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Dia Europeu da disfunção eréctil
O dia 14 de Fevereiro, mundialmente conhecido como o “Dia dos Namorados” é
também o “Dia Europeu da Disfunção Eréctil”.
“S. Valentim ficaria eternamente satisfeito, se todos nós pensássemos em combater a
disfunção eréctil, para que os namorados curtam com prazer e satisfação devida o
amor.”
A disfunção eréctil (DE) ainda constitui um tabú, apesar das múltiplas campanhas de
promoção e esclarecimento, levadas ao cabo pela classe médica e especialmente pela
Sociedade Portuguesa de Andrologia. Trata-se de um problema de saúde pública, cujo
acompanhamento começa ao nível dos cuidados primários.
Em Portugal a disfunção eréctil é uma patologia com uma alta prevalência global (cerca
de 13%- estudo Episex-pt, 2006), afectando cerca de meio milhão de homens. Destes,
apenas 10% estão em tratamento, o que significa que há pelo menos 450 mil que ainda
sofrem em silêncio (a ponta do iceberg)..
A nível mundial as cifras são idênticas, estimando-se em 152milhões, o número de
homens e respectivos parceiros afectados pela DE.
A DE é definida como a incapacidade permanente ou recorrente de atingir e manter uma
erecção suficiente para a prática de relações sexuais satisfatórias, sem compromisso da
qualidade de vida. Está directamente correlacionada com a idade. Pode-se classificar
quanto à sua etiologia em psicogénicas (20%), e orgânicas (80%). Estas últimas, podem
estar relacionadas com situações hormonais, neurogénicas, vasculares (arteriais e
venosas), causadas por medicamentos e mistas, partilhando vários factores de risco
cardiovascular, tais como, falta de exercício físico, obesidade, tabagismo,
hipercolesterolémia e a síndrome metabólica.
O diagnóstico da DE passa por uma história clínica cuidada e orientada, apoiada em
exames complementares específicos, como ecodoppler, rigidometria, cavernosometria e
estudo hormonal.
A grande maioria dos casos de DE surgem a partir dos 45-50 anos, revelando um estudo
efetuado em Portugal (Episex) pela Sociedade Portuguesa de Andrologia uma
prevalência total de 13%, correspondendo a 460.000 homens com DE, sendo que aos 40
anos a prevalência é de 17,6%, de 23,4% aos 50 e de 26% acima dos 60 anos, assim
como a DE grave afeta 5% dos homens, o que corresponde a 176.000 indivíduos.
É objetivo da Sociedade Portuguesa de Andrologia, da Associação Portuguesa de
Urologia e das demais Associações e Instituições ´Públicas e Privadas de Saúde
emPortugal «acabar com as desculpas», uma vez que 95% dos casos de disfunção
eréctil já têm tratamento.
Os Médicos de Família podem resolver o problema a quase 70% dos doentes e, nos
casos restantes, devem encaminhar os doentes para consultas dos especialistas. É
fundamental alertar e sensibilizar os casais, informando-os das possibilidades de
tratamento.
Assim, encontra-se a disposição de todos os doentes, um leque vasto de alternativas
terapêuticas com eficácia demonstrada, como drogas vasoactivas orais (sildenafil,
vardenafil, tadalafil), intracavernosas (prostaglandina E) e intrauretral (Muse),
dispositivos de vácuo, cirurgias de revascularização e colocação de próteses penianas. E
ainda, de uma forma marcante, o apoio comportamental da sexologia clínica.

Paralelamente às medidas específicas,deve-se iniciar todo um processo de alteração do
estilo de vida (cessação tabágica, a adopção de uma alimentação saudável e de um
programa de exercício físico regular), assim como de controlo dos factores de risco, os
quais por si só contribuem para uma melhor saúde sexual.
A CLINICUROL junta-se a essa comemoração, oferecendo um serviço especializado.

Fortunato Barros
Assistente Graduado de Urologia
Pós-graduado em Medicina Sexual
Secretário Geral da Sociedade Portuguesa de Andrologia
Vogal da Associação Portuguesa de Urologia
Assistente de Urologia da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa
Coordenador de Urologia da ClínicaCuF Torres Vedras

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Dia Europeu DE

  • 1. Dia Europeu da disfunção eréctil O dia 14 de Fevereiro, mundialmente conhecido como o “Dia dos Namorados” é também o “Dia Europeu da Disfunção Eréctil”. “S. Valentim ficaria eternamente satisfeito, se todos nós pensássemos em combater a disfunção eréctil, para que os namorados curtam com prazer e satisfação devida o amor.” A disfunção eréctil (DE) ainda constitui um tabú, apesar das múltiplas campanhas de promoção e esclarecimento, levadas ao cabo pela classe médica e especialmente pela Sociedade Portuguesa de Andrologia. Trata-se de um problema de saúde pública, cujo acompanhamento começa ao nível dos cuidados primários. Em Portugal a disfunção eréctil é uma patologia com uma alta prevalência global (cerca de 13%- estudo Episex-pt, 2006), afectando cerca de meio milhão de homens. Destes, apenas 10% estão em tratamento, o que significa que há pelo menos 450 mil que ainda sofrem em silêncio (a ponta do iceberg).. A nível mundial as cifras são idênticas, estimando-se em 152milhões, o número de homens e respectivos parceiros afectados pela DE. A DE é definida como a incapacidade permanente ou recorrente de atingir e manter uma erecção suficiente para a prática de relações sexuais satisfatórias, sem compromisso da qualidade de vida. Está directamente correlacionada com a idade. Pode-se classificar quanto à sua etiologia em psicogénicas (20%), e orgânicas (80%). Estas últimas, podem estar relacionadas com situações hormonais, neurogénicas, vasculares (arteriais e venosas), causadas por medicamentos e mistas, partilhando vários factores de risco cardiovascular, tais como, falta de exercício físico, obesidade, tabagismo, hipercolesterolémia e a síndrome metabólica. O diagnóstico da DE passa por uma história clínica cuidada e orientada, apoiada em exames complementares específicos, como ecodoppler, rigidometria, cavernosometria e estudo hormonal. A grande maioria dos casos de DE surgem a partir dos 45-50 anos, revelando um estudo efetuado em Portugal (Episex) pela Sociedade Portuguesa de Andrologia uma prevalência total de 13%, correspondendo a 460.000 homens com DE, sendo que aos 40 anos a prevalência é de 17,6%, de 23,4% aos 50 e de 26% acima dos 60 anos, assim como a DE grave afeta 5% dos homens, o que corresponde a 176.000 indivíduos. É objetivo da Sociedade Portuguesa de Andrologia, da Associação Portuguesa de Urologia e das demais Associações e Instituições ´Públicas e Privadas de Saúde emPortugal «acabar com as desculpas», uma vez que 95% dos casos de disfunção eréctil já têm tratamento.
  • 2. Os Médicos de Família podem resolver o problema a quase 70% dos doentes e, nos casos restantes, devem encaminhar os doentes para consultas dos especialistas. É fundamental alertar e sensibilizar os casais, informando-os das possibilidades de tratamento. Assim, encontra-se a disposição de todos os doentes, um leque vasto de alternativas terapêuticas com eficácia demonstrada, como drogas vasoactivas orais (sildenafil, vardenafil, tadalafil), intracavernosas (prostaglandina E) e intrauretral (Muse), dispositivos de vácuo, cirurgias de revascularização e colocação de próteses penianas. E ainda, de uma forma marcante, o apoio comportamental da sexologia clínica. Paralelamente às medidas específicas,deve-se iniciar todo um processo de alteração do estilo de vida (cessação tabágica, a adopção de uma alimentação saudável e de um programa de exercício físico regular), assim como de controlo dos factores de risco, os quais por si só contribuem para uma melhor saúde sexual. A CLINICUROL junta-se a essa comemoração, oferecendo um serviço especializado. Fortunato Barros Assistente Graduado de Urologia Pós-graduado em Medicina Sexual Secretário Geral da Sociedade Portuguesa de Andrologia Vogal da Associação Portuguesa de Urologia Assistente de Urologia da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa Coordenador de Urologia da ClínicaCuF Torres Vedras