de Usar. Ventilação Não Invasiva: CPAP ou BiPAP
  • 36. Tratamento • DIMINUIÇÃO DA PRÉ-CARGA E VOLEMIA: – Furosemida: 1 mg/kg IV podendo ser repetida ou associada a outros diuréticos. • DIMINUIÇÃO DA PÓS-CARGA – Nitrato sublingual 5mg (até 3x de 5/5min) – Nitroglicerina: 10 a 20 ug/min – Nitroprussiato de sódio: 3-5 ug/kg/min • DIMIUIÇÃO DOS SINTOMAS E VASODILATAÇÃO: – Morfina: 2 a 4 mg IV/ a cada 5 a 30 min • SE HOUVER BAIXO DÉBITO: – Inotrópicos (dobutamina 2 a 20ug/kg/min) – 4 amp em 170mL de SF ou SG. Iniciar 5 a 10 ug/kg/min • VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) • INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL SE FALÊNCIA DA VNI
  • 37.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.